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Exames de Urina: Tipos e Interpretação

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EXAMES LABORATORIAIS DO SETOR DE URINÁLISE
URINA ROTINA(EAS): O exame de urina serve para diagnosticar problemas que afetam o sistema renal e urinário, e existem três tipos de exames de urina: exame de urina tipo 1, exame de urina de 24 horas e exame de urocultura, que geralmente são realizados num laboratório de análises clínicas e nenhum deles necessita de jejum. O exame de urina tipo 1, que também é chamado de exame de urina EAS - Elementos Anormais do Sedimento, serve para analisar o pH da urina,nitrito,proteínas,urobilinogênio,densidade,cetonas,leucócitos,glicose,bilirrubina e sangue.O exame de urina é dividido em macroscópico,
Coleta da amostra:fazer higiene correta da região íntima,desprezar o primeiro jato de urina para eliminar as impurezas e coletar do jato do meio,coletar a primeira urina do dia em um coletor universal.
Exame macroscópico:feito a olho nu.Anotar volume,cor,odor,aspecto.
Exame químico:é feito através da fita reagente.Transferir a urina para um tubo de plástico imergir a fita reagente e retirar o excesso ,aguardar o tempo e realizar a leitura.
Densidade:
A densidade da água pura é igual a 1000. Quanto mais próximo deste valor, mais diluída está a urina. Os valores normais variam de 1005 a 1035. Urinas com densidade próximas de 1005 estão bem diluídas; próximas de 1035 estão muito concentradas, indicando desidratação. Urinas com densidade próxima de 1035 costumam ser muito amareladas e normalmente possuem odor forte 
A densidade indica a concentração das substâncias sólidas diluídas na urina, sais minerais na sua maioria. Quanto menos água houver na urina, maior será sua densidade.
pH:
	A urina é naturalmente ácida, já que o rim é o principal meio de eliminação dos ácidos do organismo. Enquanto o pH do sangue costuma estar em torno de 7,4, o pH da urina varia entre 5,5 e 7,0, ou seja, bem mais ácida.
	Valores de pH maiores ou igual 7 podem indicar a presença de bactérias que alcalinizam a urina. Outros fatores que podem deixar a urina mais alcalina são uma dieta pobre em proteína animal, dieta rica em frutas cítricas ou derivados de leite, e uso de medicamentos como acetazolamida, citrato de potássio ou bicarbonato de sódio. Ter tido vômitos horas antes do exame também pode ser uma causa de urina mais alcalina. Em casos mais raros, algumas doenças dos túbulos renais também podem deixar a urina com pH acima de 7,0.
	Valores menores que 5,5 podem indicar acidose no sangue ou doença nos túbulos renais. Uma dieta com elevada carga de proteína animal também pode causar uma urina mais ácida. Outras situações que aumentam a acidez da urina incluem episódios de diarreia ou uso de diurético como hidroclorotiazida ou clortalidona.
	O valor mais comum é um pH por volta de 5,5-6,5, porém, mesmo valores acima ou abaixo dos descritos podem não necessariamente indicar alguma doença. 
Glicose:
	Toda a glicose que é filtrada nos rins é reabsorvida de volta para o sangue pelo túbulos renais. Deste modo, o normal é não apresentar evidências de glicose na urina.
	A presença de glicose na urina é um forte indício de que os níveis sanguíneos estão altos. É muito comum pessoas com diabetes mellitus apresentarem perda de glicose pela urina. Isto ocorre porque a quantidade de açúcar no sangue está tão alta, que parte deste acaba saindo pela urina. Quando os níveis de glicose no sangue estão acima de 180 mg/dl, geralmente há perda na urina .A presença de glicose na urina sem que o indivíduo tenha diabetes costuma ser um sinal de doença nos túbulos renais. Isso significa que apesar de não haver excesso de glicose na urina, os rins não conseguem impedir sua perda.
	A presença de glicose na urina indica excesso de glicose no sangue ou doença dos rins.
Proteínas:
	A maioria das proteínas que circula no sangue é grande demais para ser filtrada pelo rim, por isso, em situações normais, não costumamos ver proteínas presentes na urina. Na verdade, podem até existir pequenas quantidades de proteínas na urina, mas elas são tão poucas que não costumam ser detectadas pelo teste da fita. Portanto, uma urina normal não possui proteínas.
	Quantidades pequenas de proteínas na urina podem ser causadas por dezenas de situações, que vão desde situações benignas e triviais, tais como presença de febre, exercício físico horas antes da coleta de urina, desidratação ou estresse emocional, até causas mais graves, como infecção urinária, lúpus, doenças do glomérulo renal e lesão renal pelo diabetes.
	Grandes quantidade de proteínas na urina, por outro lado, quase sempre indicam a presença de uma doença dos rins, geralmente doenças do glomérulos renais, que são as estruturas microscópicas responsáveis pela filtração do sangue.
	A presença de proteínas na urina é chamada de proteinúria e deve ser sempre investigada. O exame da urina de 24h é normalmente feito para se quantificar com exatidão a quantidade de proteínas que se está perdendo na urina 
Hemácias na urina – hemoglobina na urina – sangue na urina:
	Assim como nas proteínas, a quantidade de hemácias (glóbulos vermelhos) na urina pode ser desprezível e não ser detectada pelo exame da fita. Mais uma vez, os resultados costumam ser fornecidos em cruzes. O normal é haver ausência de hemácias (hemoglobina).
	Como as hemácias são células, elas podem ser vistas com um microscópio. Além do teste da fita, também podemos procurar por hemácias diretamente pelo exame microscópico, uma técnica chamada de sedimentoscopia. Através do microscópio consegue-se detectar qualquer presença de sangue, mesmo quantidades mínimas não detectadas pela fita.
	Neste caso, os valores normais são descritos de duas maneiras:
– Menos que 3 a 5 hemácias por campo ou menos que 10.000 células por mL
	A presença de sangue na urina chama-se hematúria e pode ocorrer por diversas doenças, tais como infecções, pedras nos rins e doenças renais graves .
	Um resultado falso positivo pode acontecer nas mulheres que colhem urina enquanto estão na período menstrual. Neste caso, o sangue detectado não vem da urina, mas sim do sangue ainda residual presente na vagina. Nos homens, a presença de sêmen na urina também pode provocar falso positivo.
	
 Leucócitos ou piócitos – Esterase leucocitária
	Os leucócitos, também chamados de piócitos, são os glóbulos brancos, nossas células de defesa. A presença de leucócitos na urina costuma indicar que há alguma inflamação nas vias urinárias. Em geral, sugere infecção urinária, mas pode estar presente em várias outras situações, como traumas, uso de substâncias irritantes ou qualquer outra inflamação não causada por um agente infeccioso. Podemos simplificar e dizer que leucócitos na urina significa pus na urina.
	Como também são células, os leucócitos podem ser contados na sedimentoscopia. Valores normais estão abaixo dos 10.000 células por mL ou 5 células por campo
Cetonas ou corpos cetônicos:
	Os corpos cetônicos são produtos da metabolização das gorduras. Os corpos cetônicos são produzidos quando o corpo está com dificuldade em utilizar a glicose como fonte de energia. As causas mais comuns são o diabetes, o jejum prolongado e dietas rigorosas. Outras situações menos comuns incluem febre, doença aguda, hipertireoidismo, gravidez e até aleitamento materno.
	Normalmente a produção de cetonas é muito baixa e estas não estão presentes na urina.
	Alguns medicamentos como captopril, ácido valproico, vitamina C (ácido ascórbico) e levodopa podem causar falso positivos.
• Urobilinogênio e bilirrubina
	Também normalmente ausentes na urina, podem indicar doença hepática (fígado) ou hemólise (destruição anormal das hemácias). A bilirrubina só costuma aparecer na urina quando os seus níveis sanguíneos ultrapassam 1,5 mg/dL. O urobilinogênio pode estar presente em pequenas quantidades sem que isso tenha relevância clínica.
 Nitritos
	A urina é rica em nitratos. A presença de bactérias na urina transforma esses nitratos em nitritos. Portanto, fita com nitrito positivo é um sinal indireto da presença de bactérias. Nem todas as bactérias têm a capacidade de metabolizar o nitrato, por isso,exame de urina com nitrito negativo de forma alguma descarta infecção urinária.
EXAME MICROSCÓPICO:Após realizar o exame químico,colocar o tubo contendo urina para centrifugar a 3.500 RPM por 10 minutos.Desprezar o sobrenadante e pegar uma gota do sedimento que está no fundo e colocar na lâmina,cobrir com uma lâminula e visualizar no microscópio na objetiva de 40x com a luz baixa.O exame microscópio deve estar de acordo com o exame químico ou seja se acaso aparecer na fita reagente a presença de leucócitos estes devem ser visualizados.Observar a presença de cristais e células.
Cristais de urina ácida:Cistina,urato amorfo,oxalato de cálcio,ácido úrico,urato de sódio,leucina,tirosina e colesterol.
Cristais de urina alcalina:fosfato triplo,fosfato de cálcio,biurato de amônio,carbonato de cálcio,fosfato amorfo.
Os cristais com relevância clínica são: 
Cristais de cistina – Indicam uma doença chamada cistinúria.
Cristais de magnésio-amônio-fosfato (chamado de cristais de fosfato triplo) – podem ser normais, mas também podem estar presentes em casos de urina muito alcalina provocada por infecção urinária pelas bactérias Proteus ou Klebsiella. Pacientes com cálculo renal por pedras de estruvita costumam ter esses cristais na urina.
Cristais de tirosina – Presentes em uma doença chamada tirosinemia.
Cristais de bilirrubina – Costumam indicar doença do fígado.
Cristais de colesterol – Costuma ser um sinal de perdas maciças de proteína na urina.
	A presença de cristais de ácido úrico, caso em grande quantidade, também deve ser valorizada, pois podem surgir em pacientes com gota ou neoplasias, como linfoma ou leucemia. Cristais de ácido úrico em pequena quantidade, porém,  são comuns e não indicam nenhum problema.

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