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MiniMapas_Direito_Penal

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Prévia do material em texto

Copyright © 2020 de Mapas Concursos 
 
Todos os direitos reservados. Este ebook ou qualquer parte dele não pode ser reproduzido ou usado de 
forma alguma sem autorização expressa, por escrito, do autor ou editor, exceto pelo uso de citações 
breves em uma resenha do ebook. 
 
Edição: Agosto de 2021. 
 
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Cardápio 
 
1 Noções Fundamentais ........................................................................................... 4 
1.1 Princípios limitadores do poder punitivo estatal .......................................................... 4 
1.2 Lei penal no tempo ............................................................................................. 5 
1.3 A norma penal ................................................................................................... 9 
1.4 Lei penal no espaço ............................................................................................ 9 
2 Tipicidade ........................................................................................................ 12 
2.1 Crime impossível ............................................................................................... 12 
2.2 Erro do tipo essencial ......................................................................................... 12 
3 Antijuridicidade ................................................................................................. 13 
3.1 Estado de necessidade ........................................................................................ 13 
3.2 Estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito ................................... 14 
3.3 Causas supralegais de exclusão da antijuridicidade ...................................................... 15 
4 Concurso de Pessoas ........................................................................................... 16 
4.1 Participação .................................................................................................... 16 
5 Ação Penal ....................................................................................................... 17 
5.1 Classificação .................................................................................................... 17 
6 Causas de extinção da punibilidade ........................................................................ 18 
7 Crimes contra a vida ........................................................................................... 21 
8 Lesões Corporais ................................................................................................ 22 
8.1 Lesão corporal e suas diversas modalidades ............................................................... 22 
9 Crimes contra a liberdade Pessoal .......................................................................... 23 
9.1 Tráfico de Pessoas ............................................................................................. 23 
10 Crimes contra o patrimônio .................................................................................. 24 
10.1 Furto ............................................................................................................. 24 
10.2 Apropriação indébita .......................................................................................... 24 
11 Crimes contra a dignidade sexual ........................................................................... 26 
11.1 Estupro de vulnerável ......................................................................................... 26 
11.2 Importunação Sexual .......................................................................................... 26 
12 Crimes contra a paz pública .................................................................................. 27 
12.1 Associação criminosa .......................................................................................... 27 
13 Crimes contra a fé pública .................................................................................... 28 
13.1 Falsidade de títulos e outros papéis públicos ............................................................. 28 
14 Crimes contra a administração pública .................................................................... 29 
14.1 Noções gerais de crimes contra a Administração Pública ............................................... 29 
14.2 Peculato ......................................................................................................... 29 
14.3 Concussão ....................................................................................................... 30 
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14.4 Corrupção passiva .............................................................................................. 31 
14.5 Facilitação de contrabando ou descaminho ............................................................... 32 
14.6 Descaminho ..................................................................................................... 32 
 
 
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1 Noções Fundamentais 
1.1 Princípios limitadores do poder punitivo estatal 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA (bagatela 
própria): exclusão da tipicidade material. O 
fato é formalmente típico, mas materialmente 
atípico. Ainda, é também chamado de causa 
supralegal de exclusão da tipicidade material. 
Requisitos: (MARI) 
• Mínima ofensividade da conduta 
• Ausência de periculosidade social da ação 
• Reduzido grau de reprovabilidade do 
comportamento 
• Inexpressividade da lesão jurídica 
 
A TIPICIDADE FORMAL é simplesmente à 
adequação do FATO à NORMA. Por exemplo, no 
crime de furto, o agente que subtrai um 
produto de R$5,00 reais de uma rede 
multinacional de supermercados tem sua 
conduta adequada ao artigo 155 do Código 
Penal, uma vez que subtraiu para si coisa 
alheia móvel. Ou seja, a ação do agente 
encontra sua tipicidade formal já que os elementos do tipo foram preenchidos. 
Já a TIPICIDADE MATERIAL consiste numa efetiva lesão ou ameaça ao bem jurídico protegido. Esta Quando 
a lesão ou ameaça se der de forma tolerável, não há crime, pelo fato de estar afastada a tipicidade 
material. Esta tipicidade pode ser afastada quando se encontram presentes os princípios da lesividade, 
insignificância, adequação social e alteridade. 
Outro exemplo: Maria, empregada de uma rede de supermercados , subtraiu, conscientemente, de 
forma furtiva, a quantia de R$ 17,00 (dezessete reais), em espécie, do caixa da loja em que trabalha. 
Descoberta tal prática, foi oferecida denúncia, mas, em sentença, a ré foi absolvida. Pode-se concluir, 
acerca dos fatos narrados, que Maria foi beneficiada pela aplicação do princípio da insignificância. 
Os tribunais superiores, para a aplicação do princípio da insignificância, nos crimes contra o patrimônio, 
consideram a capacidade econômica da vítima. Assim, 17 reais para a loja é uma quantia insignificante, 
no entanto, caso Maria furtasse 17 reais de um morador de rua, certamente essa quantia não poderia ser 
considerada insignificante. Por isso, sempre analise o caso concreto. 
 
BÔNUS: 
Aplica-se para o contrabando? NÃO 
Aplica-se para o descaminho? SIM, até R$ 20.000,00. 
 
 
 
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CF 88 - Art. 62. Em caso de relevância e 
urgência, o Presidenteda República poderá 
adotar medidas provisórias, com força de lei, 
devendo submetê-las de imediato ao Congresso 
Nacional. 
 § 1º É vedada a edição de medidas 
provisórias sobre matéria: 
 b) direito penal, processual penal e 
processual civil; 
Medida provisória não cria crime e não comina 
pena. Os crimes somente podem ser criados 
por meio de lei em sentido estrito (lei ordinária 
e lei complementar). Porém a Medida 
provisória pode versar sobre direito penal 
não incriminador. Ou seja, para beneficiar o 
réu. 
 
 
 
1.2 Lei penal no tempo 
 
Tempo do Crime é o marco adotado para 
estabelecer o momento (tempo) do 
cometimento de um crime. Consoante artigo 4º 
do código penal, "Considera-se praticado o 
crime no momento da ação ou omissão, ainda 
que outro seja o momento do resultado". Ou 
seja, o tempo do crime (retratado pela chuva 
 na imagem) é o momento da atividade 
(Retratado pelo boneco correndo ). 
Para o Lugar do crime a teoria adotada pelo 
Código Penal brasileiro é a teoria mista ou da 
ubiquidade (lembra umbigo como na imagem), 
de acordo com o art. 6º: “Considera-se 
praticado o crime no lugar em que ocorreu a 
ação ou omissão, no todo ou em parte, bem 
como onde se produziu ou deveria produzir-se 
o resultado. 
 
 
Mnemônico: LUTA 
Lugar do crime = Ubiquidade 
Tempo do crime = Atividade 
 
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CP Art. 3º - A lei excepcional ou temporária , embora decorrido o período de sua duração ou cessadas 
as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 
 
 
 
 
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Lei temporária – Possui período determinado de duração. Com data de início e fim. 
Ex.: A lei da Copa que vigorou aqui no Brasil. 
 
Lei excepcional – é criada para vigorar sob determinadas condições excepcionais (calamidade, guerra 
etc). Sua vigência se dá, apenas, no período de tais condições, ou seja, fora dos períodos “normais” 
 
As duas são Ultrativas - mesmo após o decurso do seu tempo (sua autorrevogação), as pessoas que 
praticaram crimes na sua vigência poderão, ainda assim, serem punidas com base nelas. 
 
Na ilustração acima, representei a lei excepcional ou temporária por meio de um Super Herói que diz 
ser Ultra (para lembrá-lo da ultratividade!). 
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STF Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-
se ao crime continuado ou ao crime 
permanente, se a sua vigência é anterior à 
cessação da continuidade ou da permanência. 
Em outras palavras, aplica-se a lei mais nova, 
ainda que maléfica ao acusado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A novatio legis in mellius é a situação oposta a novatio legis in pejus (Lei posterior adota penas 
mais graves). Trata-se de um fenômeno da lei penal no tempo no qual uma nova lei traz benefício à 
situação em que se encontra o acusado . 
Ela ocorre quando a lei posterior é, de qualquer modo, mais favorável ao agente. Por exemplo: altera para 
menos tempo a pena, torna mais branda sua forma de execução, etc. 
Levando em conta o art. 5º inc. XL da Constituição Federal e o princípio da retroatividade, a novatio legis 
in mellius é adotada pela justiça de modo a garantir ao acusado a aplicação de uma lei penal menos 
gravosa, mais benéfica . 
 
 
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1.3 A norma penal 
 
A analogia é aplicada no Direito Penal apenas 
IN BONAM PARTEM , ou seja, em benefício 
do réu . 
Analogia é uma forma de integração do 
direito. No direito penal é permitida in 
bonam partem ---> em benefício do réu. 
A imagem ao lado retrata a Ana com asas de 
Anjo para representar que é um benefício. 
Já a imagem onde mostra o diabo , não tem 
a Ana pois não há ANAlogia em prejuízo do 
Réu. 
Interpretação analógica (que é diferente de 
analogia) é uma forma de compreensão do 
direito e pode ser usada tanto in bonam 
partem, benefício, quanto em malam partem, 
ou seja, para prejudicar o réu. 
 
 
1.4 Lei penal no espaço 
 
Lugar do Crime 
A Teoria mista ou da ubiquidade é adotada pelo 
Código Penal brasileiro, de acordo com o art. 6º: 
“Considera-se praticado o crime no lugar em que 
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem 
como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado 
Tempo do Crime é o marco adotado para 
estabelecer o momento (tempo) do cometimento de 
um crime. Consoante artigo 4º do código penal, 
"Considera-se praticado o crime no momento da ação 
ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado" (Teoria da atividade ) 
Mnemônico: LUTA 
Lugar Ubiquidade 
Tempo Atividade 
 
 
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Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de 
convenções, tratados e regras de direito 
internacional, ao crime cometido no território 
nacional. 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como 
extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a 
serviço do governo brasileiro onde quer que se 
encontrem, bem como as aeronaves e as 
embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente 
ou em alto-mar. 
 
 
 
 
Extraterritorialidade INcondicionada 
Aplica-se a lei nacional a determinados crimes cometidos fora do território, independentemente de 
qualquer condição, ainda que o acusado seja absolvido ou condenado no estrangeiro. 
a) contra a VIDA ou LIBERDADE do Presidente da República. (Princípio da defesa) 
b) contra o PATRIMÔNIO ou FÉ PÚBLICA da União, do DF, de Estado, Território, Município, de empresa 
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. (Princípio da 
defesa) 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço. (Princípio da defesa) 
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d) de genocídio, quando o agente for brasileiro 
ou domiciliado no Brasil. (Princípio da justiça 
universal) 
Genocídio significa a exterminação 
sistemática de pessoas tendo como principal 
motivação as diferenças de nacionalidade, raça, 
religião e, principalmente, diferenças étnicas. 
É uma prática que visa eliminar minorias 
étnicas em determinada região. 
 
A imagem retrata um brasileiro (com a camisa 
nas cores Brasil) que matou diversas pessoas 
fora do Brasil. 
 
 
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2 Tipicidade 
2.1 Crime impossível 
 
Crime impossível, na conceituação de 
Fernando Capez, "é aquele que, pela 
ineficácia total do meio empregado ou 
pela impropriedade absoluta do objeto 
material é impossível de se consumar ". 
"Art. 17 do CP. Não se pune a tentativa quando, 
por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta 
impropriedade do objeto, é impossível 
consumar-se o crime." 
O crime impossível é também chamado pela 
doutrina de quase-crime, tentativa 
inadequada ou inidônea. 
A imagem retratauma pessoa tentando matar 
outra que já está morta (impossível) 
utilizando uma arma de brinquedo (é 
impossível ferir alguém). 
 
 
2.2 Erro do tipo essencial 
 
Erro na execução (aberratio ictus): o agente, 
querendo atingir determinada pessoa, por 
inabilidade ou outro motivo qualquer, erra na 
execução do crime. 
Se o agente atingir apenas a pessoa diversa da 
pretendida, será punido pelo crime, 
considerando-se, contudo, as condições e 
qualidades da vítima visada (virtual) e não da 
vítima efetivamente atingida (efetiva) 
Aberratio ictus quer dizer aberração no ataque 
ou desvio do golpe. Dá-se quando o autor, 
desejando atingir uma pessoa, vem a ofender 
outra. 
Ex.: o agente atira em A e mata B (A = vítima 
virtual; B = vítima efetiva). Nesse caso, 
considera-se as qualidades da vítima virtual. 
 
 
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3 Antijuridicidade 
3.1 Estado de necessidade 
 
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica 
o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou 
no exercício regular de direito. 
A imagem retrata um homem que teve que 
matar outro dentro do helicóptero para 
ficar com o único paraquedas que havia lá 
dentro a fim de se salvar. 
Excesso punível 
Parágrafo único - O agente, em qualquer das 
hipóteses deste artigo, responderá pelo 
excesso doloso ou culposo. 
 
 
 
 
CP, Art. 24 - Considera-se em estado de 
necessidade quem pratica o fato para salvar de 
perigo atual, que não provocou por sua 
vontade, nem podia de outro modo evitar, 
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas 
circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
Palavras-chave para cada caso. Estas palavras 
terão de estar presentes no enunciado ou 
resposta: 
Estado de necessidade: Perigo Atual 
Legítima Defesa: Agressão atual ou iminente 
Obs.: Agressão é sempre humana, diferente de 
perigo que pode ser proveniente de ataques de 
animais também. 
 
 
 
 
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São requisitos do estado de necessidade 
perante a lei penal brasileira: 
a) Existência de perigo atual, inevitável e que 
ponha em risco direito próprio ou alheio. 
b) não provocação voluntária do perigo; 
c) Inexigibilidade de sacrifício do bem salvo – 
ponderação de valores; 
d) Inexistência do dever legal de enfrentar o 
perigo; 
e) o conhecimento da situação de fato 
justificante. 
Não pode alegar estado de necessidade o 
agente que tem o dever legal de enfrentar 
o perigo, como preceitua o § 1º do artigo 24 do 
CPB. São pessoas que em razão da função ou 
ofício, tem o dever legal de enfrentar o perigo, 
não lhes sendo lícito sacrificar o bem de 
terceiro para a defesa do seu próprio. 
 
3.2 Estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito 
 
A lei obriga o agente a agir dentro do dever que 
lhe foi imposto, ex: o policial que é obrigado 
a agir em caso de um assalto a banco, um 
bombeiro que é chamado para apagar 
chamas de um incêndio e para entrar na casa 
em chamas precisa quebrar a porta. 
CUIDADO: Policiais que estão em um tiroteio 
quando lesionam um terceiro ou o agente 
delituoso está agindo em legítima defesa 
(repele injusta agressão, atual ou iminente). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.3 Causas supralegais de exclusão da antijuridicidade 
 
 
 
Exclusão de ilicitude 
 
 Art. 23 - Não há crime quando o agente 
pratica o fato: 
 I - em estado de necessidade; 
 II - em legítima defesa; 
 III - em estrito cumprimento de dever 
legal ou no exercício regular de direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 Concurso de Pessoas 
 
4.1 Participação 
 
 
 
CP Art. 30 – Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando 
elementares do crime. 
Sendo assim, as elementares do crime, de caráter pessoal ou objetivas, sempre se comunicam aos 
coautores e partícipes, sendo indispensável que delas todos tenham conhecimento. 
Exemplo: Tício, funcionário público, aproveitando-se das facilidades que o cargo lhe propicia, 
juntamente com Mévio – que conhece a profissão do primeiro – subtrai bens da Administração Pública. 
Nesse caso, ambos responderão por peculato (art. 312 do Código Penal) tendo em vista que a condição 
de funcionário público (de caráter pessoal) é elementar do tipo penal. 
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5 Ação Penal 
5.1 Classificação 
 
A ação penal pública é incondicionada 
quando não depender da manifestação de 
vontade da vítima ou de outra pessoa. 
CP, Art. 100 - A ação penal é pública, salvo 
quando a lei expressamente a declara privativa 
do ofendido. 
§ 1º - A ação pública é promovida pelo 
Ministério Público , dependendo, quando a 
lei o exige, de representação do ofendido ou 
de requisição do Ministro da Justiça. 
CPP, Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta 
será promovida por denúncia do Ministério 
Público , mas dependerá, quando a lei o 
exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou 
de representação do ofendido ou de quem tiver 
qualidade para representá-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 Causas de extinção da punibilidade 
 
Extinção de punibilidade é a impossibilidade de punir o autor de um crime. 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade (perda do direito de punir): 
I - Pela morte do agente; 
Retratado pelo Hitler no caldeirão do kkkk 
O fundamento para esta afirmação reside no Princípio 
da Pessoalidade da pena (Personalidade da pena, 
Responsabilidade penal ou Intranscedência da pena) 
que impede a punição por fato alheio. Em outras 
palavras, somente o autor da infração penal pode ser 
apenado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
II - pela anistia, graça ou indulto 
Mnemônico GIA: É uma rã grande kkkk 
São causas de renúncia do Estado ao exercício do 
direito de punir, atingindo tanto crimes de ação penal 
pública incondicionada e condicionada como delitos 
de ação penal privada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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III - pela retroatividade de lei que não mais 
considera o fato como criminoso; 
É o famoso Abolitio Criminis retratado na 
imagem por uma cena de adultério que deixou 
de ser crime há muitos anos. 
Trata-se do fenômeno que ocorre quando uma 
lei posterior deixa de considerar crime 
determinado fato (exemplo: a Lei n. 
1.106/2005 deixou de considerar condutas 
criminosas o adultério, a sedução e o rapto 
consensual). 
Além de conduzir à extinção da punibilidade, 
também faz cessar todos os efeitos penais da 
sentença condenatória, permanecendo, 
contudo, os efeitos civis. 
 
 
 
 
 
 
IV - Pela prescrição, decadência ou 
perempção; 
A prescrição é a perda do direito de punir do 
Estado peloseu não exercício em determinado 
lapso de tempo, uma vez que o direito de punir 
deve ser exercido dentro do prazo legalmente 
estabelecido. 
A decadência nada mais é que a perda do 
direito da vítima de oferecer a queixa ou 
representação pelo transcurso do prazo 
decadencial. 
A perempção resulta da inércia do 
querelante (vítima) no curso da ação penal 
privada, impedindo a demanda de prosseguir, 
acarretando a extinção da punibilidade réu. 
Note-se que a perempção apenas se aplica à 
ação penal privada, e não na pública. 
 
 
 
 
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V - Pela renúncia do direito de queixa ou pelo 
perdão aceito, nos crimes de ação privada; 
Renúncia: a vítima desiste de processar antes 
da ação penal, ou seja, abre mão de seu direito 
de oferecer a queixa crime, 
independentemente da concordância do 
autor do delito. 
Perdão: A vítima não quer mais PROSSEGUIR 
com o processo e perdoa o réu (que precisa 
aceitar. Se não se manifestar, considera-se 
aceito o perdão) após iniciada a ação penal. 
O perdão oferecido a um dos agentes 
estender-se-á aos demais. 
 
 
 
 
 
 
 
VI - pela retratação do agente, nos casos em 
que a lei a admite; 
Retratar é desdizer, retirar o que se disse. A lei 
penal brasileira prevê essa causa extintiva da 
punibilidade em pelo menos duas passagens: 
I - Art. 143 do CP – a retratação é admitida nos 
crimes contra a honra, mas apenas nos casos de 
calúnia e difamação, sendo inadmissível na injúria. 
II - Art. 342, § 3º, do CP: o fato deixa de ser punível 
se o agente (testemunha, perito, tradutor ou 
intérprete) se retrata ou declara a verdade. 
VII – REVOGADO VIII - REVOGADO 
IX - Pelo perdão judicial, nos casos previstos 
em lei. 
O Perdão judicial consiste no perdão concedido 
pelo Estado ao réu, deixando o juiz de aplicar 
a pena, embora este reconheça a prática da 
infração penal. Esta modalidade de extinção da 
punibilidade só pode ser aplicada em hipóteses 
expressamente previstas em lei 
 
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7 Crimes contra a vida 
 
Crimes culposos no CP: 
Contra a vida: homicídio, art. 121, p. 3; e 
lesão corporal, art. 129, p. 6 
Contra o patrimônio: receptação, art. 180, p. 
3 
Contra a incolumidade pública: incêndio, 
art. 250, p. 2 
Contra a Administração Pública: peculato, 
art. 312, p.2 
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8 Lesões Corporais 
8.1 Lesão corporal e suas diversas modalidades 
 
O caput do artigo é considerado lesão de 
natureza leve. Logo, tudo o que não se encaixa 
em natureza grave ou gravíssima será leve. 
Lesão corporal 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a 
saúde de outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano." 
 
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9 Crimes contra a liberdade Pessoal 
9.1 Tráfico de Pessoas 
 
Conduta: O crime de tráfico de pessoas é um 
crime de ação múltipla, tendo oito verbos 
nucleares, que são: agenciar, aliciar, recrutar, 
transportar, transferir, comprar, alojar ou 
acolher pessoa. Na imagem ao lado houve a 
conduta de transportar. 
Modus Operandi: existem cinco maneiras de o 
agente cometer o crime de tráfico de pessoas. 
São elas: com grave ameaça, violência, coação, 
fraude ou abuso. 
Elemento subjetivo: o crime exige que a 
conduta do agente tenha um especial fim de 
agir. Poder ser: (I) remover-lhe órgãos, tecidos 
ou partes do corpo; (II) submetê-la a trabalho 
em condições análogas à de escravo; (III) 
submetê-la a qualquer tipo de servidão; (IV) 
adoção ilegal; ou (V) exploração sexual. 
Causas de aumento de pena: 
I - o crime for cometido por funcionário público 
no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las; 
II - o crime for cometido contra criança , adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência ; 
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de 
dependência econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, 
cargo ou função; 
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10 Crimes contra o patrimônio 
10.1 Furto 
 
O crime de furto ocorre quando o agente 
subtrai, para si ou para outrem, coisa alheia 
móvel, equiparando-se à coisa móvel, à 
energia elétrica ou a qualquer outra que 
tenha valor econômico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.2 Apropriação indébita 
 
 
 
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CP Art. 168-A. Deixar de repassar à 
previdência social as contribuições 
recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma 
legal ou convencional: 
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, 
espontaneamente, declara, confessa e efetua 
o pagamento das contribuições, importâncias 
ou valores e presta as informações devidas à 
previdência social, na forma definida em lei ou 
regulamento, antes do início da ação fiscal. 
Atenção: O STF e o STJ entendem que o 
pagamento, a qualquer tempo (antes do 
trânsito em julgado) extingue a punibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 Crimes contra a dignidade sexual 
11.1 Estupro de vulnerável 
 
Estupro de vulnerável 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro 
ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações 
descritas no caput com alguém que, por enfermidade 
ou deficiência mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer 
resistência. 
 
 
 
 
 
11.2 Importunação Sexual 
 
 
CP Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a 
própria lascívia ou a de terceiro: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave 
O agente (que pode ser homem ou mulher); pratica contra a vítima (que também pode ser homem ou 
mulher, uma vez que o tipo descreveu “contra alguém”) Ato libidinoso (É todo ato de cunho sexual capaz 
de gerar no sujeito a satisfação de seus desejos sexuais). Perceba que não exige a relação sexual 
(penetração), mas, tão somente, o ato libidinoso; com o objetivo de satisfazer a própria lascívia (Lascívia 
é o prazer sexual, o prazer carnal, a luxúria); ou a lascívia de terceiro. 
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12 Crimes contra a paz pública 
12.1 Associação criminosa 
 
 
 
CP Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas , para o fim específico de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Parágrafoúnico. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a 
participação de criança ou adolescente. 
O elemento subjetivo é o dolo (não há associação criminosa para a prática de crimes culposos!), 
acrescido do especial fim de agir representado pela expressão “para o fim específico de cometer 
crimes”, independente da sua natureza e da pena cominada. Ou seja, não há associação criminosa para 
a prática de um único crime. 
É um crime formal, consumando-se no momento em que se concretiza a convergência de vontades, 
independente da realização ulterior do fim visado, ou seja, consuma-se quando três ou mais pessoas se 
associam para a prática de crimes, ainda que nenhum delito venha a ser efetivamente praticado. 
É um crime permanente: Se protrai no tempo até a cessação da associação. 
A estabilidade e permanência nas relações entre os agentes reunidos em conjugação de esforços para a 
prática reiterada de crimes são essenciais para que se configure a associação criminosa, diferenciando-se 
essa do simples concurso eventual de pessoas para realizaram uma ação criminosa. 
 
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13 Crimes contra a fé pública 
13.1 Falsidade de títulos e outros papéis públicos 
 
Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou 
alterando-os: 
I – Selo destinado a controle tributário, papel 
selado ou qualquer papel de emissão legal 
destinado à arrecadação de tributo; (Redação 
dada pela Lei nº 11.035, de 2004) 
II - Papel de crédito público que não seja 
moeda de curso legal; 
III - vale postal; 
IV - Cautela de penhor, caderneta de depósito 
de caixa econômica ou de outro 
estabelecimento mantido por entidade de 
direito público; 
V - Talão, recibo, guia, alvará ou qualquer 
outro documento relativo a arrecadação de 
rendas públicas ou a depósito ou caução por 
que o poder público seja responsável; 
VI - Bilhete, passe ou conhecimento de 
empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
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14 Crimes contra a administração pública 
14.1 Noções gerais de crimes contra a Administração Pública 
 
Art. 327 - Considera-se funcionário público, 
para os efeitos penais, quem, embora 
transitoriamente ou sem remuneração, 
exerce cargo, emprego ou função pública. 
 1º - Equipara-se a funcionário público quem 
exerce cargo, emprego ou função em entidade 
paraestatal, e quem trabalha para empresa 
prestadora de serviço contratada ou 
conveniada para a execução de atividade típica 
da Administração Pública. 
 
 
 
 
 
 
 
14.2 Peculato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Peculato, tipificado no art. 312, trata-se de crime funcional impróprio, ou seja, se tirar a qualidade de 
funcionário público o agente responderá por outro crime (Apropriação indébita, Art. 168). O sujeito ativo 
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do crime é o funcionário público, e excepcionalmente, o particular que poderá atuar na condição de 
coautor ou partícipe. O sujeito passivo imediato é a administração pública. 
CP, art. 312 – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro , valor ou qualquer outro bem móvel, 
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. 
Atenção aos verbos: 
Peculato: APROPRIAR 
Concussão: EXIGIR 
Corrupção passiva: SOLICITAR 
Prevaricação: RETARDAR 
Furto: SUBTRAIR 
 
14.3 Concussão 
 
Concussão 
 Art. 316 - Exigir, para si ou 
para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da 
função ou antes de assumi-la, mas 
em razão dela, vantagem 
indevida: 
 Pena - reclusão, de dois a 
doze anos, e multa. (Lei 
13.964/19) 
A conduta é a de exigir 
vantagem indevida. Vejam que o 
agente não pode, simplesmente, 
pedir ou solicitar vantagem 
indevida. A Lei determina que 
deve haver uma “exigência” de 
vantagem indevida. Assim, deve o 
agente possuir o poder de fazer 
cumprir o mal que ameaça 
realizar em caso de não 
recebimento da vantagem exigida. 
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14.4 Corrupção passiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corrupção passiva (não está incluso no rol dos crimes hediondos) 
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função 
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em consequência da vantagem ou promessa, o 
funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14.5 Facilitação de contrabando ou descaminho 
 
 PARTICULAR QUE PRATICA CONTRABANDO 
/ DESCAMINHO: 
Responde pelo CP Art. 334. Iludir, no todo ou 
em parte, o pagamento de direito ou imposto 
devido pela entrada, pela saída ou pelo 
consumo de mercadoria (DESCAMINHO). 
OU 
Responde pelo Art. 334-A. Importar ou 
exportar mercadoria proibida (CONTRABANDO). 
FUNCIONÁRIO PÚBLICO QUE CONTRIBUI 
PARA O CONTRABANDO / DESCAMINHO: 
Responde pelo Art. 318 - Facilitar, com 
infração de dever funcional, a prática de 
contrabando ou descaminho (Facilitação de 
contrabando ou descaminho). 
 
 
14.6 Descaminho 
 
CP Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o 
pagamento de direito ou imposto devido pela 
entrada, pela saída ou pelo consumo de 
mercadoria. 
Para a doutrina e a jurisprudência majoritária 
o crime de descaminho é crime formal, sendo 
assim não se aplica a exigência de 
constituição definitiva do crédito tributário e 
nem mesmo a exigência de prejuízo para 
consumação do crime. O crime se consuma 
com a simples conduta de iludir o Estado 
quanto ao pagamento dos tributos devidos 
quando da importação ou exportação de 
mercadorias. 
 
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	1 Noções Fundamentais
	1.1 Princípios limitadores do poder punitivo estatal
	1.2 Lei penal no tempo
	1.3 A norma penal
	1.4 Lei penal no espaço
	2 Tipicidade
	2.1 Crime impossível
	2.2 Erro do tipo essencial
	3 Antijuridicidade
	3.1 Estado de necessidade
	3.2 Estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito
	3.3 Causas supralegais de exclusão da antijuridicidade
	4 Concurso de Pessoas
	4.1 Participação
	5 Ação Penal
	5.1 Classificação
	6 Causas de extinção da punibilidade
	7 Crimes contra a vida
	8 Lesões Corporais
	8.1 Lesão corporal e suas diversas modalidades
	9 Crimes contra a liberdade Pessoal
	9.1 Tráfico de Pessoas
	10 Crimes contra o patrimônio
	10.1 Furto
	10.2 Apropriação indébita
	11 Crimes contra a dignidade sexual
	11.1 Estupro de vulnerável
	11.2 Importunação Sexual
	12 Crimes contra a paz pública
	12.1 Associação criminosa
	13 Crimes contra a fé pública
	13.1 Falsidade de títulos e outros papéis públicos
	14 Crimes contra a administração pública
	14.1 Noções gerais de crimes contra a AdministraçãoPública
	14.2 Peculato
	14.3 Concussão
	14.4 Corrupção passiva
	14.5 Facilitação de contrabando ou descaminho
	14.6 Descaminho

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