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UNIDADE 3. Pirogênios e toxicidade de microrganismos Fernanda Waitman OBJETIVOS DA UNIDADE Diferenciar os testes de pirogênios in vitro e in vivo; Compreender a importância de detectar endotoxinas em medicamentos; Conhecer os procedimentos de Draize; Entender o conceito de toxicidade. TÓPICOS DE ESTUDO Pirogênios in vitro – // Bactérias Gram-negativas e Gram-positivas // Tipos de pirogênios // Procedimento de gelificação Pirogênios in vivo – // Procedimento in vivo // Fonte de pirogênios // Despirogenização Toxicidade – // Testes de toxicidade aguda // Testes de toxicidade subcrônica e crônica // Procedimento de Draize Pirogênios in vitro Seção 2 de 4 O termo pirogênio é relativamente novo, tendo começado a ser estudado mais profundamente há cerca de cinquenta Flavia Highlight anos. Contudo, existem relatos nas literaturas antigas de que dois mil anos atrás já se faziam experimentos com substâncias que induziam febre nos seres humanos. Entendia-se que a febre era, principalmente, um mecanismo terapêutico, sendo tratada dessa forma durante muitos anos, ao ponto de se induzí-la por meio de injeções com substâncias específicas, para tratar diferentes patologias. Contudo, a partir do século XIX, a temperatura corporal alta começou a ser vista com outros olhos. Houve a isolação de produtos classificados como antipiréticos, utilizados para baixar a temperatura do corpo. Assim, um estudioso chamado Billbroth foi o primeiro a usar o termo pirogênio para conceituar substâncias capazes de induzir a febre. Com o avanço da ciência, foram isolados produtos, liberados por bactérias, capazes de fazer com que a temperatura do corpo se elevasse acima do aceitável, classificados como pirogênios. Os produtos mais conhecidos como pirogênios são as endotoxinas, excretadas por bactérias como, principalmente, as Gram-negativas. Embora toda endotoxina seja um pirogênio, nem todo pirogênio é uma endotoxina. Dito isso, o conceito mais atualizado é que qualquer tipo de substância proveniente de injetáveis contaminados, capazes de desenvolver um quadro febril, bem como infecções causadas por bactérias Gram-negativas, é classificado como pirogênio. BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS E GRAM-POSITIVAS Antes de aprofundarmos o estudo sobre os pirogênios propriamente ditos, devemos diferenciar as bactérias Gram-positivas das Gram-negativas. Na Figura 1, podemos ver essas duas bactérias, que apresentam suas principais diferenças na quantidade de camadas que possuem em volta de si mesmas. Em roxo-azulado, temos a bactéria Gram-positiva e, logo ao lado, um esquema das camadas existentes ao seu redor, salientando que, de cima para baixo, podemos ver da camada mais interna para a mais externa. Flavia Highlight Flavia Highlight Figura 1. Comparação bactérias Gram-negativas e Gram-positivas. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 07/11/2020. CURIOSIDADE Essas bactérias são denominadas Gram-positivas e Gram-negativas, pois, durante o processo de cultivo microbiológico, para determinar que tipos de bactérias estão presentes, é realizado um procedimento chamado coloração de Gram. Devido à diferença nas camadas existentes em volta de cada uma, após a coloração, a Gram-negativa fica com a coloração rosa/vermelha, enquanto a Gram-positiva pode ser visualizada em um tom roxo-azulado. Flavia Highlight Logo, podemos observar que a bactéria Gram-positiva possui três camadas, sendo a mais profunda, ou mais próxima do citoplasma, a chamada membrana plasmática, conhecida por estar presente em todas as células vivas, com o propósito de selecionar a entrada e a saída de substâncias do meio intracelular e extracelular. Em seguida, existe um espaço, mais fino quando comparado aos outros, denominado espaço periplasmático e, por último, já na parte mais externa e em contato com o líquido extracelular, temos a camada de peptideoglicanos. Ainda na Figura 1, em vermelho, temos a bactéria Gram-negativa, que possui duas camadas a mais do que as Gram-positivas. Além de apresentar uma membrana plasmática, um espaço periplasmático e uma camada de peptideoglicanos (que é mais fina nas Gram-negativas), essas bactérias também apresentam mais um espaço periplasmático e uma membrana externa, em contato com o líquidoextracelular. Assim, as bactérias Gram-negativas causam doenças mais graves que as Gram- positivas, devido a elas possuírem uma cápsula protetora, em volta das suas membranas, que faz com que as células de defesa do organismo não consigam atacar, dificultando o combate a elas. Logo, a membrana externa tem propriedades que favorecem a resistência desse tipo de bactéria a antibióticos como a penicilina, além de produzir substâncias pirogênicas, quando atacada. TIPOS DE PIROGÊNIOS Na indústria farmacêutica, é obrigatório, dentro do controle de qualidade, que os medicamentos injetáveis passem pelo teste de pesquisa de pirogênio, visto que esse tipo de substância pode causar danos nos vasos sanguíneos, além de outras complicações, podendo levar à morte. Desse modo, existem dois tipos de pirogênios, com base no local de formação da endotoxina, que são: EXÓGENO O exógeno, que é formado fora do corpo (Figura 2). Em geral, ele usa uma via de administração parenteral contaminada para entrar no corpo do animal; ENDÓGENO Flavia Highlight Flavia Highlight https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.5152.61892/content/_4392009_1/scormcontent/index.html https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.5152.61892/content/_4392009_1/scormcontent/index.html O endógeno, que é formado dentro do próprio corpo. Foi descoberto após alguns experimentos de cientistas que perceberam que o aumento de temperatura poderia ser uma forma de mecanismo de defesa do organismo. Figura 2. Molécula de endotoxina de lipopolissacarídeo (LPS, lipídeo A e fragmento de núcleo interno) de E. coli. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 07/11/2020. Assim, detectou-se que células do sistema hematopoiético, como, por exemplo, os leucócitos polimorfonucleares produziam pirogênios endógenos, que tinham como finalidade elevar a temperatura corporal. Ambos tipos de pirogênios podem induzir a produção de uma molécula chamada de prostaglandina, que tem sua ação bloqueada por fármacos responsáveis por baixar a temperatura corporal, conhecidos como antitérmicos ou antipiréticos, sugerindo uma interligação entre essas substâncias. Assim, podemos listar dois tipos de testes mais comumente utilizados para detectar a presença de pirogênios: bullet O teste de pirogênio in vivo, também chamado de teste em coelhos; bullet O teste de pirogênios in vitro, também conhecido como teste de endotoxina bacteriana, ou, ainda, lisado de amebócito do limulus (LAL). O teste in vitro é realizado em laboratórios específicos, sem a participação de animais vivos. Esse teste passou a ser denominado lisado de amebócito do limulus (LAL), pois, no fim do século XIX, cientistas perceberam que, quando o sangue de um caranguejo da espécie Limulus polyphemus (Figura 3) era retirado de seu corpo, ocorria uma coagulação, passando a apresentar uma consistência de gelatina. Flavia Highlight Flavia Highlight Flavia Highlight Figura 3. Caranguejo-ferradura. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 07/11/2020. ASSISTA Para que melhor entendamos a importância dessa espécie de caranguejo para a vida humana, o documentário Caranguejos-ferradura (também conhecido como Límulo), do canal Vídeos da década de 2000, no YouTube, mostra o habitat natural desses animais e traz informações interessantes, abordando outros estudos realizados com essa espécie, que contribuiu para a evolução do ser humano. Desse modo, estudando mais a fundo, os pesquisadores descobriram que circulava na corrente sanguínea dos caranguejos apenas uma célula, conhecida como amebócito. Além disso, algumasbactérias Gram-negativas acometiam esses animais e os matavam, pois induziam uma coagulação intravascular neles. Flavia Highlight Para descobrir exatamente como isso acontecia, os pesquisadores desenvolveram um teste experimental que comprovou que a presença dos amebócitos era responsável por reagir com a endotoxina liberada pelas bactérias Gram-negativas e mudar a consistência do sangue. Assim, com o passar dos anos, cientistas foram estudando e aprimorando a técnica LAL, que consiste em: Extrair o sangue – Extrair o sangue do caranguejo por meio de um procedimento chamado de sangria, pela introdução de uma agulha estéril entre a musculatura do animal; Misturar o sangue – Misturar o sangue com produtos anticoagulantes, a fim de evitar a coagulação precipitada do material; Centrifugar o sangue – Centrifugar o sangue e, em seguida, desprezar as substâncias que ficarem na superfície; Realizar a lavagem – Realizar a lavagem dos amebócitos e a retirada do anticoagulante com solução de soro fisiológico; Introduzir água destilada – Introduzir água destilada para o rompimento das membradas celulares e a liberação dos produtos intracelulares no meio; Liofilizar a solução – Liofilizar a solução e armazenar. Desse modo, a técnica de LAL, ou in vitro, foi constantemente atualizada e levada para dentro dos laboratórios de controle de qualidade das indústrias, com o objetivo de detectar a presença de endotoxinas em amostras. PROCEDIMENTO DE GELIFICAÇÃO Um dos métodos mais simples e utilizados para identificar a presença de endotoxinas utilizando a técnica do LAL é chamado de ponto final de gelificação e pode ser dividido em duas fases. A primeira, denominada teste- limite, apenas detecta se a quantidade de endotoxina presente na amostra está acima ou abaixo dos valores de referência, ou seja, se está dentro dos limites pré-determinados. A segunda fase é chamada de teste semiquantitativo e torna possível quantificar os valores de endotoxinas por método geométrico, após repetidas diluições. Esse procedimento consiste em colocar a endotoxina em contato com o meio de cultura LAL, para que, assim, ocorra o processo de coagulação do sangue do caranguejo. No Diagrama 1, podemos ver um esquema de como a endotoxina age quando entra em contato com esse tipo de substância, sendo responsável pela transformação de uma pró-enzima – ainda inativa – em uma enzima ativada. Essa, por sua vez, faz com que o coagulogênio, também em uma forma inativa, se transforme em sua forma ativa, chamada de coagulina, fazendo com que ocorra a formação do gel. Diagrama 1. Cascada de gelificação. Por meio do teste, é possível garantir que haja a presença de endotoxinas bacterianas, liberadas por bactérias Gram-negativas. Assim, quanto mais espesso o gel ficar, maior a quantidade de toxina presente na amostra. A diluição desse gel com a substância de amostra já introduzida, por sua vez, permite quantificar os valores existentes de endotoxinas. Contudo, esse método de ponto final de gelificação apresenta desvantagens, como a incapacidade ou a pouca capacidade de detectar a presença de endotoxinas quando a quantidade está muito baixa. Dessa forma, existem outros meios mais sensíveis, como o ensaio turbidimétrico, que é capaz de medir mais precisamente a quantidade de endotoxina, por meio da turbidez da amostra, causada pela precipitação de proteínas. VAMOS REFORÇAR O QUE APRENDEMOS ATÉ AGORA? As bactérias Gram-negativas tendem a ser mais patogênicas que as Gram-positivas, principalmente porque, quando se sente ameaçada, a sua camada externa libera uma substância chamada: Conforme visto no tópico “Pirogênios in vitro”, as bactérias Gram- negativos têm o mecanismo de liberação de substâncias que causam febre, chamadas de endotoxinas. Nesse caso, sua camada mais próxima do meio extracelular libera esses produtos pirogênicos, que são soltos para o meio, causando danos no indivíduo infectado. Pirogênios in vivo As endotoxinas são os pirogênicos mais estudados na indústria farmacêutica, pois existe a preocupação de evitar sua presença em soluções injetáveis, vendidas para a utilização em seres vivos. Esses compostos possuem alto peso molecular, sendo encontrados na camada externa de bactérias Gram-negativas e, quando purificados, passam a ser chamados de lipopolissacarídeos (LPS), devido à sua constituição química. Podemos observar, na Figura 4, o esquema das membranas que envolvem a bactéria Gram-negativa, com ênfase nos compostos presentes no LPS. Assim, podemos dividi-la em três partes: Lipídeo A, que quefica entre os fosfolipídeos da membrana externa; Polissacarídeo central, como se fosse a parte inicial da cauda; Polissacarídeo-O Figura 4. Camadas da parede celular da bactéria Gram-negativa com ênfase no lipopolissacarídeo. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 09/11/2020. O lipídeo A é uma parte com característica hidrofóbicas e bem parecidas em todas as bactérias que possui o LPS, já a parte de polissacarídeos é mais variável em sua constituição. O oligossacarídeo, encontrado na porção final do polissacarídeo-O e voltado ao meio extracelular, é responsável pela especificidade do lipopolissacarídeo. Desse modo, as cadeias que formam essas estruturas têm sequências diferentes entre os açúcares, os lipídeos e as proteínas que a compõem. Isso permitiu que os pesquisadores descobrissem variedades de espécies de bactérias, como as Salmonellas. PROCEDIMENTO IN VIVO Na primeira metade do século XIX, ficou determinado que o teste de pirogênio em medicamentos administrados por via parenteral era fundamental. Na época, não se conheciam as endotoxinas tão a fundo como hoje em dia, contudo, os efeitos adversos que ocorriam em muitos pacientes apontaram para a necessidade de estudos mais completos. Assim, amostras de soluções contaminadas Flavia Highlight foram aplicadas em coelhos, havendo o aumento da temperatura desses animais. Desse modo, começaram os experimentos mais aprofundados sobre o assunto. Desde então, pouca coisa mudou nesses estudos, que não são sensíveis em indicar a quantidade de endotoxina, mas lembram um teste-limite, determinando se há ou não a presença de endotoxinas. Uma das mudanças que aconteceram foi a quantidade de animais testados, visto que, quanto mais testes forem realizados, menor a chance de desvio de resultado. Assim, um aumento de 0,5 °C, em média, de todos os animais testados, já permite que se considere a presença de endotoxinas na amostra injetada. Na Figura 5, podemos observar como são realizados esses experimentos, sendo os coelhos colocados em aparatos específicos, chamados de contendores, para imobilizar a região cervical e impedir que eles se locomovam, e o profissional injeta a substância em umas das orelhas do animal. Nesse mesmo contexto, é aferida a temperatura, após o tempo pré-determinado. Isso pode ser feito por via retal, sendo o termômetro introduzido por cerca de 7 cm no reto do animal, de acordo com a farmacopeia. Todos os materiais utilizados devem ser, obrigatoriamente, despirogenizados e calibrados, a fim de garantir os resultados obtidos. Figura 5. Aplicação de substância em coelhos para teste in vivo. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 10/11/2020. O coelho foi o animal escolhido nesse caso devido à semelhança em relação aos termorreceptores dos seres humanos. Visto que a diferença de peso entre as duas espécies deve ser levada em consideração, utilizam-se coelhos adultos. Contudo, os resultados obtidos são averiguados e uma equivalência de dose e Flavia Highlight peso é feita, para comparar como seria a resposta do ser humano à mesma substância. Nesse tipo de teste, é permitido que o animal seja reutilizado, desde que seja obedecida as normas entre uma inoculação e outra. Assim, animais que não tiveram reação podem passar pornovos testes após dois ou três dias, enquanto os que tiveram têm que aguardar de duas a três semanas para passarem por novos procedimentos. Isso ocorre até que os animais se tornem resistentes ou morram. FONTES DE PIROGÊNIOS Desde que os testes de pirogênio começaram a ser aplicados, não havia valor exato que seria aceitável para reprovar ou aprovar um medicamento. Assim, quando resolveram quantificar, foram colocados valores muito altos, permitindo que grandes quantidades de endotoxinas fossem liberadas em medicamentos. Com o avanço dos experimentos, a U.S. Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana, determinou valores aceitáveis, de acordo com os produtos estudados (Tabela 1). Tabela 1. Valores limites de endotoxinas em produtos específicos, segundo a FDA. Muito se fala nas endotoxinas, já que são as mais comumente encontradas com ação pirogênica. Contudo, é importante comentarmos de outros tipos, que também podem causar danos, como, por exemplo, as cepas de estreptococos do grupo A, que possuem exotoxinas que causam vermelhidão da pele e aumento da temperatura corpórea, chegando a causar choques e podendo levar o ser humano à morte. Quando submetidos a testes in vitro, como o LAL, elas causam gelificação no meio muito mais consistente do que no caso da ação das endotoxinas. Outra bactéria conhecida pelo seu efeito pirogênico é a Mycobacterium tuberculosis, responsável por desenvolver a patologia conhecida como tuberculose. O aumento de temperatura se deve pela ação de fagócitos, além da reação sistêmica, ou seja, que engloba o corpo como um todo. Vale salientar que os pirogênicos não são exclusividade de bactérias. Existem vírus e fungos que podem causar febre em seres humanos, porém, os testes in vivo realizados em coelhos não foram totalmente esclarecedores para compreender o mecanismo de ação desses tipos de microrganismos. EXPLICANDO Células fagocitárias são responsáveis por, entre outras funções, englobar microrganismos estranhos presentes no corpo, formando uma bolsa e causando sua destruição, jogando enzimas que vão digerí-los e eliminá-los. As células de defesa, como os leucócitos, são classificadas como fagocíticos, uma vez que usam esse mecanismo para defender o organismo de patógenos. Além disso, existem estudos que estabelecem que esse tipo celular está envolvido no mecanismo de pirogênios, participando do processo de aumento de temperatura corporal. DESPIROGENIZAÇÃO Existem diferentes formas de despirogenização, relacionadas à inativação e à remoção da molécula LPS da parede celular das bactérias, de modo que a destruição, total ou parcial, ou a inativação dos sítios ativos podem fazer com que a amostra seja classificada como apirogênica. Assim, devemos entender alguns dos mecanismos capazes de cumprir essa função, começando pelos meios adequados para inativar o lipopolissacarídeo. A hidrólise acidobásica atua no lipídeo A, realizando sua inativação e, desse modo, impedindo a ação biológica do LPS. Assim, ela impede a movimentação de substâncias entre a membrana, visto que essa parte da molécula é responsável pelo transporte aquoso de substâncias. A hidrólise ácida ocorre pela incorporação de ácido clorídrico (HCL), por 30 minutos, a 100 °C, enquanto na alcalina age o hidróxido de sódio (NaOH) pelo processo de saponificação, por 1 hora, a 50 °C. A oxidação foi descoberta no começo do século XX, quando a água oxigenada foi incorporada à solução com as endotoxinas, e, assim, a perda de função pirogênica é percebida. A ideia é que essa substância inative o lipídeo A, por oxidação dos ácidos graxos. Contudo, há vantagens e desvantagens: a facilidade de utilização do peróxido de hidrogênio, tanto para adicionar como eliminar da amostra, é uma vantagem, mas ele pode oxidar outras substâncias presentes, o que pode atrapalhar na função geral do produto farmacêutico. A alquilação, geralmente, é feita com a utilização de óxido de etileno, que se incorpora em uma ligação presente no lipídeo A, fazendo com que perca sua função. Também existe o processo por radiação ionizante, que tem como mecanismo de ação física e biológica a mudança da conformação das endotoxinas, que, consequentemente, perdem a função. Contudo, os riscos de contaminação são maiores do que os benefícios de despirogenização por esse tipo de mecanismo. Por fim, temos o processo térmico, comumente o mais utilizado em produtos que não são sensíveis à temperatura, conhecidos como termolábeis. Nesse caso, utiliza-se o calor seco, dentro de estufas, podendo ser colocados tanto a Flavia Highlight Flavia Highlight Flavia Highlight substância, como frascos de vidro e plástico, resistentes ao calor. Dependendo do tipo de endotoxina que se quer inativar, utiliza-se uma temperatura e tempo adequados, lembrando que alguns tipos são mais resistentes que outros. Até aqui, exploramos os mecanismos capazes de inativar a ação de endotoxinas. Agora, poderemos conhecer os meios de remover tal composto da amostra em questão. Um dos mais básicos é a lavagem, geralmente utilizada em locais sólidos, como superfícies, em que, para realizar o procedimento, se utiliza água de injeção estéril. Destilação – Ainda dentro de meios simples para eliminação de endotoxinas, temos a destilação (Figura 6), na qual acontece a mudança de estado físico da substância. Primeiramente, a substância é fervida, até que se evapore, e, em seguida, ela passa por um condensador, voltando ao seu estado líquido. Desse modo, as moléculas de lipopolissacarídeos são grandes o suficiente para não conseguirem evaporar e, assim, se mantêm na primeira fase líquida. Ultrafiltração – A ultrafiltração também pode ser eficiente para eliminar as endotoxinas, que utiliza membranas de filtração com poros menores que a endotoxinas, para que haja eficiência no processo. Em casos em que as moléculas sejam muito grandes e dificultem a filtração, pode-se incorporar um agente que as quebre, mas que ainda as mantenha em tamanhos maiores que o poro da membrana. Osmose – A osmose ocorre quando existe diferença de concentração entre dois meios, ou seja, há uma membrana que separa duas soluções, sendo uma mais concentrada e a outra menos concentrada. Um exemplo simples e didático seria quando uma membrana semipermeável separa um litro de água com 500 mg de sal de cozinha diluído (muito concentrado) de outra solução, com apenas 100 mg de sal. Assim, as soluções tendem a se manter em equilíbrio, isto é, a água migra, de forma passiva (naturalmente), do lado com menor quantidade de sal para o lado com maior concentração, com o intuito de deixar o meio mais diluído e, assim, igualar as concentrações. Osmose reversa – Dito isso, podemos conceituar a osmose reversa, em que a água fará o trajeto inverso, indo do meio mais concentrado para o menos concentrado, ao contrário da osmose normal. Contudo, para que isso ocorra, é necessário que seja realizado uma pressão (Figura 7), pois não será um processo natural, mas, sim, forçado. Desse modo, é realizada uma pressão em cima da solução que pretende ser despirogenizada, forçando-a a passar pela membrana semipermeável, cujo tamanho dos poros é menor que as endotoxinas, impedindo que essas moléculas passem para o outro lado. Fig. 6 Destilação Fig. 7 Osmose Reversa VAMOS REFORÇAR O QUE APRENDEMOS ATÉ AGORA? De acordo com a tabela de valores de limite de endotoxinas permitidas em produtos farmacêuticos, relacione as colunas a seguir: “Fontes de pirogênios”, existe uma diferença entre os limites máximos aceitáveis de endotoxinas em tipos de substâncias especificas. Assim, por exemplo, os radiomarcadores podem possuir até 2,5 UE/kg, enquanto a água para injeção pode ter, no máximo, 0,25 UE/mL de endotoxinas presentes e, por fim, as drogas intratecais só chegam até 0,2 UE/mL.Toxicidade Seção 4 de 4 Quando classificamos uma substância como tóxica, estamos dizendo que ela é capaz de causar danos, de alguma forma. Em outras palavras, quando valoramos o quão danoso um produto é para o ser vivo, estamos estimando a sua toxicidade. Assim, a presença de pirogênios e outras substâncias nocivas faz parte do nível de toxicidade que pode ser encontrado em medicamentos. Para garantir que um fármaco não tenha possibilidade de intoxicar os seres vivos que o usarão, é necessário que ele passe por todo o processo de garantia de qualidade e esteja dentro das especificações já estabelecidas pelas agências de saúde. Assim, é necessário que se faça tanto o teste in vitro como o in vivo, sendo que a quantidade de animais utilizados, diferentemente dos testes para pirogênio, deve ser a menor possível, entre 5 e 15 animais. Ainda existe muita controvérsia em utilizar animais de laboratório, sejam coelhos ou camundongos, a fim de administrar substâncias potencialmente tóxicas. As especificações descrevem que não se deve levar o animal ao sofrimento durante os experimentos. Além disso, devido à necessidade de que os animais sejam sacrificados após os testes, muito já se falou sobre a proibição dos testes in vivo. Contudo, eles ainda são considerados fundamentais para garantir a segurança do ser humano. TESTES DE TOXICIDADE AGUDA Os produtos passíveis de teste de toxicidade são os medicamentos de origem sintética e biológica, bem como os correlatos (material plástico e as embalagens de acondicionamento), as matérias-primas, os produtos acabados, os cosméticos e os produtos de higiene em geral. Esses devem passar tanto pelo teste in vitro como pelo teste in vivo. De modo que, para analisarmos os Flavia Highlight Flavia Highlight diferentes riscos que esses agentes tóxicos podem trazer para o ser vivo, os testes de toxicidade focam na maneira que essas substâncias podem se desenvolver e o tempo de exposição necessário para causar danos. Assim, podemos classificá-las em aguda, subcrônica e crônica. Os experimentos práticos e teóricos da toxicidade buscam informar, bem como ter como referência, o que conhecemos como dose letal mediana, representados pela sigla , que significa que a dose utilizada foi capaz de matar 50% dos animais que foram testados. Na Figura 8, podemos observar um gráfico ilustrativo que mostra as doses utilizadas em testes e que mataram 50% da população estudada, isto é, quanto maior o valor da escala, maior a potência de causar danos no ser humano. Figura 8. Exemplo de dose letal mediana de algumas substâncias. Fonte: Wikimedia Commons. Acesso em: 13/11/2020. A toxicidade de um produto também está relacionada à quantidade utilizada, pois a grande maioria das substâncias encontradas no planeta têm um nível de toxicidade. Assim, a diferença entre o que faz bem e o que faz mal está na dose. Para avaliar a toxicidade aguda de produtos, existem algumas especificações para separar qual tipo de produto deve ser testado. Em se tratando de correlatos, por exemplo, observa-se o tempo de utilização do produto, sendo considerado de curto prazo quando dura de 60 minutos a um mês de contato, e de longo prazo quando dura mais de 30 dias. Quando o quesito é avaliar a exposição direta do corpo humano a esse material, podemos classificar em: Limitado:Quando a exposição é de menos de 24 horas; Prolongado: Quando a exposição é entre 24 horas e 30 dias; Permanente: Quando a exposição é de mais de 30 dias. Flavia Highlight De modo que, para a determinação do DL50 em ensaios de toxicidade aguda, são necessárias 24 horas de teste, enquanto, quando se pretende determinar a concentração media letal CL50, são necessárias 96 horas. Assim, as principais finalidades para realizar o teste de toxicidade aguda são conseguir informações especificas e determinar a dose e a concentração media letal de tais produtos. Outro ponto importante é entender como funciona o mecanismo desse produto no corpo, isto é, como ele consegue intoxicar o ser vivo. Além disso, com os resultados agudos, podemos traçar quais seriam as doses utilizadas caso seja necessário estudos para toxicidade crônica. Por último, é importante garantir a segurança do consumidor final, sendo necessário o estudo de cada lote liberado na indústria. Até aqui, vimos o teste de toxicidade aguda, com efeito local em partes do corpo. Contudo, também há o teste agudo sistêmico, usado quando a substância age em mais de um sistema de funcionamento do ser vivo. O teste pode ser feito por administração oral, com base no DL50 da amostra a ser estudada e considerando a duração do efeito sistêmico, a escolha do grupo de testes (quantidade, idade e tipo de animal-teste) e a dieta a ser seguida durante a observação. Além disso, entre as 8 e 12 horas após a administração, os animais devem ser controlados. Seguindo protocolos parecidos, embora cada um tenha suas especificidades, pode-se realizar testes de aplicação dérmica (Figura 9), sendo realizada a tricotomia, para eliminar os pelos do animal, a fim de não interferir na absorção da substância em teste. Em seguida, são feitos pontos, para delimitar e definir onde serão realizadas as aplicações, que devem ser mantidos até o final do experimento, de modo que deve ser analisada a pele, bem como se há interferência no crescimento da pelagem nova, já que o estudo não é apenas local, estudando também como essa substância age no corpo. Figura 9. Teste dérmico. Fonte: Shutterstock. Acesso em:13/112020. Outras vias de administração comumente estudadas são a inalação, que pode ser feita por meio de canículas introduzidas nas narinas ou por meio de câmaras de gás, e as vias parenterais, geralmente feita por meio de injeções sistêmicas. TESTES DE TOXICIDADE SUBCRÔNICA E CRÔNICA Após compreendermos como funcionam os testes em toxicidade aguda, devemos conceituar os testes que analisam outros níveis. Quando tratamos da toxicidade subcrônica, por exemplo, estamos falando de testes que duram entre 30 dias e 10% da expectativa de vida do animal em teste, ou seja, se um camundongo vive entre dois anos e meio e três anos, para que seja considerado um teste subcrônico, sua duração não pode ser maior que 90 dias. Os estudos feitos para observar os resultados desse tipo de teste são mais variados do que nos testes agudos. Assim, além de coletar os dados básicos, também se faz uma análise de urina, uma hematologia, um controle de massa corporal e uma histopatologia, entre outros. Sendo esse tipo de teste mais prolongado, se torna ainda mais necessário seguir corretamente as referências impostas, tanto para garantir resultados confiáveis, que permitirão traçar estratégias para posteriores estudos, como para evitar o sofrimento do animal- teste. Em testes de toxicidade crônica, a diferença se dá, principalmente, no tempo que o animal será exposto à substância, para a realização do experimento, havendo variações de acordo com a espécie do ser vivo. Por exemplo, em camundongos, o teste dura em torno de 18 a 24 meses, enquanto, nos macacos, esse tempo é de 5 a 7 anos e, nos ratos, de 24 a 30 meses, sendo as vias de administração iguais às utilizadas nos testes agudos e subcrônicos. Vale salientar que, em estudos muito prolongados, como os crônicos, é recomendado Flavia Highlight Flavia Highlight que se façam estudos complementares, de teor oncológico, para determinar os riscos do desenvolvimento de tumores (benignos ou malignos). Ainda dentro desse contexto, existe a avaliação de teratogenicidade, realizado em animais-testes fêmeas gestantes, a fim de obter informações sobre se a substância em estudo pode desenvolver algum problema no feto, seja uma anormalidade morfológica ou funcional. O estudo se desenvolve com a aplicação de substância durante todoo período gestacional da fêmea, sendo que, após o nascimento, esse filhote passa por vários exames, para detectar diferentes sinais de anomalias. Esse tipo de teste também é realizado in vitro, ou seja, em células desenvolvidas em laboratório, buscando alguma alteração durante a sua divisão celular. CURIOSIDADE Existem fármacos, como, por exemplo, a isotretinoína, representada comercialmente pelo nome de Roacutan, utilizada para tratamento de acne severa. Estudos de teratogenicidade comprovaram que a capacidade de provocar anomalias em fetos de mães que fizeram uso desse medicamento é altíssima. De modo que mulheres em idade fértil precisam assinar um termo de responsabilidade, que diz que estão cientes dos riscos que correm se engravidarem durante e até um ano depois do tratamento feito com esse medicamento. PROCEDIMENTO DE DRAIZE John H. Draize foi um cientista que, em 1944, padronizou o teste de irritabilidade primária da pele, utilizado até os dias de hoje, sem nunca ter sido modificado em seu contexto geral. O teste foi realizado em vários tipos de animais, até que se constatou que a pele dos coelhos reagia de maneira mais Flavia Highlight aproximada à dos seres humanos. Esse experimento é realizado após a raspagem do pelo do animal e de escoriações na pele, em uma área delimitada, sendo aplicada cerca de 0,5 mL ou 0,5 g de substância. Em seguida, se envolve a região com algum tipo de material impermeável, por 24 horas, a fim de evitar a evaporação do produto. Por fim, deve-se observar os resultados, comparando- os a valores pré-definidos, repetindo isso após 72 horas da aplicação. Os resultados são obtidos pela busca por eritemas e edemas (Figura 10), tipos de irritabilidade da pele. A vermelhidão na pele caracteriza o eritema, enquanto a descamação é chamada de escara, porém, em casos mais graves, podem-se formar edemas, quando existe um acúmulo de água no tecido, formando bolhas. Figura 10. Eritema de pele. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 13/11/2020. Os resultados são analisados de acordo com os parâmetros definidos na Tabela 2, sendo declarados os valores referentes à situação encontrada na pele do animal após 24 ou 72 horas da aplicação. Por exemplo, o valor 0 é definido quando não se observa nenhuma alteração na pele, enquanto a escala de número 4 são os casos mais severos. Tabela 2. Grau de irritabilidade da pele pelo procedimento de Draize. Fonte: CHORILLI; et al., 2009. (Adaptado). VAMOS REFORÇAR O QUE APRENDEMOS ATÉ AGORA? Para que seja realizado o teste de toxicidade, é necessário seguir alguns parâmetros de classificação dos agentes tóxicos, que podem ser: Conforme visto no tópico “Toxicidade”, os testes de toxicidade são feitos de acordo com o tempo e a capacidade de ação dos compostos estudados. Assim, quando a exposição se dá de forma abrupta, ela é chamada de toxicidade aguda; quando demora um pouco mais de tempo, temos uma toxicidade subcrônica; e, quando já está em estágio mais avançado, ela é denominada de toxicidade crônica. Agora é a hora de sintetizar tudo o que aprendemos nessa unidade. Vamos lá?! SINTETIZANDO Durante o controle de qualidade de medicamentos produzidos pela indústria farmacêutica, é imprescindível seguir técnicas, processos e comparar os valores obtidos com os limites pré-estabelecidos por agências sanitárias. Assim, testes em laboratório que simulam o contato dessas substâncias com o fluido corpóreo se tornaram indispensáveis para que esses fármacos fossem liberados para comercialização. Quando se trata de soluções com via de administração parenteral, foram desenvolvidos testes de pirogenicidades, realizados, primeiramente, in vitro, pelo processo conhecido como teste de endotoxina bacteriana ou lisado de amebócito do Limulus (LAL). Nesse caso, as amostras entram em contato com um meio de cultura fabricada a partir do sangue de um caranguejo-ferradura e, caso haja endotoxinas presentes na solução, há mudança do meio, saindo do aquoso e se transformando em gel. Nesse caso, dependendo de como é feito o teste, pode-se apenas saber se existe ou não a presença de pirogênios, como as endotoxinas, e, também, quantificá-las após várias diluições desse meio de cultura. Após a realização do teste in vitro, é realizado o teste in vivo, que tem como referência a utilização de coelhos, nos quais se injeta a amostra que se necessita testar e afere-se a temperatura dos animais. Após obter os resultados, faz-se uma média de quanto se aumentou a temperatura corpórea, para poder concluir se existe ou não endotoxinas na amostra. Há um valor limite para cada tipo de produto farmacêutico, sendo permitido para alguns um valor pouco maior de contaminação. Contudo, há técnicas que se pode utilizar para inativar ou remover as endotoxinas, o que chamamos de despirogenização, garantindo que superfícies, frascos e soluções se tornem apirogênicas. Por fim, falamos de toxicidade, que pode ser classificada como aguda, local ou sistêmica, bem como subcrônica e crônica. Os tipos de via de administração dos testes são praticamente os mesmos, sendo que as diferenças se dão devido ao tempo de exposição do animal-teste com o produto, além da quantidade de exames realizados a fim de obter os resultados necessários para concluir qual a extensão do dano que a amostra pode causar. Ainda nesse contexto, abordamos o procedimento de Draize, uma técnica antiga, e conservada até os dias atuais, que traz resultados sobre como um produto pode ou não irritar a pele do ser vivo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADAMI, E. R. Atenção farmacêutica aos pacientes em uso de medicamentos inibidores de receptor do fator de crescimento epidérmico de 1° e 2° linha de tratamento. 1ª e 2ª | Revista UNIANDRADE, Curitiba, v. 21, n. 1, p. 59-81. Disponível em: <https://revista.uniandrade.br/index.php/revistauniandrade/article/view/1316/0 >. 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