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DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA ENDÓCRINO · É dividido em duas grandes partes: neuroendócrino e endócrino; · Sistema neuroendócrino: hipófise e glândula pineal; · Sistema endócrino: tireoide, paratireoide, suprarrenal, placenta, gônadas, timo e pâncreas; HIPÓFISE · Tem uma íntima relação com o sistema nervoso central; · A hipófise se localiza na sela turca, uma cavidade no osso esfenoide; · O esquema mostra as diferentes funções da hipófise e seus destinos; · É dividida em 2 partes, a adeno e a neuro hipófise; · Ambas com origens embriológicas diferentes; FORMAÇÃO EMBRIOLÓGICA DA HIPÓFISE · No início do desenvolvimento embrionário, na 4° semana, surgem duas estruturas: uma invaginação do teto da boca (estomodeu) e outra que sai em sentido oposto; · Essa invaginação é uma saída que empurrão teto da boca em direção ao diencéfalo formando essa projeção, e essa estrutura embrionária é conhecida como bolsa de Rathke (ou bolsa hipofisária); · A outra invaginação sai da parede do diencéfalo em direção a boca (conhecida como infundíbulo ou broto neuro hipofisário) · A bolsa hipofisária e composta por um ectoderme epidermal, que reveste também a boca; · O infundíbulo é revestido por epiderme neural, que na verdade é o assoalho do diencéfalo; · A bolsa de Rathke dará origem a adeno-hipófise e o infundíbulo dará origem a neuro hipófise; · Nessa fase do desenvolvimento há a formação dos neuroblastos primitivos; · Ambas as estruturas são formadas por estruturas muito próximas e que caminham uma em direção a outra; · Entre a boca e o diencéfalo há a formação da hipófise; · Quando a bolsa de Rathke forma a invaginação, ela perde a conexão com o teto da boca e o restante da invaginação forma uma vesícula; · Essa vesícula dará origem ao lobo anterior e o intermediário da adeno-hipófise; · Na região entre a boca e o crânio, se forma o osso esfenoide; · Forma-se o esboço e em volta o osso; CRANIOFARINGIOMA · Neoplasia de natureza benigna (em sua maioria); · Corresponde de 1% a 3% de todos os tumores intracranianos; · Origem: hipóteses embriológicas e metaplasia; · Seu período é sua localidade, por sua proximidade com estruturas importantes como o quiasma óptico, o nervo ótico, a sela turca, vasos e outros nervos importantes; · Distúrbios hormonais, sequelas ópticas, hidrocefalia; · O tratamento é grande desafio para endocrinologistas e neurocirurgiões: sequelas pós-operatórias; · Combinação de cirurgia, radioterapia e aplicação de drogas e radioisótopos intratumorais; · Recidiva é frequente; GLÂNDULA PINEAL · É bastante singela, bem pequena e escondida; · Responsável principalmente pela secreção de melatonina; · Por não se saber muito dela, possui teorias e especulações; · Essa melatonina controla o ciclo circadiano (vigília e sono), tem ação no ciclo reprodutivo e na secreção da suprarrenal; · Ela é uma projeção do diencéfalo; · Embrião de uma galinha com 72 horas, que se assemelha a um feto humano de 5 a 6 semanas; · O diencéfalo cresce tanto que empurra as estruturas para trás; · No nascimento não há secreção de melatonina; · A secreção se inicia a partir da 8 semana após o nascimento; · Dos 3 aos 5 anos, a criança tem um pico de concentração de melatonina; · EPÍFISE · A epífise corresponde às áreas dilatadas (uma inferior e uma superior) na extremidade dos ossos longos, sendo a zona responsável pela articulação com as estruturas ósseas adjacentes. · Anatomicamente, a epífise é formada por tecido ósseo esponjoso, revestido, à superfície, por uma camada de tecido ósseo compacto. · Durante o desenvolvimento, é a cartilagem epifisária a responsável pelo crescimento longitudinal e diametral (lateral) do osso. TIREOIDE E PARATIREOIDE · Macrografia de um embrião humano no estágio 13, com 4 semanas e meia; · Foco no aparelho faringeal; · Essas bolsas/dobras se formam devido ao crescimento da região da face e do pescoço; · Essas dobras estão por fora e por dentro também; · Todo arco possui músculo, cartilagem e nervo; · Toda essa parte em amarelo é chamada de aparelho faringeal braquial; · Eles contêm os arcos branquiais por fora e por dentro as bolsas branquiais; · São formados 6 arcos braquiais e 5 bolsas faríngeas; · Entre 2 arcos têm uma bolsa; · É a faringe primitiva, composta por endoderme; · A endoderme de revestimento da concavidade, mais o ectoderme, mais o mesoderme do meio vai formar a membrana timpânica; · Essa membrana, que é a primeira fenda, vai dar origem ao meato acústico externo e a 1° bolsa vai dar origem ao tubo laríngeo timpánico; · Se formos falar da tireoide e da paratireoide, devemos dar atenção à 3° e a 4° bolsa; · A 3° bolsa forma projeções, uma dorsal e uma ventral (cefálica e caudal pela imagem); · Essa projeção superior da 3° bolsa vai migrar para a parte inferior e formar a paratireoide inferior; · E a porção ventral vai migrar para a parte inferior também e vai dar origem ao timo; · Ou seja, a paratireoide inferior e o timo tem origem a partir da 3° bolsa braquial; · A 4° bolsa vai ter uma porção ventral e uma dorsal; · A porção dorsal vai migrar e vai dar origem a paratireoide superior; · E a parte ventral migra para dar origem ao corpo ultimobranquial (que está relacionado intimamente com a paratireoide superior); · Ou seja, a paratireoide superior e o corpo ultimobranquial tem origem a partir da 4° bolsa braquial; · Essas estruturas são formadas a partir da migração da parede das células das bolsas faríngeas; · A tireoide é formada a partir do assoalho da faringe primitiva; · Tem origem em tecido endodérmico, que vem da faringe; · O assoalho forma um broto (divertículo); · Esse divertículo se alonga e forma na sua porção distal alongada um ducto tireoglosso; · Esse ducto deixa de existir durante o restante da formação do embrião, mas se persistir, forma uma estrutura ectópica; · Ela vai migrar até próximo do osteoide, onde a tireoide se posiciona e se desenvolve; · Quando ocorre formação inadequada da tireoide, o ducto tireoglosso persiste; · Durante o desenvolvimento do timo, certas estruturas auxiliam sua formação, e se por algum acaso, essas estruturas não se degenerarem, ocorre a formação de tecidos acessórios; · Esses tecidos acessórios podem ter ou não atividade fisiológica, · Pode haver cistos que são formados a partir do resto do ducto tireoglosso e que não foi degenerado totalmente; · Para remoção é necessário avaliar se não há mais tecidos sem função fisiologia; · Há casos em que a membrana do ducto se rompe e acarreta o extravasamento de líquidos, que devem ser drenados imediatamente; · OVERVIEW: · 24 dias - divertículo tireóideo; · Semana 11 - coloide em folículos tireoidianos, iodo e síntese de hormônio tireoidiano (HT). Fatores de crescimento epidérmico (insulinlike) estimulam o crescimento folicular. OVERVIEW like) estimula o crescimento folicular; · Fetal - hormônio tireoidiano secretado biologicamente inativado. Secreção fetal desenvolve gordura marrom. A deficiência de iodo, durante este período, leva a defeitos neurológicos (cretinismo); · Nascimento - aumentam os níveis de tiroxina (T3) e T4, depois de 5-7 dias pós-natal declínio aos níveis normais. ADRENAIS · Se relacionam intimamente com os rins; · Tem relação anatômica com o sistema nervoso e com o sistema urinário; · Em azul temos o primórdio das adrenais; · Ela começa seu desenvolvimento a partir do mesoderme presente nessa região; · As células mesodérmicas dão origem ao córtex da adrenal, também chamado de córtex primário da adrenal; · Depois, parte das células dos gânglios simpáticos, que estão ali se formando e vieram da crista neural, parte delas vão migrar para o tecido embrionário para compor a medula da adrenal; · A adrenal possui um córtex e uma medula; · A formação da medula aparece como um tecido que dará origem a ela; A- As células começam a diferenciação nessa região para dar origem a uma massa já especifica conhecida como córtex fetal da adrenal; B- Depois parte das células do gânglio simpático migram para próximo do córtex fetal; C- O córtex fetal adere as células provenientesdo gânglio simpático; D- O córtex começa a crescer e englobar as células dando origem a medula da adrenal; E- As células do córtex começam a se proliferar e se diferenciar e o substituem por um córtex definitivo; F- Esse córtex dará origem as 3 regiões corticais definitivas da adrenal; G- As zonas fasciculadas, glomerulosas e reticulares começam a substituir o córtex fetal primitivo; H- As zonas ganham forma definitiva, com a medula no meio. · Esse é o desenvolvimento da adrenal, com sua dupla origem de mesoderme e ectoderme;córtex · Medula: catecolaminas (dopamina, adrenalina e noradrenalina); HIPERPLASIA CONGÉNITA DA SUPRARRENAL · É uma hiperfunção do córtex da adrenal; · Patologias endócrinas inatas resultantes da deficiência de uma das cinco enzimas requeridas para a síntese do cortisol; · A deficiência da enzima 21- hidroxilase é responsável por 90% dos casos; · A deficiência das enzimas CYP11B1, CYP17 e 3β-HSD ocorrem em cerca 10% dos casos; · Forma clássica perdedora de sal (3/4 dos casos) · Forma clássica virilizante (1/4 dos casos) · Forma não clássica · Virilizante: os hormônios masculinos nas mulheres são mais acentuados, resultando em um maior desenvolvimento nos caracteres masculinos; · A virilização leva a: · perda do feedback negativo; · Acúmulo de precursores do cortisol; · Desvio para síntese de andrógenos; · Falta Aldosterona; · Falta Cortisol; · Excesso de Testosterona e precursores. · Consequências no sexo feminino: · Aumento do clítoris; · Fusão dos grandes lábios; · Pelos pubianos precoces; · Odor adulto; · Baixa estatura (fechamento epífises). · Consequências no sexo masculino: · Aumento do pênis; · Puberdade precoce; · Baixa estatura. DOENÇA GENÉTICA TRANSMITIDA DE FORMA AUTOSSÔMICA RECESSIVA · O gene da enzima 21- hidroxilase está localizado no braço curto do cromossomo 6 ligado ao Complexo Maior de Histocompatibilidade (HLA); · Existem duas cópias deste gene, CYP21P e CYP21; · CYP21P é um pseudogene; · Isso pode levar ao aparecimento de genes híbridos durante o crossing over meiótico; · Ou pareamentos malfeitos com duplicações ou deleções; · Mutações pontuais; · Correlações genótipo X Fenótipo são complexas; · Mecanismos de conversão genética; A- Duplo “crossing over”, após pareamento desigual na meiose, dois eventos de “crossing over” sucessivos ocorrem nas posições indicadas (X), gerando alelos com números desiguais de cópias de cada gene; B- Pareamento desigual ocorre durante a meiose (1), enzimas envolvidas no sistema de reparo reconhecem o pareamento errado (2) e efetuam a correção (3). · OVERVIEW: · Semana 4 – células do epitélio celômico (mesotélio) proliferam, inicialmente formando pequenos brotos que se separam do epitélio; · Semana 6 - células mesenquimais em torno das células da medula formam o córtex adrenal fetal, que será substituído mais tarde pelo córtex adulto; · Semana 8/9 - córtex adrenal fetal inicia a sintetize de cortisol que é máxima em 8-9 OVERVIEW Semana 8-9 - córtex adrenal fetal inicia a sintetize de cortisol que é máxima em 8-9 semanas após a concepção sob a regulação do ACTH (também estimula a secreção de testosterona e androstenediona); · Córtex adulto - mesênquima (mesotélio) encapsula o córtex fetal; · Período fetal tardio - formação zonas corticais; · Nascimento - zona glomerulosa e zona fasciculada presentes. Perdem 1/3 do peso; · Ano 3 - zona reticular presente. Por: Isabela Pessanha de Moraes
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