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Sistema Endócrino - Embriologia

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Desenvolvimento do Sistema Endócrino
Embriologia 
> na 4ª semana do desenvolvimento ocorre o dobramento do embrião, passando a ter 3 camadas: endoderma, mesoderma e ectoderma. Ao mesmo tempo, ocorre a neurulação do embrião. 
> tubo interno de endoderma e um tubo externo de ectoderma são formados com o dobramento, quando suas respectivas extremidades se unem, deixando de apresentar um formato laminar.
> Dobramento cefálico: a parte cefálica do disco embrionário contém uma membrana orofaríngea, que não apresenta mesoderma a envolvendo; uma membrana cloacal, que também não tem mesoderma; e uma área cardiogênica, onde ser desenvolvido o coração primitivo. Nessas duas áreas sem mesoderma, o endoderma e o ectoderma estão em contato íntimo.
- A região da membrana orofaríngea é chamada de estomodeu, ou seja, a boca primitiva. Como essa região não apresenta mesoderma, o ectoderma superficial que irá revestir essa boca.
Hipófise (pituitária)
> órgão conectado ao hipotálamo, que forma o eixo hipotálamo-hipófise, o qual regula funções fisiológicas vitais como crescimento, reprodução, lactação, metabolismo e respostas ao estresse.
> a hipófise se desenvolve a partir da 4ª de desenvolvimento. Tem origem em duas regiões diferentes do ectodérmica. 
1) O neuroectoderma do diencéfalo ventral (na região do hipotálamo) se projeta para baixo, formando uma evaginação que será chamada infundíbulo. Esse infundíbulo dará origem a neuro-hipófise (lobo posterior) e ao pedículo. Vale lembrar que o pedículo é a região de conexão da hipófise com o diencéfalo ventral, onde se encontra o hipotálamo. 
2) Uma evaginação do ectodérmica superficial do estomodeu (boca primitiva) se projeta para fora de seu teto, indo em direção ao infundíbulo. Essa evaginação será chamada de Bolsa de Rathke, a qual dará origem a adeno-hipófise (lobo anterior), a porção tubular e a porção intermediária.
Com o desenvolvimento do embrião, por volta da 11ª semana, a bolsa de Rathke se desprende do teto da cavidade bucal e entra em contato direto com o infundíbulo (neuro-hipófise). Assim, forma-se uma região de conexão entre a hipófise (neuro-hipófise) e o hipotálamo, que será chamada de pedículo. A porção tubular da adeno-hipófise envolve esse pedículo, se prendendo à neuro-hipófise.
> o desenvolvimento da hipófise será analisado a partir de estudos em camundongos, que possuem 20 dias de gestação.
> por volta do 8° dia de gestação (E8), que corresponde a 4ª semana do desenvolvimento humano, se inicia o espessamento do placóide hipofisário, que é a região do teto do estomodeu, ao ocorrer a proliferação de células especificas. Em E9, esse espessamento dará origem a bolsa de Rathke. Esse processo é direcionado pelo contato físico dessa região com a região do diencéfalo ventral, ou seja, o infundíbulo. Em E10, o infundíbulo começa a evaginar em direção a bolsa de Rathke. Em E11,5 a bolsa de Rathke se desprende do teto da cavidade bucal. Conforme ocorre esse desenvolvimento, as células começam a se diferenciar em gonadotróficos, tireotróficos, melanotroficos, por exemplo.
> na região do infundíbulo, as células promovem a secreção de proteínas que são fatores de crescimentos. O Bmp4 (fator de crescimento) é produzido e expresso pelo diencéfalo ventral, a partir de E8,5 (4ª semana), quando começa a formação da hipófise, até a E14,5, quando o infundíbulo está desenvolvido. Esse fator é essencial para a formação da bolsa de Rathke, ao enviar informações parácrina para essa região. Além disso, o Bmp4 induz a expressão do fator de transcrição Tbx2, o qual reprime a expressão do morfógeno Shh. O Shh é outro fator de crescimento produzido pelo infundíbulo, que vai inibir a expressão e produção do Bmp4, e que também é inibido pela expressão do Bmp4. Esse gradiente oposto dos morfógenos Bmp4 e Shh definem a região de evaginação do infundíbulo. 
> o Bmp2 é um fator de crescimento produzido pelas células da bolsa de Rathke. Este fator é expresso na bolsa de Rathke, garantindo seu posicionamento correto durante seu desenvolvimento de E10 à E14,5. Além disso, induzem a proliferação das células tronco e a manutenção da bolsa de Rathke. A partir de E13,5, as células tronco saem do ciclo celular e começam a se diferenciar, para dar origem a hipófise diferenciada. Em E14,5, as células progenitoras estarão comprometidas com uma das três linhagens endócrinas, expressando fatores de transcrição: Tbx9, Pt1 ou Sf1. 
- Por exemplo, uma célula que expressa Tbx9 se diferencia em uma célula produtora de ACTH ou numa célula produtora de melanócito; mas não é capaz de se transformar em uma célula gonadotrófica. Caso a célula progenitora expresse Sf1, aí sim ela será transformada em uma célula gonadotrófica, que estimula a produção de LH/FSH
Glândula Pineal:
> é formada na região do diencéfalo dorsal.
> produz melatonina.
Tireóide: 
> formada na 4ª semana do desenvolvimento, quando ocorre o dobramento do embrião e a formação do aparelho faríngeo. 
> tem origem endodérmica, a partir do endoderma do assoalho do aparelho faríngeo. Durante a 4ª semana, na região mais anterior e central do tubo endodérmico do aparelho faríngeo, na altura da segunda bolsa faríngea, surge um brotamento em direção externa que formará a tireoide. O ponto de origem da tireoide é chamado de forame cego, na base da língua. A tireoide primitiva estará ligada a esse forame pelo ducto tireoglosso. 
> o CUB (corpo ultimobranquial) é uma outra estrutura que compõe a tireoide, e que possui uma origem independente, na porção dorsal da quarta bolsa faríngea. Posteriormente, o CUB migra da sua região de origem para se integrar à glândula tireoide.
> a glândula tireoide é formada por células Foliculares (T3 e T4) e Parafoliculares (ou células C).
- Parafoliculares: essas células produzem calcitonina, hormônio responsável por diminuir os níveis de cálcio e fosfato no sangue, aumentando a absorção deles pelos ossos. Além disso, essa célula C se originam do CUB.
Paratireoide: 
> se desenvolvem da 5ª à 7ª semana.
> tem origem endodérmica, pois surgem a partir das paredes internas da 3ª e 4ª bolsas faríngeas do assoalho da faringe. Mais precisamente, a glândula paratireoide inferior se desenvolve da região mais dorsal da 3ª bolsa faríngea, já a glândula paratireoide superior se desenvolve da região dorsal da 4ª bolsa faríngea (que está mais inferior em relação a 3ª bolsa). Ambas as glândulas vão migrar em direção à glandula tireoide. 
Pâncreas:
> tem origem endodérmica, surgindo como um brotamento do endoderma do intestino primitivo anterior, mais precisamente do duodeno.
> durante a 4ª semana do desenvolvimento, surgem dois brotos no duodeno primitivo, o broto pancreático dorsal, que surge à esquerda, e o broto pancreático ventral, que surge à direita do duodeno a partir do ducto biliar. Consequentemente ao giro dado pelo estômago, o duodeno vai girar 90° para a direita, assumindo um formato de “C”. Com isso, o broto pancreático ventral também vai girar, posteriormente ao duodeno, indo de encontro com o broto pancreático dorsal. Na 6ª semana, esses dois brotos se fundem para formar o pâncreas. 
> No 3º mês de gestação, as células do parênquima do pâncreas vão se diferenciar em ilhotas pancreáticas, as quais vão se distribuir por todo parênquima. Ainda nesse mesmo período, se inicia a secreção de insulina pelas células beta das ilhotas. Assim, forma-se o pâncreas endócrino. 
> o mesoderma atua como indutor da regionalização do endoderma para a formação do intestino primitivo. Todo o tubo digestório secreta, inicialmente, o fator de crescimento Shh. Na região onde surge o broto pancreático dorsal, esse Sonic precisa ser inibido, para que a expressão da molécula Pdx1 seja possível. (Shh-/Pdx1+). Essa inibição é feita a partir da ligação de dois fatores de crescimento produzidos pela notocorda: FGF2 e activina. 
> já a região do broto pancreático ventral é induzida pelo mesoderma esplâncnico.
> as células endodérmicas progenitoras serão ativadas pelos fatores Pdx1 e Ptf1a, e darão origem às células progenitoras pancreáticas.Essas células progenitoras (células tronco) pancreáticas tem o potencial para a formação dos ductos pancreáticos, ácinos e células endócrinas pancreáticas. 
Glândulas Suprarrenais:
> essas glândulas são responsáveis por liberar hormônios em resposta ao estresse, como cortisol e catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). 
> possui duas origens embriológicas, uma parte será originada do mesoderma e outra do ectoderma. O mesoderma intermediário origina as cristas gonadais, e, parte das células dessas cristas vão migrar para uma região que incialmente é preenchida por células que darão origem ao córtex. Quando essas duas células se integram, haverá a formação do córtex da glândula. Ou seja, o córtex adrenal tem origem no mesoderma da parede abdominal posterior. Já a medula da glândula adrenal tem origem ectodérmica, pois é derivada do gânglio simpático adjacente derivado das células da crista neural que formam as células medulares, na 6ª semana do desenvolvimento até 4 anos de idade.
> o córtex apresenta 2 estágios de formação. Primeiro se forma o córtex fetal da glândula adrenal. Em seguida, novas células da região da crista urogenital vão ser adicionadas a esse córtex fetal, formando o córtex adulto da glândula. O córtex adulto é dividido em 3 regiões:
- Zona glomerulosa
- Zona fasciculada
- Zona reticular: só é identificada a partir dos 3 anos de idade. 
> o córtex fetal posteriormente regride, permanecendo somente o adulto. 
> a medula da glândula suprarrenal é composta pelas células de cromafins, que se originam das células da crista neural. As células de cromafins são neurônios simpáticos, localizadas fora dos gânglios simpáticos, que são inervados pelas fibras simpáticas. Essa inervação estimula as células de cromafins a liberarem adrenalina e noradrenalina. 
> as glândulas suprarrenais são 10 a 20 vezes MAIORES NO FETO do que num adulto, devido à presença de CÓRTEX FETAL, que regride apenas durante o primeiro ano de vida.
ED:
1. Qual a origem embrionária da hipófise? Quais as 2 estruturas iniciais e como estas se desenvolvem para dar origem à hipófise? 
Origem ectodérmica. A partir da 4ª de desenvolvimento o neuroectoderma do diencéfalo ventral (na região do hipotálamo) se projeta para baixo, formando uma evaginação que será chamada infundíbulo. Esse infundíbulo dará origem a neuro-hipófise (lobo posterior) e ao pedículo. Vale lembrar que o pedículo é a região de conexão da hipófise com o diencéfalo ventral, onde se encontra o hipotálamo. O fator de crescimento Bmp4 é produzido e expresso pelo diencéfalo ventral, e induz a formação do infundíbulo. Além disso, o Bmp4 induz a expressão do fator de transcrição Tbx2, que reprime a expressão do morfógeno Shh. O Shh é outro fator de crescimento produzido pelo infundíbulo, que vai inibir a expressão e produção do Bmp4. Esse gradiente oposto dos morfógenos Bmp4 e Shh definem a região de evaginação do infundíbulo. 
A outra estrutura formada surge a partir de uma evaginação do ectodérmica superficial do estomodeu (boca primitiva), que se projeta para fora de seu teto, indo em direção ao infundíbulo. Essa evaginação será chamada de Bolsa de Rathke, a qual dará origem a adeno-hipófise (lobo anterior), a porção tubular e a porção intermediária. Com o desenvolvimento do embrião, por volta da 11ª semana, a bolsa de Rathke se desprende do teto da cavidade bucal e entra em contato direto com o infundíbulo (neuro-hipófise). Assim, forma-se uma região de conexão entre a hipófise (neuro-hipófise) e o hipotálamo, que será chamada de pedículo. A porção tubular da adeno-hipófise envolve esse pedículo, se prendendo à neuro-hipófise. Além disso, o Bmp2, fator de crescimento produzido pelas células da bolsa de Rathke, garante o posicionamento correto dessa bolsa durante seu desenvolvimento de E10 à E14,5.
2. Qual a origem embrionária da tireóide? Quais as 2 estruturas iniciais e como estas se desenvolvem para dar origem à tireóide?
Origem endodérmica. Durante 4ª semana do desenvolvimento, na região mais anterior e central do tubo endodérmico do aparelho faríngeo, na altura da segunda bolsa faríngea, surge um brotamento em direção externa que formará a tireoide. O ponto de origem da tireoide é chamado de forame cego, na base da língua. A tireoide primitiva estará ligada a esse forame pelo ducto tireoglosso. O CUB (corpo ultimobranquial) é uma outra estrutura que compõe a tireoide, e que possui uma origem independente, na porção dorsal da quarta bolsa faríngea. Posteriormente, o CUB migra da sua região de origem para se integrar à glândula tireoide.
3. Qual a origem embrionária das paratireoides?
As glândulas paratireoides têm em origem endodérmica, pois surgem a partir das paredes internas da 3ª e 4ª bolsas faríngeas do assoalho da faringe. Mais precisamente, a glândula paratireoide inferior se desenvolve da região mais dorsal da 3ª bolsa faríngea, já a glândula paratireoide superior se desenvolve da região dorsal da 4ª bolsa faríngea (que está mais inferior em relação a 3ª bolsa). Ambas as glândulas vão migrar em direção à glândula tireoide. 
4. Qual a origem embrionária do pâncreas? Como este é induzido? Células acinares e endócrinas tem origem comum ou diferente?
O pâncreas tem origem endodérmica, surgindo como um brotamento do endoderma do intestino primitivo anterior, mais precisamente do duodeno.
Durante a 4ª semana do desenvolvimento, surgem dois brotos no duodeno primitivo, o broto pancreático dorsal, que surge à esquerda, e o broto pancreático ventral, que surge à direita do duodeno a partir do ducto biliar. Consequentemente ao giro dado pelo estômago, o duodeno vai girar 90° para a direita, assumindo um formato de “C”. Com isso, o broto pancreático ventral também vai girar, posteriormente ao duodeno, indo de encontro com o broto pancreático dorsal. Na 6ª semana, esses dois brotos se fundem para formar o pâncreas. 
No 3º mês de gestação, as células do parênquima do pâncreas vão se diferenciar em ilhotas pancreáticas, as quais vão se distribuir por todo parênquima. Ainda nesse mesmo período, se inicia a secreção de insulina pelas células beta das ilhotas. Assim, forma-se o pâncreas endócrino. 
O mesoderma atua como indutor da regionalização do endoderma para a formação do intestino primitivo. Todo o tubo digestório secreta, inicialmente, o fator de crescimento Shh. Na região onde surge o broto pancreático dorsal, esse Sonic precisa ser inibido, para que a expressão da molécula Pdx1 seja possível. (Shh-/Pdx1+). Essa inibição é feita a partir da ligação de dois fatores de crescimento produzidos pela notocorda: FGF2 e activina. Já a região do broto pancreático ventral é induzida pelo mesoderma esplâncnico.
As células endodérmicas progenitoras serão ativadas pelos fatores Pdx1 e Ptf1a, e darão origem às células progenitoras pancreáticas. Essas células progenitoras pancreáticas (que atuam como células tronco) têm o potencial de diferenciação para a formação dos ductos pancreáticos, ácinos e células endócrinas pancreáticas. Assim, pode-se afirmar que as células acinares e endócrinas têm origem comum, pois essa região possui potencial de diferenciação que é capaz de induzir, posteriormente, a formação de células que possuam funções distintas. 
5. Qual a origem embrionária das glândulas suprarenais? 
Essas glândulas possuem duas origens embriológicas distintas. Uma parte será originada do mesoderma e outra do ectoderma. O mesoderma intermediário origina as cristas gonadais, e, parte das células dessas cristas vão migrar para uma região que incialmente é preenchida por células que darão origem ao córtex. Quando essas duas células se integram, haverá a formação do córtex fetal da glândula. Com o desenvolvimento do embrião, as células da crista continuam migrando e se integrando com as células do córtex, formando o córtex adulto. Já a medula da glândula adrenal tem origem ectodérmica, pois é formada pelas células de cromafins, originadas das células da crista neural, que estão localizadas no gânglio simpático adjacente 
6) quem são as células decromafin? São as células da medula da glândula adrenal. Estas são neurônios simpáticos localizados dentro da glândula adrenal. São estimuladas pelos neurônios simpáticos dos gânglios a produzir adrenalina e noradrenalina.

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