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A pele é facilmente acessível e é um dos melhores indicadores da saúde geral; por isso, é importante observá-la com 
atenção durante o exame físico. É incluída no diagnóstico diferencial de quase todas as doenças. A pele propicia: 
• Proteção do corpo contra os efeitos ambientais, como escoriações, perda de líquido, substâncias prejudiciais, 
radiação ultravioleta e microrganismos invasores 
• Contenção das estruturas do corpo (p. ex., tecidos e órgãos) e de substâncias vitais (principalmente líquidos 
extracelulares), evitando a desidratação, que pode ser grave em caso de lesões cutâneas extensas (p. ex., 
queimaduras) 
• Regulação do calor mediante a evaporação do suor e/ou a dilatação ou constrição dos vasos sanguíneos 
superficiais 
• Sensibilidade (p. ex., dor) por meio de nervos superficiais e suas terminações sensitivas 
• Síntese e armazenamento de vitamina D. 
A pele, o maior órgão do corpo, é formada pela epiderme, uma camada celular superficial, e pela derme, uma camada 
profunda de tecido conjuntivo. 
 
A epiderme é um epitélio queratinizado – isto é, tem uma camada superficial córnea e resistente, que forma uma 
superfície externa protetora sobre a camada basal ou profunda, regenerativa e pigmentada. A epiderme não tem vasos 
sanguíneos nem linfáticos. A epiderme avascular é nutrida pela derme subjacente, vascularizada. A derme é irrigada por 
artérias que entram em sua superfície profunda para formar um plexo cutâneo de artérias que se anastomosam. A pele 
também tem terminações nervosas aferentes sensíveis ao tato, à irritação (dor) e à temperatura. A maioria das 
terminações nervosas está situada na derme, mas algumas penetram a epiderme. 
A derme é uma camada densa de fibras colágenas e elásticas entrelaçadas. Essas fibras proporcionam o tônus cutâneo 
e são responsáveis pela resistência e firmeza da pele. A derme dos animais é retirada e curtida para produzir o couro. 
Embora os feixes de fibras colágenas na derme sigam em todas as direções para formar um tecido firme, semelhante ao 
feltro, em um local específico a maioria das fibras segue na mesma direção. O padrão predominante de fibras colágenas 
determina a tensão característica e as rugas na pele. 
S I S T E M A 
As linhas de clivagem (também chamadas de linhas de tensão ou linhas de Langer) tendem a ser longitudinalmente 
espirais nos membros e transversais no pescoço e no tronco. As linhas de clivagem nos cotovelos, joelhos, tornozelos e 
punhos são paralelas às pregas transversais que surgem quando os membros são fletidos. As fibras elásticas da derme 
sofrem deterioração com a idade e não são substituídas; consequentemente, a pele das pessoas idosas apresenta rugas 
e flacidez à medida que perde a elasticidade. 
A pele também contém muitas estruturas especializadas. A camada profunda da derme contém folículos pilosos, 
associados a músculos lisos eretores e glândulas sebáceas. A contração dos músculos eretores dos pelos causa 
ereção dos pelos, deixando a pele arrepiada. Em geral, os folículos pilosos são inclinados para um lado, e há 
várias glândulas sebáceas no lado para o qual o pelo “aponta” ao emergir da pele. Assim, a contração dos músculos 
eretores deixa os pelos mais retos, comprimindo as glândulas sebáceas e facilitando a liberação de sua secreção oleosa 
na superfície cutânea. 
A evaporação da secreção aquosa (suor) das glândulas sudoríferas da pele é um mecanismo termorregulador para perda 
de calor (resfriamento). As pequenas artérias (arteríolas) da derme também participam da perda ou retenção do calor 
corporal. Elas se dilatam para encher os leitos capilares superficiais e irradiar calor (a pele fica vermelha) ou contraem-
se para minimizar a perda de calor na superfície (a pele fica azulada, principalmente nos lábios e nas pontas dos dedos 
das mãos). Outras estruturas ou derivados da pele incluem os pelos, as unhas (dos pés e das mãos), as glândulas 
mamárias e o esmalte dos dentes. 
Situada entre a pele sobrejacente (derme) e a fáscia muscular subjacente, a tela subcutânea é formada principalmente 
por tecido conjuntivo frouxo e depósito de gordura, contém glândulas sudoríferas, vasos sanguíneos superficiais, vasos 
linfáticos e nervos cutâneos. As estruturas neurovasculares da pele (nervos cutâneos, vasos superficiais) seguem na tela 
subcutânea, distribuindo apenas seus ramos terminais para a pele. 
A tela subcutânea é responsável pela maior parte do reservatório de gordura do corpo, assim sua espessura varia muito, 
dependendo do estado nutricional da pessoa. Além disso, a distribuição da tela subcutânea é muito variável em diferentes 
locais no mesmo indivíduo. Compare, por exemplo, a relativa abundância da tela subcutânea evidente pela espessura 
da prega cutânea que pode ser pinçada na cintura ou nas coxas com a parte anteromedial da perna (a margem anterior 
da tíbia) ou o dorso da mão; essas duas regiões quase não têm tela subcutânea. 
Considere também a distribuição de tecido subcutâneo e gordura nos sexos masculino e feminino: em mulheres adultas, 
tende a se acumular nas mamas e coxas, enquanto nos homens, a gordura subcutânea se acumula principalmente na 
parede abdominal inferior. A tela subcutânea participa da termorregulação, funcionando como isolamento e retendo calor 
no centro do corpo. Também oferece acolchoamento que protege a pele da compressão pelas proeminências ósseas, 
como nas nádegas. 
CAMADAS DA PELE 
 
 
é um tecido composto que consiste principalmente em epitélio escamoso estratificado, 
ceratinizado, que se renova continuamente: as células principais são chamadas queratinócitos. Os não queratinócitos 
dentro da epiderme madura incluem melanócitos (células formadoras de pigmento originárias da crista neural 
embrionária), células de Langerhans (células dendríticas apresentadoras de antígeno imaturas derivadas da medula 
óssea) e linfócitos. As células de Merkel, que podem funcionar como mecanorreceptores ou possivelmente como parte 
do sistema neuroendócrino disperso, são associadas com terminações nervosas. Terminações nervosas sensitivas livres 
estão esparsamente presentes dentro da epiderme. Em preparações histológicas de rotina, os não queratinócitos e as 
células de Merkel são quase indistinguíveis e aparecem como células claras rodeadas por um espaço claro produzido 
pela retração durante o processamento. Seu citoplasma não possui feixes de filamentos proeminentes. 
A epiderme pode ser dividida em várias camadas da profundidade para a superfície do seguinte modo: camada basal 
(stratum basale), camada espinhosa ou de células espinhosas (stratum spinosum), camada granulosa (stratum 
granulosum), camada clara (stratum lucidum) e camada cornificada (stratum corneum). As três primeiras dessas 
camadas são compartimentos metabolicamente ativos através dos quais as células passam e mudam sua forma à 
medida que progressivamente se diferenciam. As camadas mais superficiais de células sofrem ceratinização (ou 
cornificação) terminal que envolve não apenas alterações estruturais nos ceratinócitos, mas também alterações nas suas 
relações umas com as outras e com os não ceratinócitos, e transformações moleculares dentro do espaço intercelular. 
 
 
 
A camada basal ou mais profunda de células, adjacente à derme, é a camada onde tem lugar a proliferação celular na 
epiderme. Essa camada faz contato com uma lâmina basal, que é uma camada fina de matriz extracelular, usualmente 
não visível por microscopia óptica. Por microscopia eletrônica de rotina, a lâmina basal aparece como uma lâmina lúcida 
clara (adjacente à membrana plasmática das células basais) e uma lâmina densa mais escura. A membrana plasmática 
basal dos queratinócitos basais, juntamente com a lâmina basal extracelular (lâmina lúcida e lâmina densa) e fibrilas de 
ancoragem dentro da matriz dérmica subjacente (a lâmina fibroreticularis), que se inserem na lâmina densa e fazem alça 
em torno de feixes de colágeno, formamcoletivamente a zona de membrana basal (ZMB), que constitui a junção 
dermoepidérmica. 
A maioria das células da camada basal são 
colunares a cuboides em forma, com grandes 
núcleos (em relação ao seu volume 
citoplasmático) predominantemente 
eucromáticos e nucléolos proeminentes. O 
citoplasma contém número variável de 
melanossomos e, caracteristicamente, feixes de 
filamentos de ceratina correspondendo aos 
tonofilamentos da microscopia eletrônica 
clássica. 
A camada de células espinhosas consiste em várias camadas de ceratinócitos estreitamente agregados que interdigitam 
uns com os outros por meio de numerosas projeções da superfície celular. As células são ancoradas umas nas outras 
por desmossomos que fornecem resistência à tração e coesão à camada. Essas células suprabasais são comprometidas 
com diferenciação terminal e gradualmente se movem para cima na direção da camada cornificada à medida que mais 
células são produzidas na camada basal. Quando a pele é processada para microscopia óptica de rotina, as células 
tendem a se retrair umas das outras exceto onde são unidas por desmossomos, o que lhes dá a aparência espinhosa 
característica. 
Camadas superficiais da pele grossa humana com grande 
aumento, mostrando as células intensamente coradas 
contendo grânulos de ceratoialina da camada granulosa (G) 
entre a camada de células espinhosas ou camada espinhosa 
(S) e as camadas clara (ou lúcida, L) e cornificada (C) acima. 
Observar que a camada clara só é transparente em 
preparações não coradas, e aparece eosinofílica, como aqui, 
depois da coloração. 
 
Transformações extensas ocorrem na estrutura dos ceratinócitos nas três a quatro camadas de células achatadas na 
camada granulosa. Os núcleos se tornam picnóticos e começam a se desintegrar; organelas, como ribossomos e 
mitocôndrias, e corpos de Golgi limitados por membrana degeneram; e feixes de filamentos de ceratina se tornam mais 
compactos e associados com grânulos de ceratoialina irregulares que se coram densamente. 
A camada clara é encontrada apenas na pele grossa palmar ou plantar. Ela representa um estádio pouco compreendido 
na diferenciação dos ceratinócitos. Ela se cora mais fortemente que a camada cornificada com corantes ácidos, é mais 
refrátil opticamente e muitas vezes contém detritos nucleares. 
A camada cornificada é o produto final da diferenciação epidérmica, ou cornificação. Ela consiste em camadas 
estreitamente agregadas de escamas poliédricas achatadas, variando em área de superfície de 800 a 1.100 μm2. Essas 
células se superpõem nas suas margens laterais e se integram com as células das camadas apostas por meio de cristas, 
sulcos e microvilos. Na pele fina essa camada pode ter apenas algumas células de profundidade, mas na pele grossa 
pode ter mais de 50 células de profundidade. A membrana plasmática da escama parece mais espessa que a dos outros 
ceratinócitos, em parte devido à ligação cruzada de um precursor solúvel, involucrina, na face citoplasmática da 
membrana plasmática, no invólucro cornificado insolúvel complexo. A superfície externa é também coberta por uma 
monocamada de lipídio ligada. A região intercelular contém folhas lamelares extensas de glicolipídio derivado dos 
grânulos lamelares da camada granulosa. 
Sob condições normais, a produção de ceratinócitos epidérmicos na camada basal é equilibrada pela perda de células 
da camada cornificada. A descamação dessas células externas normalmente é imperceptível. Quando excessiva, 
aparece nas regiões pilosas sob a forma de caspa, mais extensamente em certas doenças e, em menor extensão, após 
queimadura solar, sob a forma de descascamento, descamação e esfoliação. A espessura da camada cornificada pode 
ser influenciada por fatores ambientais locais, particularmente abrasão, os quais podem levar a um considerável 
espessamento da epiderme inteira, inclusive a camada cornificada. 
A epiderme serve como uma importante barreira à perda de água e outras substâncias através da superfície corporal (à 
parte na sudorese e secreção sebácea). Uma variedade de lipídios está presente e é sintetizada na epiderme, incluindo 
triglicerídeos e ácidos graxos, fosfolipídios, colesterol, ésteres de colesterol, glicoesfingolipídios e ceramídeos. Um 
intermediário na síntese do colesterol, 7-desidrocolesterol, é o precursor da vitamina D, que também é sintetizada na 
pele. O conteúdo e a composição dos lipídios epidérmicos mudam com a diferenciação. Fosfolipídios e glicolipídios a 
princípio acumulam-se dentro dos queratinócitos acima da camada basal, porém mais acima eles são decompostos e 
praticamente ausentes da camada cornificada. Colesterol e seus ésteres, ácidos graxos e ceramidas acumulam-se na 
direção da superfície e são abundantes na camada cornificada. 
Os melanócitos são células derivadas da crista neural formadoras de pigmento melanina. Eles estão presentes na 
epiderme e seus apêndices, no epitélio oral, algumas membranas mucosas, trato uveal (capa corioide) do globo ocular, 
partes da orelha média e interna e nas meninges pia-máter e aracnoide-máter na base do cérebro. As células do epitélio 
pigmentar da retina, desenvolvidas da parede externa da escavação óptica, também produzem melanina, e neurônios, 
em diferentes localizações dentro do tronco cerebral (p. ex., o locus coeruleus e a substância negra) sintetizam uma 
variedade de melanina chamada neuromelanina. As melaninas verdadeiras são heteropolímeros de alto peso molecular 
ligados a proteínas estruturais. Em humanos há duas classes, a eumelanina castanho-negra e a feomelanina amarelo-
avermelhada, ambas derivadas do substrato tirosina. A maioria das melaninas naturais são misturas de eumelanina e 
feomelanina, e pigmentos feomelânicos, tricocromos, ocorrem no cabelo vermelho. 
Os melanócitos são células dendríticas, e não possuem contatos desmossômicos com ceratinócitos apostos, embora 
contatos hemidesmossômicos com a lâmina basal estejam presentes. Estima-se que um único melanócito possa estar 
em contato funcional por meios dos seus processos dendríticos com até 30 ceratinócitos. O núcleo é grande, redondo e 
eucromático, e o citoplasma contém filamentos intermediários, um complexo e vesículas de Golgi proeminentes e retículo 
endoplasmático rugoso associado, mitocôndrias e vesículas revestidas, juntamente com uma organela característica, o 
melanossomo. 
O melanossomo é uma estrutura limitada por membrana que sofre uma sequência de estádios de desenvolvimento 
durante os quais a melanina é sintetizada e depositada dentro dele por uma reação tirosina–tirosinase. Os melanossomos 
maduros movem-se para os dendritos ao longo das superfícies de microtúbulos e são transferidos aos ceratinócitos 
através da sua atividade fagocítica. Os queratinócitos engolfam e internalizam a extremidade do dendrito com o 
subsequente pinçamento e separação dos melanossomos para dentro do citoplasma do queratinócito. Aqui, eles podem 
existir como grânulos individuais na pele pesadamente pigmentada ou ser empacotados dentro de lisossomos 
secundários como complexos de melanossomos na pele palidamente pigmentada. 
A melanina tem propriedades biofísicas e bioquímicas relacionadas às suas funções na pele. Ela protege contra os efeitos 
lesivos da radiação UV sobre o DNA e é também um removedor eficiente de radicais livres danosos. Entretanto, alta 
concentração de melanina pode afetar adversamente a síntese de vitamina D nos indivíduos de pele mais escura vivendo 
em latitudes nórdicas. A pigmentação de melanina é tanto constitutiva quanto facultativa. A pigmentação constitutiva é o 
nível intrínseco de pigmentação e é determinada geneticamente, enquanto a pigmentação facultativa representa 
alterações reversíveis induzidas por agentes ambientais, por exemplo, radiação UV e X, substâncias químicas e 
hormônios. 
As variações raciais na pigmentação são devidas a diferenças na morfologia e atividade dos melanócitos, emvez de 
diferenças em frequência ou distribuição. Em peles natural e densamente pigmentadas, as células tendem a ser maiores, 
mais dendríticas e a conter mais melanossomos grandes em estádio avançado do que os melanócitos das peles mais 
claras. Os queratinócitos, por sua vez, contêm mais melanossomos, dispersos individualmente, enquanto nas peles 
claras a maioria está contida dentro de lisossomos secundários para formar complexos de melanossomos. 
A resposta à luz UV inclui bronzeamento imediato, escurecimento pigmentar que pode ocorrer em questão de minutos, 
provavelmente devido à fotoxidação de melanina preexistente. Bronzeamento retardado ocorre após cerca de 48 horas, 
e envolve a estimulação da melanogênese dentro dos melanócitos e transferência de melanossomos adicionais para os 
queratinócitos. Pode haver também algum aumento em tamanho dos melanócitos ativos, e no seu número aparente, 
principalmente através da ativação de células adormecidas. Sardas na pele dos indivíduos de cabelo vermelho são 
usualmente consideradas induzidas por UV, embora elas possam não aparecer até vários anos após o nascimento, 
apesar de exposição. 
Admite-se que a adrenocorticotropina (ACTH) afete a atividade dos melanócitos e provavelmente seja responsável pela 
hiperpigmentação associada com transtornos hipofisários e suprarrenais. Na gravidez, níveis mais altos de estrogênios 
e progesterona circulantes são responsáveis pela melanização aumentada da face, pele abdominal e genital, mamilo e 
aréola, grande parte da qual pode permanecer permanentemente. 
As células de Langerhans são células apresentadoras de antígeno dendríticas imaturas (pág. 79) regularmente 
distribuídas por toda a camada basal e células espinhosas da epiderme e seus apêndices, à parte a glândula sudorífera. 
Elas também estão presentes em outros epitélios escamosos estratificados, incluindo os epitélios bucal, tonsilar e 
esofágico, bem como as mucosas cervical e vaginal, e o epitélio transicional da bexiga. São encontradas na conjuntiva, 
mas não na córnea. 
As células de Merkel estão presentes como células ovais claras, isoladamente ou em grupos, na camada basal da 
epiderme, especialmente da pele grossa. Elas também estão presentes na bainha radicular externa de alguns grandes 
folículos pilosos. As células de Merkel são derivadas embriologicamente da crista neural e não são relacionadas 
embriologicamente aos ceratinócitos, como se pensou antes. Elas podem ser distinguidas histologicamente de outras 
células claras (melanócitos e células de Langerhans) apenas por critérios imunoistoquímicos e ultraestruturais. 
Considera-se que as células de Merkel funcionem como receptores sensitivos neuroendócrinos e que sejam 
mecanorreceptores de adaptação lenta que respondem a deformações direcionais da epiderme e à direção do movimento 
dos pelos, liberando um transmissor dos seus grânulos densos citoplasmáticos. 
é um tecido conjuntivo irregular moderadamente denso. Ela tem uma matriz composta de rede 
entrelaçada colagenosa e elástica em uma substância fundamental amorfa de glicosaminoglicanos, glicoproteínas e água 
ligada, que acomoda nervos, vasos sanguíneos, linfáticos, apêndices epidérmicos e uma população evolutiva de células. 
Mecanicamente, a derme provê considerável resistência à pele em virtude do número e arranjo das suas fibras colágenas 
(que dão sua resistência à tração) e suas fibras elásticas (que lhe dão recuo elástico). A densidade da sua malha de 
fibras, e portanto suas propriedades físicas, varia dentro de uma área, em diferentes partes do corpo, e com a idade e o 
sexo. A derme é vital para a sobrevida da epiderme, e sinais morfogenéticos importantes são trocados na interface entre 
as duas, tanto durante o desenvolvimento quanto pós-natalmente. A derme pode ser dividida em duas zonas, uma 
camada papilar superficial estreita e uma camada reticular mais profunda; o limite entre elas é indistinto. 
Duas categorias principais de célula estão presentes na derme pós-natal, permanentes e migratórias, como é típico de 
todos os tecidos conjuntivos gerais. As células residentes permanentes incluem células de estruturas organizadas como 
nervos, vasos e células dos músculos eretores dos pelos, e os fibroblastos, que sintetizam todos os componentes da 
matriz extracelular dérmica. As células migratórias se originam na medula óssea e incluem macrófagos, mastócitos, 
eosinófilos, neutrófilos, células T e B (incluindo células plasmáticas secretoras de anticorpo) e células dendríticas 
intersticiais dérmicas que são capazes de imunovigilância e apresentação de antígeno. 
A camada papilar é imediatamente profunda à epiderme (Fig. 7.4) e é especializada para prover ancoragem mecânica, 
suporte metabólico e manutenção trófica à epiderme sobrejacente, bem como suprir terminações nervosas sensitivas e 
vasos sanguíneos. 
A superfície da derme é moldada em numerosas papilas ou cristas dérmicas (rete [rede] de cristas), as quais interdigitam 
com as cristas epidérmicas na base da epiderme e formam a junção dermoepidérmica na sua interface. As papilas 
possuem ápices redondos ou rombos que podem ser divididos em várias cúspides. Na pele fina, especialmente em 
regiões com pouco esforço mecânico e mínima sensibilidade, as papilas são poucas e muito pequenas, enquanto na 
pele espessa da palma da mão e da planta do pé elas são muito maiores, estreitamente próximas e dispostas em linhas 
paralelas curvas acompanhando o padrão de cristas e sulcos nessas superfícies. 
A camada reticular se funde com a face profunda da camada papilar. Seus feixes de fibras colágenas são mais espessos 
que aqueles na camada papilar e se entrelaçam com eles e uns com os outros para formar uma treliça tridimensional 
forte, porém deformável, na qual muitas fibras são paralelas umas às outras, e que contém um número variável de fibras 
elásticas. A orientação predominante das fibras colágenas pode ser relacionada às forças mecânicas locais exercidas 
sobre a derme e, assim, pode estar envolvida no desenvolvimento das linhas da pele. 
Também conhecida como fáscia superficial, a hipoderme é uma camada de tecido conjuntivo frouxo de espessura 
variável que se funde com a face profunda da derme. Frequentemente é adiposa, particularmente entre a derme e a 
musculatura da parede do corpo. Ela medeia a mobilidade aumentada da pele, e o componente adiposo contribui para a 
isolação térmica, atua como amortecedor de choques e constitui uma reserva de energia metabólica. Nervos, vasos e 
linfáticos subcutâneos viajam na hipoderme, com seus troncos principais residindo na sua parte mais profunda, onde o 
tecido adiposo é escasso. 
A quantidade de tecido adiposo na hipoderme, como nos demais locais, reflete a quantidade de lipídio armazenada nos 
seus adipócitos, em vez de uma alteração no número de células. Há uma associação com o clima (em vez da raça), e a 
gordura superficial é mais abundante nas regiões geográficas mais frias. A hipoderme é mais distinta na parede 
abdominal anterior inferior, onde contém muito tecido elástico e mostra muitas camadas ao passar através das regiões 
inguinais para as coxas. Ela é semelhante nos membros e períneo, mas é fina onde passa sobre as faces dorsais das 
mãos e pés, lados do pescoço e face, em torno do ânus e sobre o pênis e o escroto. Ela é quase ausente das orelhas 
externas mas particularmente densa no couro cabeludo, palmas e plantas, onde é atravessada por numerosas bandas 
fortes de tecido conjuntivo ligando a hipoderme e pele às estruturas subjacentes: estas são parte da fáscia profunda, 
mas são conhecidas regionalmente como aponeuroses do couro cabeludo, palma e planta. 
SENSAÇÕES TÁTEIS 
As terminações nervosas existentes na pele são especializadas em sensações, tais como táteis, calor, pressão e dor. 
Essa variabilidade de sensações faz com que o tato seja considerado o mais completo entre os cinco órgãos dos sentidos. 
 
 As sensações táteissão as que detectam o toque, a pressão e a vibração. São conhecidos cerca de seis tipos diferentes 
de receptores táteis. 
CORPÚSCULOS DE MEISSNER 
São encontrados em regiões não pilosas da pele (pele glabra) sendo abundantes nas pontas dos dedos, nos lábios, nas 
plantas dos pés e em outras partes da pele capazes de discernir características especiais de sensações de tato. Tais 
corpúsculos se adaptam rapidamente após o estímulo, sendo, portanto, muito sensíveis ao movimento de objetos leves 
sobre a superfície da pele e também à vibração de baixa freqüência. 
DISCOS DE MERKEL 
São encontrados na ponta dos dedos e em algumas outras áreas. São responsáveis em detectar um toque contínuo de 
objeto contra a pele, sendo importantes na determinação da textura do que é sentido. 
ÓRGÃO TERMINAL PILOSO 
Situado próximo ao pelo, estimula a fibra nervosa basal, de modo a detectar o contato inicial do movimento de objetos 
sobre a superfície do corpo. 
ÓRGÇÃOS TERMINAIS DE RUFFINI 
Estão localizados nas camadas mais profundas da pele e nas cápsulas das articulações. São terminações que se 
adaptam muito pouco, sendo importantes para a sinalização de estados contínuos de deformação da pele e dos tecidos 
mais profundos, como sinais pesados e contínuos de tato e sinais de pressão. Nas articulações ajudam a sinalizar o grau 
de rotação das mesmas. 
CORPÚSCULOS DE PACINI 
Situados em camadas mais profundas da pele, são estimulados por movimentos rápidos dos tecidos, vibrações e 
mudanças de pressão e respondem num intervalo de tempo de poucos centésimos de segundo. São importantes para 
detectar a vibração dos tecidos ou outras alterações rápidas do estado mecânico dos tecidos. 
CORPÚSCULOS DE KRAUSE 
São os receptores térmicos responsáveis pela sensação de frio. Situam-se nas regiões limítrofes da pele com as 
membranas mucosas, como ao redor dos lábios e dos genitais. 
Existem também as terminações nervosas livres, encontradas em toda parte da pele e em muitos outros tecidos. Tais 
sensores são sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e, especialmente, aos dolorosos. São formados por um 
axônio ramificado envolvido por células de Schwann. 
Quase todos os receptores sensoriais do tato transmitem seus sinais pelas fibras nervosas de condução rápida. Por outro 
lado, os tipos mais imprecisos de sinais, como a pressão indistinta, o tato mal localizado e as cócegas, são transmitidos 
por fibras nervosas muito mais lentas. 
RECEPTORES DE SUPERFÍCIE SENSAÇÃO PERCEBIDA 
Pacini Pressão 
Krause Frio 
Discos de Merkel Tato e pressão 
Meissner Tato 
Ruffini Calor 
Terminações nervosas livres Dor

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