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LINGUAGEM DOS MEIOSLINGUAGEM DOS MEIOS
AUDIOVISUAISAUDIOVISUAIS
ESTÉTICA DOS MEIOSESTÉTICA DOS MEIOS
AUDIOVISUAISAUDIOVISUAIS
Autor: Me. Duil io Maximiano Lanzoni
Revisor : Car los Re is Br ioschi
IN IC IAR
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https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_1/ebook/index.html#section_1
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_1/ebook/index.html#section_1
introduçãoIntrodução
A Produção audiovisual diz respeito ao uso de tecnologias para a geração de
produtos artísticos, culturais e de outras naturezas, para serem veiculados pelos
diversos meios de comunicação de massa. O produto audiovisual elaborado pelo
pro�ssional da área terá como objetivo abastecer o público com mensagens nas
mais diversas áreas, considerando ainda as diversidades de públicos presentes na
sociedade como um todo. Isso signi�ca que esse pro�ssional irá trabalhar na
confecção de vídeos e �lmes, abrangendo com conteúdos publicitários, artísticos,
jornalísticos,  documentais, de entretenimento em geral, e outros.
Iniciaremos o curso, levando você, aluno, a identi�car as principais características de
uma narrativa e sua construção aplicada aos principais gêneros de audiovisuais.
Você verá também, nesta unidade, os movimentos de câmeras, sequências de cenas
e os conceitos básicos dos planos e enquadramentos.
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
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Entendemos como AUDIOVISUAL o conjunto de todos os produtos, formas e
tecnologias de comunicação compostas de imagens e sons com impressão de
movimento. A linguagem do Audiovisual é composta basicamente por três
elementos que transmitem mensagens especí�cas: o visual, o verbal e o sonoro. A
leitura dessa linguagem implica no conhecimento dos seus elementos, seus códigos
e processo de construção.
O resultado de uma produção audiovisual  é apresentado em forma de:
a) Filmes = para serem exibidos em cinema;
b) Vídeos = distribuídos em VHS, que foi superado pelo DVD e atualmente por outras
formas tecnologicamente mais avançadas, como a telefonia móvel, o computador
etc.;
c) Programas de televisão = de canal aberto ou fechado (TV por assinatura);
d) Programas de Rádio.
Gêneros AudiovisuaisGêneros Audiovisuais
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
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As formas audiovisuais dependem do emprego de instrumentos tecnológicos
modernos para sua produção e uso. Trabalharemos aqui, especi�camente, com a
Linguagem aplicada na produção de audiovisuais e para  tanto se faz necessário
identi�car e conhecer  as categorias, os gêneros e os formatos utilizados em cada
meio de comunicação, porque cada um deles tem suas características próprias,
condicionada à narrativa adequada e necessária para a compreensão do
espectador.
Categorias, Gêneros e Formatos Audiovisuais
Dada a variedade na qual os produtos Audiovisuais se dividiram ao longo dos anos,
atualmente podemos ordená-los em: Categorias, Gêneros e Formatos.
Categorias
É a forma de identi�cação do produto para facilitar a sua classi�cação por gêneros
correspondentes. Exemplos de Categoria: Entretenimento; Informação; Religioso;
Educação; Publicidade; Especial. A classi�cação de um produto audiovisual por
categoria é bastante discutível entre os teóricos da Comunicação, bem como entre
os críticos de cinema e de  televisão. Podemos a�rmar, contudo, que uma categoria
pode abranger vários gêneros dentro dela e, por conseguinte, vários formatos.
Gêneros Audiovisuais
São formas utilizadas para diferenciar os vários tipos de �lmes. Veja os diferentes
gêneros audiovisuais a seguir.
• GÊNEROS CINEMATOGRÁFICOS: ação, animação, aventura, cinema de arte,
chanchada, comédia, comédia romântica, comédia de ação, dança,
documentário, docu�cção, drama, espionagem, faroeste, fantasia cientí�ca,
�lmes de guerra, �lme policial, musical, romance, seriado, suspense, terror,
pornográ�co.
A seguir, a Figura 1.1 ilustra o gênero faroeste.
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Convém notar que a classi�cação por gêneros não expressa a sua forma pura e
rígida, pois há variações e alterações a ponto de di�cultar a identi�cação exata do
gênero. Um exemplo são �lmes que misturam animações extremamente
cartunescas com atores reais em �lmes de aventura, comédias ou musicais. Um
exemplo é o remake recente “Meu Amigo o Dragão” (2016), que mistura live-action
com animação, ou seja: musical + ação + animação.
No caso do cinema, de acordo com  Graeme Turner, essa distinção era para �ns de
categorização comercial, porém nos últimos tempos a tendência é abandonar a
divisão de �lmes por gêneros.  
• GÊNEROS DA   TELEVISÃO: formas de diferenciar os vários tipos de
programas de TV. São eles os de auditório, colunismo social, comédia,
culinário, desenho animado, esportivo, �lme, game show, humorístico,
infantil, interativo, novela, reality show, religioso, revista, série, sitcom, talk
show, teledramaturgia, telejornalismo.
Figura 1.1 - Gênero Faroeste
Fonte: Seita / 123RF.
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https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_1/ebook/index.html#
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_1/ebook/index.html#
A seguir, a Figura 1.2 ilustra o gênero talk show.
Formato
É o termo que se usa para identi�car a forma e o tipo da produção audiovisual de
um determinado gênero de programa, usado para todo tipo de produção
audiovisual: Cinema, TV, Rádio.
Alguns exemplos de Formato são: Ao vivo, Câmera oculta, Entrevista, mesa redonda,
em episódios etc. Lembre-se de que um Formato está sempre associado a um
Gênero e este a uma Categoria, por exemplo:
Categoria: Entretenimento.
Gênero: Variedades.
Figura 1.2 - Gênero Talk Show
Fonte: Meinzahn / 123RF.
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https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_1/ebook/index.html#
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_1/ebook/index.html#
Formatos: entrevistas, sorteios, games, reportagens.
Convém notar que o número de Categorias, Gêneros e Formatos pode variar de
acordo com a mídia audiovisual.
praticarVamos Praticar
Os programas de auditório sempre �zeram muito sucesso na televisão brasileira,
atualmente, a Rede Globo de Televisão mantém no ar o programa “Domingão do Faustão”,
que é um dos programas mais antigos da emissora. Assinale a alternativa correta que
determina CATEGORIA, GÊNERO e FORMATO do Programa de Televisão “DOMINGÃO DO
FAUSTÃO.
a) Religioso, colunismo Social e Episódios.
b) Entretenimento, Talk show e Câmera oculta.
c) Entretenimento, Auditório e ao Vivo.
d) Educação, Auditório e Mesa Redonda.
e) Educação, colunismo social e Mesa Redonda.
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No campo da literatura, narrativa é a forma de relatar um fato ocorrido ou
imaginado pelo autor, porém, em uma produção audiovisual, esta se refere a uma
descrição detalhada das técnicas e ações envolvidas na produção, propondo a
interpretação desejada pelo autor.
Não devemos confundir narrativa com roteiro, que é um guia que conta a história,
contendo todas as informações necessárias para que o produto audiovisual seja
gravado.
A narrativa é o suporte mais importante dentro da produção de umaudiovisual
porque con�gura e ajusta a forma pela qual a história vai ser contada, procurando
criar e modular ações que provoquem o emocional do espectador através de efeitos
dramáticos ocasionados pela sua estruturação e decisões criativas.
Para os pro�ssionais da área não há nenhuma di�culdade em diferenciar narrativa
de roteiro, mas para um leigo, principalmente para quem está iniciando na área, há
uma enorme di�culdade em diferenciá-los. Por isso, acabam conceituando ou
empregando de forma errônea, como se os dois fossem a mesma coisa, na hora de
NarrativaNarrativa
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se contar uma história.
Numa produção audiovisual, a história é o que acontece, já a trama ou enredo é o
encadeamento ou sequência dos fatos, ou seja, as situações vividas pelos
personagens durante o desenrolar da história, por �m, narrativa é a forma como é
contado o que acontece.
Então, o tempo de cada cena ou ação, a ordem em que as ações são apresentadas,
os eventos sugeridos, as informações explícitas ou implícitas apresentadas ao
espectador, são decisões tomadas pelo autor através da narrativa e é daí que sai o
resultado �nal produzido.
Portanto, está claro que a narrativa é fundamental  para  consolidar o roteiro,  que,
executado por uma direção adequada, contribui para um bom resultado �nal. A
direção (que pode ser feita também pelo próprio autor) é sempre muito importante,
pois o uso de técnicas diferentes de fotogra�a, iluminação, sonoplastia, trilha
sonora, decupagem etc., podem mudar o sentido da narrativa, criando reações e
interpretações diferentes no espectador.
Vejamos um exemplo de como a narrativa é fundamental para se obter um
resultado �nal de boa qualidade na execução de um projeto Audiovisual.
• Imagine uma cena assim: uma mulher, numa cozinha, apanha uma faca,
como diz o roteiro. Esta cena por si só cria expectativa para quem está
assistindo ao �lme ou vídeo. Aqui é fundamental a intervenção da
narrativa, sugerindo interpretações totalmente diferentes, como:
a) se a personagem for captada num plano em que a câmera estiver muito próxima
do seu rosto (close-up) e esta estiver com uma expressão sinistra,  luz  difusa, com
retoques fortes de sombra e a trilha sonora é uma música de suspense, sugere que
ali poderá ocorrer um crime;
b) se a expressão da personagem é de tranquilidade, luz suave, e a música alegre, a
cena vai sugerir ao espectador que a personagem poderá usar a faca, talvez, apenas
para cortar um bolo.
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Como vimos, a narrativa é a forma de se contar uma história, porém ela varia de
acordo com os meios tecnológicos usados numa produção audiovisual, bem como
dos meios utilizados para sua veiculação.
No livro “A Narrativa Cinematográ�ca”, André Gaudreau e François Jost fazem uma
separação entre uma narrativa modal e uma narrativa temática para o cinema.
Segundo eles, a narrativa modal se ocupa de tudo relacionado com as formas de
expressão manifestada pelo narrador, enquanto que a narrativa temática é aplicada
na história contada, nas ações e nos papéis dos personagens.
Por exemplo, um homem tem sua �lha sequestrada e consegue libertá-la depois de
muitas peripécias. Essa é a sinopse da história. A narrativa  para uma produção
cinematográ�ca poderá contar essa história de várias maneiras:
a) de forma linear, isto é, narrando os fatos desde o começo, seguindo uma ordem
cronológica dos acontecimentos;
b) do �m para o começo;
c) em “o�” (por uma terceira pessoa que não aparece no �lme);
d) de forma linear, mas intercalando voltas a fatos anteriores (�ashback).
No processo de produção dessa história, não interessa as maneiras com as quais ela
está sendo contada, o que interessa é que a encenação, o enquadramento, os
planos, o diálogo e outras ações devem seguir as diretrizes da narrativa.
A narrativa cinematográ�ca tem suas variáveis de acordo com o gênero
cinematográ�co a ser produzido. No início do cinema, os �lmes eram feitos com a
câmera parada e a ação toda acontecia na frente dela. Não havia movimento de
câmera e nem montagem, portanto, não havia uma plani�cação pensada. O �lme
todo durava em torno de um a dois minutos e teoricamente podemos dizer que
seguiam a regra das três unidades: um tempo, um lugar, uma ação. Só após 1903 é
que o cinema vai buscar a fórmula da narrativa usada pela literatura, para dar
respaldo à técnica, plani�cando as ações e os papéis dos personagens para contar a
história.
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Tipos de Narrativas
Dada a complexidade da narrativa para audiovisual, podemos classi�cá-la em dois
campos: as Simples e as Complexas, cada uma delas, por sua vez, subdivididas em
três tipos.
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A Linguagem audiovisual conta com recursos valiosíssimos para direcionar os
equipamentos de gravação a �m de alcançar os resultados almejados. São eles:
plano, enquadramento, ângulos e movimentos de câmera. O conjunto de todos
esses elementos funcionando de forma sincrônica é o que vai construir a percepção
da história na cabeça do espectador.
Quando vamos fotografar   algo (coisas, pessoas, paisagens etc.), procuramos
focalizar o ponto mais interessante que queremos registrar. Podemos dizer então
que enquadramento é o ato de selecionar a imagem mais importante que usaremos
para perpetuar um ato ou uma cena num determinado tempo e num determinado
espaço. Numa produção audiovisual, usando a câmera para ordenar as sequências
que irão fazer parte da obra, os enquadramentos são fundamentais na composição
da linguagem pretendida para aquele �lme ou vídeo.
Linear
Binária
Circular
Fragmentada
Inserção
Polifônica
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https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_1/ebook/index.html#
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_1/ebook/index.html#
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_1/ebook/index.html#
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_1/ebook/index.html#
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_1/ebook/index.html#
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A�nal, enquadrar é decidir qual imagem ou cena transmitirá melhor ao espectador a
mensagem pretendida pelo autor, por isso devemos colocar no enquadramento
todo senso narrativo e estético planejado por ele. Portanto, enquadrar uma cena é
decidir o que fará parte dela e o que �cará de fora.
Mas o enquadramento não pode ser aleatório, ele tem que garantir que a
mensagem transmitida pela imagem gravada preencha �elmente as pretensões da
narrativa e da estética, por isso o enquadramento depende muito do plano a ser
usado para a captação dessa imagem. A palavra plano tem vários signi�cados, mas
no nesse caso ela se refere ao principal componente do enquadramento.
Muitos pro�ssionais da área comumente falam em “plano de enquadramento”. De
uma forma simples, podemos de�ni-lo como a distância entre a câmera e o objeto
que deverá ser gravado. Devemos estar atentos ao fato de que essa distância
depende também do tipo de lente que usamos e também dos ângulos (falaremos
sobre eles mais adiante). Outro ponto importante é notar que o plano de
enquadramento começa quando a câmera gravadora é ligada e termina quando ela
for desligada, por isso, quando a câmera for ligada, o plano e os enquadramentos já
devem estar de�nidos.
praticarVamos Praticar
O tipo de narrativa que segue uma única linha, com começo, meio e �m,  apresenta apenas
um personagem e segue o seguinte esquema : I) introdução do ambiente; II) apresentação
das personagens; III) o  con�ito propriamente dito; IV) consequências do con�ito; V)
resolução do con�ito. Essas características referem-se à:
a) Narrativa Fragmentada.
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b) Linear.
c) Circular.
d) Polifônica.
e) Inserção.
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Tipos De Plano/Enquadramento
Os planos/enquadramento são de suma importância para a mensagem que o
diretor quer passar em cada uma das cenas. Por este motivo, os enquadramentos
são escolhidos cuidadosamente.
Grande Plano Geral - (Very Long Shot)
O Grande Plano Geral, tratado apenas de GPG pelos pro�ssionais no linguajar
corrente dentro dos estúdios a �m de dar mais agilidade à comunicação, é aquele
bem aberto e utilizado para dar uma visão geral de grandes espaços, que pode ser
uma paisagem campestre ou cenas ocorrendo numa avenida ou praça. O
personagem ou objeto da trama (carro onde está o personagem, por exemplo)
aparece distante e em tamanho reduzido, e o espectador é levado a se distanciar um
pouco deste, tomando contato com o contexto onde a trama está se passando. Este
plano é muito usado também para mostrar a vastidão de um ambiente natural, por
Tipos deTipos de
Plano/EnquadramentoPlano/Enquadramento
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exemplo num documentário sobre a natureza ou campo de batalha.
Neste plano, o personagem (ou personagens) vai  ser enquadrado de corpo inteiro,
não tão distante como no GPG, mas também não tão próximo como no close-up.
Este plano é usado para registrar a interação do personagem com o  espaço e ações
nas quais ele está inserido, trazendo-o para mais perto do espectador. Por exemplo,
se a cena se passa dentro de uma casa com o personagem e algumas pessoas e
objetos, este plano vai  enquadrar  a sala com tudo que está dentro, por isso
podemos chamá-lo também de Plano Ambiental. Neste plano, o personagem
aparece de corpo inteiro.
Plano Médio – PM (Medium Shot)
Neste plano, geralmente o personagem é enquadrado da cintura para cima e
aparecem as bordas da imagem que são preenchidas pelo ambiente onde ele está
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
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inserido. Se ele estiver interagindo com outros, estes aparecerão ao lado ou ao
fundo, porque a ênfase deve ser dada ao personagem central. Aí é que entra a
importância da expressão facial, da fala e da trilha sonora. Este é um plano
largamente usado nas entrevistas com gravações externas, para reforçar  o grau de
credibilidade, mostrando ao espectador cenas coerentes com a narração. É muito
usado também para quem vai produzir um vídeo sozinho, objetivando in�uenciar os
espectadores ou passar uma mensagem de algo que acha interessante.
Plano Americano – PA (Mid Shot)
O Plano Americano foi criado ainda nos primórdios do cinema, pelo cineasta David
W. Gri�th, considerado um dos maiores diretores e consolidadores do cinema
americano, sendo inclusive, para algumas escolas de cinema, o pai da linguagem
cinematográ�ca. Ele dirigiu o �lme “O Nascimento de uma Nação”, em 1915, e
“Intolerância”, em 1916, utilizando muito a técnica de enquadrar os personagens
principais do joelho para cima. Este enquadramento é muito usado nos �lmes de
faroeste, pelo simples fato de mostrar os personagens com coldre, revólver e
cinturão de bala à mostra. Isto, psicologicamente, transmite ao espectador a
sensação de estar vendo um personagem com poderes ampliados por estar
portando uma arma.
Este plano, portanto, é usado para registrar a imagem do personagem do joelho
para cima, com todas as suas expressões faciais e corporais, exigindo  do ator/atriz
interpretações semelhantes às usadas no teatro, onde Gri�th foi buscar inspiração.
Quando  usamos o Plano Americano para enquadrar mais de uma pessoa numa
mesma cena, chamamos de PLANO CONJUNTO – PC.
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Primeiro Plano – PP (Close-up)
Também chamado de Plano Próximo, trata-se do plano em que o enquadramento
do objeto principal a ser gravado é feito muito próximo. Se for um  personagem, ele
é retratado do ombro para cima com foco no rosto, ressaltando as expressões
faciais. O objetivo é reforçar as expressões de alegria, raiva, medo. Neste  plano,
sempre �ca um pequeno espaço acima da cabeça.
Além de ser muito usado no cinema e produções de vídeo que exigem
dramaticidade, este é o plano mais usado para produção de VLOG, que querem
passar o sentimento de proximidade ou mais intimidade. É também um dos mais
usados nas gravações de novelas para TV.
Primeiríssimo Plano – PPP  (Big close-up)
Este plano é utilizado para mostrar a expressão do ator num momento muito
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importante da trama. A câmera vai enquadrar o rosto do ator por inteiro,
preenchendo o quadro todo, num momento muito dramático, muito feliz ou, ainda,
muito ferido (se for o caso).  É a cena que mais exige  talento por parte do ator/atriz.
Plano Detalhe - PD (extra-big close-up)
É a tomada de um detalhe do personagem, como os olhos,  as mãos – e pode fechar
mais ainda, num dedo, por exemplo, ou numa chave para dar partida num carro. É o
instante da revelação de um detalhe importantíssimo para a trama naquele
momento.
Plano Sequência
No decorrer da �lmagem, há muitos cortes para ir para outra cena, porém em
qualquer um dos planos. Quando a cena não é interrompida por cortes, isto é, a
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câmera continua acompanhando o movimento sem cortes nenhum, nós chamamos
de Plano Sequência. Por exemplo: um personagem coloca uma bomba numa sacola,
leva até uma estação do metrô e a coloca no chão, em meio a uma  multidão que
espera para embarque – a câmera acompanha toda a cena sem cortes nenhum,
começando com PD (plano detalhe) na bomba, depois abrindo para um PP (close-
up), depoispara um PG e, em seguida, para GPG. Depois, já na estação, os planos
vão voltando até o momento em que a bomba é colocada no chão.  Voltaremos a
falar desse plano mais adiante, quando abordarmos o assunto das sequências.
Vlog
Literalmente é a aglutinação de duas palavras =  Vídeo + Blog,  ou seja, um vídeo
produzido para ser colocado num blog e armazenado e veiculado pela plataforma
do YouTube e, mais recentemente, também pelo Instagram e Facebook. Os vlogs
tem um caráter de continuidade, portanto muito utilizado para oferecer conteúdos
informativos e de qualidade, como, por exemplo, cursos de jardinagem, de
modelagem, e outros. En�m, é ideal para manter uma comunicação regular com os
seguidores.
O vlog é uma ótima oportunidade para atrair marcas e divulgar produtos, pois tem o
poder de atrair o interesse de um número muito grande de pessoas, sendo uma
importante mídia a serviço da publicidade porque está cada vez mais presente na
Internet. Há  uma estimativa de que mais de 85% das pessoas que acessam à rede
acabam assistindo vídeos online.
A produção de um vlog é muito simples, basta usar uma câmera com boa resolução
e utilizar um cenário com muita luz, evitando interferências visuais ou sonoras.  É
interessante ressaltar, para  os vloggers ou vlogueiros, a importância de observar os
procedimentos e aplicar os conceitos, estudados aqui, para produzir um vlog de
qualidade.
Uma tendência bastante atual no meio vlogueiro é mostrar a sua vida diária em
forma de vídeos: indo à escola, ao supermercado etc. Este procedimento  chama-se
DAILY VLOG. Muitos produtores de daily vlog estão �cando famosos e ganhando
dinheiro. Como existe a possibilidade de atrair um número grande de seguidores,
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isto pode signi�car muito dinheiro, uma vez que gera interesse nos patrocinadores,
principalmente se ele induzir os seguidores a consumirem determinado produto. Já
existem câmeras apropriadas para daily vlogueiros.
Flog
Já que estamos falando em blog e vlog, convém também vermos, rapidamente, o
que é um ‘Flog”. A palavra é também uma aglutinação das palavras Fotogra�a e Blog,
que nada mais é do que fotogra�a, ou fotogra�as, em série, postadas num serviço
de hospedagem, como Blog, Flickr, Pinterest e Instagram,  mas sem nenhum texto,
isto é, só imagens. Contudo, num Flog pode aparecer legenda e informações,
podendo interagir com os visitantes do site através de comentários, oferecendo
oportunidade de perguntas e respostas.
Observação: explicitamos acima os principais planos de gravação de �lme ou vídeo,
mas alertamos que essa terminologia pode variar, principalmente de diretor para
diretor de produção. O fato é que alguns são  especializados em cinema, outros em
vídeo, e outros que transitam nas duas áreas, por isso o linguajar  rotineiro de cada
um pode variar. Mesmo pesquisando em sites e livros, podemos encontrar
diferenças. Temos até pro�ssionais que, na celeridade exigida pelas gravações,
principalmente as que não exigem muita qualidade, preferem usar apenas como
linguagem de comando os termos “Plano Geral”, “Plano Médio”, “Plano Americano” e
“Primeiro Plano”.
praticarVamos Praticar
A técnica de enquadrar os personagens principais do joelho para cima é usada nos �lmes
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de faroeste, o que, psicologicamente, transmite ao espectador a sensação de estar vendo
um personagem com  poderes ampliados.  Este plano foi criado pelo diretor:
a) John Ford.
b) Alfred Hitchcock.
c) Alain Resnais.
d) David W. Gri�th.
e) Quentin Tarantino.
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Aprendemos em Geometria que ângulo é a �gura formada por duas linhas retas que
partem do mesmo ponto, ou ainda por dois planos que partem da mesma reta.
Numa câmera cinematográ�ca ou de vídeo, ângulo de visão é a totalidade da
imagem disponível no visor que a lente pode absorver quando a câmera for
 acionada para gravar. Quanto às lentes, existem basicamente dois tipos: as lentes
primes (�xas) e as lentes zoom. A distância focal de uma lente zoom pode ir de 18 a
55 milímetros, enquanto na lente prime, como ela é �xa, há a necessidade de ir para
frente e para trás com a câmera para aumentar ou diminuir o ângulo de visão. A
distância focal é essencial para se obter o enquadramento e o plano que se deseja
para trabalhar com o movimento de câmera, assim como também é essencial o
ângulo, como veremos a seguir.
Altura Do Ângulo
A altura do ângulo com o qual a câmera vai capturar a imagem vem somar à
representação da linguagem adotada pelo diretor, tendo grande in�uência sobre as
informações passadas pela sequência de imagens. Temos basicamente 3 tipos de
ângulos visto de frente:
Ângulos da CâmeraÂngulos da Câmera
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• ÂNGULO NORMAL ou de 90 graus: é o ângulo da linha dos olhos de uma
  pessoa se estivermos focando nela. Traçamos uma linha imaginária
dividindo a lente da câmera ao meio, na horizontal e outra na vertical, em
que o meio corresponde ao local onde elas se cruzam. O objeto principal a
ser gravado deve �car exatamente onde calculamos o meio da imagem.
• PLONGÉE (mergulho em francês): chamado também de Câmera Alta, é
quando �lmamos os objetos ou pessoas de cima para baixo. A intenção  é
de inferiorizar a �gura que está sendo �lmada.
• CONTRA-PLONGÉE: chamada também de Câmera Baixa, é a posição
contrária ao plongée. A câmera é colocada num ângulo abaixo do objetivo a
ser �lmado, ou seja, �lma de baixo para cima, dando à pessoa ou objeto
uma sensação de superioridade. Esse tipo de recurso é muito usado pelo
diretor Quentin Tarantino, em seus �lmes, justamente para passar a ideia
de grandeza para o personagem.
Lateral do Ângulo
Em todas as cenas capturadas em uma sequência, serão planejados os mínimos
detalhes. O ângulo lateral vai servir para fazer uma sequência de plano e
contraplano, ou até mesmo fazer com que o personagem fale diretamente com os
espectadores. Temos 4 posições fundamentais para tomadas laterais dos objetos,
pessoas e cenas a serem gravadas:
• FRONTAL: posiciona-se a câmera exatamente em linha reta tendo o nariz
do ator/atriz como base de foco, deixando as mesmas medidas em ambos
os lados da imagem;
• ¾: a câmera vai captar a imagem num ângulo de aproximadamente 45
graus. Esta é uma posição que possibilita muitas variações;
• PERFIL: se for uma pessoa, posiciona-se a câmera num ângulo de
aproximadamente 90 graus e coloca a cabeça dela inteira dentro do
quadro. Pode ser do lado direito ou do esquerdo;
• DE NUCA: como o próprio nome sugere, a pessoa é �lmada por trás, tendo
o mesmo cuidado usado no frontal.
Existem pro�ssionais da área, bem como estúdios, que especi�cam mais os termos
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de comando usados nas tomadas durante as gravações. Aqui tratamos da
terminologia usada para os posicionamentos básicos e rea�rmamos a ideia de que
na execução do trabalho de produção de audiovisual devemos sempre estar atentos
para combinação do PLANO, da ALTURA DO ÂNGULO e do LADO DO ÂNGULO para
obtermos um bom ENQUADRAMENTO.  
Movimento de Câmera
Movimentar a câmera é algo que requer conhecimentos teóricos e técnicos, para
que tudo aquilo que foi criado pelo autor do projeto de audiovisual seja executado
de acordo com o que foi planejado na fase de pré-produção. Portanto, é bom
salientar que a habilidade no movimentar uma câmera, seguindo as regras, é o que
faz com que o resultado �nal do projeto seja bom ou ruim.
Com o movimento da câmera podemos fazer oscilara perspectiva do espectador:
mostrar cenas mais terri�cantes ou menos terri�cantes; provocar mais impacto ou
menos impacto; fazê-lo sentir mais compaixão ou menos compaixão; mais alegria ou
menos alegria; en�m, o movimento da câmera é fundamental na transmissão da
narrativa pretendida pelo autor.
Vamos ver a terminologia das principais técnicas utilizadas para movimentar uma
câmera, lembrando que elas se originaram no cinema, que foi o precursor das
atividades audiovisuais.
• PAN: Abreviação de Panorâmica (ou Panning, em inglês): é o movimento
mais utilizado numa gravação. Com a câmera apoiada num tripé, ou
mesmo um monopé, para dar estabilidade e �rmeza, faz-se movimentos
lentos e horizontais, de um lado para o outro. O objetivo da panorâmica é
abranger grandes espaços.
• TILT: é a movimentação da câmera no sentido vertical, também em
movimentos lentos como o Pan, porém de cima para baixo e vice-versa.
Neste caso, a câmera pode ser usada também sem o tripé. É o movimento
ideal para realizar o plongée e o contraprongée.
• WHIP PAN: é o mesmo movimento do Pan, porém com mais velocidade,
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indo de um ponto a outro em pouco tempo. Por exemplo, duas pessoas
  distantes que vão se encontrar, a câmera foca uma e depois volta
rapidamente para focar a outra e assim sucessivamente até o ponto de
encontro. Pode-se usar esse movimento para indicar a passagem do
tempo.
• TRACKING: o movimento utilizado para várias maneiras de  movimentação,
como, por exemplo, para frente e para trás, para dar a sensação de
aproximação ou distanciamento, dependendo dos efeitos que queremos
provocar no espectador. Para realizar esse movimento, a câmera tem que
estar presa ao dolly: quando o movimento é para frente, o termo de
comando é “dolly in ou forward”, e para trás é ”backward ou dolly out”.
• TRUCK ou TRANSVERSAL: é o mesmo movimento do Tracking,  só que na
transversal. Neste caso, a câmera é deslocada lateralmente em relação ao
seu eixo. A câmera tem que estar �xada no dolly. Usa-se esse movimento
para percorrer todo ambiente em que os personagens estão e também
para mostrar a tridimensionalidade do objeto.
• PEDESTAL: este movimento é mais para ser usado por câmera
cinematográ�ca, porque ela precisa estar �xada na plataforma (pedestal)
do tripé. Pode ser utilizado também em câmeras de vídeo, desde que estas
sejam do modelo pro�ssional e que também sejam �xadas num pedestal e
num dolly. O movimento consiste em subir e descer a câmera ao longo do
seu eixo vertical.
• TRAVELLING: quando duas pessoas se deslocam juntas e a câmera
acompanha também esse movimento (como no tracking transversal),
chamamos esse movimento de Travelling. É muito usado para �lmar
perseguições (de carros, de pessoas etc.), o que dá ao espectador a
sensação de que ele está participando da cena.
• DOLLY: o Dolly é um tripé colocado sobre rodas. Ele serve a câmera e os
operadores de câmera sobre uma superfície plana, de forma horizontal, e
geralmente em movimentos lentos. Existem muitos tipos de Dolly; nos
estúdios de cinema e de vídeo, o dolly corre livremente sobre o palco ou
sobre trilhos, facilitando as tomadas em vários planos e ângulos de acordo
com que se deseja. Ele permite que se opere a câmera de forma �rme e
permite efetuar movimentos suaves e deslocamentos laterais, podendo ir
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para frente e para trás. No cinema, ele é usado não só dentro dos estúdios
como também para gravações de externas. Existem dolly de dimensões
maiores do que geralmente se usa nos estúdios. Neste caso, ele possui
uma haste longa (pode chegar a 4 metros ou mais) capaz de suportar a
câmera juntamente com o operador de câmera sobre ele.
Imagem e Espectador
A aplicação de todas as técnicas vistas até aqui tem como objetivo levar a narrativa
fílmica arquitetada pelo autor de uma obra audiovisual  até o espectador da melhor
forma possível. A forma com que o espectador recebe e absorve essa mensagem
tem inúmeras facetas passíveis de serem interpretadas do ponto de vista teórico,
desde a intencionalidade do autor até as reações do público.
No início do cinema, o público �cava estarrecido ao ver algo próximo da realidade
ser passado através de imagens em movimento projetadas numa tela. Não demorou
muito para os primeiros cineastas começarem a produzir imagens de algo irreal,
como, por exemplo, o boneco de um monstro, fazendo com que um objeto não real
fosse capaz de produzir emoções no espectador.
A evolução dos equipamentos de captação de imagem e a introdução do elemento
sonoro casado com essa imagem possibilitou a evolução de novas  técnicas e novas
formas de narrativas para satisfazer um público cada vez mais consumidor dos
produtos audiovisuais.
A imagem, ao ser projetada numa tela, funciona como um prolongamento do olho
humano e o som o prolongamento da audição, que ao serem transportados para o
cérebro traduzem uma realidade nova no universo sensorial do indivíduo. Popeye,
por exemplo, personagem dos desenhos animados, induz as crianças a comerem
espinafre. Ou manipulações ideológicas, como, por exemplo, os super-heróis
 mobilizando a opinião pública contra determinado inimigo.
O espectador pode ser in�uenciado/manipulado através dos enquadramentos,
planos, ângulos e sons, combinado com os gestos, olhares e movimentos que o
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ator/atriz faz.
As reações dos espectadores também são in�uenciadas pelas mudanças
tecnológicas dos equipamentos de recepção. Nos últimos anos, as inovações
tecnológicas possibilitaram a interação dos espectadores com os produtos
veiculados, o que, de certa forma, exige uma mudança na forma com que o
produtor de audiovisual elabora seu produto, porque o próprio espectador pode
in�uenciar a continuidade deste. Às vezes até um produto criado para  ser exibido
como série em episódios pode sofrer interferências do público consumidor, quer na
sua dinâmica de continuidade, quer na sua estrutura de roteiro e de narrativa. Um
exemplo é a série espanhola “La Casa de Papel”, que, em virtude do sucesso de
audiência de repercussão  mundial, e, portanto, sucesso comercial,  possibilitou não
só uma continuidade não planejada pelo autor no início, mas a introdução de novos
elementos no roteiro e na narrativa.
Planejamento de Cenas
É muito comum durante as gravações ouvir o termo francês “mise-en-scène”, que
literalmente signi�ca “encenação”. Sua origem está nas apresentações teatrais, que
se fazia na França no século XIX, para de�nir a disposição dos objetos �xos em cena
e os movimentos dos atores neste cenário. Hoje ele serve para o diretor enquadrar
os personagens durante o processo de gravações. A preparação do mise-en-scène é
feita pela equipe de produção.
saibamaisSaiba mais
Fato ou lenda?
Conta-se que o diretor Fred Zinnemann, ao �lmar
“A um passo da eternidade”, precisava de uma
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Sequências
O termo Sequências trata-se de uma série de cenas interligadas. As gravações são
feitas por partes, em função de tempo, espaço, características próprias de cada
cena romântica na praia ao amanhecer. O melhor
seria  gravar a cena numa praia da costa leste dos
Estados Unidos, onde o sol nasce, porém estava
em Hollywood, na Califórnia, e não podia gastar
muito, pois teria que deslocar, por mais de 4.000
quilômetros, toda a equipe, mais atores e
equipamentos. Pensou então em gravar ali
mesmo nas praias de Los Angeles. Havia um
problema: Los Angeles �ca a oeste – onde o sol se
põe, isto é, só se vê o entardecer. Então,
engenhosamentepensou em gravar a cena com o
sol se pondo e depois só editar a �ta de trás para
frente, o que que daria a impressão de que o sol
estava subindo e não descendo. E foi o que fez.
Quando chegou a hora de editar a �ta é que viu a
besteira: ao passar de trás para frente, parecia
realmente que o sol estava nascendo, mas no
fundo da cena havia gaivotas voando.... mas no
�lme estavam voando de marcha a ré. Então,
cuidado com as tomadas durante as externas. É
bom sempre estar atento a cada detalhe que está
lá no fundo, mas dentro do enquadramento.
Fonte: Gigliotti e Campolim ([s.d.]).
ACESSAR
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http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542014000100011&lng=e&nrm=iso&tlng=pt
http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542014000100011&lng=e&nrm=iso&tlng=pt
ação, seguindo as determinações do roteiro, e depois são conectadas para dar a
ideia de continuidade da história.  Toda sequência tem início, meio e �m de�nidos.
Ela é uma pequena  parte dentro do roteiro, que depois serão editadas formando a
história completa.
“Você pode ter tantas sequências quantas queira. Não há regra sobre o número
necessário. Tudo o que você deve saber é a ideia por trás da sequência, o contexto;
e, para criar uma série de cenas, o conteúdo” (FIELD, 2001, p. 81).      
As sequências possuem tempo de�nido. Dependem da micro parte do roteiro que
está sendo gravado e também das circunstâncias em que está sendo gravada. Por
exemplo, numa cena de �nal feliz, em que o “mocinho” beija a “mocinha”, a cena é
�lmada inicialmente em GP (Grande Plano), descortinando o horizonte ao fundo –
isto é gravado num cenário natural –, formando uma sequência; outra sequência é a
cena do beijo, que é �lmada em PPP (primeiríssimo plano), que poderá ser gravada
nos estúdios. Depois elas serão montadas na edição.
Existem sequências que são �lmadas ininterruptamente, isto é, a câmera
acompanha os movimentos do ator/atriz por vários minutos, sem interromper a
gravação, para fazer o Plano Sequências, conforme vimos quando estudamos
“Enquadramentos e Planos”. Este recurso era muito utilizado pelo diretor Alfred
Hitchcock em seus famosos �lmes de suspense.
Iluminação
A Iluminação é um elemento muito importante para compor uma obra audiovisual.
 Podemos  contar com a luz natural ou arti�cial. A luz natural pode ser utilizada tanto
diretamente como de forma indireta. Podemos ainda lançar mão de re�etores,
guarda-sóis e outros artifícios para direcionar a luz natural e provocar  sombras.
Temos ainda peças que podem ser usadas para aumentar ou rebater a
luminosidade.
A iluminação arti�cial conta com muitos recursos tecnológicos, largamente usados
nas gravações dentro dos estúdios, pois hoje praticamente a maioria dos �lmes são
gravados dentro dos  estúdios. A televisão praticamente quase não usa a luz natural,
porque a maioria dos seus produtos são feitos dentro de estúdios, dependendo,
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portanto, dos recursos técnicos. Para uma gravação de médio e de grande porte, a
produção tem necessidade de mobilizar um grande número de técnicos
especializados em iluminação.
A iluminação é um elemento importantíssimo para   produzir uma atmosfera
dramática ou alegre, a �m de  passar ao espectador efeitos emocionais  dramáticos
ou alegres, ou ainda a sensação de raiva e ódio, de�nindo, modelando e  salientando
os atores/atrizes ou objetos que estão em cena.
Sonorização
Outro elemento importantíssimo para o produto audiovisual é a sonorização, pois é
por meio dela que a mensagem é entendida pelo público em toda sua extensão.
A captação do som exige técnicas especiais, por isso toda produção de audiovisual
Figura 1.6 - Flash portátil
Fonte: Alexander Dummer / Unsplash.
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deve contar com pro�ssionais técnicos especializados na área. Se a captação do som
é externa, durante as gravações deve-se tomar cuidados especiais com:
a) locais com muito trânsito de pedestres;
b) proximidades de ruas e estradas muito movimentadas, portanto barulhentas;
c) animais nas proximidades, pois eles são imprevisíveis;
d) proximidade de escolas, aeroportos, pontos de ônibus.
Tanto nas gravações externas quanto nas internas, tem que se ter muito cuidado
com a acústica e com a captação do som, por isso a escolha do equipamento a ser
utilizado nesse processo tem quer ser feita com cuidado. O ambiente interfere
muito, daí a necessidade de um trabalho bem sincronizado entre  a equipe que está
gravando imagens, a equipe de iluminação e a equipe de som.
Como exemplo, podemos imaginar uma gravação num ambiente fechado: podemos
usar uma manta para diminuir ou até evitar a reverberação, obtendo assim um som
limpo. Neste caso, temos que usar uma manta especial  que tenha um lado branco e
o outro preto para que ela não re�ita luz inadequada para aquela cena e prejudique
a imagem.
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O trabalho �nal de sonorização é feito num equipamento chamado mixer ou mesa
de som, responsável por misturar um ou mais canais de áudio, onde podemos
alterar e até transformar artisticamente o resultado.
praticarVamos Praticar
Quando estudamos “Enquadramentos e Planos”, vimos as principais características do
plano sequência, recurso explorado em muitos �lmes de suspense do renomado diretor
Figura 1.7 - Mesa de som
Fonte: Steve Harvey / Unsplash.
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hollywoodiano Alfred Hitchcock. “Enquadramentos e Planos” é quando durante a gravação:
a) a câmera continua gravando o movimento sem cortes nenhum.
b) a câmera vai enquadrar o rosto do ator por inteiro, preenchendo o quadro todo,
num momento muito dramático.
c) o personagem é enquadrado da cintura para cima.
d) o enquadramento do objeto principal a ser gravado é feito muito próximo.
e) o enquadramento pega uma imagem ampla do ambiente gravado, como, por
exemplo, uma cidade inteira.
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indicações
Material
Complementar
FILME
A Menina que Roubava Livros
Ano: 2014
Comentário: A Menina que Roubava Livros é um �lme
dirigido por Brian Percival, baseado no livro homônimo
escrito por Markus Zusak. Conta história de uma menina
que morava com os pais adotivos na Alemanha Nazista,
durante a Segunda Guerra Mundial. Ela aprende a ler e
desenvolve o hábito de roubar livros e compartilhá-los com
amigos, principalmente com o jovem  judeu que vive
escondido no porão da sua casa. Como o livro foi uma
adaptação de uma obra literária, ele segue uma narrativa
forte e envolvente, expondo o duro confronto entre a
infância arruinada pela crueldade da guerra e o problema
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do segregacionismo racial. Ótimo �lme para revisar os
conceitos de narrativa estudados até aqui.
Para assistir ao �lme, acesse o link a seguir.
TRA ILER
LIVRO
ON CAMERA
Editora:  Summus
Comentário: O livro trata o assunto de produção de
programas, de forma humorada, mas com muita
competência técnica.Enfatiza a prática dando instruções
técnicas, ao mesmo tempo em que aguça a criatividade e a
inovação. Muito bom para principiantes, sem deixar de se
aprofundar nas instruções mais necessárias para quem quer
produzir na área. É usado para treinamento nos cursos da
BBC.
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conclusão
Conclusão
O Universo da  Produção Audiovisual é fascinante para quem se propõe a trabalhar
com ela, desde que o aluno entenda que não são somente os equipamentos os
instrumentos necessários para a execução de um projeto. Ele tem que entender que
é a somatória dos conhecimentos técnicos mais os saberes conceituais do contexto
cultural, social e ambiental inerente à pro�ssão de produtor audiovisual que
realmente solidi�ca e dá vida a um produto.
Nesta unidade, vimos a importância da narrativa, das categorias, gêneros e formatos
como formadores de um saber conceitual, e como esses elementos dão base às
ações mais técnicas, como os enquadramentos, os ângulos e os movimentos de
câmeras.
referências
Referências
Bibliográ�cas
FEISENSTEIN, S. M. O sentido do �lme. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
FIELD, S. Manual do Roteiro. Rio de Janeiro: OBJETIVA, 2001
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GAUDREAULT, A.; JOST, F. A Narrativa Cinematográ�ca. Brasília: Editora da UnB,
2009
GIGLIOTTI, F.; CAMPOLIM, S. Vidas de cientistas no cinema. ComCiência, n. 155,
2014.
LUCENA JUNIOR, A. B. Arte da Animação. São Paulo: Senac, 2002.
MARTIN, M. Linguagem cinematográ�ca. São Paulo: Brasiliense, 2008.
SOUZA, J. C. A. Gêneros e formatos na televisão brasileira. São Paulo: Summus,
2004,
TURNER, Graeme. Cinema como prática social. Trad. Mauro Silva. São Paulo:
Summus Editorial, 1993. p. 108.
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