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São João da Boa Vista – SP 07 de outubro de 2021 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS: HAB. EM QUÍMICA 6º SEMESTRE Química Inorgânica Experimental Professora Drª Alessandra Mara Garbosa Mutti GRUPO 5 – FAMÍLIA DO NITROGÊNIO Prática V Adriana Gruli de Melo 3005461 Bianca Rehder Mizasse 3005011 1 1. INTRODUÇÃO 1.1 Tabela Periódica Perante os dizeres do livro Química - A ciência central, descreve a tabela periódica como a disposição dos elementos em colunas, de modo a serem assentados em conjunto com aqueles que possuem maior semelhança. A natureza periódica da tabela periódica resulta de padrões de repetição nas configurações eletrônicas nos seus orbitais de valência- os orbitais ocupados que acomodam os elétrons envolvidos nas ligações. Por exemplo, o O ([He] distribuição eletrônica 2s2 2p4) e o S ([Ne] 3s2 3p4) pertencem ao grupo 6ª. A semelhança nas propriedades desses dois elementos. (BROWN et. al, p. 27) Em cada grupo, o raio atômico ligante tende a aumentar de cima para baixo. Essa tendência resulta principalmente do aumento do número quântico principal (n) dos elétrons mais externa têm maior probabilidade de estar mais afastados do núcleo, fazendo com que o raio atômico aumente. Em cada período, o raio atômico ligante tende a diminuir da esquerda para a direita (embora haja algumas pequenas exceções, como do Cl ao Ar, ou do As ao Se). O principal fator que influencia essa tendência é o aumento da carga nuclear efetiva Zef ao longo do período. A carga nuclear efetiva cada vez maior atrai os elétrons de valência para mais perto do núcleo, fazendo com que o raio atômico ligante diminua. (BROWN et. al, p. 278) 1.2 Família 15 A família 15 tem esse nome está relacionado com a coluna em que está sendo esta contabilizada desde o número 1, os elementos que se encontram nesta são nitrogênio com o símbolo N, fosforo símbolo P, arsênio As, Antimônio Sb e Bismuto Bi. Ao se olhar na tabela periódica percebe-se quando no canto superior de cada quadrado dos elementos tem-se a distribuição eletrônica fica nítido que todos os elementos deste são terminados em cinco elétrons na camada de valência. Como podemos observar na tabela abaixo.[2] Figura 1: A tabela periódica [2] 2 Com as cores além de deixar bonito esse quadro nos indica a qual classe os elementos estão sendo o nitrogênio e o potássio de mesma classe representado pela cor lilás são chamados não metais, o Arsênio e Antimônio de cor verde piscina são os semimetais, já os outros dois de azul são os metais representativos que se encontra o bismuto e o moscóvio.[2] 1.3 Elementos da Família 15 Em destaque iremos relatar sobre o nitrogênio, tem grande abundancia na atmosfera, quando se quer uma atmosfera inerte este gás é utilizado para processos químicos, pode ser empregado com ente de resfriamento tanto para alimentos, o composto deste elemento que revela sua importante relevância para produção de ureia que pode ser empregada no agronegócio é o gás amônia NH3; o gás nitrogênio pode ser obtido pela destilação fracionada do ar atmosférico, onde ocorre a liquefação depois passa para destilação fracionada.[3] Figura 2: Nesta imagem pode ser observado que o elemento arsênio é utilizado como veneno principalmente para ratos [3] Figura 3: Pode ser visualizado nessa imagem o elemento fosforo que é representado pela letra P [3] Figura 4: Por essa imagem podemos tomar dimensão de como é o elemento bismuto em seu estado puro [3] [...]Todos os três elementos têm aparência metálica, são quebradiços e moderadamente condutores, sendo que o arsênio se destaca dentre eles por apresentar maior condutividade elétrica[...] (COELHO et al, p.111) Para obtenção de fósforo ocorre pela redução de mineiras de fosfatos empregando o carbono. Já arsênio, antimônio e bismuto são obtidos de minérios de sulfeto. O ferro mostra sua relevância na obtenção do antimônio puro ao aquecer o minério estibina com raspas de ferro. [1] Sb2S3(s) + 3 Fe(s) ∆ ⇒ 2Sb(s) + 3 FeS(s) O bismuto está presente nos minérios bismita Bi2O3 e bismutinita Bi2S3. É obtido como subproduto da obtenção de cobre, estanho, chumbo e zinco. (COELHO et al, p.111) 3 1.4 Amalgama O mercúrio é um elemento é um agente antrópico que acometi desastre aos ciclos do meio, ambiente, relatos sobre as catástrofes geradas pelo uso indiscriminado desse material ocorreu um marco historio no desastre da Baia de Minamata por volta de 1953, o metilmercúrio que estava sendo despejado por uma empresa local nos efluentes, acabou contaminando a biota marinha e águas do vilarejo onde os moradores que consumiam os peixes e supriam a cede por este acabaram se contaminando, os feitos nas pessoas foram adversos onde chegou a 20% de mortalidade. No entanto este elemento pode ser empregado na fabricação para a produção de amalgama que é a junção do mercúrio com outro metal, podendo ser utilizado até mesmo em obturações odontológicas. [4] 1.5 NOX Nox consiste no número de oxidação, onde é adquirido carga perante uma ligação iônica ou até mesmo ligação covalente com caráter parcial, os elementos em uma mesma espécie quando executa-se a soma o Nox é neutro ou zero. Figura 5: Nox das moléculas que a soma das quais deverá resultar em zero[5] A regra para determinar o Nox é de suma relevância, onde consegue visualizar o Nox cujos números de oxidação se diferem, quando um elemento não apresenta um Nox fixo, em que sempre a soma terá que dar zero. [5] SO SO2 H2SO3 → H2SO4 1.6 Reação Redox Ao sofrer a redução o agente é considerado oxidante, enquanto cujo nome é dado redutor é aquele que sofre a oxidação Figura 6: Reação Redox de zinco e cobre [5] 4 Sendo assim, a reação quando uma reação que pelo menos um elemento qualquer está com seu Nox alterado é considerado reação redox. Quando se aumenta o Nox o elemento está sofrendo oxidação, chamado como redutor, aquele elemento que diminuiu o Nox chamado oxidante sofre a redução. [5] 2. OBJETIVOS Estudar as propriedades dos elementos nitrogênio, antimônio e bismuto, pertencentes ao Grupo 15 da Tabela Periódica 3. MATERIAIS E METODOLOGIAS Experimento I: preparação da solução redutora de vanádio (II) Parte 1: solução de vanádio a) Materiais I. Béquer de 150 mL; II. Água destilada; III. NaOH (hidróxido de sódio); IV. Balança; V. Espátula; VI. Bastão de vidro; VII. NH4VO3 (vanadato de amônio); VIII. Solução de H2SO4 (ácido sulfúrico) 2 mol/L; IX. Kitassato; X. Bico de Bunsen. b) Metodologia I. Em um béquer de 150 mL, dissolveu-se 1 g de NaOH em 25 mL de água destilada, adicionou- se 1,25 g de NH4VO3 e agitou-se o béquer até a completa dissolução do composto; Nota: caso seja necessário, pode-se aquecer o béquer com a solução para melhor dissolução do vanadato de amônio. II. Após isso, acrescentou-se 62,5 mL da solução de H2SO4 2 mol/L e diluiu-se a solução do béquer até a mesma apresentar o volume de 125 mL. Com a solução já diluída e pronta, transferiu-se a mesma para um kitassato. 5 Parte 2: preparação do amalgama de zinco a) Materiais I. Erlenmeyer de 250 mL; II. Balança; III. HgCl2 (cloreto de mercúrio); IV. Água destilada; V. Solução de HNO3 (ácido nítrico) concentrado; VI. Zinco metálico em pastilhas; VII. Bastão de vidro; VIII. Funil e papel filtro. b) Metodologia I. Em um Erlenmeyer de 250 mL dissolveu-se 0,25 g de HgCl2 em 37,5 mL de água destilada, adicionou-se 0,25 mL da solução de HNO3 concentrado e 50 gramas de zinco metálico em pastilhas. Agitou-se a solução até precipitou-se pequenos grãos de zinco na sua superfície; Nota: caso não haja a mudança na aparência do zinco, adicionar, aos poucos, o cloreto de mercúrio e a solução de ácido nítrico. II. Após a superfície do zinco ficar com aparência mais metálica e brilhante,separou-se o líquido dos sólidos (amalgama formado) através da filtração por gravidade e transferiu-se o amalgama para o kitassato contendo a solução de vanádio feito na Parte 1 deste experimento. Nota: caso haja a necessidade de armazenamento do amalgama de zinco, isso deve ser feio sob a água. Experimento II: obtenção no nitrogênio livre de oxigênio a) Materiais I. Kitassatos de 250 mL ou menores; II. Tubos de ensaio; III. Mangueiras para conectar a aparelhagem; IV. Cuba de água; V. Tripé; VI. Bico de Bunsen; VII. Suporte universal; VIII. Pinça; IX. Espátula; 6 X. Balança; XI. Rolhas; XII. NH4Cl (cloreto de amônio); XIII. NaNO2 (nitrito de sódio); XIV. Água destilada; XV. Água comum; XVI. Solução de vanadato e amalgama de zinco feitos no Experimento I; XVII. Bastão de vidro. b) Metodologia I. Montou-se a seguinte aparelhagem utilizando kitassatos de 250 mL ou de menores volumes: Figura 7: Aparelhagem necessária para o Experimento 2 (Material disponibilizado pela professora) II. Colocou-se no frasco reacional do sistema 4g de HgCl2, 5 g de NaNO2 e 30 mL de água destilada; III. Utilizou-se como frasco de purificação o kitassato com a solução de vanadato e o amalgama de zinco preparados no Experimento I; Nota: antes de utilizá-lo, agitou-se a solução e o zinco com um bastão de vidro a fim de promover uma interação mais rápida entre ambos os reagentes. IV. Conectou-se toda a aparelhagem formando-se um sistema, assim como na figura acima, certificando-se que todas as junções estavam bem vedadas; V. Preencheu-se a cuba com água comum; VI. Aqueceu-se a mistura de HgCl2, NaNO2 e água até que houve o desprendimento de gás, que borbulhou no primeiro kitassato do sistema. 7 Nota: a primeira fração de gás foi desconsiderada, pois, na aparelhagem, as vidrarias apresentavam ar nos seus interiores. VII. Colocou-se a mangueira na entrada do tubo de ensaio invertido e cheio de água e coletou-se o nitrogênio. Ao tubo de ensaio ficar cheio como gás, o mesmo foi tampado com uma rolha e armazenado. Repetiu-se o processo por mais duas vezes, enchendo mais dois tubos de ensaio; VIII. Manteve-se o aquecimento da solução no frasco reacional até que a reação se completou e retirou-se a ponta da mangueira de dentro da água; IX. Após o borbulhamento ter se cessado, os recipientes foram isolados com as pinças. Experimento III: obtenção da amônia (na capela) a) Materiais I. Tubos de ensaio; II. Garra metálica; III. Rolha; IV. Mangueira; V. Cuba de água; VI. Tripé; VII. Bico de Bunsen; VIII. Suporte universal; IX. NH4Cl (cloreto de amônio); X. Solução de NaOH (hidróxido de sódio) 2 mol/L; XI. Água comum; XII. Água destilada; XIII. Fenolftaleína. XIV. Béquer. b) Metodologia I. Montou-se a seguinte aparelhagem: 8 Figura 8: Aparelhagem necessária para o Experimento 3 (Material disponibilizado pela professora) I. Colocou-se no tubo de ensaio maior 2 g de NH2Cl e 5 mL da solução de NaOH 2 mol/L e aqueceu-se o tubo ligeiramente; II. Recolheu-se o NH3 produzido e tubos de ensaio que foram vedados com uma rolha; III. Testou-se a solubilidade a amônio invertendo-se um dos tubos de ensaio em um béquer contendo água e algumas gotas de Fenolftaleína. Experimento IV: hidrólise dos sais de antimônio a) Materiais I. Tubo de ensaio; II. Solução saturada (1 mol/L) de SbCl3 (cloreto de antimônio III); III. Água destilada. b) Metodologia I. Colocou-se no tubo de ensaio 1 mL da solução saturada de SbCl3 e acrescentou-se a água destilada gota a gota, agitando continuamente a solução; II. Após a formação do precipitado, continuou-se acrescentando água destilada. Experimento V: propriedade oxidante do bismuto a) Materiais I. Tubo de ensaio; II. Solução de MnSO4 (sulfato de manganês II) 0,1 mol/L; 9 III. Solução de HNO3 (ácido nítrico) 0,2 mol/L; IV. Cristais de NaBiO3 (bismuto de sódio). b) Metodologia I. Em um tubo de ensaio, colocou-se 1 ml da solução de MnSO4 0,1 mol/L, 2 mL da solução de HNO3 0,2 mol/L e alguns cristais de NaBiO3. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Experimento I: preparação da solução redutora de vanádio (II) Parte 1: solução de vanádio Para a preparação da solução de caráter redutor de vanádio é necessário, inicialmente, é necessário separar os íons de vanadato dos demais. Para isso, é adicionado ao vanadato de amônio hidróxido de sódio e ácido sulfúrico, que resulta na seguinte reação: 2 NH4VO3(s) + 2 NaOH(aq) + 3 H2SO4(aq) → 2 VO3 - (aq) + (NH4)2SO2(aq) + 4 H2O(l) + 2 NaSO4(aq) Após a reação das substâncias, a solução resultante apresenta a coloração amarelada, indicando a presença de íons de vanádio 5+ que será utilizada nas próximas etapas desse experimento. Figura 9: Solução contento íons de vanádio 5+ [6] Parte 2: preparação do amalgama de zinco O amalgama preparado nesta etapa consiste na formação de uma liga metálica entre o zinco e o mercúrio presente no cloreto de mercúrio. Dessa forma, a transformação que ocorre na aparência do zinco em pastilhas é o indicativo da redução do mercúrio, o qual recebe elétrons do zinco e passa do seu estado oxidado para seu estado metálico, o que acaba agarrando o zinco e preenchendo a sua 10 superfície. O ácido nítrico presente na solução, por sua vez, torna o pH da solução ácido, o que auxilia na oxidação do zinco, favorecendo a redução do mercúrio e a formação da liga metálica Zn-Hg. Sabe-se que o zinco é o agente redutor da reação (ou seja, que promove a redução do outro metal) devido a diferença entre os potenciais de redução de cada metal, sendo esses: Tabela 1: Potenciais de oxidação dos metais Zn e Hg [7] Metal E0red (V) Reação Zinco (Zn) - 0,76 Zn2+(aq) + 2e - ↔ Zn0(s) Mercúrio (Hg) + 0,85 Hg2+(aq) + 2e - ↔ Hg0(s) Ao analisar-se a tabela acima, percebe-se a diferença nos potenciais de redução dos metais e endente-se que, devido ao seu potencial de redução ser maior, o mercúrio irá reduzir (E0red = + 0,85) e o zinco oxidar (E0red = - 0,76). Essa reação é dada pelas seguintes equações químicas: Reação de redução: Hg2+(aq) + 2e - ↔ Hg0(s) Reação de oxidação: Zn0(s) ↔ Zn 2+ (aq) + 2e - Hg2+(aq) + Zn 0 (s) ↔ Hg 0 (s) + Zn 2+ (aq) Após a reação, o amalgama de zinco e mercúrio apresentaram a seguinte aparência: Figura 10: Amalgama de Zn-Hg [6] Parte 3: redução do vanádio Após ambos o amalgama e a solução redutora de vanádio estarem prontos, eles são misturados em um kitassato a fim de reduzir o vanádio 5+ presente na solução redutora até que atinja a valência 2+. A reação entre a liga metálica e o vanádio pode ser caracterizada como uma Reação Camaleão, 11 pois, de acordo com o estado de redução do vanádio, a solução apresentou cores diferentes. Tal reação de redução ocorre graças a presença do zinco metálico, que doa elétrons para o vanádio na solução aquosa. Inicialmente, quanto acrescentado o amalgama a solução de vanádio, o metal tem seu estado de oxidação alterado de 5+ para 4+, assim como mostra a equação: Zn0(s) + 2 VO3 1- (aq) + 8 H3O + (aq) ↔ 2 VO 2+ (aq) + Zn 2+ (aq) + 12 H2O(l) Ao agitar-se mais a solução, mais elétrons são doados do zinco para o vanádio, que começa a apresentar o estado de oxidação 3+: Zn0(s) + 2 VO 2+ (aq) + 4 H3O + (aq) ↔ 2 V 3+ (aq) + Zn 2+ (aq) + 6 H2O(l) E, finalmente, começa a apresentar seu estado 2+: Zn0(s) + 2 V 3+ (aq) ↔ 2 V 2+ (aq) + Zn 2+ (aq) Para cada estado de oxidação do vanádio, a solução apresenta uma cor diferente e característica: Tabela 2: As cores dos estados de oxidação do vanádio [6] Íons de vanádio Coloração V5+(aq) V4+(aq) 12 V3+(aq) V2+(aq) Experimento II: obtenção do nitrogênio livre de oxigênio A reação que ocorre no frasco reacional entre o NH4Cl e o NaNO2 é capaz de liberar o gás N2 através de decomposiçãotérmica, portanto, é necessário esquentá-la com a chama do Bico de Bunsen. Como tal reação é endotérmica, ou seja, que absorve energia do exterior dando a sensação de estar gelada, ao esquentá-la, o calor a qual ela é submetida faz com que a reação também ocorra mais rapidamente. A reação que ocorre é esta: NH4Cl(aq) + NaNO2(aq) ∆ ⇒ N2(g)+ NaCl(aq) + 2 H2O(l) O nitrogênio produzido sai do frasco reacional, preenche o frasco de segurança, passa pelo kitassato com a reação de vanadato e, por fim, é armazenado em um tubo de ensaio através de uma manguei submersa em água, a que impede que o gás se espalhe pelo ambiente. A solução de vanadato trabalha como solução purificadora, pois, antes do gás nitrogênio começar a ser produzido pela decomposição térmica no frasco reacional, toda a aparelhagem contém oxigênio no seu interior, o que traz a necessidade de se purificar o nitrogênio produzido. Ao passar pela solução com os íons de vanádio 2+, o nitrogênio não reage com os íons do metal, entretanto, o oxigênio sim. 13 V2+(aq) + O 2- (g) ↔ VO(aq) Tal reação produz o óxido de vanádio e também é capaz de fazer com que os íons de vanádio 2+ oxidem, ou seja, que percam elétrons, fazendo com que sua valência se altere. Devido a isso, a solução tende a mudar a sua coloração (que pode ser observada na tabela 2 acima), porém, como o amalgama de Zn-Hg ainda se encontra presente na solução, os íons de vanádio não irão permanecer no seu estado oxidado, portanto, a mudança de cor será sútil. Experimento III: obtenção da amônia (na capela) Nesse experimento, também há a formação de gás a partir da decomposição térmica dos compostos hidróxido de sódio e cloreto de amônio. NH4Cl(aq) + NaOH(aq) → NaCl(aq) + NH3(g) + H2O(l) Além da formação do gás amônia, nessa reação também a produção de água e do cloreto de sódio (NaCl), ou popularmente conhecido, sal de cozinha. A produção de gás é caracterizada pela formação de bolhas: Figura 11: Formação de bolhas e produção de NH3 gasoso [8] Ao se realizar o teste da solubilidade do gás em água contendo fenolftaleína, ao colocar a solução de água e do indicador de pH em contato com o tubo de ensaio contendo o gás, o líquido, imediatamente, adquire a coloração rosa intenso, caracterizando a produção de um composto básico e, portanto, comprovando a solubilidade do gás NH3 na água. Esse fenômeno é representado pela seguinte reação: NH3(g) + H2O(l) ↔ NH4OH(aq) Nessa reação, tem-se a produção da base hidróxido de amônio, o que faz a fenolftaleína adquirir a cor rosa intenso. 14 Figura 12: Solução de H2O + Fenolftaleína no contato imediato ao NH3 gasoso [8] Figura 13: Solução de H2O + Fenolftaleína + NH3 gasoso após alguns segundos [8] Experimento IV: hidrólise dos sais de antimônio Ao adicionar-se a água, gota a gota, na solução saturada de cloreto de antimônio III, é possível ver a formação de um precipitado branco que, ao ser agitado o tubo de ensaio onde a solução se encontra, ele é dissolvido no meio. Além disso, quanto mais água é acrescentada, mais do precipitado branco se forma, até que a solução atinge o ponto onde o líquido passa de incolor para branco. Para esse fenômeno, tem-se a seguinte reação: SbCl3(aq) + H2O(l) ↔ SbOCl(s) + 2 HCl(aq) Na reação é possível observar a hidrólise da água, a qual é capaz de formar o ácido clorídrico devido a quebra nas suas ligações, tornando o pH do meio ácido. O outro composto formado, sendo ele o precipitado branco que se forma, é denominado oxicloreto de antimônio. O meio ácido faz com que o SbOCl seja dissolvido, entretanto, ao adicionar-se certa quantidade de água, a solução ficou supersaturada, ou seja, todo o precipitado formado não será dissolvido pela solução ácida, tornando- a totalmente branca. 15 Figura 14: SbOCl precipitado [9] Figura 15: Solução supersaturara de SbOCl [9] Experimento V: propriedade oxidante do bismuto pentavalente Nesse experimento são analisados os NOX dos metais bismuto, presente no bismutato de sódio, e o manganês, presente no sulfato de manganês. Inicialmente, o bismuto apresenta sua pentavalência, ou seja, está em seu estado 5+ de oxidação, enquanto o manganês se encontra no seu estado 2+. Ao colocar ambos metais na solução aquosa, junto ao ácido nítrico, que torna o pH do meio ácido e favorece a troca de elétrons entre os metais, é possível ver a mudança na coloração quase imediatamente: Figura 16: NaBiO3 sendo acrescentado a solução ácida contendo MnSO4 [10] Figura 17: Alguns segundos após acrescentar-se NaBiO3 a solução ácida contendo MnSO4 [10] Figura 18: Solução contendo íons de Mn7+ [10] A reação que ocorre promove a oxidação dos íons de manganês e a redução dos íons de bismuto presentes na solução. Tal reação é representada pela seguinte equação: 5 NaBiO3(s) + 16 HNO3(aq) + 2 MnSO4(aq) → 2 HMnO4(aq) + NaNO3(aq) + 5 Bi(NO3)3(aq) + 2 Na2SO4(aq) + 7 H2O(l) Os íons de manganês, que no início da reação apresentam seu estado de oxidação 2+, ao entrarem em contanto com os íons de bismuto sofrem oxidação, ou seja, a perca de elétrons, e passam a ter seu estado de valência 7+ o que traz a característica da mudança na coloração da solução para 16 vermelho vinho. Os íons de bismuto, por sua vez, reduzem, ou seja, recebem os elétrons que são doados pelos íons de manganês e passam seu estado de oxidação de, inicialmente, 5+ para 3+. A oxidação do manganês e a redução do bismuto são representados pelas seguintes reações: Reação de redução: 5 Bi5+(aq) + 10 e - ↔ 5 Bi3+(aq) Reação de oxidação: 2 Mn2+(aq) ↔ 2 Mn 7+ (aq) + 10 e - 5 Bi5+(aq) + 2 Mn 2+ (aq) ↔ 5 Bi 3+ (aq) + 2 Mn 7+ (aq) 5. CONCLUSÃO Por seguinte é importante destacarmos que a solução camaleão, por apresentar diversas cores na sua redução de nox do Vanádio com o amalgama, em questão não apresenta elementos da família estudada, porém mostra sua relevância como solução purificadora, consistindo em separar o gás nitrogênio analisado do gás oxigênio que ficará retido na solução do vanádio. Considerar o tipo de reação se é endotérmica a exotérmica é essencial dentro do laboratório, podendo empregar o aquecimento para as reações endotérmicas, pois essas em seu vidro apresentaram a sensação de frio ao toque, questão organoléptica, acrescendo assim, aumentar a velocidade da reação. Ao passar na tubulação final o conteúdo guardado será somente o gás nitrogênio, observado durante a experimentação, ao manusear gases é de suma importância, para que o gás não se espalhe, usar uma bacia com água para captar com um tudo de ensaio com a boca virada para baixo permitindo a entrada do gás que se desloca da mangueira, tampando assim a vidraria ainda na bacia com água para não perder o gás obtido. Produção de gás é vislumbrada quando dentro da solução começa a formar bolhas, esse gás pode ser captado e dissolvido em água, assim para confirmar se ocorreu o desejado empregar um indicador que por meio da mudança da cor da solução nos indicará se houve ou não como, apresentado no experimento III, obteve-se a mudança de cor para rosa onde indicou que o gás amônia NH3 tornou uma base hidróxido de amônio NH4OH. Perante o experimento IV, pode ser observado a formação de precipitado branco na superfície, por conta da adição de água as substâncias presentes sofrem uma hidrolise, que faz com que o pH da solução mude para acido onde gera o produto HCl que é o ácido clorídrico, que consegue aumentar a solubilidade da substância SbOCl sal de antimônio, concluindo que este se hidrolisa com facilidade. O experimento V relata visualmente ao colocar o ácido que é o sulfato de manganês reage com o bismuto de nox 5+ que decai seu nox reduzindo para 3+ assim podendo ser vislumbrando perante a coloração da solução que passa a ser avermelhada. 17 REFERÊNCIAS [1] COELHO, Augusto Leite. QuímicaInorgânica Descritiva. [S. l.: s. n.], 2015. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431845/2/Livro_Quimica%20Inorganica%20Descriti va.pdf. Acesso em: 3 nov. 2021. [2] TABELA periódica: classificação e organização dos elementos. [S. l.], 27 maio 2021. Disponível em: https://www.concursosnobrasil.com.br/escola/quimica/tabela-periodica.html. Acesso em: 3 nov. 2021. [3] NITROGÊNIO. [S. l.], 2021. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc06/elemento.pdf. Acesso em: 3 nov. 2021. [4] COMPOSTOS DE MERCÚRIO. REVISÃO DE MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO, TRATAMENTO E DESCARTE. [S. l.], 3 nov. 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/qn/a/vKLKy7qPxZnKfKhY83FbLTq/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 3 nov. 2021. [5] MAIA, Daltamir Justino; BIANCHI, José Carlos de Azambuja. Quimica Geral: Fundamentos. [S. l.: s. n.], 2007. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/4/pdf/285?code=poBYuXh+V9FW0beuspeI/q YxADZBe6qzq7lPkFGOKRChF9o7XqLlTvpHYqBG+j8BBDxT/cRHxuisQU8K7rksFQ==. Acesso em: 8 out. 2021. [6] EXPERIMENTAÇÃO DE QUÍMICA INORGÂNICA DESCRITIVA. Prof. Dr. Sergio Antônio Marques de Lima. Renan Caike Silva. Unesp, 2021. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1UV0VuhaJKFW-9Ry_UNxNunIA5gf2hsiH/view. Acesso em: 02 nov. 2021. [7] COLÉGIO WEB. Tabela de potenciais-padrão de redução. [S. l.], 1 jun. 2012. Disponível em: https://www.colegioweb.com.br/eletroquimica-i-pilhas/tabela-de-potenciais-padrao-de- reducao.html. Acesso em: 2 nov. 2021. [8] EXPERIMENTAÇÃO DE QUÍMICA INORGÂNICA DESCRITIVA. Prof. Dr. Sergio Antônio Marques de Lima. Renan Caike Silva. Unesp, 2021. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1eeC-l6c0YqvAw4Qj_DIXTpUy3NTMVF4N/view. Acesso em: 02 nov. 2021. [9] EXPERIMENTAÇÃO DE QUÍMICA INORGÂNICA DESCRITIVA. Prof. Dr. Sergio Antônio Marques de Lima. Renan Caike Silva. Unesp, 2021. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1E6OCg-rtc3KqH91IGKR65MMxSfddh6Y6/view. Acesso em: 02 nov. 2021. [10] EXPERIMENTAÇÃO DE QUÍMICA INORGÂNICA DESCRITIVA. Prof. Dr. Sergio Antônio Marques de Lima. Renan Caike Silva. Unesp, 2021. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/15pNX4srZQHkNWp7nLNJvKggCSJRhH8C4/view. Acesso em: 02 nov. 2021. [11] BROWN, Theodore L.; LEMAY, JR., H. Eugene; BURSTEN, Bruce E.; WOODWARD, Patrick M.; STOLTZFUS, Matthew W. Química: A Ciência Central. [S. l.: s. n.], 2016. Disponível em: https://MAIA, Daltamir Justino; BIANCHI, José Carlos de Azambuja. Quimica Geral: Fundamentos. [S. l.: s. n.], 2007. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/4/pdf/285?code=poBYuXh+V9FW0beuspeI/q YxADZBe6qzq7lPkFGOKRChF9o7XqLlTvpHYqBG+j8BBDxT/cRHxuisQU8K7rksFQ==. Acesso em: 8 out.
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