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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA INSTITUTO DE ENGENHARIAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CURSO DE ENGENHARIA DE ENERGIAS Atividade de Aprendizagem 6 Marisabel Silva França Trabalho da disciplina Produção e Processamento de Combustíveis Fósseis Tutor(a): Profª Karolinny Chaves Fortaleza - Ceará 2021 Questão 1 O blow out representa riscos de contaminação de biomas em sistemas offshore, além da contaminação de costas em decorrência do descontrole dos resíduos gerados nesse fenômeno. Porém este tipo de episódio só ocorre em casos onde o controle e a supervisão não são realizados de maneira correta, uma vez que o kick serve como um aviso prévio deste tipo de fenômeno. Fluidos e cascalhos de perfuração são uma constante na mitigação de impactos ambientais, uma vez que sua produção é um subproduto da exploração e exploração dos poços. No Brasil o descarte dos cascalhos de perfuração no mar só é autorizado mediante análises de toxicidade do resíduo em questão, determinando assim o risco causado à vida aquática. Já o fluido pode ser reaproveitado após passar por processos de separação e aditivação, visando recuperar suas propriedades. O que acarreta em um alto custo para a indústria. Após esse longo processo o fluido pode ser reinjetado no sistema. Outra preocupação é com a água residual gerada pelo poço durante a produção, esse tipo de água necessitará de tratamento específico para mitigar seus impactos e assim ser descartada. Gerando novos custos para a produção e controle ambiental do poço. Questão 2 É utilizada para poços que necessitam de ângulos de 45 a 60 graus, em alguns casos pode ser mais, da referência vertical. Presente em plataformas offshore, objetivando distâncias maiores da plataforma. Pode ser justificada pela variação das formações rochosas, problemas associados à estruturação do poço (como estabilidade da coluna, alteração da trajetória ou impedimento parcial de retirada ou colocação das colunas). Porém, podem também ser utilizadas visando diminuir os riscos de blow out através de poços de alívio, evitar obstáculos que inviabilizam a perfuração vertical, perfurar vários poços no mesmo ponto, entre outros. Para realizar tal procedimento é necessário o conhecimento em relação a profundidade do ponto de desvio KOP (kick off point), seu afastamento horizontal do ponto de perfuração, a direção locação-objetivo, a profundidade vertical final do poço e a inclinação do trecho reto inclinado. Questão 3 Resume-se a um estudo minucioso das formações geológicas que serão perpassadas para a exploração do poço. Podendo ser realizadas inspeções visuais e análises em amostras, além de medições de outras propriedades geofísicas através de equipamentos. Uma vez que o estudo é realizado, é possível traçar o perfil do poço. São utilizados, geralmente, os seguintes perfis de poço: caliper, potencial espontâneo, densidade, resistividade, indução, raio gama, raio gama espectral, sônico, porosidade neutrônica e perfis com imagens sônicas e de resistividade. Questão 4 A estimulação do poço aumenta as taxas produtividade do poço, podendo duplicar ou até mesmo quadruplicar. Os dois métodos mais recorrentes são: fraturamento hidráulico e a acidificação. O fraturamento hidráulico traduz-se na injeção de um fluido nas formações rochosas, essa injeção é realizada sob alta pressão com a intenção de ocasionar a ruptura da formação. Aplicado em conjunto com um material, geralmente areia, que terá por objetivo manter a fratura aberta, criando assim canais de alta condutividade. Já a acidificação é resumida na injeção de um fluido ácido na formação rochosa com uma pressão menor que a de fraturamento da formação. Essa substância irá dissolver minerais presentes na composição da rocha, acarretando no aumento e na recuperação da permeabilidade. Recomendada principalmente para regiões de permeabilidade de regular a boa, que possuem restrições de fluxo ocasionadas por materiais solúveis em ácido. Questão 5 O objetivo principal deste tipo de ação é impedir qualquer tipo de fluxo dos fluidos para a superfície. Assim, é necessário criar barreiras que contenham esse fluxo em questão. No caso de abandono definitivo são colocados tampões de cimento no interior dos revestimentos, isolando as diferentes zonas ao longo do poço. As vacâncias entre os tampões são sanadas com fluidos de perfuração ou de completação. As colunas de revestimento intermediário são recuperadas para outros poços, enquanto a de superfície será selada tanto em cima como embaixo. Esse selo também é feito por tampões, podendo ser de cimento ou uma combinação de tampões mecânicos. Os demais revestimentos serão cortados abaixo da linha de superfície e uma tampa será fixada acima. O abandono temporário também se utiliza de tampões para isolar o fluxo de fluidos, porém esse tampões são de fácil remoção caso a produção seja retomada. No Brasil, os abandonos temporários monitorados têm um prazo máximo de três anos. Caso não seja retomada a atividade no local, os poços devem ser abandonados permanentemente.
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