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Jessica Oliveira Medicina - segundo período Fisiologia Pâncreas endócrino O pâncreas é uma glândula tanto endócrina quanto exócrina. O pâncreas é um órgão achatado que mede cerca de 12,5 a 15 cm de comprimento. Localiza-se na curvatura do duodeno (órgão retroperitoneal), a primeira parte do intestino delgado, e consiste em uma cabeça, um corpo e uma cauda. As células exócrinas estão distribuídas nos ácinos e espalhados entre os ácinos exócrinos existem 1 a 2 milhões de minúsculos grupos de tecido endócrino, chamados de ilhotas pancreáticas ou ilhotas de Langerhans. Anatomicamente o pâncreas está assim localizado: Faz limite com o fígado, baço e duodeno Órgão bastante vascularizado Apresenta uma cauda, corpo e a cabeça do pâncreas Células do pâncreas endócrino: Jessica Oliveira Medicina - segundo período Fisiologia ✓ As células alfa ou A constituem cerca de 17% das células das ilhotas pancreáticas e secretam glucagon. ✓ As células beta ou B constituem cerca de 70% das células das ilhotas pancreáticas e secretam insulina. ✓ As células delta ou D constituem cerca de 7% das ilhotas pancreáticas e secretam somatostatina. ✓ As células F constituem o restante das células das ilhotas pancreáticas e secretam polipeptídio pancreático. A somatostatina atua de maneira parácrina para inibir a liberação tanto de insulina quanto de glucagon das células beta e alfa vizinhas. Além disso, pode funcionar como hormônio circulante para retardar a absorção de nutrientes do sistema digestório. O polipeptídio pancreático inibe a secreção de somatostatina, a contração da vesícula biliar e a secreção de enzimas digestivas pelo pâncreas. A principal ação do glucagon é de elevar o nível sanguíneo de glicose que se encontra abaixo do normal. A insulina, por outro lado, ajuda a reduzir o nível de glicose sanguínea que se encontra muito elevado. O nível de glicose sanguínea controla a secreção de glucagon e insulina via feedback negativo. Insulina Jessica Oliveira Medicina - segundo período Fisiologia A insulina desempenha papel importante no armazenamento do excesso de energia. No caso de excesso de carboidratos, a insulina faz com que sejam armazenados sob a forma de glicogênio, principalmente no fígado e nos músculos. Além disso, todo o excesso de carboidrato que não pode ser armazenado sob a forma de glicogênio é convertido sob o estímulo da insulina, em gordura e armazenado no tecido adiposo. No caso das proteínas, a insulina exerce efeito direto na promoção da captação de aminoácidos pelas células e na sua conversão em proteína. Além disso, ela inibe o catabolismo das proteínas que já se encontram nas células. • É produzido, inicialmente, a PRÉ-PRÓINSULINA Dentro do pâncreas vai sofrer uma clivagem e apresenta um formato circular, Ao atingir o formato circular, apresentará, aproximadamente, 70 aminoácidos. • INSULINA ATIVA Insulina é um hormônio proteico sendo produzido no RE e sendo armazenado no complexo no de golgi • SECREÇÃO DA INSULINA: Ocorre devido à estímulos como, por exemplo, consumo de glicose .A glicose entra na célula beta pancreática através de um transportador (GLUT 2) e vai ser fosforilada produzindo ATP e energia produzida leva ao fechamento dos canais de vazamento do potássio. Célula fica mais positiva internamente devido ao acúmulo de potássio, célula fica despolarizada fazendo com que os canais de cálcio se abram e o cálcio consiga entrar na célula. Cálcio se liga a uma enzima faz com que a enzima se ligue ao mecanismo chave-fechadura com a membrana, então a vesícula se funde com a membrana e faz exocitose do hormônio. Jessica Oliveira Medicina - segundo período Fisiologia Quando a insulina chega à célula, a principal consequência vai ser a abertura dos canais de glicose Insulina se liga aos receptores de insulina e ativa uma enzima tirosina quinase Tirosina quinase ativa os substratos dos receptores de insulina (IRS) Insulina ativa IRS, os quais promovem: 1. Crescimento e expressão gênica: sem insulina haverá uma lentidão no crescimento do indivíduo 2. Síntese de glicose 3. Síntese de lipídio 4. Síntese de proteína 5. Transporte da glicose: normalmente, a glicose entra através do GLUT 4, o qual se encontra dentro da célula. Insulina tem que entrar e ativar a tirosina quinase. Tirosina quinase vai ativar os IRS. IRS conduzem o GLUT 4 para a periferia (fazendo com que ele adquira uma conformação para se ligar a membrana e permita a passagem de glicose) Insulina exerce efeito sobre: Efeito da Insulina sobre o Metabolismo dos Carboidratos ♦ Armazenamento de Glicogênio no Músculo. Se os músculos não estiverem se exercitando depois da refeição e, ainda assim, a glicose for transportada abundantemente para as células musculares, então a maior parte da glicose é armazenada sob a forma de glicogênio muscular, em vez de ser utilizada como energia Jessica Oliveira Medicina - segundo período Fisiologia ♦ A Insulina Promove a Captação, o Armazenamento e a Utilização da Glicose Hepática: A insulina inativa a fosforilase hepática, a principal enzima que leva à quebra do glicogênio hepático em glicose. Isso impede a divagem do glicogênio armazenado nas células hepáticas. A insulina causa aumento da captação de glicose do sangue pelas células hepáticas. Isso ocorre com o aumento da atividade da enzima glicocinase. ♦ A insulina também aumenta as atividades das enzimas que promovem a síntese de glicogênio inclusive e, de modo especial, a glicogênio sintase. Efeito da Insulina sobre o Metabolismo dos Lipídios Vai aumentar a taxa de glicose no fígado (na forma de piruvato e acetil-CoA), além de: ♦ Inibir a liberação de ácidos graxos ♦ A Insulina Promove a Síntese e o Armazenamento das Gorduras: A insulina aumenta o transporte da glicose para as células hepáticas. Depois que a concentração de glicogênio no fígado atinge 5% a 6%, esse nível por si só inibe a síntese posterior de glicogênio. A partir daí, toda glicose adicional que penetra as células hepáticas fica disponível sob a forma de gordura. ♦ ♦ Internalizar a glicose nos adipócitos para formar αglicerol Efeito da Insulina sobre o Metabolismo das Proteínas ♦ atua na síntese e armazenamento de proteínas ♦ Internaliza aminoácidos ♦ Inibe o catabolismo das proteínas ♦ Vai inibir a gliconeogênese no fígado ♦ Insulina interage com o GH (hormônio do crescimento), indivíduo que tem diabetes juvenil tem baixa estatura. Insulina é hipoglicemiante,tenta diminuir a glicemia plasmática. Glucagon O glucagon, que é hormônio secretado pelas células alfa das ilhotas de Langherans quando a concentração da glicose sanguínea cai, tem diversas funções que são diametralmente opostas às da insulina. A mais importante dessas funções é a de aumentar a concentração da glicose sanguínea, efeito que é exatamente o oposto ao da insulina. Os principais efeitos do glucagon sobre o metabolismo da glicose são (1) a quebra do glicogênio hepático (glicogenólise) e (2) o aumento da gliconeogênese no fígado. Esses dois efeitos aumentam enormemente a disponibilidade da glicose para os outros órgãos do organismo. Jessica Oliveira Medicina - segundo período Fisiologia Diabetes Mellitus O diabetes mellitus é síndrome do metabolismo defeituoso de carboidratos, lipídios e proteínas, causado tanto pela ausência de secreção de insulina como pela diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina. Existem dois tipos gerais de diabetes mellitus: 1. O diabetes tipo I, também chamado de diabetes mellitus dependente de insulina (DMID), é causado pela ausência de secreção da insulina. 2. O diabetes tipo II, também chamado de diabetes mellitus não dependente de insulina (DMNID), é inicialmente causado pela diminuiçãoda sensibilidade dos tecidos- alvo ao efeito metabólico da insulina. Essa sensibilidade reduzida à insulina é frequentemente chamada de resistência insulínica. Em ambos os tipos de diabetes mellitus, o metabolismo de todos os nutrientes está alterado. O efeito básico da ausência de insulina ou da resistência à insulina sobre o metabolismo da glicose é impedir a captação eficiente e a utilização da glicose, pela maioria das células do organismo, exceto pelo cérebro. Como resultado, a concentração de glicose sanguínea aumenta, a utilização celular da glicose cai ainda mais e a utilização dos lipídios e das proteínas aumenta. Referencias: TORTORA, G. J. Princípios de Anatomia Humana. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007 Editora Guanabara Koogan, 2002. -GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017.
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