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Modais de transportes

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06/12/2021 23:34 Sistemas de Transportes
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=modais-de-transporte&dcp=modais-de-transporte&topico=1 1/15
Sistemas de Transportes
Modais de transporte
1. Introdução
Nesta lição, apresentaremos a evolução dos transportes, desde a suas origens até os dias atuais, de
modo que possamos ter um melhor entendimento sobre a importância dos modais de transporte
para a movimentação das pessoas e mercadorias/cargas, a partir do seu ponto de origem até o seu
destino final.
O sistema de transporte, além de contribuir para o desenvolvimento de um país, também é um
impulsionador da indústria, visto que sua configuração conta com veículos, navios, aviões,
tubulações, portos, estradas, entre outros, que constituem toda uma cadeia de produção, gerando
milhões de postos de trabalhos industriais, comerciais e de serviço.
Samir Keedi (2001) já se manifestava sobre a importância dos estudos dos modais de transportes:
“O conhecimento dos vários modais de transportes, bem como o tipo de veículos, assim como as
cargas adequadas a cada um deles, é fundamental para a criação e desenvolvimento da logística
adequada”.
A economia depende da circulação de mercadorias e pessoas. Nos países desenvolvidos, é muito
comum o setor de serviço prevalecer sobre o industrial, bem como sobre o setor de exploração de
recursos naturais, ou seja, o setor terciário a frente dos setores primário e secundário. Tal
consideração evidencia um dos mais importantes fatores de progresso humano, uma vez que,
quanto mais desenvolvido for o sistema de circulação de pessoas e mercadorias de um país, mais
desenvolvida será sua economia (GRACIANO, 1971 apud SCHMIDT, 2011).
Transporte não é só uma questão técnica. É também uma questão social e política, pois organiza o
movimento de pessoas no espaço urbano e rural – pessoas essas inseridas em uma sociedade
complexa. Existem milhões de deslocamentos individuais em um espaço que deve ser dividido
entre pessoas e seus mais variados interesses.
As razões relatadas nos parágrafos anteriores, por si só já justificam o quanto é importante que
você, aluno, se dedique ao estudo do presente tópico visando obter o máximo possível do
conhecimento a ser aqui mostrado.
2. Origem dos transportes
06/12/2021 23:34 Sistemas de Transportes
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=modais-de-transporte&dcp=modais-de-transporte&topico=1 2/15
Para que se tenha um melhor entendimento de como os meios de transportes se articulam nos
tempos atuais, é necessário conhecer a contextualização que envolve a história do seu surgimento,
bem como se deu a sua evolução ao longo da linha do tempo da humanidade. A evolução dos meios
de transportes está intimamente ligada ao conhecimento adquirido pela humanidade, ou seja, o
aumento de um levou ao aumento do outro.
Sem saber conceitualmente a amplitude do seu significado sob a ótica do sistema de transporte, os
primórdios humanos já realizavam a pé o transporte das suas necessidades para a sobrevivência.
Dessa forma primária de transporte, o homem fez grandes deslocamentos, claro, todos estavam
limitados à capacidade de transporte que o mesmo conseguia carregar.
Num segundo momento, com a introdução dos animais e sua domesticação, esses passaram a serem
utilizados no transporte das cargas, passando, com isso, a um aumento da quantidade
transportada.
A invenção da roda proporcionou um grande salto na qualidade e na eficiência do transporte para
época a partir do momento que a mesma passou a ser utilizada na construção dos “carros”,
popularmente conhecidos como carroças, tracionadas pelos animais de grande porte que já haviam
sido domesticados em um momento anterior. Essa evolução permitiu não só o transporte das
cargas propriamente ditas como também das pessoas.
Evolução dos transportes. 
O registro mais antigo que existe do uso da roda em veículos foi encontrado numa placa de argila
na Suméria, atual região do Iraque, datada do ano 3.500 a.C.  Na placa, é possível ver o desenho de
uma carroça que, segundo os historiadores, seria um carro fúnebre construído com uma tábua no
centro e duas tábuas arredondadas presas pelos dois lados. Tempos depois, os sumérios
substituíram a parte central maciça por raios.
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/03/carro_de_boi-768x368.jpg
06/12/2021 23:34 Sistemas de Transportes
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=modais-de-transporte&dcp=modais-de-transporte&topico=1 3/15
A construção das primeiras embarcações movidas a remo e pelos ventos levou a humanidade não só
a ampliar as distâncias percorridas como também permitiu o acesso a regiões antes inalcançáveis
pelo deslocamento por terra. Esse momento histórico dos meios de transportes foi o grande
responsável no século XV pela Expansão Marítima, que levou às Grandes Navegações, e que, por
consequência, levou a descoberta de continentes, como o da América, dentre outros.
Outro marco histórico de grande relevância para os meios de transportes foi a Revolução Industrial
ocorrido na Inglaterra no século XVIII. O uso do aço na construção a partir desse momento,
associado à utilização energia a vapor a partir da queima do carvão, permitiu a substituição da
madeira pelo aço na construção das embarcações, assim como houve um aumento considerável na
capacidade de transporte das mesmas.
A invenção da primeira locomotiva na Inglaterra, berço da Revolução Industrial, também movida a
vapor, tornou possível o surgimento e a evolução do transporte ferroviário. Esse meio promoveu,
com o tempo, o transporte de grande volume de mercadorias, bem como acabou por se consagrar
como um dos meios de transporte mais barato dos dias atuais. Várias redes ferroviárias,
principalmente na Europa, surgiram para interligar os países do referido continente. O modal
ferroviário é um dos grandes responsáveis pelo atual nível de integração europeia.
Ainda que as tubulações, feitas inicialmente de bambu, cerâmica ou chumbo, tenham sido usadas
desde a antiguidade pelas civilizações do Egito, China, Astecas, dentre outras, o seu uso como meio
de transporte comercial iniciou-se em 1865 na Pensilvânia (Estados Unidos) para o deslocamento
de óleo de um poço de produção para um terminal de vagões.
Ainda que o primeiro automóvel de três rodas tenha surgido na Alemanha em 1886, foi no início do
século XX que se deu o apogeu desse tipo de veículo, principalmente após a introdução do sistema
de linha de produção de carros em série de Henry Ford.
Quase que paralelamente à introdução do automóvel, no que diz respeito a linha do tempo, surgiu o
avião em 1906. Criado pelo brasileiro Alberto Santos Dumont, o seu 14 Bis protagonizou um voo a
60 metros de altura na capital francesa. As duas grandes guerras mundiais (1ª e 2ª) projetaram
para o mundo a importância do avião, tanto para o transporte de cargas como de passageiros.
Introdução da locomotiva.
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Existe uma rivalidade, que dura até os dias modernos, entre Santo Dumont e os irmãos americanos
Wright pelo pioneirismo do voo - alguns historiadores creditam a Santos Dumont o título de pai da
aviação e outros fazem o mesmo em relação aos irmãos americanos.
3. Modais de transporte
Após termos vistos os transportes sob o seu viés histórico, partindo desde os primeiros
deslocamentos de cargas transportadas pelo homem e chegando até o meio de transporte
considerado o “caçula” dentre os tipos de transportes existentes (o avião), veremos neste tópico um
pouco sobre as características básicas de cada um.
É preciso que se esclareça a definição conceitual de duas expressões de uso muito comum no meio
dos transportes e que leva à confusão entre certas pessoas, inclusive até daquelas que trabalham
nessa área no dia a dia. Refiro-me ao termo modal de transportee meios de transporte. Os
conceitos são:
São cinco os modais de transporte que constituem uma matriz de transporte, cada um com os seus
custos e as suas características operacionais próprias. Cada modal de transporte apresenta
vantagens e desvantagens em relação a outro modal. Essas características fazem com que os
mesmos sejam únicos no sentido de um modal estar mais voltado para um determinado tipo de
carga ou operação de carregamento e descarregamento. 
Afinal, o que vem a ser modal de transporte?
Modal de Transporte: diz respeito à infraestrutura, aos veículos, aos operadores e
ao poder público (fiscalizador do serviço).
Meio de Transporte: diz respeito unicamente ao veículo utilizado para movimentar
pessoas e produtos.
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Os cinco modais que constituem a matriz de transporte apresentam-se como sendo: rodoviário,
ferroviário, dutoviário, aquaviário e aeroviário.
Uma matriz de transporte, por meio dos tipos de modais que venham a constituir a mesma, deve
buscar de forma equilibrada o deslocamento das mercadorias pelo país e pelo mundo. O citado
equilíbrio passa pelo uso dos modais de acordo com as características operativas de cada um, bem
como pelo perfil da carga a ser transportada. Esse dois aspectos devem estar alinhados para que a
máxima eficiência, dentro do contexto econômico, social e ambiental, seja alcançada.
Vejamos a seguir uma comparação da matriz de transporte brasileira com alguns países que
guardam certas semelhanças com o Brasil:
Podemos perceber, ao fazer a comparação da matriz de transporte brasileira com a matriz de outros
países, que o nosso país é altamente dependente do modal rodoviário. É fato já reconhecido pelas
autoridades governamentais que o Brasil precisa com urgência diminuir a participação do modal
rodoviário na matriz de transporte por meio de uma maior distribuição da carga transportada entre
os modais aquaviário e ferroviário.
Fins de se alcançar a máxima eficiência referenciada no parágrafo anterior, alguns fatores são
levados em consideração, dentre outros, quando da escolha e da tomada de decisão do tipo de
modal a ser utilizado para o transporte de uma carga:
Modais de transporte.
Matriz de Transporte - é o conjunto dos meios de que um país dispõe para transportar pessoas e,
principalmente, mercadorias.
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Flexibilidade de Rotas e horários
Investimento em infraestrutura;
Capacidade de transporte;
Transporte porta a porta;
Rapidez e velocidade;
Consumo de energia;
Custo operacional;
Segurança;
Conforto;
Poluição.
Em função de toda a complexidade conceitual e operacional que envolve o estudo dos modais de
transportes, podemos dividir a estruturação do setor de transporte em quatro categorias/grupos,
quais sejam:
Agentes que atuam no setor: empresas, usuários e poder público.
Meio ambiente: o que nos cerca - chuva, sol, neblina, vento, fumaça, poluição, ruído,
congestionamento, acidentes, etc.
Infraestrutura: estradas, estradas de ferro, aeroportos, portos, estações, terminais etc.
Tecnologia: veículos.
3.1. Modal rodoviário
O modal rodoviário, segundo o anuário da Confederação Nacional do Transporte, é o mais utilizado
no transporte de mercadorias, aproximadamente 61,1% de tudo o que é movimentado de cargas no
Brasil.
Tem uma grande penetração nas regiões, alcançando até as regiões mais afastadas do norte. Ideal
para distâncias de até 500 km, faixa onde é mais eficiente. Possui um alto grau de adaptação as
demandas de rotas não programadas, característica essa de total exclusividade do modal
rodoviário. Outra vantagem de extrema relevância do modal rodoviário é o fato de que o mesmo
busca a carga na sua origem e a leva até o seu destino final de entrega, caracterizando, com isso, o
famoso transporte porta a porta (door to door). O door to door proporciona que a carga seja menos
manuseada, gerando, com isso, um desgaste menor para a carga, bem como reduz a possibilidade
de riscos e acidentes.
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Uma das desvantagens é a sua pequena capacidade de carga quando comparado com os meios de
transportes aquaviário e ferroviário. Registra-se também que os constantes engarrafamentos nas
cidades, sejam essas cidades localizadas no interior ou nas capitais do país, e a má conservação das
rodovias têm elevado o tempo de deslocamento, bem como o custo com a manutenção dos veículos.
Outro aspecto desfavorável ao modal rodoviário diz respeito ao aumento dos roubos de cargas. Essa
questão tem levado a um aumento considerável dos gastos com o frete e a segurança. Por fim, os
veículos rodoviários, quando vistos sob a ótica da relação “capacidade de carga transportada
x as longas distâncias percorridas no Brasil”, percebe- são mais poluidores que os demais
meios de transportes existentes.
Modal rodoviário.
3.2. Modal ferroviário
Mesmo que o custo de implantação da infraestrutura venha a ser alto, seu custo de manutenção é
bem mais baixo quando comparado com o rodoviário, por exemplo, haja vista a sua maior
durabilidade.
O uso da energia elétrica ou diesel para o seu deslocamento contribui para que custo do modal
ferroviário seja o menor. Por consequência, isso torna o seu frete mais barato, ficando apenas um
pouco mais caro que o hidroviário. A flexibilidade nas montagens das composições dos diversos
tipos de vagões permite o transporte dos mais variados tipos e quantidades de cargas a serem
transportadas.
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Outro aspecto que pesa a favor do modal ferroviário é o fato do mesmo não ficar sujeito aos
constantes congestionamentos das infraestruturas tão comuns no transporte aquaviário e
rodoviário. Entretanto, a operação de formação de comboios e a necessidade de transbordo acabam
aumentando o tempo total de deslocamento da carga até o seu destino final. Sua malha
previamente traçada e de pouco extensão e acessibilidade contribuem com uma baixa flexibilidade
de rotas. Em razão das suas características operacionais, o modal ferroviário é mais voltado para
cargas em grande quantidade, de baixo valor agregado, e para percursos de média e longa extensão.
A pequena malha ferroviária, aproximadamente trinta mil quilômetros, acaba sendo um fator
limitador para uma maior integração nacional, assim como para uma melhor integração com os
demais modais que compõem a matriz de transporte brasileira. Por razões históricas, que nos
remete a época em que as monoculturas do café, açúcar e algodão, dentre outras, eram os principais
produtos da pauta de exportação brasileira, grande parte dessa malha concentra-se nas regiões sul
e sudeste do Brasil.
Vejamos a seguir uma comparação do tamanho da malha ferroviária no Brasil com alguns países:
No Brasil, o transporte de passageiros pelo modal ferroviário é realizado quase que exclusivamente
nos grandes centros urbanos e nas suas imediações, ficando o transporte de carga voltado para as
linhas mais distantes.
A construção da primeira ferrovia do Brasil foi concedida em 1852 a Irineu Evangelista de Souza (o
Barão de Mauá). O trecho saia da Baía de Guanabara, na cidade do Rio deJaneiro, e seguia em
direção à cidade de Petrópolis (RJ), tinha 14,5 quilômetros de extensão e foi inaugurada no dia 30
de abril de 1854 por Dom Pedro II. Ela foi a primeira operação multimodal do Brasil, pois permitia a
integração do transporte hidroviário e ferroviário.
Modal ferroviário.
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Saiba mais sobre a história das ferrovias no Brasil, acessando este link.
3.3. Modal aquaviário
O modal aquático caracteriza-se pelo transporte de mercadorias e de passageiros por meio de
barcos, navios ou balsas. Esse transporte pode se dar pelos oceanos, mares, lagos ou rios.
Basicamente, quanto à forma de navegação pode ser:
Cabotagem: navegação feita pela costa brasileira, entre portos ou pontos no território do
Brasil, usando a via marítima ou entre esta e as vias navegáveis interiores.
Navegação interior: realizada em hidrovias interiores, em percurso nacional ou
internacional. É também conhecida como transporte hidroviário.
Navegação de Longo Curso: realizada entre portos brasileiros e estrangeiros. Igualmente
chamada de transporte marítimo.
Modal típico para cargas como petróleo e seus derivados, carvão, minério de ferro, cereais, bauxita,
alumínio e fosfatos, dentre outros. Além das cargas a granel citadas anteriormente, o modal
aquaviário também é próprio para o transporte de produtos antecipadamente arrumados em sacas,
caixotes ou outro tipo de embalagens, conhecidos como carga geral.
Ideal para o transporte de cargas de diversos tamanhos e de grandes quantidades. Com custos de
fretes menores quando comparados com os demais modais de transportes para deslocamentos de
um continente para o outro continente, além da baixa emissão de CO2, credencia-se como sendo
um modal altamente competitivo em relação aos outros quatro modais de transportes.
Como desvantagem do modal aquaviário, podemos destacar a:
Modal aquaviário.
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/ferrovias-no-brasil-historia-dos-trens-no-pais.htm
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1. Obrigatoriedade dos produtos transitarem nos portos/alfândega leva a um maior tempo de
descarregamento e liberação da carga.
2. Menor flexibilidade nos serviços aliados a frequentes congestionamentos nos portos.
3. Distância dos portos aos centros de produção.
4. Necessidade de transbordo nos portos.
5. Maior exigência de embalagens.
6. Baixa velocidade do transporte.
3.4. Modal dutoviário
O transporte no modal dutoviário é feito por meio de dutos (tubos). Os principais produtos
transportados são petróleo e seus derivados. Sua utilização contempla também materiais como
gases, líquidos, sólidos, granulares e derivados de minério. Podem usar a gravidade ou a pressão
como força-motriz para que o produto se desloque pelo duto.
Usualmente, o duto recebe o nome em função do tipo de material transportado: gasoduto (gás);
mineroduto (minério); oleoduto (óleo); aqueduto (água) e alcoolduto (álcool). É reconhecidamente
o meio de transporte mais barato para esse tipo de carga.
O fato da maioria da malha dutoviária ser subterrânea e/ou submarinas faz disso uma vantagem,
haja vista que reduz os riscos a que estariam sujeitos os demais meios de transportes que viessem a
transportar esse tipo de carga, na sua maioria inflamável, bem como proporciona um menor índice
de extravios e roubos.
A operação 24 horas por dia, sete dias por semana, 366 dias por ano, independente das condições
climáticas, faz com que o modal dutoviário seja o mais consistente e frequente dentre todos os
demais modais, ou seja, fluxo contínuo. A manutenção não impede a continuidade do fluxo, apenas
restringe um pouco o seu funcionamento.
A velocidade, se comparada com a de outros modais de transporte, pode ser considerada baixa (em
geral, de 2 km/h a 10 km/h), mas em razão do seu funcionamento ser contínuo, 24 horas por dia, o
volume transportado acaba no final quase que equivalendo aos demais modais de transportes.
Modal dutoviário.
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Outra vantagem está relacionada ao meio ambiente. Não só é praticamente nula a geração de
emissão de poluentes durante o transporte, como a pouca energia utilizada, quando se olha o
volume transportado de carga, para que o produto seja escoado, é de origem elétrica. Modal típico
para o transporte de longas distâncias.
Como aspectos desfavoráveis, podemos citar a curta malha, aproximadamente 20.000km de
extensão, além da pouca flexibilidade que se apresenta em decorrência dos pontos de origem
(reserva) e destino final (cliente) serem fixos, ou seja, são pré-determinados. Essa particularidade
faz com que os meios físicos, em sua quase totalidade, não possam ser transferidos ou realocados
para outras frentes de transporte.
3.5. Modal aeroviário
O transporte aéreo, dentre algumas classificações existentes, pode ser dividido de uma forma básica
em internacional, transporte entre aeroportos de diferentes países, isto é, aquele que representa
operações de comércio exterior, e nacional, também chamado de doméstico por ligar
aeroportos dentro do mesmo país. Seus procedimentos operacionais, independente de serem
internacional ou nacional, seguem normas da IATA (International Air Transport Association) e de
acordos e convenções internacionais. 
Antonov 225  – Maior avião cargueiro do mundo.
O Antonov 225 é a maior aeronave do mundo para o transporte de carga. Tem capacidade de
carregar 250 toneladas a longas distâncias. Mede 88,4 metros de largura e 84 metros de
comprimento. Sua altura de 18,1 metros equivale a um edifício de seis andares. Construído entre
1984 e 1988, o avião foi inicialmente projetado para transportar o ônibus espacial soviético Buran.
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O modal aeroviário, por ser rápido e ágil, é o mais recomendado para o transporte de cargas de alto
valor agregado e que necessitem de urgência na entrega como, por exemplo, materiais de
informática e seus acessórios, telefones celulares e remédios. Cargas de pouco peso ou volume
também são convenientes que sejam transportadas por avião.
Como vantagens do modal aeroviário destacam-se a velocidade, confiabilidade e a eficiência. As
movimentações das cargas serem feitas de forma mecanizada contribui para o baixo índice de
avarias. Outra importante vantagem refere-se ao fato do avião poder acessar regiões inatingíveis
por outros modais, desde que providas de um mínimo de infraestrutura aeroportuária para o pouso
das aeronaves.
Embora venha a evidenciar uma série de vantagens, o modal aeroviário, quando pensado para a
movimentação de cargas, além do alto custo do frete, apresenta algumas desvantagens:
1. Baixa capacidade de carga quando comparado com os modais marítimo e ferroviário,
ganhando apenas do rodoviário.
2. Impossibilidade de transporte de carga a granel, como por exemplo, minérios,
petróleo, grãos e químicos.
3. Elevada poluição atmosférica, devido à emissão de dióxido de carbono.
4. Severas restrições quanto ao transporte de produtos perigosos.
5. Poluição sonora nas áreas circundantes aos aeroportos.
6. Custo elevado da sua infraestrutura.
7. Elevadoconsumo de combustível.
4. Conclusão
A presente lição nos mostrou como os meios de transportes evoluíram ao longo da história da
humanidade. Na sequência, foi visto também que os tipos dos meios de transportes, associados às
suas respectivas infraestruturas, nos levam aos modais de transportes que, por sua vez, constituem
a matriz de transporte de um país. 
Aprendemos que, desde os primórdios da humanidade, o transporte foi de extrema importância
para os deslocamentos das pessoas e mercadorias.
Sabemos agora que, inicialmente com o uso dos animais e posteriormente com os avanços
promovidos pela Revolução Industrial, os meios de transporte deram um grande salto tecnológico
com a invenção da máquina a vapor e que isso permitiu o desenvolvimento das grandes navegações.
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As novas tecnologias como, por exemplo, a invenção da locomotiva, e a disposição dos meios de
transportes permitiram uma maior integração intraterritorial e, mais tarde, interterritorial, entre
vários países e continentes, além de ter potencializado as trocas comerciais internacionais.
Cada modal de transporte possui custos e características operacionais próprias que os tornam mais
adequados para certos tipos de operações e produtos a serem transportados. Os critérios para
escolha dos modais levam em consideração aspectos como custos e características de serviços,
dentre outros.
Diante do aumento no volume de transportes de carga e mercadorias circulantes entre os países,
motivado pelo crescimento da globalização, o transporte tornou-se um instrumento de extrema e
fundamental importância para qualquer país que se proponha a crescer e a se desenvolver.
5. Referências
GRACIANO, Márcio Lucas. Transporte: fator de desenvolvimento econômico e social. Rio de
Janeiro: Cia Brasileira, 1971.
KEEDI, S. Logística de transporte internacional: veículo prático de competitividade. 1. ed.
São Paulo: Aduaneiras, 2001.
YouTube. (2018, Novembro, 12). VALEMAX - Vale. 01min49seg. Disponível em:<
https://www.youtube.com/watch?v=r9F2vNv-k3E>. Acesso em: 08 de dez. de 2018.
YouTube. (2017, Agosto, 10). National Geographic. Mega Construções - gasoduto Urucu/Manaus
- Trecho B1. 20min55seg. Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=rRM6eVIyTCI>.
Acesso em: 08 de dez. de 2018.
YouTube. (2013, Fevereiro, 4). Obras Incríveis Airbus A380 - o gigante do céu (COMPLETO).
46min43seg. Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=vTDpOYoH4es >. Acesso em:
08 de dez. de 2018.
Ficha técnica
Vice-reitoria:
Luciana Dantas da Silva Pinheiro
Pró-reitoria de Planejamento e Administração:
Edson Franco Immaginário
06/12/2021 23:34 Sistemas de Transportes
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Pró-reitoria Acadêmica:
Leda Maria Couto Nogueira
Coordenação Geral Ead:
Cristiano Biancardi
Coordenação de Conteúdo:
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Conteúdo:
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Orientação de Conteúdo:
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Revisão Gramatical:
Carolina Augusta Borges Caldeira
Gestão de TI:
Lucas Sperandio Coradini
Web Design:
Carlos Augusto Ribeiro Filho
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Ilustração:
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Josué de Lacerda Silva
Victor de Mattos Frossard
Desenho Instrucional:
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Game:
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06/12/2021 23:34 Sistemas de Transportes
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06/12/2021 23:35 Multimodalidade x Intermodalidade
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Multimodalidade x Intermodalidade
Modais de transporte
1. Introdução
O tópico 2 abordará sobre uma atividade de extrema importância dentro do contexto dos dias
atuais. O mundo está cada vez mais globalizado e interligado ao mundo do transporte e suas
integrações entre as suas variantes no aspecto dos tipos de modalidade.
Não existe nenhuma pretensão de fazer dessa introdução um fórum de debate sobre os efeitos de
um mundo globalizado, até porque, desse assunto, todos entendem um pouco, com certeza.
Entretanto, o transporte de mercadorias ao redor do planeta é, e continuará a ser nesse mundo
conectado, um assunto que sempre se fará presente no atual modelo econômico adotado por todos
os países do globo, quer sejam mais ou menos fechado no que diz respeito às suas ideologias
econômicas e mercadológicas.
Fins de melhor poder atender seus clientes, independente do setor a qual venha a pertencer, as
empresas estão sempre em busca:
do perfeito alinhamento da produção com as entregas dos produtos;
da segurança e qualidade dos produtos transportados;
da ampliação do mercado consumidor;
da redução dos custos.
O aumento cada vez maior dos custos de produção, associado a uma demanda crescente,
constituem os grandes fomentadores da busca pela otimização dos meios e recursos empregados na
produção e nas atividades que as envolvem.
Um destes custos diz respeito aos meios de transportes que são responsáveis pela circulação de
tudo que se produz no mundo.
A condição exposta no parágrafo anterior, por si só, é mais do que justificável para se entender o
grande esforço que as empresas vêm fazendo nos últimos anos no sentido de transformar os meios
de transportes em um instrumento altamente eficiente e eficaz.
Tomando como base de contextualização as argumentações apresentadas até aqui, o tópico 2 irá
prosseguir com as abordagens conceituais sobre o tema multimodalidade x intermodalidade.
2. Transportes
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No mundo globalizado e sem fronteiras dos dias atuais, o transporte exerce um papel de extrema
relevância na movimentação de cargas e de pessoas bem como é o um dos principais responsáveis
pelo desenvolvimento e crescimento econômico de um país. 
Vejamos o que Silveira (2007, p. 28) nos diz sobre a importância do transporte para a logística:
“Os serviços de logística envolvem alguns segmentos, como a estratégia de distribuição física,
a administração de materiais e suprimentos, as operações de movimentação de materiais, de
produtos, de transportes e de outros. A intenção é acelerar a disponibilidade de produtos e
materiais nos mercados e pontos de consumo com máxima eficiência, rapidez e qualidade, com
custos identificáveis. Contudo, a armazenagem e o transporte eficientes, dependem da
utilização de novas tecnologias e sistemas de gestão. Portanto, o conceito de logística abarca
diversas situações ligadas à movimentação e à estocagem de produtos, com objetivo principal
de aumentar a competitividade em diversas escalas”.
Segundo Rodrigues (2006), o transporte é um componente fundamental na composição do custo
logístico, chegando a representar até 60% dos custos totais.
Um sistema de transporte envolve não só a infraestrutura viária, como também órgãos reguladores,
agentes de fiscalização, normas e leis, e o principal de todos os atores que são os modais
representados pelos seus diferentes meios de transportes.
Cinco tipos diferentes de modais constituem uma matriz de transporte: rodoviário, ferroviário,
dutoviário, aquaviário e aeroviário. 
Vejamos a seguir as classificações conceituais existentes em razão dos diferentes tipos de
combinações entre os cinco modais de transportes:
a) Transporte modal: caracteriza-se pela unidade de carga ser carregada, por um único
veículo, da mesma modalidade, sob a regência de um contrato. 
b) Transporte sucessivo: é o transporte realizado por mais de um veículo, do mesmo modal,
regido por mais de um contrato de transporte. 
Transportes.
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c) Transporte segmentado: ocorre quando a movimentação da carga utiliza meios de
transportes (veículos) de diferentes modais, sob o regime de contratos distintos. 
d) Transporte combinado: é a união dos elementos de diferentes modais de transporte, em uma
única operação (caminhão/carreta em plataformas ferroviárias; o embarque de veículos em navios
Roll On-Roll; colocação de semirreboque sobre vagão).
e) Transporte Intermodal: é o transporte da mercadoria feito por meio de mais de um modal de
transporte, sendo um contrato de transporte para cada tipo de modal, ou seja, contratos
independentes.
f) Transporte Multimodal: é o transporte da carga realizado por mais de um modal de
transporte, com um alto nível de eficiência, sob a gestão de um único contrato de transporte
chamado de Conhecimento do Transporte Multimodal de Cargas (CTMC). É uma operação
realizada por um Operador de Transporte Multimodal (OTM). 
OBS.: Futuramente, iremos tratar de uma forma mais ampla e específica sobre OTM e tudo que
envolve esse tipo de operação de transporte.
Independente das particularidades que venham a caracterizar um ou outro, o fato é que o
transporte multimodal e intermodal são dois conceitos operacionais que surgiram a partir da
necessidade de otimizar as operações logísticas e melhorar a disponibilidade de transporte tanto
Para os efeitos da Lei n° 9.611 de 1998 (Dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas)
considera-se unidade de carga qualquer equipamento adequado à unitização de cargas a serem
transportadas, sujeitas à movimentação de forma indivisível em todas as modalidades de
transporte utilizadas no percurso. A unidade de carga, seus acessórios e equipamentos não
constituem embalagem e são partes integrantes do todo. Sendo assim, os contêineres, os páletes,
os estrados ou qualquer outra forma de unitizar a carga são como uma unidade de carregamento
(unidade de carga).
O Conhecimento do Transporte Multimodal de Cargas (CTMC), além de ser um contrato, é um
documento fiscal e de transporte, cuja sua emissão encontra-se ditada pela Lei 9.611/98 e por
legislação tributária. O modelo do CMTC é definido pelo CONFAZ (Conselho Nacional de Política
Fazendária), órgão do Ministério da Fazenda responsável pela regulamentação da legislação
tributária brasileira no tocante ao ICMS. Frisa-se ainda que cada estado, para fins da aplicação no
seu domínio estadual, pode complementar as resoluções do CONFAZ.
06/12/2021 23:35 Multimodalidade x Intermodalidade
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para as regiões mais carentes de acesso, como para determinados tipos de cargas. Identificar as
diferenças entre os dois sistemas de transportes é de fundamental importância para a tomada de
decisões assertivas, bem como saber qual é a melhor escolha para cada momento do trajeto a ser
percorrido pela carga.
3. Multimodalidade
Como visto anteriormente, a multimodalidade é o transporte de uma mercadoria, a partir da sua
origem até a disponibilidade da mesma na prateleira para o consumidor final, usando mais de um
tipo de modal de transporte, gerido por um único contrato de transporte que é emitido pelo OTM.
Para Rodrigues (2006), o fato de o transporte ser feito sob a regência de apenas um documento
gera uma vantagem:
Ressalva-se que, para fins de dirimir qualquer dúvida no prosseguimento do presente item, os
termos modo, modal e modalidade de transporte possuem o mesmo significado.
A evolução conceitual da multimodalidade foi se modificando ao longo dos tempos. Nazário (2000)
faseou a evolução do conceito da multimodalidade em três períodos:
 
Fase Estágio da Evolução
1
Movimentação caracterizada apenas pelo uso de mais de um modal.
2
Melhoria da eficiência na integração entre modais. A utilização de Contêineres, de
equipamentos de movimentação em terminais e de outros instrumentos especializados
na transferência de carga de um modal para outro possibilita a melhoria do
desempenho no transbordo da carga.
3 Integração total da cadeia de transporte, de modo a permitir um gerenciamento integrado de todos os
modais utilizados, bem como das operações de transferência, caracterizando uma movimentação porta
a porta com a aplicação de um único documento
Rodrigues (2006, p.35) diz que “sob o aspecto fiscal, a carga é inspecionada apenas na origem e/ou
destino, não ocorrendo desagregação das unidades de carga durante todo o transporte”.
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Conforme já dito anteriormente por Nazário (2000), essa modalidade, por conta das crescentes
demandas de suprimento da sociedade dos dias atuais, vem evoluindo de forma sistemática no
sentido da sua maior participação no cenário dos transportes das mercadorias pelo mundo.
Entretanto, a despeito da tecnologia existente até então, somente a partir do século XXI que foi
intensificada a busca pelas melhores práticas da multimodalidade.
Podemos destacar quatro princípios que vem norteando o uso cada vez maior da multimodalidade
ao redor do mundo:
1. A competição global, em níveis altíssimos, entre as cadeias de suprimento.
2. A maior exigência, por parte dos donos das cargas, por confiabilidade e flexibilidade em razão
das constantes alterações dos fluxos logísticos.
3. Necessidade de se conhecer, o máximo possível e em tempo real, todas as opções/alternativas,
vigentes e futuras, que envolvam as operações multimodais.
4. A limitação das atuais capacidades de infraestrutura existente soma-se também às restrições
relativas: às regras (legislações); às práticas de mercado; ao exercício de uma boa gestão das
atuais infraestruturas; à clareza sobre futuros investimentos em novas infraestruturas.
A caracterização do transporte multimodal não se restringe ao fato de ser uma operação que
envolve dois ou mais modais, mas, sobretudo, pela visão sistêmica que o sistema oferece.
Traduzindo, o transporte das mercadorias está sob a supervisão/condução de um único operador
que tem a capacidade legal de cuidar simultaneamente do seguro e da emissão do conhecimento de
transporte. A responsabilidade do operador não cessa nem mesmo diante de uma subcontratação
por parte do mesmo, ela o acompanha por todo o trajeto a ser percorrido pela carga.
A documentação de transporte e a relação de responsabilidade entre o contratado e contratante são
os pilares diferenciadores dessa modalidade de transporte.
Há que se destacar ainda, sob a ótica da visão sistêmica, que uma operação de transporte
multimodal abrange também atividades logísticas dos tipos: serviços de coleta; unitização e
desunitização de cargas; movimentação, armazenagem e entrega de carga em seu destino final;
Multimodalidade.
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serviços correspondentes acordados entre o ponto de origem e o ponto do destinatário final;
desembaraços documentais relativos à circulação das cargas. 
 
Em razão das possibilidades oferecidas, o transporte multimodal traz ganhos para todos os atores
atuantes em uma operação desse tipo.
Na sequência do assunto, veremos alguns aspectos favoráveis para os que se encontram envolvidos
com o transporte multimodal:
 
Embarcador
- Maior segurança física da carga em razão de toda a operação estar sob a responsabilidade de
apenas uma pessoa (jurídica), no caso em questão, o Operador de Transporte Multimodal
(OTM).
- Otimização do fator tempo em razão de uma sensível redução dos trâmites legais, haja vistaessa parte ficar toda nas mãos do OTM.
- Redução de custo quando comparado com o transporte intermodal.
Operador (OTM) / Contratado
 - Queda nos preços dos fretes em razão da maior flexibilidade de escolha dos transportadores.
- Ter a disposição todos os meios de apoio e de infraestrutura a fim de estabelecer estratégias
operacionais de transportes mais eficientes e ágeis.
- O aumento da sua experiência na área, somado à excelência do nível de serviço prestado, o
que levará a um crescimento do número da sua carteira de clientes.
Contratante
- Os serviços prestados pelo OTM poderão, “por tabela”, ser agregados a outros já ofertados
pelo contratante para os seus clientes, gerando, com isso, um aumento de ganhos para o
mesmo.
- Tranquilidade em razão de todo o controle operacional ficar sob o comando/gestão do OTM.
O transporte multimodal de cargas nacional é considerado quando os pontos de embarque e de
destino estiverem situados no território brasileiro. Consequentemente, o internacional é quando o
ponto de embarque ou de destino estiver situado fora dos limites territoriais nacionais.
FONTE: Resolução ANTT Nº 794, de 22 de Novembro de 2004.
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3.1. Multimodalidade no brasil
Há quase setenta anos que, por uma questão de opção, o Brasil priorizou o modal rodoviário no
tocante a movimentação de cargas. Tal opção encontrou justificativa na argumentação de que só o
transporte rodoviário seria capaz de atingir uma grande e extensa capilaridade pelas regiões
brasileiras.
Durante esse tempo, todas as políticas públicas e econômicas de transportes se voltaram para o
modal rodoviário e todas as suas redes de infraestrutura e apoio necessários ao seu funcionamento.
Essa opção do passado contribuiu para que a matriz de transporte brasileira seja considerada
ineficiente em razão da sua alta dependência do modal rodoviário (60%).
Além da questão levantada no parágrafo anterior, a opção pelo uso dos caminhões em um grau
muito alto contribuiu para que a multimodalidade no Brasil não se desenvolvesse.
Inicialmente, buscou-se, por meio da criação de uma única agência, regular todos os modais
visando uma melhor integração entre eles. O tempo mostrou que tal alternativa não era viável.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (ANTAQ) foram criadas em junho de 2001, respectivamente nos dias 07 e 05.
Mais tarde, em Setembro de 2005, o governo federal criou a Agência Nacional de Aviação Civil.
Ainda que não regule os meios de transportes aquaviário e aeroviário, de forma muito incipiente e
com baixo grau de integralidade, nos dias atuais, a ANTT tem a incumbência de conduzir o Brasil
na busca da maior integração entre os modais.
ANTT.
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As políticas públicas, voltadas para a prática do transporte multimodal, têm se apoiado, dentre
outras, nos seguintes objetivos:
 
1. Adequar melhor os contratos de compra e venda às ofertas de linhas e capacidades de
carregamentos dos modais de transportes.
2. Aperfeiçoar a matriz de transportes no que diz respeito a tirar o máximo proveito da sua
capacidade disponível.
3. Buscar a melhor e mais eficiente sinergia entre os modais.
4. Aproveitar de forma eficiente o uso das tecnologias de informação (TI).
5. Buscar negociações que tragam ganhos de escala.
6. Otimização do uso das infraestruturas existentes para as atividades de logísticas como
armazenagem e movimentação de mercadorias.
7. Fazer das experiências internacionais um benchmarking para o cenário nacional.
8. Visar reduzir os custos indiretos que incidem no preço final do frete e, por consequência, no
preço final da mercadoria para o cliente.
A ANTT criou uma superintendência com missões voltadas especificamente para a
multimodalidade, que se chama Superintendência de Logística e Transporte Multimodal (SULOG).
Vejamos quais são as suas principais atribuições:
 
1. Coordenar com os atores envolvidos (transportadores de cargas, proprietário de mercadorias,
órgãos governamentais, representantes organizados das classes voltadas para o transporte,
agências reguladoras) ações que visem fomentar a prática da multimodalidade.
2. Apresentar as condicionantes reguladoras para a habilitação dos Operadores de Transporte
Multimodal.
3. Normatizar e regulamentar a parte técnica referente às práticas do transporte multimodal.
O transporte multimodal foi estabelecido, de forma oficial, pelo Convênio Internacional das Nações
Unidas para o Transporte Multimodal de Cargas, denominado também como Convenção de
Genebra de 1980. Apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), bem como contando com a
participação direta da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD),
acabou por constituir-se no primeiro conjunto de normatizações juridicamente legais de cobertura
internacional sobre o transporte multimodal.
FONTE: shorturl.at/abdwA. Acesso em: 05 jan. 2019.
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4. Promover pesquisas, que estejam alinhadas com a realidade do dia a dia da logística da
distribuição, com a finalidade de se buscar soluções para os problemas bem como de contribuir
com o desenvolvimento da multimodalidade no transporte brasileiro.
5. Buscar garantir a legitimidade jurídica dos direitos dos que ofertam e dos que usam o serviço
do transporte multimodal.
6. Criar ferramentas e mecanismos que possam estar não só acompanhando, mas medindo o grau
de satisfação dos clientes com os serviços ofertados.
7. Equacionar de forma a manter equilibradas as demandas de todos os envolvidos com o sistema.
Há que se registrar que todos os esforços promovidos pelo estado brasileiro foram voltados para
dar legalidade, sob a ótica jurídica da coisa, a prática do transporte multimodal no Brasil.
Vejamos alguns desses esforços:
Mesmo diante de todas as ações por parte do governo, fato que vem melhorando e muito na criação
de um ambiente favorável para a prática da multimodalidade no Brasil, alguns fatores ainda
causam restrições como, por exemplo, a guerra fiscal do ICMS entre os estados brasileiros e o preço
dos seguros. Os dois maiores obstáculos à intensificação da sua prática no Brasil são guerra fiscal
do ICMS e a preço dos seguros.
A guerra fiscal do ICMS faz com que, na busca por pagar menos imposto, as empresas priorizem
mais a questão do imposto propriamente dito do que otimizar a melhor combinação multimodal do
transporte.
Em relação à questão do seguro, a dificuldade está em encontrar um seguro que contemple, de
maneira unificada, as especificidades de cada modal de modo que o valor não fique tão alto.
Junção rodoviário x ferroviário!
Estabelecer o conceito e as doutrinas balizadoras do multimodalismo.
Investir, para fins de todos os efeitos, de legalidade e legimitidade a figura do
Operador de Transporte Multimodal (OTM).
Dar legalidade ao Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas (CTMC).
Regular questões relativas ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS).
Regular questões relativas aos seguros.
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4. Intermodalidade
Na essência da definição, a intermodalidade, assim como na multimodalidade, é o transporte de
uma mercadoria da sua origem até o seu destino final, usando mais de um tipo de modal.
Entretanto, o fato de cada modalser responsável pela sua parte no transporte bem como pela
emissão da documentação torna a intermodalidade diferente da multimodalidade. A cada nova
mudança de meio ou modal de transporte há um contrato diferente, podendo ou não conter
exigências; prazos, valores e outra característica diferente entra em vigor para acompanhar a carga.
Traduzindo: existe uma divisão bem clara das responsabilidades entre os transportadores
envolvidos na operação. Essa característica exige uma maior coordenação e integração entre as
etapas do transporte.
Nesta modalidade, caso venha acontecer algum problema com a carga, a responsabilidade pela
integridade física da mesma ficará por conta do modal que estiver, naquele momento,
transportando a mercadoria. Caberá a esse modal, junto com o embarcador, a missão de fazer
gestões junto às seguradoras para que a carga tenha a mesma apresentação quando do seu
recebimento para o transporte.
Quando comparado com o sistema multimodal, observa-se de imediato que a geração de um
documento de transporte para cada modal utilizado durante a movimentação da mercadoria irá
acarretar uma maior burocracia e maior preocupação com o trânsito da carga até a sua chegada ao
destino final.
Entretanto, o fato do transporte intermodal ser mais burocrático do que o transporte multimodal,
sob o aspecto jurídico-administrativo, não significa que o mesmo não seja capaz de oferecer
vantagens.
Ainda que compartilhada com o transporte multimodal, vejamos algumas vantagens da prática da
intermodalidade:
Intermodalidade.
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Ainda dentro do contexto de se destacar a diferença de um sistema de transporte para o outro, na
intermodalidade; a carga é transportada do início até o fim sem ser quebrada, ou seja, não existe
alteração do volume a ser transportado, não existe fracionamento da carga.
Segundo Ballou (2006), existem dez diferentes tipos de combinações intermodais que podem ser
feitas para a prestação do serviço de transporte:
 
Rodo-hidroviário (caminhão-navio);
Rodo-aeroviário (caminhão-avião);
Rodo-dutoviário (caminhão-duto);
Rodo-ferroviário (caminhão-trem);
Hidro-aeroviário (navio-avião);
Hidro-dutoviário (navio-duto);
Ferro-aquaviário (trem-navio);
Ferro-aeroviário (trem-avião);
Aero-dutoviário (avião-duto);
Ferro-dutoviário (trem-duto).
 
O autor relata que nem todas as citadas combinações são viáveis do aspecto operacional, bem como
outras não têm receptividades por parte dos operadores de transportes. Entretanto, Ballou (2006)
ressalta que não só a combinação rodo-ferroviário é muito utilizada nos Estados Unidos, como vem
crescendo o uso da modalidade rodo-hidroviária, principalmente no tocante ao transporte de
produtos de alto valor agregado.
De acordo com Nazário (2000), nos Estados Unidos da América (EUA), a combinação do modal
rodoviário com o ferroviário recebe o nome em função do tipo de técnica escolhido para o
acoplamento de um modal com o outro.
Tomando como base a combinação referenciada no parágrafo anterior, a conexão pode ser
classificada em cinco tipos:
- Viabilidade da redução de custos em cada trecho em razão de uma negociação direta com o
transportador;
- Reduzido consumo de energia;
- Diminuição da poluição;
- Redução de deslocamentos rodoviários.
- Maior e melhor segurança no trajeto a ser percorrido.
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1. Container on flatcar (COFC) – Posicionamento de um ou dois contêineres ( Double Stack
Train - DST) sobre um vagão ferroviário. A altura dos túneis brasileiros torna quase que inviável
a prática dessa combinação.
2. Trailer on flatcar (TOFC) – Colocação de uma carreta (semi-reboque) sobre um vagão
plataforma. Redução de custo, tempo e equipamentos com a baldeação da mercadoria de um modal
para o outro.
3. Car less – Caracteriza-se pela adequação de uma carreta que ficará presa a um vagão
ferroviário também adaptado, chamado de truck ferroviário. Pode-se produzir um trem com
finalidade específica para essa operação, ou com outros tipos de vagões.
4. Autotrem – Situação em que um caminhão é embarcado sobre um vagão tipo plataforma.
Muito utilizado na Europa.
COFC.
TOFC.
Car lass.
5. Conclusão
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06/12/2021 23:35 Multimodalidade x Intermodalidade
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O presente tópico nos mostrou a importância de se buscar soluções eficientes e eficazes no setor
dos transportes de cargas, em razão das altas dos custos.
Os especialistas e as literaturas do assunto falam de forma unânime que o transporte representa
aproximadamente 60% dos custos logísticos.
Diante de tamanha representatividade numérica, é perfeitamente compreensível que os envolvidos
com as atividades de transporte tentem buscar soluções que visam reduzir esses custos.
A prática da multimodalidade e da intermodalidade como forma de combinar o uso de mais de um
modal de transporte representa um avanço de grande importância para o setor.
Países mais desenvolvidos economicamente já se valem dessas práticas há muito tempo, o que os
levam a estarem em um patamar mais à frente em relação aos demais.
O Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer, principalmente no tocante as nossas
infraestruturas que deixam a desejar no quesito qualidade e na falta da mesma propriamente dita.
Há de se registrar que alguns passos já foram dados no sentido de se diminuir a distância em
relação aos países da Europa e dos Estados Unidos, exemplos de eficiência nessa área.
Leis foram criadas, entretanto, é preciso que suas regulamentações estejam mais alinhadas com a
realidade brasileira, bem como que as políticas públicas assumam a responsabilidade de serem os
instrumentos fomentadores do desenvolvimento da multimodalidade e da intermodalidade no
Brasil.
6. Referência
BALLOU, Ronald. H. Logística Empresarial: transporte, administração de matérias e distribuição
física. Trad.: Hugo T. Y. Yoshizaki. São Paulo: Atlas, 2006.
NAZÁRIO, Paulo. Papel do Transporte na Estratégia Logística in Logística empresarial.
Organização: FLEURY, P. F.; WANKE, P.; FIGUEIREDO, K. F. São Paulo: Atlas, 2000. 
RODRIGUES, Paulo Roberto Almeida. Introdução aos sistemas de Transporte no Brasil e a
Logística Internacional. São Paulo: Aduaneiras, 2006, p.35.
SILVEIRA, M. R. Estradas de ferro no Brasil: das primeiras construções às parcerias público-
privadas. Rio de Janeiro: Interciência, 2007, p.28.
YouTube. (2012, Junho, 27). Alresford Class 50. 13min11seg. Disponível em: shorturl.at/kGHKM.
Acesso em: 07 de jan. 2019.
06/12/2021 23:35 Multimodalidade x Intermodalidade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=multimodalidade-x-intermodalidade-2&dcp=modais-de-transporte&topico=2 14/15
YouTube. (2015, Abril, 26). Amtrak Auto Train Loading and Leaving Lorton Virginia | Railfan
Rowan. 14min24seg. Disponível em: shorturl.at/bklDT. Acesso em: 06 de jan. 2019.
YouTube. (2016, Março, 29). RoadRailer Close Up and Fast Acceleration. 07min27seg. Disponível
em: shorturl.at/iktzK. Acesso em: 06 de jan. 2019.
Ficha técnica
Vice-reitoria:
Luciana Dantas da Silva Pinheiro
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06/12/202123:35 Multimodalidade x Intermodalidade
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06/12/2021 23:35 Modal Rodoviário
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Modal Rodoviário
Modais de transporte
1. Introdução
O modal rodoviário exerce um papel importantíssimo no contexto da matriz de transporte de
qualquer país, seja esse país mais ou menos desenvolvido.
Sua flexibilidade e capacidade de se fazer presente nos locais mais distantes contribui para a
integração entre as regiões do país.
No Brasil, em especial, o modal rodoviário vem, desde os anos de 1950, desempenhando uma
importante missão de levar o desenvolvimento às regiões de norte a sul do país.
A falta de desenvolvimento dos demais modais levou o modal rodoviário a ocupar as lacunas
deixadas pelos mesmos.
Por conta desse desequilíbrio na matriz de transporte brasileira, o país passou a ser o país das
rodovias e dos caminhões.
A logística de distribuição das mercadorias que circulam no Brasil é toda calcada em cima das
estradas, o que faz com que o nosso custo logístico seja um dos mais caros do mundo.
Conhecer o modal rodoviário sob uma ótica mais atenta e criteriosa permite que seus usuários
possam usá-lo de uma forma mais eficiente do ponto de vista custo x benefício.
2. Modal rodoviário
Segunda Pesquisa Confederação Nacional do Transporte de Rodovias (CNT, 2018), o modal
rodoviário é responsável pelo transporte de mais de 61% de toda a carga transportada no Brasil. A
mesma pesquisa diz que, em relação ao transporte de passageiros, o modal rodoviário representa
95% de toda a circulação de pessoas no território brasileiro. Os dados da CNT (2018) nos mostram
o quanto as rodovias representam para o transporte de cargas no Brasil, haja vista que os seus 61%
de participação na matriz de transporte brasileira o colocam com o de maior uso dentre os demais
modais de transportes (ferroviário-aquaviário-dutoviário-aeroviáreo).
O modal rodoviário é mais eficiente do ponto de vista custo x benefício, para distâncias de até 500
km, ou seja, para curtas e médias distâncias, exatamente aquelas que precisam de agilidade no
acesso e disponibilidade das cargas. Sua malha, de aproximadamente dois milhões de quilômetros
de extensão, dentre trechos pavimentados e não pavimentados, faz com que o modal rodoviário
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esteja presente em várias regiões do Brasil. Essa capilaridade da malha leva à outra característica
muito importante do modal rodoviário: a sua capacidade de flexibilidade, de se adaptar às
adversidades e as particularidades do relevo brasileiro. Essa característica, que se dá em alto grau,
só se faz presente no modal rodoviário.
O fato de o modal rodoviário ter um grau de autonomia maior em relação aos demais modais faz
com que o mesmo possa realizar deslocamentos de um número maior de diversidades de cargas
para qualquer parte no território nacional, chegando, inclusive, a alguns países da América do Sul.
A flexibilidade do modal rodoviário, já citada acima, contribui para que o seja feito o transporte
porta a porta, mais conhecido no meio logístico como o famoso door to door. Essa particularidade
do transporte rodoviário faz com que, em determinadas situações, sejam dispensados os usos dos
armazéns, bem como acaba por contribuir com uma menor movimentação de carga que, por sua
vez, leva também a uma redução de danos à mercadoria. Há que se registrar ainda que a
flexibilidade do modal rodoviário é de vital significado na combinação e integração com os demais
modais de transportes, fato conhecido como multimodalidade.
Assim como a alta capilaridade, em razão da sua extensa malha, é uma característica exclusiva do
modal rodoviário, o transporte porta a porta proporciona um diferencial exclusivo muito
importante sob a ótica da logística de transporte e distribuição, haja vista a grande demanda pela
rápida disponibilidade das mercadorias nas prateleiras das lojas e supermercados.
Que tal conhecermos, além das já mencionadas no texto, mais algumas vantagens do modal
rodoviário no Brasil?
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Em relação às desvantagens, o grande destaque é a baixa capacidade para o transporte de carga; tal
aspecto se torna mais evidente quando se compara com as capacidades dos modais aquaviário e
ferroviário.
Vejamos mais algumas desvantagens do uso do modal rodoviário:
1. Crescente aumento dos índices de roubo, o que leva a uma maior atenção por parte dos
responsáveis pelo gerenciamento de riscos, bem como gastos com segurança de veículos e
mercadorias;
2. Desgastes prematuros dos veículos em razão das péssimas condições das estradas, ocasionando
um custo extra com manutenção e no frete;
3. Limitada capacidade de carregar carga, quando comparado com os demais modais de
transportes;
4. Aumento dos congestionamentos nas cidades e nas estradas, o que faz elevar o tempo de
entrega;
5. Custos mais elevados de frete, principalmente para longas distâncias;
6. Constantes engarrafamentos nos grandes centros;
7. Mais exposto a acidentes;
- Desembaraço na alfândega tendo em vista o trâmite burocrático ser feito pela própria empresa
transportadora;
- Sua implantação é de baixo custo em relação aos demais modais;
- Apropriado para deslocamentos de curtas e médias distancias;
- Facilidade de adaptação com os demais meios de transportes;
- Menor burocracia em relação ao tramite de documentação;
- Modal com a maior participação na matriz de transporte;
- Muito ágil para atender embarques urgentes;
- Facilidades contratuais e de gerenciamento;
- Permite o manuseio de pequenos lotes;
- Abrange todos os estados brasileiros;
- Menor exigência de embalagens;
- Usado em qualquer tipo de carga;
- Tempo de entrega confiável;
- Não necessita de terminais;
- Grande extensão da malha;
- Alta disponibilidade (LUDOVICO, 2018, adaptado).
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8. Altamente poluente.
De toda a emissão de CO2 proveniente dos cinco modais de transporte que constituem a matriz de
transporte brasileira, aproximadamente, 90% vem do modal rodoviário.
3. Tipos de cargas
Como já dito anteriormente, o modal rodoviário é o responsável pela maior parte de transportes de
cargas no Brasil. Portanto, nada mais coerente e lógico que se tenha uma preocupação em querer
conhecer sobre os principais tipos de cargas, bem como suas particularidades, haja vista poder
escolher o melhor tipo de veículo para a carga a ser transportada.
Vejamos na sequência os principais tipos de cargas transportadas pelo modal rodoviário:
3.1. Cargas frigorificadas
É um tipo de carga que exige uma atenção muito especial da parte dos transportadores, no sentido
dos cumprimentos das normatizações, tendo em vista se tratar de uma carga destinada à
alimentação humana. Existem duas categorias dentro desse tipo de carga:
As perecíveis
Caracterizam-se por se tratar de um tipo de carga que não podem ficar muito tempo sem serem
consumidas, ainda que estejam sendo tomados todos os tipos de cuidados no tocante à manutenção
da temperatura necessária à sua preservação. Em razão do tempo, o ideal é que as distâncias não
sejam longas. O transporte deve possuir equipamentos que garantam a diminuição da temperatura
sem que a mesma venha a congelar a carga. Para tal, é comum se usarem caminhões dotadosde
câmaras frias e equipamentos de refrigeração. Outro aspecto muito importante a ser considerado
diz respeito à constante higienização do caminhão para que os alimentos não sejam contaminados.
Exemplos:
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Frutas: banana, uva, manga, pêssego, etc.;
Legumes: batata, cenoura, pimentão, etc.
As congeladas
Diferente dos perecíveis, nesse caso, existe a necessidade de que a carga seja mantida congelada do
início até o final do transporte. O tipo de caminhão ideal para essa carga é aquele que possui o baú
frigorífico. Esse tipo de caminhão consegue manter a temperatura entre -15°C e -20°C. Exemplos:
Alimentos congelados, como lasanha e pão de queijo;
Aves e cortes congelados;
Carne bovina congelada.
3.2. Cargas a granel
Dá-se esse nome para as cargas não ensacadas ou encaixotadas. Existem dois tipos que serão vistos
na sequência:
Granel líquido
Como o nome já diz, refere-se ao transporte de cargas líquidas sendo perigosas ou não perigosas. As
cargas são transportadas em “tanques” de aço, podendo ser refrigerado ou não. No caso de
caminhão refrigerado, temos como exemplo: o leite e o suco. O caminhão não refrigerado tem a
água como um exemplo. Já as cargas líquidas perigosas são transportadas em caminhões
específicos que devem constar os símbolos da normatização IMO (Organização Marítima
Internacional) e cuidados no ato da movimentação e no carregamento e no descarregamento da
carga; neste caso, o melhor exemplo para simplificar é o combustível.
Granel sólido
É uma carga que se apresenta em forma de grãos. Soja, arroz, milho e feijão são alguns exemplos
desse tipo de carga. O caminhão utilizado possui carrocerias abertas nas laterais e se faz
acompanhar de uma lona para cobrir a carga. Existem alguns embarques que são feitos em pallets e
contêineres.
3.3. Cargas vivas
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Composta por animais destinados para o abate e consumo humano como, por exemplo, vacas,
galinhas e porcos. Uma das maiores preocupações com esse tipo de carga é fazer com que a mesma
chegue ao seu destino final sem estresse e com baixos índices de perdas de animais. O caminhão
mais apropriado é o que têm carroceria fechada, tipo boiadeira, com saídas adequadas para
ventilação.
3.4. Cargas indivisíveis e excepcionais de
grande porte
Cargas de grandes dimensões, peso e que não podem ser divididas/fracionadas. O perfil da carga
exige um trabalho de coordenação entre todas as autoridades de trânsito, por onde a carga vier a
trafegar. É muito comum o uso de veículos batedores com a finalidade de dar maior segurança aos
deslocamentos. Vejamos alguns exemplos desse tipo de carga:
Máquinas de uso industrial;
Reservatórios de alimentos;
Máquinas agrícolas;
Transformadores;
Guindastes;
Vagões. 
3.5. Cargas secas
O perfil da carga é de produtos industrializados e de consistência seca, que não se estragam
facilmente em curto prazo. As condições climáticas não interferem no transporte bem como não
exigem muitos cuidados especiais. Normalmente, o tipo de caminhão mais usado para essa carga é
o baú, em razão do mesmo proporcionar uma melhor acomodação e proteção da carga. São
exemplos desse tipo de carga:
Produtos alimentícios não perecíveis;
Materiais para construção;
Encanamentos;
Madeiras;
Móveis.
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3.6. Cargas perigosas
Em razão do risco ao meio ambiente e à saúde a que as pessoas podem estar submetidas, é um tipo
de carga que requer qualificações específicas dos transportadores (motoristas e operadores), assim
como uma rígida fiscalização por parte das autoridades. São usados caminhões especiais contendo
vários tipos de identificações, alertas e sinalizações sobre a carga transportada. São exemplos de
cargas perigosas:
Líquidos inflamáveis, como o álcool e a gasolina;
Gases inflamáveis, como o gás de cozinha;
Gases tóxicos, como o enxofre e amônia;
Explosivos, como fogos de artifício;
Materiais radioativos.
Outra maneira de se classificar uma carga diz respeito ao tipo de carregamento e espaço a ser
ocupado pela carga no caminhão. Em relação a essa consideração, existem dois tipos de transportes
de cargas:
Completa/fechada
 Situação em que um caminhão carrega/embarca pedidos de apenas um embarcador ou dono da
carga. Esse tipo se aplica nos casos que o cliente tem urgência no recebimento da mercadoria ou
não aceita compartilhar o embarque da sua carga com outra carga.
 Fracionada
 Situação em que um caminhão carrega/embarca pedidos de mais de um embarcador ou dono da
carga. Esse tipo evita ociosidade de espaço bem como busca redução de custos quando compartilha
o embarque com os outros clientes.
 
4. Tipos de caminhões
A demanda cada vez mais crescente pelo serviço de transporte dos mais variados tipos de cargas fez
e vem fazendo com que os transportadores busquem adaptar os veículos às necessidades cada vez
mais específicas dos clientes/usuários. Convido todos a conhecerem alguns tipos de caminhões
usados nos transportes de cargas:
Rígido – caracteriza-se por ter o motor e a unidade de transporte em um só veículo.
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Articulado – possui a cabine (cavalo mecânico) com o motor separado do reboque (carreta);
muito versátil, uma vez que o cavalo mecânico pode ser desengatado da carreta, deixando-a no
terminal de carga, ficando o cavalo mecânico livre para realizar outros serviços.
 
Aberto – transporta cargas não passíveis de perecem; suas laterais são fechadas; usam lonas
enceradas, em caso de chuva, para proteger a mercadoria.
Caminhão rígido.
Caminhão articulado.
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Refrigerado – caracteriza-se por ser refrigerado em razão da necessidade da manutenção de
temperatura no compartimento de cargas, durante o deslocamento do veículo.
Tanque - voltado para o transporte de petróleo e de seus derivados, sua carroceria é dividida
em tanques.
Plataforma - usados para transportar contêineres, engradados amarrados com cordas ou
correntes, dentre outros produtos.
Caminhão aberto.
Caminhão refrigerado.
Caminhão tanque.
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Cegonha - usado especialmente no transporte de automóveis.
 
Caçamba – báscula a parte de trás para que a carga saia por gravidade.
Bitrem – Peso Bruto Total Combinado (PBTC) igual a 57 toneladas; comprimento variando de
17,15 / 19,80 metros; não necessita de autorização especial de trânsito.
Rodotrem - PBTC igual a 74 toneladas; comprimento variando de 25/30 metros; necessita de
uma Autorização Especial de Trânsito (AET).
Legenda: Caminhão plataforma.
Caminhão cegonha.
Caminhão caçamba.
Caminhão bitrem.
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Sider - carroceria carregada pelas laterais do baú, vedada com lona plástica. Essa lona serve
como cortinas, que se deslocam no sentido horizontal.
Romeu e Julieta – caracteriza-se por ser uma composição de caminhão rígido, toco ou
trucado, engatado com um reboque.
Caminhão toco – possui um eixo na parte de trás.
Caminhão rodo-trem.
Peso Bruto Total Combinado – (PBTC)
Determinam as combinações entre cavalos mecânicos e reboques.
Caminhão sider.
Caminhão Romeu e Julieta.
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Caminhão truck/trucado – possui dois eixos na parte de trás.
Cavalo mecânico toco – é o que puxa a carreta e, nesse caso, possui um eixo na parte de
trás.
Cavalo mecânico truck/trucado – é o que puxa a carreta e, nesse caso, possui dois eixos na
parte de trás.
Legenda: Caminhão toco.
Caminhão truck/trucado.
Cavalo mecânico toco.
Cavalo mecânico truck/trucado.
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5. Serviços de transportes
Os serviços de transportes são prestados por profissionais que se encontram organizados das
seguintes formas:
Em relação ao pagamento do frete para os TAC, durante muito tempo, a forma utilizada foi a carta
frete. Entretanto, essa modalidade deixava os motoristas a mercê das regras, em suas maiorias
prejudiciais aos TAC, impostas pelos intermediários desse sistema.
Empresas de Transporte de Carga (ETC) – são empresas constituídas
juridicamente com o propósito de transportar cargas.
Empresas de Carga Própria (ECP) – são empresas/indústrias que se valem da sua
própria frota, pessoa jurídica, para transportar os bens que elas mesmas produzem. É
comum esse tipo de empresa, dependendo da sua disponibilidade, transportar cargas
para terceiros mediante pagamento de frete.
Transportadores individuais – mesma situação do ECP, entretanto, é um
transporte realizado por pessoas físicas. 
Transportadores Autônomos de Carga (TAC) – pessoa física que é dona do seu
caminhão, podendo ser mais de um, e que presta serviços de transporte para um
terceiro. Na grande maioria das vezes, eles mesmos são os motoristas.
Carta Frete
Documento emitido pela transportadora ou embarcadora em favor do caminhoneiro, que efetua
em postos de gasolina conveniados à transportadora(emitente da carta-frete) sua troca por diesel,
produtos e dinheiro.
Carta frete.
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O pagamento do frete por meio da carta frete levava às seguintes situações:
Pagamento de ágio cobrado pelos postos de gasolina que faziam a troca da carta;
Informalidade e marginalização do TAC, levando à lavagem de dinheiro;
Falta de comprovação de renda e acesso ao crédito para o TAC;
Sonegação e inadimplência fiscal.
Diante dos fatos colocados no parágrafo anterior, o governo federal resolveu criar a conta frete em
substituição àcarta frete. A lei nº 12.249 de 14.06.2010, através da inclusão de um novo artigo 5º-A
na Lei nº 11.442 de 05.01.2007, acabou com a carta frete e estabeleceu a obrigatoriedade de
pagamento do frete ao Transportador Autônomo de Cargas – TAC na forma da lei.
Dentre outras modificações, a nova lei criou o Código Identificador da Operação de
Transporte (CIOT) que identifica:
Impostos e contribuições incidents;
Valor do pedágio e do combustível;
Veículo transportador;
As partes envolvidas;
Destino da carga;
Origem da carga;
Tipo de carga;
Valor do frete.
Saiba mais sobre todos os detalhes dos desdobramentos da aplicabilidade  da conta frete, clicando
aqui.
Saiba mais sobre o Código Identificador da Operação de Transporte (CIOT) clicando aqui.
https://spedtransporte.wordpress.com/2011/08/09/conta-frete-pagamento-ao-transportador-autonomo/
https://www.hivecloud.com.br/post/o-que-e-ciot-e-como-ele-impacta-o/
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6. Seguros
Independente do meio de transporte que se venha usar, as cargas transportadas são protegidas por,
no mínimo, dois tipos de seguros:
De transporte – a critério do dono da carga a sua contratação;
De responsabilidade civil – contratação de caráter obrigatório por parte de quem transporta a
carga;
São contratações diferentes, regidas por contratos diferentes, com responsabilidades e destinações
diferentes. O seguro de transporte, de contratação facultativa, é contratado pelo dono da carga com
a finalidade de ter a garantia assegurada da sua mercadoria. O seguro de responsabilidade civil,
contratado pelo transportador, tem por finalidade reparar prejuízos causados a terceiros ou à carga
em razão de acidente com o veículo transportador. Em razão do seu objetivo ser bem específico, o
seguro de responsabilidade civil acaba sendo limitado em suas coberturas. Roubo ou furto das
mercadorias, danos provocados por embalagens inadequadas ou por mal acondicionamento dos
produtos, riscos fortuitos ou de causa maior (exemplos: queda de raio, queda de barreira) não são
cobertos; para isso, é necessário que seja feita uma contratação à parte para coberturas
complementares.
Vejamos na sequência alguns tipos de seguro de responsabilidade civil:
Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário – Carga (RCTR-C) – como já dito
acima, garante ao transportador rodoviário o reembolso de indenizações que o transportador for
obrigado a pagar por prejuízos causados às mercadorias transportadas sob sua responsabilidade,
caso ocorra acidente rodoviário durante o transporte, como colisão, capotagem, abalroamento,
tombamento, incêndio ou explosão.
Responsabilidade Civil Facultativa por Desaparecimento de Carga (RCF-DC) - destina-
se a transportadores (pessoa física) e visa cobrir a responsabilidade do transportador por perdas na
carga em função do roubo ou desaparecimento do veículo e carga (quando o veículo transportador é
levado pelos bandidos) pode ser contratado em conjunto com o de RCTR-C.
Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário em viagens internacionais
(RCTR-VI) - é uma combinação dos seguros de RCTR-C e RCF-DC, destinados aos
transportadores rodoviários que realizam viagens internacionais. Cobre o dono do meio
transportador contra indenizações que ele deva pagar em caso de ser condenado judicialmente
como responsável por um dano, não havendo implicações ao importador ou exportador. Este
seguro cobre também a circulação dos diversos meios de transporte utilizados nos países do
MERCOSUL (Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina). Assegura também indenizações para perdas
ou danos ocasionados por colisões, capotagens, tombamentos, explosões do veículo, dentre outras,
sofridos pelas mercadorias de propriedade de terceiros.
 
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De acordo com um estudo do Fórum Internacional do Transporte, a introdução de caminhões
autônomos vai

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