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Prévia do material em texto

Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
TABELA DE FÁRMACOS ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS (PARTE 1) 
LISTA A1 DA PORTARIA Nº 344/98 
Fármaco 
(Referência) 
Grupo 
Tempo de ação e 
via(s) de administração 
Foco Terapêutico Observações Importantes 
Alfentanila 
 
(Rapifem®) 
Opióides sintéticos 
 
(Piperidinas) 
Início: 
 
1 a 3 minutos 
 
Manutenção: 
 
A cada 10 a 15 minutos 
 
Só pode ser administrada por via 
intravenosa. 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
 
Analgesia em cirurgias rápidas e ambulatoriais 
 
Analgesia suplementar em cirurgias de médio e longo 
prazo 
 
Indução de anestesia (no caso de intubação endotraqueal e 
ventilação mecânica) 
 
Analgesia, supressão respiratória e proteção analgésica 
em manobras na UTI 
 
Nota: Não é indicado para uso em partos vaginais e 
cesarianas pois pode suprimir o reflexo de respiração 
do neonato! Em caso de uso é necessária respiração 
assistida para mãe e o bebê, além de uso de 
antagonista opióide (atenção com a meia vida deste 
frente à meia vida da Alfentanila). 
Pode provocar depressão respiratória durante o uso ou no pós-operatório (atenção a 
sintomas como tonturas, dificuldade de respirar!). 
Afeta a capacidade de atenção e concentração – pacientes não devem fazer 
atividades que requeiram habilidade e concentração até 24 horas após a sua 
administração. 
Não deve ser utilizado concomitantemente em pacientes utilizando: IMAO, ISRS, 
benzodiazepínicos, barbitúricos, antipsicóticos e ansiolíticos (risco de depressão 
respiratória, coma e morte!) 
Exige cuidado em pacientes que estão utilizando eritromicina, cimetidina e/ou 
diltiazem (risco de potencialização do efeito da Alfentanila) 
Pacientes que fazem uso de antimicóticos internos como cetoconazol, itraconazol e 
fluconazol exigem ajuste de dose da Alfentanila. 
Pode provocar náuseas e vômitos no pós-operatório – evitável com o uso de 
droperidol. 
A dose de ataque varia de 20 a 150mcg dependendo do tempo da cirurgia (doses de 
120mcg são ideais para indução em cirurgias com mais de 45minutos de duração). O 
uso em infusão não deve exceder 4 dias contínuos! 
Pode provocar espasmos respiratórios, soluços, alterações nos batimentos cardíacos 
e mesmo na pressão arterial, tontura, calafrios, sonolência, letargia ou mesmo 
desorientação. Também podem ocorrer espasmos musculares ou rigidez muscular, 
mais frequente em pacientes pediátricos. 
Pode ser preparado com solução glicosilada a 5%, soro fisiológico 0,9% ou solução 
de Ringer (a duração após preparado é de 24 horas) 
Fentanila 
 
(Fentanil®) 
Opióides sintéticos 
 
(Amida Piperidínica) 
Início: 
 
2 a 3 minutos 
(via endovenosa) 
 
Manutenção: 
 
Variável 
(tende a ser individualizada) 
 
Pode ser administrada por via 
endovenosa e intramuscular. 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
 
Analgesia de curta duração no pré ou pós-operatório 
 
Analgesia em anestesia geral ou como suplemento em 
anestesia regional 
 
Indutor concomitante com neurolépticos (componente de 
manutenção em anestesia geral e regional) 
 
Analgesia única em pacientes de alto risco em 
procedimentos complexos cardíacos, neurológicos ou 
ortopédicos 
 
Analgesia espinhal de controle no pós-operatório de 
cesarianas e cirurgias abdominais 
Não deve ser utilizado em pacientes com menos de 2 anos de idade. 
Pode provocar rigidez muscular toráxica, no pescoço e mesmo ocular (pode ser 
minimizada com o uso de benzodiazepínicos - como o midazolan e com o uso de 
relaxantes neuromusculares na indução). 
Podem ocorrer movimentos mioclônicos de natureza não epiléptica. 
Exige cautela em pacientes cardiopatas, especialmente os que possuem bradiarritmia 
(a Fentanila pode provocar bradicardia e induzir uma hipotensão), além de 
hepatopatas, nefropatas e hipotireoidismo. 
Exige cautela em pacientes com patologias respiratórias como DPOC e outras que 
reduzem a capacidade respiratória (exige ventilação assistida durante a analgesia). 
Seu uso em obstetrícia pode provocar a depressão respiratória do neonato! 
A administração com neurolépticos injetáveis (exemplos: haloperidol, zuclopentixol, 
paliperidona) pode promover hipotensão e sintomas extrapiramidais. 
Pode ocorrer síndrome serotoninérgica em pacientes que façam uso concomitante de 
IMAO, ISRS e ISRSN (risco à vida do paciente!). 
Há possibilidade de gerar dependência similar à morfina. 
Afeta a atenção e concentração dos pacientes, só devem realizar atividades que as 
requeiram após 24 horas da administração da Fentanila. 
O uso concomitante de antimicóticos sistêmicos como fluconazol e voriconazol 
potencializa os efeitos da Fentanila (cuidado!). 
Como pré-medicação a dose é de 0,05 a 0,1mg administrada por via intramuscular 
de 30 a 60 minutos antes da cirurgia. Na anestesia geral a dose é de 0,002mg/kg para 
dores de baixa intensidade, sendo 0,04mg/kg para dores moderadas e 0,05mg/kg 
para dores elevadas. Doses de 0,05 a 0,1mg se adequam para complementação de 
anestesia regional e no pós-operatório. 
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
TABELA DE FÁRMACOS ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS (PARTE 2) 
LISTA A1 DA PORTARIA Nº 344/98 
Fármaco 
(Referência) 
Grupo 
Tempo de ação e 
via(s) de administração 
Foco Terapêutico Observações Importantes 
Metadona 
 
(Mytedom®) 
Opióides sintéticos 
 
(Difenilmetanos) 
Início: 
 
30 minutos 
(via parenteral) 
 
1 a 4 horas 
(via oral) 
 
Manutenção: 
 
A cada 3 a 4 horas (via oral no 
tratamento de dor) 
 
A cada 24 horas (via parenteral 
tratamento de dependência) 
 
É administrada por via oral 
(comprimidos) e as vias 
parenterais podem ser a 
intramuscular ou a subcutânea. 
Tratamento de alívio de dores agudas e crônicas 
 
Tratamento de desintoxicação e de manutenção 
temporária de adictos em narcóticos (como opióides e 
correlatos) como parte de um programa terapêutico 
 
Nota: Também possui um efeito antitussígeno para 
casos de tosse seca, embora não seja o foco terapêutico 
usual. A nota técnica nº 485/2014 salienta que seu uso 
também é aprovado para alívio e manutenção de dor 
oncológica. 
Não deve ser administrada concomitantemente com formulações alcóolicas (extratos 
alcóolicos). IMAO e fármacos agonistas ou antagonistas opióides. 
Exige ajuste de dose em pacientes que utilizam concomitantemente antidepressivos, 
neurolépticos, analgésicos narcóticos, sedativos, hipnóticos e anestésicos gerais. 
Uma vez que promove sedação, o efeito é sinérgico no uso conjunto com: anti-
histamínicos H1, barbitúricos, ansiolíticos não benzodiazepínicos também e 
antidepressivos tricíclicos. 
Pacientes que utilizam antirretrovirais tem o clearence aumentado e com isso 
redução da metadona plasmática. 
Não deve ser utilizada em pacientes com patologias respiratórias graves 
(insuficiência, asma brônquica ou hipercarbia) e indícios de disfunções intestinais 
como íleo paralítico. 
Pode causar dependência física e/ou psíquica, exigindo acompanhamento criterioso 
da equipe envolvida com o paciente. 
A dose de ataque usual é de 8 a 10mg por via parenteral ou 20mg por via oral, em 
ambos os casos a dose é equivalente a 10mg de morfina administrada por via 
intramuscular. Doses maiores (cercade 40mg) são necessárias no tratamento de 
adictos, não devendo exceder 120mg/dia. 
Pode provocar euforia, fraqueza, insônia, agitação, xerostomia, constipação, glossite, 
arritmias, taquicardia, bradicardia, palpitações, perda de libido, amenorreia, 
impotência, trombocitopenia, hipocalemia, hipomagnesemia. 
Morfina 
 
(Dimorf®) 
Opióides 
 
(Fenantrenos) 
Início: 
 
20 minutos (via endovenosa) 
 
15 a 60 minutos 
(via epidural ou intratecal) 
 
1 a 2 horas (via oral) 
 
Manutenção: 
 
A cada 4 a 5 horas (comprimidos, 
solução oral e via endovenosa) 
 
A cada 12 horas (cápsulas de 
liberação cronogramada – LC) 
 
A cada 24 horas (via epidural ou 
intratecal) 
Alívio de dores sistêmicas intensas de natureza aguda ecrônica 
 
Nota: A apresentação parenteral é de uso estritamente 
hospitalar! 
Não deve ser utilizado em pacientes com menos de 18 anos de idade (comprimidos, 
cápsulas e injetáveis). 
Não deve ser administrado concomitantemente com IMAO. 
É contra indicado em pacientes com obstrução gastrointestinal e íleo paralítico. 
Não é recomendado para pacientes com quadros patológicos respiratórios, ICC, 
convulsões, adictos do álcool, com tremores e/ou que apresentem aumento de 
pressão intracraniana ou do LCR. 
Exige cautela em pacientes com glaucoma, que utilizam antipsicóticos 
(fenotiazidas), tricíclicos e/ou depressores do SNC (hipnóticos, sedativos, 
ansiolíticos, barbitúricos). Bem como para com pacientes com hepatopatias, 
nefropatias, com doença de Addison e hipotireoidismo. 
É potencializada pelo uso concomitante de propranolol e anti-histamínicos de 1ª 
geração. 
Potencializa o efeito de fármacos anticoagulantes (risco de hemorragias!). 
Interfere com fármacos diuréticos aumentando a produção de HAD! 
A dose de ataque para comprimidos é de 15 a 30mg a cada 4 horas, podendo haver 
ajuste individualizado de acordo com o quadro patológico. No caso de cápsulas LC a 
dose varia de acordo com o tipo de dor, mas sua posologia usual é de 12 horas/dia 
(há ajustes para 8 horas). O uso peridural requer apenas 5mg e um máximo de 
10mg/dia, sendo que em infusão contínua a dose é de 2 a 4mg/dia. A dose intratecal 
é de 0,2 a 1mg/dia. 
A solução oral tem a relação 1ml = 32 gotas, sendo ainda 1ml = 10mg de morfina 
(na forma de sulfato). Sua posologia nos adultos é de 5 a 30mg a cada 4 horas, mas 
no âmbito pediátrico é preciso seguir a relação de 0,3 a 0,6mg/kg e crianças com 
menos de 3 meses demandam ajuste especializado 
Pode gerar dependência física e psíquica! 
Produz sonolência, euforia, agitação, xerostomia, constipação, comprometimento da 
libido, impotência, dificuldade de micção, palpitações, vertigem e náuseas. 
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
TABELA DE FÁRMACOS ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS (PARTE 3) 
LISTA A1 DA PORTARIA Nº 344/98 
Fármaco 
(Referência) 
Grupo 
Tempo de ação e 
via(s) de administração 
Foco Terapêutico Observações Importantes 
Oxicodona 
 
(Oxycontin®) 
Opióides semi-
sintéticos 
 
(derivados do 
Fenantreno) 
Início: 
 
3 a 5 horas 
 
Manutenção: 
 
A cada 12 horas 
 
No mercado brasileiro só possui 
forma de administração por via 
oral (comprimidos de liberação 
controlada). 
Alívio de dores moderadas a severas em 24 horas por 
períodos prolongados 
 
Importante: Deve fazer parte de um plano progressivo 
de manejo da dor conforme preconizado pela OMS, 
pela Sociedade Americana da Dor (American Pain 
Society) e agências correlatas. Só deve ser utilizada em 
situações não responsivas após o uso de AINEs e não 
deve ser utilizado em situações condicionadas à dor – 
“se necessário” (conforme orientação expressa na 
bula!) 
Não deve ser utilizada em pacientes com menos de 18 anos de idade. 
Não deve ser utilizada em pacientes com patologias respiratórias (especialmente 
DPOC, asma, depressão respiratória, indícios de hipóxia). 
Interfere com o eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal e gonadal também, podendo 
elevar a prolactina sérica e a redução do cortisol e testosterona plasmáticos. 
Não é indicada para pacientes com disfunções intestinais que levem à constipação 
(incluindo íleo paralítico). 
Exige cautela em pacientes com hipotireoidismo, doença de Addison, HPB, 
pancreatite, hepatopatias, nefropatias e que utilizem IMAO. 
O uso prolongado e mesmo crônico desenvolve tolerância e dependência física, 
gerando sintomas de abstinência (midríase, agitação, ansiedade, irritabilidade, 
alteração da pressão sanguínea e da frequência cardiorespiratória). Por isso não é 
indicada para pacientes emocionalmente instáveis ou com tendência a serem adictos 
de substâncias potencialmente viciantes. 
Não é recomendada para pacientes convulsivos (risco de agravamento destes!). 
Pode interferir com exames laboratoriais (amilase sérica). 
Afeta o estado de concentração e atenção (não se deve dirigir ou realizar tarefas 
de precisão enquanto se faz uso!). 
Potencializa o efeito depressor do SNC no uso concomitante com hipnóticos, 
sedativos, antidepressivos e neurolépticos. 
Potencializa o bloqueio neuromuscular no uso concomitante com relaxantes 
musculares (risco de depressão respiratória!). 
Potencializa eventos adversos anticolinérgicos no uso concomitante com fármacos 
desta natureza (tricíclicos, anti-histamínicos, neurolépticos, antiparkinsonianos) 
É potencializada em pacientes tratados com antibióticos macrolídeos e/ou azólicos 
(atenção!) 
A dose de ataque é de 10mg, sendo ajustada depois de 12 horas. Tende a ser 
individualizada de acordo com a resposta à dor. 
Pode provocar tontura, tremores, letargia, nervosismo, confusão, pensamentos 
desconexos e perda de apetite. 
Petidina/Meperidina 
 
(Dolantina®) 
Opióides sintéticos 
 
(Fenilpiperidínicos) 
Início: 
 
1 a 2 minutos 
(via endovenosa) 
 
Manutenção: 
 
A cada 40 a 60 minutos 
(via endovenosa) 
 
A cada 3 a 4 horas 
(via intramuscular e subcutânea) 
 
De administração parenteral 
podendo ser endovenosa, 
intramuscular e subcutânea. 
Tratamento de dores moderadas a graves de natureza 
aguda (infarto do miocárdio, pós-operatórios, espasmos 
musculares gastrointestinais, dor de neoplasias malignas, 
tetania uterina, espasmos do colo uterino, etc) 
 
Analgesia pré-operatória e de apoio 
 
Atenção: Não pode ser utilizada para manejo de dores 
crônicas, pois seu metabólito (norpetidina) se acumula 
e provoca crises similares aos ataques epilépticos. 
Não deve ser utilizada em menores de 18 anos de idade. 
Não deve ser utilizada em pacientes adictos de opióides (ou que demonstrem essa 
tendência), com patologias respiratórias severas (como insuficiência). 
Exige cautela em pacientes com quadro de hipotensão, hipovolemia, taquicardia, 
convulsões, hipotireoidismo, HPB e insuficiência adrenocortical. 
O uso concomitante com IMAO e/ou benzodiazepínicos exige ajuste de dose para 
não haver risco de sedação, depressão respiratória e morte! 
Pode provocar dependência física e psíquica, exigindo retirada progressiva para 
minimizar sintomas de abstinência. 
No caso de via intramuscular, aplicações repetidas podem acarretar em miopatia 
fibrosa, podendo ocorrer ainda espasmos musculares involuntários, mioclonia e 
tremores. 
Seu uso obstétrico pode acarretar em depressão respiratória, cardíaca e da função 
neurocomportamental (comprometendo ainda a alimentação) em neonatos 
(precisam de monitoramento até 6 horas após o nascimento). 
Pode provocar síndrome serotoninérgica no uso concomitante com ISRS e ISRSN. 
Na administração endovenosa pode ocorrer bradicardia, taquicardia, hipotensão, 
miose, soluços, broncoespasmos e tontura. 
A dose de ataque varia de 25 a 100mg para via endovenosa e de 25 a 150mg para via 
intramuscular ou subcutânea. A dose diária não deve exceder 500mg! 
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
TABELA DE FÁRMACOS ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS (PARTE 4) 
 
LISTA A1 DA PORTARIA Nº 344/98 
Fármaco 
(Referência) 
Grupo 
Tempo de ação e 
via(s) de administração 
Foco Terapêutico Observações Importantes 
Remifentalina 
 
(Ultiva®) 
Opióides sintéticos 
 
(Éster 
piperidinocarboxílicos) 
Início: 
 
Em até 1 minuto 
 
Manutenção: 
 
A cada 2 a 5 minutos 
 
É de administração parenteral 
exclusivamente intravenosa. 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
 
Analgésico de indução e manutenção de anestesia geral 
(incluindo cirurgias caríacas) 
 
Analgésico e sedante de pacientes sob ventilação 
mecânica de UTIs 
 
Analgesia de continuação no pós-operatório imediato e na 
transição para analgesia de longa duração 
Não deve ser utilizado em pacientes com menos de 1 ano de idade. 
Não pode ser utilizado em administração epidural e nem intratecal (possui glicinana 
sua formulação) e nem deve ser o agente analgésico único na anestesia geral. 
Não é indicado para uso em anestesia obstetrícia! 
Pode produzir rigidez muscular e por isso sua administração em bolus não deve ser 
de 30 segundos no mínimo (o excesso de rigidez necessita da administração 
concomitante de um hipnótico e/ou um bloqueador neuromuscular). 
Exige acompanhamento respiratório e monitorização, pois há risco de depressão 
respiratória como por outros agentes opiáceos. O paciente só deve deixar a sala de 
recuperação quando estiver consciente e com respiração espontânea. 
Pode potencializar eventos cardiovasculares (bradicardia, hipotensão) em pacientes 
que utilizam previamente β-bloqueadores e/ou bloqueadores de canal de cálcio. 
Sua administração pode usar equipamentos para infusão contínua (evitar espaço 
morto, obstrução ou desconexão). 
A dose de ataque é de 20 a 25µg/mL para pacientes acima de 1 ano e a dose de 
50µg/mL para adultos. Não deve ser misturado com propofol ou outros agentes 
terapêuticos antes da administração! 
Sufentanila 
 
(Sufenta®) 
Opióides sintéticos 
 
(derivado anilídico) 
Início: 
 
Imediato (via intravenosa) 
 
5 a 10 minutos (via epidural) 
 
Manutenção: 
 
A cada 50 minutos 
(via intravenosa) 
 
A cada 4 a 6 horas 
(via epidural) 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
 
Por via Intravenosa: 
 
Analgésico em indução e manutenção de anestesia geral 
 
Analgésico de indução e manutenção de procedimentos 
cirúrgicos de alta complexidade 
 
Por via Epidural: 
 
Manejo de dor pós-operatória em cirurgia geral, toráxica, 
ortopédica e cesariana 
 
Analgesia associada à bupivacaína em parto vaginal 
Não deve ser administrado em pacientes com menos de 1 ano de idade. 
Não deve ser administrada por via intravenosa no parto ou antes do clampeamento 
do cordal umbilical na cesariana (risco de depressão respiratória no neonato!). 
Doses de até 30mcg por via epidural são seguras para a cesárea da mãe e do neonato. 
Não deve ser administrada por via epidural em caso de: hemorragias, septicemia, 
distúrbios de hemóstase, concomitância com anticoagulantes. 
Pode provocar depressão respiratória, especialmente em analgesia profunda, 
podendo persistir no pós-operatório em caso de via intravenosa. 
Pode induzir rigidez muscular incluindo músculos respiratórios (o uso de 
benzodiazepínicos como o midazolam e de relaxantes musculares minimiza esta 
possibilidade). Há ainda a possibilidade de ocorrer reações semelhantes à epilepsia 
(mioclonia). 
A bradicardia e a hipotensão podem ocorrer também podem ocorrer e exigem 
medidas de prontidão (como o uso de atropina na bradicardia). 
Exige cautela em pacientes com patologias pulmonares, hipotireoidismo, 
insuficiência reanl e/ou hepática. 
Exige ajuste de dose em pacientes que utilizam barbitúricos, benzodiazepínicos, 
neurolépticos e outros depressores do SNC. O uso concomitante de fármacos 
azólicos ou antirretrovirais podem inibir o metabolismo da sufentanila (atenção!). 
Não deve ser utilizado concomitantemente com IMAO, ISRS e ISRSN (risco de 
síndrome serotoninérgica!). 
As reações adversas são comuns aos opióides sintéticos embora a sedação seja mais 
intensa. Podem ocorrer ainda prurido, náuseas, vômitos, hipertensão, hipotensão e 
retenção urinária. 
 
Adendo: Em 2018 foi criada aprovada pelo FDA uma forma farmacêutica 
sublingual (Dsuvia®) para manutenção de dor aguda de uma forma mais 
simples e ágil no meio hospitalar e militar (exercido norte-americano). 
 
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
TABELA DE FÁRMACOS ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS (PARTE 5) 
 
LISTA A2 DA PORTARIA Nº 344/98 
Fármaco 
(Referência) 
Grupo 
Tempo de ação e 
via(s) de administração 
Foco Terapêutico Observações Importantes 
Codeína 
 
(Codein®) 
Opióides 
 
(Fenantrenos) 
Início: 
 
10 a 30 minutos 
(via intramuscular e subcutânea) 
 
30 a 45 minutos 
(via oral) 
 
Manutenção: 
 
A cada 4 horas 
(via intramuscular e subcutânea) 
 
A cada 4 a 6 horas 
(via oral) 
Analgesia de dores moderadas não responsivas aos AINEs 
usuais embora haja formulações combinadas com 
paracetamol - Tylex® e Paco®, com diclofenaco sódico - 
Codaten® 
Não deve ser utilizada em pacientes com menos de 12 anos de idade. 
Não deve ser utilizada em pacientes com diarréias associadas à: colite 
pseudomembranosa (decorrente de uso de penicilinas e cefalosporinas), 
envenenamento ou de origem microbiana. 
É contra indicada a adictos de fármacos opióides, benzodiazepínicos, com 
instabilidade emocional, passíveis de suicídio, cardiopatas, hepatopatas, nefropatas, 
pacientes com hipotireoidismo e pacientes com HPB. 
Não deve ser utilizada em obstetrícia (risco de depressão respiratória ao 
neonato!). 
Seu uso pode acarretar em xerostomia, promovendo candidíase, cáries e doença 
periodontal. 
Pode gerar dependência física e psíquica (especialmente em uso prolongado). 
Não deve ser administrada concomitantemente com: IMAO, tricíclicos, 
benzodiazepínicos sedativos, barbitúricos, anti-histamínicos de 1ª geração (efeito 
depressor do SNC potencializado!). 
O uso concomitante de agentes anticolinérgicos pode gerar íleo paralítico! 
A dose de ataque é de 15 a 60mg, sendo o máximo de 360mg ao dia (adultos)! Os 
ajustes em pediatria devem considerar 0,5 a 1mg/kg do paciente. Uma dose oral de 
200mg e uma dose de 120mg intramuscular de codeína equivalem a 10mg de 
morfina intramuscular. 
Pode provocar constipação, sonolência, edema, espasmo da laringe, alterar a 
pulsação, hipotensão, efeito antidiurético (atenção em pacientes que utilizam 
fármacos diuréticos ou que apresentam retenção de líquidos!), tontura e 
desmaio. 
Nalbufina 
 
(Nubain®) 
Opióides semi-
sintéticos 
 
(derivados do 
Fenantreno) 
Início: 
 
2 a 3 minutos (intravenosa) 
 
15 minutos 
(subcutânea ou intramuscular) 
 
Manutenção: 
 
A cada 3 a 6 horas (via intravenosa) 
Alívio de dores moderadas a severas 
 
Alívio pós-infarto agudo do miocárdio 
 
Analgesia pré e pós-operatória (incluindo de forma 
complementar) 
 
Analgesia obstétrica e pós-parto 
Não deve ser utilizado em pacientes com menos de 18 anos de idade 
Não deve ser utilizado em pacientes usuários de IMAO. 
Exige cautela em pacientes emocionalmente instáveis e adictos de narcóticos (risco 
de dependência!). 
A cessação depois do uso prolongado pode gerar sintomas de abstinência 
(ansiedade, agitação, hipertermia, rinorréia). 
Afeta habilidades físico/mentais para atividades que requeiram atenção (cuidado 
com pacientes ambulatoriais!). 
Pode potencializar efeitos depressores do SNC em pacientes usuários de fármacos 
hipnóticos, sedativos, barbitúricos, antipsicóticos, etc. 
Exige cautela em pacientes com insuficiência respiratória, histórico prévio de 
aumento de pressão intracraniana, comprometimento renal e/ou hepático e infarto do 
miocárdio. 
O uso obstétrico pode acarretar para o bebê em: bradicardia, apneia, depressão 
respiratória e arritmias. 
A dose de ataque é de 10mg (máximo de 20mg) e a dose diária não deve exceder 
160mg. Doses maiores são aplicáveis quando se tratar de anestesia complementar. 
Pode provocar euforia, irritabilidade, alucinações e despersonalização (minimizada 
com o uso de pentazocina), hipertensão, hipotensão, bradicardia, taquicardia, cólicas, 
asma. 
 
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
TABELA DE FÁRMACOS ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS (PARTE 6) 
 
LISTA A2 DA PORTARIA Nº 344/98 
Fármaco 
(Referência) 
Grupo 
Tempo de ação e 
via(s) de administração 
Foco Terapêutico Observações Importantes 
Propoxifeno 
 
(Doloxene-A®) 
Derivados estilbenos 
 
(Fenilbutilaminas) 
Início: 
 
2 horas 
 
Manutenção: 
 
A cada 4 horas 
 
É de administração apenas oral 
Tratamento de dores leves a moderadas não responsivas 
aos AINEs usuais, embora tenham existido apresentações 
com AAS (Doloxene-A®) e com Paracetamol (Darvocet-
N®, que não chegou a existirno Brasil) 
 
Atenção: Foi banido da Europa, dos EUA e Brasil 
(desde 2010 em nota divulgada) em virtude dos riscos 
cardíacos (especialmente arritmias) e de morte por 
superdose. Seu metabólito, o norpropoxifeno, é ativo e 
possui ação excitatória e anestésica no coração. 
Não deve ser utilizado em pacientes com menos de 18 anos de idade. 
Não é recomendado o uso em pacientes com instabilidade emocional, que fazem uso 
de antidepressivos, que utilizam IMAO ou adictos de medicamentos sedativos e/ou 
hipnóticos. 
É potencializado pelo uso concomitante de antibióticos macrolídeos e/ou azólicos. 
Contra indicado em pacientes com histórico de depressão respiratória, histórico de 
asma ou hipercarbia (aumento da tensão de CO2 no sangue) e com patologias 
constipantes do intestino (como o íleo paralítico). 
Exige cautela no uso em hepatopatas e nefropatas. 
Pode provocar óbito no caso de overdose (depressão respiratória e/ou hipotensão 
severa). 
Em pacientes com patologias circulatórias ou pressóricas pode ocorrer hipotensão 
(especialmente hipotensão ortostática), uma vez que o fármaco afeta o output 
cardíaco. 
Há potencial de gerar dependência física e/ou psíquica com os clássicos sintomas de 
abstinência, necessitando de “desmame” gradual na sua retirada de uso. 
Potencializa o efeito anticoagulante de fármacos a Varfarina (cuidado!). 
A dose de ataque varia de 50 a 100mg, não devendo exceder 600mg/dia! 
 
Adendo: É uma mistura racêmica aonde apenas o isômero dextrogiro possui 
efeito analgésico. O isômero levogiro possui uma fraca ação antitussígena. 
Tramadol 
 
(Tramal®) 
Opióides sintéticos 
 
(derivado anisol) 
Início: 
 
30 a 60 minutos 
(via parenteral) 
 
60 minutos (via oral) 
 
Manutenção: 
 
A cada 4 a 8 horas 
(via oral simples) 
 
A cada 12 a 24 horas 
(via oral de liberação modificada) 
 
Possui via oral (cápsulas e gotas) 
e via parenteral (intravenosa, 
intramuscular ou subcutânea). 
Tratamento de dor moderada a grave seja subaguda, 
aguda ou crônica (a forma oral é indicada quando a dor é 
não responsiva aos AINEs usuais, embora hajam 
apresentações combinadas com paracetamol – Ultracet®) 
 
 
Adendo: É uma mistura racêmica (a molécula possui 2 
centros quirais) aonde um enantiômero age inibindo a 
recaptação da serotonina e o outro enantiômero inibe 
a recaptação da noradrenalina. O metabólito O-
desmetilado apresenta alta afinidade pelo receptor 
opióide µ - por isso seu mecanismo analgésico é 
considerado multimodal. Estudos científicos apontam 
que doses de 25 a 50mg de tramadol são efetivas no 
tratamento de ejaculação precoce (ainda considerado 
off label). 
Não deve ser utilizado em pacientes com menos de 16 anos de idade. 
Não deve ser administrado concomitantemente com IMAO, neurolépticos e 
anticonvulsivantes (a menos que as crises estejam sob controle – mesmo assim 
pode desencadear as crises!). 
Não é medicação para uso em abstinência de narcóticos (atenção com adictos de 
opióides!) e tampouco deve ser prescrito para pacientes adictos de fármacos 
hipnóticos e/ou sedativos pois os eventos adversos são potencializados (perda da 
consciência). 
Dos fármacos opióides é o que tem menor propensão em gerar dependência física 
e/ou psíquica, mas o risco existe e por isso a forma farmacêutica injetável deve ser 
utilizada em períodos curtos e sob supervisão médica. 
Não deve ser utilizado em gravidez e na prática obstétrica (não há dados de 
segurança!). 
A dose de ataque é de 50 a 100mg do fármaco, sendo a que a dose diária não deve 
exceder 400mg (equivalente a 8ml da forma injetável)! 
O uso concomitante de antidepressivos pode acarretar em hipertermia, espasmos 
musculares, hiperidrose, reflexos exacerbados e aumento da tensão muscular 
(atenção!) 
Pode potencializar o efeito anticoagulante de fármacos como a Varfarina (risco de 
sangramentos!). 
Afeta o estado de vigília, interferindo com a atenção e a concentração (não deve 
realizar tarefas que exijam como dirigir veículos) 
A forma injetável é incompatível (imiscível) com soluções igualmente injetáveis de 
diclofenaco, indometacina, fenilbutazona, diazepam, flunitrazepam, midazolam. 
Pode provocar cefaleias, xerostomia, constipação, fadiga, sedação e vômitos. 
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
TABELA DE FÁRMACOS ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS (PARTE 7) 
 
OUTROS AGENTES ANESTÉSICOS 
Fármaco 
(Referência) 
Grupo 
Tempo de ação e 
via(s) de administração 
Foco Terapêutico Observações Importantes 
Bupivacaína 
 
(Bupican®) 
Derivados carboxílicos 
 
(Piperidinacarboxamidas) 
Início: 
 
5 a 10 minutos (via epidural) 
 
Manutenção: 
 
A cada 4 a 6 horas (via epidural) 
 
A cada 12 horas 
(bloqueio periférico) 
 
De administração parenteral 
apenas (epidural e local) 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
 
Anestesia por infiltração (especialmente no pós-
operatório) 
 
Anestesia peridural (quando há contra indicação no uso 
de epinefrina e quando há ou não a necessidade de 
relaxamento muscular) 
 
Anestesia em obstetrícia 
Não deve ser utilizada em pacientes com menos de 12 anos de idade. 
Pode provocar parada cardíaca (deve ser utilizada em área com equipamentos e 
pessoal treinado!). 
Exige cautela em pacientes cardiopatas pois a bupivacaína tende a causar depressão 
cardíaca (especialmente em caso de hipovolemia em bloqueio nervoso central) e 
também em hepatopatas (principal local de metabolismo do fármaco). 
Não deve ser utilizada em anestesia regional intravenosa (toxicidade sistêmica!). 
O uso de dosagem 7,5mg/ml é contra indicado para pacientes obstétricas (a 
anestesia peridural não deve ser utilizada em pacientes com hipotensão). Os 
bloqueios obstétricos paracervicais podem causar bradicardia e morte fetal! 
A administração retrobulbar pode provocar cegueira temporária, colapso 
cardiovascular, convulsões, pneia e outrem (exige monitoramento!). 
A dosagem máxima diária recomendada é de 150mg, embora a relação de dose para 
cada 4 horas seja 2mg/kg (doses até 400mg em 24 horas são toleradas em adultos). 
Os eventos adversos mais graves são devidos à administração vascular acidental 
(neuropatia, convulsões, para respiratória, delírios). 
Pode provocar parestesia, bradicardia, hipertensão, tontura e vômito. 
Cetamina 
 
(Clortamina®) 
 
LISTA C1 DA 
PORT. Nº 344/98 
Derivados benzênicos 
 
(Halobenzenos) 
Início: 
 
30 segundos (via intravenosa) 
 
3 a 4 minutos (via intramuscular) 
 
Manutenção: 
 
5 a 10 minutos (via intravenosa) 
 
12 a 25 minutos (via intramuscular) 
 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
 
Anestesia única em intervenções diagnósticas 
 
Anestesia única em cirurgias que não necessitem de 
relaxamento muscular 
 
Indução anestésica prévia aos agentes anestésicos gerais 
 
Anestesia obstétrica de partos vaginais e de cesárea 
 
Agente suplementar em anestesias de baixa potência (ex: 
óxido nitroso) 
 
Nota: Embora mais adequado para procedimentos de 
curta duração, pode ser empregado em procedimentos 
mais longos – via administração de doses adicionais. 
Nâo deve ser utilizada em pacientes com histórico de AVC e descompensação 
cardíaca. 
Provoca um pico pressórico sanguíneo logo após a administração que retoma ao 
cabo de 15 minutos (atenção com pacientes hipertensos!). Há variação de 10 a 
50% nos picos sistólicos e diastólicos, exigindo atenção especial em pacientes 
cardiopatas. 
Pode provocar confusão mental na recuperação pós-operatória, de forma variável 
para cada paciente – desde estados oníricos a alucinações e delírio (menos frequente 
na administração intramuscular e no uso conjunto de diazepam intravenoso). 
A administração intravenosa deve ser feita durando 60 segundos pois de forma mais 
rápida favorece a depressão respiratória, pneia ou pico pressórico. 
O uso ambulatorial exige assistência de um responsável para com o paciente no seu 
acompanhamento pós-crúrgico. 
Podem ocorrer movimentos involutários e tônico-clônicosdas extremidades (não 
denotam necessidade de doses adicionais). 
Não pode ser misturada com barbitúricos ou benzodiazepínicos (precipita). 
É necessária cautela no uso em pacientes adictos do álcool ou em intoxicação aguda 
deste. Da mesma forma o uso em adictos de narcóticos demanda atenção. 
A dose de ataque varia de 2mg/kg (via intravenosa) a 9 a 13mg/kg (via 
intramuscular), tendendo a ser individualizada de acordo com a resposta do 
paciente. 
 
Adendo: A cetamina é classificada como droga de abuso ou “club drug” em 
alguns países (EUA, Inglaterra, Canadá), nos grupos que a comercializam de 
forma ilícita é chamada de “ectasy” (embora não o seja) nas festas Rave. 
 
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
TABELA DE FÁRMACOS ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS (PARTE 8) 
 
OUTROS AGENTES ANESTÉSICOS 
Fármaco 
(Referência) 
Grupo 
Tempo de ação e 
via(s) de administração 
Foco Terapêutico Observações Importantes 
Levobupivacaína 
 
(Novabupi®) 
Derivados carboxílicos 
 
(Piperidinacarboxamidas) 
Início: 
 
5 a 8 minutos (via epidural) 
 
Manutenção: 
 
A cada 6,5 horas (via intratecal) 
 
A cada 9 horas (via epidural) 
 
A administração parenteral pode 
ser: epidural, de infiltração local 
e de bloqueio do nervo periférico. 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
 
Agente anestésico local em cirurgia e obstetrícia 
 
Agente anestésico regional em cirurgia e obstetrícia 
 
Manejo de dor pós-operatória 
Não deve ser utilizada de forma endovenosa uma vez que produz eventos adversos 
no SNC e no sistema cardíaco (pode provocar parada cardíaca!) 
Não é recomendada para situações de emergência. 
A concentração de 0,75% não é recomendada para procedimentos obstétricos, 
apenas para procedimentos longos que demandam relaxamento muscular. 
A dose para cesarianas é de 0,5% (5mg/ml) sendo o máximo recomendado de 
150mg. 
Necessita de ajustes em pacientes que fazem uso concomitante de 
anticonvulsivantes (fenitoína, fenobarbital), antifúngicos azólicos (cetoconazol, 
itraconazol), anbacterianos macrolídeos (eritromicina), bloqueadores de canal de 
cálcio (verapamil) e antirretrovirais pois há inibição enzimática do metabolismo e 
aumento plasmático da levobupivacaína (toxicidade!). 
Deve ser administrada em doses fracionadas, de forma mínima para obter o efeito 
desejado sem ênfase dos eventos adversos. Pode ser administrada de forma contínua 
ou intermitente. 
Pode provocar hipotensão, anemia, cefaleia, constipação, vertigem, tontura e 
vômito. 
Há formulações que incorporam vasoconstritor (epinefrina) e que não são 
recomendadas para uso em pacientes hipertensos, com hipertireoidismo, diabetes, 
com angiopatologias periféricas e que façam uso de tricíclicos. 
 
Adendo: É o isômero levógiro da bupivacaína, promove menos vasodilatação e 
a maior duração da anestesia. É aproximadamente 13% menos potente que a 
mistura racêmica original. 
Propofol 
 
(Diprivan®) 
 
LISTA C1 DA 
PORT. Nº 344/98 
Derivados do fenol 
 
(Cumenos) 
Início: 
 
30 segundos 
 
Manutenção: 
 
5 a 10 minutos 
 
É de administração apenas por 
via intravenosa. 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
 
Agente anestésico de curta duração para indução e 
manutenção de anestesia geral 
 
Agente de sedação para adultos ventilados em UTI 
 
Agente de sedação para cirurgias e de diagnósticos 
 
Adendo: O propofol apresenta um peculiar efeito 
antiemético. 
Não deve ser utilizado em pacientes com menos de 3 anos de idade e nem sob 
tratamento infeccioso. 
Exige cautela em pacientes com insuficiência cardiorrespiratória, hipovolemia, 
dislipidemias, hepatopatias e nefropatias, 
O uso em pacientes com histórico de epilepsia pode desencadear crises convulsivas. 
Em casos de uso prolongado é preciso fazer suplementação de zinco devido ao 
agente quelante da fórmula (EDTA), especialmente me pacientes sob queimadura, 
dispnéia e/ou sepse. 
Deve ser evitado em pacientes com alergias a óleos de amendoin e soja além de 
compostos do ovo (a formulação é uma emulsão que emprega óleo de soja e 
fosfatos de ovo!). 
Não deve ser utilizado em cirurgias obstétricas (segurança não estabelecida em 
neonatos). 
Em pacientes que necessitem de bloqueadores neuromusculares (atracúrio e 
mivacúrio) não se deve administrar no mesmo acesso intravenoso do Propofol. 
As diluições deste fármaco não devem exceder a proporção 1:5 (relação 2mg/mL) e 
o preparado possui estabilidade por até 6 a 12 horas, diluído e não diluído 
respectivamente. 
Não é recomendada a administração em bolus das formulações a 2%. 
 
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
TABELA DE FÁRMACOS ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS (PARTE 9) 
 
OUTROS AGENTES ANESTÉSICOS 
Fármaco 
(Referência) 
Grupo 
Tempo de ação e 
via(s) de administração 
Foco Terapêutico Observações Importantes 
Ropivacaína 
 
(Naropin®) 
Derivados carboxílicos 
 
(Piperidinocarboxamidas) 
Início: 
 
1 a 15 minutos (bloqueios nervosos 
menores e por infiltração) 
 
10 a 25 minutos (via peridural) 
 
Manutenção: 
 
A cada 2 a 6 horas (bloqueios 
nervosos menores e por infiltração) 
 
A cada 3 a 5 horas (via peridural) 
 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
 
Anestesia em cirurguas (bloqueio peridural incluindo 
cesáreas, bloqueio nervoso maior e bloqueios 
infiltrativos) 
 
Anestesia pós-operatória (bloqueio nervoso periférico em 
infusão contínua ou de administração intermitente) ou em 
trabalho de parto (infusão peridural contínua ou 
administração intermitente em bolus) 
 
Anestesia em bloqueios infiltrativos 
 
Anestesia intra-articular 
 
Controle da dor pne e pós operatória (bloqueio 
peridural caudal) em pediatria 
Não deve ser utilizada em bebês prematuros. 
Pode ocorrer bradicardia e hipotensão após a administração peridural, de ocorrência 
menos comuns em pacientes pediátricos. 
Deve ser administrada em local com equipamentos de monitoramento e 
ressuscitação bem como equipe de prontidão. Para bloqueios maiores é preciso um 
acesso venoso instalado previamente. 
A administração acidental intravascular pode acarretar em parada cardíaca 
(agravada em pacientes cardiopata e idosos!), bem como na administração intra-
articular pode ocorrer condrólise. 
Pacientes que utilizam fluvoxamina (Luvox®) não devem receber administração 
prolongada de ropivacaína (gera aumento dos níveis plasmáticos do anestésico!). 
A alcalinização dos preparados com ropivacaína geram precipitação (baixa 
solubilidade em pH > 6) 
É recomendado a administração na velocidade de 25 a 50mg/min, mantendo contato 
verbal com o paciente e sob observação da frequência cardíaca (o aumento denota 
via acidetal intravenosa!). 
Como outros de sua classe, pode provocar ainda: náusea, parestesia, vertigem, 
cefaleia, hipertensão, bradi e taquicardia, hipertermia e lombalgia. 
 
Adendo: Originalmente é uma mistura racêmica, embora as apresentações 
comercializadas apresentem apenas o isômero S. Das amidas anestésicas é a 
que produz menos toxicidade cardíaca. 
Tiopental 
 
(Thiopentax®) 
Diazinas 
 
(Tiobarbitúricos) 
Início: 
 
30 segundos (anestesia) 
 
60 segundos (hipnose) 
 
Manutenção: 
 
A cada 30 segundos 
 
Só é administrado por via 
intravenosa 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
 
Anestesia completa de curta duração 
 
Agente indutor de anestesia geral 
 
Agente auxiliar na anestesia regional 
 
Nota: Também é um agente hipnótico em anestesia 
equilibrada. 
É contra indicado em pacientes cardiopatas, asmáticos, com hipotensão ou choque, 
insuficiência circulatória e hipercapnia. 
Exige interrupção prévia de 24 horas no uso de fármacos depressores do SNC para 
evitar efeitos aditivos perigosos (hipotermia, hipotensão). Mesmo a medicação pré-
anestésica pode afetar o efeito do Tiopental. 
O uso concomitante de narcóticos aumenta o risco de apneia enquanto que o uso de 
fenotiazinas potencializa o risco de hipotensão e excitação neuromuscular. 
Dentre os eventos adversos que também merecem atençãoestão: arritmia, 
sonolência prolongada, espirros, broncoespasmos e laringoespasmos. 
Como outros barbitúricos (fenobarbital, pentotal) pode causar dependência. 
A dose de ataque para adultos é de 100 a 150mg em intervalos de 10 a 15 segundos. 
No caso de pacientes pediátricos o cálculo deve ser feito com base em 2 a 7mg/kg. 
A dosagem tende a ser individualizada de acordo com a idade, sexo e peso do 
paciente. 
 
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
TABELA DE FÁRMACOS ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS (PARTE 10) 
FÁRMACOS ADJUNTOS NA ANALGESIA 
Fármaco 
(Referência) 
Grupo 
Tempo de ação e 
via(s) de administração 
Foco Terapêutico Observações Importantes 
Diazepam 
 
(Valium®) 
 
LISTA B1 DA 
PORT. Nº 344/98 
Benzodiazepínicos 
Início: 
 
1 a 5 minutos (via intravenosa) 
 
1 hora (via intramuscular) 
 
Manutenção: 
 
A cada 8 horas (via intravenosa) 
 
Embora haja por via oral, na 
prática anestésica é relevante 
apenas a via parenteral 
(intravenosa ou intramuscular) 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
(INJETÁVEL) 
 
Agente sedante pré-operatório em procedimentos 
terapêuticos ou intervenções para pacientes ansiosos e 
tensos (também alivia o stress agudo e reduz as 
lembranças dos procedimentos) 
 
Atenção: Seu uso em casos de eclampsia deve 
considerar a relação custo x benefício para o feto e a 
mãe! 
 
ATENÇÃO: É UM AGENTE SEDATIVO 
 
Não deve ser utilizado em pacientes com menos de 6 meses de idade (reconhecido 
pelo FDA e ANVISA, embora a WHO não recomende seu uso em menores de 12 
anos). 
Não deve ser utilizado em pacientes com glaucoma de ângulo. 
Exige cautela em pacientes com insuficiência cardiorrespiratória e/ou hipercapnia, 
além daqueles que apresentem miastemia gravis. 
Há risco de pneia em pacientes que já façam uso de outros agentes depressores do 
SNC como barbitúricos, antidepressivos, anticonvulsivantes, ansiolíticos e sedativos. 
A dose de ataque em adolescentes e adultos é de 2 a 20mg tanto por via intravenosa 
como intramuscular. Contudo, a administração por via intravenosa deve ser lenta 
(0,5 a 1ml/min) para não desencadear pneia! 
É incompatível com formulações aquosas de outros fármacos (precipita!). 
Pode gerar sintomas de cansaço, sonolência e relaxamento muscular. 
Etomidato 
 
(Hipnomidate®) 
Imidazólicos 
 
(Carboimidazóis) 
Início: 
 
10 segundos 
 
Manutenção: 
 
A cada 5 minutos 
 
É administrado apenas por via 
intravenosa 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
 
Agente de indução em anestesia geral 
 
Agente de indução em procedimentos de curta duração 
(menos de 10 minutos) quando se deseja recuperação 
rápida e com equilíbrio 
 
Nota: Por ter poucos efeitos hemodinâmicos seu uso é 
particularmente útil em pacientes cardíacos e em 
cirurgias cardíacas. Seu isômero dextrógiro é a fração 
ativa da mistura racêmica. 
 
ATENÇÃO: É UM AGENTE HIPNÓTICO! 
 
O etomidato afeta a produção de cortisol e aldosterona por até 8 horas, tendo os 
níveis destes normalizados em 24 horas. 
Pacientes debilitados ou hipotensos devem receber administração lenta (10ml/min) 
pois o etomidato reduz momentaneamente a resistência vascular periférica. 
O uso em pacientes que fazem uso de opióides, neurolépticos ou agentes sedativos 
deve ter a dose reduzida (efeito potencializado!). 
Exige cautela em pacientes idosos pela possibilidade de reduzir o débito cardíaco. 
A administração concomitante de alfentanila reduz a meia vida de ação do etomidato 
(pode ficar inferior ao limiar hipnótico!). 
Em pacientes pediátricos as doses precisam ser 30% maiores que a dos adultos para 
assegurar a profundidade e duração do sono. 
A dose de ataque em adultos é de 0,2 a 0,3mg/kg sendo que a dose total não deve 
exceder 60mg. 
Pode provocar discinesia e pneia. 
 
Adendo: Possui propriedades anticonvulsivantes, útil para minimizar espasmos 
tônicos e clônicos decorrentes de outros anestésicos. Também torna seguro seu 
uso em pacientes epilépticos. 
Flumazenil 
 
(Lanexat®) 
 
LISTA C1 DA 
PORT. Nº 344/98 
Benzodiazepínicos 
Início: 
 
1 a 2 minutos 
 
Manutenção: 
 
A cada 60 segundos 
 
Sua única via de administração é 
parenteral (endovenosa) 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALTAR 
 
Encerramento de anestesia geral induzida ou mantida com 
benzodiazepínicos 
 
Neutralização de efeitos sedativos de benzodiazepínicos 
em procedimentos diagnósticos e terapêuticos de curta 
duração (ambulatorial e hospitalar) 
 
Nota: Também é utilizado no manuseio de 
inconsciência por benzodiazepínicos em UTI. 
ATENÇÃO: É UM AGENTE ANTAGONISTA DE BENZODIAZEPÍNICOS 
 
Não é indicado para pacientes com menos de 1 ano de idade. 
Não deve ser utilizado em pacientes que utilizam benzodiazepínicos no controle de 
crises epilépticas e de pressão intra-craniana (risco de desencadear crises e de 
óbito, respectivamente!) 
Exige cautela em pacientes hepatopatas e em pacientes que também usam 
antidepressivos (podem ocorrer convulsões e arritmia cardíaca!). 
Pode desencadear reações de ansiedade, palpitações e medo (ataques de pânico 
ocorrem em pacientes predispostos ou com histórico!). 
A dose de ataque é de 0,3 a 0,6mg (média de 0,2mg) administrados por 15 segundos 
e em repetições (ou adições em caso de não haver resposta) cada 60 segundos. 
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
TABELA DE FÁRMACOS ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS (PARTE 11) 
 
FÁRMACOS ADJUNTOS NA ANALGESIA 
Fármaco 
(Referência) 
Grupo 
Tempo de ação e 
via(s) de administração 
Foco Terapêutico Observações Importantes 
Midazolam 
 
(Dormonid®) 
 
LISTA B1 DA 
PORT. Nº 344/98 
Benzodiazepínicos 
Início: 
 
3 a 5 minutos 
 
Manutenção: 
 
Individualizado 
 
Embora haja apresentação por 
via oral e retal, na prática 
anestésica aqui é relevante apenas 
a via intravenosa. 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
(INJETÁVEL) 
 
Agente sedante de ação curta antes e durante 
procedimentos diagnósticos ou terapêuticos (via 
intravenosa) 
 
Pré-medicação antes de indução anestésica 
 
Indução anestésica em adultos 
 
Agente sedante em pacientes na UTI 
 
ATENÇÃO: É UM AGENTE SEDATIVO 
 
Exige cautela em pacientes pediátricos com menos de 36 semanas de vida. 
Pode provocar depressão cardiorrespiratória, especialmente em idosos e pacientes 
com cardiopatias (ICC por exemplo) e/ou insuficiência respiratória. 
Exige cautela em pacientes adictos de fármacos benzodiazepínicos! 
A amnésia anterógrada gerada é desejável em procedimentos cirúrgicos, mas sua 
duração depende da dose administrada. O efeito prolongado demanda atenção em 
pacientes ambulatoriais (não podem sair sem acompanhante). 
É necessária cautela em pacientes com miastemia gravis (efeito aditivo de fraqueza 
muscular!) 
O uso concomitante de antifúngicos azólicos aumenta as concentrações plasmáticas 
do midazolam (cuidado!). 
No preparo não deve ser misturado com soluções alcalinas (precipita!) 
Deve ser administrado lentamente na razão 1mg/30 segundos, sendo a dose de 
ataque em adultos é de 2 a 2,5mg (não exceder 5mg de dose total!). No caso de 
pacientes pediátricos a dose é de 0,05 a 0,15mg/kg. Pode ser administrado em 
infusão contínua em bolus. 
Pode provocar broncoespasmo, alucinações, eurforia, espasmos musculares, 
xerostomia, náuseas e vômitos. 
Naloxona 
 
(Narcan®) 
 
LISTA C1 DA 
PORT. Nº 344/98 
Opióides semi 
sintéticos 
 
(derivados do 
fenantreno) 
Início: 
 
1 a 2 minutos (via intravenosa) 
 
3 a 5 minutos (via intramuscular) 
 
Manutenção: 
 
A cada 2 a 3 minutos 
(via intravenosa) 
 
A cada 1 a 2 horas (via 
intramuscular no pós operatório) 
 
É de administração parenteral 
(intravenosa, intramuscular e 
subcutânea) 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
 
Agente reversivo de depressão respiratória e/ou depressão 
do SNC por fármacos opióides (por superdose ou 
intoxicação) 
 
Agente reversivo do efeito anestésico por opióides em 
procedimentos diagnósticos e terapêuticos 
 
ATENÇÃO: É UM ANTAGONISTADE RECEPTORES OPIÁCEOS 
 
Pode precipitar sintomas de abstinência em pacientes adictos de opióides com o 
efeito perdurando por até 2 horas (há variabilidade na síndrome de abstinência 
pelo grau e tipo de abstinência!). 
O efeito pode ser comprometido pelo uso de outros opióides ou fármacos agonistas-
antagonistas opióides (como a Pentazocina). 
Não produz depressão respiratória, sonolência, alucinações, miose pupilar e nem 
gera tolerância (consequentemente não gera dependência!). 
Não reverte efeitos depressivos cardiorrespiratórios (atenção!). 
Exige cautela em pacientes cardiopatas e angiopatas (pode promover taquicardia, 
fibrilação, parada cardíaca, hiper e/ou hipotensão, estresse circulatório). 
A dose máxima diária não deve ultrapassar 10mg (doses maiores podem provocar 
convulsões, picos de pressão sanguínea perda repentina da analgesia). Para 
antagonizar Buprenorfina é necessário o uso de doses no limite pois o opióide possui 
longa duração! 
A administração intravenosa é recomendada para situações de emergência. Para 
efeitos mais gradativos a via intramuscular e subcutânea são mais seguras. 
Não pode ser misturada em preparados contendo sulfitos e pH alcalino (pode 
precipitar!). 
Os eventos adversos são enfatizados na reversão abrupta dos efeitos dos opióides: 
edema pulmonar, nervosismo, espirros, calafrios, irritabilidade, cólicas, 
hiperatividade, crises de choro, diarréia, convulsões. Em recém nascidos alguns 
destes sintomas são marcantes. 
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
TABELA DE FÁRMACOS ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS (PARTE 12) 
 
FÁRMACOS ADJUNTOS NA ANALGESIA 
Fármaco 
(Referência) 
Grupo 
Tempo de ação e 
via(s) de administração 
Foco Terapêutico Observações Importantes 
Naltrexona 
 
(Révia®) 
 
LISTA C1 DA 
PORT. Nº 344/98 
Opióides semi 
sintéticos 
 
(derivados do 
fenantreno) 
Início: 
 
1 hora 
 
Manutenção: 
 
A cada 24 horas 
 
Só possui administração oral 
(comprimido revestido) 
Tratamento de dependência de opióides (e do álcool) 
 
Atenção: Deve ser parte de um programa de 
tratamento e acompanhamento incluindo profissionais 
capacitados, além do médico que acompanha o 
paciente. 
 
ATENÇÃO: É UM ANTAGONISTA DE RECEPTORES OPIÁCEOS 
 
Não deve ser utilizado em pacientes com menos de 18 anos de idade. 
Não é eficaz na crise aguda de abstinência! 
Não deve ser administrada em pacientes hepatopatas (hepatite, insuficiência 
hepática, esteatose hepática) pois o fármaco é lesivo aos hepatócitos nas doses acima 
de 50mg/dia – embora seja um fármaco hepatotóxico não idiossincrático. Por essa 
mesma razão demanda monitoramento hepático ao longo do tratamento 
(especialmente se o paciente fizer uso de outros fármacos). 
Pode precipitar crise de abstinência, com sintomas aparecendo após 5 minutos da 
ingestão de Naltrexona: confusão, alunicações, sonolência, vômitos e diarreias (os 
efeitos podem durar até 48 horas – exigindo medidas de suporte e 
monitoramento!). Isso pode ser evitado com a isenção de opióides por 7 dias antes 
da administração do fármaco. 
Dentre outros eventos adversos que merecem atenção: insônia, dificuldades para 
dormir, ansiedade, nervosismo, perda de apetite, muita sede, tonturas, problemas de 
ereção, cãibra, dores musculares e nas juntas. 
O risco de suicídio não pode ser desconsiderado em pacientes com perfil ou histórico 
(especialmente nos adictos de álcool). 
 
Adendo: É congênere da Naloxona, embora mais potente e de ação mais 
prolongada porque seu metabólito (6-β-naltrexol) também é um antagonista de 
receptores opiáceos e com meia vida superior ao seu precursor. 
Prometazina 
 
(Fenergan®) 
Fenotiazinas 
 
(Tioxantenos) 
Início: 
 
30 segundos (via intravenosa) 
 
1 hora (via intramuscular) 
 
Manutenção: 
 
A cada 4 a 6 horas 
(via intramuscular) 
 
Embora haja apresentação de via 
oral, em anestesia é relevante 
apenas a de via parenteral 
(intramuscular é recomendada, a 
via intravenosa é restrita para 
emergências). 
USO ESTRITAMENTE HOSPITALAR 
(INJETÁVEL) 
 
Agente pré-anestésico para potencializar a analgesia (ação 
sedativa) 
 
Nota: A Prometazina é originalmente conhecida por 
ser um anti-histamínico de 1ª geração, mas é aqui 
considerada por ser um forte agente sedante também 
(uso reconhecido pela OMS) e agregar efeito 
antiemético. 
 
ATENÇÃO: É UM AGENTE SEDATIVO ALTERNATIVO 
 
Não deve ser utilizado em pacientes com menos de 2 anos de idade. 
Não é recomendada para pacientes com discrasias sanguíneas, com retenção urinária 
e pacientes com glaucoma de ângulo fechado. 
Pode produzir hipotensão ortostática (atenção com pacientes hipertensos!) 
Pode mascarar reações alérgicas durante a anestesia (exige monitoramento 
cardiorrespiratório constante!). 
Exige atenção para a possibilidade de Síndrome Neuroléptica Maligna (hipertermia, 
rigidez muscular, distúrbios extrapiramidais, estado mental alterado). 
Necessária cautela no uso em pacientes que utilizam fármacos ansiolíticos, sedativos 
e barbitúricos (efeito sedativo potencializado e apnéia!). 
Exige cautela em pacientes com constipação intestinal e/ou HPB. 
Não deve ser utilizada em concomitância de pacientes tratados com tricíclicos, 
neurolépticos (especialmente outras fenotiazinas), antiparkinsonianos, IMAO, 
Metadona, Clonidina. 
A dose de ataque é de 25 a 50mg, não devendo exceder 100mg/dia. Na via 
intramuscular a aplicação deve ser profunda. 
Pode provocar xerostomia, midríase, oscilações da pressão arterial, trombocitopenia, 
leucopenia, neutropenia e anemia hemolítica. 
 
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) 
FONTES: 
 
A comparison of the effect of total intravenous anaesthesia with propofol and remifentanil and inhalational anaesthesia with 
isoflurane on the release of pro- and anti-inflammatory cytokines in patients undergoing open cholecystectomy, Anaesth Intensive 
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th
 (2012) 
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Codeine Phosphate Tablets (PSM), New Zeland Data Sheet, PSM Healthcare Limited (2018) 
Color Atlas of Pharmacology, Lüllmann, Mohr, Hein & Bieger, 5
th
 Edition (2017) 
Darvocet-N™ 50 and Darvocet™ 100 (Propoxyphene Napsylate and Acetaminophen tablets, USP 
Drug Guideline Title: Remifentanil, Liverpool Hospital – Intensive Care Unit Guideline: Pharmacology, England (2015) 
DrugBank Database (www.drugbank.ca) 
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