Buscar

BÁSICOS DA PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA E AMBIENTE CIRÚRGICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Feito por Ayane Paula – MED 14 
 
 
9 
Paramentação cirúrgica 
Aula ministrada pelo Prof. Maurilio Toscano 
Tem o objetivo de estabelecer uma proteção no centro cirúrgico contra riscos biológicos provocados por 
microrganismos presentes e liberados pelos pacientes, profissionais de saúde, materiais, equipamentos e 
ar-ambiente. 
Barreira microbiológica contra a infecção pós-operatória. 
Componentes 
1. Uniformes privativos ou vestes cirúrgicas 
Calça, jaleco, sapato fechado. Tecido de algodão, preferencialmente e devem estar limpos, não precisam 
estar estéreis. O “pijama” deve ter mangas, mas deixar os cotovelos livres. A porosidade ideal é de 7 a 
10u. Não pode usar outros trajes debaixo das vestes cirúrgicas. Preferencialmente a camisa deve estar 
ensacada, ou seja, por baixo da calça. 
2. Propés 
Devem ser colocados antes da área restrita do centro cirúrgico (CC). Podem ser descartáveis ou 
reprocessáveis. Eficácia no controle de infecções hospitalares questionável. 
3. Gorros ou toucas 
Devem ser colocados antes da área restrita do CC. Podem ser reprocessáveis (tecido de algodão) ou 
descartáveis. Não precisa ser estéril. 
4. Máscaras cirúrgicas ou protetores respiratórios 
Podem ser descartáveis (polipropileno/poliéster) ou reprocessáveis (tecido de algodão). Não precisam 
ser estéreis, devem ser trocadas em cirurgias mais longas (com mais de 4 horas) ou após serem sujas ou 
molhadas. Não devem ser guardadas no bolso para reutilização. Eficaz na filtração de partículas maiores 
que 5 micro. 
 
5. Protetores oculares ou óculos ou máscaras protetoras dos olhos 
 
6. Aventais cirúrgicos 
Devem ser estéreis e trocados quando sujos ou em cirurgias prolongadas. Deve oferecer cobertura 
completa do tronco e pescoço, MMSS até os punhos e MMII até os joelhos. 
Eficácia quanto à prevenção de contaminação e ISC (infecções de sítio cirúrgico): elevada e são 
semelhantes entre os diversos materiais. 
Precisamos levar em consideração sempre: o tempo cirúrgico e a quantidade de perda sanguínea e de 
outros fluidos. Os aventais têm uso dispensável na robótica. 
Feito por Ayane Paula – MED 14 
 
 
10 
 
 
 
7. Luvas 
Látex, estéreis, descartáveis (tamanho de 5 a 9,5). Podem sofrer desgastes, furos, rasgos, dependendo 
do tipo e duração da cirurgia. Obs: luvas duplas cirúrgicas > 1h ou trocar a cada duas horas. 
 
Banho do paciente 
 Tomar banho com água e sabão antes da realização da cirurgia (noite da véspera ou na manhã do 
procedimento) 
 O banho com antissépticos devera ser reservado a situações especiais, como: cirurgia de grande porte, 
cirurgias om implantes ou casos de surtos. 
 Realizar higiene oral com clorexidie a 0,12% nos casos de intubação orotraqueal. 
Tecidos de algodão reprocessável X Descartáveis 
Tecidos de algodão reprocessáveis 
✓ Menos poluentes 
X Não há uma padronização de sua confecção (não há padronização na barreira para líquidos e 
penetração de microrganismos), o número de reprocessamentos pode alterar a composição original. 
Descartáveis 
✓ Podem ser totalmente impermeáveis ou semi-impermeáveis ou podem ser de composição mista (com 
reforço na frente e nos antebraços 
X Ausência de normas sobre suas especificações técnicas (porosidade) 
X Aumento de lixo e materiais não degradáveis 
Feito por Ayane Paula – MED 14 
 
 
11 
 
 
Tricotomia 
 Não deve ser feita de rotina. 
 Se necessária realizar momentos antes da incisão cirúrgica e fora da sala operatória. 
 Usar tricotomizador elétrico, evitar o uso de laminas. 
A lamina quebra a integridade cutânea, causando risco de infecção. 
 
Escovação cirúrgica 
 
Obs: Estudo da Cochrane conclui que a 
escovação não necessariamente precisa da 
escova, mas sim deixar o antisséptico em 
contato com a pele por um tempo determinado, 
esfregar a mão é igualmente compatível a 
esfregar com a escova.E a Clorexidina é melhor 
que iodo. 
Feito por Ayane Paula – MED 14 
 
 
12 
 
Na degermação eu devo promover: eliminação da microbiota transitória, a redução da microbiota residente 
e o retardamento da recolonização da microbiota residente, pelo efeito residual. 
PASSOS 
1) Lavar com sabão as mãos, antebraços e cotovelos; 
2) Recolher com as mãos em concha o antisséptico e espalhar nas mãos, 
antebraço e cotovelo. No caso de escova impregnada com anti-séptico, 
pressione a parte da esponja contra a pele e espalhe por todas as partes 
3) Palma da mão, dorso da mão, antebraço inteiro, cotovelos, dedos, 
interdigitais, unhas. Sempre com movimentos unilaterais de cima para 
baixo. 
4) Limpar sob as unhas com as cerdas da escova ou com limpador de unha 
sob água corrente. 
5) Friccionar as mãos, observando espaços interdigitais e antebraços por no 
mínimo de 3 a 5 minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos. 
6) Enxaguar as mãos com água corrente, no sentido mãos – cotovelos, 
retirando o resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho 
ou pés, se a torneira não possuir sensor. 
7) Secar com batidinhas com pano estéril 
CALÇANDO LUVAS CIRÚRGICAS 
 
 
 
 
 
 
Microbiota transitória: também conhecida como microbiota de contaminação, é composta por 
microrganismos diversos e de virulências variadas. Nem sempre estão presentes na superfície da pele da 
maioria das pessoas e são removidas facilmente. Ex: E. coli (que tem condições mínimas de sobrevivência 
sobre a pele) 
Microbiota residente: é constituída por microrganismos capazes de sobreviver e se multiplicarem na 
superfície cutânea e folículos pilosos, sendo, portanto, de difícil remoção. Ex: os estafilococos coagulase 
negativa, corybactéria (difteróides), acinetobactérias e outros 
Feito por Ayane Paula – MED 14 
 
 
13 
Ambiente Cirúrgico 
Aula ministrada pelo Prof. Gilberto Pagnossin 
Unidade de Centro Cirúrgico é o conjunto de elementos destinados às atividades cirúrgicas, bem como à 
recuperação pós-anestésica e pós-operatória imediatas (Ministério da Saúde). 
Unidade de Centro Cirúrgico é o conjunto de ambientes, devidamente localizados, dimensionados, inter-
relacionados e dotados de instalações e equipamentos, com pessoal qualificado e treinado para a realização 
de procedimentos cirúrgicos, de forma a oferecer o máximo de segurança aos pacientes e às melhores 
condições de trabalho para a equipe técnica (Lamb, 2000). 
 
Normatizações 
Portaria MS nº 400/77 
Portaria GM/MS 1889/94 
RDC-50 - 2002 
RDC-307/2002 
No centro cirúrgicos temos algumas atividades básicas, como a realização de procedimentos 
cirúrgicos, podemos recepcionar e transferir pacientes; assegurar a execução de procedimentos pré-
anestésicos e executar procedimentos anestésicos nos pacientes; Realizar a correta escovação das mãos; 
Executar cirurgias em regime de rotina ou em situações de urgência; Realizar relatório médico, de 
enfermagem e registro das cirurgias realizadas; Proporcionar cuidados pós-anestésicos; Garantir apoio 
diagnóstico necessário e retirar órgãos para transplantes; 
Para um centro cirúrgico adequado devemos também ter um planejamento físico adequado. A 
localização do centro cirúrgico deve ocupar uma área independente da circulação geral deixando a área 
afastada do livre trânsito de pessoas e materiais estranhos. Deve, ao mesmo tempo, possibilitar o acesso 
fácil de pacientes e isso é feito através de unidades de pronto-socorro, de internação cirúrgica e de terapia 
intensiva. 
O dimensionamento deve ser determinado pelo número de leitos que se pretende colocar, da 
especialidade que ali irá atuar, do número de cirurgias que serão realizadas no dia, qual será o horário de 
funcionamento e depende também do material disponível. 
Segundo a RDC 50 e 370/2002, devemos ter PARA CADA SALA DE OPERAÇÃO, 50 LEITOS NÃO 
ESPECIALIZADOS E 15 LEITOS CIRÚRGICOS. 
 
Planejamento físico 
1. Localização 
“A anestesia e a cirurgia conturbam todos os 
principais sistemas corporais.” BRUNNER & 
SUDDART, 2004 
Feito por Ayane Paula – MED 14 
 
 
14 
2. Dimensionamento 
3.Componentes do Ambiente 
4. Funcionamento 
LOCALIZAÇÃO 
 Ocupar área independente de circulação geral 
- Livre do transito de pessoas 
- Livre de materiais estranhos ao serviço 
- Exceção: obstetrícia 
 Possibilitar o acesso fácil de pacientes 
- Unidade de internação cirúrgicas 
- Pronto socorro 
- Terapia intensiva 
DIMENSIONAMENTO 
 Número de leitos 
1 sala de operação para cada 50 leitos não especializados 
1 sala cirúrgica para cada 15 leitos cirúrgicos 
RDC 50 e 307 / 2002 
 Especialidade 
 Número de cirurgias / dia 
 Horário de funcionamento 
 Material disponível 
COMPONENTES DO AMBIENTE 
Área crítica ou restrita: Área de atendimento ao paciente no intraoperatório, ou seja, é a sala de cirurgia. 
Área semiciritica ou semi-restrita: Áreas de atendimeto assistencial no pré e pós-operatório – recuperação 
anestesica, guarda de materiais e equipamentos, corredores. 
Área não crítica ou não restrita: São todos os demais compartimentos não ocupados por pacientes – 
vestiários, secretaria, recepção interna, anatomia patologica, Rx, conforto da equipem local de acesso dos 
profissionais do bloco. 
 
Estrutura da sala de cirurgia 
Feito por Ayane Paula – MED 14 
 
 
15 
 Tamanhos: 
Grande 36 m² 
Média 25 m² 
Pequena 20 m² 
 Paredes: 
Cantos arredondados 
Revestimento de material resistente e anti-acústico 
Superfície lisa, não porosa, resistente, de cor leve, lavável. 
Menor número possível de ranhuras ou frestas. 
 Piso: 
Resistente a água e desinfetantes, de superfície lisa e fácil limpeza 
Não poroso 
Não contém ralos, nem frestas 
Ser pouco sonoro e autonivelante 
 Portas: 
Amplas, de fácil abertura, com visor e cor neutra 
Revestidas com material lavável e que evitem o acúmulo de poeira 
Dimensões mínimas: 1,20 x 2,10 
 Janelas 
Localizadas para permitir a entrada de luz natural; Lacrada; 
Persianas recobertas por vidros foscos - limpeza e escurecimento da SO; 
 Equipamentos fixos 
Foco central; 
Negatoscópio; 
Sistema de canalização de ar e gases; 
Suporte de soro fixo; 
Ar condicionados; 
Equipamentos especiais 
 Equipamentos móveis 
Mesa cirúrgica e acessórios; 
Aparelho de anestesia; 
Mesas auxiliares; 
Bisturi elétrico; 
Aspirador de secreções; 
Foco auxiliar; 
Banco giratório; 
Balde inoxidável com rodízio; 
Escada de dois degraus; 
Aparelhos monitores; 
Carro ou mesa para material estéreis; 
Equipamentos posicionamento do paciente: 
Equipamentos especiais 
 Sistemas de Abastecimento Equipamentos básicos 
Feito por Ayane Paula – MED 14 
 
 
16 
Oxigênio c/ fluxômetro 
Ar comprimido 
Vácuo clínico 
Sinalização de enfermagem 
Tomadas 110 e 220w 
 Iluminação – FOCO 
Eliminação de sombras: luz de várias direções; 
Redução do calor: L lâmpadas e filtros atérmicos; 
Intensidade adequada: conforto para a equipe; 
Eliminação de reflexos: material metálico fosco; 
Iluminação geral proporcional: diminuir contraste; 
Estrutura da sala de recuperação anestésica 
 Equipamentos e materiais de suporte respiratório 
Ventiladores mecânicos; 
Máscaras e cateteres (O2); 
Ar comprimido E Vácuo clínico 
Sondas aspiração; 
Carrinho emergência (com material para intubação e ventilação manual); 
Soro e transfusão, cateteres, seringas, agulhas, etc...; 
 Outros 
Aparelhos para medida pressão venosa; 
Equipamentos e materiais de suporte cardiovascular; 
Monitor cardíaco; 
Oxímetro de pulso; 
Esfigmomanômetro, PNI; 
 
Ar condicionado 
O ar é uma via de transmissão de bactérias e fonte de contaminação. Cerca de 30.000 a 60.000 
microrganismos podem depositar-se no campo operatório por hora. 
 O ar condicionado tem algumas funções no campo cirúrgico: 
 Função de exaustão; 
- O dimensionamento varia de acordo com o porte e complexidade do Bloco cirúrgico; 
- Deve ter no mínimo 2 macas; 
- Nº de macas = nº Salas de Cirurgia + 1 
- Distância entre leitos = 0,8m; 
- Distância entre leitos e parede (exceto cabeceira) = 0,6m; 
- Deve ter sistemas de Abastecimento, Instalações e Equipamentos básicos 
Feito por Ayane Paula – MED 14 
 
 
17 
 Remoção de odores, calor e gases anestésicos voláteis; 
 Controle bacteriológico; 
 Filtragem do ar; 
 Retirar e impedir entrada de partículas contaminantes; 
 Troca de ar 25 x / hora; 
 Pressão positiva no interior da sala – exceção: caso o paciente não seja portador de uma doença 
aerossol a pressão deve ser negativa. 
 Conforto térmico; 
 Controle da temperatura e umidade; 
 Para as salas específicas de transplante – AR + fluxo laminar (filtra completamente das partículas) 
 
 
 
 
 
 
FUNCIONAMENTO 
 Funcionários 
- Básicos; 
- Técnicos e especializados; 
 Provisionamento; 
- Materiais descartáveis; 
- Materiais permanente – manutenção; 
- Rouparia; 
 Característica dos usuários – cirurgião, anestesista, paciente; 
 Sistema de reposição; 
 Número e tipo de procedimentos; eletivos e Urgências; 
 Horário de funcionamento; 
O Bloco cirúrgico deve possuir sistema de emergência com gerador próprio, capaz de assumir 
automaticamente o suprimento de energia e mantê-la. 
 
Cancelamento de cirurgia 
 Impossibilidade pessoal; 
 Impossibilidade de material médico e equipamentos; 
Feito por Ayane Paula – MED 14 
 
 
18 
 Impossibilidade do paciente; 
 Alteração da programação cirúrgica; 
 Problemas anestésicos; 
 Outras causas; 
 HOSPITAL DAS CLÍNICAS, Usp 2007 
Referentes à estrutura organizacional - 27%; 
Relacionados às equipes médicas - 61,7%; 
Relativos aos pacientes- 2,99%; 
Relacionados à equipe de enfermagem - 1,79%; 
Outros motivos - 6,88 %

Continue navegando