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Síndrome Vestibular Periférica

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Bruna Oliveira – 144 
Aula de Mariana 2021.1 
S ndrome Vestibular Perif rica 
Labirinto não é o único responsável pelo equilíbrio, há outras 
estruturas envolvidas como a visão e a propriocepção. 
 
Diagnóstico topográfico → diagnóstico etiológico 
Anamnese 
• História 
• Característica dos sintomas 
• Antecedentes pessoais e familiares 
• Fatores desencadeantes 
• Fatores agravantes 
• Fatores de alívio 
• Sintomas associados (auditivos) 
Exame físico 
Marcha 
Exame ORL (otoscopia/acumetria) 
Equilíbrio estático – Teste de Romberg 
Equilíbrio dinâmico (untemberg) 
Nistagmo 
• Espontâneo 
• Semi espontâneo: pede para acompanhar o dedo; 
Não lateralizar o objeto mais de 30°, pois isso pode 
gerar um nistagmo de acomodação, que é 
fisiológico 
• de posição 
Pares cranianos – afastar causas centrais 
Aval cerebelar (índice nariz, dismetrias, disdiacococinesia) 
HINTS: 
• Head Impulse test (HI): teste de impulso cefálico: 
o Pede para o paciente focar em um ponto 
e faz movimentos rápidos com a cabeça 
dele 
o Atraso é sinal de comprometimento 
periférico. No central, esse teste é normal. 
o Ipsilateral 
• Nistagmo (N) 
o Componente lento (gerado pela disfunção 
vestibular) + rápido (tentativa de correção 
do sistema reticular). A posição é 
determinada pelo componente rápido. 
o Se mudar de direcionamento ou for vertical, 
pensar em causa central 
o O nistagmo de causa periférica é horizontal 
e unidirecional. A fixação do objeto pode 
inibir o nistagmo, pode usar um óculos 
babadeiro ai pra evitar isso. 
o Bate para o lado do labirinto lesado se for 
uma hiperexitação. Se for hipoexcitante, 
inverte. 
• Teste de Skew deviation (TS): desvio do eixo central 
do olhar 
o Oclui um olho, mostra um objeto e observa 
o eixo 
o O normal é não ter desvio do eixo vertical. 
o Central → eleva ou abaixa o globo ocular 
 
O quadro central em uma emergência, pensa em AVC e 
coisas mais súbitas, que necessitam de tratamento 
específico imediato. 
Obs: nos quadros de neurite aguda (viral), a alteração do 
equilíbrio é intensa, podendo confundir com central. 
 
Métodos complementares 
• Audiometria (mesmo se não tiver queixa auditiva) 
• Eletronistagmografia (ENG) / 
Videoeletronistagmografia (VNG): avalia o reflexo 
vestibuloocular através de estímulos visuais 
• Exames laboratoriais: hematológicos, bioquímica, 
hormonal 
• Radiografia cervical 
• Doppler carotídeo vertebral: deficiência na 
vascularização pode gerar quadros de deficiência 
labiríntica 
• TC, RM ou angio RMN 
 
Tratamento 
Primeira coisa que tem que fazer é descobrir se é central 
ou periférico 
Crise aguda periférica 
• Tranquilizantes / sedativos 
• Antieméticos 
• Depressores labirínticos 
• Procurar etiologia (transtornos vestibulares): 
o Vertigem Postural Periférica Benigna (VPPB) 
o Doença meniere 
o Neurite vestibular 
o Lab. Metabólica 
o Doenças infecciosas 
o Labirintopatia imunomediada 
o Ototoxicoses 
o Síndromes cervicais 
o Fístulas perilinfáticas 
o Labirintite: quadro infeccioso do labirinto→ por 
otite média aguda ou meningite (nesse caso, pode 
afetar severamente a audição de forma 
permanente) 
VPPB 
Fisiopatologia: cristais de carbonato de cálcio (odólitos) do 
vestíbulo podem se desprender da mácula e se deslocarem 
para os canais semicirculares, levando a alteração da 
 Periférica Central 
Alt. Do Equilíbrio Leve a moderada Intensa 
Náusea e vômitos Intensos Variável 
Sintomas auditivos Comuns Raros 
Sintomas neurológicos Raros Comuns 
Compensação Rápida Lenta 
Bruna Oliveira – 144 
Aula de Mariana 2021.1 
corrente endolinfática, levando a vertigem quando assume 
determinada posição (sensação rotatória). 
 
Características clínicas: 
• Crise vertiginosa súbita de curta duração 
• Desencadeada por mudança de posição da cabeça 
(hiperextensão, decúbito lateral) 
• Canal posterior é o mais acometido (estimulado 
nessas posições acima) 
 
Diagnóstico: 
• Manobra de Dix-Hallpike: movimentação da cabeça 
do paciente de forma a promover o deslocamento 
da endolinfa e, consequentemente, da cúpula do 
canal semicircular posterior. Na manobra de Dix-
Hallpike, o paciente está inicialmente em posição 
sentada, com a cabeça rodada lateralmente (direita 
ou esquerda, conforme o lado a ser testado), em 
aproximadamente 45 graus. Com o examinador 
segurando a cabeça do paciente, promove-se um 
brusco e rápido movimento de deitar, em decúbito 
dorsal horizontal. Ao ser deitado, por não haver uma 
fixação horizontal da cabeça, esta fica pendente 
para trás, em aproximadamente 30 graus. O 
paciente fica imobilizado nessa posição, com os 
olhos abertos e olhar fixo. Nos portadores de VPPB, 
ocorre um evidente nistagmo, alguns segundos após 
o estímulo (com latência), que dura menos de 45 
segundos (esgotável) 
• Nistagmo horizonto-rotatório 
 
Tratamento: 
• Crise: 
o Manobra de Semont: feita com o objetivo 
de liberar os otólitos 
 
o Manobra de Epley: vai rotacionado a 
cabeça de forma lenta, começando pelo 
lado acometido e o cristal vai se deslocando 
Ménière 
Acometimento cócleo-vestibular 
 
4ª e 6ª décadas 
 
Fisiopatologia: Hidropsia endolinfática existe, mas não é a 
causa. Tem muitas situações que podem estar envolvidas na 
causa dessa alteração que leva a Hidropsia. 
Repercussões da hidrópsia – tétrade de Ménière 
• Vertigem episódica 
• Hipoacusia flutuante: melhora audição quando sai da 
crise 
• Zumbido 
• Plenitude aural: sons percebidos de forma abafada 
 
Com o passar do tempo, pode haver uma perda auditiva 
definitiva, e a vertigem vai melhorando, pois há uma 
destruição do labirinto 
 
Neurite Vestibular 
Vertigem de início súbito, geralmente desencadeadas por 
outra infecção, com etiologia normalmente viral. 
Sem sintomas auditivos associados 
Bruna Oliveira – 144 
Aula de Mariana 2021.1 
Duração prolongada 
Autolimitado 
Desequilíbrio 
Sintomas autonômicos 
 
Tratamento não medicamentoso 
• Orientação dietética: evitar substâncias irritantes 
ao labirinto, como café, chocolate, álcool etc 
• Mudança de hábitos de vida 
• Retirada de medicamentos 
• Manobras de reposições (VPPB) 
• Reabilitação vestibular 
 
Considerações finais: 
• Diferenciar as causas 
• Tratar desconforto do paciente (sair da crise) 
• Investigar a causa 
• Tratamento individualizado

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