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1. Quais bactérias estudadas nesta unidade capazes de produzir urease? - H.pylori - P mirabilis - Staphylococcus saprophyticus, - Staphylococcus epidermidis, - Klebsiella pneumoniae 2. Qual a finalidade da produção desta enzima? A colonização da mucosa gástrica pelo H. pylori requer um complexo processo adaptativo. O fator-chave, que permite à bactéria sobreviver à acidez gástrica e atravessar o lúmen do estômago, é a enzima urease, que converte a uréia em amônia e bicarbonato. 3. Cite pelo menos 3 fatores de virulência da bactéria H. pylori. Flagelos: a motilidade flagelar tem sido demonstrada como sendo essencial na habilidade que a bactéria possui de mover-se no suco e muco gástrico, permitindo assim penetração na mucosa e sobrevivência do organismo no estômago humano. Urease: a bactéria expressa altos níveis desta enzima que hidrolisa a uréia, fisiologicamente presente no suco gástrico, em bicarbonato e amônia iônica, elevando o pH da mucosa gástrica de 6,0 para 7,0 tornando-se básico, protegendo o microorganismo dos efeitos deletérios do pH ácido do estômago podendo ter acesso à camada protetora de muco. Enzimas degradativas: a produção de proteases A e fosfolipases leva à degradação das membranas das células epiteliais e do complexo lipídico-glicoprotéico da camada de muco, aumentando a solubilidade do mesmo, acarretando danos à mucosa gástrica. Mecanismos de escape: o lipopolissacarídeo (LPS) presente na parede celular bacteriana possui baixa imunogenicidade, importante no processo de escape da bactéria ao sistema imune do hospedeiro. 4. Como pode ser realizado o diagnóstico da infecção por H. pylori? Métodos Invasivos: - Biópsia do corpo e antro gástrico; Bacterioscopia; Cultivo e isolamento; Imunohistoquímica; e Teste da uréia. Métodos não Invasivos: - Teste do “hálito de uréia”; Pesquisa de antígeno nas fezes; Sorologia para H. pylori (não monitora tratamento); Testes moleculares. 5. Um paciente com dor abdominal, inchaço e arroto tem quadro clínico compatível com qual ou quais caso (s) clínico (s) estudado (s) nesta unidade? - Gastrite / Úlcera provocadas por H.pylori. 6. Gastrite e câncer estão associados a presença da infecção assintomática por H. pylori? Justifique. H. pylori está associada a vários distúrbios do trato gastrointestinal superior, bem como dos órgãos associados, tais como Gastrite Crónica, Úlcera Gástrica e Linfoma de Tecido Linfoide Associado à Mucosa (MALT) e constitui um importante fator de risco para o carcinoma gástrico. 7. O diagnóstico negativo do teste rápido da urease em amostra proveniente de biópsia digestiva descarta a possibilidade de infecção por H. pylori? Justifique Resultado negativo do teste da urease não descarta a possibilidade de infecção ou colonização por H. pylori, uma vez que a mucosa gástrica não é colonizada de forma homogênea. 8. Quais os principais microrganismos causadores de infecções no trato urinário? - Escherichia Coli - Staphylococcus saprophyticus Klebsiella pneumoniae Proteus spp. Enterococcus spp. Enterobacter spp 9. Relacione 5 fatores predisponentes para infecção urinária e comente sobre as formas de prevenção. - Relação sexual, espermicida, diafragma; - Fatores genéticos; Infecção prévia; Deficiência de estrógenos, gravidez; Fatores obstrutivos, anormalidades congênitas; Diabetes e rim policístico. Formas de prevenção: • Ingestão de líquidos em grande quantidade; • Não reter urina; • Corrigir alterações intestinais como diarreia ou obstipação; • Micção antes e após relação sexual; • Estrógeno para as mulheres na pós-menopausa sem contraindicação hormonal; • Evitar o uso do diafragma e espermicidas; • Tratamento adequado do diabetes mellitus. 10. Como podemos classificar as infecções urinárias? - Quanto à topografia: altas (pielonefrite, ureterites) e baixas (cistites, uretites, prostatite e epididimite); - Quanto aos fatores predisponentes: complicadas (pielonefrite) e não complicadas (cistite); - Quanto à evolução (episódio único, recidiva, reinfecção, ITU crônica, ITU recorrente). 11. Um paciente com ITU pode vir a óbito por conta deste problema? Se sim, explique como. Sim. Caso não tratado adequadamente, a ITU pode evoluir para uma sepse podendo ser fatal. 12. O que faz com que um paciente diabético tenha quadros recorrentes de ITU? O diabético pode apresentar níveis aumentados de glicose na urina, o que aumenta o risco de crescimento de bactérias e consequente infecção. 13. Comente a respeito da patogênese de E. coli e de. P mirabilis durante a infecção no trato urinário. Os uropatógenos Escherichia coli e Proteus mirabilis são patógenos que representam as UTIs. - Fatores de virulência que são comuns para esses patógenos incluem : fímbrias, flagelos, sideróforos, toxinas e mecanismos de evasão do sistema imune. - Fatores adicionais que contribuem para a infecção da E. coli são as comunidades bacterianas intracelular e a produção de urease pelo P. mirabilis no qual pode resultar em formação de cálculos no trato urinário. 14. Como diferenciar os microrganismos citados a cima no laboratório de microbiologia? - E. Coli: Bacilo gram-negativo. • Anaeróbio facultativo. • Móvel • Fermenta lactose. • Reduz nitrato a nitrito • Capaz de invadir e se replicar dentro das células uroepitélias. - Proteus mirabilis • Gram-negativa • Anaeróbica facultativa, bastonete • Móvel • Não fermenta lactose • Produz grandes quantidades de urease 15. Como identificar bactérias da família Enterobacteriacea? O que espero visualizar após realizar a coloração de gram? Enterobacterias: - Bacilos Gram negativos - Anaeróbios facultativos - Fermentadores de glicose - Alguns fermentam lactose - Maioria são móveis - Crescem em meios comuns - Não esporulam - Reduzem nitrato a nitrito - Oxidase-negativas - Crescem bem nos meios comuns de cultura e nos meios seletivos para enterobactérias como o ágar Mac Conkey. Fermentam a glicose com ou sem a formação de gás. A maioria é catalase positiva e oxidase negativa, A maioria reduz o nitrato a nitrito. - Verifica-se a motilidade: crescimento difuso; - Indol: o surgimento de coloração vermelha intensa caracteriza prova positiva; - Produção de H2S: o surgimento de uma coloração negativa caracteriza reação positiva. 16. No trato digestivo, qual o local que se espera encontrar um maior número de microorganismos e qual o motivo que favorece isto? No intestino. A comunidade bacteriana desempenha funções importantes no nosso organismo, dentre elas, destaca-se: • antibacteriana/protetiva • imunomoduladora • nutricional • metabólica Impedir a colonização por patógenos do meio externo e o possível desenvolvimento (meio antagonismo microbiano); Ajudar na absorção de nutrientes; Sintetizar vitaminas importantes (vit. K, complexo B...); Degradar produtos tóxicos; Participar da modulação do sistema imune do hospedeiro. 17. O que significa eubiose e disbiose? A eubiose é quando a colonização de bactérias intestinais possui uma diversidade ideal que melhora as nossas defesas imunológicas e a digestão, nos protegendo de doenças. Por outro lado, a disbiose é o desequilíbrio nesta diversidade nos deixando propensos a doenças e mal estar. 18. A microbiota intestinal em desequilíbrio gera danos apenas locais. Certo ou errado? Errado. “Pequenas alterações em um local podem ter repercussões sistêmicas em diversos processos” Quando a disbiose acontece por muito tempo, pode haver maior risco da pessoa desenvolver doenças mais graves como intolerância à lactose, doença celíaca, síndrome do intestino irritável, doenças do coração, Alzheimer,câncer no reto, ou doenças do sistema imunológico como artrite, lúpus ou diabetes tipo 2. “A relação intestino/cérebro é dada fundamentalmente por meio do sistema nervoso autônomo, das fibras do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático que controlam as funções intestinais. Assim, há o envio de informações do cérebro para regular o intestino, mas também há o retorno para o cérebro. Esse processo, afirma Silva, implica que “qualquer tipo de substância liberada no intestino, como, por exemplo, os mediadores inflamatórios, ou toxinas de bactérias estranhas, pode ser sinalizado através do nervo vago e atuar sobre o sistema nervoso central”. 19. Explique o que causa a intolerância a lactose, como diagnosticar e como tratar. - Intolerância à lactose é o nome que se dá à incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar existente no leite e seus derivados. Ela ocorre quando o organismo não produz, ou produz em quantidade insuficiente, uma enzima digestiva chamada lactase, que quebra e decompõe a lactose, ou seja, o açúcar do leite. Como consequência, essa substância chega ao intestino grosso inalterada. Ali, ela se acumula e é fermentada por bactérias que fabricam ácido lático e gases, promovem maior retenção de água e o aparecimento de diarreias e cólicas. - Além da avaliação clínica, o diagnóstico da intolerância à lactose pode contar com três exames específicos: teste de intolerância à lactose, teste de hidrogênio na respiração e teste de acidez nas fezes. - A intolerância à lactose não é uma doença. É uma carência do organismo que pode ser controlada com dieta e medicamentos. No início, a proposta é suspender a ingestão de leite e derivados da dieta a fim de promover o alívio dos sintomas. Depois, esses alimentos devem ser reintroduzidos aos poucos até identificar a quantidade máxima que o organismo suporta sem manifestar sintomas adversos. A principal forma de tratamento é uma dieta com baixo ou nenhum consumo de lactose. Em média, pessoas intolerantes toleram até 12 g dessa substância por dia. Essa conduta terapêutica tem como objetivo manter a oferta de cálcio na alimentação, nutriente que, junto com a vitamina D, é indispensável para a formação de massa óssea saudável. Suplementos com lactase e leites modificados com baixo teor de lactose são úteis para manter o aporte de cálcio, quando a quantidade de leite ingerido for insuficiente. 20. Faça uma tabela contendo as principais bactérias do gênero Clostridium que impactam a saúde humana (nome, características, fatores de virulência, manifestações clínicas e patogênese da infecção) Clostrídios são bactérias que residem comumente no intestino de adultos e recém-nascidos saudáveis. Os clostrídios habitam também em animais, no solo e na vegetação em decomposição. Essas bactérias não requerem oxigênio para viver. Ou seja, são anaeróbios. Há muitas espécies diferentes de clostrídios. A infecção mais comum por clostrídios é a gastroenterite (intoxicação alimentar por Clostridium perfringens), uma infecção geralmente leve que normalmente se resolve por si só. Infecções sérias por clostrídios são relativamente raras, mas podem ser fatais. Os clostrídios causam doença de formas diferentes, dependendo da espécie: A bactéria (Clostridium botulinum) pode produzir uma toxina nos alimentos, os quais são depois consumidos, conforme ocorre no botulismo transmitido pelos alimentos. As bactérias podem ser consumidas nos alimentos, depois multiplicar-se e produzir uma toxina no intestino, como ocorre na intoxicação alimentar por Clostridium perfringens. Os esporos dos clostrídios, que são formas inativas (dormentes) da bactéria, podem penetrar no corpo através de uma ferida e se transformar em bactérias ativas que produzem uma toxina, como ocorre no tétano. Os esporos possibilitam às bactérias sobreviverem quando as condições ambientais são difíceis. Quando as condições são favoráveis, cada esporo germina para uma bactéria ativa. O uso de antibióticos pode permitir aos clostrídios, que já podem estar presentes no intestino grosso, crescer excessivamente e produzir duas toxinas, como ocorre na colite induzida por Clostridioides (antes, Clostridium) difficile associada a antibióticos. As bactérias clostrídios podem penetrar através de uma ferida, multiplicar-se e produzir uma toxina que destrói o tecido, como ocorre na gangrena gasosa. Os clostrídios podem afetar a vesícula biliar, o cólon e os órgãos reprodutores femininos. Se os clostrídios infectarem o cólon de pessoas com baixa contagem de glóbulos brancos (como aquelas que têm leucemia ou que estão sendo tratadas com quimioterapia para câncer), podem causar uma doença com risco à vida chamada enterocolite neutropênica. Raramente, uma espécie, Clostridium sordellii, causa síndrome do choque tóxico em mulheres que têm uma infecção dos órgãos reprodutores. Essas infecções podem ocorrer após um após um aborto espontâneo, aborto induzido, parto de um bebê ou, às vezes, um procedimento ginecológico. Intoxicação alimentar por Clostridium perfringens A intoxicação alimentar por Clostridium perfringens (um tipo de gastroenterite) pode surgir quando as pessoas comem alimentos (geralmente carne) que contêm clostrídios. Os clostrídios se desenvolvem a partir de esporos, os quais podem sobreviver ao calor do cozimento. Se o alimento que contiver esporos não for consumido logo depois de ser cozido, os esporos se desenvolvem em clostrídios ativos que, então, se multiplicam no alimento. Se o alimento for servido sem reaquecimento adequado, os clostrídios serão consumidos. Elas se multiplicam no intestino delgado e produzem uma toxina que causa diarreia aquosa e dores abdominais. A intoxicação alimentar por Clostridium perfringens é geralmente leve e se resolve dentro de 24 horas. Mas, raramente, ela é grave, principalmente em pessoas muito jovens e em pessoas idosas. O médico normalmente suspeita do diagnóstico de intoxicação alimentar causada por Clostridium perfringens quando há um surto local da doença. O diagnóstico é confirmado por meio do exame dos alimentos contaminados ou das amostras de fezes de pessoas infectadas quanto à presença de Clostridium perfringens e sua toxina. Para prevenir a intoxicação alimentar, as pessoas devem refrigerar imediatamente os restos de carne cozida e reaquecê-los totalmente antes de serem servidos. O tratamento de intoxicação alimentar por Clostridium perfringens inclui beber grandes quantidades de líquido e repousar. Não são usados antibióticos. Infecções pélvicas e abdominais por clostrídios As bactérias clostrídios, geralmente Clostridium perfringens, estão frequentemente envolvidas em infecções abdominais, geralmente com outras bactérias (chamadas infecções anaeróbias mistas). As infecções por clostrídios podem se desenvolver quando há uma laceração no intestino. Os clostrídios também podem infectar a vesícula biliar e órgãos na pelve, como o útero, as trompas de Falópio e os ovários. Os clostrídios geralmente infectam o útero após o parto de um bebê ou após um aborto feito em condições que não são estéreis. As infecções do abdômen e da pelve por clostrídios são graves e, às vezes, fatais. Os clostrídios produzem grandes quantidades de gás que podem formar bolhas gasosas e de líquido no tecido infectado. Muitas vezes, a infecção bloqueia os vasos sanguíneos pequenos, e o tecido infectado morre, causando gangrena gasosa. Os sintomas incluem dor e febre. O abdômen fica sensível ao toque. Se o útero estiver infectado, as mulheres podem apresentar um corrimento vaginal sanguinolento de odor desagradável. Para diagnosticar infecções abdominais e pélvicas por clostrídios, os médicos coletam amostras de sangue ou de tecido infectado. Essas amostras sãoexaminadas e enviadas para um laboratório, onde as bactérias, se presentes, podem ser cultivadas e identificadas. Os médicos podem tirar radiografias para verificar a presença de gás produzido por clostrídios. O tratamento de infecções abdominais e pélvicas por clostrídios envolve cirurgia para remover o tecido infectado e morto (chamado debridamento). Antibióticos, como penicilina, são administrados durante pelo menos uma semana. Às vezes, se um órgão (como o útero) estiver gravemente infectado, ele é removido. Esse tratamento pode salvar uma vida. Enterite necrosante por clostrídio A enterite necrosante por clostrídio também é chamada enterite necrótica ou pigbel. Essa infecção é causada por Clostridium perfringens e normalmente afeta o intestino delgado (principalmente o jejuno). A infecção varia de leve a grave e pode ser fatal, se não for tratada de imediato. Essa infecção rara ocorre principalmente em lugares onde as pessoas consomem dietas com baixo teor proteico. O diagnóstico de enterite necrosante por clostrídio é baseado em exames de fezes. Seu tratamento é feito com antibióticos. Pessoas que têm infecções muito graves podem precisar de cirurgia. A enterocolite neutropênica (tiflite) é uma síndrome semelhante de risco à vida que se desenvolve na parte inicial do intestino grosso (ceco) de pessoas que têm baixa contagem de glóbulos brancos (por exemplo, pessoas que sofrem de leucemia ou que estão recebendo quimioterapia para tratamento de câncer). A enterocolite neonatal necrosante ocorre principalmente em recém-nascidos prematuros que pesam menos que aproximadamente 1.500 gramas. Ela pode ser causada por bactérias do gênero clostrídio. Clostrídios na corrente sanguínea Os clostrídios também podem se disseminar para o sangue (causando bacteremia). A bacteremia (sepse) amplamente disseminada pode causar febre e sintomas sérios, tais como pressão arterial baixa, icterícia e anemia. A sepse pode se desenvolver após uma infecção de clostrídios e ser rapidamente fatal. 21. Comente sobre as diferenças de cultivo de C. perfringens e C. tetani - C. perfringens ➢ É uma bactéria gram positiva, em forma de bastão, anaeróbia e formadora de esporos. ➢ A doença é produzida pela formação de toxinas no organismo. ➢ Período de incubação: de 6 a 24h. ➢ Esporos sobrevivem a temperatura normais de cozimento e na temperatura ambiente, germinam e se multiplicam durante o resfriamento lento! ➢ Dupla zona de hemólise em ágar sangue suplmentado (hemolisina + -toxina) BGP - ausência de esporos in vitro e presença de formas filamentosas. - Diagnóstico: clínico → dificuldade de isolamento do M.O. ➢ Aspirado de feridas ➢ Observação de esporos terminais arredondados (“raquete”). Esporo terminal - Microscopia – bacilo longo e fino, esporo terminal arredondado – forma de raquete - Crescimento típico em ágar sangue: Colônias menores que se estendem numa rede de filamentos finos • Diagnóstico: - Tratamento imediato – feito com base em achados clínicos - Foco – ferimento geralmente difícil de ser localizado - Microscopia – bacilo longo e fino, esporo terminal arredondado – forma de raquete - Crescimento típico em ágar sangue: Colônias menores que se estendem numa rede de filamentos finos. 22. Qual o microrganismo conhecido como bacilo de Hansen? Comente sobre as manifestações clínicas da doença. - Mycobacterium leprae. Manifestações clínicas: - Surgimento de manchas na pele com alteração na sen- sibilidade; Perda de pelos em certos locais, como nas sobrancelhas; Redução da transpiração em algumas áreas; Sensação de fisgada, choque e formigamento nos nervoso dos braços e pernas; Inchaço nas mãos e pés; Espessamento e dor nos nervos periféricos; Diminuição da força dos músculos inervados por nervos afetados; Surgimento de úlceras nas pernas e pés; Aparecimento de caroços no corpo; Ressecamento dos olhos; Resse- camento, entupimento, sangramento e surgimento de feridas no nariz; Febre; Mal-estar geral; Inchaço e dor nas articulações. 23. Pessoas contactantes de pacientes com M. leprae tem alguma recomendação para se prevenir? “As principais medidas para reduzir o risco de adoecimento entre os contatos domiciliares são o tratamento do paciente diagnosticado e a imunização https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/febre-6.htm com BCG, que só não é recomendada para quem já recebeu duas doses anteriormente. Pesquisas apontam que o reforço da imunização para contatos domiciliares de pacientes reduz em cerca de 50% o risco de adquirir hanseníase. 24. Comente como cultivar M. leprae no laboratório de microbiologia e as características microbiológicas deste microrganismo. A M.leprae faz parte da Classe de risco 2. Essa classificação leva em conta o risco potencial oferecido pelo patógeno ao indivíduo, à comunidade e ao meio ambiente, e permite que se faça a classificação do Nível de Biossegurança (NB) do patógeno levando em conta também o tipo de manipulação a ser realizada pelo laboratório. A M.leprae corresponde ao NB 2. Além disso, o fato de essa bactéria não poder ser cultivada em meios de cultura torna necessária a utilização de animais. Isso implica que esses laboratórios tenham que se enquadrar também no Nível de Biossegurança com Animais 2. Do ponto de vista taxonômico, o M. leprae pertence à ordem Actinomycetalis e à família Mycobacteriaceae. Apresenta-se sob a forma de bacilo reto ou levemente encurvado, com extremidades arredondadas, medindo aproximadamente de 1 a 8 μm de comprimento e 0,3 μm de diâmetro. É um parasita intracelular obrigatório, predominante em macrófagos em que pode ser observado formando aglomerados ou globias, em arranjos paralelos que lembram um maço de cigarros. É imóvel, microaeró!lo, reproduz-se pelo processo de divisão binária, não forma esporos, não produz toxinas e não possui plasmídeos. Fora do organismo humano, em fragmentos de biópsias ou suspensão, o bacilo pode manter-se viável por até dez dias a 4ºC, porém, morre quando submetido a processos de esterilização como autoclavação e pasteurização. Em secreção nasal, o bacilo pode sobreviver por até sete dias à temperatura em torno de 20ºC, porém, com o seu aumento, a viabilidade tende a diminuir.
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