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IMPACTO DOS CUSTOS NO ORÇAMENTO FINANCEIRO (2)

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IMPACTO DOS CUSTOS NO ORÇAMENTO FINANCEIRO: O IMPACTO DOS CUSTOS PARA AS EMPRESAS NO RAMO DE ALIMENTAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Ana Cássia de Oliveira da Rocha1 Arthur César de Freitas Moreira2 Kellen Cristine Rocha de Araújo3
Nawan Nunes4 Rosângela Maria Gomes5 Waltencir Barroso Simão6
1. INTRODUÇÃO
Muitos foram os desafios impostos para as empresas com o cenário pandêmico da Covid-19. O trabalho e o consumo, todos foram afetados de forma acentuada pela pandemia. Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de uma nova cepa de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos. Segundo a (Fiocruz, 2020). “Uma semana depois, em 7 de janeiro de 2020, as autoridades chinesas confirmaram que haviam identificado um novo tipo de coronavírus”. 
A partir desse cenário, surgiram grandes preocupações por parte dos gestores das empresas de serviços, dentre eles o setor de alimentação, de como poderia ser feito uma gestão de custos eficiente de modo a manter suas portas abertas e ao mesmo tempo obter resultados satisfatórios para a manutenção das mesmas. Conhecer o atual cenario econômico naquele momento, foi o primeiro passo para as tomadas de decisões. Segundo Martins (2010, p. 305), “controlar significa conhecer a realidade, compará-la com o que deveria ser, tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens e tomar atitudes para sua correção”.
Tomar atitudes acertadas em meio aquela realidade econômica em plena a pandemia foi o grande desafio para os gestores. Sendo que setor de alimentação foi um dos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus. Ainda que o segmento de entregas de comida por aplicativo tenha tido um aumento significativo, o que ajudou muito para atender demanda durante o isolamento social, o mesmo nao foi suficinete para manter as contas em dia pois;
1 Acadêmica do curso de Gestão Financeira (4° semestre) – Matrícula (2520536) – UNIASSELVI 2 Acadêmico do curso de Gestão Financeira (4° semestre) – Matrícula (2450003) – UNIASSELVI 3 Acadêmica do curso de Gestão Financeira (4° semestre) – Matrícula (2128382) – UNIASSELVI 4 Acadêmico do curso de Gestão Financeira (4° semestre) – Matrícula (2567903) – UNIASSELVI 5Acadêmica do curso de Gestão Financeira (4° semestre) – Matrícula (2555791) – UNIASSELVI 6 Tutor Externo do Polo Uniasselvi Boa Vista/RR.
alguns bares e restaurantes foram obrigados a fechar as portas, padarias trabalharam em horários e lotação reduzidos e supermercados foram forçados a adequar-se a novas normas de segurança e ter uma atenção especial quanto ao abastecimento de produtos.
 Sobre porcentagens de empresas em funcionamento o SEBRAE indica que:
Pesquisas mostram que 31% das empresas mudaram o funcionamento e precisaram se adaptar para manter a saúde financeira. A pandemia de coronavírus mudou o funcionamento de 5,3 milhões de pequenas empresas no Brasil, o que equivale a 31% do total. Outras 10,1 milhões, ou 58,9%, interromperam as atividades temporariamente, SEBRAE ( 2020 ).
Da mesma forma que as indústrias do ramo alimentício foram afetadas pelos efeitos causados pelo Covid-19, os comércios e diversos serviços de alimentação também provaram desses efeitos. Para Peinado e Graeml (2007, p. 264), a “preparação de orçamentos, determinação de preços, análise do comportamento dos custos, determinação do volume de produção, determinação de responsabilidade, enfim, auxilio na tomada de decisão”. Assim, as empresas do ramo de alimentos tiveram que se reinventar, rever orçamentos e trabalhar com estoque zero por muitos meses.
Essa nova realidade que se apresenta se dá inicialmente por ser um tipo de serviço que possui algumas características que o tornam bastante sensível à redução repentina e substancial da demanda por seus produtos. De acordo com Mackenzie (UPM, 2020), “é um setor intensivo em uso de capital humano” por menor que seja a estrutura de um restaurante, são necessários cozinheiros, chefs de cozinha, garçons, nutricionista, bem como o pessoal administrativo, e no uso de insumos que possuem validade curta verduras, legumes, entre outros que, se não consumidos em um curto intervalo de tempo, precisam ser descartados.
Somado a isso, tem-se a estrutura de funcionamento usual dessas empresas que faz com que suas margens de lucro sejam pequenas, bem como sua necessidade de capital de giro seja elevada. Desta forma, a redução repentina e abrupta da demanda pelos produtos dessas empresas gera impactos significativos em sua capacidade de sobreviver.
Além disso, o estudo apresentado pela Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel apresenta um relato de preocupação por parte dos gestores dessas empresas.
Temos observado como diversos donos de empreendimentos sentem a insegurança em relação a essa crise, principalmente, no que se refere às despesas financeiras, como o pagamento de salários, aluguéis, impostos, fornecedores, entre tantas outras demandas, ABRASEL ( 2021 ).
O que vemos é que a maioria dos empreendimentos não acharam uma solução, por mais que muitos buscaram alternativas como o delivery. Na maioria dos casos a sobretaxa que
empresas desse tipo de serviço utiliza pode chegar a 30% do valor bruto da compra, o que têm tornado esse serviço inviável.
A Alimentação Fora do Lar é um dos segmentos que mais emprega no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) o setor congrega um milhão de negócios e gera seis milhões de empregos diretos em todo o país, representando atualmente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional (REVISTA HOTÉIS, 2020).
Na matéria, publicada no site da Abrasel sob o título “Brasileiro aumenta despesa com alimentação fora de casa” cita que os últimos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2019) mostrou que os brasileiros estavam comendo mais fora de casa. As famílias gastaram, em média, R$ 658,23 mensais com alimentação, sendo 67,2% (R$ 442,27) com alimentos consumidos no domicílio e os demais 32,8% (R$ 215,96) com alimentação na rua, ou seja, em restaurantes, bares e lanchonetes país afora (ABRASEL, 2020).
Essa pesquisa tem como Obtivo Geral descrever os impactos da pandemia, o quanto a mesma afetou as empresas do ramo alimentício, desde o seu estoque, a sua localização, os seus gastos com melhorias da higienização dos estabelecimentos para atender as exigências do órgão sanitário, a diminuição da capacidade e outros vários fatores que surgiram com a pandemia.Com o propósito de mostrar o quanto os custos com as mudanças que aconteceram neste período, foram feitas pesquisas para que ficasse mais claro cada mudança e os impactos das mesmas. Com o aparecimento deste grande problema, empresas tiveram que se adaptar para conseguir se manter em atividade.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A GESTÃO DE CUSTOS E A TOMADA DE DECISÃO DAS EMPRESAS DE ALIMENTAÇÃO EM TEMPO DE PANDEMIA DO COVID-19
O custo está inserido na vida de todo indivíduo, desde o seu nascimento até a sua morte, uma vez que todos os bens necessários ao seu consumo ou à sua utilização têm custo. Com a pandemia do Covid- 19 todas as pessoas tiveram que adequar seus ganhos e gastos a essa nova realidade. E com as empresas não foi diferente, principalmente as empresas de serviços no ramo de alimentação que foram muito afetadas, tiveram suas receitas bastaste reduzidas quando foram obrigadas por decretos governamentais a trabalharem com horários diferenciados. Houve diminuição dos ganhos e até mesmo ganho zero para algumas que tiveram que suspender totalmente os trabalhos. Segundo o SEBRAE
O distanciamento social era uma realidade. Tentativas de retardar a propagação do coronavírus levaram muitos governos estaduais a determinarem o fechamento de serviços não essenciais, como bares e restaurantes. Tais medidas trarão impactos, principalmente, ao setor de serviços que representa maisde 75% do PIB brasileiro. O segmento de alimentação fora do lar é um dos mais afetados nessa crise econômica gerada pelo Covid-19. De uma hora pra outra, restaurantes fecharam seus salões e se viram obrigados a sobreviver de entregas em domicílio (delivery) e de entregas no local (take away). (SEBRAE, 2020)
Diante dessa realidade, muitos gestores tiveram que repensar seus métodos de trabalho dentro das empresas, e contar com muito conhecimento técnico para controlar as finanças e fazer as mesmas continuarem competitiva no mercado. Dentro dessa perspectiva, ganha destaque a Gestão de Custos como objeto de reflexão empresarial dentro do contexto da pandemia. Ferramenta muito importante no auxilio da tomada de decisões dos gestores. Segundo SENS
A partir do desafio de garantir a sustentabilidade no mundo coorporativo, a gestão de custos é uma ferramenta importante na avaliação de desempenho, no controle da gestão e da aplicação de recursos no processo produtivo e administrativo e na geração de lucros. (SENS, 2011, p.3)
Tanto pessoas quanto empresas não puderam mais viver sem, de algum modo, pensar nos custos de suas existências. As empresas tiveram que repensar as escalas de produção ou serviços, uma vez que a entrada de recursos se tornou mais escassa visto a redução de investimentos e pagamentos de obrigações. Para isso, segundo Leone (2009, p. 49), “custear é apurar os custos. Mas não significa apenas determina-los ou calculá-los. Apuração de custos representa todo o trabalho da contabilidade de custos”. É nesse sentido que se torna muito relevante discutir a importância da Gestão de Custos na organização empresarial contextualizada neste tempo de pandemia de Covid-19.
Os efeitos danosos da paralisação das atividades sobre os negócios gastronômicos evidenciaram importantes aspectos e a problemática da sua realidade, assim como a necessidade de compreender e identificar esses gargalos e dificuldades, para só então buscar soluções que respondam aos desafios imediatos e futuros.
2.2 OS CUSTOS COM A FOLHA DE PAGAMENTO E OS INCENTIVOS RECEBIDOS
Quando a empresa está passando por dificuldades, na maioria dos casos, são os funcionários, ou seja, os dependentes da força econômica e de trabalho que mais padecem. Para Hoji (2014, p.7), “todas as atividades empresariais envolvem recursos e, portanto, devem ser conduzidas para a obtenção do lucro”. É assim, que se ressalta a importância da Gestão de
Custos na vida empresarial visando fortalecer a empresa, suas relações internas e externas, tornando-a menos suscetível às péssimas influências do mercado de capital.
Para preservar os empregos e ajudar as empresas durante a pandemia do Coronavírus o governo federal ofereceu alguns recursos para as empresas em troca de algumas garantias futuras como a medida provisória 936/2020.
(Lei federal)
Institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (covid-19), de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, e dá outras providências.
apresentou algumas alternativas às empresas que enfrentavam dificuldades em manter os contratos de trabalho em razão da crise econômica causada pela pandemia de Covid-19 Dentre elas estão a suspensão do contrato de trabalho a fim de desonerar as empresas com o pagamento de salários aos empregados e a Medidas de diminuição da jornada laboral.
. A publicação foi importante por apresentar soluções às empresas que enfrentam dificuldades em meio à pandemia de Coronavírus que não só diminuiu a circulação de pessoas nas ruas, mas levou à queda da busca por produtos e serviços. Segundo Resende e Caram (2020), “a MP atende boa parte das demandas do setor empresarial de 13 medidas trabalhistas solicitadas pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), ao menos 11 foram atendidas, total ou parcialmente. As medidas anunciadas no âmbito do governo federal almejavam as seguintes finalidades: reduzir o impacto da pandemia na economia das micro e pequenas empresas, resguardar empregos sob a ameaça de redução de quadro de funcionários, bem com garantir o pagamento dos salários.
Para ajudar na sobrevivência das empresas foram liberadas algumas linhas de crédito.
A Caixa Econômica Federal fez a seguinte oferta
MINISTÉRIO DA ECONOMIA 2020, “a Caixa Econômica Federal junto com Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) anunciaram uma linha de crédito no montante de 7,5 bilhões destinada a micro e pequenas empresas”. No quesito juros, o banco acima mencionado diminuiu os juros de até 45% nas linhas de capital de giro, com taxas a partir de 0,57% ao mês. Para os serviços de parcelamento de capital de giro e
renegociação, há um intervalo de até 60 dias. Com isso muitos empregos foram preservados e um folego foi dado a essas empresas.
2.3 OS CUSTOS COM A ADAPTAÇÃO E AS NOVAS NORMAS SANITÁRIAS
E não foi apenas com folha de pagamentos que as empresas tiveram impactos financeiros negativos. Muitas medidas extras de higiene tiveram que ser tomadas, como forma de garantir um ambiente limpo e preservar a saúde de funcionários e clientes. Segundo (Lemos, 2020) “Oficialmente, o primeiro caso da Covid-19 no Brasil foi registrado em 26 de fevereiro, contudo, investigações retrospectivas das ocorrências da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) permitiram identificar casos positivos ainda em janeiro”
Entre as normas sanitárias específicas para a pandemia está o manejo adequado de objetos e a higiene pessoal dos profissionais. Itens como utensílios e bancadas têm de ser limpos com álcool 70% (ou solução clorada) antes da distribuição, a cada turno, e sempre que necessário. Tudo isso gerou custos extras para as empresas que já estavam trabalhando com uma receita muito diminuída. Com a baixa demanda e alguns gastos a mais, muitas empresas tiveram que se adequar a nova realidade e arrumar uma forma de enxugar despesas para não ir à falência. (Piccolotto, 2020) “Tudo tem se transformado, à medida em que velhos hábitos deixam de fazer sentido, enquanto novos modelos, recursos e comportamentos emergem para conduzir a sociedade”
Restaurantes que antes não atuavam com sistema de entregas, para não perder vendas, tiveram que rapidamente aderir o modelo. Contudo, a agilidade em entrar para o atendimento delivery, fez com que proprietários enxergassem somente uma opção: as plataformas de delivery. Claro, que são boas opções, entretanto, há uma maneira de melhorar o desempenho, principalmente em termos econômicos. Pois ao aderir as plataformas as empresas assinam acordos de descontos e taxas que não são atrativas, mas que devem ser repassadas nas vendas o que as vezes, baixam competitividade dos produtos oferecidos.
A solução foi investir numa plataforma própria de entregas, que é um dos recursos oferecidos por empresas de automação para restaurantes. Com isso, o dono passa a evitar as taxas das plataformas, reduzindo assim os seus custos. Além disso, investindo numa tecnologia de entregas, há mais controle, o que sem dúvida, impacta positivamente na melhora da gestão do estabelecimento.
Outra forma também encontrada pelos empresários foi um controle de estoque mais minucioso e um trabalho com estoques reduzidos o que até trouxe um beneficio que é o controle
maior de entradas e saídas de mercadorias. Para Viana (2002), “controle de estoque é o procedimento adotado para registrar, fiscalizar e gerir entrada e saída de mercadorias e produtos”. A parceria com os fornecedores também foi algo muito importante para atravessar esse momento complicado para ambos. Assim os gestores conseguiram otimizar os custos e seguir trabalhando dentro da nova realidade que é a pandemia do Coronavírus.
Além disso, vale ressaltar que o uso das redes sociais como uma alternativa de Marketing menos oneroso foi aderido a fim de diminuir custos ebuscar novos cliente, substituindo parcialmente as mídias tradicionais, Segundo Arnaldo Pereira Neto, sócio da Savvi, consultoria em marketing digital "em se tratando de marketing digital, é nas redes sociais que a sua empresa também deve estar".
Ainda sobre o uso das redes sociais, embora seja muito usado para a captação de novos clientes, também está sendo usada na para colheita de informações, como necessidade e preferência dos consumidores. A fim de garantir uma melhor entrega de serviços e produtos ao consumidor.
Não obstante com as mudanças de hábitos, os consumidores examinam mais que nunca a maneira que as marcas estão se posicionando com relação a crise da saúde global e como as mesmas estão se comportando diante deste cenário de social. Segundo Navio (2020) deve-se haver uma transparência em cada ingrediente do produto para o consumidor final, pois se não houver clareza em cada etapa da cadeia, a empresa perde importância, independente de crise.
Ressalta-se que com a situação da crise de saúde global, a inovação do setor alimentício foi um fator de sobrevivência em meio a pandemia global, principalmente em uma situação onde mudou drasticamente a rotina de seus consumidores finais, fazendo com o que as empresas reestruturam a maneira de venda e fixou novos padrões de segurança.
2.4 A IMPORTÂNCIA DAS REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTAS DE MARKETING DURANTE A PANDEMIA
A situação de quarentena e lockdown que aconteceu durante essa pandemia fez com que os estabelecimentos tivessem que buscar novas formas de chegar até seu cliente. Como dito anteriormente, restaurantes começaram a investir mais em um serviço de delivery, ferramentas de marketing, pois como dizem os dados do Relatório setores do e-commerce ( 2021 ) “Durante a pandemia, 86% dos brasileiros conectados à Internet e acima de 18 anos compraram alguma coisa pela Internet. A maioria (38%) fez de 2 a 5 compras e 11,1% realizaram mais de 10 compras.” 
Mecanismos de marketing que mais influenciaram compras durante a pandemiaFONTE: https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-a-pandemia-esta-mudando-as-estrategias-de-marketing-no-e-commerce/
Com este gráfico podemos ver a importância das ferramentas digitais nesse período de pandemia. Esses dados que foram sendo levantados durante a pandemia, foram importantes para a adaptação dos comércios, e no setor alimentício não foi diferente, pois restaurantes investiram em ferramentas digitais, como sites, páginas em redes sociais, filiação em aplicativos de delivery e etc. Os supermercados também não ficaram fora disso, muitos deles no período de pandemia investiram em sites, para que seus clientes pudessem fazer as compras sem sair de casa e, também se filiando em aplicativos delivery, para facilitar a vida de muitos e tentando diminuir o impacto das medidas sanitárias citadas anteriormente.
3. METODOLOGIA
Esse trabalho foi desenvolvido através da pesquisa descritiva, que é aquela baseada em assuntos teóricos, onde se utiliza livros, artigos e trabalhos acadêmicos. Esse tipo de pesquisa visa conhecer um fenômeno sem modificá-lo, a fim de entender o objeto de interesse em um determinado espaço e tempo (Selltiz, Cook e Wrightsman, 1987).
Foi utilizada fonte secundaria através de uma pesquisa bibliografia. Sendo que uma fonte secundaria é um documento que discute ou relaciona informações já apresentadas em outros lugares.
A natureza da pesquisa é qualitativa. Pois tem como foco os processos do objeto em estudo, Pesquisa qualitativa é uma abordagem de pesquisa que estuda aspectos subjetivos de fenômenos sociais e do comportamento humano. GODOY (1995a, p.62) ressalta a diversidade existente entre os trabalhos qualitativos e enumera um conjunto de características essenciais capazes de identificar uma pesquisa. A expressão "pesquisa qualitativa" assume diferentes significados no campo das ciências sociais. A pesquisa qualitativa ocupa um reconhecido lugar entre as várias possibilidades de se estudar os fenômenos que envolvem os seres humanos e suas intrincadas relações sociais, estabelecidas em diversos ambientes. Ainda segundo GODOY (1995b, p.21) aponta a existência de, pelo menos, três diferentes possibilidades oferecidas pela abordagem qualitativa: a pesquisa documental, o estudo de caso e a etnografia.
Com isso foi realizada uma pesquisa bibliográfica onde procurou-se entender as dificuldades enfrentadas pelas empresas do ramo alimentício. Como as mesmas conseguiram se manter no mercado durante a pandemia e quais os recursos utilizaram para manter a saúde financeira da empresa buscando preservar seus colaboradores e se adequarem as novas normas e exigência sanitárias.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após um ano se suscetíveis sustos e incertezas, as empresas do ramo alimentício conseguiram se manter no mercado a custa de muito trabalho e estratégias. Se reinventaram e criaram possibilidades de inovação. Se adequaram a planos de trabalho flexíveis, fortaleceram a segurança com a higiene, e continuaram trabalhando sobre uma expectativa de melhora da economia. Com muita confianaça continuam desenvolvendo novas estratégias para o setor certos assim que, num um futuro bem próximo poderão retornar com suas rotinas de trabalho. A espectativa é, uma retomada de consumo por parte dos consumidores, podendo assim recuperar seus fluxos de caixas que foram bruscamente reduzidos por causa da pandemia do Covide-19.
5. REFERÊNCIAS
ABRASEL. Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. Brasileiro aumenta despesa com alimentação	fora	de	casa.	Disponível	em:	Disponível	em: https://abrasel.com.br/noticias/noticias/brasileiro-aumenta-despesa-comalimentacao-fora-de- casa/. Acesso em 24 de setembro 2021.
FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras). Gestão de Custos	em	Tempos	de	Coronavírus.	Disponível	em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/04/gestao-de-custo-em-tempos-de- coronavirus.shtml. Acesso em: 02 de outubro de 2021.
FIOCRUZ. (2020). O que é o novo coronavírus? https://portal.fiocruz.br/pergunta/o-que-e-o-novo-Coronavirus
GODOY, Arilda S., Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades, In Revista de Administração de Empresas, v.35, n.2, Mar./Abr. 1995a, p. 57-63. Pesquisa qualitativa.- tipos fundamentais, In Revista de Administração de Empresas, v.35, n.3, Mai./Jun. 1995b, p. 20-29.
GOVERNO anuncia medidas de ajuda econômica para micro e pequenas empresas. Ministério da Economia. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/financasimpostos- e-gestao-publica/2020/03/governo-anuncia-medidas-de-ajuda-economicapara-micro-e- pequenas-empresas. Acesso em: 06. nov 2020.
HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira aplicada, estrátegias financeiras, orçamento empresarial. 11. Ed. São Paulo: Atlas, 2014.
LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: planejamento, implantação e controle. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
LEMOS, V. (2020). Coronavírus: os indícios que apontam que o Sars-Cov-2 circulava no Brasil antes do primeiro diagnóstico oficial. In: BBC Brasil. https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52742802
MACKENZIE. Comunicação – Marketing Mackenzie. Setor de restaurantes precisa se reinventar	na	pandemia.	Disponível	em: https://www.mackenzie.br/noticias/artigo/n/a/i/setor-de-restaurantes-precisa-se-reinventar-na- pandemia. Acesso em: 30 de setembro de 2021.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
NAGAGAWA, Masayuki, Gestão estratégica de custos: conceitos, sistemas e implementação. São Paulo: Atlas, 1991.
PEINADO, Jurandir; GRAEML, Alexandre Reis. Administração da produção: operações industriais e de serviços. Ed. Curitiba: Unicemp, 2007.
PICCOLOTTO, L. (2020). Mundo pós-pandemia vai ser mais digital e, ao mesmo tempo, mais humano. In: JOTA, jun. 2020. https://www.jota.info/coberturasespeciais/inova-e-acao/mundo- pos-pandemia-vai-ser-mais-digital-e-ao-mesmo-tempo-mais-humano-09/06/2020
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SELLTIZ, C.; COOK S. W.; WRIGHTSMAN, L. S. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: EPU, 1987
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