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1 Ailanda Bugary, Camila Moura, Janilma Pinheiro e Joseane S Oliveira 2 Marilia Cavalcante Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (ADG100) – Prática do Módulo I – 20/11/2021 Ailanda Bugary¹ Camila Moura¹ Janilma Pinheiro¹ Joseane S Oliveira¹ Marilia Cavalcante² INTRODUÇÃO Muitas empresas têm passado momentos verdadeiramente complicados no que diz a gestão de recursos, por isso, se despertaram para uma gestão de custo eficiente dos seus negócios. As demandas menores, inadimplência, falta de matéria-prima, capital de giro escasso e, liquidez negativa, fizeram com que gestores pudessem olhar a situação da empresa procurando diminuir os diversos gastos para preservar a existência da organização. Sem informações que possam pautar o planejamento das pessoas e das empresas, com um ar de insegurança pairando sobre os que precisam gerir de forma mais organizada e racional; a pandemia atinge severamente aqueles que gerem seus negócios sem a utilização de ferramentas analíticas e de medição, gerando ainda mais incertezas além das que já são comuns no meio empresarial. Neste cenário, surge o questionamento de como estão e como vão ficar as empresas neste momento de pandemia e pós pandemia do COVID-19,é o que pretende-se conhecer com o desenvolvimento desta pesquisa através dos conhecimentos acadêmicos como também através de dados adquiridos através de pesquisas realizadas por órgãos confiáveis como SEBRAE,IBGE etc. Percebe-se que estudos assim são importantes e necessários para entender a realidade vivenciada por empresários no Brasil. A avaliação consciente dos gastos, relatórios de custeio precisos, é essencial para diminuição de custos e desperdício, o que podem colaborar com a situação financeira da empresa. Por isso, no cenário atual a Gestão de Custos é de extrema importância no planejamento das empresas, deve se realizada de forma analítica e estar alinhada com todos os setores da empresa, porque somente assim, poderá ter como base as informações necessárias para possíveis tomadas de decisão. Estas informações, com bases mais seguras, dão condição para criar uma visão mais objetiva do momento que vive a empresa possibilitando realizar projeções a médio e longo prazo,como também aplicar de forma segura e tangível os recursos da empresa, pois uma gestão O IMPACTO DA GESTÃO DE CUSTOS NAS MICROS,PEQUENAS E MEDIAS EMPRESAS NA PANDEMIA 2 equilibrada permite com que o gestão tenha mais segurança diminuindo índice de risco tomando as medidas necessárias para manter a saúde financeira da empresa e consequentemente a sua sobrevivência no mercado principalmente nesse período pandêmico. 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 OS IMPACTOS DA COVID-2019 NA ECONOMIA A COVID-19 é a doença infecciosa causada pelo novo coronavírus, identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, em Wuhan, na China (Organização Mundial da Saúde, 2020). No último dia de 2019, a OMS foi alertada sobre vários casos de pneumonia em Wuhan, ocasionada por uma nova cepa (tipo) de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos. Uma semana depois, as autoridades chinesas confirmaram que haviam identificado um novo tipo de coronavírus, que é um vírus muito comum, mas que até então não causavam doenças graves em humanos, normalmente apresenta-se como um resfriado comum. Em 30 de janeiro de 2020, o surto da doença causada pelo novo coronavírus foi identificado como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, o mais alto nível de alerta da OMS. Essa decisão buscou aprimorar a coordenação, a cooperação e a solidariedade global para interromper a propagação do vírus. O novo coronavírus recebeu, em 11 de fevereiro de 2020, o nome de SARS- CoV-2, responsável pela doença COVID-19. Um mês depois, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia, que refere-se à distribuição geográfica de uma doença e não à sua gravidade, e reconhece que, no momento, esta doença está em vários países do mundo (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE,2020). Diante disso, foi necessário a implantação de diversas medidas provisórias, visando a redução da transitação de pessoas para conter a proliferação do vírus. A necessidade de fechamento de diversos comércios, sobrando assim somente o funcionamento de serviços essências, trouxe um impacto gigantesco na economia do país e do mundo. A pandemia de Covid-19 foi batizada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) de "O Grande Confinamento". E parece haver um consenso de que será a maior crise econômica desde a Grande Depressão de 1929. No Brasil, a previsão de 14 de abril do FMI (Fundo Monetário Internacional) é de que a economia despenque 5,3% em 2020 (contra uma previsão anterior, de janeiro, de crescimento de 2,2. Analistas e pesquisadores apontam que o Brasil pode enfrentar um recuo da economia, em patamar que lembra a crise financeira de 2008 e a greve dos caminhoneiros em 2018. Segundo estudo da Fundação Getulio Vargas, o PIB brasileiro pode recuar 4,4% em 2020. Para o banco Itaú, https://g1.globo.com/tudo-sobre/fmi/ 3 se a economia brasileira sofrer uma paralisação tal qual ocorreu na China durante as quarentenas impostas, o PIB pode cair 0,7% neste ano. (GOZZER,STEFANIA. BBC NEWS MUNDO, 2020.05.10). 1.1 OS IMPACTOS DA ECONOMIA NAS EMPRESAS Hisrich, Petrs e Sheapherd (2009, p. 30) escrevem que o empreendedorismo é “[...] é o processo de criar algo novo com valor,dedicando tempo e esforço necessários,assumindo os riscos financeiros,psiquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e independência financeira e pessoal”. Embora o próprio conceito de empreendedorismo já ressalta a questão de conviver com diferentes riscos, como destaca Dolabela (2008) quando escreve que o empreendedor desenvolve atividades que envolvem risco, tem capacidade de inovar, de ser perseverante e de conviver com a incerteza, ninguém estava prevendo e nem preparado para a crise gerada pelo COVID-19. As pesquisas realizadas desde o início da pandemia do COVID19,mostram os grandes desafios para os micro e pequenos empresários para evitar a falência das empresas no mercado, ocasionado pelo flagelo econômico, pois o impacto foi tão gigantesco que afetou todas as atividades que compõe uma empresa (insumos, compras, vendas, produção, estoques, fornecimento de matéria-prima, logística, recursos humanos, recursos financeiros, clientes etc.). “[…] caracteriza-se pela atuação em nível interno da empresa que procura otimizar as relações recursos-operações-produtos/serviços, considerando as variáveis dos ambientes externo e interno que impactam nas atividades da empresa, em seus aspectos operacionais, financeiros, econômicos e patrimoniais”. Pereira (2001, p. 57) O Governo e as políticas econômicas implementadas contribuem para influenciar o desempenho econômico, porém depende se são utilizadas as ações mais propícias para aquele momento (COLLIER, 2010). Pereira e COLLER declara com precisão que o processo de gestão das empresas também envolve questões ligadas a análise dos ambientes e suas incertezas,os empreendedores e gestores brasileiros já passaram por muitas crises internas e externas. Os países com economia estável e eficaz conseguem responder em pouco tempo a fatores negativos, mas países com mais fragilidades 4 como é o caso do Brasil, demoram para se recuperar e voltar ao status anterior à crise. Como evidenciou de forma concisa os autores citados os desafios da economia brasileira é ainda mais preocupante porque a crise do Brasil não é só econômica como também politica, que além de impossibilitar uma atuação imediata, gera incertezas afetando a confiabilidade do país fazendo com que os investidores recuem ocasionando perdade mercado e impedindo o crescimento econômico. A análise dos ambientes como foi bem colocada por Pereira (2001) é de suma importância porque a empresa tem que estar “preparada” para os adventos como, por exemplo, empresas afetadas por não conseguirem matéria-prima ou os insumos necessários para dar continuidade as suas atividades, a análise de custo acarretará possibilidade de uma gestão mais eficaz e uma tomada de decisão mais objetiva, irá possibilitar aos gestores buscar recursos para a incisão de um novo produto ou um matéria-prima local que permita dar continuidade a produção sem afetar o preço ou a qualidade dos serviços ou produtos. O fato é que tudo interna ou externamente tem que ser avaliado com cautela, pois qualquer decisão equivocada, principalmente por uma análise de custo ineficaz pode custar a vida da empresa. O Serviço brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) (2020a), com base na segunda rodada de pesquisa com empresários, os pequenos negócios têm sido fortemente afetados pela pandemia do COVID-19. O mais afetado foi o faturamento semanal citado por 88% dos pesquisados, com queda de 69% com relação a uma semana normal. Somente com um mês de isolamento social a parte financeira dos pequenos negócios é comprometida, pois, na média, o seu caixa suporta apenas 23 dias fechados. Alguns segmentos têm se estabilizado em patamares inferiores ao pré-crise e o comércio eletrônico cresce com a crise e tem sido a válvula de escape de muitos empreendedores. Para a Endeavor (2020), diante de uma crise inédita, não há um manual pronto, devem ser utilizadas boas práticas com quem está vivendo o mesmo desafio que é de escala global. Sendo que isto é algo que deve ser revisto todos os dias porque as ações são implementadas diariamente conforme a mudança de cenário, ressalta: “Todos os dias, nossas decisões já impactam a vida de milhares de pessoas. Mas agora, esse impacto é exponencial”.A pandemia de coronavírus mudou o funcionamento de 5,3 milhões de pequenas empresas no Brasil, o que equivale a 31% do total. Outras 10,1 milhões, ou 58,9%, interromperam as atividades temporariamente. É o que mostra a segunda edição da pesquisa (O impacto da pandemia de https://datasebrae.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Impacto-do-coronav%C3%ADrus-nas-MPE-2%C2%AAedicao_geral-v4-1.pdf 5 coronavírus nos pequenos negócios), realizada pelo Sebrae. A pesquisa também revelou que a situação financeira da maioria das empresas (73,4%) já não estava boa antes mesmo da crise da Covid-19. Quase a metade dos empresários (49%) respondeu que as finanças estavam razoáveis, enquanto 24,4% responderam que estavam ruins. O custo com pessoal apareça entre os principais gastos da maioria das empresas (57,1%). Mesmo com o auxilio do BNDS que ampliou do crédito para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), por meio dos bancos parceiros, no valor de R$ 5 bilhões, o tempo que o comercio permaneceu fechado, trouxe impactos gigantescos e até mesmo irrevesiveis para algumas empresas. Como as empresas possuem responsabilidade social onde estão instaladas, o bem estar das empresas influenciam na sociedade, especialmente em relação à oferta de empregos, valorização do salário, benefícios sociais, e outros. Quando a empresa está passando por dificuldades, na maioria dos casos, são os funcionários, ou seja, os dependentes da força econômica e de trabalho que mais padecem. É assim, que se ressalta a importância da Gestão de Custos na vida empresarial visando fortalecer a empresa, suas relações internas e externas, tornando-a menos suscetível às péssimas influências do mercado de capital. Em uma pesquisa realizada em 16 de julho 2020 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), demostra visualmente os impactos da limitação de funcionamento para as empresas brasileiras, por porcentagem de redução operacional ou seu encerramento provisório e em alguns casos definitivos. GRÁFICO 1- Situação das empresas na pandemia Situação das empresas na primeira quinzena de junho/2020 https://datasebrae.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Impacto-do-coronav%C3%ADrus-nas-MPE-2%C2%AAedicao_geral-v4-1.pdf 6 1.2 O QUE É GESTÃO DE CUSTOS Passareli Bonfim (2002) definem a contabilidade de custos como sendo aquela que se destina a geração de informações contábeis de interesse dos usuários internos da empresa,servindo de apoio indispensável a decisões gerenciais das mais diversass naturezas. Segundo (Cf. BRUNI; FAMÁ, 2003, p. 23) de modo geral, os custos empresariais podem ser entendidos como “medidas monetárias dos sacríficios com os quais uma organização tem que arcar para atingir seus objetivos”. Com essa afirmação,se entende que a Gestão de Custos está diretamente ligada a todos os ciclos operacionais da empresa,quer sejam na produção de mareriais,quer na oferta de serviços,uma vez que os custos são influenciadores diretos no poder de compra,de investimentos e precificação .No fundo a atividade gestora de custos diz respeito ao atodetomada de decisãovisando o suceso da entidade,a minimização dos impactos externos. Como afirmam os autores acima citados as informações geradas pela gestão de custo são estratégicas de gestão principalmente na tomada de decisão e são atribuídas por um sistema de custos. Escreve Lins e Silva (2005, p. 1) que o “sistema de custeio é desenvolvido para medir e atribuir custos para objetos de custo”, e é muito necessário para a realização da missão e objetivos de determinada empresa. São estratégicas quando utilizadas para auxiliar na conquista do sucesso, mormente financeiro. No que se refere a objeto de custo, os autores entendem que se trata de qualquer item, como os produtos, fornecedores, manutenção de imobilizado, ciclos produtivos e qualquer atividade que exija dispensar recursos (Cf. LINS; SILVA, 2005, p.1); Quando as situações de turbulência aparecem no mercado financeiro e incidem sobre as organizações empresariais, as informações sobre o custeio de todo o ciclo produtivo e de existência da entidade precisam estar disponibilizadas com grande velocidade. As informações da gestão de custos integram o que se chama de Sistema de Informações Financeiras da empresa e são ao mesmo tempo informações para registro contábil. As informações sobre os ciclos de custeio, gastos, despesas e investimentos, devem estar à disposição visando a tomada de decisão. Sendo assim, não se pode negar o trabalho para auferir tais informações, havendo na possibilidade, um gestor de custos, formado especialmente para realizar essa atividade ou no caso do MEI que na maioria das vezes não possuem condições de contratar um profissional até mesmo por não haver a obrigatoriedade busque as ferramentas necessárias no qual o próprio SEBRAE disponibiliza como cursos e auxílios com planilhas de custos para a organização do seu negocio ,ou seja todo negocio precisa ter sustentabilidade e para isso é necessário que os Micros e Pequenos empreendedores entendam como é importante a gestão de custos para a saúde 7 financeira e a continuidade do negocio. É primordial que o gestor entenda que as despesas da empresa é diferente das suas despesas pessoais tem que haver separação ou do contrário o seu negocio não subsistirá as adversidades “previstas” e as surpresas e desafios diários nos negócios empresariais como é caso atual em que as empresas buscam continuar firmes no mercado em meio as incertezas da economia durante o processo de pandemia. [...]. Entender corretamente as diferenças entre custo e despesas, custos diretos e indiretos, constitui exemplos básicos e fundamentais para a utilização da contabilidade de custos como ferramenta gerencial de tomada de decisão. A atribuição de custos é uma das atividades básicas do sistema de contabilidade de custos. Melhorar o processode custos tem sido um dos principais desafios da área de gestão de custos nos últimos anos (LINS; SILVA, 2005, p. 1). Sabemos que quando se fala de gestão de custos não estamos nos referindo a só saber se a empresa é rentável e lucrativa, mas também obter um controle mais preciso pois uma empresa funciona como um corpo humano possui vários departamentos que atuam independentemente porém um complementando o outro em busca dos mesmo objetivos e resultados. Na gestão de custos avaliação de estoques é muito importante pois se divide em duas principais direções: a compra de matéria-prima e de determinados insumos para sem alocados na escala produtiva e na quantidade de oferta de produtos já produzidos que podem ser disponibilizados para o mercado,as informações dos estoques são necessárias para a composição do balanço patrimonial e para os lançamentos na Demonstração do Resultado do Exercício – DRE. Os dados dos estoques permitem saber sobre futuras despesas na compra de matéria-prima e insumos, de modo a permitir negociação futura. Ainda mais, quando as negociações feitas a partir da real situação de disponibilidade dos estoques pode-se ter maior facilidades e razoabilidade de preços, na compra e na oferta dos produtos. Sem a avaliação real dos estoques, a gerência de custos fica comprometida, pois se pode comprar muito, e tantas vezes mais caro, vender barato determinado objeto, dificultando a composição do capital, de sobremaneira o capital de giro. Não se pode esquecer que, na Gestão de Custos, a determinação de preços é mais real quando calçada nas informações de custeio. A lógica é simples: sabendo o quanto se gastou na fabricação de determinado produto, é possível precificá-lo visando o lucro; não sabendo o tanto de gasto, os preços podem ser determinados abaixo da margem de gasto, o que gera prejuízo. Claro que, aqui, se está falando de gastos totais, não somente de produção. Além do mais, mesmo o mercado exercendo influência externa de precificação, as informações de custeio são importantes para oferecer e praticar condições de preços mais competitivos. 8 No que se refere a medição de desempenho, a Gestão de Custos procura medir o desempenho da produção ou da prestação de serviço, avaliando se o retorno obtido supera os valores monetários investidos. Nessa etapa, uma visão estratégica de controle de gastos é de extrema importância, uma vez que o controle não é somente tentar produzir reduzindo gastos, mas continuar a produzir, com menos gastos e mantendo a qualidade. O orçamento bem estipulado, além da previsão dos custos indiretos e variáveis, ajuda a construir um mapa de custo-padrão, que pode ser modificado ao médio e longo prazo, mas que, devido às diversas mudanças possíveis, não computará grandes surpresas negativas evitando um grande impacto no patrimônio da empresa pois se trata de bens e serviços oferecidos direta ou indiretamente com o intuito de gerar receitas. A compreensão delas são extremamente necessárias para saber quais são os gastos imprescindíveis, as despesas que podem ser suprimidas, e em que tempo, dependendo de alguns fatores, dentre eles o grau de liquidez e a composição do capital de giro, é mais salutar realizar determinado investimento, visando o bem o sucesso empresarial. Nesse tempo de pandemia do Covid-19, o gestor de custo precisou ficar muito atento uma vez que muitos gastos podem interferir na saúde financeira da organização. 1.3 GESTÃO DE CUSTOS NAS EMPRESAS EM MOMENTOS DE CRISE O Diário da Região em São José do Rio Preto publicou em 08 de outubro de 2021 ( por Liza Mirella) que as Micros e pequenas empresas estão enfrentado grandes dificuldades devido ao impacto do aumento nos custos e nas mercadorias devido a alta da inflação e o aumento consecutivo do combustível principalmente nesse período pandêmico onde o desafio tem sido ainda maior. FOTOGRAFIA 1 Empresária Jubelina Chaves do Empório Manfri- alta dos preços nas mercadorias FONTE: Disponível em: https://cms.diariodaregiao.com.br/economia/micro-e-pequenas-empresas-brasileiras- enfrentam-aumento-nos-custos-e-mercadorias-1.815389. Baffi Guilherme 06/10/21. Diário da Região https://cms.diariodaregiao.com.br/economia/micro-e-pequenas-empresas-brasileiras-enfrentam-aumento-nos-custos-e-mercadorias-1.815389 https://cms.diariodaregiao.com.br/economia/micro-e-pequenas-empresas-brasileiras-enfrentam-aumento-nos-custos-e-mercadorias-1.815389 9 A micro empresária Jubelina Chaves tem tentado cortar os gastos principalmente com o consumo energia, água e a até mesmo horas extras na tentativa também de manter o emprego de 11 funcionário tentando se reinventar com a entrega e negociação com fornecedores que ofereçam um prazo melhor. Com base nos dados da 12ª pesquisa realizada pelo SEBRAE com parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), os gastos com insumos,mercadorias e o combustíveis para manter os seus negócios, segundo os empresários entrevistados relataram que foi o que mais impactou nos pequenos negócios, como se não bastasse todo impacto no início da pandemia que ocasionou o fechamento definitivo e temporário dos negócios promovido por decreto,dificultando a geração de receitas e na sua maioria ocasionando demissão limitando ainda mais o funcionamento com a perda da mão de obra. GRÁFICO 2- Impacto dos custos MEI e MPE 0% 20% 40% 60% 80% custos custos e despezas Custo aluguel custos 63% 61% custos e despezas 76% 77% Custo aluguel 13% 15% MEI MPE FONTE: Disponível em: https://cms.diariodaregiao.com.br/economia/micro-e-pequenas-empresas-brasileiras- enfrentam-aumento-nos-custos-e-mercadorias-1.815389. Diário da Região De acordo com a publicação foi relatada na pesquisa pelos MEI e MPE que que os gastos com mercadorias,insumos e combustíveis foram o que causaram maior impacto seja direta ou indiretamente no ramo do seu negocio para os MEIs o impacto foi de 61% e MPRs 61% sendo que quando soma os custos as despesas como por exemplo energia e gás que também tem tido aumento constantes para o MEI essa conta sobe para 76% e MPE 77%, sendo que desses empresários que relataram sobre o impacto dos custos e despesas 13% dos MEIs e 15% das MPEs possuem despesas com aluguel o que preocupa ainda mais fazendo com que na maioria dos casos as empresas arquem com os prejuízos porque fica inviável repassar esse aumento para o consumidor devido a queda no https://cms.diariodaregiao.com.br/economia/micro-e-pequenas-empresas-brasileiras-enfrentam-aumento-nos-custos-e-mercadorias-1.815389 https://cms.diariodaregiao.com.br/economia/micro-e-pequenas-empresas-brasileiras-enfrentam-aumento-nos-custos-e-mercadorias-1.815389 10 consumo da população brasileira causada principalmente pelo auto índice de desemprego, devido até a dificuldade desses micro e pequenosempresários de manterem seus negócios que comprovadamente pelo IBGE e SEBRAE são grandes responsáveis pela geração de empregos e por mais de um quarto, equivalente a 27% do PIB do Brasil. o Diário da Região pesquisou com os micros empreendedores de São José do Rio Preto como eles estavam lidando com a gestão de custos e de que forma esse aumento tem impactado os seus negócios como é o caso de dona Jubelina Chaves e o empresário Eduardo Ola Ribeiro,sócio do irmão Elio Ola Ribeiro na Solar Mundo que presta e vende serviços voltados para energia solar,que relatou que seus maiores custos estão voltados á locomoção devido a alta do combustível ocasionando o aumento dobrado nos materiais utilizados na realização dos serviços diminuindo os lucros pois não tem sido viável repassar todo o aumento para o consumidor final fazendo com que a empresa absorva parte do prejuízo. Como no atual momento o ramo do seu negocio está em alta principalmente devido a crise hídrica a solução é enxugar ao máximo os custos na tentativa deequilibrar as contas.FOTOGRAFIA 2- Empresários Eduardo e Élio Ola Ribeiro-custo com combustível FONTE: Disponível em: https://cms.diariodaregiao.com.br/economia/micro-e-pequenas-empresas-brasileiras- enfrentam-aumento-nos-custos-e-mercadorias-1.815389. O Diário Da Região 08/10/2021. As principais dificuldades enfrentadas pelas micro e pequenas empresas segundo a publicação é a redução doconsumo,a alta da imflação e a falta de acesso ao crédito disponibilizado pelo PRONAMP que impoemcondições que muitas delas não se enquadram e os bancos acabam não liberando deixando o dinheiro parado.Pois segundo o professor de economia da USP ( Paulo Feldman),” Um terço da força detrabalho do país não tem trabalho e se nõa tem renda,não tem consumo”.Com toda essa dificuldade acabam assumindo parte do prejuízo para não impactar nas https://cms.diariodaregiao.com.br/economia/micro-e-pequenas-empresas-brasileiras-enfrentam-aumento-nos-custos-e-mercadorias-1.815389 https://cms.diariodaregiao.com.br/economia/micro-e-pequenas-empresas-brasileiras-enfrentam-aumento-nos-custos-e-mercadorias-1.815389 11 vendas e nas prestações de serviços. Por isso os especialistas indicam que os empresários enxuguem ao máximo os custos e calcule qual será o impacto do aumento das suas despesas e mercadoriasbuscando estratégias par aumentar as vendas e dar continuidade as metas de faturamento. Hoje, mais do que nunca, foi necessário refletirmos sobre a vida e sua forma de ser vivida e organizada, e com as empresas não foi diferente. Foi observado em diversos seguimentos a reeivenção de muitos empresas, tanto na sua forma de trabalhar como na sua forma de vender. A pandemia trouxe influências positivas e negativas na vida das pessoas e das empresas, principalmente para pequenas e médias empreas, que na sua maioria possuem força de trabalho familiar, e o impacto causada transede por toda família. O contexto permitiu por parte de muitos seguimentos, uma maior busca pela resolução de problemas de estrutura e com muita criatividade, nunca se foi tão propicio uma visão ampla e dúbia dos problemas como pouca oferta de capital, falta e aumento da matéria prima e dificuldades operacionais devido as medidas de restrição estabelecidas. Na tomada de decisão ,o Empresário/Gestor ou Gerente de Custos não podem ficar paralisados, é necessário está ciente sobre a real situação do fluxo de caixa, analisar a DRE (quer seja bimestral,semestral ou anual) para identificar os progressos e os custos,porque se referem as operações diárias da vida financeira da empresa. Com base nessas apurações,principalmente do saldo disponível é possível realizar um planejamento de gasto de modo a não esvaziar o poder do capital de giro. Esta análise permite já saber quais são as condições de pagamento e de investimentos a curto prazo, euma atenção dobrada com a quitação de empréstimos e outras despesas que provoquem juros o que também permitirá avaliar se é viável ou não manter a empresa ativa no mercado. Para os gestores que tomaram como realidade a possibilidade a tomada de empréstimos, é preciso evitar a inadimplência, pois muitos processos podem surgir desse percalço,d eixar de pagar os empréstimos e até mesmo os fornecedores nunca foi um bom negócio,principalmente nesse tempo de pandemia é preciso identificar as nessecidades de compras e abastecimento de estoques essa reposição deve ser feita com cautela principalmente, se o tipo de material utilizado pode ser encontrado facilmente e sua entrega dentro de um período de imediatez. Um outro foco que precisa ser visto está no plano de custeio a folha de pagamento,mesmo que tal custeio não incida sobre o ciclo operacional, no montante dos custos, pelo método de rateio, influencia na precificação e no orçamento empresarial. A manutenção do emprego vai de encontro a razão existencial social da empresa, faz parte de sua atividade oferecer emprego e remuneração pela força de trabalho. Em tempo de crise, é possível que a força de trabalho seja diminuída e a empresa 12 tenha que cortar mão-de-obra, já que por lei e convenção não se pode fazer muito pela redução salarial. Pode-se ainda apontar que é muito importante em tempo de crise pensar num levantamento de custos visando a eliminação de desperdícios e otimizando os resultados de produção ou prestação de serviço. As despesas são tidas como fixas em curto prazo, no entanto, é preciso ficar atento ao plano orçamentário de modo que possa perceber uma variação entre o gasto orçado e o realizado. Essa variação mostra a seriedade pela qual o plano orçamentário foi realizado e tido como importante para a Gestão. 3. METODOLOGIA Quanto ao objetivo foi realizada uma pesquisa explicativa e o propósito desta pesquisa é demonstrar o impacto da gestão de custos nas MEI,Mico e Pequenas Empresas em tempos de pandemia. Quanto ao procedimento para realização deste trabalho foi feita uma pesquisa bibliográfica.Esse procedimento foi feito para reunir conhecimento acerca do tema desta pesquisa.Quanto à abordagem do problema está pesquisa tem caráter explicativa, com dados que busca descrever a atual situação da gestão de custos na pandemia das MPEs e MEI buscando realizar um estudo com coleta e análise de dados, com tendência a relacionar teoria e prática no processo da pesquisa científica. Com essa base, buscamos demostrar para gestores e proprietários de pequenas e médias empresas, a importância de se praticar uma gestão de custos eficiente e eficaz, que todos os dados medidos e analisados é o primeiro passo a se percorrer diante de uma estrada tão incerta perante uma crise mundial. Para isso, utilizamos a análise de pesquisas realizadas por instituições responsáveis pelas coletas de dados, e suporte ao empreendedorismo e economia do país e uma publicação jornalística informativa com base nessas pesquisas trazendo conhecimento da situação atual para os gestores. Assim como, o estudo de autores que buscam explicar a aplicabilidade da gestão de custos e sua importância nas organizações, com o intuito de auxiliar os gestores a manter uma boa saúde financeira em suas empresas e consequentemente arcar com a sua responsabilidade social mantendo a empregabilidade e auxiliando para a economia do país. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Partindo do pressuposto de que o momento de impacto exato dos efeitos de uma crise econômica são totalmente incertos, após analisar a causa de várias empresas que obtiveram sucesso em escapar de crises principalmente a mais recentemente a crise brasileira de 2015-2017, foi observado que a gestão de custos foi um dos fatores cruciais que fizeram com que empresas 13 tivessem boas chances de escapar do fechamento. A alavancagem financeira, automatização de processos buscando soluções mais eficientes ao menor custo e inovação alinhadas a uma gestão de custos eficaz, faz com que haja possibilidade de retomada da saúde financeira de uma empresa. Para isso, é necessário que diante de um mercado tão fragilizado e competitivo, que os gestores, sendo eles empreendedores ou profissionais que atuem gerindo os custos de uma empresa, estejam cada vez mais capacitados para oferecer dados exatos e realistas alimentando assim estratégias para o sucesso de uma empresa. O Gestor tem um papel indispensável, principalmente nos momentos mais difíceis. Muitas empresas foram pegas de surpresa pela paralisação mundial e sofreram duras consequências por não gerir os dados financeiros, principalmente as pequenas empresas geridas de forma familiar e muitas vezes por pessoas que não possuem a capacitação necessária para gestão de um negócio. Consequentemente as famílias tiveram seu poder aquisitivo diminuído pela falta de renda ou mesmo pela elevação dos preços dos mais diversos produtos, nesse contexto o jeito foi se reinventar, o mesmo aconteceu com as empresas. A consciência dosgastos realizados se tornou essencial e as informações sobre o custeio de produção ou serviço, passou a ser fundamental para a tomada de decisão, visando sucesso futuro. REFERÊNCIAS BBC. Crise e coronavírus: V, U ou W, os 3 cenários possíveis para a recuperação econômica após a pandemia de Covid-19. 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