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TERMO DE RESPONSABILIDADE E COMPROMISSO DE AUTORIA Eu, Karoline de Oliveira Ferraz matrícula nº 201703347201 declaro, para os devidos fins de direito, que o trabalho de conclusão de curso o artigo intitulado, O IMPACTO DA PANDEMIA NO EMPREENDEDORISMO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, é de minha autoria, tendo sido elaborado com a observância ao princípio do respeito aos direitos autorais de terceiros e em conformidade às normas estabelecidas no Manual de Normas para a Estrutura Formal de Trabalhos Científicos da Universidade Estácio de Sá. Declaro ainda que as citações e referências foram elaboradas à luz das normas da ABNT. Estou ciente, outrossim, de que o plágio ou a adoção de qualquer outro meio ilícito, na confecção de trabalhos acadêmicos configura fraude, possível de sanções, conforme as normas internas da Universidade Estácio de Sá, das quais também declaro ter plena ciência. Ademais, tenho conhecimento de que, eventualmente, o Professor orientador poderá exigir-me uma verificação adicional de conhecimento sobre o tema do artigo científico como condição para a aprovação da disciplina. Declaro, por fim, que tenho conhecimento de que o plágio constitui crime previsto no art. 184 do Código Brasileiro e que arcarei com todas as implicações civis, criminais e administrativas caso incorra nesta prática. Niterói, 09 de novembro 2020. (Local) (dia) (mês) Karoline de Oliveira Ferraz. Assinatura do Aluno NITEROI 2020 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA Graduação em Administração KAROLINE DE OLIVEIRA FERRAZ Trabalho de Conclusão de Curso – TCC O IMPACTO DA PANDEMIA NO EMPREENDEDORISMO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. 2 KAROLINE DE OLIVEIRA FERRAZ O IMPACTO DA PANDEMIA NO EMPREENDEDORISMO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em administração da Universidade Estácio de Sá – UNESA. Orientador: Prof.ª Flávia Vancim F. Massa. Tutor: Paulo Jose de M. Ribeiro. NITERÓI 2020 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................ 5 2. O IMPACTO DA PANDEMIA NO EMPREENDEDORISMO (DESENVOLVIMENTO/ REFERENCIAL TEÓRICO)..................................... 6 2.1 O IMPACTO DA PANDEMIA NO EMPREENDEDORISMO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS................................................................ 8 2.1.1 Medidas Adotadas Pelas Empresas Para Minimizar O Impacto Da Pandemia............................................................................. 10 2.1.2 Medidas Adotadas Pelo Governo Para Minimizar O Impacto Da Pandemia Das Micro e Pequenas Empresas.........................13 3. CONCLUSÃO........................................................................... 15 REFERÊNCIAS................................................................................... 17 4 Karoline de Oliveira Ferraz1 Flávia Vancim Frachone Massa2 RESUMO Esta pesquisa consiste em relatar como o impacto da pandemia refletiu no empreendedorismo após a determinação do governo suspendendo temporariamente o funcionamento das atividades dos negócios, ocasionando grandes mudanças e adaptações principalmente nas micro e pequenas empresas. Algumas empresas tiveram que modificar o funcionamento de suas atividades, realizando o remanejamento de funcionários, redução da carga horária, trabalhos remotos (home Office), efetivação do e-commerce (vendas e entregas online) e consequentemente preservar a saúde financeira dos negócios mediante a crise econômica em que se encontra o país. Por fim, serão apresentadas proposições estratégicas para evitar que o impacto sobre as organizações sejam negativos. Palavras-chave: empreendedorismo, impacto da pandemia, planejamento estratégico, e-commerce, home Office. ABSTRACT This research consists of reporting how the impact of the pandemic reflected on entrepreneurship after the government's determination, temporarily suspending the operation of business activities, causing major changes and adaptations mainly in micro and small companies. Some companies had to modify the functioning of their activities, reallocating employees, reducing the workload, remote jobs (home office), making e-commerce (online sales and deliveries) and consequently preserving the financial health of businesses by economic crisis in the country. Finally, strategic proposals will be presented to prevent the impact on organizations from being negative. Keywords: entrepreneurship, pandemic impact, strategic planning, e- commerce, home office. 1 Aluno concluinte do curso de Bacharel em Administração da Universidade Estácio de Sá. 2 Professor (a) Orientador (a) do artigo da Universidade Estácio de Sá. 5 1. INTRODUÇÃO A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, como uma pandemia. Depois de um surto centralizado na China no final de 2019, o vírus se espalhou rapidamente para mais de 150 países – incluindo os Estados Unidos, a Itália e até mesmo o Brasil. Quase 200 mil pessoas já foram afetadas ao redor do mundo. Os danos da pandemia, no entanto, vão além da tragédia humana. As restrições emergenciais para locomoção, convivência e outras áreas da vida impactaram diferentes setores da sociedade. Da economia às formas de trabalho, seus efeitos podem se estender até o próximo ano. Foi decretado estado de calamidade pública no âmbito nacional para evitar a proliferação do vírus e com isso o Governo ordenou o fechamento das indústrias, escolas, shopping, restaurantes, bares, salões de beleza, hotéis, etc. A crise ocasionada pela pandemia do COVID-19 gerou um impacto muito grande nas relações sociais e na economia do país afetando assim o empreendedorismo, principalmente das micro e pequenas empresas. Diante a ameaça que a pandemia representa ao país, o administrador com apoio no art. 5°, XXIII a XXV, da CF/88 pode determinar o fechamento de algumas empresas públicas e privadas para garantir a proteção da coletividade. Através disso os empreendedores adotaram diversas medidas trabalhistas, sendo algumas delas: redução de jornada de trabalho e consequentemente a redução do salário, suspensão do contrato de trabalho, demissão dos empregados, banco de horas, licença remunerada, concessão e/ou antecipação de férias individuais e/ou coletivas, home Office, entre outras. Com esse cenário incerto ocorreram várias mudanças no comportamento dos consumidores, com a diminuição da rotatividade nas ruas por conta do isolamento social consequentemente diminuiu o consumo ocasionando queda da oferta e aumento na demanda. Sendo assim os empreendedores tiveram que se adaptar e acompanhar as mudanças, rever suas estratégias e planejamentos, os fluxos de caixa e se atentar a saúde financeira da empresa. 6 A economia foi uma das primeiras áreas a mostrar a gravidade dos surtos de COVID-19 ao redor do mundo. Desde fevereiro, foram registradas quedas agudas - chegando a 20% - nas bolsas de valores de todo o mundo. A doença afeta cadeias de suprimento e a atividade comercial como um todo, já que as medidas para contê-la estimulam a população a permanecer em casa. Tudo isso se reflete na redução do consumo: grandes eventos foram cancelados e lojas, fechadas, para impedir a rápida transmissão do COVID-19. Por conta desse cenário, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima um crescimento de 2,4% para a economia mundial em 2020 – o menor desde 2009. O Brasil não passou ileso por essa situação. OMinistério da Economia recuou em sua previsão oficial para a alta do PIB em 2020, indo de 2,4% a 0,02%. O mercado também concordou com essa visão, mudando sua estimativa para 1,5%. O intuito desta pesquisa é identificar as dificuldades enfrentadas pelos empreendedores de micro e pequenas empresas diante a pandemia relatando as medidas tomadas para evitar falência e identificar a importância de um planejamento estratégico sabendo reconhecer com antecedência uma crise e saber como sair dela sem gerar muito impacto em um longo período de tempo. 2. O IMPACTO DA PANDEMIA NO EMPREENDEDORISMO (Desenvolvimento/Referencial Teórico) Para Chiavenato (2004) “o empreendedor é a pessoa que inicia ou opera um negócio para realizar uma ideia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente”. A desaceleração econômica causada pela COVID-19 atinge empresas em todo o mundo. Com interrupções de atividades industriais e em sua cadeia de suprimentos, as organizações ainda estão aprendendo a lidar com um cenário instável. Segundo a Boston Consulting Group (BCG), embora as empresas já tenham adotado as medidas necessárias para proteger seus colaboradores, muitas não definiram um plano de ação para seu negócio. 7 Após a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretar no país a pandemia causada pelo vírus do COVID-19, de acordo com PORTARIA Nº 454, DE 20 DE MARÇO DE 2020 Art. 2º “Para contenção da transmissibilidade do COVID-19, deverá ser adotada como, medida não farmacológica, o isolamento domiciliar da pessoa com sintomas respiratórios e das pessoas que residam no mesmo endereço, ainda que estejam assintomáticos, devendo permanecer em isolamento”. Ou seja, foi restringido o deslocamento das atividades estritamente necessárias, evitando qualquer índice de aglomeração. Esse cenário refletiu bastante no empreendedorismo por conta do isolamento social que proporcionou muitas mudanças e adaptabilidade no desenvolvimento dos negócios trazendo um incentivo para as empresas se reinventarem. Conforme a pesquisa do SEBRAE 73% dos entrevistados alegou que a situação financeira das empresas antes da pandemia era ruim ou razoável e após a chegada da pandemia no Brasil intensificou os resultados negativos e mais ou menos 62% dos empreendedores interromperam as atividades temporariamente ou definitivamente. Figura 1 Figura 1 – Dados retirados da pesquisa: UGE – O impacto da pandemia de corona vírus nos Pequenos Negócios. Fonte: SEBRAE (2020). 8 Diante deste novo cenário é fundamental que os gestores e líderes de negócios compreendam que através da crise vão surgir oportunidades, pois o modelo de trabalho nunca mais será o mesmo. Será necessária clareza na execução – coordenar e responder em grande escala e ter adaptabilidade no planejamento, envolver a organização, capacitar equipes, liderar com propósito e integridade. Analisar as medidas que deverão ser adotadas com prioridade, como a saúde e segurança da equipe e consequentemente do estabelecimento – reduzindo o risco de contaminação, reduzir o estresse e garantir a conformidade com os requisitos regulamentados. Para conter o avanço da COVID-19 e proteger a população, foi necessário rever modelos e relações de trabalho para manter a rotina das empresas. A adoção emergencial do home Office foi a principal delas. Com uma previsão prolongada de quarentena, estima-se que os modelos remotos se tornem parte do imaginário corporativo e ganhem força após a contenção do surto. Além da segurança em tempos de pandemia, estudos apontam que esse modelo de trabalho traz um aumento entre 15% a 30% na produtividade do colaborador. Neste momento, investimentos em VPNs, restrições de acesso à rede corporativa e proteção para dispositivos profissionais devem ser avaliados. Caminhamos para um cenário, portanto, em que eles se tornarão mais comuns. Sem apoio do governo, a princípio, as empresas enfrentaram queda no consumo porque não obtiveram recursos para lidar com a crise causada pela pandemia. 2.1 O IMPACTO DA PANDEMIA NO EMPREENDEDORISMO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Segundo a pesquisa do SEBRAE (Pesquisa com empresários sobre os impactos do COVID-19) 88% dos micro e pequenos negócios sofreram uma queda impactante no faturamento mensal e 64% sofreu queda de faturamento média devido ao fechamento de lojas físicas e pela mudança do comportamento do 9 consumidor que preferem postergar gastos não essenciais às medidas de isolamento no país que busca evitar aglomerações. Figura 2 Mais 44% das empresas citam como um dos itens que mais pesam do dia-a-dia nos custos das empresas que impactou bastante os negócios foram os custos e despesas relacionadas ao pessoal, aluguel e compra de mercadorias. De acordo com a pesquisa citada acima. Para manter os negócios em funcionamento 54% dos empresários afirmam que precisarão de crédito/empréstimo, 31% não sabem se precisarão e apenas 15% alegam não precisar. Pelo estudo é possível observar como as formas de atuar dos pequenos empreendedores estão evoluindo neste momento. Entre as empresas que continuaram funcionando, 41,9% realizam agora apenas entregas via atendimento online. Outros 41,2% estão trabalhando com horário reduzido, enquanto 21,6% estão realizando trabalho remoto. Figura 2 – Dados retirados da pesquisa com empresários: Impactos da COVID-19 nos Pequenos Negócios. Fonte: SEBRAE (2020). 10 Para o presidente do SEBRAE, Carlos Melles, “As pequenas empresas representam 99% de todos os empreendimentos do país e geram mais da metade dos empregos formais. A situação provocada pela pandemia exige de todos os agentes públicos o compromisso pela busca de soluções concretas e rápidas para os problemas que essas empresas estão enfrentando no dia a dia da crise”. Outros fatores potenciais que afetam às micro e pequenas empresas são no quesito de importação e exportação de produtos e mercadorias, com a alta do dólar dificulta ainda mais os negócios para os microempreendedores, pois para eles cada centavo conta qualquer perda gera grande impacto. Será necessária uma visão estratégica, integrada, alinhada ao futuro pós-pandemia de médio e longo prazo. 2.1.1 MEDIDAS ADOTADAS PELAS EMPRESAS PARA MINIMIZAR O IMPACTO DA PANDEMIA Primeiramente as empresas e funcionários devem seguir as medidas preventivas dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar o contágio do vírus como as normas de distanciamento, disponibilizar equipamentos de proteção e promover as adaptações no espaço de trabalho para garantir uma boa higiene respiratória, etc. Os empreendedores deverão traçar novos planos de ação e fazer um planejamento estratégico, negociar valores, prazos, renegociar com fornecedores, flexibilização de pagamentos ou prazos mais dilatados especialmente no que se refere ao corte de custos e otimização de processos tendo em vista a diminuição dos impactos negativos. Para enfrentar a crise os empreendedores devem melhorar a comunicação assegurando aos seus principais stakeholders – clientes, consumidores e colaboradores – que medidas estão sendo tomadas, o que da mais credibilidade aos funcionários quando uma informação é passada por seus empregadores. Alguns exemplos para centralizar a comunicação são: e-mail, ligações, vídeo conferência. 11 A adoção de metodologias ágeis também permite uma resposta mais rápida aos novos desafios do dia a dia. O processo de análise, reorganização e tomada de decisão precisa acompanhar o ritmo das mudanças. Por isso, precisa de uma presença forte das lideranças. Dessa forma, conforme os novos cenários são possíveis direcionaresforços para as áreas de negócio que mais serão impactadas. Segundo a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) no Brasil o uso da internet aumentou de 40% a 50% na pandemia. Com isso alguns empreendedores utilizaram da crise como uma oportunidade de implementar o e- commerce em suas respectivas empresas com o intuito de manter seus negócios positivos e até mesmo de aumentar seus lucros. Para Salvador (2013) “o comércio eletrônico ou e-commerce pode ser definido como transações comerciais feitas no ambiente virtual, com ajuda de meios eletrônicos, ou seja, é poder comprar determinado item a quilômetros de distância, sem sair de casa ou do escritório, utilizando celular, computador ou outro dispositivo. Os consumidores são atraídos pela comodidade, facilidade de acesso e, principalmente, pelos preços mais baixos que o comércio físico”. Outra medida adotada foi o Home Office, que segue do conceito: trabalho remoto, uma oportunidade de cumprir as tarefas com maior conforto e autonomia em sua casa e uma vantagem para a empresa que deseja eficiência e redução de custos. O trabalho em casa foi uma estratégia usada pelas empresas durante a pandemia, segundo a Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise do COVID- 19 realizada pela FIA (Fundação Instituto de Administração). De acordo com o estudo, 41% dos funcionários das empresas foram colocados em regime de home office, quase todos os que teriam a possibilidade de trabalhar a distância, que somavam 46% do total dos quadros. No setor de comércio e serviços, 57,5% dos empregados passaram para o teletrabalho, nas pequenas empresas o percentual ficou em 52%. Outra estratégia que teve destaque entre as empresas foi à antecipação de férias, adotada por 46% das companhias, com maior adesão das grandes (51%) e do setor de serviços hospitalares (80%). A redução da carga de trabalho com redução de salário foi usada por 23% das empresas e 12% disseram que tiveram que demitir durante a pandemia. 12 A importância de um planejamento estratégico é primordial para ajudar os empreendedores a lidar com os negócios nesse momento turbulento. Segundo Kotler, “o planejamento estratégico se trata de uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela organização, visando o maior grau de integração com o ambiente”. Resumindo, podemos dizer que o planejamento estratégico é o processo de analisar uma organização sob diversos ângulos, direcionando seus rumos e monitorando suas ações de forma concreta. O monitoramento e controle são resultados práticos da utilização do que conhecemos como Plano estratégico. Figura 3 É necessário um plano estratégico de reconstrução econômica para o país, a exemplo do que está sendo realizado na Itália com o Plano Nacional de Reconstrução Econômica Pós-pandemia, baseado no uso intensivo do sistema de inovação (MAZZUCATO, 2020), priorizando o empreendedorismo e as relações simbióticas entre o estado e a iniciativa privada. O Brasil segue com os seus desafios econômicos e sociais num ambiente ainda instável e volátil, agravado durante a pandemia. Finalmente é necessário um olhar diferenciado para inclusão dos “invisíveis”, ou seja, empresas e Figura 3 - Dados retirados da pesquisa: O que é planejamento e gestão estratégica? Fonte: Portal administração (2014). 13 pessoas que empreendem na informalidade, marginais ao processo de transformação tecnológica em curso. Deve-se adotar a estratégia de reconstrução que deve ainda considerar a preservação emergencial dos estoques nacionais de empreendedores por meio da manutenção e sobrevivência com políticas de suporte financeiro emergencial ao ecossistema de inovação, ou seja, a preservação das sementes para o novo ciclo. O ambiente institucional brasileiro de suporte ao empreendedorismo demanda aperfeiçoamento, considerando-se as tendências globais pós-pandemia, através da instauração de políticas de apoio ao empreendedorismo intensivo em conhecimento e a massiva irrigação do sistema nacional de inovação com novos empreendedores, empreendimentos, soluções técnicas, econômicas e sociais, aderentes à realidade pós-pandemia. 2.1.2 MEDIDAS ADOTADAS PELO GOVERNO PARA MINIMIZAR O IMPACTO CAUSADO PELA PANDEMIA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS O governo federal anunciou algumas medidas para compensar os impactos causados pela crise da pandemia nas micro e pequenas empresas para manter os negócios no mercado visando reduzir efeitos econômicos, garantir empregos e pagamentos de salários. Algumas medidas foram: Adiamento do recolhimento do imposto do Simples Nacional (o pagamento dos impostos será adiado para o segundo semestre deste ano); Liberação de R$ 5 bilhões pelo Programa de Geração de Renda (Proger), mantido com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT); 40% de redução de impostos e taxas; 38% de subsídio para salários e custos fixos; 32% de redução de tarifas de conta de luz e água; 26% de ampliação das linhas de crédito; 14 De acordo com Carlos da Costa, secretário da Sepec (Produtividade, Emprego e Competitividade) do Ministério da Economia, o governo está focando nas micro e pequenas empresas porque elas têm mais dificuldade em obter capital de giro e acessar linhas de crédito. “As pequenas empresas vivem para o pagamento de salários e de fornecedores, e dependem do dinheiro que está entrando todo mês. Então, optamos por criar medidas muito fortes para resguardar o caixa dessas empresas que foram as responsáveis pela criação de novas vagas de emprego nos últimos meses”, explicou o secretário. Abaixo o resultado da pesquisa realizada pela UGE (Unidade de Gestão estratégica) do SEBRAE mostra em porcentagem algumas medidas governamentais mais impactantes que os empreendedores utilizariam para compensar os efeitos da pandemia: Figura 4 Figura 4 – Dados retirados da pesquisa: UGE – O impacto da pandemia de corona vírus nos Pequenos Negócios. Fonte: SEBRAE (2020). 15 3 CONCLUSÃO O país passou por várias adaptações por conta da crise causada pela pandemia do COVID-19. Uma nova realidade como a consciência individual é fundamental para a mudança de comportamento e hábitos por higiene ser reforçada, mudança no modo de trabalho, vínculos interpessoais pela falta de contato de corrente do confinamento e até na forma como as crianças vão às aulas. Esse será o novo normal da nossa sociedade pós-pandemia em que o cuidado para evitar novas contaminações virou a regra. No mundo empresarial, por exemplo, a cultura do home Office que foi implementada deve continuar após a redução do isolamento social. Um estudo das Tendências de Marketing e Tecnologia de 2020 mostra que o trabalho remoto pode crescer 30% depois da pandemia no Brasil. Como alguns funcionários perdem entre 1 a 3 horas por dia só em deslocamentos até o trabalho, retirar isso com o trabalho remoto pode-lhes tornar muito mais produtivos aumentando o conforto e automaticamente a produtividade. Porém a falta de estrutura para alguns pode tornar um pouco menos eficiente essa estratégia. Novas dinâmicas serão incluídas no dia a dia da população como se adaptar ao distanciamento mínimo entre pessoas, evitando sempre a aglomeração. Usar máscaras a todo o momento será necessário para proteção de cada indivíduo. Hábitos de higiene serão mais comuns com o novo normal, o que antes não gerava tanta preocupação, como por exemplo, a higienização de objetos antes do manuseio e até mesmo das mãos, se tornam gestos rotineiros mais que obrigatórios. Para o cuidado de si mesmo e de outras pessoas, a desinfecção com álcool 70º ou em gel, são importantes para evitar a contaminação do vírus. A economialida com previsões e probabilidades, enquanto a estratégia cria desvios dessas previsões. As empresas que florescerão durante e através da crise acreditam e buscam vantagens nas adversidades. E a prova disso é que essas oportunidades existem em todos os setores. Embora a média das empresas provavelmente se concentre na crise, algumas estão olhando para a inevitável recuperação da demanda, para a possibilidade de recessão e para as oportunidades de inovar e repensar seus 16 modelos de negócios. Eles estão preparados para diferentes cenários e estão moldando ativamente seu próprio destino. Novos modelos de negócio, novas formas de falar e ouvir. Se a comunicação já vinha mudando fortemente nos últimos anos, o mundo depois da pandemia demanda marcas com mais propósito, melhor posicionamento e uma competição ainda maior pela atenção das pessoas. Transformação estratégica de marketing é o processo de traçar um plano estratégico e alterar processos e procedimentos fundamentais de negócios. Esse movimento de mudança, aliada às novas tecnologias, permite que as empresas melhorem seus serviços e experiência com o usuário, aumentando o reconhecimento e a reputação da marca e, consequentemente, sua receita. Ainda é muito cedo para ter a dimensão exata do impacto da COVID- 19 na economia e na sociedade, no entanto, as empresas precisam reagir imediatamente. Encontrar a produtividade no trabalho remoto, escolher as tecnologias certas, gerar experiências positivas para suas equipes e seus clientes são ações que podem ser tomadas logo. Talvez tenhamos novas quarentenas, talvez uma vacina mude de novo o rumo da história, mas o fato é que não será possível esperar um céu de brigadeiro para que se defina uma nova forma de operar. As empresas que encontrarem seu caminho rapidamente irão prosperar - e os profissionais que liderarem suas organizações serão capazes de não apenas entender o atual momento, mas construir o futuro. O intuito desta pesquisa não é de garantir o sucesso dos gestores, líderes e empreendedores principalmente das micro e pequenas empresas, e sim de ajudar a se adaptar ao novo normal dando informações e sugestões para enfrentar a realidade que estamos vivendo. A importância desta pesquisa se dá pelo fato de ensinar e identificar os pontos essenciais como os métodos necessários para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas, estimulando os gestores e empresários, mostrando qual a verdadeira intenção de todos os recursos e os principais impactos e como minimizá- los perante a crise existencial que a pandemia ocasionou ao mundo dos negócios. Considera-se que esta pesquisa pode continuar sendo explorada sobre diversas formas e intuitos. Percebemos em primeira instância a complexidade de trabalhar duro em meio à crise mediante as ordens direcionadas pelo governo e os 17 recursos oferecidos por eles para evitar o fechamento definitivo. Após o entendimento que esta pesquisa oferece, basta que o gestor aprenda as utilizar, tornando os métodos em aparatos de auxilio, necessário para a elaboração e construção de um planejamento estratégico eficaz. O uso dos dados informados na pesquisa proporciona vislumbrar as possibilidades, e assim traçar as melhores instruções para tomada de decisão. REFERÊNCIAS: SEBRAE, (2020) - O impacto da pandemia de corona vírus nos pequenos negócios. online: https://m.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-impacto-da- pandemia-de-coronavirus-nos-pequenos- negocios,192da538c1be1710VgnVCM1000004c00210aRCRD#:~:text=A%20pande mia%20de%20coronav%C3%ADrus%20mudou,%25%2C%20interromperam%20as %20atividades%20temporariamente. SEBRAE, UGE - Unidade de Gestão Estratégica (2020) - O Impacto da pandemia de corona vírus nos Pequenos Negócios. online:https://datasebrae.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Impacto-do- coronav%C3%ADrus-nas-MPE-2%C2%AAedicao_geral-v4-1.pdf FGV PROJETOS, (2020) online:https://fgvprojetos.fgv.br/artigos/o-impacto-da- pandemia-de-coronavirus-nos-pequenos-negocios-4a-edicao-do-sebrae-junho-2020 G1, (2020) - PEQUENAS EMPRESAS E GRANDES NEGÓCIOS. online:https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Varejo/noticia/2020/02/como-o- coronavirus-pode-afetar-micro-pequenas-e-medias-empresas.html INSPER, (2020) - EMPREENDEDORISMO: CENÁRIO DE CRISE TRAZ DESAFIOS E OPORTUNIDADES. online:https://www.insper.edu.br/noticias/empreendedorismo-desafios-e- oportunidades/ 18 G1, BEM ESTAR (2020) – CORONAVÍRUS. online:https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/03/11/oms-declara- pandemia-de-coronavirus.ghtml PORTARIA Nº 454, Art. 2º (2020). online:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/portaria/prt454-20-ms.htm AGÊNCIA BRASIL, (2020) – ECONOMIA. Online:https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-07/home-office-foi- adotado-por-46-das-empresas-durante-pandemia MAZZUCATO, M. (2020) – Ajuda estatal não pode criar parasitas diz membro do comitê de reconstrução. Estadão. online:https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,ajudaestatal-nao-pode-criar- parasitas-diz-membro-do-comite-dereconstrucao-da-italia,70003291076 , accessed on May 05,2020. TEC, Institute For Technology Entrepreneurship Culture (2020) - Pós – Coronavírus. online:https://www.aberje.com.br/wp-content/uploads/2020/04/COVID- Infobase_trendstecnologia.pdf ADMINISTRADORES, (2009) – Empreendedorismo, uma nova visão: enfoque no perfil empreendedor. online:https://administradores.com.br/artigos/empreendedorismo-uma-nova-visao- enfoque-no-perfil-empreendedor PORTAL ADMINISTRAÇÃO, (2014) – O que é planejamento e gestão estratégica. online: https://www.portal-administracao.com/2014/06/planejamento-gestao- estrategica-o-que-e.html CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 1999. 278p.
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