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Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Elétrica FEELT31402 - Experimental de Eletrônica Analógica I Lista de Experimental de Eletrônica Analógica I Professor Dr. André Luiz Aguiar da Costa Alexandre Miranda Machado Fabyan Esteves de Sá Mateus Flausino Conceição Pedro Cunha 11911EEL005 11921ETE001 11911EEL014 11911EAU004 Uberlândia 2021 SUMÁRIO Tópico Página: 1 - Objetivos 3 2 - Introdução teórica 3 3 - Primeira Questão 4 3.1 - Figura A ………………………………………………………………………………….... 4 3.2 - Figura B …………………………………………………………………………………….5 3.3 - Figura C ………………………………………………………………………………….....7 3.4 - Figura D ……………………………………………………………………………............ 8 4 - Segunda Questão 8 4.1 - Simulação ……………………………………………………………………………….…..11 5 - Terceira Questão 13 6 - Quarta Questão 16 7 - Referências bibliográficas 19 2 1 - Objetivos As seguintes atividades tem como objetivo, averiguar de maneira crítica os conceitos teóricos acerca do funcionamento do diodo em diferentes aplicações eletrônicas e a obtenção das formas de saída que os mesmos proporcionam. Para tal, serão utilizadas simulações computacionais no software Qucs às quais, posteriormente, serão comparadas aos resultados esperados de seu comportamento. 2 - Introdução Teórica Primeiramente, dando início ao relatório faz-se necessário apresentar o que consiste um diodo. Em síntese um diodo é um semicondutor, eles são uma classe especial cuja condutividade está entre um bom condutor e a de um isolante.(conforme [1] - página 2). Os materiais semicondutores frequentemente usados são Germânio, Silício e Gálio e Arsênio. Isso se dá pela sua estrutura atômica de cada um desses elementos e de como os átomos se ligam para formar uma estrutura cristalina. Os componentes fundamentais de um átomo são o elétron, o próton e o nêutron. Na estrutura de treliça, nêutrons e prótons formam o núcleo enquanto os elétrons aparecem em órbitas fixas ao redor do núcleo. O modelo de Bohr para os três materiais é fornecido na Figura 1. (conforme [1] - página 3). Figura 1: Estrutura atômica de (a) Si, (b) Ge e (c) GaAs ([1] – página 3). Fonte: BOYLESTAD, Robert L. - NASHELSKY 3 De acordo com a Figura 2, fica evidente que o ponto de elevação vertical nas características é diferente para cada material, embora a forma geral de cada uma delas seja muito semelhante. O Ge está mais próximo do eixo vertical e o GaAs, mais distante. Como se observa nas curvas, o centro do joelho (knee em inglês, daí o K ser a notação de Vk) da curva é de aproximadamente 0,3 V para Germânio, 0,7 V para Silício e 1,2 V para Gálio e Arsênio (conforme [1] - página 15). Ou seja, Vk é a tensão mínima que deve ser aplicada em um diodo para que ele possa conduzir. Figura 2: Comparação das curvas dos diodos de Ge, Si e GaAs ([1] – página 16). Fonte: BOYLESTAD, Robert L. - NASHELSKY 3 - Primeira Questão 3.1 - Figura A No circuito da Figura (A) o diodo não está funcionando corretamente, deveria estar comportando como circuito fechado porém está se comportando como circuito aberto. Desse modo, a tensão verificada pela ponteira de tensão tanto no enunciado quanto na simulação no 4 software evidencia esse funcionamento errôneo. A fim de verificar o funcionamento foram executados dois circuitos, um com o diodo funcionando como circuito fechado e outro utilizando-se de um interruptor aberto para ficar semelhante ao defeito apresentado. Figura 3: Medindo tensão quando o diodo está com defeito. Fonte: Elaborada pelo autor. Figura 4: Medindo tensão quando o diodo está funcionando corretamente. Fonte: Elaborada pelo autor. 3.2 - Figura B No circuito da Figura B o diodo não está funcionando corretamente, deveria estar comportando como circuito fechado porém está se comportando como circuito aberto. Desse modo, a tensão verificada pela ponteira de tensão tanto no enunciado quanto na simulação no software evidencia esse funcionamento errôneo. A fim de verificar o funcionamento foram 5 executados dois circuitos, um com o diodo funcionando como circuito fechado e outro utilizando-se de um interruptor aberto para ficar semelhante ao defeito apresentado. Figura 5: Medindo tensão quando o diodo está com defeito. Fonte: Elaborada pelo autor. Figura 6: Medindo tensão quando o diodo está funcionando corretamente. Fonte: Elaborada pelo autor. 6 3.3 - Figura C No circuito da Figura C o diodo não está funcionando corretamente, deveria estar comportando como circuito aberto porém está se comportando como circuito fechado. Desse modo, a tensão verificada pela ponteira de tensão tanto no enunciado quanto na simulação no software evidencia esse funcionamento errôneo. A fim de verificar o funcionamento foram executados dois circuitos, um com o diodo funcionando como circuito aberto e outro utilizando-se de um interruptor fechado para ficar semelhante ao defeito apresentado. Figura 7: Comprovação que está com defeito. Fonte: Elaborada pelo autor. Figura 8: Medindo tensão quando o diodo está funcionando corretamente. Fonte: Elaborada pelo autor. 7 3.4 - Figura D No circuito da Figura D o diodo está funcionando corretamente, comportando como circuito aberto pois está polarizado reversamente. Desse modo, a tensão verificada pela ponteira de tensão tanto no enunciado quanto na simulação no software evidencia esse funcionamento correto. A fim de verificar o funcionamento, foi executado o circuito no software Qucs. Figura 9: Medindo tensão quando o diodo está funcionando corretamente. Fonte: Elaborada pelo autor. 4 - Segunda Questão Um circuito grampeador é constituído de um diodo, um resistor e um capacitor que desloca uma forma de onda para um nível CC diferente, sem alterar a aparência do sinal aplicado. Deslocamentos adicionais também podem ser obtidos como o solicitado pela questão, com a introdução de uma fonte CC na estrutura básica. (conforme [1] - página 74) O resistor e o capacitor da rede devem ser escolhidos de tal modo que a constante de tempo determinada por τ = RC seja grande o suficiente para assegurar que a tensão através do capacitor não se descarregue de forma significativa durante o intervalo em que o diodo não esteja conduzindo. Circuitos grampeadores têm um capacitor conectado diretamente da entrada para a saída com uma resistência em paralelo com o sinal de saída. (conforme [1] - 8 página 76). O diodo também está em paralelo com o sinal de saída, e no caso do sinal Vout esperado pelo exercício ter uma fonte CC em série com esse diodo usaremos como base o circuito grampeador mostrado na Figura 10. Figura 10: Circuito grampeador. Fonte: Elaborada pelo autor. Foi adotado que nossa frequência seria de 1 kHz, sendo assim calcularemos o período e o intervalos entre os níveis, a equação do período é dada por: 𝑇 = 1𝑓 = 1 1000 = 1 𝑚𝑠 Assim a metade desse período será que resultará em 0,5 ms entre cada nível, esse𝑇2 valor será utilizado no Qucs para devidas simulações. Dado os sinais da Figura 11, foi possível dimensionar e projetar os componentes do circuito grampeador. Figura 11: Sinal de entrada (Vin) e sinal de saída (Vout) esperado ao passar pelo circuito. Fonte: Elaborada pelo autor. 9 Primeiramente, iremos analisar o período de 0-t1 de Vin mostrado na Figura 11, uma vez que o diodo está em seu estado de curto-circuito. Para esse intervalo, o circuito será como mostra a Figura 12. Figura 12: Diodo no estado ligado. Fonte: Elaborada pelo autor. A aplicação da Lei das Tensões de Kirchhoff ao longo da malha de entrada resulta em: Vi - Vc -V1 = 0 10 V - VC - 2,7 V = 0 VC = 7,3 V Portanto, o capacitor carregará até 7,3V. Neste caso, o diodo não provoca um curto-circuito no resistor R, assim nesse intervalo 0-t1 , temos que a tensão V1=Vo , uma vez que estão em paralelo, então observando o valor de Vo dado na Figura 11, podemos concluir que V1=2,7 V. Para o período de t1-t2 , o circuito será como mostra a Figura 13 abaixo: Figura 13: Diodo no estado desligado. Fonte: Elaborada pelo autor. 10 O circuito aberto equivalente para o diodo evitará que a bateria (V1) de 2,7 V tenha qualquer efeito sobre Vo, e a aplicação da Lei das Tensões de Kirchhoff ao longo da malha de saída do circuito resultará em: -Vi - Vc -Vo = 0 - 10 V - 7,3 - Vo = 0 Vo = -17,3 V A constante de tempo do circuito de descarga da Figura 13 é determinada pelo produto RC, como já dito, precisamos apenas de uma constante de tempo que seja maior que 0,5 ms. Sendo assim colocarei no circuito uma resistência de 100kΩ e um capacitor de 0,1µF. Para cálculo de τ temos: τ = RC = (100 kΩ)(10 µF) = 1 s O tempo total de descarga, portanto, é 5τ = 5(1s) = 5s. Como o intervalo t1-t2 dura apenas 0,5 ms, pode-se considerar que o capacitor manterá sua tensão durante o período de descarga entre os pulsos do sinal de entrada. A saída resultante é mostrada na Figura 11 com o sinal de entrada. Vale reparar que o valor de pico a pico é o mesmo tanto no sinal de entrada quanto no sinal de saída o valor é apenas deslocado verticalmente. 4.1 - Simulação Como o software de simulação QUCS possui limitações, para obtermos um sinal de entrada como o mostrado na questão foi necessário colocar uma fonte de tensão quadrada em série com uma fonte de tensão com os polo negativos juntos, para que o sinal de entrada tivesse uma tensão de pico de 10 V e um Vpp de 20 V e continuasse com o formato quadrado. Para essa simulação consideramos a tensão inicial do capacitor de 7,3 V, ou seja, nosso capacitor já estará carregado. Segue abaixo a montagem do circuito e os gráficos de tensão entrada Vin e tensão saída Vout. 11 Figura 14: Esquema do circuito montado. Fonte: Elaborada pelo autor. Figura 15: Gráfico da tensão pelo tempo. Fonte: Elaborada pelo autor. 12 Portanto, assim como apresentado pelo circuito esquemático e o gráfico da tensão pelo tempo conclui-se que ao realizar a simulação do circuito obtém-se o resultado esperado de um tensão de saída de 2.7V no semiciclo positivo e uma tensão de -17.3V no semiciclo negativo. 5 - Terceira Questão: A montagem do circuito se dá por uma fonte triangular de corrente alternada(V i ) de 10V, e com Vpp de 20V. De maneira semelhante ao exercício 2 foi adotado que a frequência seria de 1 kHz, sendo assim calcularemos o período e o intervalos entre os níveis, a equação do período é dada por: 𝑇 = 1𝑓 = 1 1000 = 1 𝑚𝑠 Portanto, a metade desse período será que resultará em 0,5 ms entre cada nível, esse𝑇2 valor será utilizado no QUCS para devidas simulações e análises. Faremos a montagem do circuito para compreender melhor o funcionamento. . Figura 16:Circuito com os diodos. Fonte: Elaborada pelo autor. Como estamos tratando de uma fonte de corrente alternada com semiciclos positivos e negativos faremos a análise para cada semiciclo a fim de compreender melhor o funcionamento dos diodos do circuito em cada caso. Para o primeiro caso trataremos o semiciclo negativo. Durante este, o diodo à direita do circuito em série com a fonte de 7,3V estará diretamente polarizado. Dessa forma, o diodo à direita se comportará como curto circuito. Sendo assim, a tensão Vo se dará pela ação da fonte de Vi e o resistor R e a queda de tensão no diodo em série a fonte de 7,3V. De maneira contrária, o diodo à esquerda do circuito estará se comportando como circuito aberto, portanto obtém-se o circuito representado abaixo. 13 Figura 17: Comportamento dos diodos no semiciclo negativo. Fonte: Elaborada pelo autor. Figura 18: Comportamento dos diodos no semiciclo positivo. Fonte: Elaborada pelo autor. Já para o segundo caso trataremos do semiciclo positivo. Durante este, o diodo à esquerda em série com a fonte de tensão de 5,3V estará diretamente polarizado, atuando portanto como circuito aberto e o outro diodo como circuito aberto, logo a tensão Vo se dará pela ação da fonte de Vi e o resistor R e a queda de tensão no diodo em série a fonte de 5,3V. Somando as análises feitas podemos obter os valores da tensão Vo e a corrente no resistor. Os gráficos abaixo representam os valores obtidos. 14 Figura 19: Gráfico da tensão Vo durante o tempo de execução da simulação Fonte: Elaborada pelo autor. Figura 20: Gráfico da corrente no resistor durante o tempo de execução da simulação. Fonte: Elaborada pelo autor. O esquema do circuito simulado no software Qucs utilizou de uma fonte de tensão alternada quadrada somada a uma fonte de tensão contínua para realizar o efeito de uma fonte de tensão alternada triangular. Foram utilizados diodos 1N4001[2] , duas fontes de tensão contínua de 5,3V e 7,3V, um resistor e as ponteiras para medir tensão e corrente no circuito. Segue abaixo o circuito esquemático realizado na simulação. 15 Figura 21: Gráfico da corrente no resistor durante o tempo de execução da simulação. Fonte: Elaborada pelo autor. 6 - Quarta Questão: O funcionamento da porta lógica “AND” depende da voltagem nos pontos A e B do circuito analisado, sendo necessário que ambos estejam sendo alimentados com 5V, correspondente a um nível lógico alto, para que o LED acenda. Para explicar o funcionamento de maneira detalhada, faremos uma análise de cada um dos casos da tabela verdade. Para todos os casos, observando o terminal alimentado com 5V, assumindo que haja uma corrente passando pelo resistor, temos que a tensão no ânodo dos diodos será inferior a 5V e maior que zero devido à queda de tensão no resistor. Levando isso em consideração, veremos cada caso: ● A = 0V e B = 0V Neste caso, ambos os terminais possuem uma tensão de 0V. Devido ao que foi explicado anteriormente, temos que a tensão nos ânodos é maior que nos cátodos, o que indica que ambos os diodos estão polarizados diretamente, consequentemente, se comportam como fontes de tensão constantes de 0,7V e estarão conduzindo. Desse modo, vemos que a tensão que chega no LED é a de 0,7V; correspondente ao nível lógico baixo, o que significa que o LED não estará aceso. 16 Figura 22: Circuito elaborado para simular a porta E (AND). Fonte: Elaborada pelo autor. ● A = 0V e B = 5V Neste caso, o terminal A possui uma tensão de 0V e o terminal B possui uma tensão de 5V. Devido ao que foi explicado anteriormente, temos que a tensão no ânodo do diodo em A é maior que no cátodo, o que indica que este diodo está polarizado diretamente, consequentemente, se comporta como fonte de tensão constante de 0,7V e estará conduzindo. Já no diodo em B, a tensão no ânodo será menor que no cátodo, indicando que o diodo está inversamente polarizado, se comportando como um circuito aberto. Ainda sim, vemos que a tensão que chega no LED é a de 0,7V; correspondente ao nível lógico baixo, o que significa novamente que o LED não estará aceso. Figura 23: Circuito elaborado para simular a porta E (AND). Fonte: Elaborada pelo autor. 17 ● A = 5V e B = 0V Neste caso, o terminal A possui uma tensão de 5V e o terminal B possui uma tensão de 0V. De maneira análoga ao caso anterior, temos que o diodo em A estará inversamente polarizado e o diodo em B estará diretamente polarizado. Novamente, temos que a tensão que chega no LED é a de 0,7V; correspondente ao nível lógico baixo, o que significa novamente que o LED não estará aceso. Figura 24: Circuito elaborado para simular a porta E (AND). Fonte: Elaborada pelo autor. ● A = 5V e B = 5V Neste caso, ambos os terminais possuem uma tensão de 5V. Devido ao que foi explicado anteriormente, temos que a tensão nos ânodos é menor que nos cátodos, o que indica que ambos os diodos estão polarizados inversamentes, consequentemente, se comportam como circuitos abertos e não estão conduzindo. Desse modo, vemos que a tensão que chega no LEDé de 5V; correspondente ao nível lógico alto, o que significa que o LED estará aceso. 18 Figura 25: Circuito elaborado para simular a porta E (AND). Fonte: Elaborada pelo autor. 7 - Referências bibliográficas: [1] - BOYLESTAD, Robert L. - NASHELSKY, L. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos São Paulo: Prentice Hall do Brasil, 2004. [2] - Vishay General Semiconductor - Datasheet Disponível em : https://www.vishay.com/docs/88503/1n4001.pdf. Acesso em: 18 de agosto de 2021. 19 https://www.vishay.com/docs/88503/1n4001.pdf
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