Anatomia das aves III - Sist Digestório

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Cavidades corporais 
- Apresenta uma única cavidade, a cavidade celomática; 
 
 
 
Sacos aéreos: finas membranas presentes 
na parte pneumática; e em seguida segue 
para os pulmões; 
 
 
Sistema digestivo 
- O sistema digestivo das aves exibe uma variação interespécies menor do que a dos 
mamíferos. Muitas variações ocorrem na forma do bico; dentes estão ausentes nas aves; 
- Além da boca, a variação relativamente menor é amplamente confinada à presença e 
forma do papo (inglúvio), detalhes do estômago de 2 câmaras e desenvolvimento dos cecos. 
- Os órgãos digestivos são pequenos, p/ leveza essencial p/ voo; são altamente eficientes 
em liberar rapidamente a energia proveniente das refeições, de forma que sua taxa 
metabólica seja mantida 
A ave não tem dente; portanto, precisa de algo para diminuir os alimentos, essa parte é 
chamada de moela; a moela, que auxilia na maceração dos alimentos, tem algumas 
“pedrinhas”. 
Crop = papo (onde o alimento 
é armazenado): 
Possui 2 estômagos: 
próventrículo (estômago 
verdadeiro) pequeno; o 
estômago muscular 
(ventrículo) é a moela -
trituração dos alimentos; 
- O ceco das aves é longo e 
tem um direito e esquerdo; 
 
 
→Orofaringe: As aves não têm palato mole e nenhuma constrição evidente separando a 
boca da faringe. A orofaringe denota a cavidade combinada (bico até o esôfago). 
O teto dA cavidade achatada dorsoventralmente é formado pelo palato, seu assoalho 
é formado por mandíbula, língua e monte laríngeo; os lábios e dentes estão ausentes; 
O palato apresenta uma longa fissura mediana (coana) que se conecta c/ cavidade 
nasal. Uma fissura menor (infundibular), mais caudal, constitui a abertura comum das 
tubas auditivas. 
Parede da orofaringe é 
preenchida por papilas 
“mecânicas”, são caudais e 
auxiliam no movimento do 
bolo alimentar em direção 
ao esôfago. 
Quantidades generosas 
de saliva, de vários 
conjuntos de glândulas 
salivares, umedecem o 
alimento. 
A língua triangular é sustentada por um aparelho hioide delicado e não é protraível; 
movimenta o bolo alimentar no interior da orofaringe e ao engolir, propele o alimento 
p/ esôfago; a fenda da coana é fechada. 
O monte laríngeo, caudal à base da língua, apresenta uma fenda mediana (glote). 
Uma fileira de papilas marca o nível de origem do esôfago. 
 
→Esôfago: O esôfago se localiza entre a traqueia e os músculos cervicais, mas se desvia 
para a direita, uma posição mantida por todo o comprimento do pescoço; 
Na entrada do tórax, a parede ventral do esôfago de frangos se expande p/ formar 
o papo, protuberância do lado direito que se está em contato com músculos peitorais. 
Na maioria das aves o papo é um mero alargamento fusiforme do esôfago. 
Localizado na tela subcutânea e é palpável, podendo ser posicionado de maneira ideal 
para cirurgias, mas é vulnerável à laceração. 
O papo estoca comida por um período curto quando o estômago muscular está 
cheio; em corujas, gaivotas e pinguins, que não possuem papo, o alimento entra 
diretamente no proventrículo; em pássaros piscívoros, peixes podem ser vistos 
esticando o proventrículo e se projetando p/ fora do bico sem causar asfixia. 
Dentro da cavidade corporal, o esôfago passa sobre a bifurcação da traqueia; 
funde-se ao proventrículo à esquerda do plano mediano. 
O esôfago é de grande distensão; sua lâmina própria contém glândulas mucosas 
(muco lubrifica a passagem do bolo alimentar). 
Não existe quase nenhuma atividade química no esôfago e no papo; 
Durante o período de chocagem, pombos machos e fêmeas elaboram em seu papo 
um material friável (leite de papo) que consiste em células epiteliais descamadas 
contendo lipídios; misturado com o alimento ingerido, o leite de papo é regurgitado e 
alimenta os filhotes nos primeiros dias de vida após a eclosão. 
 
Ao final do esôfago tem o papo, que 
serve para armazenar o alimento; 
Constituído de tecido conjuntivo fino; e 
quando a ave se alimenta, ele se distende 
para armazenar o alimento ingerido; 
 
 
 
 
→ Estômago: 
O estômago das espécies que se alimentam de peixe e de carne (aves de rapina, 
falcões, águia pescadora, abutres e corujas) é primeiramente um órgão de 
estocagem apropriado p/ a digestão química de dieta macia. 
O estômago de aves herbívoras é adaptado à redução mecânica do material mais 
resistente através do desenvolvimento de uma musculatura poderosa. 
Aves domésticas (galinhas, gansos e semelhantes) exibem somente poucas variações. 
 
- Estômago é dividido por uma constrição (istmo) em um proventrículo glandular e um 
ventrículo muscular (moela) localizados um atrás do outro e próximos ao plano mediano. 
Proventrículo está ventralmente em contato c/ lobo esquerdo do fígado; apresenta 
muitas papilas; existem 2 tipos de células epiteliais nas glândulas: células oxintopépticas, 
que produzem ácido clorídrico e pepsinogênio, e células que produzem o muco; 
A moela, maior e mais caudal, entra em contato com o fígado, esterno e a parte 
caudal da parede abdominal lateral esquerda; é exposta quando o esterno e os 
músculos abdominais são removidos na necrópsia; seu interior é alongado, aumentado 
por sacos cegos cranial e caudal, o primeiro se conecta com o proventrículo. 
Membrana mucosa é fina, resistente; revestida por epitélio cúbico; constituída 
por glândulas tubulares, secreção se solidifica na superfície (ácido clorídrico); 
Em aves herbívoras e onívoras, as contrações da moela trituram o alimento, 
auxiliadas pelos grãos de areia ingeridos, que devem ser oferecidos na dieta. 
Na moela ocorre a digestão de proteínas. 
Em aves granívoras (psitacídeos, canários), a moela apresenta musculatura 
mais fina porque esses animais descascam e trituram as sementes antes de 
engolirem; nem sempre necessitam de areia. 
A atividade muscular move o 
alimento para a frente e para 
trás entre o proventrículo e a 
moela durante a digestão; a 
localização do piloro, por sua 
vez, permite que uma parte do 
alimento que não necessita ser 
triturado escape para o 
duodeno, desviando-se da 
moela. 
→ Intestinos 
Os intestinos ocupam a parte caudal da 
cavidade corporal, fazendo um extenso contato 
com a moela e com os órgãos reprodutivos. 
Consistem em duodeno, jejuno, íleo e cólon que 
se abre p/ cloaca. Em aves herbívoras, existem 
ainda dois cecos que surgem da junção ileocólica 
e acompanham o íleo de maneira retrógrada 
O duodeno segue caudalmente a partir da superfície 
direita da moela. Forma uma alça (U) que retorna à 
junção duodenojejunal no estômago. 
Pâncreas está entre ramos da alça, desemboca na extremidade distal duodeno ascendente; 
O jejuno forma alças espiraladas ao longo da extremidade do mesentério e apresenta uma 
parede tão fina que seu conteúdo lhe confere aparência esverdeada; 
Em patos e gansos, o jejuno está arranjado em várias alças em formato de U; 
pombos, forma uma massa cônica com voltas centrípetas e centrífugas; em aves 
insetívoras e frugívoras, o jejuno é muito curto e amplo. 
Íleo continua a partir do jejuno; se inicia no divertículo vitelino, oposto ao ápice dos cecos; 
- O intestino grosso compreende os cecos e o cólon. 
Os ceco surgem na junção ileocólica e prosseguem seu curso retrógrado ao lado 
do íleo; seguem cranialmente e se voltam p/ trás de forma a posicionar suas 
extremidades cegas próximo à cloaca. Passeriformes e pombos possuem um ceco 
linfoide muito curto; psitacídeos e algumas aves carnívoras não possuem ceco. 
O (cólon) reto tem cerca de 10 cm de cumprimento em frangos e termina em um 
ligeiro alargamento na cloaca; não é mais espesso do que o intestino delgado e 
reabsorve água e eletrólitos por 
movimentos antiperistálticos. A urina é 
movida a partir da cloaca para o 
colonrreto por antiperistaltismo. 
- Cloaca: é comum aos sistemas 
digestório e reprodutivo e se abre para 
o exterior pelo vento; a cloaca é dividida 
em coprodeu, urodeu e proctodeu por 
duas pregas anulares mais ou menos 
completas. A bolsa cloacal(de Fabrício) 
está localizada na parede dorsal do 
proctodeu; 
- O fígado é bem grande; é castanho-
escuro; com lobos direito e esquerdo; 
- Como não há diafragma, os lobos do 
fígado envolvem a parte caudal do 
coração. 
- O lobo direito, maior, contém a 
vesícula biliar em sua superfície 
visceral e é penetrado pela veia cava 
caudal; 
- O lobo esquerdo é dividido; 
 
- A superfície parietal convexa se localiza em contato com as costelas e o esterno; 
- O fígado está coberto por um saco peritoneal de tecido adiposo; 
- A superfície côncava visceral faz contato com o baço, proventrículo, moela, duodeno, 
jejuno e ovário (ou testículo). 
- Dois ductos biliares, um de cada lobo, adentram a extremidade distal do duodeno, próximo 
aos ductos pancreáticos; somente o ducto do lobo direito está conectado à vesícula biliar. 
- Pombos, papagaios, periquitos-australianos e estrutioniformes: não existe vesícula biliar. 
- O pâncreas é alongado e se localiza entre os ramos da alça duodenal; consiste em lobos 
ventral e dorsal conectados distalmente; dois ou três ductos carreiam o suco pancreático 
à extremidade distal do duodeno. 
- Baço está no plano mediano ao lado do proventrículo, faz contato c/ fígado 
cranioventralmente;