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EL����AÇÃO D� �ÁR�A��S OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: -Elucidar os mecanismos de eliminação de medicamentos. -Conhecer a relação entre a eficácia e as concentrações dos medicamentos nos fluidos biológicos e levar em consideração as características fisiológicas ou patológicas de um paciente, o que o torna diferente dos indivíduos normais na resposta a uma determinada dose de um fármaco In��od�ção -Fármacos podem ser eliminados inalterados ou convertidos em metabólitos -Principal via excretória: renal, por meio da urina Outras vias- bile, intestino, pulmões, leite Excreção dos fármacos no leite materno- importante porque as substancias excretadas podem causar efeitos farmacológicos indesejáveis na amamentação do lactente Excreção pulmonar- importante para a eliminação dos gases anestésicos *As substâncias excretadas nas fezes são predominantemente fármacos ingeridos por via oral que não foram absorvidos, ou metabólitos dos fármacos excretados na bile ou secretados diretamente no trato intestinal e que não foram reabsorvidos -Com exceção dos pulmões, os órgãos excretores eliminam mais eficazmente os compostos polares do que as substancias altamente lipossolúveis. Por isso, os fármacos lipossolúveis não são facilmente eliminados até que sejam metabolizados em compostos mais polares Ex��eção r���� de �ár�a��s -A excreção na urina inclui três processos independentes: filtração glomerular, secreção tubular ativa e reabsorção tubular passiva Geralmente, as alterações da função renal global afetam esses três processos na mesma extensão. Mesmo nos indivíduos saudáveis, a função renal não é constante recém-nascidos- função renal é baixa, em comparação com a massa corporal, mas se desenvolve rapidamente nos primeiros meses após o nascimento vida adulta- declínio lento da função renal (cerca de 1% ao ano) e, por estão razão, os indivíduos idosos podem ter graus significativos de limitação funcional -A quantidade do fármaco que chega ao lúmen tubular por filtração depende da taxa de filtração glomerular e da extensão da ligação plasmática do fármaco; apenas a fração livre é filtrada. -No túbulo renal proximal, a secreção tubular ativa mediada por carreadores também pode aumentar a quantidade do fármaco presente no líquido tubular Transportadores P-gp e proteína tipo 2 associada à multirresistência aos fármacos (MRP2)- localizados na membrana da borda escovada apical, são responsáveis pela secreção dos ânions anfipáticos e metabólitos conjugados (como glicuronídeos, sulfatos e derivados da glutationa) Transportadores carreadores de solutos- são mais seletivos para os fármacos catiônicos orgânicos, estão envolvidos na secreção das bases orgânicas Transportadores de membrana- localizados predominantemente no túbulo renal distal, também são responsáveis pela reabsorção ativa do fármaco do lúmen tubular de volta à circulação sistêmica -Nos túbulos proximais e distais, as formas não ionizadas dos ácidos e das bases fracos sofrem reabsorção passiva global -Gradiente de concentração para a difusão retrógrada: gerado pela reabsorção da água com Na+ e outros íons inorgânicos como as células tubulares são menos permeáveis as formas ionizadas dos eletrólitos fracos, a reabsorção passiva dessas substâncias depende do pH -Quando a urina tubular está mais alcalina, os ácidos fracos estão em grande parte ionizados e são excretados mais rapidamente e em quantidade maiores Quando a urina tubular estiver mais ácida, a fração do fármaco ionizado é reduzida, o mesmo acontece com a sua excreção. A alcalinização e acidificação da urina produzem efeitos contrários na excreção das bases fracas tratamento das intoxicações farmacológicas- a excreção de alguns fármacos pode ser acelerada pela alcalinização ou acidificação apropriada da urina *Se a alteração do pH urinário resulta em uma modificação significativa na eliminação do fármaco, depende da extensão e persistência da alteração do pH e da contribuição da reabsorção passiva dependente de pH para a eliminação total do fármaco O efeito é mais intenso para os ácidos e as bases fracos com valores de pKa na faixa do pH urinário (5,0-8,0). A alcalinização da urina pode aumentar 4-6x a excreção dos ácidos relativamente fortes 1. Filtração glomerular -Os fármacos penetram nos rins pelas artérias renais, que formam o plexo capilar glomerular. Os fármacos livres (não ligados a proteínas) atravessam para o espaço de Bowman como parte do filtrado glomerular Os capilares glomerulares permitem a difusão de moléculas pequenos de fármacos. Até 20% do fluxo plasmático renal são filtrados através do glomérulo, de modo que, pelo menos 80% do fármaco podem passar para os capilares peritubulares do túbulo proximal No túbulo, os fármacos são transferidos para a luz tubular por dois sistemas transportadores independentes e relativamente não seletivos, sendo que um deles transporta ácidos e o outro bases orgânicas Esses sistemas podem reduzir a concentração plasmática do fármaco, transportando ele contra um gradiente químico e, no rim, ele é apresentado ao transportador -Difusão pelo filtrado: conforme o filtrado glomerular atravessa o túbulo, a água é reabsorvida e, nesse processo, os fármacos com alta lipossolubilidade (alta permeabilidade tubular) são excretados lentamente Ou seja, fármacos lipossolúveis são mais reabsorvidos por atravessarem mais facilmente as membranas das células tubulares -O fármaco polar permanece mais tempo no túbulo e sua concentração aumenta -Muitos fármacos, por serem ácidos fracos ou bases fracas, alteram sua ionização com o pH, o que afeta sua excreção renal efeito de aprisionamento de íons- fármaco básico é mais rapidamente excretado na urina ácida, visto que o pH baixo no interior do túbulo favorece sua ionização e, portanto, inibe sua reabsorção. Os fármacos ácidos são mais facilmente excretados se a urina for alcalina Ex��eção b���a� � f��a� d� �ár�a��s -Também existem transportadores na membrana canalicular do hepatócito, que secretam ativamente fármacos e metabólitos na bile P-gp e a PRCM (proteína de resistência do câncer de mama, ou ABCG2)- transportam fármacos lipossolúveis anfipáticos MRP2- secreção dos metabólitos presentes na bile que são liberados no trato de GI durante o processo digestivo Como os transportadores secretores também estão expressos na membrana apical dos enterócitos, pode haver secreção direta dos fármacos e metabólitos da circulação sistêmica para o lúmen intestinal Depois, os fármacos e metabólitos podem ser absorvidos do intestino de volta ao corpo que, no caso dos metabólitos conjugados como os glicuronídeos, podem necessitar da hidrolise enzimática pela flora intestinal Quando extensa, essa reciclagem entero-hepática pode prolongar significativamente a permanência de um fármaco (ou de uma toxina) e seus efeitos no organismo, antes da eliminação por outras vias *Por isso, alguns fármacos podem ser administrados por via oral para se ligarem às substâncias excretadas na bile (ex- intoxicação por mercúrio, administrar uma enzima por via oral, que se liga ao dimetilmercúrio excretado na bile impedindo desta forma a reabsorção e toxicidade adicional) A reciclagem entero-hepática também pode ser uma vantagem no desenvolvimento dos fármacos. Essa reciclagem também é responsável pela meia-vida do fármaco no organismo Out��� v�a� �� �x��eção -Excreção pelo suor, pela saliva e lágrimas é quantitativamente desprezível A eliminação por essas vias depende principalmente da difusão da forma lipossolúvel não ionizada dos fármacos pelas células epiteliais das glândulas e depende do Ph -Fármacos excretados na saliva: entram na boca, de onde geralmente são deglutidos A concentração de alguns fármacos na saliva é proporcional ao nível plasmático e, por isso, a saliva pode ser um líquido biológico útil para determinar as concentrações dos fármacos, quando for difícil ou inconveniente obter uma amostra de sangue -Os mesmos princípios aplicam-se à excreção dos fármacos no leite materno. Como o leite é mais ácido do que o plasma,os compostos básicos podem ficar ligeiramente concentrados nesse líquido; já a concentração dos compostos ácidos no leite materno é menor do que a do plasma compostos não eletrolíticos (ex- etanol) entram facilmente no leite e atingem a mesma concentração do plasma, independentemente do pH do leite Dessa forma, a administração de fármacos às mulheres que estão amamentando impõe a advertência geral de que o lactente amamentado ficará, ate certo ponto, exposto aos fármacos e/ou seus metabólitos - Embora a excreção através dos cabelos e da pele seja quantitativamente desprezível, os métodos sensíveis para detectar fármacos nesses tecidos tem significância forense. Far����ci�éti�� �� id���� -O envelhecimento ou senescência inicia na metade da vida, entretanto, a velocidade e a intensidade de sua progressão variam entre as pessoas, e os seus diferentes órgãos (genética, estilo de vida, fatores ambientais) -Acontecem várias mudanças fisiológicas associadas à idade, que são responsáveis por alterações em diferentes órgãos, na dependência de influências genéticas, ambientais e psicológicas. Homeostenose- ocorrem perdas de reservas fisiológicas, o que pode tornar as pessoas mais vulneráveis a patologias variadas ou aos acidentes, em comparação aos joven -A farmacoterapia para os idosos possui peculiaridades devido à diminuição da massa muscular e da água corpórea com o envelhecimento. Pode ocorrer o comprometimento do metabolismo hepático, da homeostasia, da capacidade de filtração, e da excreção renal -Considerar: alterações farmacocinéticas- relação entre dose administrada e concentrações do fármaco na circulação sistêmica alterações farmacodinâmicas- relação entre doses administradas do fármaco e reposta farmacológica observada) -A diminuição na habilidade homeostática interfere em diferentes sistemas regulatórios em diferentes indivíduos -As alterações farmacocinéticas observadas em idosos associam-se com: mudanças na capacidade de absorção diminuição na depuração renal devido à redução do fluxo plasmático e da taxa de filtração glomerular redução da atividade das enzimas microssomais hepatocíticas e do fluxo plasmático hepático alterações do volume de distribuição dos fármacos pela diminuição da água corporal total e dos níveis de albuminemia aumento da gordura corpora *A administração de qualquer medicamento no idoso requer a avaliação das características de sua absorção, distribuição, metabolismo e excreção, ou seja, sua farmacocinética -O envelhecimento promove diminuição do: Número e características das células da mucosa intestinal que promovem a absorção- perda de partes dos cílios, e redução da sua área total absortiva movimento gastrointestinal- aumento do tempo de esvaziamento gástrico e redução do trânsito intestinal volume e teor de ácido clorídrico e da secreção gástrica- aumento do pH gástrico *estes fenômenos não alteram significativamente a absorção de medicamentos, desde que a mucosa gástrica esteja intacta -A absorção, entretanto, pode ser alterada por algumas patologias gastrointestinais, especialmente, pela: doença diverticular, estenose pilórica, enterite regional, gastrectomia, síndrome da má absorção, e pancreatite -O envelhecimento promove algumas modificações da composição corporal que influenciam diretamente sobre a distribuição de medicamentos, como: Aumento da porcentagem de gordura- aumenta o volume de distribuição dos medicamentos, contribuindo 24 para o aumento da meia-vida de fármacos lipossolúveis diminuição da porcentagem total de água- redução do volume de distribuição dos medicamentos hidrossolúveis -Sobre a excreção, o envelhecimento promove também a hialinização dos glomérulos, o que diminui a capacidade total de filtração glomerular (redução da função renal) Isso interfere no clearance de muitos fármacos hidrossolúveis como antibióticos, diuréticos, digoxina, β-bloqueadores, lítio e antiinflamatórios não esteroidais *fármacos com baixo índice terapêutico podem produzir reações adversas se ocorrer acúmulo. Essas alterações determinam a redução da eliminação de fármacos que requerem a excreção renal, e exigem um dos princípios básicos da prescrição para idosos, que é a necessidade de ajustar as doses dos fármacos de eliminação renal, com base no valor da depuração (clearance) de creatinina Cle����ce -Clearance: depuração -> reflete a capacidade de filtração dos rins do medicamento circulante. O quanto do volume de moléculas conseguiu ser reabsorvido e voltou para o plasma, sem a creatinina. É importante para ver quanto do plasma está sendo liberto do medicamento a concentração plasmática varia de um medicamento para outro -Clearance de creatinina: indica o bom funcionamento renal a creatinina é produzida em uma taxa constante no organismo, tem completa filtração glomerular, reabsorção tubular passiva mínima, secreção tubular ativa mínima. Ela é uma pequena parte da urina Toda creatinina que passa pela filtração glomerular é liberada na urina, uma vez que ela sofre uma filtração glomerular completa, de modo que não precisa da secreção tubular muito ativa Como não sofre reabsorção tubular, ela fica na luz do túbulo e, toda a quantidade de creatinina que é lançada nos túbulos demonstra o valor real de creatinina no plasma *O medicamento é jogado na urina pelos glomérulos e secreção tubular ativa -Os medicamentos ou substâncias contidas no plasma e filtrados no glomérulo e secreção tubular podem ter a chance de voltar medicamentos lipossolúveis- podem retornar para a circulação pela reabsorção tubular *Em indivíduos com função renal normal, o clearance renal pode variar de paciente para paciente e em diferentes condições -O clearance pode variar de paciente para paciente, pois há variação de pH urinário, ligação com proteínas plasmáticas e fluxo sanguíneo renal O pH é o que mais influencia no clearance das drogas. Em baixo pH o medicamento básico é excretado, o clearance é melhor Ex��eção d� �ár�a��s -A eliminação também envolve a biotransformação junto a excreção -Excreção: processo inverso ao da absorção (tudo que facilita a absorção dificulta excreção) -Medicamentos altamente lipossolúveis têm mais capacidade de reabsorção e, por isso, ficam mais biodisponíveis e são liberados de maneira mais contida. Sua excreção é lenta -A eliminação pode acontecer através de: secreções- biliar, sudorípara, lacrimal, gástrica, salivar, láctea excreções- urina, fezes e catarro ar expirado -Vias de excreção: renal, sistema hepatobiliar, pulmonar, saliva, lágrima, suor, leite -A filtração glomerular é pouco seletiva, então o que determina o que será excretado é feita pela reabsorção tubular pH pode influenciar na reabsorção tubular passiva fármaco básico- melhor excretado em urina ácida fármaco ácido- melhor excretado em urina básica. Um medicamento ácido em urina básica tende a ficar ionizado (por isso bicarbonato faz com que medicamento ácido seja excretado de maneira mais rápida) -Secreção tubular ativa: característica de transporte ativo, ou seja, exige um carreador químico, gasta energia, é um mecanismo competitivo e pode ocorrer contra um gradiente de concentração Quando desliga da proteína, só o medicamento sai, a proteína fica confinada no túbulo -No processo de filtração, os fármacos podem interagir entre si, disputando pelo mesmo receptor isso pode ser benéfico- probelicina pode aumentar o tempo de meia-vida da penicilina, pois ocupa o sistema com sua eliminação -Excreção fecal: menor relevância. Os fármacos eliminados nas fezes correspondem à fração ingerida e não absorvida ou então ao fármaco que sofreu secreção salivar, biliar ou gástrica -Excreção biliar: fármacos excretados com a bile (principal- xenobióticos) -Ciclo entero hepático: pode aumentar o tempo de meia vida do fármaco *A via de introdução interfere na velocidade de absorção, de biotransformação e na excreção biotransformar a droga em algo mais polar pode favorecer a excreção da droga *Interação medicamentosa: alteração da atividade enzimática, competição por carreadores(ex: probenecida e penicilina) *Meia vida: tempo necessário para que se transcorra uma eliminação do fármaco para que ele chegue a metade da sua concentração inicial. É preciso que metade da droga seja eliminada antes de tomar uma nova dose tempo de meia vida β garante a eliminação total -> deixou o organismo, foi eliminado *Fixas: terapêutica, tóxica, subterapêutica Res��� -Fármacos podem ser eliminados pelo processo de excreção sem qualquer alteração, ou são convertidos em metabólitos com exceção dos pulmões, os órgãos excretores eliminam mais eficazmente os compostos polares do que substâncias altamente lipossolúveis fármacos lipossolúveis não são facilmente eliminados até que sejam metabolizados em compostos mais polares -Rim: órgão mais importante para a excreção dos fármacos e seus metabolitos. As substancias excretadas nas fezes são predominantemente fármacos ingeridos por via oral que não foram absorvidos, ou metabolitos dos fármacos excretados na bile ou secretados diretamente no trato intestinal e que não foram reabsorvidos. -Leite materno: excreção dos fármacos no leite materno é importante, não por causa das quantidades eliminadas, mas porque as substancias excretadas podem causar efeitos farmacológicos indesejáveis na amamentação do lactente. -Pulmão: importante principalmente para a eliminação dos gases anestésicos ➢ Excreção renal -A excreção dos fármacos e metabólitos na urina inclui três processos independentes: filtração glomerular secreção tubular ativa reabsorção tubular passiva *alterações da função renal global afetam esses três processos na mesma extensão -Mesmo nos indivíduos saudáveis, a função renal não é constante: recém-nascidos- função renal é baixa, em comparação com a massa corporal, mas se desenvolve rapidamente nos primeiros meses após o nascimento vida adulta- declínio lento da função renal (cerca de 1% ao ano) e, por estão razão, os indivíduos idosos podem ter graus significativos de limitação funcional -A quantidade do fármaco que chega ao lúmen tubular por filtração depende da taxa de filtração glomerular e da extensão da ligação plasmática do fármaco; apenas a fração livre é filtrada no túbulo renal proximal-secreção tubular ativa mediada por carreadores também pode aumentar a quantidade do fármaco presente no líquido tubular túbulos proximais e distais- formas não ionizadas dos ácidos e das bases fracos sofrem reabsorção passiva global -Transportadores: transportadores localizados na membrana da borda escovada apical (P-gp e a proteína tipo 2 associada à multirresistência aos fármacos- MRP2)- responsáveis pela secreção dos ânions anfipáticos e metabólitos conjugados transportadores carregadores de solutos- mais seletivos para os fármacos catiônicos orgânicos, estão envolvidos na secreção das bases orgânicas transportadores de membrana- localizados predominantemente no túbulo renal distal, responsáveis por toda a reabsorção ativa do fármaco do lúmen tubular de volta à circulação sistêmica; entretanto, a maior parte dessa reabsorção ocorre por difusão não aniônica -O gradiente de concentração para a difusão retrógrada é gerado pela reabsorção da água com Na+ e outros íons inorgânicos como as células tubulares são menos permeáveis, as formas ionizadas dos eletrólitos fracos, a reabsorção passiva dessas substâncias depende do pH urina tubular mais alcalina- ácidos fracos estão em grande parte ionizados e são excretados mais rapidamente e em quantidade maiores. A alcalinização da urina pode aumentar 4-6 vezes a excreção dos ácidos relativamente fortes, como é o caso dos salicilatos, quando o pH urinário é aumentado de 6,4 para 8,0 e a fração do fármaco não ionizado é reduzida de 1% para 0,04% urina tubular mais ácida- a fração do fármaco ionizado é reduzida, o mesmo acontece com a sua excreção *A alcalinização e acidificação da urina produzem efeitos contrários na excreção das bases fracas -Tratamento das intoxicações farmacológicas: a excreção de alguns fármacos pode ser acelerada pela alcalinização ou acidificação apropriada da urina se a alteração do pH urinário resulta em uma modificação significativa na eliminação do fármaco, depende da extensão e persistência da alteração do pH e da contribuição da reabsorção passiva dependente de pH para a eliminação total do fármaco o efeito é mais intenso para os ácidos e as bases fracos com valores de pKa na faixa do pH urinário (5,0-8,0). ➢ Excreção biliar e fecal -Transportadores na membrana canalicular do hepatócito: secretam ativamente fármacos e metabolitos na bile -P-gp e a PRCM (ABCG2): transportam uma pletora de fármacos lipossolúveis anfipáticos MRP2- secreção dos metabolitos presentes na bile que são liberados no trato de GI durante o processo digestivo -como os transportadores secretores também estão expressos na membrana apical dos enterócitos, pode haver secreção direta dos fármacos e metabólitos da circulação sistêmica para o lúmen intestinal. em seguida, os fármacos e metabolitos podem ser reabsorvidos do intestino de volta ao corpo que, no caso dos metabolitos conjugados como os glicuronídeos, podem necessitar da hidrolise enzimática pela flora intestinal. se for extensa, essa reciclagem êntero-hepática pode prolongar significativamente a permanência de um fármaco (ou de uma toxina) e seus efeitos no organismo, antes da eliminação por outras vias. -por essa razão, alguns fármacos podem ser administrados por via oral para se ligarem às substancias excretadas na bile. Por exemplo, no caso da intoxicação por mercúrio, pode-se administrar uma enzima por via oral, que se liga ao dimetilmercúrio excretado na bile impedindo desta forma a reabsorção e toxicidade adicional. -a reciclagem êntero-hepática também pode ser uma vantagem no desenvolvimento dos fármacos. A ezetimiba é o primeiro representante de uma nova classe de fármacos, que reduz especificamente a absorção intestinal de colesterol. -esse fármaco é absorvido pela célula do epitélio intestinal, onde parece interferir com o sistema de transporte dos esteroides, impedindo que o colesterol livre e os esteróis vegetais (fitosteróis) presentes no lúmen intestinal sejam transportados para o interior das células. o fármaco é absorvido é captada avidamente pelo fígado e excretada na bile, resultando em concentrações baixas no sangue periférico. O conjugado glicuronídico é hidrolisado e absorvido e tem a mesma eficácia na inibição da absorção dos esteróis. Essa reciclagem êntero-hepática é responsável pela meia-vida longa do fármaco no organismo (>= 20h) o principal efeito benéfico é a redução do colesterol ligado às lipoproteínas de baixa densidade ➢ Outras vias de excreção -Excreção dos fármacos pelo suor, saliva e lágrimas: quantitativamente desprezível. A eliminação por essas vias depende principalmente da difusão da forma lipossolúvel não ionizada dos fármacos pelas células epiteliais das glândulas e depende do Ph. fármacos excretados excretados na saliva- entram na boca, de onde geralmente são deglutidos. A concentração de alguns fármacos na saliva é proporcional ao nível plasmático e, por isso, ela pode ser útil para determinar as concentrações dos fármacos, quando for difícil ou inconveniente obter uma amostra de sangue mesma coisa com o leite materno- Como o leite é mais acido do que o plasma, os compostos básicos podem ficar ligeiramente concentrados nesse liquido; já a concentração dos compostos ácidos no leite materno é menor do que a do plasma. -os compostos não eletrolíticos como o etanol entram facilmente no leite e atingem a mesma concentração do plasma, independentemente do pH do leite - Embora a excreção através dos cabelos e da pele seja quantitativamente desprezível, os métodos sensíveis para detectar fármacos nesses tecidos tem significância forense ➢ Clearance -Cearance: depuração -> reflete a capacidade de filtração dos rins do medicamento circulante. O qnt do volume de moléculas conseguiu ser reabsorvido e voltou para o plasma, sem a creatinina. Importante para ver qnt do plasma ta liberto do medicamentoconcentração plasmática varia de um medicamento pra outro -Creatinina: produzida em uma taxa constante no organismo, tem completa filtração glomerular, reabsorção tubular passiva mínima, secreção tubular ativa mínima clearance de creatinina: indica o bom funcionamento renal ela é uma pequena parte da urina. Toda creatinina que passa pela filtração glomerular é liberada na urina. Só 1% de volume de creatinina é notado na urina, só 1% é excretado- 120 ml/ min de plasma são filtrados -> 180 litros de plasma filtrado no dia -> no entanto, tem reabsorção. 180 é referente as varias passagens que o vol total de plasma passa nos rins *A creatinina tem a característica de sofrer uma filtração glomerular completa, ela não precisa da secreção tubular muito ativa. Ela não sofre reabsorção tubular, ficando na luz do túbulo. Toda e qlq creatinina que é lançada nos túbulos demonstra o valor real de creatinina no plasma nos glomérulos- filtração, meio dos rins jogar o medicamento na urina secreção tubular ativa- outro meio dos rins jogar o medicamento na urina *Medicamentos lipossolúveis podem retornar para a circulação pela reabsorção tubular mesmo em indivíduos com função renal normal, o clearance renal pode variar de paciente para paciente e em diferentes condições ➢ Eliminação de fármacos -A eliminação envolve também a biotransformação junto a excreção, que é como um processo inverso ao da absorção, td que facilita a absorção dificulta excreção eliminação através de secreções- biliar, sudorípara, lacrimal, gástrica, salivar, láctea eliminação através das excreções- urina, fezes e catarro eliminação pelo ar expirado -Vias: renal, sistema hepatobiliar, pulmonar, saliva, lágrima, suor, leite as drogas hidrossolúveis são confinadas no túbulo e liberado na urina -medicamento que são altamente lipossolúveis tem mais capacidade de reabsorção dessa forma ficam mais biodisponiveis e são liberados de maneira mais contida. Sua excreção é lenta -filtração glomerular é pouco seletiva o que determina o que sera excretado é feita na reabsorção tubular -farmaco básico é melhor excretado em urina acida -farmaco acido é melhor excretado em urina básica -um medicamento acido em urina básica tende a ficar ionizado -bicarbonato faz com que medicamento acido seja excretado de maneira mais rápida -a secreção tubular ativa tem característica de transporte ativo, ou seja, exige um carreador químico, gasta energia, é um mecanismo competitivo e pode ocorrer contra um gradiente de concentração. Desliga da proteína e só o medicamento que sai, a proteína fica confinada no túbulo -farmacos podem interagir entre si tmb no processo de filtração, nos quais os fármacos disputam pelo mesmo receptor, isso pode ser benéfico - probelicina pode aumentar o tempo de meia ida da penicilina, pois ocupa o sistema com sua eliminação -o clearance pode variar de paciente para paciente, pois há variação de pH urinário, ligação com proteínas plasmáticas e fluxo sanguíneo renal -pH é oq mais influencia no clearance das drogas. Em baixo pH o medicamento básico é excretado, o clearance é melhor -pH é determinante pra absorção e excreção -a excreção fecal tem menor relevância: os fármacos eliminados nas fezes correspondem À fração ingerida e não absorvida ou então ao farmaco que sofreu secreção salivar, biliar ou gástrica -excreção biliar: fármacos excretados com a bile (dentre as secreções orgânicas,a mais significativa para a excreção de xenobioticos é a biliar) -ciclo enterro hepático: pode aumentar o tempo de meia vida do farmaco -via de introdução interfere na velocidade de absorção, de biotransformação e, tmb, na excreção -biotransformar a droga em algo mais polar pode favorecer a excreção da droga -patologias estão envolvidas na eliminação, problemas cardiovasculares e renais ou hepáticos; idade tmb -interação medicamentosa: alteração da atividade enzimática, competição por carreadores (ex: probenecida e penicilina) -um adulto jovem com função hepática e renal normal nota-se uma melhor metabolização e excreção da droga -meia vida: é o tempo necessário para que se transcorra uma eliminação do farmaco para que ele chegue a metade da sua concentração inicial. Eu preciso que metade da droga seja eliminada antes de tomar uma nova dose -constante de eliminação da droga que dita o tempo de meia vida -tempo de meia vida β garante a eliminação total -> deixou o organismo, foi eliminado -a partir da quarta dose entra na faixa dos 90%, qnd tem o mesmo tanto de droga que entra é o tanto que sai, então se atinge o estado de equilibrio -existe faixa terapêutica, faixa toxica, faixa subterapeutica
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