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Farmacocinética: Farmacocinética: efeitos do organismo no fármaco. 4 etapas: absorção, distribuição/biodisponibilidade, metabolismo/biotransformação e excreção. > Administração/liberação do medicamento. - O fármaco pode se ligar a proteínas ou não. - A excreção pode ser através das fezes, pulmão, leite materno, secreções. 1- Administração > Liberação do fármaco. 2- Trato gastrointestinal. 3- Veia porta. 4- Fígado (Efeito 1ª passagem). 5- Absorção na corrente sanguínea > Ligação proteínas plasmáticas. 6- Distribuição. 7- Reabsorção na corrente sanguínea. 8- Fígado (conjugação) > Molécula mais hidrofílica. 9- Rim (excreção). Eliminação pré-sistêmica de um fármaco durante a primeira passagem pelo fígado. Reduz biodisponibilidade/distribuição do fármaco mesmo quando ele é bem absorvido no intestino. Administração de um medicamento (via oral) > Intestino > Fígado (veia porta) = efeito de primeira passagem > Coração > Pulmões > Coração > Circulação (artérias)= absorção > Distribuição para o corpo (circulação sistêmica) >>>>>> Fígado= biotransformação/metabolismo > Rins= excreção. Primeira etapa: efeito de primeira passagem. Segunda etapa: biotransformação/metabolismo. > Excreção. - Garantir exatidão na prescrição, transcrição, administração e monitoramento do tratamento. - Interpretar e julgar a aceitabilidade do tratamento prescrito: tipo de fármaco; intenção terapêutica; dose usual; preparação matemática e física da dose; método de administração em relação a condição física do paciente; consultar o médico para esclarecimentos caso a prescrição não esteja clara. - O enfermeiro assume a responsabilidade na verificação e na segurança da prescrição médica. Vias de administração: Via enteral: oral, sublingual e retal. Via parenteral: - Direta: endovenosa, intramuscular, subcutânea, intradérmica, intraperitoneal, peridural e intra-articular. - Indireta: tópica, cutânea, inalatória, conjuntival, rino/orofaríngea e geniturinária. Pode exercer efeitos locais no trato gastrointestinal ou atingir sangue provocando efeitos sistêmicos, após ser absorvido na mucosa gastrointestinal. Esta via é considerada a mais conveniente para administrar- se um medicamento, devido ao fato de que a deglutição é um ato natural, realizado todos os dias nas refeições. Além disto, não necessita de ajuda de profissionais de saúde para sua concretização. A maior parte dos medicamentos é absorvido no intestino (90%) e o restante no estômago (10%). A veia porta liga o intestino ao fígado para que aconteça o efeito de primeira passagem (metabolização), onde parte do medicamento é perdido. Vantagens: É um meio barato, com auto ingestão e indolor. Possibilidade de reversão da administração e efeitos locais e sistêmicos. Desvantagens: Irritação gástrica, interação com alimentos e interação com pH gástrico e intestinal. Período de latência médio longo, metabolismo de primeira passagem e ação dos sucos digestivos. - Absorção intestinal: sofre metabolismo de primeira passagem. - Absorção sublingual: absorção nas veias abaixo da língua (muito vascularizado), direto para a circulação. Indicação impopular e desconfortável. O fármaco pode ser formulado em forma de supositório ou enema retal. Deve ser aplicado acima do esfíncter anal interno e do anel anorretal. Os medicamentos podem produzir efeitos locais ou sistêmicos. Utiliza-se essa via nos casos dos pacientes inconscientes, vomitando ou incapaz de deglutir; para preparo cirúrgico e diagnóstico, como também para aliviar o intestino do conteúdo das fezes nos casos de constipação intestinal. A absorção pode ser mais lenta devido a falta de vilosidades intestinais na porção do reto. Vantagens: Protege os fármacos suscetíveis da inativação gastrointestinal e hepática, pois somente 50% do fluxo venoso retal tem acesso à circulação porta. Desvantagens: A absorção pode ser incompleta, especialmente em pacientes com motilidade intestinal aumentada. Além disso, pode irritar a mucosa retal. O termo parenteral provém do grego “para” (ao lado) e “enteros” (tubo digestivo), significando a administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo” ou sem utilizar o trato gastrointestinal. - Intramuscular, subcutânea, intravenosa e intradérmica. Administração de um medicamento por via parenteral: 100% absorvido. Circulação = absorção > distribuição para o corpo (circulação sistêmica) >>>> fígado= biotransformação /metabolismo > Rins= excreção. na anestesia epidural, o anestésico local é injetado, geralmente, através dos espaços intervertebrais na região lombar, embora também possa ser injetado nas regiões cervicais e torácicas. utiliza-se analgésicos opioides ou anestésicos. as vantagens dessa via, comparada à sistêmica, estão no fato de as doses necessárias para analgesia serem menores e causarem menos efeitos colaterais e maior liberdade de movimentação para o paciente. injeção intra-articular é uma via de administração em que medicamentos são aplicados na região articular num processo de infiltração do líquido. os medicamentos mais comumente assim administrados são corticoides, anestésicos e lubrificantes, sendo utilizados no tratamento de artrite e outras doenças articulares. A administração de medicamentos por essa via é mais comum para a realização de diálise ou infusão de quimioterápicos. Na administração de medicamento, um cateter é colocado na cavidade peritoneal e a solução dialítica é instalada. via tópica ou por administração epidérmica= aplicação de substâncias ativas diretamente na pele, ou em áreas de superfície de feridas, com efeito local. Pomadas, cremes, sprays, loções, colutórios (enxaguantes bucais), pastilhas para garganta. - Nebulização e vaporização: utiliza-se aparelho nebulizador (ultrassônico) para ministrar medicamentos. Inspirar pelo nariz e expirar pela boca, solução fisiológica, atrovent, berotec. - Aplicação na garganta: abrir bem a boca e apertar o spray, procurando atingir toda a parede da garganta, fechar a boca e procurar não engolir a saliva durante 1 a 2 min. Beber água ou qualquer líquido somente após 30 min. Ex: salbutamol. Administração de um medicamento por via inalatória: Pulmões > coração > circulação = absorção > distribuição para o corpo (circulação sistêmica) >>>>>> fígado= biotransformação/metabolismo > Rins= excreção. a administração ocular consiste na administração de colírios ou pomadas. como qualquer outro fármaco, o colírio requer cuidados em sua administração, principalmente os relacionados à dosagem e ao local (olho direito e olho esquerdo). Fazer ligeira pressão no canto do olho próximo ao nariz. essa pressão evitará que o colírio escorra para os canais de comunicação do olho, como nariz e garganta, o que poderia aumentar o surgimento de efeitos colaterais. a administração por via vaginal é específica para alguns medicamentos. A paciente deve ser orientada a aplicar a medicação e permanecer deitada, para que não saia pela vagina.Deve-se colocá-la na posição ginecológica para facilitar a aplicação. Ação local: aquele que exerce seu efeito no local da aplicação, sem passar pela corrente sanguínea. Ação sistêmica: a medicação é primeiramente absorvida, depois entra na corrente sanguínea para atuar no local de ação desejado. Para produzir um efeito geral, é necessário que o medicamento caia na corrente sanguínea, pois através dela o medicamento atinge o órgão ou tecido sobre o qual tem ação específica. Sólidos: Comprimidos: possuem consistência sólida e formato variável. São obtidos pela compressão em moldes da substância medicamentosa. Drágeas: princípio ativo está no núcleo da drágea, contendo revestimento com goma-laca, açúcar e corante. São fabricados em drágeas os medicamentos que não devem ser administrados em forma de comprimidos, por apresentarem: sabor desagradável, exigem absorção no intestino, medicamentos que atacam a mucosa e/ou devem ser deglutidos com facilidade. Cápsula: O medicamento está revestido por um invólucro de gelatina para eliminar sabor desagradável, facilitar a deglutição e/ou facilitar a liberação do medicamento na cavidade gástrica. Pastilha: É um preparado sólido, de forma circular com o princípio ativo unido com açúcar e uma mucilagem para que a dissolução seja lenta na cavidade oral. - A película que envolve a cápsula/drágea protege o medicamento da acidez do estômago. Líquidos: Soluções: mistura homogênea de líquidos ou de um líquido e um sólido. Xarope: Solução que contém dois terços de açúcar. Elixir: São preparações líquidas, hidroalcóolicas; açucaradas ou glicerinadas, destinadas ao uso oral, contendo substâncias aromáticas e medicamentosas. Emulsões: Preparação feita de dois líquidos, óleo e água. Colírios: Soluções aquosas para uso na mucosa ocular. Gasosos: Gás: oxigênio. Aerossol: Aerolin spray. Absorção: Quando o fármaco alcança a corrente sanguínea. 1: exemplo= hormônios. 2: “porta que abre o caminho”. 3: “pedágio”. 4: exemplo= antibióticos. Absorção depende de: - Via de administração (IV é 100% absorvida). - Química do fármaco e sua capacidade de atravessar as membranas biológicas. - Velocidade do esvaziamento gástrico (para fármacos de administração oral) e movimentos gastrointestinais. - Qualidade da formulação do produto (excipientes do medicamento). - Alimentos, componentes dos alimentos e suplementos nutricionais podem interferir no processo de absorção, sobretudo quando o fármaco é administrado por via oral. - Solubilidade (lipossolúvel/hidrossolúvel). - Peso molecular. - Concentração. - pH do meio. - Fluxo de sangue. - Área de superfície de contato. - Expressão de glicoproteína P. - Alimento. - Metabolismo de primeira passagem. Biodisponibilidade/distribuição: representa a taxa e a extensão com que um fármaco administrado alcança a circulação sistêmica. Por exemplo, se 100 mg de um fármaco são administrados por via oral, e 70 mg desse fármaco são absorvidos inalteradamente, a sua biodisponibilidade é de 70%. Conhecer a biodisponibilidade é importante para calcular a dosagem de fármaco para vias de administração não IV. Biodisponibilidade = quantidade de fármaco que alcança a circulação sistêmica *dividido pela* quantidade de fármaco administrado. pKa (constante de ionização, % que se ioniza em determinado pH) = valor do pH em que metade do fármaco encontra-se em sua forma ionizada e a outra metade na forma não-ionizada. - pKa ácido + pH ácido = não ioniza (melhor absorção do fármaco). - pKa básico + pH básico = não ioniza. Caráter diferente (um ácido e um básico) = ioniza (mais hidrossolúvel, pior absorção do fármaco). > O fármaco só passa pela membrana se não tiver íons, tendo assim uma melhor absorção. pH: Quando o pH é menor do que o pKa, as formas protonadas HA e BH+ predominam. Quando o pH é maior do que o pKa, as formas desprotonadas A- e B predominam. Quanto mais íons (ânion: O2, H), mais hidrossolúvel. Aspirina: é ácida (pKa 3), se estiver em um ambiente ácido (pH 3) = 50% ionizam e os outros 50% não ionizam. Xilocaína: é pouco ionizado na urina, retorna para circulação. Só será excretado ao passar no fígado (metabolização), pois se torna mais hidrossolúvel (mais fácil de ser eliminado). pH: Fármacos ácidos (HA) liberam um próton (H+), causando a formação de um ânion (A-): HA ↔ H+ + A- As bases fracas (BH+) também podem liberar um H+. Contudo, a forma protonada dos fármacos básicos, em geral, é carregada, e a perda do próton produz a base (B) não ionizada: BH+ ↔ B + H+ é uma proteína transportadora transmembrana responsável pelo transporte de várias moléculas, incluindo fármacos, através da membrana celular. Ela é expressa em tecidos por todo o organismo, incluindo fígado, rins, placenta, intestinos e capilares cerebrais, e está envolvida no transporte de fármacos dos tecidos para o sangue. Ou seja, ela “bombeia” fármacos para fora das células. Assim, nas áreas de expressão elevada, a glicoproteína P diminui a absorção de fármacos. Além de transportar vários fármacos para fora das células, ela também está associada com a resistência a vários fármacos. Existem casos raros de aumento da glicoproteína P (síndrome). Distribuição: É o processo pelo qual um fármaco reversivelmente abandona o leito vascular e entra no interstício (líquido extracelular) e, então, nas células dos tecidos. - Fármaco confinado na circulação (moléculas grandes). - Fármaco distribuído uniformemente (incomum). - Fármaco fora das células (moléculas muito polares). - Fármaco acumulado na gordura (moléculas lipofílicas). - Débito cardíaco (volume/min de sangue bombeado pelo coração). - Fluxo sanguíneo no tecido alvo. - Permeabilidade capilar (vasos sanguíneos). - Volume do tecido. - Grau de ligação do fármaco às proteínas plasmáticas. - Lipossolubilidade relativa do fármaco. Apolar= lipossolúvel. Polar= hidrossolúvel. Volume de sangue que determinado tecido/órgão recebe do coração O aumento da perfusão está diretamente relacionado ao aumento da distribuição. Estrutura de capilares no fígado: grandes frestas permitem aos fármacos mover-se entre o sangue e o interstício no fígado. Estrutura de um capilar cerebral: nas junções estreitadas, duas células adjacentes fundem de modo que as células são fisicamente unidas e formam uma parede contínua que impede vários fármacos de entrar no cérebro. - Barreira hematoencefálica. - Barreira placentária.- Barreia mamária. Barreira hematoencefálica: o cérebro e a medula espinhal são protegidos da exposição a uma diversidade de substâncias. Junções muito apertadas entre as células capilares endoteliais e devido aos processos gliais altamente resistentes que cercam os capilares. Barreira hematoencefálica: substâncias apolares, lipossolúveis. Tamanho molecular reduzido (álcool), elevado pKa. Barreira placentária: Vasos sanguíneos do feto, revestido por uma única camada de células. A maioria dos fármacos atravessam a placenta. Retardo na transferência para o feto (10-15 min para equilíbrio mãe/feto). Plasma fetal é ligeiramente mais ácido que o materno (7,0 x 7,4). Risco de aprisionamento iônico para fármacos básicos, pois o sangue do feto é mais ácido (intoxicação). somente a fração livre do fármaco é distribuída. A alta afinidade do fármaco com as proteínas plasmáticas: ↓ Distribuição ↓ Metabolismo ↑Tempo de ação. - Albumina, Bilirrubina, α1-ácido glicoproteína. - Warfarin: ligada a proteína plasmática (99,5% ficam na corrente sanguínea) e não ligada (0.5% alcança os tecidos/fármaco livre= tem efeito). - Diazepam: ligada (99%) e não ligada (1%). - Lidocaína: ligada (51%) e não ligada (41%). - Gentamicina: ligada (3%) e não ligada (97%). Distribuição pediátrica: Composição corporal, ↑ água total e fluido extracelular e ↓ tecido adiposo e músculo esquelético. Ligação às proteínas: albumina, bilirrubina, α1-ácido glicoproteína. Ligação aos tecidos: variação da composição. - Associação de fármacos a elementos teciduais. - Tecidos mais comumente envolvidos: tecido ósseo e adiposo. - Formação de depósitos. - Prolongamento do efeito. - Flúor, chumbo e tetraciclina (antibiótico que escurece os dentes, principalmente se tomado na infância) > armazenamento no tecido ósseo. Anestésicos gerais e inseticidas > armazenamento no tecido adiposo. Atividade sobre absorção e distribuição: > Fármacos com alta afinidade por proteínas plasmáticas apresentam menor taxa de distribuição= verdadeiro. R: Apenas a fração livre do fármaco (que não está ligado a proteínas plasmáticas) é distribuído aos tecidos. > Fármacos administrados por via oral tem maior biodisponibilidade do que fármacos administrados por via intramuscular= falso. R: A via oral é a via que apresenta menor biodisponibilidade, por sofrer efeito de primeira passagem. > O metabolismo de primeira passagem pode diminuir a biodisponibilidade de fármacos administrados por via oral= verdadeiro. > Para atravessar a barreira hematoencefálica, o fármaco precisa ter características lipofílica, baixo peso molecular e elevado pKa= verdadeiro. R: A característica lipofílica apresenta maior afinidade pela membrana das células, facilitando a difusão; o baixo peso molecular está relacionado ao tamanho da molécula - ou seja, apenas moléculas pequenas atravessam a BHE; e o pKa está relacionado a ionização da molécula, sendo que apenas moléculas não ionizadas atravessam a barreira. > Fármaco básico em meio ácido fica na sua forma ionizada, e por isso é melhor absorvido por difusão passiva= falso. R: O fármaco ionizado não pode ser absorvido por incompatibilidade com as membranas biológicas. > Assinale a alternativa que descreve a absorção de um fármaco básico com pKa 11,5 no trato gastrointestinal= Intestino delgado (pH = 6,0), predominância de forma não ionizada e melhor absorção. R: Um fármaco básico (pKa elevado), tem maior parte das suas moléculas na forma não ionizadas em ambiente alcalino (pH elevado), facilitando a sua absorção. De forma contrária, esse fármaco básico (pKa elevado), tem maior parte das suas moléculas na forma ionizadas em ambiente ácido (pH baixo), dificultando a sua absorção. > Fármacos administrados por inalação sofrem metabolismo de primeira passagem, podendo diminuir a sua biodisponibilidade= falso. R: O metabolismo de primeira passagem ocorre apenas por fármacos administrados por via oral. Parte 2: farmacocinética. Metabolismo/Biotransformação: Mecanismos enzimáticos complexos que tem como objetivo inativar compostos endógenos ativos (hormônios, enzimas, neurotransmissores) e eliminar substâncias estranhas aos organismos (xenobióticos), como medicamentos, drogas. Fármacos, carcinógenos/cancerígeno, venenos, pesticidas > Fígado CYP 450 (principal órgão responsável por essa transformação)> Metabólito inativo (sem ação no organismo) e ativo (as substâncias continuam tendo efeito). - 4 tipos de comportamento de fármaco dentro do organismo em relação ao metabolismo. As reações de FASE I introduzem ou expõe um grupo funcional (grupos de átomos que adicionamos na estrutura química) no fármaco. Ocorrem reações de oxidação, redução ou hidrólise. Objetivo: inativar o fármaco, mas nem sempre é inativado e fica ativo. As reações de conjugação de FASE II, levam à formação de uma ligação covalente entre um grupo funcional no fármaco ou metabólito de fase I com ácido glicurônico, sulfato, glutationa, aminoácidos ou acetatos endógenos. Tais conjugados altamente polares, em geral, são inativos e excretados rapidamente na urina ou nas fezes. Ou seja, adicionam uma estrutura (como as citadas) em cima da molécula do fármaco (conjugação) para aumentar a polaridade do fármaco (hidrossolúvel), para ser excetado mais facilmente. Objetivo: aumentar polaridade. Aspirina: é ativa no organismo, mas no metabolismo de fase I sofre redução/oxidação= vira ácido salicílico (as duas formas são ativas). Depois da ação no tecido, volta pro fígado e tem a segunda fase (conjugação) e adiciona um ácido glicurônico (muito polar), sendo altamente eliminada pela urina. Fármaco ativo → Fármaco inativo Fármaco ativo → Metabólito ativo ou tóxico Pró-fármaco (entra no organismo sem ação e só se torna ativo ao passar pelo metabolismo. Ex: omeprazol, entra inativo e somente no metabolismo de primeira passagem vira ativo) → Fármaco ativo Fármaco não-excretável → Metabólito passível de excreção (tem que passar pelo metabolismo para melhorar sua característica de excreção) Ciclofosfamida: usado na quimioterapia, se torna tóxico e gera efeitos colaterais. - Melhorar a formulação (por exemplo, aumentar a hidrossolubilidade); - Melhorar a estabilidade química; - Melhorar a aceitação e adesão do paciente; - Melhorar a biodisponibilidade; - Prolongar a duração de ação; - Melhorar a seletividade; - Reduzir os efeitos colaterais. Metabolismo: Redução, oxidação e hidrólise. Aumentar ou diminuir a atividade farmacológica, ou ainda não ter efeito sobre ela. Enzima responsável pela fase I: CYP 450: citocromo P450 superfamília de isoenzimas contendo heme presentes na maioria das células, mas principalmente no fígado e no TGI. As reações de oxidação envolvem o complexo CYP450 associadas a membranas, que são expressas no retículo endoplasmático (RE) dos hepatócitos (células do fígado) e, em menor grau, das células de outros tecidos. As enzimas CYP450 são também conhecidas como oxidases de função mistamicrossômicas. Essas enzimas estão envolvidas no metabolismo de cerca de 95% de todos os fármacos atualmente utilizados. A reação acontece quando o fármaco liga-se ao citocromo P450 oxidado (Fe3+= ferro), formando um complexo que, a seguir, é reduzido através de duas etapas de oxidação/redução sequenciais, resultando na formação do produto oxidado do fármaco, com reciclagem do citocromo P450 oxidado no processo. > Há várias isoformas P450 diferentes. Essas enzimas têm a capacidade de modificar um grande número de substratos estruturalmente distintos. Além disso, um fármaco individual pode ser substrato para mais de uma isoenzima. A principais isoenzimas que metabolizam fármacos são: CYP- 3A4, CYP-2D6, CYP-2C9, CYP-2E1 e CYP-1A2. Quantidades consideráveis de CYP3A4 são encontradas na mucosa intestinal, respondendo pela biotransformação de primeira passagem de fármacos como a clorpromazina e o clonazepam. Variações na atividade de P450 podem alterar a eficácia dos fármacos e o risco de efeitos adversos. Algumas pessoas, por exemplo, não obtêm benefício do analgésico opiáceo codeína, porque não têm a enzima CYP2D6 que o ativa. vias que não dependem das CYP. - Oxidação de aminas (oxidação de catecolaminas ou histamina); - Desidrogenação do álcool (oxidação do etanol); - Esterases (biotransformação do ácido acetilsalicílico no fígado); - Hidrólise (procaína). Álcool desidrogenase (enzima que não faz parte das CYP): Etanol → acetaldeído → acetato (para ser eliminado). Monoamina oxidase (MAO)= enzima que inativa neurotransmissores: oxidação de compostos endógenos que contêm amina, como as catecolaminas e a tiramina e de alguns fármacos. Conjugação: tornar o metabólito/fármaco mais polar/hidrossolúvel para ser excretado pelos rins. - Se o metabólito resultante da fase I é suficientemente polar, ele pode ser excretado pelos rins. - Contudo, vários metabólitos de fase I continuam muito lipofílicos para serem excretados. - Uma reação subsequente de conjugação com um substrato endógeno – como ácido glicurônico, ácido sulfúrico, ácido acético ou aminoácido – produz um composto polar em geral mais hidrossolúvel. - A glicuronidação (adição do ácido glicurônico) é a reação de conjugação mais comum e mais importante. - Fármacos que possuem um grupo –OH, –NH2 ou –COOH podem entrar diretamente na fase II e ser conjugados sem uma reação de fase I prévia.) > Adicionar grupamentos que tornem as estruturas mais hidrossolúveis. Ácido glicurônico → glicuronização = Morfinal, sulfatiazol e digoxina. Acetil-CoA → acetilação = sulfonamidas e clonazepam. Glicina → conjugação com glicina = AAS e ácido nicotínico. Sulfato → sulfatação = Catecolaminas e acetaminofeno. Glutationa → conjugação com glutationa = ácido etacrínico. S-adenosilmetionina → metilação = catecolaminas e histamina. A maioria dos fármacos da fase II são inativos. Uma exceção de fármaco que não se torna inativo após uma conjugação é o glicuronídeo-6-morfina, que é mais potente do que a morfina. Indutores: São compostos que induzem a atividade de enzimas do CYP450 (aumentam a quantidade da enzima), portanto aumentam a velocidade da excreção dos produtos. Dessa maneira, a biodisponibilidade é menor (de outro fármaco que passar pela enzima). Aumentam a atividade da enzima CYP, a velocidade do metabolismo do substrato e a velocidade de excreção; Diminui a concentração do substrato (fármaco secundário a ser administrado, que utiliza a mesma enzima) no sangue. São capazes de aumentar a expressão de uma ou mais isoenzimas CYP. Levam a reduções significativas nas concentrações plasmáticas dos fármacos biotransformados por essas isoenzimas CYP, com concomitante redução do efeito farmacológico. > Fenobarbital aumenta a expressão (indutor) da CYP2C9 no hepatócito, se for administrado junto com ibuprofeno, por exemplo, quando o ibuprofeno passar pelo fígado (efeito de primeira passagem) ele irá encontrar tanta enzima CYP que quase todo o fármaco vai ser inativado (o ibuprofeno perde a efeito pois foi muito metabolizado, já que tinha muitas enzimas disponíveis). > Os indutores reduzem o efeito farmacológico dos substratos comuns a enzima. Inibidores: São compostos que inibem a atividade de enzimas do CYP450, portanto diminuem a excreção dos produtos (o outro fármaco que passar pela enzima, não vai ser metabolizado e excretado). Dessa maneira, a biodisponibilidade é maior (mais tempo fazendo efeito). Diminui a atividade da enzima, a velocidade do metabolismo do substrato secundário e a velocidade de excreção; Aumenta a concentração do substrato no sangue. > O omeprazol é um inibidor importante de 3 das isoenzimas CYP responsáveis pela biotransformação da varfarina. Se os dois fármacos são tomados juntos, a concentração plasmática (efeito) de varfarina aumenta (ela não vai ser metabolizada, pois o omeprazol bloqueia a enzima), levando ao aumento do efeito anticoagulante e do risco de sangramentos. Os inibidores CYP mais importantes são eritromicina, cetoconazol e ritonavir, pois inibem várias isoenzimas CYP. Substâncias naturais também podem inibir a biotransformação de fármacos inibindo a CYP3A4. Por exemplo, o suco de toranja (grapefruit) inibe a CYP3A4 e leva a concentrações mais altas e/ou maior potencial de efeitos tóxicos de fármacos, tais como nifedipina, claritromicina e sinvastatina, que são biotransformados por esse sistema. Fatores que afetam o metabolismo: - Farmacogenômica (genética), idade e sexo, dieta e ambiente, interações medicamentosas e doenças. Certas populações exibem polimorfismos ou mutações em uma ou mais enzimas envolvidas no metabolismo dos fármacos, modificando a velocidade de algumas dessas reações e eliminando outras por completo. Um em cada 2.000 caucasianos (pele branca) é portador de uma alteração genética na enzima plasmática colinesterase, que metaboliza um relaxante muscular, a succinilcolina. Essa forma alterada da enzima resulta em eliminação mais lenta e em prolongamento do fármaco ativo na circulação. Caso seja alcançada uma concentração plasmática de succinilcolina suficientemente alta, podem ocorrer paralisia respiratória e morte. As diferenças observadas nas ações de fármacos entre etnicidades têm sido atribuídas a polimorfismos em genes específicos. Por exemplo, a CYP2D6 é funcionalmente inativa em 8% dos caucasianos, porém em apenas 1% dos asiáticos. Além disso, os afro-americanos exibem uma alta frequência de um alelo CYP2D6, que codifica uma enzima com atividade diminuída. Essas observações são clinicamente relevantes, visto que a CYP2D6 é responsável pelo metabolismo oxidativo de cerca de 20% dos fármacos incluindo muitos β-antagonistas e antidepressivos tricíclicos e pela conversão da codeína em morfina. O metabolismo dos fármacos também pode diferir entre indivíduos como resultado de diferenças de idade e sexo. Muitas reações de biotransformação têm a sua velocidade reduzida tanto em crianças de pouca idade quanto no indivíduo idoso. Ao nascimento, os recém-nascidos são capazes de efetuar muitas das reações oxidativas, mas não todas elas; todavia, a maioria desses sistemas enzimáticos envolvidos no metabolismo de fármacos amadurece gradualmente no decorrer das primeiras 2 semanas de vida e durante toda a infância. No indivíduo idoso, observa-se uma diminuição geral de sua capacidade metabólica.Em consequência, é preciso ter um cuidado especial na prescrição de fármacos ao idoso. Esse declínio de função tem sido atribuído a diminuições relacionadas com a idade na massa do fígado, na atividade das enzimas hepáticas e no fluxo sanguíneo hepático. Há algumas evidências de diferenças no metabolismo de fármacos em ambos os sexos, embora os mecanismos envolvidos não estejam bem elucidados. Foi relatada uma diminuição na oxidação (metabolismo) de etanol, estrogênios, benzodiazepínicos e salicilatos nas mulheres em comparação com os homens, que pode estar relacionada aos níveis de hormônios androgênicos. As mulheres não conseguem metabolizar o álcool tão bem quanto o homem, fazendo com que ele fique mais tempo no organismo. Tanto a dieta quanto o ambiente podem alterar o metabolismo dos fármacos ao induzir ou ao inibir as enzimas do sistema P450. Um exemplo interessante é o suco de toranja (grapefruit). Os derivados do psoraleno e os flavonóides encontrados no suco de toranja inibem a CYP3A4. A inibição da CYP3A4 diminui significativamente o metabolismo de primeira passagem de fármacos coadministrados que também são metabolizados por essa enzima, como a sinvastatina. Os fármacos podem, potencialmente, afetar a biodisponibilidade oral, a ligação às proteínas plasmáticas, o metabolismo hepático e a excreção renal de fármacos coadministrados. Entre as categorias de interações medicamentosas, os efeitos sobre a biotransformação têm uma importância clínica especial. A indução enzimática pelo antibiótico rifampicina faz com que a contracepção hormonal à base de estrogênio seja ineficaz em doses convencionais, visto que a rifampicina induz a CYP3A4, que é a principal enzima envolvida no metabolismo do componente estrogênico comum, 17α-etinilestradiol. Nessa situação, é necessário recomendar outros métodos de contracepção durante o tratamento com rifampicina. A hepatite, a cirrose, o câncer, a hemocromatose e a esteatose hepática podem comprometer as enzimas CYPP450 e outras enzimas hepáticas cruciais para o metabolismo dos fármacos. Em consequência desse metabolismo mais lento, os níveis das formas ativas de muitos fármacos podem atingir valores significativamente mais altos do que o desejado, causando efeitos tóxicos. Por conseguinte, pode ser necessário reduzir as doses de muitos fármacos em pacientes com hepatopatia. Excreção: Renal: a mais comum, maioria dos metabólitos de natureza hidrofílica. Biliar: incomum. Fecal: fármaco residual que sofreu absorção incompleta pelo TGI. Respiratória, dérmica (suor, saliva): quantidade mínima. Excreção renal: Pacientes com disfunção renal podem ser incapazes de excretar os fármacos, ficando sujeitos ao risco de acumulá-los e apresentar efeitos adversos. O fluxo sanguíneo renal representa cerca de 25% do fluxo sanguíneo sistêmico total, assegurando uma contínua exposição de qualquer fármaco presente no sangue aos rins. A taxa de eliminação dos fármacos através dos rins depende do equilíbrio das taxas de filtração, secreção e reabsorção de um fármaco. O fármaco entra no glomérulo tanto na forma livre (não- ligado) quanto ligado às proteínas plasmáticas. Entretanto, tipicamente, apenas a forma livre do fármaco é filtrada no túbulo renal. O fluxo sanguíneo renal, a taxa de filtração glomerular e a ligação do fármaco às proteínas plasmáticas afetam a quantidade de fármaco que penetra nos túbulos, no nível do glomérulo. O aumento do fluxo sanguíneo, o aumento da taxa de filtração glomerular e a diminuição da ligação às proteínas plasmáticas causam uma excreção mais rápida dos fármacos. 75% do sangue passa no túbulo renal. Vasos: sangue retorna para a circulação ou pode entrar no túbulo depois. > Não é para ter proteínas na urina, então geralmente não entram fármacos ligados a proteínas. 1- Filtração glomerular: Filtram moléculas com peso ↓ 20.000. Da Albumina não é filtrada. 1. Os fármacos chegam aos rins pelas artérias renais, que se dividem para formar o plexo capilar glomerular. 2. O fármaco livre (não ligado à albumina) difunde-se através das fendas capilares para o espaço de Bowman como parte do filtrado glomerular. 3. A velocidade de filtração glomerular (VFG) em geral é de 125 mL/min, mas pode diminuir significativamente na doença renal. 4. A lipossolubilidade e o pH não influenciam a passagem dos fármacos para o filtrado glomerular. Contudo, variações na VFG e a ligação dos fármacos às proteínas afetam esse processo. 2- Secreção tubular: Ocorre com substâncias que não sofreram filtração glomerular. Essas substâncias voltam para a arteríola aferente que irriga o túbulo. Ocorre a secreção por mecanismos de transporte ativo. Os fármacos que não foram transferidos para o filtrado glomerular saem dos glomérulos através das arteríolas eferentes, que se dividem formando um plexo capilar ao redor do lúmen no túbulo proximal. A secreção ocorre primariamente nos túbulos proximais por dois mecanismos de transporte ativo que exigem energia: um para ânions (A-) e outro para cátions (BH+). Cada um desses sistemas de transporte apresenta baixa especificidade e pode transportar vários compostos. Assim, pode ocorrer competição entre fármacos pelos transportadores em cada um dos sistemas. Prematuros e recém-nascidos não têm esse mecanismo secretor tubular completamente desenvolvido e, assim, podem reter certos fármacos no filtrado glomerular. Transporte ativo: A penicilina fornece um exemplo de fármaco que é eliminado, em parte, por transporte ativo no túbulo proximal. 3- Reabsorção tubular: Enquanto o fármaco se desloca em direção ao túbulo contorcido distal, sua concentração aumenta e excede à do espaço perivascular. O fármaco, se for neutro, pode difundir-se para fora do lúmen, retornando à circulação sistêmica. Sempre será transporte passivo. A manipulação do pH da urina, para aumentar a fração ionizada do fármaco no lúmen, pode ser feita para minimizar a retrodifusão e, assim, aumentar a depuração de um fármaco indesejável. Como regra geral, ácidos fracos podem ser eliminados alcalinizando a urina, ao passo que a eliminação de bases fracas pode ser aumentada por acidificação da urina. - Esse processo é denominado prisão iônica. Por exemplo, um paciente apresentando dose excessiva de fenobarbital (um ácido fraco) pode receber bicarbonato, que alcaliniza a urina e mantém o fármaco ionizado, diminuindo, assim, a sua reabsorção. A concentração urinária de um fármaco pode declinar com a sua reabsorção nos túbulos proximais e distais. A reabsorção é limitada primariamente através do aprisionamento iônico. Tipicamente, o líquido tubular renal é ácido no túbulo proximal, o que tende a favorecer o aprisionamento da forma iônica das bases fracas (como fármacos). A reabsorção de fármacos no túbulo pode ser intensificada ou inibida por um ajuste químico do pH urinário. A aspirina é um ácido fraco, que é excretado pelos rins. A overdose de aspirina é tratada pela administração de bicarbonato de sódio para alcalinizar a urina e pelo aumento do fluxo urinário. Ambas as manobras clínicas resultam em eliminação mais rápida do fármaco > Alguns fármacos alteram o pH da urina (que é ácido) para impedir a sua excreção. A maioria dos fármacos é lipossolúvel e, sem modificação química, se difundiria para fora do lúmen tubular renal quando a sua concentração no filtrado se tornasse maior do que a do espaço perivascular. Para minimizar essa reabsorção, os fármacos são modificados basicamente no fígado em substâncias mais polares por meio das reações de fase I e fase II. Os conjugados polares ou ionizados são incapazes de difundir para fora do lúmen renal. A reabsorção de fármacos também desempenhaum importante papel na excreção biliar. Alguns fármacos são secretados pelo fígado na bile por intermédio de proteínas transportadores. Como o ducto biliar desemboca no trato gastrintestinal no duodeno, esses fármacos devem passar por toda a extensão do intestino delgado e do intestino grosso antes de serem eliminados. Em muitos casos, esses fármacos sofrem circulação êntero-hepática, em que são reabsorvidos no intestino delgado e subsequentemente retidos na circulação porta e, a seguir, na circulação sistêmica. Certos fármacos, como os hormônios esteroides, a digoxina e alguns agentes quimioterápicos para o câncer, são excretados, em grande parte, na bile. Posologia: É a forma de utilizar os medicamentos, ou seja, o número de vezes e a quantidade de medicamento a ser utilizada a cada dia. A posologia está relacionada com o tempo de ação e a dose terapêutica do medicamento em questão. Quantidade > frequência > duração. Dose esquecida: Se permitido, tomar a dose esquecida o mais rápido possível e começar a contar o período de pausa pelo novo horário. Ex: se toma em 12/12h (12:00, 00:00) e tomou 2:00, começar a tomar toda 2:00 e 14:00. O tempo de meia-vida (t1/2) de um fármaco é o intervalo de tempo no qual sua concentração plasmática se reduz à metade. A maioria dos medicamentos segue uma cinética de primeira ordem, na qual o tempo de meia-vida independe da concentração inicial. Um medicamento tem t1/2 = 8 h. A concentração plasmática cai à metade (50%) a cada 8h a quantidade da substância no organismo cai à metade. T1/2: 100% → 50% → 25% → 12,5% → etc. A meia-vida de eliminação: o tempo durante o qual a concentração do fármaco no plasma diminui pela metade de seu valor original. Ao diminuir a concentração do fármaco ativo no sangue, o metabolismo e a excreção de fármacos reduzem o tempo durante o qual um fármaco é capaz de atuar sobre um órgão alvo. Se o paciente esquece de tomar no horário certo, a concentração do fármaco é diminuída e há maiores chances de bactérias criarem resistência. O conhecimento da meia-vida de eliminação de um fármaco nos permite calcular a frequência de doses necessária para manter a concentração plasmática do fármaco dentro da faixa terapêutica. O efeito do fármaco sobre todos os fatores que afetam o volume de distribuição e a eliminação de um fármaco, também afetam a meia-vida desse fármaco. Uma diminuição na eliminação ou um aumento no volume de distribuição de um fármaco tendem a prolongar a meia-vida e, portanto, a potencializar o órgão-alvo. Com o processo de envelhecimento, a massa muscular esquelética diminui, o que pode diminuir o volume de distribuição. Em contrapartida, um indivíduo obeso apresenta um aumento na capacidade de captação de um fármaco pelo tecido adiposo, e, para um fármaco que se distribui na gordura, pode ser necessário administrar uma dose mais alta para alcançar níveis plasmáticos terapêuticos do fármaco. Alguns fármacos podem distribuir-se preferencialmente em espaços líquidos patológicos, como ascite ou derrame pleural, causando toxicidade a longo prazo se a dose do fármaco não for ajustada de acordo. A insuficiência hepática, a insuficiência cardíaca e a insuficiência renal podem, cada uma delas, levar a uma redução da capacidade de inativação ou eliminação de um fármaco, aumentando, assim, a sua meia-vida de eliminação. Atividade sobre metabolismo e excreção: > A inibição enzimática provoca diminuição do metabolismo = verdadeiro. R: A inibição enzimática impede o metabolismo de um substrato pela enzima, fazendo com que esse substrato permaneça mais tempo ativo no organismo. > Qual das seguintes alternativas descreve o efeito de primeira passagem no metabolismo de um fármaco? = Fármaco administrado oralmente é biotransformado pelo fígado antes de entrar na circulação. R: O efeito de primeira passagem é a metabolização que ocorre apenas em fármacos administrados por via oral, que sofrem biotransformação de fase I no intestino e no fígado, que chega através da veia porta, antes de ser absorvido na circulação sistêmica. > A glicuronidação é a reação de conjugação mais comum da fase II e produz metabólito mais lipossolúvel e farmacologicamente inativo = falso. R: A glicuronidação produz metabólito mais hidrossolúvel. > A indução enzimática resulta na diminuição do efeito farmacológico do fármaco = verdadeiro. R: A indução enzimática aumenta a expressão de uma enzima, aumentando o metabolismo de um substrato, consequentemente, ele é inativado e eliminado mais rápido do organismo, diminuindo seu efeito. > O bicarbonato de sódio é utilizado para aumentar a excreção de bases fracas, como por exemplo, em casos de intoxicação por barbitúricos = falso. R: O bicarbonato de sódio (básico) é utilizado para aumentar a excreção de ácidos fracos, por induzir a ionização e aumentar a hidrossolubilidade. > As reações da fase I são catalisadas pelas enzimas do citocromo P450 = verdadeiro. R: O sistema CYP 450 é o principal mecanismo de metabolismo de Fase I. > Interações entre contraceptivos orais e antibióticos pode resultar no aumento da excreção dos contraceptivos = verdadeiro. R: Alguns antibióticos são indutores enzimáticos, aumentando metabolismo de contraceptivos a base de estrogênio, aumentando a velocidade de excreção. > As reações metabólicas de fase II resultam em metabólito inativo = falso. R: Às vezes, o metabólito gerado é um metabólito ativo. Ex: morfina. > Fármacos não-ionizados sofrem reabsorção tubular e retornam a circulação sistêmica = verdadeiro. R: Apenas fármacos que estiverem na forma não-ionizada serão reabsorvidos para a circulação sistêmica. Caso eu não queira realizar a reabsorção - em caso de superdosagem - posso manipular o pH da urina para fazer o aprisionamento iônico.
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