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Farmacocinética: Efeitos dos Fármacos no Organismo

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Farmacocinética: 
Farmacocinética: efeitos do organismo no fármaco. 
 
4 etapas: absorção, distribuição/biodisponibilidade, 
metabolismo/biotransformação e excreção. 
> Administração/liberação do medicamento. 
- O fármaco pode se ligar a proteínas ou não. 
- A excreção pode ser através das fezes, pulmão, leite 
materno, secreções. 
1- Administração > Liberação do fármaco. 
2- Trato gastrointestinal. 
3- Veia porta. 
4- Fígado (Efeito 1ª passagem). 
5- Absorção na corrente sanguínea > Ligação proteínas 
plasmáticas. 
6- Distribuição. 
7- Reabsorção na corrente sanguínea. 
8- Fígado (conjugação) > Molécula mais hidrofílica. 
9- Rim (excreção). 
 
Eliminação pré-sistêmica de um fármaco durante a primeira 
passagem pelo fígado. Reduz biodisponibilidade/distribuição do 
fármaco mesmo quando ele é bem absorvido no intestino. 
 
Administração de um medicamento (via oral) > Intestino > 
Fígado (veia porta) = efeito de primeira passagem > Coração 
> Pulmões > Coração > Circulação (artérias)= absorção > 
Distribuição para o corpo (circulação sistêmica) >>>>>> 
Fígado= biotransformação/metabolismo > Rins= excreção. 
Primeira etapa: efeito de primeira passagem. 
Segunda etapa: biotransformação/metabolismo. 
> Excreção. 
- Garantir exatidão na prescrição, transcrição, administração 
e monitoramento do tratamento. 
- Interpretar e julgar a aceitabilidade do tratamento 
prescrito: tipo de fármaco; intenção terapêutica; dose usual; 
preparação matemática e física da dose; método de 
administração em relação a condição física do paciente; 
consultar o médico para esclarecimentos caso a prescrição 
não esteja clara. 
- O enfermeiro assume a responsabilidade na verificação e 
na segurança da prescrição médica. 
Vias de administração: 
Via enteral: oral, sublingual e retal. 
Via parenteral: 
- Direta: endovenosa, intramuscular, subcutânea, 
intradérmica, intraperitoneal, peridural e intra-articular. 
- Indireta: tópica, cutânea, inalatória, conjuntival, 
rino/orofaríngea e geniturinária. 
 Pode exercer efeitos locais no trato 
gastrointestinal ou atingir sangue provocando efeitos 
sistêmicos, após ser absorvido na mucosa gastrointestinal. 
Esta via é considerada a mais conveniente para administrar-
se um medicamento, devido ao fato de que a deglutição é um 
ato natural, realizado todos os dias nas refeições. Além disto, 
não necessita de ajuda de profissionais de saúde para sua 
concretização. A maior parte dos medicamentos é absorvido 
no intestino (90%) e o restante no estômago (10%). A veia 
porta liga o intestino ao fígado para que aconteça o efeito 
de primeira passagem (metabolização), onde parte do 
medicamento é perdido. 
Vantagens: É um meio barato, com auto ingestão e indolor. 
Possibilidade de reversão da administração e efeitos locais e 
sistêmicos. 
Desvantagens: Irritação gástrica, interação com alimentos e 
interação com pH gástrico e intestinal. Período de latência 
médio longo, metabolismo de primeira passagem e ação dos 
sucos digestivos. 
- Absorção intestinal: sofre metabolismo de primeira 
passagem. 
- Absorção sublingual: absorção nas veias abaixo da língua 
(muito vascularizado), direto para a circulação. 
 Indicação impopular e desconfortável. O fármaco 
pode ser formulado em forma de supositório ou enema 
retal. Deve ser aplicado acima do esfíncter anal interno e do 
anel anorretal. Os medicamentos podem produzir efeitos 
locais ou sistêmicos. Utiliza-se essa via nos casos dos 
pacientes inconscientes, vomitando ou incapaz de deglutir; 
para preparo cirúrgico e diagnóstico, como também para 
aliviar o intestino do conteúdo das fezes nos casos de 
constipação intestinal. A absorção pode ser mais lenta devido 
a falta de vilosidades intestinais na porção do reto. 
Vantagens: Protege os fármacos suscetíveis da inativação 
gastrointestinal e hepática, pois somente 50% do fluxo 
venoso retal tem acesso à circulação porta. 
Desvantagens: A absorção pode ser incompleta, 
especialmente em pacientes com motilidade intestinal 
aumentada. Além disso, pode irritar a mucosa retal. 
 O termo parenteral provém do grego 
“para” (ao lado) e “enteros” (tubo digestivo), significando a 
administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo” 
ou sem utilizar o trato gastrointestinal. 
- Intramuscular, subcutânea, intravenosa e intradérmica. 
 
 
Administração de um medicamento por via parenteral: 100% 
absorvido. 
Circulação = absorção > distribuição para o corpo (circulação 
sistêmica) >>>> fígado= biotransformação /metabolismo > 
Rins= excreção. 
na anestesia epidural, o anestésico local é 
injetado, geralmente, através dos espaços intervertebrais 
na região lombar, embora também possa ser injetado nas 
regiões cervicais e torácicas. utiliza-se analgésicos opioides 
ou anestésicos. as vantagens dessa via, comparada à 
sistêmica, estão no fato de as doses necessárias para 
analgesia serem menores e causarem menos efeitos 
colaterais e maior liberdade de movimentação para o 
paciente. 
 injeção intra-articular é uma via de 
administração em que medicamentos são aplicados na região 
articular num processo de infiltração do líquido. os 
medicamentos mais comumente assim administrados são 
corticoides, anestésicos e lubrificantes, sendo utilizados no 
tratamento de artrite e outras doenças articulares. 
 A administração de medicamentos por 
essa via é mais comum para a realização de diálise ou 
infusão de quimioterápicos. Na administração de 
medicamento, um cateter é colocado na cavidade peritoneal 
e a solução dialítica é instalada. 
 via tópica ou por administração epidérmica= 
aplicação de substâncias ativas diretamente na pele, ou em 
áreas de superfície de feridas, com efeito local. Pomadas, 
cremes, sprays, loções, colutórios (enxaguantes bucais), 
pastilhas para garganta. 
- Nebulização e vaporização: utiliza-se aparelho nebulizador 
(ultrassônico) para ministrar medicamentos. Inspirar pelo 
nariz e expirar pela boca, solução fisiológica, atrovent, 
berotec. 
- Aplicação na garganta: abrir bem a boca e apertar o 
spray, procurando atingir toda a parede da garganta, 
fechar a boca e procurar não engolir a saliva durante 1 a 2 
min. Beber água ou qualquer líquido somente após 30 min. Ex: 
salbutamol. 
Administração de um medicamento por via inalatória: 
Pulmões > coração > circulação = absorção > distribuição 
para o corpo (circulação sistêmica) >>>>>> fígado= 
biotransformação/metabolismo > Rins= excreção. 
a administração ocular consiste na 
administração de colírios ou pomadas. como qualquer outro 
fármaco, o colírio requer cuidados em sua administração, 
principalmente os relacionados à dosagem e ao local (olho 
direito e olho esquerdo). Fazer ligeira pressão no canto do 
olho próximo ao nariz. essa pressão evitará que o colírio 
escorra para os canais de comunicação do olho, como nariz 
e garganta, o que poderia aumentar o surgimento de efeitos 
colaterais. 
 a administração por via vaginal é 
específica para alguns medicamentos. A paciente deve ser 
orientada a aplicar a medicação e permanecer deitada, para 
que não saia pela vagina.Deve-se colocá-la na posição 
ginecológica para facilitar a aplicação. 
 
Ação local: aquele que exerce seu efeito no local da 
aplicação, sem passar pela corrente sanguínea. 
Ação sistêmica: a medicação é primeiramente absorvida, 
depois entra na corrente sanguínea para atuar no local de 
ação desejado. Para produzir um efeito geral, é necessário 
que o medicamento caia na corrente sanguínea, pois através 
dela o medicamento atinge o órgão ou tecido sobre o qual 
tem ação específica. 
Sólidos: 
Comprimidos: possuem consistência sólida e formato variável. 
São obtidos pela compressão em moldes da substância 
medicamentosa. 
Drágeas: princípio ativo está no núcleo da drágea, contendo 
revestimento com goma-laca, açúcar e corante. São 
fabricados em drágeas os medicamentos que não devem ser 
administrados em forma de comprimidos, por apresentarem: 
sabor desagradável, exigem absorção no intestino, 
medicamentos que atacam a mucosa e/ou devem ser 
deglutidos com facilidade. 
Cápsula: O medicamento está revestido por um invólucro de 
gelatina para eliminar sabor desagradável, facilitar a 
deglutição e/ou facilitar a liberação do medicamento na 
cavidade gástrica. 
Pastilha: É um preparado sólido, de forma circular com o 
princípio ativo unido com açúcar e uma mucilagem para que a 
dissolução seja lenta na cavidade oral. 
 
- A película que envolve a cápsula/drágea protege o 
medicamento da acidez do estômago. 
Líquidos: 
Soluções: mistura homogênea de líquidos ou de um líquido e 
um sólido. 
Xarope: Solução que contém dois terços de açúcar. 
Elixir: São preparações líquidas, hidroalcóolicas; açucaradas ou 
glicerinadas, destinadas ao uso oral, contendo substâncias 
aromáticas e medicamentosas. 
Emulsões: Preparação feita de dois líquidos, óleo e água. 
Colírios: Soluções aquosas para uso na mucosa ocular. 
Gasosos: 
Gás: oxigênio. 
Aerossol: Aerolin spray. 
Absorção: Quando o fármaco alcança a corrente sanguínea. 
 
 
1: exemplo= hormônios. 2: “porta que abre o caminho”. 3: 
“pedágio”. 4: exemplo= antibióticos. 
Absorção depende de: 
- Via de administração (IV é 100% absorvida). 
- Química do fármaco e sua capacidade de atravessar as 
membranas biológicas. 
- Velocidade do esvaziamento gástrico (para fármacos de 
administração oral) e movimentos gastrointestinais. 
- Qualidade da formulação do produto (excipientes do 
medicamento). 
- Alimentos, componentes dos alimentos e suplementos 
nutricionais podem interferir no processo de absorção, 
sobretudo quando o fármaco é administrado por via oral. 
- Solubilidade (lipossolúvel/hidrossolúvel). 
- Peso molecular. 
- Concentração. 
- pH do meio. 
- Fluxo de sangue. 
- Área de superfície de contato. 
- Expressão de glicoproteína P. 
- Alimento. 
- Metabolismo de primeira passagem. 
Biodisponibilidade/distribuição: representa a taxa e a 
extensão com que um fármaco administrado alcança a 
circulação sistêmica. Por exemplo, se 100 mg de um 
fármaco são administrados por via oral, e 70 mg desse 
fármaco são absorvidos inalteradamente, a sua 
biodisponibilidade é de 70%. Conhecer a biodisponibilidade é 
importante para calcular a dosagem de fármaco para vias 
de administração não IV. 
 
Biodisponibilidade = quantidade de fármaco que alcança a 
circulação sistêmica *dividido pela* quantidade de fármaco 
administrado. 
pKa (constante de ionização, % que se ioniza em 
determinado pH) = valor do pH em que metade do fármaco 
encontra-se em sua forma ionizada e a outra metade na 
forma não-ionizada. 
- pKa ácido + pH ácido = não ioniza (melhor absorção do 
fármaco). 
- pKa básico + pH básico = não ioniza. 
Caráter diferente (um ácido e um básico) = ioniza (mais 
hidrossolúvel, pior absorção do fármaco). 
 
 
 
> O fármaco só passa pela membrana se não tiver íons, 
tendo assim uma melhor absorção. 
pH: 
Quando o pH é menor do que o pKa, as formas protonadas 
HA e BH+ predominam. 
Quando o pH é maior do que o pKa, as formas 
desprotonadas A- e B predominam. 
 
Quanto mais íons (ânion: O2, H), mais hidrossolúvel. 
Aspirina: é ácida (pKa 3), se estiver em um ambiente ácido 
(pH 3) = 50% ionizam e os outros 50% não ionizam. 
Xilocaína: é pouco ionizado na urina, retorna para circulação. 
Só será excretado ao passar no fígado (metabolização), pois 
se torna mais hidrossolúvel (mais fácil de ser eliminado). 
pH: 
Fármacos ácidos (HA) liberam um próton (H+), causando a 
formação de um ânion (A-): 
 HA ↔ H+ + A- 
As bases fracas (BH+) também podem liberar um H+. 
Contudo, a forma protonada dos fármacos básicos, em 
geral, é carregada, e a perda do próton produz a base (B) 
não ionizada: 
BH+ ↔ B + H+ 
 é uma proteína transportadora 
transmembrana responsável pelo transporte de várias 
moléculas, incluindo fármacos, através da membrana celular. 
Ela é expressa em tecidos por todo o organismo, incluindo 
fígado, rins, placenta, intestinos e capilares cerebrais, e 
está envolvida no transporte de fármacos dos tecidos para 
o sangue. Ou seja, ela “bombeia” fármacos para fora das 
células. Assim, nas áreas de expressão elevada, a 
glicoproteína P diminui a absorção de fármacos. Além de 
transportar vários fármacos para fora das células, ela 
também está associada com a resistência a vários 
fármacos. Existem casos raros de aumento da glicoproteína 
P (síndrome). 
Distribuição: É o processo pelo qual um fármaco 
reversivelmente abandona o leito vascular e entra no 
interstício (líquido extracelular) e, então, nas células dos 
tecidos. 
 
- Fármaco confinado na circulação (moléculas grandes). 
- Fármaco distribuído uniformemente (incomum). 
- Fármaco fora das células (moléculas muito polares). 
- Fármaco acumulado na gordura (moléculas lipofílicas). 
 
 - Débito cardíaco (volume/min de sangue bombeado pelo 
coração). 
- Fluxo sanguíneo no tecido alvo. 
- Permeabilidade capilar (vasos sanguíneos). 
- Volume do tecido. 
- Grau de ligação do fármaco às proteínas plasmáticas. 
- Lipossolubilidade relativa do fármaco. 
Apolar= lipossolúvel. 
Polar= hidrossolúvel. 
Volume de sangue que determinado tecido/órgão recebe do 
coração O aumento da perfusão está diretamente 
relacionado ao aumento da distribuição. 
 
Estrutura de capilares no fígado: grandes frestas permitem 
aos fármacos mover-se entre o sangue e o interstício no 
fígado. 
Estrutura de um capilar cerebral: nas junções estreitadas, 
duas células adjacentes fundem de modo que as células são 
fisicamente unidas e formam uma parede contínua que 
impede vários fármacos de entrar no cérebro. 
 
- Barreira hematoencefálica. 
- Barreira placentária.- Barreia mamária. 
Barreira hematoencefálica: o cérebro e a medula espinhal 
são protegidos da exposição a uma diversidade de 
substâncias. Junções muito apertadas entre as células 
capilares endoteliais e devido aos processos gliais altamente 
resistentes que cercam os capilares. 
Barreira hematoencefálica: substâncias apolares, 
lipossolúveis. Tamanho molecular reduzido (álcool), elevado 
pKa. 
Barreira placentária: Vasos sanguíneos do feto, revestido 
por uma única camada de células. A maioria dos fármacos 
atravessam a placenta. Retardo na transferência para o 
feto (10-15 min para equilíbrio mãe/feto). Plasma fetal é 
ligeiramente mais ácido que o materno (7,0 x 7,4). Risco de 
aprisionamento iônico para fármacos básicos, pois o sangue 
do feto é mais ácido (intoxicação). 
 somente a fração livre do fármaco 
é distribuída. A alta afinidade do fármaco com as proteínas 
plasmáticas: ↓ Distribuição ↓ Metabolismo ↑Tempo de ação. 
- Albumina, Bilirrubina, α1-ácido glicoproteína. 
- Warfarin: ligada a proteína plasmática (99,5% ficam na 
corrente sanguínea) e não ligada (0.5% alcança os 
tecidos/fármaco livre= tem efeito). 
- Diazepam: ligada (99%) e não ligada (1%). 
- Lidocaína: ligada (51%) e não ligada (41%). 
- Gentamicina: ligada (3%) e não ligada (97%). 
Distribuição pediátrica: 
Composição corporal, ↑ água total e fluido extracelular e ↓ 
tecido adiposo e músculo esquelético. 
Ligação às proteínas: albumina, bilirrubina, α1-ácido 
glicoproteína. 
Ligação aos tecidos: variação da composição. 
 
- Associação de fármacos a elementos teciduais. 
- Tecidos mais comumente envolvidos: tecido ósseo e adiposo. 
- Formação de depósitos. 
- Prolongamento do efeito. 
- Flúor, chumbo e tetraciclina (antibiótico que escurece os 
dentes, principalmente se tomado na infância) > 
armazenamento no tecido ósseo. 
Anestésicos gerais e inseticidas > armazenamento no tecido 
adiposo. 
Atividade sobre absorção e distribuição: 
> Fármacos com alta afinidade por proteínas plasmáticas 
apresentam menor taxa de distribuição= verdadeiro. R: 
Apenas a fração livre do fármaco (que não está ligado a 
proteínas plasmáticas) é distribuído aos tecidos. 
> Fármacos administrados por via oral tem maior 
biodisponibilidade do que fármacos administrados por via 
intramuscular= falso. R: A via oral é a via que apresenta 
menor biodisponibilidade, por sofrer efeito de primeira 
passagem. 
> O metabolismo de primeira passagem pode diminuir a 
biodisponibilidade de fármacos administrados por via oral= 
verdadeiro. 
> Para atravessar a barreira hematoencefálica, o fármaco 
precisa ter características lipofílica, baixo peso molecular e 
elevado pKa= verdadeiro. R: A característica lipofílica 
apresenta maior afinidade pela membrana das células, 
facilitando a difusão; o baixo peso molecular está relacionado 
ao tamanho da molécula - ou seja, apenas moléculas 
pequenas atravessam a BHE; e o pKa está relacionado a 
ionização da molécula, sendo que apenas moléculas não 
ionizadas atravessam a barreira. 
> Fármaco básico em meio ácido fica na sua forma ionizada, 
e por isso é melhor absorvido por difusão passiva= falso. R: 
O fármaco ionizado não pode ser absorvido por 
incompatibilidade com as membranas biológicas. 
> Assinale a alternativa que descreve a absorção de um 
fármaco básico com pKa 11,5 no trato gastrointestinal= 
Intestino delgado (pH = 6,0), predominância de forma não 
ionizada e melhor absorção. R: Um fármaco básico (pKa 
elevado), tem maior parte das suas moléculas na forma não 
ionizadas em ambiente alcalino (pH elevado), facilitando a sua 
absorção. De forma contrária, esse fármaco básico (pKa 
elevado), tem maior parte das suas moléculas na forma 
ionizadas em ambiente ácido (pH baixo), dificultando a sua 
absorção. 
> Fármacos administrados por inalação sofrem metabolismo 
de primeira passagem, podendo diminuir a sua 
biodisponibilidade= falso. R: O metabolismo de primeira 
passagem ocorre apenas por fármacos administrados por 
via oral. 
Parte 2: farmacocinética. 
Metabolismo/Biotransformação: 
 Mecanismos 
enzimáticos complexos que tem como objetivo inativar 
compostos endógenos ativos (hormônios, enzimas, 
neurotransmissores) e eliminar substâncias estranhas aos 
organismos (xenobióticos), como medicamentos, drogas. 
Fármacos, carcinógenos/cancerígeno, venenos, pesticidas > 
Fígado CYP 450 (principal órgão responsável por essa 
transformação)> Metabólito inativo (sem ação no organismo) 
e ativo (as substâncias continuam tendo efeito). 
 
- 4 tipos de comportamento de fármaco dentro do 
organismo em relação ao metabolismo. 
As reações de FASE I introduzem ou expõe um grupo 
funcional (grupos de átomos que adicionamos na estrutura 
química) no fármaco. Ocorrem reações de oxidação, redução 
ou hidrólise. Objetivo: inativar o fármaco, mas nem sempre é 
inativado e fica ativo. 
As reações de conjugação de FASE II, levam à formação de 
uma ligação covalente entre um grupo funcional no fármaco 
ou metabólito de fase I com ácido glicurônico, sulfato, 
glutationa, aminoácidos ou acetatos endógenos. Tais 
conjugados altamente polares, em geral, são inativos e 
excretados rapidamente na urina ou nas fezes. Ou seja, 
adicionam uma estrutura (como as citadas) em cima da 
molécula do fármaco (conjugação) para aumentar a 
polaridade do fármaco (hidrossolúvel), para ser excetado 
mais facilmente. Objetivo: aumentar polaridade. 
 
Aspirina: é ativa no organismo, mas no metabolismo de fase I 
sofre redução/oxidação= vira ácido salicílico (as duas formas 
são ativas). Depois da ação no tecido, volta pro fígado e tem 
a segunda fase (conjugação) e adiciona um ácido glicurônico 
(muito polar), sendo altamente eliminada pela urina. 
Fármaco ativo → Fármaco inativo 
Fármaco ativo → Metabólito ativo ou tóxico 
Pró-fármaco (entra no organismo sem ação e só se torna 
ativo ao passar pelo metabolismo. Ex: omeprazol, entra 
inativo e somente no metabolismo de primeira passagem vira 
ativo) → Fármaco ativo 
Fármaco não-excretável → Metabólito passível de 
excreção (tem que passar pelo metabolismo para melhorar 
sua característica de excreção) 
 
Ciclofosfamida: usado na quimioterapia, se torna tóxico e 
gera efeitos colaterais. 
- Melhorar a formulação (por exemplo, aumentar a 
hidrossolubilidade); 
- Melhorar a estabilidade química; 
- Melhorar a aceitação e adesão do paciente; 
- Melhorar a biodisponibilidade; 
- Prolongar a duração de ação; 
- Melhorar a seletividade; 
- Reduzir os efeitos colaterais. 
 
Metabolismo: 
 Redução, oxidação e hidrólise. 
Aumentar ou diminuir a atividade farmacológica, ou ainda não 
ter efeito sobre ela. 
Enzima responsável pela fase I: 
CYP 450: citocromo P450 superfamília de isoenzimas 
contendo heme presentes na maioria das células, mas 
principalmente no fígado e no TGI. 
As reações de oxidação envolvem o complexo CYP450 
associadas a membranas, que são expressas no retículo 
endoplasmático (RE) dos hepatócitos (células do fígado) e, em 
menor grau, das células de outros tecidos. 
As enzimas CYP450 são também conhecidas como oxidases 
de função mistamicrossômicas. Essas enzimas estão 
envolvidas no metabolismo de cerca de 95% de todos os 
fármacos atualmente utilizados. 
A reação acontece quando o fármaco liga-se ao citocromo 
P450 oxidado (Fe3+= ferro), formando um complexo que, a 
seguir, é reduzido através de duas etapas de 
oxidação/redução sequenciais, resultando na formação do 
produto oxidado do fármaco, com reciclagem do citocromo 
P450 oxidado no processo. 
> Há várias isoformas P450 diferentes. Essas enzimas têm 
a capacidade de modificar um grande número de substratos 
estruturalmente distintos. Além disso, um fármaco individual 
pode ser substrato para mais de uma isoenzima. 
A principais isoenzimas que metabolizam fármacos são: CYP-
3A4, CYP-2D6, CYP-2C9, CYP-2E1 e CYP-1A2. 
Quantidades consideráveis de CYP3A4 são encontradas na 
mucosa intestinal, respondendo pela biotransformação de 
primeira passagem de fármacos como a clorpromazina e o 
clonazepam. Variações na atividade de P450 podem alterar 
a eficácia dos fármacos e o risco de efeitos adversos. 
Algumas pessoas, por exemplo, não obtêm benefício do 
analgésico opiáceo codeína, porque não têm a enzima 
CYP2D6 que o ativa. 
vias que não dependem das CYP. 
- Oxidação de aminas (oxidação de catecolaminas ou 
histamina); 
- Desidrogenação do álcool (oxidação do etanol); 
- Esterases (biotransformação do ácido acetilsalicílico no 
fígado); 
- Hidrólise (procaína). 
Álcool desidrogenase (enzima que não faz parte das CYP): 
Etanol → acetaldeído → acetato (para ser eliminado). 
Monoamina oxidase (MAO)= enzima que inativa 
neurotransmissores: oxidação de compostos endógenos que 
contêm amina, como as catecolaminas e a tiramina e de 
alguns fármacos. 
 
 Conjugação: tornar o metabólito/fármaco mais 
polar/hidrossolúvel para ser excretado pelos rins. 
- Se o metabólito resultante da fase I é suficientemente 
polar, ele pode ser excretado pelos rins. 
- Contudo, vários metabólitos de fase I continuam muito 
lipofílicos para serem excretados. 
- Uma reação subsequente de conjugação com um substrato 
endógeno – como ácido glicurônico, ácido sulfúrico, ácido 
acético ou aminoácido – produz um composto polar em geral 
mais hidrossolúvel. 
- A glicuronidação (adição do ácido glicurônico) é a reação de 
conjugação mais comum e mais importante. 
- Fármacos que possuem um grupo –OH, –NH2 ou –COOH 
podem entrar diretamente na fase II e ser conjugados sem 
uma reação de fase I prévia.) 
> Adicionar grupamentos que tornem as estruturas mais 
hidrossolúveis. 
Ácido glicurônico → glicuronização = Morfinal, sulfatiazol e 
digoxina. 
Acetil-CoA → acetilação = sulfonamidas e clonazepam. 
Glicina → conjugação com glicina = AAS e ácido nicotínico. 
Sulfato → sulfatação = Catecolaminas e acetaminofeno. 
Glutationa → conjugação com glutationa = ácido etacrínico. 
S-adenosilmetionina → metilação = catecolaminas e 
histamina. 
A maioria dos fármacos da fase II são inativos. Uma exceção 
de fármaco que não se torna inativo após uma conjugação é 
o glicuronídeo-6-morfina, que é mais potente do que a 
morfina. 
Indutores: São compostos que induzem a atividade de 
enzimas do CYP450 (aumentam a quantidade da enzima), 
portanto aumentam a velocidade da excreção dos produtos. 
Dessa maneira, a biodisponibilidade é menor (de outro 
fármaco que passar pela enzima). Aumentam a atividade da 
enzima CYP, a velocidade do metabolismo do substrato e a 
velocidade de excreção; Diminui a concentração do substrato 
(fármaco secundário a ser administrado, que utiliza a mesma 
enzima) no sangue. 
São capazes de aumentar a expressão de uma ou mais 
isoenzimas CYP. Levam a reduções significativas nas 
concentrações plasmáticas dos fármacos biotransformados 
por essas isoenzimas CYP, com concomitante redução do 
efeito farmacológico. 
 
> Fenobarbital aumenta a expressão (indutor) da CYP2C9 no 
hepatócito, se for administrado junto com ibuprofeno, por 
exemplo, quando o ibuprofeno passar pelo fígado (efeito de 
primeira passagem) ele irá encontrar tanta enzima CYP que 
quase todo o fármaco vai ser inativado (o ibuprofeno perde 
a efeito pois foi muito metabolizado, já que tinha muitas 
enzimas disponíveis). 
 
> Os indutores reduzem o efeito farmacológico dos 
substratos comuns a enzima. 
Inibidores: São compostos que inibem a atividade de 
enzimas do CYP450, portanto diminuem a excreção dos 
produtos (o outro fármaco que passar pela enzima, não vai 
ser metabolizado e excretado). Dessa maneira, a 
biodisponibilidade é maior (mais tempo fazendo efeito). Diminui 
a atividade da enzima, a velocidade do metabolismo do 
substrato secundário e a velocidade de excreção; Aumenta a 
concentração do substrato no sangue. 
> O omeprazol é um inibidor importante de 3 das isoenzimas 
CYP responsáveis pela biotransformação da varfarina. Se os 
dois fármacos são tomados juntos, a concentração 
plasmática (efeito) de varfarina aumenta (ela não vai ser 
metabolizada, pois o omeprazol bloqueia a enzima), levando ao 
aumento do efeito anticoagulante e do risco de 
sangramentos. 
Os inibidores CYP mais importantes são eritromicina, 
cetoconazol e ritonavir, pois inibem várias isoenzimas CYP. 
Substâncias naturais também podem inibir a 
biotransformação de fármacos inibindo a CYP3A4. Por 
exemplo, o suco de toranja (grapefruit) inibe a CYP3A4 e 
leva a concentrações mais altas e/ou maior potencial de 
efeitos tóxicos de fármacos, tais como nifedipina, 
claritromicina e sinvastatina, que são biotransformados por 
esse sistema. 
Fatores que afetam o metabolismo: 
- Farmacogenômica (genética), idade e sexo, dieta e 
ambiente, interações medicamentosas e doenças. 
Certas populações exibem polimorfismos 
ou mutações em uma ou mais enzimas envolvidas no 
metabolismo dos fármacos, modificando a velocidade de 
algumas dessas reações e eliminando outras por completo.
Um em cada 2.000 caucasianos (pele branca) é portador de 
uma alteração genética na enzima plasmática colinesterase, 
que metaboliza um relaxante muscular, a succinilcolina. Essa 
forma alterada da enzima resulta em eliminação mais lenta e 
em prolongamento do fármaco ativo na circulação. Caso seja 
alcançada uma concentração plasmática de succinilcolina 
suficientemente alta, podem ocorrer paralisia respiratória e 
morte. 
As diferenças observadas nas ações de 
fármacos entre etnicidades têm sido atribuídas a 
polimorfismos em genes específicos.
Por exemplo, a CYP2D6 é funcionalmente inativa em 8% dos 
caucasianos, porém em apenas 1% dos asiáticos. Além disso, 
os afro-americanos exibem uma alta frequência de um alelo 
CYP2D6, que codifica uma enzima com atividade diminuída. 
Essas observações são clinicamente relevantes, visto que a 
CYP2D6 é responsável pelo metabolismo oxidativo de cerca 
de 20% dos fármacos incluindo muitos β-antagonistas e 
antidepressivos tricíclicos e pela conversão da codeína em 
morfina. 
 O metabolismo dos fármacos também pode diferir 
entre indivíduos como resultado de diferenças de idade e 
sexo. 
Muitas reações de biotransformação têm a sua velocidade 
reduzida tanto em crianças de pouca idade quanto no 
indivíduo idoso. Ao nascimento, os recém-nascidos são 
capazes de efetuar muitas das reações oxidativas, mas não 
todas elas; todavia, a maioria desses sistemas enzimáticos 
envolvidos no metabolismo de fármacos amadurece 
gradualmente no decorrer das primeiras 2 semanas de vida 
e durante toda a infância. 
No indivíduo idoso, observa-se uma diminuição geral de sua 
capacidade metabólica.Em consequência, é preciso ter um 
cuidado especial na prescrição de fármacos ao idoso. Esse 
declínio de função tem sido atribuído a diminuições 
relacionadas com a idade na massa do fígado, na atividade 
das enzimas hepáticas e no fluxo sanguíneo hepático. 
Há algumas evidências de diferenças no metabolismo 
de fármacos em ambos os sexos, embora os mecanismos 
envolvidos não estejam bem elucidados. Foi relatada uma 
diminuição na oxidação (metabolismo) de etanol, estrogênios, 
benzodiazepínicos e salicilatos nas mulheres em comparação 
com os homens, que pode estar relacionada aos níveis de 
hormônios androgênicos. As mulheres não conseguem 
metabolizar o álcool tão bem quanto o homem, fazendo com 
que ele fique mais tempo no organismo. 
Tanto a dieta quanto o ambiente podem 
alterar o metabolismo dos fármacos ao induzir ou ao inibir as 
enzimas do sistema P450.
Um exemplo interessante é o suco de toranja (grapefruit). 
Os derivados do psoraleno e os flavonóides encontrados no 
suco de toranja inibem a CYP3A4. A inibição da CYP3A4 
diminui significativamente o metabolismo de primeira 
passagem de fármacos coadministrados que também são 
metabolizados por essa enzima, como a sinvastatina. 
Os fármacos podem, 
potencialmente, afetar a biodisponibilidade oral, a ligação às 
proteínas plasmáticas, o metabolismo hepático e a excreção 
renal de fármacos coadministrados.
Entre as categorias de interações medicamentosas, os 
efeitos sobre a biotransformação têm uma importância 
clínica especial. A indução enzimática pelo antibiótico 
rifampicina faz com que a contracepção hormonal à base de 
estrogênio seja ineficaz em doses convencionais, visto que a 
rifampicina induz a CYP3A4, que é a principal enzima 
envolvida no metabolismo do componente estrogênico 
comum, 17α-etinilestradiol. Nessa situação, é necessário 
recomendar outros métodos de contracepção durante o 
tratamento com rifampicina. 
A hepatite, a cirrose, o câncer, a hemocromatose 
e a esteatose hepática podem comprometer as enzimas 
CYPP450 e outras enzimas hepáticas cruciais para o 
metabolismo dos fármacos.
Em consequência desse metabolismo mais lento, os níveis das 
formas ativas de muitos fármacos podem atingir valores 
significativamente mais altos do que o desejado, causando 
efeitos tóxicos. Por conseguinte, pode ser necessário 
reduzir as doses de muitos fármacos em pacientes com 
hepatopatia. 
Excreção: 
Renal: a mais comum, maioria dos metabólitos de natureza 
hidrofílica.
Biliar: incomum.
Fecal: fármaco residual que sofreu absorção incompleta pelo 
TGI. 
Respiratória, dérmica (suor, saliva): quantidade mínima.
Excreção renal: Pacientes com disfunção renal podem ser 
incapazes de excretar os fármacos, ficando sujeitos ao 
risco de acumulá-los e apresentar efeitos adversos. 
O fluxo sanguíneo renal representa cerca de 25% do fluxo 
sanguíneo sistêmico total, assegurando uma contínua 
exposição de qualquer fármaco presente no sangue aos rins. 
A taxa de eliminação dos fármacos através dos rins 
depende do equilíbrio das taxas de filtração, secreção e 
reabsorção de um fármaco. 
O fármaco entra no glomérulo tanto na forma livre (não-
ligado) quanto ligado às proteínas plasmáticas. Entretanto, 
tipicamente, apenas a forma livre do fármaco é filtrada no 
túbulo renal. 
O fluxo sanguíneo renal, a taxa de filtração glomerular e a 
ligação do fármaco às proteínas plasmáticas afetam a 
quantidade de fármaco que penetra nos túbulos, no nível do 
glomérulo. 
O aumento do fluxo sanguíneo, o aumento da taxa de 
filtração glomerular e a diminuição da ligação às proteínas 
plasmáticas causam uma excreção mais rápida dos 
fármacos. 
 
75% do sangue passa no túbulo renal. 
Vasos: sangue retorna para a circulação ou pode entrar no 
túbulo depois. 
> Não é para ter proteínas na urina, então geralmente não 
entram fármacos ligados a proteínas. 
 
1- Filtração glomerular: 
Filtram moléculas com peso ↓ 20.000. Da Albumina não é 
filtrada. 
1. Os fármacos chegam aos rins pelas artérias renais, que 
se dividem para formar o plexo capilar glomerular. 
2. O fármaco livre (não ligado à albumina) difunde-se através 
das fendas capilares para o espaço de Bowman como parte 
do filtrado glomerular. 
3. A velocidade de filtração glomerular (VFG) em geral é de 
125 mL/min, mas pode diminuir significativamente na doença 
renal. 
4. A lipossolubilidade e o pH não influenciam a passagem dos 
fármacos para o filtrado glomerular. Contudo, variações na 
VFG e a ligação dos fármacos às proteínas afetam esse 
processo. 
 
2- Secreção tubular: 
Ocorre com substâncias que não sofreram filtração 
glomerular. Essas substâncias voltam para a arteríola 
aferente que irriga o túbulo. Ocorre a secreção por 
mecanismos de transporte ativo. 
Os fármacos que não foram transferidos para o filtrado 
glomerular saem dos glomérulos através das arteríolas 
eferentes, que se dividem formando um plexo capilar ao 
redor do lúmen no túbulo proximal. 
A secreção ocorre primariamente nos túbulos proximais por 
dois mecanismos de transporte ativo que exigem energia: um 
para ânions (A-) e outro para cátions (BH+). 
Cada um desses sistemas de transporte apresenta baixa 
especificidade e pode transportar vários compostos. 
Assim, pode ocorrer competição entre fármacos pelos 
transportadores em cada um dos sistemas. 
Prematuros e recém-nascidos não têm esse mecanismo 
secretor tubular completamente desenvolvido e, assim, 
podem reter certos fármacos no filtrado glomerular. 
Transporte ativo: A penicilina fornece um exemplo de 
fármaco que é eliminado, em parte, por transporte ativo no 
túbulo proximal. 
3- Reabsorção tubular: 
Enquanto o fármaco se desloca em direção ao túbulo 
contorcido distal, sua concentração aumenta e excede à do 
espaço perivascular. O fármaco, se for neutro, pode 
difundir-se para fora do lúmen, retornando à circulação 
sistêmica. Sempre será transporte passivo. 
A manipulação do pH da urina, para aumentar a fração 
ionizada do fármaco no lúmen, pode ser feita para minimizar 
a retrodifusão e, assim, aumentar a depuração de um 
fármaco indesejável. Como regra geral, ácidos fracos podem 
ser eliminados alcalinizando a urina, ao passo que a eliminação 
de bases fracas pode ser aumentada por acidificação da 
urina. 
- Esse processo é denominado prisão iônica. 
Por exemplo, um paciente apresentando dose excessiva de 
fenobarbital (um ácido fraco) pode receber bicarbonato, que 
alcaliniza a urina e mantém o fármaco ionizado, diminuindo, 
assim, a sua reabsorção. 
A concentração urinária de um fármaco pode declinar 
com a sua reabsorção nos túbulos proximais e distais. A 
reabsorção é limitada primariamente através do 
aprisionamento iônico. Tipicamente, o líquido tubular renal é 
ácido no túbulo proximal, o que tende a favorecer o 
aprisionamento da forma iônica das bases fracas (como 
fármacos). A reabsorção de fármacos no túbulo pode ser 
intensificada ou inibida por um ajuste químico do pH urinário. 
A aspirina é um ácido fraco, que é excretado pelos rins. A 
overdose de aspirina é tratada pela administração de 
bicarbonato de sódio para alcalinizar a urina e pelo aumento 
do fluxo urinário. Ambas as manobras clínicas resultam em 
eliminação mais rápida do fármaco 
> Alguns fármacos alteram o pH da urina (que é ácido) para 
impedir a sua excreção. 
A maioria dos fármacos é lipossolúvel e, sem 
modificação química, se difundiria para fora do lúmen tubular 
renal quando a sua concentração no filtrado se tornasse 
maior do que a do espaço perivascular. Para minimizar essa 
reabsorção, os fármacos são modificados basicamente no 
fígado em substâncias mais polares por meio das reações de 
fase I e fase II. Os conjugados polares ou ionizados são 
incapazes de difundir para fora do lúmen renal.
A reabsorção de fármacos também 
desempenhaum importante papel na excreção biliar. Alguns 
fármacos são secretados pelo fígado na bile por intermédio 
de proteínas transportadores. 
Como o ducto biliar desemboca no trato gastrintestinal no 
duodeno, esses fármacos devem passar por toda a 
extensão do intestino delgado e do intestino grosso antes de 
serem eliminados. 
Em muitos casos, esses fármacos sofrem circulação 
êntero-hepática, em que são reabsorvidos no intestino 
delgado e subsequentemente retidos na circulação porta e, a 
seguir, na circulação sistêmica. Certos fármacos, como os 
hormônios esteroides, a digoxina e alguns agentes 
quimioterápicos para o câncer, são excretados, em grande 
parte, na bile. 
Posologia: 
É a forma de utilizar os medicamentos, ou seja, o número de 
vezes e a quantidade de medicamento a ser utilizada a cada 
dia. A posologia está relacionada com o tempo de ação e a 
dose terapêutica do medicamento em questão. 
Quantidade > frequência > duração. 
Dose esquecida: Se permitido, tomar a dose esquecida o mais 
rápido possível e começar a contar o período de pausa pelo 
novo horário. Ex: se toma em 12/12h (12:00, 00:00) e 
tomou 2:00, começar a tomar toda 2:00 e 14:00. 
O tempo de meia-vida (t1/2) de um fármaco é o intervalo de 
tempo no qual sua concentração plasmática se reduz à 
metade. A maioria dos medicamentos segue uma cinética de 
primeira ordem, na qual o tempo de meia-vida independe da 
concentração inicial. 
Um medicamento tem t1/2 = 8 h. A concentração 
plasmática cai à metade (50%) a cada 8h a quantidade da 
substância no organismo cai à metade. 
T1/2: 100% → 50% → 25% → 12,5% → etc. 
 
A meia-vida de eliminação: o tempo durante o qual a 
concentração do fármaco no plasma diminui pela metade de 
seu valor original. 
Ao diminuir a concentração do fármaco ativo no sangue, o 
metabolismo e a excreção de fármacos reduzem o tempo 
durante o qual um fármaco é capaz de atuar sobre um 
órgão alvo. Se o paciente esquece de tomar no horário 
certo, a concentração do fármaco é diminuída e há maiores 
chances de bactérias criarem resistência. 
O conhecimento da meia-vida de eliminação de um fármaco 
nos permite calcular a frequência de doses necessária para 
manter a concentração plasmática do fármaco dentro da 
faixa terapêutica. 
O efeito do fármaco sobre todos os fatores que afetam o 
volume de distribuição e a eliminação de um fármaco, 
também afetam a meia-vida desse fármaco. 
Uma diminuição na eliminação ou um aumento no volume de 
distribuição de um fármaco tendem a prolongar a meia-vida 
e, portanto, a potencializar o órgão-alvo. 
Com o processo de envelhecimento, a massa muscular 
esquelética diminui, o que pode diminuir o volume de 
distribuição. 
Em contrapartida, um indivíduo obeso apresenta um aumento 
na capacidade de captação de um fármaco pelo tecido 
adiposo, e, para um fármaco que se distribui na gordura, 
pode ser necessário administrar uma dose mais alta para 
alcançar níveis plasmáticos terapêuticos do fármaco. 
Alguns fármacos podem distribuir-se preferencialmente em 
espaços líquidos patológicos, como ascite ou derrame pleural, 
causando toxicidade a longo prazo se a dose do fármaco não 
for ajustada de acordo. 
A insuficiência hepática, a insuficiência cardíaca e a 
insuficiência renal podem, cada uma delas, levar a uma 
redução da capacidade de inativação ou eliminação de um 
fármaco, aumentando, assim, a sua meia-vida de eliminação. 
 
Atividade sobre metabolismo e excreção: 
> A inibição enzimática provoca diminuição do metabolismo = 
verdadeiro. R: A inibição enzimática impede o metabolismo de 
um substrato pela enzima, fazendo com que esse substrato 
permaneça mais tempo ativo no organismo. 
> Qual das seguintes alternativas descreve o efeito de 
primeira passagem no metabolismo de um fármaco? = 
Fármaco administrado oralmente é biotransformado pelo 
fígado antes de entrar na circulação. R: O efeito de primeira 
passagem é a metabolização que ocorre apenas em 
fármacos administrados por via oral, que sofrem 
biotransformação de fase I no intestino e no fígado, que 
chega através da veia porta, antes de ser absorvido na 
circulação sistêmica. 
> A glicuronidação é a reação de conjugação mais comum da 
fase II e produz metabólito mais lipossolúvel e 
farmacologicamente inativo = falso. R: A glicuronidação 
produz metabólito mais hidrossolúvel. 
> A indução enzimática resulta na diminuição do efeito 
farmacológico do fármaco = verdadeiro. R: A indução 
enzimática aumenta a expressão de uma enzima, 
aumentando o metabolismo de um substrato, 
consequentemente, ele é inativado e eliminado mais rápido do 
organismo, diminuindo seu efeito. 
> O bicarbonato de sódio é utilizado para aumentar a 
excreção de bases fracas, como por exemplo, em casos de 
intoxicação por barbitúricos = falso. R: O bicarbonato de 
sódio (básico) é utilizado para aumentar a excreção de ácidos 
fracos, por induzir a ionização e aumentar a 
hidrossolubilidade. 
> As reações da fase I são catalisadas pelas enzimas do 
citocromo P450 = verdadeiro. R: O sistema CYP 450 é o 
principal mecanismo de metabolismo de Fase I. 
> Interações entre contraceptivos orais e antibióticos pode 
resultar no aumento da excreção dos contraceptivos = 
verdadeiro. R: Alguns antibióticos são indutores enzimáticos, 
aumentando metabolismo de contraceptivos a base de 
estrogênio, aumentando a velocidade de excreção. 
> As reações metabólicas de fase II resultam em metabólito 
inativo = falso. R: Às vezes, o metabólito gerado é um 
metabólito ativo. Ex: morfina. 
> Fármacos não-ionizados sofrem reabsorção tubular e 
retornam a circulação sistêmica = verdadeiro. R: Apenas 
fármacos que estiverem na forma não-ionizada serão 
reabsorvidos para a circulação sistêmica. Caso eu não queira 
realizar a reabsorção - em caso de superdosagem - posso 
manipular o pH da urina para fazer o aprisionamento iônico.

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