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contabilidade gerencial

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI
CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR–CIES
NÚCLEO DE BARRAS – PI
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ANA DAMASCENO SANTIAGO
 A UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NAS EMPRESAS DE MÉDIO E PEQUENO PORTE NO MUNICIPIO DE BARRAS 
Barras – PI 
2014
Ana Damasceno Santiago
A UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NAS EMPRESAS DE MÉDIO E PEQUENO PORTE NO MUNICIPIO DE BARRAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual do Piauí como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Profº Esp. David Stanhy de Carvalho Silva
Barras – PI
2014
Ana Damasceno Santiago
A UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NAS EMPRESAS DE MÉDIO E PEQUENO PORTE NO MUNICIPIO DE BARRAS
Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual do Piauí como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.
Aprovada em_____de._________de 2015.
COMISSÃO EXAMINADORA
_____________________________________________________________
Prof. Esp. David Stanhy de Carvalho Silva
Universidade Estadual do Piauí
Orientador
_____________________________________________________________
Profª. 
Universidade Estadual do Piauí
_____________________________________________________________
Profª. 
Universidade Estadual do Piauí
Dedico este trabalho a minha mãe, meu pai e irmãos que sempre me deram apoio e forças pra continuar, ao meu esposo que compreendeu e sempre esteve ao meu lado me dando forças. 
E aos meus amigos e professores que sempre torceram por mim.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus, por possibilitar que eu esteja vivendo esse momento único em minha vida.
Aos meus pais e irmãos pelo carinho, incentivo e compreensão, me dando força para continuar. 
Ao meu esposo pelo amor e carinho dedicados, por me dar forças pra continuar e me fazer acreditar em mim.
Aos professores e funcionários da Universidade Estadual do Piauí, por todo o respeito, dedicação e incentivo recebido durante o período que estudei na instituição.
Ao meu orientador David Stanhy pelo carinho, dedicação e paciência.
A Professora Gilseane Urquiza pelo carinho, dedicação apoio e incentivo.
Agradeço a minhas colegasJoana D’arc e Beatriz Alves, por toda a compreensão e apoio demonstrado durante o curso.
Aos meus amigos de grupo Thaíse, Aurideia, Regina e Eurisvan por toda a amizade que tem demonstrado.
A todos os colegas de sala, pelo companheirismo, amizade e pelo momentos felizes vividos durante todo o curso.
A todos meus amigos e familiares pelo apoio, incentivo e compreensão.
RESUMO
Este trabalho descreve como o uso da contabilidade é vital para as empresas de médio e pequeno porte, suas definições contábeis, onde mostra a contabilidade como instrumento de suma relevância para administração, sua importância para as empresas de médio e pequeno porte, principalmente a contabilidade gerencial, já que através da mesma o empresário pode tomar suas decisões com mais segurança. Esta pesquisa apresenta modelos de Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e Fluxo de Caixa, através dos quais se torna possível elaborar índices econômicos e índices financeiros que serão de grande utilidade na administração da empresa, em especial nas empresas acima citada. O Trabalho encerra os resultados da pesquisa de campo, com sua respectiva analise, onde apresenta a importância da contabilidade para as empresas de médio e pequeno porte, mostrando que ao utilizar a contabilidade, ainda que apenas a contabilidade gerencial, que é à base de uma administração segura, os casos de sucesso e de “sobrevivência” dessas empresas aumentaria de maneira significativa, além de possibilitar um melhor acompanhamento do desempenho do negócio e assim atingir a longevidade.
Palavras-chave: Contabilidade Gerencial. Médio porte. Empresas de Pequeno Porte. Decisão.
ABSTRACT
This paper describes how the use of accounting is vital for medium and small companies, their accounting definitions, which shows the accounting as short instrument relevance to management , its importance for companies of medium and small , primarily managerial accounting since through it the entrepreneur can make decisions with greater confidence . This research presents models of the Balance Sheet, Income Statement and Cash Flow , through which it becomes possible to develop economic indicators and financial ratios that will be useful in the management of the company, particularly in the above-mentioned companies . The Working terminating the field research results, with their respective analysis, which shows the importance of accounting for small and medium- sized businesses , showing that by using the accounting , if only management accounting , which is the basis of a safe administration , success stories and "survival" of these companies would increase significantly , and enable better monitoring of business performance and thus achieve longevity.
Keywords: Managerial Accounting. Midrange. Small Companies. Decision.
LISTAS DE GRÁFICOS
LISTA DE QUADROS 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
No Brasil a maioria das empresas é de médio e pequeno porte. Esses empreendimentos contribuem de forma significativa para economia do país. Entretanto, embora seja notada sua importância, verifica-se que grande parte das referidas empresas encontram dificuldades para permanecer no mercado por mais de cinco anos.
Esse problema é resultado da alta competitividade que as organizações enfrentam todos os dias. No caso das empresas de médio e pequeno porte é ainda maior, porque esses empreendimentos não possuem recursos suficientes que possam garantir sua sobrevivência. Conforme dados do SEBRAE, relatam que uma das principais causas da alta taxa de mortalidade das empresas está relacionada com a não utilização de instrumentos que possam auxiliar na tomada de decisão, instrumentos esses característicos da contabilidade gerencial.
Essa ramificação da contabilidade tem como um dos seus principais objetivos produzir informações destinadas aos usuários internos das organizações, principalmente gestores, auxiliando no processo decisório das empresas.
A contabilidade, como ciência, é considerada um sistema de informação voltada para o patrimônio das entidades, responsável por proporcionar aos seus usuários informações concisas que auxiliem no processo de evolução das empresas. Porém, mesmo com sua evolução, a contabilidade ainda encontra barreiras para alcançar seu objetivo, porque muitos usuários ainda desconhecem a importância da utilização dos dados fornecidos por essa ciência. Nesse contexto, podem-se inserir os gestores das empresas de médio e pequeno porte.
Nesse contexto o presente trabalho responde a seguinte problemática: Qual utilização da Contabilidade Gerencial na administração das empresas de médio e pequeno porte no Município de Barras?
Esta pesquisa tem como objetivo geral, analisar a utilização da contabilidade gerencial nas empresas de médio e pequeno porte do município de Barras- PI. Para alcança-lo foram estipulados os seguintes objetivos específicos; relatar a importância da Contabilidade Gerencial no mundo atual; evidenciar como a Contabilidade Gerencial pode contribuir para o desenvolvimento das empresas; expor como a utilização dos relatórios e das demonstrações contábeis e financeiras podem auxiliar os gestores na tomada de decisão; demonstrar qual a utilização da Contabilidade Gerencial nas empresas de médio e pequeno porte do Município de Barras.
A Contabilidade Gerencial é um ramo da contabilidade ligada exclusivamente para gestores, pois a mesma enfoca planejamento, controle e tomada de decisão. Ela servirá com uma conexão entre as ações locais dosgerentes ou administradores como a lucratividade da empresa, projetando a direção que os mesmos terão que tomar.
A Contabilidade Gerencial tem ainda a função de realizar um planejamento perfeito com objetivo de se aproximar ou até mesmo chegar a um controle eficaz, ou seja, controlar as atividades da empresa e organizar o sistema gerencial a fim de permitir que o gerenciamento da empresa tenha conhecimento dos fatos ocorridos e seus respectivos resultados perante sua organização.
O uso da Contabilidade Gerencial pode trazer inúmeras vantagens para as empresas de médio e pequeno porte, dentre elas exemplifica-se; projeção de orçamentos empresariais, análise de desempenho (índices financeiros), cálculo do ponto de equilíbrio, determinação de preços de vendas, planejamento tributário, controles orçamentários, balanced scorecard, entre outros.
Devido a grande importância das referidas empresas para o cenário econômico do município em foco, este trabalho se justifica por ter o intuito de despertar o interesse do empresário em utilizar a contabilidade gerencial como ferramenta para o processo de tomada de decisão. Sabe-se que muitas empresas de médio e pequeno porte vêm decretando falência e este fato pode está relacionado à falta de experiência dos gestores, como também a escassez de planejamento e a não utilização da ciência contábil, já que as legislações que regem esses tipos de empresas as isentam de fazerem alguns procedimentos contábeis.
 A Contabilidade Gerencial se usada de forma correta, ajuda os gestores a tomarem decisões adequadas para o bom funcionamento de sua empresa, por isso ela é de grande relevância para a continuação da empresa no mercado.
Diante do contexto, essa pesquisa apresenta indícios que possam despertar o interesse dos empresários em utilizarem a contabilidade gerencial e alertá-los quanto à necessidade da sua utilização, haja vista que esse ramo proporciona uma boa produtividade e rentabilidade dos recursos disponibilizados pelas empresas.
A metodologia desenvolvida no presente estudo teve como fases: o levantamento de dados através da pesquisa bibliográfica, observações do local de estudo, aplicação de questionários com os empresários e por fim a tabulação dos resultados auferidos, expostos em gráficos.
O trabalho está estruturado em cinco capítulos a contar desta introdução. O capitulo 2 aborda a utilização da contabilidade gerencial no mundo atual e sua contribuição para as empresas de médio e pequeno porte, capitulo 3 apresenta aplicação da contabilidade gerencial nas empresas de médio e pequeno porte. O capitulo 4 descreve a metodologia realizada no decorrer do trabalho, encerrando o capitulo 5 onde será apresentada a pesquisa com sua devida analise e considerações finais.
2 CONTABILIDADE
A Contabilidade é a ciência que estuda, decifra e registra os acontecimentos que comprometem o patrimônio de uma organização tendo como objeto de estudo o patrimônio.
Abreu (2006, p.2) define contabilidade como “a ciência que estuda as situações patrimonial, financeira e econômica das organizações; elabora relatórios que resumem a situação das organizações”. A referida ciência utiliza a palavra organizações, pois a mesma pode ser aplicada tanto no setor publico, como no privado. Esta ciência é a responsável por controlar e direcionar o patrimônio da entidade.
Marion afirma (2009) que “A finalidade da Contabilidade é a de controlar o Patrimônio com o objetivo de fornecer informações sobre a sua composição e suas variações”. A Contabilidade tem como principal intuito fornecer informações generalizadas da situação da empresa a todos os seus usuários.
Podendo ser mais bem entendida de acordo com a afirmação de Iudícibus, Marion e Faria (2009, p. 33):
O objetivo da contabilidade pode ser estabelecido como sendo de fornecer informação estruturada de natureza, financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade e social, aos usuários internos e externos à entidade objeto da Contabilidade.
O patrimônio de uma empresa é algo essencial para a continuidade da mesma.A Resolução Nº 774 de 16 de dezembro de 1994 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC 2000, p.30) estabelece que:
Na Contabilidade, o objeto é sempre o patrimônio de uma Entidade, definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorrem nas sociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir lucro. 
O patrimônio da entidade deve ser analisado em seus aspectos qualitativos e quantitativos, sendo os qualitativos caracterizados como dinheiro, valores a receber, ou a pagar expressos em moeda, máquinas, estoques de materiais ou de mercadorias. Enquanto o atributo quantitativo refere-se à expressão dos componentes patrimoniais em valores.
No entanto, para se dedicar ao estudo do patrimônio a Contabilidade deve observar a Resolução CFC 730/2003, que trata dos princípios da Contabilidade: da entidade,  da continuidade,  da oportunidade, do registro pelo valor original,  da atualização monetária (revogado pela resolução CFC 1.282/2010), da competência e da prudência.
Esta ciência foi criada com intuito de evidenciar os fenômenos patrimoniais buscando demonstrar a real situação da empresa como também os comportamentos sociais da empresa, para executar esse fim, ela realiza os registros e analises dos fatos relacionados com a movimentação e as variações do patrimônio de uma entidade (SÁ, 1998).
A contabilidade é uma ciência que tem evoluído com o passar dos anos com o objetivo de possibilitar o surgimento de melhores formas de controlar o patrimônio através de um sistema de informação, que busca auxiliar os gestores na tomada de decisões mais racionais e garantir a continuidade e o sucesso das organizações.
Entretanto para que se possa entender de forma clara essa ciência, torna-se necessário um estudo sobre sua origem.
2.1 Origem da contabilidade
Não se pode afirmar o momento exato do surgimento da Contabilidade, porém existem “provas arqueológicas que mostram registros em grutas, em ossos e outros materiais, contendo manifestações da inteligência humana na percepção de meios patrimoniais, qualitativa, e quantitativamente, ou seja, constituindo a conta primitiva”. (SÁ, 2000, p. 09).
Durante a pré-história a contabilidade ainda não se apresentava como ciência, pois, era feita apenas como forma de controle dos animais, somente por volta do século XV com o método das partidas dobradas de Luca Pacioli é que pode ser reconhecida como ciência.
Para Iudícibus, Marion e Faria (2009, p. 04) a função da contabilidade pode ser observada “já no inicio da civilização para avaliar a riqueza do homem, avaliar os decréscimos e os acréscimos dessa riqueza”.
Com isso, percebe-se que a contabilidade é uma das ciências mais antigas do mundo. Seu surgimento veio através da necessidade do homem em controlar seu patrimônio, e da forma de como elaborar uma ferramenta capaz de gerar outros benefícios como: conhecer, controlar e analisar o crescimento de seu patrimônio.
Vale-se ressaltar que a contabilidade ao longo dos anos apresentava-se de forma diferente da que se conhece atualmente. Nos primeiros anos da humanidade havia apenas discrição da coletividade em tribos primitivas. A contabilidade com o passar dos tempos, passou por varias transformações conforme se pode verificar no quadro a seguir.
Quadro 1 – Principais Períodos da Contabilidade.
	PERÍODO
	ANO
	O QUE MARCOU ESSE PERIODO
	CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO
	De 8000 a.C até 1202 da era Cristã
	A edição do livro Liber Abaci, da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
	CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL
	De 1202 até 1494
	Tratactus de Computiset Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir acontabilidade entre os ramos do conhecimento humano.
	CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO -
	Período que vai de 1494 até 1840
	aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.
	CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO
	De 1840 e continua até os dias de hoje.
	Inicio da fase científica da contabilidade com predominância da escola norte-americana nos dias atuais.
Fonte: Adaptado SÁ(2009)
Desde o inicio, a humanidade começou a evoluir através da troca de mercadorias e objetos, com o passar dos anos perante esta necessidade, foi criada a moeda. Mas com a criação da moeda logo veio a duvida de quanto pertencia a cada um, logo se percebeu que todos esses fatos para uma maior confiabilidade necessitariam ser documentados.
Um dos precursores da contabilidade foi frei Luca Pacioli, nascido por volta de 1445, foi um homem “a serviço da cultura e da Contabilidade”, foi ele o autor da primeira obra impressa que divulgou o processo das Partidas Dobradas. Mas apesar de ser considerado pai da contabilidade Pacioli não foi o criador das partidas dobradas, pois o método já era utilizado na Itália desde o século XIV.
Luca Paciolifoi matemático, teólogo e contabilista; escreveu em seu livro "Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni ET Proporcionalitá" um capitulo sobre "Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas Dobradas), publicado em 1494, ressaltando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos.
Pode-se observar que Luca Pacioli foi de fundamental importância para a contabilidade, porque a partir da sua obra a contabilidade foi difundida no mundo inteiro, possibilitando que a mesma seja considerada como uma ciência e não apenas como uma técnica utilizada para manter o controle do patrimônio.
Hendriksen e Breda (1999, p. 39), afirmam que, “a contabilidade é produto do renascimento italiano. As forças que conduziram a essa renovação do espírito humano na Europa foram às mesmas que criaram a contabilidade”. 
	A contabilidade é uma ciência que foi evoluindo aos poucos e para Marion (2009, p. 33): 
O desenvolvimento da Contabilidade foi notório nos Estados Unidos, no século XX, principalmente após a Depressão de 1929, com a acentuação de pesquisas nessa área para melhor informação o usuário da Contabilidade. 
Percebe-se que, com o passar do tempo, a contabilidade deixou de ser apenas um instrumento de escrituração para passar a ser considerada uma ferramenta extraordinária para auxiliar gestores na tomada de decisão, por isso sua presença no mundo atual é considerada imprescindível. Com isso criou-se um novo ramo da contabilidade que ficou conhecida como Contabilidade Gerencial.
Sá (2010, p. 41) reafirma que: “Se a contabilidade trata do patrimônio das células sociais e se estas se inserem no todo social, é fácil concluir que seja ela uma ciência social”.
A Contabilidade como ciência social é de suma relevância; pois é um conjunto de dados, buscando a melhoraria das informações para que os usuários possam expandir a qualidade de vida, tanto das entidades como da sociedade.
	Para alcançar sua finalidade que é manter a qualidade de vida dos empreendimentos e da sociedade, a contabilidade passou por diversas modificações que permitiu que essa ciência tivesse inúmeras ramificações, dentre elas a contabilidade gerencial é que a principal responsável pelo processo de tomada de decisão. Por sua relevância na sobrevivência das empresas o presente trabalho apresenta uma seção destinada a tratar sobre a contabilidade gerencial. 
2.2 Contabilidade gerencial
A contabilidade gerencial surgiu mediante a necessidade de tomar decisões de forma estratégica e que pudesse com isso ajudar os gestores da empresa para que conseguisse sustentar-se no mercado que esta sempre em constantes mudanças e onde a concorrência é um fato determinante, entre elas.
Conforme Padoveze (2010, p.47) afirma que: [...]
para se fazer contabilidade gerencial é necessário um sistema de informação gerencial, um sistema de informação operacional, que seja um instrumento dotado de características tais que preencha todas as necessidades informacionais para o gerenciamento de sua entidade.
A contabilidade gerencial é uma ramificação da contabilidade criada exclusivamente para gestores, isto é, a parte interna da organização para auxiliar de forma direta e podendo assim ser chamada também de contabilidade financeira, pois fornece informações uteis e oportunas. 
Iudícibus (1998, p. 2) expõe o seguinte sobre os relatórios fornecidos pela contabilidade gerencial: 
“todos os procedimentos contábeis e financeiros ligados a orçamento empresarial, a planejamento empresarial, a fornecimentos de informes contábeis e financeiros para decisão entre cursos de ação alternativos, recaem sem sombra de dúvida, no campo da contabilidade gerencial”.
Marion e Iudicibus (2008, p. 44) afirmam que: “Contabilidade gerencial voltada para fins internos, procura suprir os gestores de um elenco maior de informações, exclusivamente para a tomada de decisão”.
Este ramo da contabilidade fornece informações competentes que irão auxiliar aos gestores em fazer escolhas oportunas para que a organização apresente um bom desempenho operacional.
Conforme Lunkes (2007, p.8), 
“no atual ambiente de negócios, os contadores gerenciais tornam-se especialistas no apoio à tomada de decisão, gerando informação diversificada, colocando e adaptando ao formato mais adequado e facilitando a tomadade decisão dos demais gestores”.
A contabilidade gerencial vem de forma relevante auxiliar as empresas em criar estratégicas acertáveis para o crescimento e desenvolvimento da empresa, pois a mesma enfoca planejamento, controle e tomada de decisão, dentro de um sistema de informação contábil.
Para Abreu (2006, p.8):
A contabilidade gerencial é, na verdade, um sistema de informações voltada à administração da empresa, o qual não necessariamente segue todas as normas que regem a Contabilidade Financeira. Essas informações permitem aos gestores decidir sobre o que vender, quanto vender, se determinado produto deve ser fabricado ou comprado de outros fabricantes se um serviço deve ser terceirizado, entre outras decisões.
Esta ciência serve como elo para os gerentes e a lucratividade da empresa, defendendo as principais medidas para a longevidade da empresa. Assim a contabilidade gerencial analisará o ambiente externo, abrangendo, os impactos globais e da concorrência para criar soluções internas.
Para que uma empresa possa se desenvolver de forma satisfatória, a mesma necessita utilizar ferramentas de informações que possa auxiliar na tomada de decisão. Tais instrumentos podem ser descritas como planejamento (tático, estratégico e operacional) e controle.
Antes de abordar os mecanismos do processo de tomada de decisão, torna-se necessário primeiramente conhecer o que seja esse processo, como também suas vantagens para desenvolvimento da empresa. O processo de tomada decisão resume-se na escolha da decisão. 
Para Maximiano o processo (2012) da tomada de decisão se dá da seguinte forma, conforme a figura 1. 
Figura 1 – Processo de tomada de decisão
Avaliar as
alternativas
Eleger uma solução 
Colocar em pratica a decisão 
Acompanhar o que acontece 
Retorno
(feedback)
Fonte: Adaptado de Maximiano (2012)
Pode-se observar que existem algumas vantagens no processo decisório, dentre elas pode-se citar: comunicação e partilha de informação, maior conhecimento sobre o problema, mais alternativas, capacidade de assumir risco, automotivação, dentre outras. E as principais desvantagens são: tempo gasto, diluição de responsabilidades e etc.
Entretanto para que possa se chegar uma decisão de forma concisa e consciente, é necessária a realização de um bom planejamento, pois é através dele que a empresa poderá obter estratégias e manter um controle sobre tudo que está acontecendo como, por exemplo,o valor que será gasto para a execução de determinada tarefa.
Portanto, observa-se que a contabilidade gerencial é de suma relevância para as empresas. Mas qual a sua importância no mundo atual? 
2.2.1 A importância da contabilidade gerencial no mundo atual
A contabilidade gerencial tem como objetivo principal, promover a continuidade da empresa e o crescimento dos resultados. A mesma serve como um suporte para empresa, promovendo informações internas e externas, mostrando os pontos capazes de colocar a empresa em uma situação de risco ou reduzir sua rentabilidade.
Segundo Crepaldi (2008, p 29) “o ponto fundamental da contabilidade gerencial é o uso da informação contábil com ferramenta para a administração. Por isso à medida que as empresas vão se desenvolvendo, a contabilidade gerencial torna-se a parte essencial e indispensável para a administração e todos os fins lucrativos, pois a mesma pode assegurar que controles e planejamentos produzam operações lucrativas”.
Horgren, Datar e Foster (2004 , p.2) complementa:
A contabilidade gerencial mede e relata informações financeiras e não financeiras que ajudam os administradores a tomar decisão para alcançar os objetivos de uma organização. Os administradores usam essas informações para escolher, comunicar e implementar a estratégia. Utilizam-nas, também, para coordenar o projeto do produto, a produção e as decisões de comercialização.
A contabilidade gerencial é importante para a sociedade como um todo, pois é uma das principais ferramentas para a tomada de decisões para o crescimento e fortalecimento das entidades. Pode-se perceber que nos dias atuais a presença do profissional contábil passou a ser imprescindível para as empresas que pretendem atingir a longevidade. 
Segundo Iudicibus (2006, p.21):
“A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços, etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.”
Iudícibus e Marion (2008) complementam dizendo que a contabilidade é uma ferramenta auxiliadora para um processo de gestão mais eficaz, uma vez que esta coleta os dados, mensura, registra-os e repassa aos administradores em forma de relatórios que contribuem para a tomada de decisão. 
Para que uma empresa permaneça em um mercado competitivo, as mesmas necessitam inovar-se, frente aos adversários, sem deixar de priorizar a satisfação de seus clientes e qualidade de seus produtos ou serviços. Diante do atendimento das necessidades de seus clientes os gestores da empresa passam a procurar subsídios para manter seu empreendimento em posição de destaque frente à concorrência, procurando inovar e não tornar-se antiquada, investindo demasiadamente para poder adquirir o retorno almejado, mas sem deixar de obedecera legislação vigente	
Na atualidade pode-se deduzir que a contabilidade gerencial ocupa um papel substancial, sobretudo em relação à capacidade de competitividade das empresas. Entretanto, não só as grandes organizações, necessitam preocupar-se em planejar e utilizar as informações gerenciais, pois tais informações são vitais para a sobrevivência de qualquer organização.
	
2.2.2 A contribuição da contabilidade gerencial para o desenvolvimento das empresas de médio e pequeno porte
As empresas de Pequeno Porte atualmente apresentam um percentual significativo na economia Brasileira. Sendo caracterizadas como a pessoa jurídica que obtém o faturamento bruto anual superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) (Lei Complementar 123 de 2006). Enquanto as empresas de médio porte segundo a legislação tributária são aquelas que possuem de 50 a 99 empregados e que obtém uma renda de superior a 3.600.000,00 e inferior a 48.000.000.
Na medida em que as Empresas de Pequeno Porte ganham destaque na economia Brasileira à contabilidade gerencial passa a ser uma parte essencial dentro de uma organização, pois a sua atuação permite ao administrador detectar erros e criar estratégias para solucionar problemas que venham ocorrendo dentro das empresas de médio e pequeno porte.
Na visão de Iudicibus& Marion (2000, p. 44) a contabilidade gerencial é aquela “voltada para fins internos, procura suprir os gerentes exclusivamente para a tomada de decisões”.
Sobre o tema abordado Padoveze (2010, p.42) tem a seguinte opinião: “a contabilidade gerencial é precisamente utilizada dentro da entidade, como ferramenta de auxilio à administração, em todas as suas facetas operacionais.”.
Observa-se o que é cada vez mais importante o papel que a contabilidade gerencial desempenha na vida de uma empresa, é ela que mostra como os gestores ou administradores deverão enfrentar desafios provocados pelo mercado que está cada vez mais competitivo, auxilia nos cumprimento de metas e dar maior segurar para criação de novas estratégias que venham facilitar a administração das empresas perante o mercado.
Esta ferramenta contábil é de vital importância para as empresas por que consegue trazer informações amplas para os gestores, que são os responsáveis pela direção e controle das operações financeiras das organizações, para que os mesmos possam tomar suas decisões de forma mais segura e eficaz.
Neste contexto Iudicibus (2006, p.21) afirma que, “a contabilidade gerencial, num sentido mais profundo, está voltada única e exclusivamente para administração da empresa, procurando suprir informações que se encaixe de maneira válida no modelo decisório do administrador”.
Esse ramo da ciência contábil se realizado através de um bom planejamento, conhecendo as possibilidades de reduzir legalmente sua carga de tributos e tendo conhecimento a cerca das principais atividades realizadas dentro da organização como: tomada de preço, vendas, estoques, dentre outras, poderá exercer um trabalho produtivo além de auxiliar seu os gestores a conseguirem equilíbrio financeiro para seu negocio. 
Um dos desafios para o exercício dessa ciência é a falta de capacitação dos gestores e contadores das organizações. Muitos administradores não tem formação adequada para interpretar os relatórios contábeis e financeiros e deles extrair informações úteis e oportunas capazes de auxilia-los a tomar decisões que favoreçam o crescimento da empresa, daí surge à necessidade de se utilizar um profissional capacitado.
Cabe salientar que a referida ciência traz consigo informações uteis e oportunas que podem propiciar a empresa a ter um embasamento eficaz sobre a sua situação e disponibilidade financeira para saber promover melhorias para o desenvolvimento da mesma, mas para isso é necessário à capacitação dos gestores para que assim a contabilidade gerencial cumpra sua função. Segundo alguns estudiosos como Matarazzo (2010) afirma que a maioria das empresas existe uma defasagem muito grande de informações, o que ocasiona a na ineficiência da contabilidade gerencial ou na não utilização da mesma.
Outro ponto para o uso da referida ciência é a crescente competitividade das organizações, que foi intensificada com o processo de globalização, aliada a grande necessidade de medir fatores como preço, custos, qualidade, tempo e inovação, estimulam a necessidade da utilização da contabilidade gerencial.
Contudo é importante conhecer o pensamento de Padoveze(2005, p.3) que defende a ideia de que, “as empresas nascem a partir de investimentos nas operações necessárias para vender os produtos e serviços escolhidos”.
Em virtude dos pontos relatados pode-se perceber que a utilização da contabilidade gerencial é fundamental para o desenvolvimento financeiro e social das empresas.
Sendo assim torna-se cada vez mais imprescindível a utilização dessa ferramenta dentro das Empresas de Médioe Pequeno Porte que estão buscando de forma continua o crescimento no mercado.
3 APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NAS EMPRESAS DE MÉDIO E PEQUENO PORTE
No Brasil a maioria das empresas constituídas no mercado é formada por empresas de médio e pequeno porte que contribuem de forma significativa para a economia do país. Estas empresas são grandes geradoras de empregos, contribuindo assim para o crescimento econômico da população brasileira.
Apesar dos esforços que muitas empresas de médio e pequeno porte realizam para se manterem competitivas no mercado, é certo dizer que estas também passam por muitas dificuldades, gerando assim um alto índice de organizações desse porte que acabam fechando suas portas por falta de um gerenciamento contábil eficiente, algumas das causas estão relacionadas, com a não realização de um estudo de mercado, a não criação de plano de negocio, mais o principal fator é a não aplicação e utilização da contabilidade gerencial que provoca a falência das mesmas. 
Essas empresas devem utilizar a contabilidade na realização das suas atividades, para que assim possa ter um maior controle das atividades financeiras e econômicas da empresa durante o exercício. A contabilidade é a escrituração das transformações sofridas pelo patrimônio durante o exercício de suas atividades, com a escrituração contábil dos profissionais da contabilidade, gestores e/ou diretores da empresa terão condições de executar suas atividades e alcançar as metas estipuladas como,por exemplo, a obtenção de lucro e também diminuindo os fatores de risco para uma falência no futuro.
A contabilidade tem como finalidade fornecer informações que auxiliem na tomada de decisão, sendo esse o objetivo maior da ciência contábil. A contabilidade também proporciona uma maior eficiência na aplicação e na operacionalização das atividades, podendo captar, mensurar, registrar e interpretar os dados e que posteriormente serão transformados em informações que serão oportunas e relevantes para a tomada de decisão. Em virtude disso uma empresa que não se utiliza da contabilidade, é uma empresa sem possibilidades de vida.
Segundo Silva (2002, p.23) “uma empresa sem Contabilidade é uma entidade sem memória, sem identidade e sem as mínimas condições de sobreviver ou de planejar seu crescimento”.
Dessa maneira, a contabilidade gerencial aparece como uma ferramenta imprescindível para as organizações, à mesma será um apoio sobre o qual sustentará a administração das empresas de médio e pequeno porte em suas decisões gerenciais.
Iudícibus (1994, p.26) define o objetivo da contabilidade como sendo o de: “[...] fornecer informação econômica relevante para que cada usuário possa tomar suas decisões e realizar seus julgamentos com segurança”. A partir daí o usuário poderá retirar informações que possa auxiliam no crescimento e fortalecimento.
Sua utilização nas empresas de médio e pequeno porte é de grande relevância, pois muitas vezes a administração da empresa não tem condições de tomar decisões sem o uso de uma informação confiável e segura. Com o uso da mesma ela poderá fornecer subsídios essenciais para seu desenvolvimento e instabilidade no mercado competitivo.
Nesse aspecto, Iudícibus (1994, p.26) afirma que “a contabilidade assume seu papel principal, ou seja, o de apoiar o gestor em suas decisões, e dar maior segurança aos seus julgamentos”.
A contabilidade gerencial se utilizada de forma correta serve para as referidas empresas como um suporte para o desenvolvimento das mesmas. Cabe ao profissional da contabilidade mostrar aos gestores qual o melhor caminho a seguir. Sendo que este profissional é o responsável em transformar dados em informações para a tomada de decisão.Com isso esse profissional tem que esta sempre no processo de renovação se adequando aos diversos tipos de empresa, em especial as empresas de médio e pequeno que são as mais afetadas no mercado atual.
Para Iudícibus (1996, p.17), um contador gerencial, “[...] deve ser elemento com formação bastante ampla, inclusive com conhecimento, senão das técnicas, pelo menos dos objetivos ou resultados que podem ser alcançados com métodos quantitativos”. 
A maioria dos empresários geralmente não reconhece o devido valor da contabilidade como instrumento de apoio, apenas vê o contador como a pessoa que cuida de toda a parte burocrática e das obrigações acessórias inerentes às empresas deixando de perceber que a contabilidade serve como um suporte a administração.
	É muito importante para a administração das empresas fazer uma comparação de sua atuação no passado para que possa melhorar e aumentar sua rentabilidade no futuro. E isso só se tornará possível através dos relatórios contábeis e financeiros produzidos pelo profissional atuante da contabilidade gerencial. Por tanto se torna necessário que o referido profissional conheça a fundo os demonstrativos contábeis e financeiros.
3.1 Demonstrativos Contábeis
Os demonstrativos contábeis são a parte essencial para a realização de um bom relatório, sendo utilizada como um artifício que identifica detalhadamente os bens, obrigações e o patrimônio da empresa. 
Segundo o IBRACON (NPC 27) as demonstrações contábeis são:
“uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados”.
Tais demonstrações são usadas pela parte administrativa da empresa para demonstrar os bens, direitos e obrigações da organização, bem como toda a situação patrimonial da mesma para que assim os gestores tenham embasamentos para tomarem as melhores decisões. 
Segundo a Lei 6.404/76, as demonstrações contábeis são utilizadas pelos administradores para prestar contas sobre os aspectos públicos de responsabilidade da empresa perante aos acionistas, o governo e a comunidade em geral.
Essas demonstrações devem ser de modo que usuários de tais informações que não tenham um conhecimento muito vasto acerca da contabilidade possam entender suas especificações. As informações fornecidas por essas demonstrações devem ser complacentes para as necessidades dos usuários. 
Conforme Conselho Regional de Contabilidade do Paraná o objetivo das demonstrações contábeis para as empresas de médio e pequeno porte é: 
Oferecer informações sobre a posição financeira (balanço patrimonial), o desempenho (resultado e resultado abrangente) e fluxos de caixa da entidade, uteis para a tomada de decisão por vasta gama de usuários que não estão em posição de exigir relatórios feitos sob medida para atender suas necessidades particulares de informação.
É de fundamental importância interpretar de forma correta as informações fornecidas pelos demonstrativos contábeis, para que se possa entender sobre o funcionamento financeiro da empresa.
	
Quadro 2 – Resumo das Demonstrações Contábeis Obrigatórias
	DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL
	PMEs
(NBC TG
1000)
	ENTIDADES SEM
FINALIDADE DE
LUCROS (ITG
2002)
	EMPRESAS DE
CAPITAL ABERTO
PORTE (IRFS
COMPLETO)
	Balanço Patrimonial
	Obrigatório 
	Obrigatório
	Obrigatório
	Dre
	Obrigatório
	Obrigatório
	Obrigatório
	Demonstração Do Resultado Abrangente
	Pode ser 
substituída
pela DLPA
	Não Exigido
	Obrigatório
	Demonstração De Lucros 
(Prejuízos) Acumulados
	Facultativo
	Não Exigido
	Não exigido
	Demonstração das Mutações 
do Patrimônio Líquido
	Pode ser 
substituída
pela DLPA
	Obrigatório
	Obrigatório
	Demonstração dos Fluxos de 
Caixa
	Facultativo
	Obrigatório
	Obrigatório
	Demonstração do Valor 
Adicionado
	Facultativo
	Não exigido
	Obrigatório
	Notas Explicativas
	Obrigatório
	Facultativo 
	Obrigatório
Fonte: Conselho Regional de Contabilidade do Paraná(2013)
Portanto para que demonstrações contábeis possam auxiliar os gestores na tomada de decisão de forma segura, a mesma tem que apresentar as seguintes características: compreensibilidade, relevância, materialidade, confiabilidade, prudência, integralidade, comparabilidade, tempestividade, equilíbrio entre custo e beneficio, dentre outros.
3.1.1 Balanço patrimonial
Entre as demonstrações financeiras temos Balanço Patrimonial, que identifica a situação patrimonial da empresa num dado momento.
O Balanço Patrimonial é o principal relatório da posição da empresa Iudicibus & Marion (2000, p. 185) definem que:
Balanço Patrimonial é a peça contábil que retrata a posição das contas de uma entidade após todos os lançamentos das operações de um período terem sido feitos, após todos os provisionamentos e ajustes, bem como após o encerramento das contas de Receita e Despesa também terem sido executados.
Para Lunkes (2007), o balanço patrimonial: a demonstração contábil que evidencia de forma quantitativa e qualitativa a situação patrimonial em um determinado período de tempo, geralmente no final de cada exercício anual.
Esta peça contábil é o principal instrumento de análise financeira utilizado pelo contador na observação da posição da empresa. Através dele, podem-se calcular índices como o de liquidez ou de endividamento, e também informações sobre o patrimônio da entidade, gerando segurança ao investidor.
Os lançamentos contábeis são feitos de acordo com o regime de competência, ou seja, pertencem ao exercício em que ocorreu o fato gerador, independente de pagamento ou recebimento de vendas.
Segundo Iudicibus (1995, p. 34), o Balanço é composto por três elementos básicos, conforme demonstrado no quadro 3:
Quadro 3 – Estrutura Básica do Balanço Patrimonial
	BALANÇO PATRIMONIAL
	ATIVO
	PASSIVO
PATRIMÔNIO LIQUIDO
Fonte: Própria do autor 
O Ativo representa os bens e direitos das organizações, dentre as principais contas presentes no conjunto do ativo podem-se citar: banco conta movimento, imóveis, estoque e caixa. O ativo representa as disponibilidades que a empresa pode utilizar para saldar suas obrigações. As contas do Ativo estão agrupadas de acordo com o Grau de Liquidez, isto é a capacidade de transformação em dinheiro, por exemplo a primeira conta do balanço é o caixa pois, ele representa o dinheiro em espécie que a empresa possui.
O Passivo busca representar as obrigações com terceiros, tais como: contas a pagar, empréstimos a pagar e, etc. O passivo são compromissos que empresa tem contra seus recursos ou ativos, ou seja, são as obrigações da empresa. As contas do Passivo são agrupadas de acordo com o grau de exigibilidade.
No Patrimônio Líquido (diferença entre o ativo e o passivo) estão representados os compromissos contra os recursos ou ativos da organização. Seu valor representa o patrimônio firmado pelos sócios no inicio da abertura da organização. 
3.1.2 Demonstração do resultado do exercício
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) constitui-se num relatório resumido, que contem todas as receitas e despesas, e um dos valores mais significativos para os empresários: o lucro líquido do período, fornecendo assim informações significativas sobre a empresa.
Este demonstrativo é considerado dinâmico, pois mostra a apurações por período das contas de resultado da entidade.
A demonstração do Resultado, segundo Iudicibus & Marion (2000:197), "é a principal demonstração de fluxos. Compara receitas e despesa do período [...] apurando um resultado que pode ser positivo, negativo ou nulo”.
	De acordo com Lunkes (2007, p. 38): 
A demonstração do resultado do exercício é o relatório contábil destinado a evidenciar a composição das operações da empresa no período. [...]. A DRE reflete os efeitos das decisões operacionais do desempenho empresarial e no resultado da contabilidade decorrente de lucro ou prejuízo para os donos do negocio de um determinado período.
Neste contexto pode-se afirmar que através desse demonstrativo o administrador conhece o real desempenho da empresa, em relação às operações realizadas na empresa ao lucro ou prejuízo obtido no período. Dessa forma a Demonstração do Resultado evidencia de forma clara os lucros ou prejuízos obtidos ao final de um exercício financeiro. 
Na sequencia é apresentado o quadro 4 com um exemplo de Demonstração do Resultado do Exercício. 
Quadro 4 – Exemplo de Demonstração do Resultado do Exercício
	VENDAS DE MERCADORIAS, PRODUTOS E SERVIÇOS
	R$
	Vendas de Mercadorias 
	
	Vendas de Produtos 
	
	Vendas de Serviços 
	
	(-) Deduções com Impostos, Devoluções e Descontos
	
	= RECEITA LÍQUIDA
	
	(-) CUSTO DAS VENDAS
	
	Custo das Mercadorias Vendidas 
	
	Custo dos Produtos Vendidos 
	
	Custo dos Serviços Prestados 
	
	= LUCRO BRUTO
	
	(-) DESPESAS OPERACIONAIS
	
	Despesas com Pessoal 
	
	Despesas Administrativas 
	
	Despesas de Vendas 
	
	Despesas Tributárias 
	
	Depreciação e Amortização 
	
	Perdas Diversas
	
	(+/-) RESULTADO FINANCEIRO
	
	Receitas Financeiras 
	
	(-) Despesas Financeiras 
	
	(+) OUTRAS RECEITAS
	
	(-) OUTRAS DESPESAS
	
	= RESULTADO ANTES DAS DESPESAS COM TRIBUTOS 
	
	SOBRE O LUCRO (*) 
	
	(-) Despesa com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica 
	
	(-) Despesa com Contribuição Social 
	
	= RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	
Fonte: Própria do autor
	Na DRE encontram-se evidenciadas todas as receitas, despesas, custos, ganhos e perdas do período, detalhadas de forma que se possa diferenciar o resultado bruto, resultado operacional e resultado liquido do período. 
3.1.3 Demonstração do fluxo de caixa
	A demonstração do fluxo de caixa é a demonstração que representa de forma clara, quais foram às saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo.	
Segundo Padoveze (2010) É importante ressaltar que o fluxo de caixa pode ser elaborado por consulta e reacumulação de dados das contas representativas das disponibilidades, bancos e aplicações financeiras. A seguir é apresentado um modelo DFC.quadro 5.
Quadro 5 – Exemplo de Demonstração de Fluxo de Caixa
	DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
	
	ATIVIDADES OPERACIONAIS
	
	Recebimentos de clientes
	
	Pagamento de fornecedor
	
	Pagamento de despesas 
	
	Caixa líquido atividades operacionais
	
	
	
	ATIVIDADES DE INVESTIMNETOS 
	
	Aquisição de ações( part. Outras cias)
	
	Aquisição de móveis e utensílios 
	
	Aquisição de terrenos 
	
	Caixa líquido atividades de investimento
	
	
	
	ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
	
	Aquisição empréstimos curto prazo
	
	Aumento de capital
	
	Pagamento de dividendos 
	
	Caixa líquido atividades de financiamento
	
	
	
	Variação de caixa e equipamentos 
	
	Saldo inicial de caixa e equipamentos
	
	Saldo final de caixa e equipamentos 
	
	
	
Fonte: Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (2013)
A demonstração do resultado do proporciona uma visão formidável da atuação da empresa, mas, por causa do Regime de Competência, ele não satisfaz, necessariamente, a iguais movimentações do período. Entretanto, como os resultados são apurados não só para a empresa, mas também para todo o meio externo como bancos e financeiras, praticamente sempre há uma diferença entre o resultado e o fluxo de caixa.
	Segundo Lunkes (2007, pg.40) “A demonstração do fluxo de caixa é a operação que captura os resultados operacionais atuais as mudanças ocorridas no balanço patrimonial”.
O método de montagem da DFC pode variar. Esta variação pode se dar de duas formas, método direto e método indireto.
No método indireto Marion define que: “a Demonstração do Fluxo de Caixa pelo mostra quais foram às alterações no giro (Ativo Circulante e Passivo Circulante) que provocaram aumento ou diminuição no Caixa, sem explicar diretamente as entradas e saídas de dinheiro”.
O Método Direto, conhecido como a abordagem das contas T (T Account Approach), é utilizado nos recebimentos e pagamentos de uma empresa utilizando as partidas dobradas. Segundo alguns estudiosos como a equipe de professores da FEA/USP (2010), a vantagem dessemétodo é que permite gerar informações com base em critérios técnicos, eliminando, assim, qualquer interferência da legislação fiscal.
Já o método indireto é caracterizado por apresentar o fluxo de caixa líquido procedente da movimentação das contas que influenciam na cotação dos fluxos de caixa das atividades operacionais, investimentos e de financiamentos.
3.1.4 Notas explicativas
	As notas explicativas representam um complemento obrigatório das demonstrações contábeis a serem utilizadas pelas empresas.
De acordo com CRC do Paraná, as demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas que contenham, pelo menos, as seguintes informações:
(a) contexto operacional da entidade, incluindo a natureza social e econômica e os objetivos sociais;
(b) os critérios de apuração da receita e da despesa, especialmente com gratuidade, doação, subvenção, contribuição e aplicação de recursos;
(c) a renúncia fiscal relacionada com a atividade deve ser evidenciada nas demonstrações contábeis como se a obrigação devida fosse;
(d) as subvenções recebidas pela entidade, à aplicação dos recursos e as responsabilidades decorrentes dessas subvenções;
(e) os recursos de aplicação restrita e as responsabilidades decorrentes de tais recursos;
(f) os recursos sujeitos a restrição ou vinculação por parte do doador;
(g) eventos subsequentes à data do encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da entidade;
(h) as taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações em longo prazo;
(i) informações sobre os seguros contratados;
(j) a entidade educacional de ensino superior deve evidenciar a adequação da receita com a despesa de pessoal, segundo parâmetros estabelecidos pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação e sua regulamentação;
(k) os critérios e procedimentos do registro contábil de depreciação, amortização e exaustão do ativo imobilizado, devendo ser observada a obrigatoriedade do reconhecimento com base em estimativa da sua vida útil;
(m) segregar os atendimentos com recursos próprios dos demais atendimentos realizados pela entidade;
(n) todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma segregada, destacando aquelas que devem ser utilizadas na prestação de contas nos órgãos governamentais, apresentando dados quantitativos, ou seja, valores dos benefícios, número de atendidos, número de atendimentos, número de bolsistas com valores e percentuais representativos;
(o) a entidade deve demonstrar, comparativamente, o custo e o valor reconhecido quando este valor não cobrir os custos dos serviços prestados.
	As Notas Explicativas têm como finalidade o fornecimento de informações adicionais para sanar as possíveis dúvidas sobre o patrimônio da entidade, isto é sobre o saldo de determinadas contas que possam causar alterações no resultado patrimonial da empresa, bem como são usadas ainda para esclarecer termos técnicos advindos da Contabilidade. 
Dessa forma as notas explicativas tem o papel de esclarecer os itens publicados nas demonstrações contábeis obrigatórias. Através das demonstrações contábeis e financeiras podemos elaborar várias análises, dentre elas a análise por índices ou indicadores financeiros.
3.2 Índices financeiros e econômicos
Em relação à análise financeira, os índices financeiros são de suma relevância, pois serão estes que fornecerão as informações necessárias ao empresário, e este por sua vez fará uso desses índices que beneficiarão em sua administração.
Os indicadores econômico-financeiros são os elementos que tradicionalmente representam o conceito de análise de balanço. São cálculos matemáticos efetuados a partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, procurando números que ajudem no processo de clarificação do entendimento da situação da empresa, em seus aspectos patrimoniais, financeiros e de rentabilidade. (PADOVEZE, 2010 p.208) 
	O contador pode-se utilizar destes índices para auxiliar na tomada de decisões dentro da empresa, pois estes relatórios podem fornecer informações de grande importância para organização. Logo “o objetivo básico dos indicadores econômico-financeiro é evidenciar a situação atual da empresa, ao mesmo tempo que tenta inferir o que pode acontecer no futuro, com a empresa, caso aquela situação detectada pelos indicadores tenha sequência”. (CREPALDI, 2009 p.208).
	Segundo Padoveze (2008) “não há necessidade de muitos indicadores”. Os essenciais para que seja feita uma boa contabilidade gerencial são: os índices de Liquidez, os índices de endividamento e os de Rentabilidade.
3.2.1 Índice de liquidez
	Os índices de liquidez medem a capacidade da empresa em saldar suas dividas em curto, médio e longo prazo. São eles Liquidez corrente, liquidez seca, liquidez imediata, liquidez geral e endividamento. Tais índices servem para evidenciar a capacidade da existência ou não de solidez financeira que garanta o pagamento dos compromissos com terceiros.
	Se os índices financeiros forem maiores ou igual a 1 temos a informação que a empresa possui saldo positivo, pois para cada um real de divida a empresa possui um valor superior em recursos para efetuar o pagamento. O mesmo sentido vale para os índices inferiores a 1.
	De acordo com Padoveze (2010, pg. 215), nada impedi que a analise tendencial extraordinária aconteça (falência de bancos e perdas e aplicações financeiras, falência de um grande cliente, destruição de estoques etc.) fazendo com que a situação evidenciada pelos seus indicadores sofra mudança brusca.
A seguir é apresentado o quadro 6 com os índices de liquidez e suas respectivas formulas.
Quadro 6 – Índices de liquidez
	INDICES DE LIQUIDEZ 
	Liquidez Geral (LG)
	Ativo Circulante + Ativo real. L.P.
Passivo Circ. + Passivo exig. L.P.
	Liquidez corrente (LC)
	Ativo circulante
Passivo circulante
	Liquidez seca (LS)
	Ativo circ. – Estoques
passivo circulante
	Liquidez imediata (LI)
	D i s p o n í v e l
Passivo Circulante
Fonte: Própria do autor
Os índices são de suma relevância dentro das organizações, pois servem como indicadores para direcionar as decisões dos gestores da empresa, uma vez que indicam a situação desta, para assim projetar o futuro da organizacional.
3.2.2 Índice de rentabilidade
Os índices de rentabilidade demonstram o quanto renderam os investimentos efetuados pela empresa. A rentabilidade pode ser percebida como o grau de ordenado de um negócio. Retorno é o lucro obtido pela empresa. Portanto, pode ser avaliada a lucratividade de um negócio e também as categorias ao que o lucro é gerado.
Os indicadores de rentabilidade são, entre outros, os que mais interessam aos sócios, por demonstrarem a ordenado dos recursos aplicados. Segundo Vasconcelos (2005, p. 138), no cálculo de indicadores de rentabilidade, o analista poderá usar diversos conceitos de lucro (do lucro bruto ao lucro líquido). 
Rentabilidade do patrimônio liquido (RPL) - representa a lucratividade obtida pela empresa. 
RPL =Lucro Liquido
 Patrimônio Líquido
Rentabilidade do ativo total ( RAT)- indica quanto foi obtido em lucro para cada real aplicado.
RAT = Lucro Liquido
 Ativo Total 
Tanto o RPL como o RAT são índices de suma importância para a tomada de decisões, pois é a partir desses que o administrador saberá se os investimentos estão dando lucratividades a empresas e a quantidade de lucro que esses investimentos proporcionam, para analisar se os mesmos estão trazendo os resultados esperados.
3.2.3 Índice de endividamento
	Os índices de endividamento medem a formação da composição do ativo total da empresa, considerando a parcela de capital de terceiros. A partir desses índices o administrador conhece o real potencial da empresa em liquidar com suas obrigações. 
	Segundo IUDICIBUS & MARION (2008), são índices que mostram a relação de dependência da empresa com relação a capital de terceiros.
	O alvo fundamental é que este indicador índice precisa ser sempre inferior a 1,00. Indicadores superioresa 1,00 podem indicar um alto grau de endividamento da empresa através dos empréstimos e financiamentos já realizados.
	A formula para calcular este índice apresenta-se da seguinte forma:
Endividamento= Passivo circulante (+) Exigível a londo prazo
Patrimônio Liquido
	A seguir é apresentado o quadro 7 com os índices de endividamento.
Quadro 7 – Índices do endividamento
	Perfil do Endividamento(PE): indica a proporção de obrigação de curto prazo em relação às obrigações totais.
PE = passivo circulante x100
Exigível Total 
	Participação de capital de terceiros (PCT): representa quanto a empresa tomou emprestado de capital de terceiros para cada real de capital próprio.
PCT =Exigível Total
Patrimônio Líquido
	Grau de imobilização(GI); indica quantos reais foram aplicados no ativo permanente comparados com os recursos que compõem o Patrimônio Liquido.
GI= ativo permanente
Patrimônio Liquido
Fonte:Matarazzo (1998, p.159)
Os índices de endividamento estão relacionados a todas as obrigações que a empresa tem com terceiros, seja fornecedores ou investidores. Demonstra a situação do endividamento de todo capital que esta dispõe.
Contudo se entende que, os índices precisam ser, além de compreendidos, utilizados de forma correta, pois um relatório de analise deve ser integrado. Deve mostrar que as partes formam o todo e que somente a partir do todo podemos tirar conclusões que venham a ajudar no processo de tomada de decisão. 
4 METODOLOGIA
A metodologia em um trabalho científico consiste em evidenciar de forma minuciosa todas as práticas que foram realizadas até se chegar aos resultados que atendam a problemática do estudo.
Neste contexto, através do método pode-se chegar a conhecimentos apropriados e verdadeiros, projetando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista (LAKATOS, 2003).
É por meio da metodologia que será exposto como foi feito o trabalho, com quais as ferramentas utilizadas, onde foi realizado e o período de realização.
4.1 Tipos de pesquisa
Para realização deste trabalho foi desenvolvido um levantamento bibliográfico em livros e trabalhos científicos publicados em revistas especializadas, que abordam a respeito do objeto de estudo. De acordo com Gil (2002), a pesquisa bibliográfica caracteriza-se como aquela que seu desenvolvimento terá como base material já elaborado.
Para evidenciar qual a utilização da contabilidade gerencial nas empresas de médio e pequeno porte do Município de Barras, foi realizada uma pesquisa de campo, com a aplicação de um questionário.
4.2 Sujeitos da pesquisa
Para uma coleta de dados satisfatória perante a relevância do tema abordado, a pesquisa teve como universo as empresas de médio e pequeno porte do município de Barras. Onde foram selecionadas como amostra 15 empresas que atuam em diversos segmentos. 
De acordo com Beuren (2004), um estudo científico no campo das ciências sociais pode ser realizado mediante estudo amostral, utilizando pequena parte dos elementos de um universo da pesquisa.
Portanto, foram selecionadas organizações nos diversos setores do comércio de Barras, situados no Centro da cidade, da seguinte forma; papelaria, 02 empresas; setor de produtos alimentícios, 06 empresas; setor de moveis e eletrodomésticos, 03 empresas; material de construção, 03 empresas e 01 farmácia.
4.3 Coleta de dados
O processo de coleta de dados aconteceu nos dias 12(doze) a 19(dezenove) de novembro de 2014, com o objetivo de coletar dados para análise da utilização da contabilidade gerencial, e sua influencia na tomada de decisão das empresas de médio e pequeno porte.
Para tanto, o instrumento utilizado para a coleta de dados foi à aplicação de um questionário contendo 10 questões abertas e fechadas, que se encontra no Apêndice A ao fim deste trabalho.
O questionário, nas ideias de Beuren (2004, p. 130), “é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante, sem a presença do pesquisador”.
As visitas às empresas aconteceram no período relatado acima onde o questionário era entregue ao proprietário ou gerente das organizações e devolvido respondido em 72 horas.
5 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS DADOS
A pesquisa que aqui se apresenta foi realizada junto às empresas de médio e pequeno porte que trabalham na venda de produtos alimentícios, móveis e produtos variados (papelaria, vestuário e eletroeletrônicos), no período de 12 a 19 de novembro de 2014. A pesquisa contou com a participação de 15(quinze) empresas do Município de Barras-PI.
Para este momento, segundo Beuren (2004, p. 136) “analisar dados significa trabalhar com todo material obtido durante o processo de investigação”.
 Os dados obtidos nos questionários são apresentados através de gráficos na seção 5.1 que mostra de forma fidedigna os resultados encontrados.
5.1 Apresentação dos dados da pesquisa
A primeira pergunta realizada aos empresários durante a pesquisa foi do tipo fechada e estava relacionada com a formação acadêmica dos mesmos, tinha como alternativa, sim ou não, conforme será demonstrado no gráfico a seguir. 
Gráfico 1 – Formação de Nível Superior
 Fonte: Própria do autor 
De acordo com o que mostra o gráfico, pode-se observar que 20% dos entrevistados possuem nível superior e 80% concluíram apenas o ensino médio.
A segunda pergunta realizada também foi do tipo fechada, na qual indagava como está enquadrada a empresa conforme o faturamento anual, tinha-se como alternativa médio e pequeno porte. Conforme mostra o gráfico 2.
Gráfico 2 – Enquadramento da empresa conforme faturamento anual
	
 Fonte: Própria do autor
De acordo com o que mostra o gráfico do Município de Barras possui 93%.de empresas de pequeno porte e apenas 7% empresas de médio porte.
A terceira pergunta foi sobre o tempo de permanência da empresa no mercado, as alternativas apresentadas no questionário foram, menos de 5 anos e mais de 10 anos, cujo resultado está demostrado a seguir pelo gráfico 3.
Gráfico 3 – Tempo de atuação da empresa no mercado
 Fonte: Própria do autor
De acordo com o que mostra o gráfico 20% dos entrevistados estão a menos de 5 anos no mercado e 80% já estão a mais de 10 anos.
Foi colocada em pauta como quinta pergunta, do tipo fechada, o conhecimento dos empresários a respeito da contabilidade gerencial, onde as alternativas apresentadas forma sim ou não, demonstrada no gráfico abaixo.
GRÁFICO 4- CONTABILIDADE DA EMPRESA
 Fonte: próprio autor
De acordo com o demonstrado no gráfico 4,100% dos entrevistados tem a contabilidade de suas empresas realizadas por profissionais terceirizados, evidenciando assim que nenhuma, ou seja, 0% possui contabilidade interna.
A quinta pergunta realizada aos empresários foi uma pergunta fechada, onde foi indagada sobre o conhecimento dos empresários a respeito da contabilidade gerencial, onde as alternativas apresentadas no questionário eram sim ou não, conforme demonstra o gráfico a seguir:
Gráfico 5- Conhecimento acerca da contabilidade gerencial
 
 Fonte: próprio autor
De acordo com o demonstrado no gráfico 5, 73% dos entrevistados possui algum conhecimento sobre a existência da contabilidade gerencial e 27%desconhece este ramo da contabilidade.
A sexta pergunta realizada aos empresários foi sobre qual a importância da contabilidade para sua empresa, onde se oferecia como alternativa muito importante, importante, não tem importância, conforme é demonstrado no gráfico a seguir:
Gráfico 6- Importância da contabilidade para empresa.
 Fonte: próprio autor
De acordo com o demonstrado no gráfico 6, 100% dos entrevistados consideram que a contabilidade gerencial é de suma importância para as empresas.
A sétima pergunta feita aos empresários foi caráter aberto, onde a mesma tinha como foco a base adotada para tomar decisão dentro da empresa,conforme mostra o gráfico a seguir.
Gráfico 7- Base para as decisões tomadas na empresa
.
 Fonte: próprio autor
Sobre a tomada de decisões, 15% dos entrevistados se apoiam nas experiências dos próprios proprietários, 55% demandam suas decisões de acordo com o que mostra o mercado e 30% se baseiam conforme o faturamento mensal.
	A oitava pergunta também foi de caráter aberto, onde se perguntava ao empresário qual a utilidade da contabilidade para seu tipo de negocio.
Gráfico 8 A utilidade da contabilidade para o seu tipo de negócio
 Fonte: próprio autor
Sobre a utilidade da contabilidade para os negócios dos entrevistados,100% responderam que é para atender somente às obrigações fiscais.
A nona pergunta foi de caráter fechado e diz respeito à utilização dos relatórios contábeis por parte dos empresários.
Gráfico 9 A utilidade dos relatórios contábeis
 Fonte: próprio autor
De acordo com o demonstrado no gráfico 9, 70% dos entrevistados utilizam as informações dos relatórios contábeis para o melhor desempenho da sua empresa e apenas 30% não utilizam tais informações.
A décima pergunta está relacionada à finalidade da utilização dos relatórios contábeis, buscou-se nessa pergunta entender para que os empresários utilizam os relatórios advindos da contabilidade.
Gráfico 10- Para que utilizam os relatórios contábeis
 Fonte: próprio autor
Sobre para as empresas utilizam os relatórios 90% dos entrevistados disseram que utilizam para tirar duvidas sobre o fluxo de caixa e 10% para saber se a empresa esta apta para novos investimentos.
5.2 Análise dos dados
Pode-se dizer que as empresas de médio e pequeno porte representam uma parcela considerável na movimentação da economia barrense.Desta forma, buscou-se com esta pesquisa de campo, tomar conhecimento acercada utilização da contabilidade gerencial pelas referidas empresas.
Inicialmente, buscou-se conhecer o grau de escolaridade dos empresários, seguido o enquadramento das empresas conforme o faturamento e logo após, o tempo de atuação destas empresas na cidade sede da pesquisa. Sobre o assunto constatou-se que a maioria já está nesse segmento de mercado a mais de dez anos.
Sobre os aspectos contábeis das empresas entrevistadas, ficou constatado que todas possuem uma empresa terceirizada que realizam os seus serviços contábeis. É fato observar que, sendo estas empresas de médio e pequeno porte, optaram por um serviço terceirizado tendo em vista que o custo acaba sendo menor do que manter um profissional dentro da empresa, assim como sistemas contábeis, que agregam ainda maior valor com a manutenção e atualização, notando assim que um serviço terceirizado tem atendido às necessidades desses clientes.
Sobre o conhecimento que os entrevistados tinham a respeito da contabilidade gerencialconstatou-se que a maior parte deles tem algum conhecimento acerca da ramificação acima citada. Diante das respostas pode-se observar que a referida área de atuação do contador vem ganhando conhecimento ao longo dos anos.
Quando se pergunta sobre a importância da contabilidade gerencial, todos os entrevistados a vê como uma ferramenta muito importante para o processo decisório. As respostas condizem com o pensamento dePadoveze (2010) quando afirma que a contabilidade gerencial está voltada para a informação contábil que pode auxiliar gestores na tomada de decisão.
Iudícibus (1998, p.21), por exemplo, afirma ser a Contabilidade Gerencial.
[...] todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábil feito ‘sob medida’ para que a administração os utilize na tomada de decisões entre alternativas conflitantes, ou na avaliação de desempenho.
Na visão de Crepaldi (1998, p.18):
Contabilidade Gerencial é o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informação gerencial.
A pesquisa também mostrou que a maioria dos empresários do Município de Barras se baseia no mercado e no faturamento mensal para a tomada de decisão. Constatou-se também que as empresas utilizam a contabilidade somente para fins fiscais. Entretanto pode-se observar que apesar de terem conhecimento sobre a contabilidade e seus benefícios, os empresários não recorrem ao um profissional contábil para buscar informações sobre sua empresa, ou seja, tem conhecimento, mas não a utilizam para a obtenção de informações uteis e relevantes que possam auxiliar no processo decisório.
Quando indagados sobre a utilização dos relatórios contábeis, a maioria afirmou que não utiliza as informações fornecidas por estes relatórios.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho identificou a importância e a participação das pequenas e médias empresas no município de Barras- PI. Identificado que as empresas de médio e pequeno porte contribuem de maneira significativa para a geração de empregos e riquezas, o que mostra sua vital importância no PIB nacional.
Foram mostradas ferramentas da contabilidade gerencial que aplicadas às empresas de médio e pequeno porte serão de grande utilidade na tomada de decisão, gerenciamento e planejamento dessas empresas, podendo de ser bastante relevante quando se trata da longevidade da empresa.
Dessa forma pode-se dizer que a contabilidade é uma ferramenta indispensável, que pode amparar as empresas em todo seu processo administrativo, financeiro e decisório. Com isso constata-se que fica respondida a questão problema desse trabalho, bem como os objetivos propostos.
O primeiro objetivo especifico, que tinha como foco relatar a importância da Contabilidade Gerencial no mundo atual, foi respondido como o tópico 2.2.1 que trata do assunto e descreve de forma sucinta a relevância desta ciência para a atualidade . È importante ressaltar as empresas de médio e pequeno porte representante uma parte muito importante na economia brasileira e apresenta de forma impar um quadro de geração de emprego.
O segundo objetivo especifico, buscou evidenciar como a Contabilidade Gerencial pode contribuir para o desenvolvimento das empresas, retratado no tópico 2.2.2, onde foi possível observar como se dá esta contribuição e qual a melhor forma de se utilizar as informações que esta ciência pode trazer para as empresas focadas neste estudo.
O terceiro objetivo especifico procurou expor como a utilização dos relatórios e das demonstrações contábeis e financeiras podem auxiliar os gestores na tomada de decisão, através deste objetivo o trabalho descreve os principais relatórios utilizados pelas empresas de médio e pequeno porte, relatando como cada um pode auxiliar os gestores e que tipo de informação cada relatório fornece.
O quarto objetivo especifico que tinha como foco identificar qual a utilização da pela Contabilidade Gerencial nas empresas de médio e pequeno porte do Município de Barras foi respondido através da pesquisa de campo, onde a mesma demonstrou que embora a contabilidade gerencial seja conhecida pela maioria dos empresários, eles ainda não a utilizam como recurso primordial no processo de tomada de decisão.
De acordo com os dados da pesquisa pode-se observar que muitos empresários conhecem a importância e a segurança que a contabilidade pode oferecer para seu tipo de negocio, mas ainda não utiliza as informações fornecidas pela mesma.
Ficou claro durante todo o trabalho que a contabilidade gerencial é de suma relevância, pois tem o papel de ser uma ferramenta capaz de motivar e contribuir através de suas informações que auxiliam as empresas no crescimento e fortalecimento no mercado que é tão competitivo, mostrando qual o caminho a seguir.
Seria muito relevante para as empresas citadas neste estudo a utilização de todos os benefícios que a contabilidade gerencial pode fornecer, pois só assim as empresas de médio e pequeno porte poderiam ter subsídios suficientespara competir com grandes empresas instaladas no mercado atual. 
REFERENCIAS
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ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração de capital de giro. São Paulo: Atlas, 1997.
ABREU, Ari Ferreira de. Fundamentos de contabilidade: utilizando o EXCEL/Ari Ferreira de Abreu- São Paulo: Saraiva, 2006.
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Conselho Regional de Contabilidade do Paraná Práticas contábeis aplicadas: às PME, ME, EPP e entidades sem fins lucrativos / Conselho Regional de Contabilidade do Paraná. –Curitiba: CRCPR, 2013.
Contabilidade introdutória/equipe de professores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP; coordenação Sergio de Iudicibus. 11. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2004.
GONÇALVES, Márcia Regina. Os controles financeiros como ferramenta do processo de decisão nas micro e pequenas empresas. 2007. 140f. Monografia. Universidade de Taubaté. 2007.
HENDRIKSEN, E.S.; BREDA, M. F. Van. Teoria da contabilidade. 5. ed. São 
Paulo: Atlas, 1999.
http://www.portaldecontabilidade.com.br/ acessado em 15/09/14
http://www.portaleducacao.com.br/ acessado em 15/09/2014
MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 14° ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: contabilidade 
empresarial. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2005
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade gerencial: Um enfoque em sistema de informação contábil, ª Ed. São Paulo: Atlas, 
SÁ, Antônio Lopes de, Historia geral e das doutrinas da contabilidade, São Paulo: Atlas, 2009.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Apêndice 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI
CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR–CIES
NÚCLEO DE BARRAS – PI
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Questionário
1. Você possui alguma formação de nível superior?
( )sim ( )não
2. Como esta enquadrada sua empresa baseada no faturamento anual?
( ) pequeno porte (faturamento anual até R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
( ) médio porte (faturamento anual até R$...
3. Há quanto tempo sua empresa está no mercado?
( ) menos de 05 anos ( ) há mais de 10 anos 
4. Como é realizada a contabilidade da sua empresa?
( ) contador interno, funcionário da empresa
( ) contador ou escritório terceirizado
5. Você tem algum conhecimento a respeito da contabilidade gerencial?
( )sim ( )não
6. Se possui algum conhecimento, qual a importância da contabilidade gerencial para sua empresa?
( )muito importante ( )importante ( ) não tem importância 
7. Em que você se baseia para tomar decisões dentro da empresa?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8. Qual a utilidade da contabilidade para seu tipo de negocio?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
9. Sua empresa utiliza as informações dos relatórios contábeis?
( )sim ( )não
10. Em caso afirmativo para que utiliza essas informações?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
11. Sabe-se que vivemos em uma crise financeira onde com a crise pandêmica esta situação contribuiu mais ainda para o fechamentos de muitas empresas como você avalia a crise hoje
( ) ruim ( ) Não mudou muitos ( ) não co
Colunas1	SIM	NÃO	0.2	0.8	Colunas1	PEQUENO PORTE	MÉDIO PORTE	0.93	7.0000000000000021E-2	Colunas1	05 anos	10 anos	0.2	0.8	Colunas1	INTERNA	EXTERNA	0	1	Colunas1	SIM	NÃO	0.73000000000000065	0.27	Colunas1	MUITO IMPORTANTE	IMPORTANTE	NÃO TEM IMPORTANCIA	1	0	0	Colunas1	NAS EXPEREIÊNCIAS DO PROPRIO PROPRIETÁRIO	DE ACORDO COM QUE MOSTRA O MERCADO	COM BASE NO FATURAMENTO MENSAL	0.15000000000000016	0.55000000000000004	0.30000000000000032	Colunas1	PARA FINS FISCAIS	1	Colunas1	SIM	NÃO	0.30000000000000032	0.70000000000000062	Colunas1	FLUXO DE CAIXA	INVESTIMENTOS	0.9	0.1

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