Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Grupo de Estudo – Luto Infantil – Instituto Fratelli - 2021 Sabrina Feitosa A família atual é composta por mais mulheres no mercado de trabalho, menos filhos, mais idosos, tudo isso interfere no cuidado com o idoso. Como alternativa, os familiares encontram os asilos ou cuidadores para seus idosos. Em contrapartida, há lares em que a renda do idoso é a principal renda da casa (MARTINS, 2015). Segundo Concone (2007; como citado em MARTINS, 2015), o incômodo observado nas pessoas em compartilhar o mesmo ambiente com um idoso se encontra baseado no medo da morte. A presença do velho é como um sinalizador para quem o observa de que o tempo está passando, é um “gatilho” para entrar em contato com a própria finitude. Ainda de acordo com Concone, outro motivo para o mal estar em conviver com idosos está fundamentado no estereótipo de perda. A velhice é entendida por muitos como perda de independência e de saúde. E a isso se relaciona o medo de envelhecer. Também de acordo com Concone, o medo de parecer velho tem relação com o culto à juventude na sociedade contemporânea. → É o ser avós. Segundo Goldfarb e Lopes (2011. como citado em MARTINS, 2015), os idosos estariam sempre esperando a visita dos mais jovens, enquanto os mais jovens estariam sempre mais ocupados. Graças ao aumento da expectativa de vida, temos idosos exercendo a avosidade por mais tempo. O que tem lados positivos e negativos. É positivo que as pessoas vivam mais tempo, mas é negativo ter idosos que ainda são responsáveis pelo sustento de seus lares, pelo cuidados dos netos e que se frustram quando estes crescem e os “abandonam” e, por fim, o número de idosos com demência e relegados aos cuidados de terceiro também aumentou (MARTINS, 2015). Rifiotis (2005. p.138; como citado em MARTINS, 2015) definiu quatro desafios que a gerontologia enfrenta atualmente: 1. Desafio Ético da Minoridade: o idoso sendo visto como minoria não por ser minoria na população, mas sim por ser excluído em sociedade. 2. Desafio Teórico-ideológico: o idoso sendo visto em coletivo, sem ter sua individualidade valorizada. 3. Desafio da Indignação: sobre a violência sofrida por idosos e que, muitas vezes, é causada pelos próprios familiares. Porém, não busca a punição e sim o reajuste familiar. 4. Desafio da Rerritualização Vital: aumento da longevidade, o que faz com que o ciclo vital seja reavaliado. MARTINS, Alessandra Negrão Elias. Reflexões sobre "A Família e o Idoso". Revista Portal de Divulgação, [S.I.], n. 45, p. 49-56, 10 abr. 2015. Disponível em: https://1library.org/document/q737rovy- reflexoes-sobre-a-familia-e-o-idoso- reflexoes.html?utm_source=seo_title_list. Acesso em: 08 set. 2021. Veja também: O Legado de Paul B. Bates à Psicologia do Envelhecimento
Compartilhar