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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO DA SILVEIRA 
 IBMR - LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
FERNANDO DANTAS DE ARAUJO 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO DA 
DANÇA 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERNANDO DANTAS DE ARAUJO 
 
 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO DA 
DANÇA 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao IBMR - Laureate International Universities 
como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em 2017 
 
 
 
ORIENTADOR: Prof. MSc. Roberto Poton 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
FERNANDO DANTAS DE ARAUJO 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO DA DANÇA 
 
 
Monografia apresentada ao IBMR - Laureate 
International Universities como requisito parcial 
para a obtenção do grau de Bacharel em 
Educação Física 
 
 
 
ORIENTADOR: Prof. Msc Roberto Poton 
 
 
Aprovada em de de 2017. 
 
 Grau obtido ____ 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
Prof. Ddo Bruno Ramalho 
 
____________________________ 
Prof. Msc Caio Vicentini 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
Dedico esse trabalho aos meus pais, Paulo e Magali, que me educaram da melhor 
forma possível, me incentivaram e proporcionaram o melhor para o meu futuro. 
Ao meu irmão, Diogo, que sempre me incentivou a buscar meus objetivos. 
Aos meus tios e tias, que sempre estiveram presentes em minha vida e contribuíram de 
diversas formas para meu crescimento. 
Aos meus primos e primas que sempre incentivaram e acompanharam de perto toda 
minha trajetória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço, primeiramente, a Deus, que independente da situação, está me dando forças 
e iluminando meus caminhos. 
Ao universo, que me rodeia de energias positivas, possibilitando a melhor condição 
possível para realização do trabalho e outros objetivos de vida. 
Aos professores Bruno Ramalho, Carlos Eduardo Vicentini, Mauro Macedo e Sandro 
Carpenter, que foram fundamentais nesse processo de formação, compartilhando suas 
vivências e conhecimentos da melhor maneira possível. 
Em especial, ao Professor e Orientador Roberto Poton, que foi essencial para 
conclusão deste trabalho, além de contribuir positivamente para o modo de pensar e agir, não 
só na profissão, mas na vida. 
E aos meus amigos(as) e colegas de faculdade, que me deram forças e incentivo para 
continuar essa caminhada na vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
‘’A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por 
isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que 
a cortina se feche e a peça termine sem aplausos’’ 
 
Charles Chaplin 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
ARAUJO, F - A importância da preparação física no contexto da Dança. 2017. 40 folhas. 
Monografia – IBMR – Laureate International Universities. Rio de Janeiro, 2017. 
 
Para se atingir um nível considerado avançado na Dança, um bailarino necessita aprimorar 
diversos aspectos físicos, entre eles, flexibilidade e força muscular, além de fundamentos 
específicos, que são adquiridos ao longo dos anos, mediante ao número de repetições e 
periodizações que são propostos pelo profissional, desde o momento em que o bailarino inicia 
seus estudos na dança. O estudo teve como objetivo identificar possíveis efeitos do 
treinamento físico em Dançarinos mediante à estratégias alternativas que possibilitem 
melhora das capacidades físicas do indivíduo praticante. A carência de estudos relacionados á 
preparação física na Dança é um fato, porém, os trabalhos encontrados apontam que 
estratégias periodizadas geram efeitos adicionais nos bailarinos, ocasionando na melhora das 
habilidades necessárias para execução dos movimentos de forma satisfatória, possibilitando 
uma evolução gradativa. 
 
Palavras-chave: Preparação Física, Dança, Treinamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
ARAUJO, F - The importance of physical preparation in the context of Dance. 2017. 40 
sheets. Monograph - IBMR - Laureate International Universities. Rio de Janeiro, 2017. 
 
 To reach a level considered advanced in Dance, a dancer needs to improve several physical 
aspects, among them, flexibility and muscular strength, as well as specific fundamentals, 
which are acquired over the years, through the number of repetitions and periodizations that 
are proposed by the professional, from the moment the dancer begins his studies in dance. The 
study aimed to identify possible effects of physical training on dancers through alternative 
strategies that allow improvement of the physical abilities of the practicing individual. The 
lack of studies related to physical preparation in Dance is a fact, however, the studies found 
that periodized strategies generate additional effects on dancers, resulting in the improvement 
of the skills required to perform the movements in a satisfactory way, allowing a gradual 
evolution. 
 
Keywords: Physical Preparation, Dance, Training. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 10 
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 12 
3. OBJETIVOS .................................................................................................................... 13 
3.1 Objetivo Geral .................................................................................................................... 13 
3.2 Objetivos Específicos ......................................................................................................... 13 
4. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................. 14 
4.1 A Dança .............................................................................................................................. 14 
4.2 Características ................................................................................................................... 16 
4.2.1 Força ................................................................................................................................ 16 
4.2.2 Potência ........................................................................................................................... 17 
4.2.3 Equilíbrio ......................................................................................................................... 17 
4.2.4 Agilidade ......................................................................................................................... 17 
4.2.6 Flexibilidade .................................................................................................................... 18 
4.3 Treinamento ...................................................................................................................... 19 
4.3.1 Princípios Básicos ........................................................................................................... 20 
4.3.2.1 Princípio da Sobrecarga ................................................................................................ 20 
4.3.3.2 Princípio da Adaptação................................................................................................. 21 
4.3.3.3 Princípio da Especificidade .......................................................................................... 22 
4.3.3.4 Princípio da Individualidade Biológica ........................................................................ 22 
4.3.3.5 Princípio da Reversibilidade......................................................................................... 23 
4.3.3.6 Princípioda Variabilidade ............................................................................................ 23 
4.4 Periodização ...................................................................................................................... 24 
5. MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................... 26 
6. RESULTADOS ................................................................................................................ 28 
7. DISCUSSÃO .................................................................................................................... 31 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 37 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A dança pode ser classificada como uma atividade física (qualquer movimento 
corporal com gasto energético acima dos níveis de repouso) em propósito de apresentar 
componentes como: capacidades de força, resistência muscular e flexibilidade (PRATI E 
PRATI, 2006). 
 
Além disso, encontram-se na dança diversos estilos (exemplo: o street dance, jazz, 
ballet clássico, ballet contemporâneo, sapateado, dança contemporânea, entre outras) 
(ENUMO E SILVA, 2016), os quais apresentam características específicas, e distintas nos 
fatores históricos e técnicos exigindo do bailarino formação e conhecimentos específicos ao 
estilo praticado. 
 
 Em geral, os bailarinos têm sua iniciação à dança entre os três e cinco anos de idade, 
com caráter lúdico e descontraído (ENUMO E SILVA, 2016). Entretanto, antes de atingirem 
a puberdade (7-14 anos) já é possível identificar aspectos associados ao alto rendimento, 
tendo como exemplo: aumento no volume e intensidade de treinamento (ensaios; aulas), que 
podem promover a melhora da técnica e de componentes fisiológicos (aumento da força, 
melhora na flexibilidade, coordenação e agilidade, melhora na capacidade aeróbia). 
 
Os melhores estilos de dança à serem praticados com finalidade de incentivar as 
pessoas, são aqueles que desenvolvem cooperação, seja com um parceiro (a) ou dentro de um 
conjunto. Embora cada tipo tenha suas próprias qualidades e faça suas próprias demandas, 
deve haver algo adequado para quase todos, independentemente da localização (BREMER, 
2007). 
 
Independentemente da idade ou do objetivo, a dança permite experiências e 
conhecimentos únicos, como, limitações do corpo, interação com o meio externo, incluindo 
outras pessoas que dividem o mesmo local naquele momento, autoconhecimento, de forma 
corporal e mental, e a infinidade de movimentações que o corpo pode exercer diante uma 
música, de forma coreografada ou improvisada, que acontece sem limitações ao tipo de 
movimento apresentado. 
 
11 
 
Sugere-se que em pessoas idosas a dança tenha benefícios físicos, psicológicos e 
sociais, e deve ser promovida como uma forma de atividade de lazer. (HUI, TSAKEUNG e 
WOO, 2009). Por quantificar e marcar aspectos qualitativos específicos do desempenho da 
dança, como proficiência geral, envolvimento do corpo inteiro, articulação e habilidades 
(KRASNOW, CHATFIELD, BARR, JENSEN e DUFEK, 1997). 
 
O treinamento de força de certa forma era considerado impopular na dança clássica, 
devido á hipertrofia ser um objeto de preocupação para os bailarinos, que necessitam mantes 
uma imagem sílfide, argumenta Robertson (1988). O treino físico começou apenas 
recentemente a ser considerado uma atividade complementar dentro do cenário da dança 
tradicional, principalmente por causa do estereótipo de que os dançarinos, como artistas, não 
seguem os passos dos atletas em termos de preparação física (KRASNOW & KABBANI, 
1999). 
Assim como no âmbito esportivo, a dança tem característica forte quanto aos níveis de 
exigência, aspectos coreográficos que envolvem diversos valores físicos e psicomotores. No 
entanto, cabe ressaltar, que as melhoras das capacidades ligadas à dança estão condicionadas à 
uma prescrição e estruturação que sejam coerentes com a proposta a serem desenvolvidas no 
bailarino, distribuindo os estímulos com volumes e intensidades adequados. 
 
Muitas vezes, quando o bailarino (a) não consegue executar de forma correta um dado 
movimento, diz-se muitas vezes que está fraco ou com o corpo inadequado para o estilo de 
dança, o que seria muito precipitado, podendo apenas necessitar de um ajuste na técnica, 
melhorando sua postura, equilíbrio, flexibilidade e a iniciação correta no movimento, 
específico. Buscando sempre o alinhamento corporal, favorecendo a execução de qualquer 
movimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2. JUSTIFICATIVA 
 
Partindo do princípio de que ocorreu um grande crescimento no meio da dança como 
Arte ao longo dos anos, podemos ressaltar que o âmbito acadêmico obteve aumento crescente 
no número de escolas de dança surgindo e por outro lado ‘’esportivo’’ competitivo, onde 
marcas de grande escalão, desenvolvem, incentivam e patrocinam diversos eventos nacionais 
e internacionais, com finalidade de expandir ainda mais o meio da Dança. 
 
O tema proposto se dispõe a discutir e revisar sobre a importância dos treinamentos e 
os efeitos do treinamento físico dentro de uma área artística, nesse caso, a Dança. Onde 
podemos perceber que ao longo das épocas, ganharam cada vez mais espaço na sociedade não 
só como uma forma de expressão corporal, mas também como carreira profissional. 
 
Crianças e adolescentes já participam de festivais nacionais e internacionais, onde 
enfrentam cargas horárias extensas de ensaios e aulas, assim como as companhias de dança 
profissionais, com adultos. É de profunda importância entender os aspectos fisiológicos e 
como cada indivíduo se manifesta de acordo com um dado estímulo, seja na aula ou em algum 
treinamento proposto pelo (a) professor (a). 
 
O estudo pode contribuir ainda mais para a expansão de uma área que necessita ser 
mais estudada, existem muitos praticantes da dança tanto profissionalmente quanto apenas 
para o bem-estar físico, mental, ao redor do mundo, porém, encontramos muita incapacitação 
e divergências na forma que se passa a informação, seja no ensino, história ou nas estratégias 
de treinamento que visam a evolução e aperfeiçoamento do bailarino(a) que é de profunda 
importância ter total entendimento, para evitar qualquer tipo situação que desfavoreça o 
trabalho, como por exemplo, overtraining (treinamento excessivo), overreaching (acúmulo de 
treino), burnout (respostas psicofísiológicas ao estresse ocupacional severo) e lesões físicas. 
 
 
 
 
 
13 
 
3. OBJETIVOS 
 
 
3.1 Objetivo Geral 
 
Buscar e verificar estratégias e resultados possíveis mediantes ao treinamento físico no 
contexto da dança. 
 
3.2 Objetivos Específicos 
 
 Verificar o contexto do treinamento físico em bailarinos 
 Analisar as principais qualidades físicas da dança, em geral 
 Identificar a importância dos princípios básicos e periodização do treinamento 
 Identificar resultados mediantes o treinamento físico em bailarinos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
4. DESENVOLVIMENTO 
 
4.1 A Dança 
 
A Dança, de modo geral, independente dos diversos estilos existentes (Ballet, Street 
Dance, Jazz, entre outros) são excelentes estratégias para quem busca exercícios alternativos 
visando melhorar o desempenho e os elementos relacionados à saúde física e mental. 
 Para Portinari (1989), independentemente do tipo de arte ou manifestação artística, a 
dança é a única que dispensa qualquer tipo de material ou ferramenta, dependendo única e 
exclusivamente do próprio corpo. 
“De todas as artes, a dança á a única que dispensa materiais e ferramentas, dependendo só 
do corpo.” (PORTINARI, 1989) 
Segundo Leal (1998) a dança talvez seja umas das atividades físicas mais completas que 
existem, por existir um trabalho incluindo toda a parte mecânicae fisiológica. A prática da 
Dança requer o desenvolvimento complexo e harmonioso das diferentes capacidades motoras 
(VENTURINI, et al., 2010). 
A prática da dança requer atenção e desenvolvimento dos diversos aspectos fisiológicos 
existentes, que necessitam ser aprimorados, sendo fundamentais para os bailarinos (as) 
profissionais/elite. 
A partir do momento em que o sujeito não está fisicamente adaptado ao movimento ou 
estímulo proposto pelo coreógrafo ou professor, devido à pequena amplitude articular ou por 
sua musculatura não acompanhar a demanda necessária, pode acarretar no aumento do risco 
de desenvolver alguns tipos lesões, como, estiramentos musculares, muito comuns, devido à 
existência de movimentações, por diversos momentos, originários da ginástica, onde a 
amplitude é de profunda importância, e a partir disso, bailarinos(as) que não estão diante de 
um trabalho específico e periodizado, terão chance de desenvolver outras lesões e não 
atingindo seus objetivos planejados. 
Bem como valores físicos através dos movimentos corporais motores (saltos, corridas e 
outros) e psicomotores, quando há movimentos de coordenação entre braços, pernas, cabeça e 
tronco (VINASPRE & FAJARDO, 2002). 
15 
 
Além de todo o trabalho coreográfico, tendo que ser entendido na sua melhor maneira, e 
que também são ensinadas por motivos de melhorar a interação entre os bailarinos(as) ou até 
o mais complexo, que seria a repetição da proposta coreográfica com a finalidade de 
apresentar o trabalho criado, em festivais ou competições. 
Ao longo dos anos, percebe-se que o nível das coreografias tem ficado ainda mais 
complexo, o desgaste físico, pela repetição excessiva dos movimentos, aumentando ainda 
mais o risco de lesão. Segundo Laws (2005) os dançarinos relataram que eles percebem isso 
devido à fadiga ou excesso de trabalho, movimentos repetitivos, coreografia nova ou difícil e 
cronogramas de ensaio exigentes. 
O bailarino também necessita de algum tempo para se adequar aos tempos e variações da 
música, onde, dependendo da proposta do coreógrafo, os movimentos podem ser mais lentos 
ou mais rápidos, necessitando uma demanda mental alta, diante de todos esses aspectos. A 
prática da dança desenvolve ainda a sensibilidade, musicalidade, percepção, noção espacial e 
temporal, lateralidade, relaxamento e ritmo (PRATI & PRATI, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
4.2 Características 
 
Para Nanni (1998) a formação corporal do bailarino, se fundamenta e integra, em relação 
à técnica existente na dança, pela: força, potência, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, 
agilidade, resistência muscular e cardiovascular, entre outros. 
 
Chatfield, Byrnes, Lally, & Rowe (1990) acreditam que a dança requer suporte de 
capacidades fisiológicas aprimoradas, incluindo flexibilidade, força muscular, potência e 
resistência. (Brown, Wells, Schade, Smith, & Fehling, 2007; Koutedakis et al., 2007) sugerem 
que a melhora na força em membros inferiores e potência tem efeitos positivos sobre o 
desempenho da dança. 
 
Contudo, por mais que a dança envolva várias horas de prática diária, para desenvolver 
suas habilidades, alguns os dados publicados revelam que as bailarinas possuem menor nível 
de aptidão aeróbia em comparação com atletas de outros esportes, como Ginastas (BALDARI 
& GUIDETTI, 2001). Wyon & Redding (2005) conceituam a dança como tipo de exercício 
intermitente, ou seja, períodos de esforço intercalados por períodos de recuperação, pode ser 
uma excelente forma para intensificar os treinamentos e melhorar a potência aeróbia (DE 
LUCAS, DENADAI e GRECO, 2009). 
 
Cada estilo de dança tem sua fundamentação e particularidades, quanto à técnica, músicas, 
movimentações, entre outros, porém, para melhor capacitação de um bailarino (a) por 
completo, seria importante o aprendizado em diversas áreas da dança, buscando mais 
conhecimento corporal e técnico. 
 
4.2.1 Força 
 
Fundamental para execução de diversos movimentos e interações em duplas, muitas 
vezes utiliza-se o recurso de segurar o parceiro(a) em dada situação coreográfica, consiste na 
ação que causa uma mudança no estado de movimento de um objeto. Produto da massa de um 
objeto pela sua aceleração linear. A força é medida em newtons (N). Do ponto de vista 
fisiológico, a força é a capacidade de exercer tensão contra uma resistência, que ocorre por 
meio de diferentes ações musculares. (BARBANTI, 1994). 
17 
 
4.2.2 Potência 
 
Segundo Fleck & Kraemer (1999) potência se dá em torno da velocidade em que é 
realizado o trabalho. Diversas situações, o bailarino (a) necessita executar o movimento em 
um curto período de tempo, visando atingir um espaço seja no palco ou em qualquer outro 
local determinado na sequência coreográfica ou até mesmo para realização do movimento 
com excelência. Além de existirem movimentos de alta rigorosidade na hora da execução, 
exigindo ainda mais dessa capacidade, tanto de membros superiores quando de membros 
inferiores. 
 
4.2.3 Equilíbrio 
 
Combinação de ações musculares com o propósito de assumir e de sustentar o corpo 
sobre uma base, contra a lei da gravidade. (TUBINO, 1984). 
Independentemente da movimentação, o equilíbrio é fundamental na execução do 
movimento, pois, todo movimento parte de uma base corporal, e em dados momentos, esse 
equilíbrio não necessariamente está ligado aos dois pés no chão, podendo ser apenas um pé 
como base, ou nos membros superiores . 
No Street Dance, onde existe a dança denominada ‘’Bboying’’ ou ‘’Break Dance’’ 
cujo, os dançarinos à todo instante desafiam seus limites corporais e gravitacionais, utilizando 
movimentos da ginástica e da capoeira. 
Integração do sistema nervoso central e da musculatura esquelética num movimento 
ou numa sequência de movimentos. (BARBANTI, 1992). Permite que o indivíduo assuma a 
consciência e a execução, levando-o a uma ação ótima dos diversos grupos musculares na 
realização de uma sequência de movimentos, com o máximo de eficiência e economia. 
(BARBANTI, 1992) 
 
4.2.4 Agilidade 
 
Por diversas situações o bailarino (a) se encontra em situações em que necessita executar 
certo movimento em um curto período de tempo, necessitando realizar aquele dado estímulo 
no tempo certo em que lhe é passado, seja musicalmente, ou, dependendo da proposta, sem 
18 
 
música, sem perder a qualidade da execução. Qualidade de executar movimentos rápidos, 
ligeiros com mudanças de direção (BARBANTI, 1994). 
Robertson (1988) propõe que uma bailarina ágil, ou seja, com uma agilidade bem treinada 
e desenvolvida, pode realizar movimentos com mais eficiência dentro de uma coreografia, 
além de prevenir lesões nas mudanças de posição mais rápidas. 
 
 
4.2.5 Resistência 
 
Muito visto em classes (aulas de dança regulares), workshops, onde lidam com 
diversas horas de aula com professores diferentes em um curto espaço de intervalo, visando o 
aprendizado de alguma proposta, podendo ser coreográfica ou apenas o trabalho dos 
fundamentos que estão relacionados ao estilo praticado, visando melhorar aspectos 
particulares de cada praticante, iniciante ou avançado, variando de acordo com o que cada 
indivíduo tem de qualidade ou defeito. As coreografias no qual são aprendidas e executadas, 
variam em torno e 4-10 minutos, podendo ter pequenos intervalos de descanso entre uma 
coreografia e outra, ou até mesmo dentro da própria coreografia, onde o indivíduo sai de cena 
e retorna segundos depois, dando continuidade à proposta do professor ou coreógrafo, nos 
espetáculos, as coreografias podem ter duração aproximada de 60 minutos. 
Capacidade dos seres humanos de resistir à fadiga que ocorre durante um stress físico 
até o final de uma tarefa e, em alguns casos, até a exaustão (BARBANTI, 1994). 
 
4.2.6 Flexibilidade 
 
Ideal para atingir a amplitude suficiente nos movimentos propostos, o bailarino (a) que 
tem sua musculaturaencurtada, dificilmente realizará com perfeição alguns movimentos. 
Execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma 
articulação, ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de 
provocar lesão (DANTAS, 1999). 
Trabalhadas estas capacidades físicas de forma adequada e bem periodizada, os 
movimentos de dança propostos conforme o estilo pertencente, podem ser realizados 
19 
 
repetidamente com eficiência e sem fadiga excessiva, mantendo a integridade do bailarino e 
garantido a melhor performance no momento necessário. 
 
4.3 Treinamento 
 
O processo de treinamento se dá pelo planejamento e programação com embasamento em 
alguns princípios, que, devem ser respeitados e utilizados de forma coerente com as 
particularidades encontradas tanto no indivíduo que está sendo treinado, quanto na 
modalidade praticada. 
Quando o treinamento é realizado de forma desorganizada, não há ganho na técnica de 
execução acarretando o desânimo do bailarino (ROBERTSON, 1988). Sob os pontos de vista 
biológico, esportivo, fisiológico e do desempenho, o treinamento nada mais é do que uma 
adaptação a estímulos crescentes. Esses estímulos consistem em perturbações da homeostase 
(JAKOWLEW, 1972 apud WEINECK, 1999). 
Tendo conhecimento das variáveis de um treinamento e princípios, para desenvolver um 
trabalho adequado, é necessário para a divisão racional da carga de trabalho e para a sua 
dinâmica dentro dos ciclos de treinamento (WEINECK, 1999; VERDUGO; LEIBAR; 1997; 
GAMBLE, 2006; FINDLEY, 2005; ROLIM et al., 2003; BALYI, 1990). 
Além do pouco treinamento realizado, foi destacado que o período de férias, como 
prejudicial ao desempenho ganho até aquele dado momento e tendo influência negativa em 
algumas qualidades físicas. Weineck (2003), no momento em que o treinamento é 
interrompido, acarreta em uma queda de desempenho. No caso da dança, muitas das vezes as 
férias são estruturadas e organizadas juntamente ao calendário escolar ou de acordo com o 
calendário anual de eventos, como, festivais, competições e apresentações. 
Nas férias, as atividades poderiam ser intercaladas com movimentos ou exercícios não 
planejados, demandando ao corpo um tempo maior para tentar alcançar o desempenho de 
antes, que, talvez, nem chegue ao desempenho anterior, se mantendo inferior. 
 O intervalo é de grande importância e necessário para repor as demandas energéticas, 
evitando diversos fatores que implicariam em perda de desempenho, como: o overtraining, 
muito comum pela falta de estruturação adequada nos treinamentos, exigindo um desempenho 
além do que o sujeito pode atingir naquele dado momento, explica Kellmann (2002), 
20 
 
entretanto, períodos muito prolongados de duração entre os exercícios, talvez não sejam tão 
benéficos quando de menor duração. 
Algumas das modificações que ocorrem estão relacionadas ao consumo e utilização do 
substrato energético, conforme o tipo de atividade física realizada, pois tais adaptações 
possibilitam aos organismos dos atletas melhores captação, transporte e utilização do oxigênio 
e dos substratos energéticos durante os treinamentos (BILLAT, 2002; EVANGELISTA; 
BRUM, 1999). 
 Isso promove nos atletas o aumento da capacidade de resistir a esforços de intensidade, 
de duração e de volumes maiores (MAUGHAN; GLEESON; GREENHAFF, 2000). 
 
4.3.1 Princípios Básicos 
 
Ao longo dos anos, diversas metodologias de treinamento foram criadas com 
finalidade de melhorar o desempenho de um indivíduo praticante e/ou atleta da modalidade 
específica. Sendo de profunda importância respeitar e levar em consideração os princípios que 
acercam tanto o treinamento, quanto o indivíduo, sendo assim, imprescindível no sucesso de 
qualquer programa estruturado. 
O treinamento físico pode ser compreendido como um processo organizado e 
sistemático de aperfeiçoamento físico, nos seus aspectos morfológicos e funcionais, 
impactando diretamente sobre a capacidade de execução de tarefas que envolvam demandas 
motoras, sejam elas esportivas ou não (BARBANTI, TRICOLI & UGRINOWITSCH, 2004). 
4.3.2.1 Princípio da Sobrecarga 
 
Talvez, seja o princípio mais antigo existente, sua origem está relacionada ao atleta Milo, 
que na mitologia Grega, viveu na ilha de Creta por volta de 500 a.C. 
Uma descrição tradicional desse princípio é que o incremento gradual de sobrecarga, 
aumenta, progressivamente, a eficiência do organismo, aumentando, assim, sua capacidade de 
trabalho (BOMPA, 2002). 
 
De acordo com a ACSM (American College of Sports Medicine), a intensidade 
recomendada visando o aumento da mesma, é de 2% a 5% para grupos musculares menores e 
5% e 10% para grupos musculares maiores. Necessário para elevar o patamar do treinamento 
21 
 
proposto, onde se preza a evolução do atleta, nesse caso, o bailarino (a) Para Tubino (1984), 
aplicando o princípio da sobrecarga, é importante observar com bases nas variáveis 
relacionadas às cargas impostas, como, volume (quantidade) e intensidade. 
 
Consiste em gerar um estímulo maior, ou seja, sobrecarregar organismo do indivíduo, de 
maneira adequada e planejada, variando a frequência, intensidade, o volume e a duração do 
treinamento. 
 
4.3.3.2 Princípio da Adaptação 
 
 No contexto do treinamento esportivo, o princípio da adaptação pode se considerar de 
alta importância, sendo caracterizada pela necessidade de evitar a estabilização dos resultados 
dos atletas e a estabilização de trocas energéticas. O termo adaptação está ligado ao ato de 
reorganizar-se, reestruturar-se ou adaptar-se à uma dada situação nova ou fora de sua rotina. 
 
Por existir diversos estilos de dança, se um dançarino de Hip-Hop (Street Dancer), 
inicia seus estudos no ballet ou até mesmo o contrário, leva-se um tempo até obterem um 
resultado satisfatório na forma em que entendem o movimento e executam em um segundo 
momento. 
 
A GAS (Teoria da Síndrome Geral da Adatação), desenvolvida pelo doutor Has Selye, 
em 1936, desenvolveu 3 estágios, sendo eles: 
 
Fase de alarme, onde é caracterizado pela excitação, o corpo é submetido a um grau 
maior de exigência). 
 
Fase de resistência: onde ocorre as alterações fisiológicas necessárias para o 
organismo se manter, em uma situação de estresse e pós estresse, duração, intensidade 
adequados podem levar à adaptação positiva. 
 
Fase de exaustão: Se baseia na incapacidade do organismo se manter em alterações 
fisiológicas obtidas anteriormente, consequentemente, pode levar ao quadro de lesões ou 
estagnação. 
22 
 
Diante dessas fases, o organismo promove em suas características biológicas para 
viver melhor sob uma nova situação ambiental, que não era de seu conhecimento antes dos 
estímulos dados. 
 
 Assim, variar ou alternar as cargas de treinamento, poderá corresponder a uma 
sucessão progressiva e constante de curtos períodos e também longos, causando alternâncias 
em reduções e elevações cíclicas nas transformações energéticas e nos componentes da carga, 
ou seja, a perda do equilíbrio das diferentes funções biológicas, com o objetivo de se obter 
melhores níveis de rendimento (GRANELL; CERVERA, 2003). 
 
4.3.3.3 Princípio da Especificidade 
 
Para Sharkey (1998), a melhora ou aumento da velocidade, depende do princípio da 
especificidade; onde o movimento deve ser treinado de acordo com as características do 
esporte. Diante disso, a bailarina terá benefícios que a tornem mais veloz, no momento em 
que estiver treinando repetidamente os movimentos propostos na coreografia. 
 
O princípio da especificidade é aquele que impõe, como ponto essencial, que o 
treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da performance desportiva, em 
termos de qualidade física interveniente, sistema energético preponderante, segmento corporal 
e coordenações psicomotoras utilizados (DANTAS, 1995). 
 
4.3.3.4 Princípio da Individualidade Biológica 
 
Define-seindividualidade biológica o fenômeno que explica a variabilidade entre 
elementos da mesma espécie, o que faz com que não existam pessoas iguais (TUBINO, 1984). 
 
Destacam-se características como: aspetos biológicos, psicológicos, socioculturais, 
referências particularidades, rotina diária, hábitos de vida, aptidão física atual, entre outros. 
Esse princípio preza a individualidade dos treinamentos, onde é de suma importância a 
manutenção adequada do volume, intensidade e movimentos que incorporam o mesmo 
sistema de treinamento do mesmo, tendo em vista que um indivíduo não é igual ao outro, para 
23 
 
que haja resultados positivos e respostas adequadas, além de promover o bem-estar do sujeito, 
evitando o abandono a prática de exercícios ou estagnação dos resultados. 
 
Cada ser humano possui uma estrutura e uma formação física e psíquica própria e, por 
isso, individualizar os estímulos de treinamento apresentaria melhores resultados, uma vez 
que seriam obedecidas as características e as necessidades individuais dos praticantes de 
esporte. 
 
4.3.3.5 Princípio da Reversibilidade 
 
Esse princípio preza a seguinte ideia: “o que não se usa, perde-se”. Segundo Barbanti 
(2010), esse princípio assegura que as alterações corporais obtidas com o treinamento físico 
sejam de natureza transitória. 
 
Assim, as mudanças funcionais, morfológicas e de desempenho das capacidades 
físicas adquiridas com o treinamento retornam aos níveis iniciais após a sua interrupção. 
Portanto, deve-se manter uma rotina semanal ao praticar qualquer tipo de treinamento, se 
atentando para que os estímulos gerados e sofridos no corpo do sujeito até aquele dado 
momento, não fiquem com intervalos diários distantes demais, podendo levar ao quadro de 
destreino ou até mesmo chegar ao ponto de não sofrer estímulos adicionais na mesma 
proposta de treinamento, sendo necessária a criação de um novo programa de treinamento, 
visando promover novas adaptações ao corpo do indivíduo. 
 
4.3.3.6 Princípio da Variabilidade 
 
Este princípio é uma forma de não permitir que o hábito e a acomodação nos tornem 
escravos da mesmice (PEREIRA E SOUZA JUNIOR, 2002). Portanto, se a carga aplicada 
e/ou método de treino não sofrerem variação, poderá ocorrer regressão nos níveis de aptidão 
física. 
 
A variação de estímulo é eficiente para evitar o aparecimento de platôs (estagnação do 
rendimento), que tende a ocorrer em indivíduos treinados (GUEDES JR, 2003). A 
24 
 
variabilidade dos exercícios, métodos ou de qualquer outra variável do treinamento exige o 
conhecimento da metodologia e periodização do treinamento. 
 
Logo, se as cargas de treinamento não forem modificadas, o organismo tende a 
assimilá-la, impondo regressão na capacidade física. Sendo ineficaz para o indivíduo praticar 
atividade física com as mesmas intensidades (KAUFFMAN, 1991; DANTAS, 1994; 
ZATSIORSKY, 1995). 
 
Necessário adquirir amplo conhecimento nos variados tipos de exercícios para cada 
grupamento muscular (BOMPA E CORNACCHIA, 2000). Tais autores acreditam que a 
variabilidade aumenta o bem-estar psicológico e a resposta ao treinamento. 
4.4 Periodização 
 
No Egito e na Grécia, é possível constatar, que há milhares de anos, já eram utilizados 
alguns princípios do treinamento, afim de preparar os atletas para os jogos olímpicos e para a 
guerra. Somente no final do século XIX, quando se deu início aos Jogos Olímpicos da era 
moderna, o treinamento passou a ser uma estrutura sistematizada, visando à elevação do 
rendimento esportivo (BARBANTI, 1997). 
O sucesso dos atletas da antiga União Soviética foi, por muitos anos, o cartão de visita da 
teoria da periodização do treinamento esportivo (MATVEEV, 2001) 
O planejamento do treinamento, segundo Gomes (2009), foi sofrendo algumas mudanças 
gradativamente, e ao longo do tempo, sendo desenvolvido por diversos estudiosos: Kotov 
(1916), Gorinevski (1922), Pihkala (1930), Grantyn (1939), Ozolin (1949), Letonov (1950). 
Platonov (2004) acredita que, o aperfeiçoamento da preparação desportiva, mediante às 
novas estratégias que surgiram ao longo das épocas, conduziram à ampliação da vida 
desportiva dos atletas. 
Segundo Matveev (1977), inventor desse modelo, a periodização é a forma de se planejar 
e estruturar o treinamento ao longo de uma temporada, promovendo ao atleta, um estado de 
ótima performance, ou seja, estimular a melhor performance possível para as competições 
e/ou competições mais importantes, o estado de ótima performance, deve-se lembrar que 
envolve não só aspectos físicos, mas também psíquicos, técnicos e táticos. 
25 
 
Para (FLECK, 1999; FLECK E KRAEMER, 2006) a periodização se baseia na 
manipulação entre os componentes da carga, intensidade e volume presentes no treinamento. 
Destacando-se a importância dos seguintes elementos estruturais: preparação plurianual, 
preparação anual (temporada), macrociclo, mesociclo e microciclo de treinamento, além da 
própria sessão de treinamento (PLATONOV, 2008; NAVARRO, 1996). 
Zakharov (1992) separou e conceituou os microciclos de acordo com o calendário 
(período da temporada) do atleta. 
Os Microciclos de treinamento sugerem a etapa de preparação física do atleta visando 
gerar adaptações à longo prazo em seu organismo, tendo variações de intensidade e volume 
nos treinamentos. 
O Mesociclo é unidade estrutural da preparação desportiva e constitui-se de vários 
microciclos (NAVARRO, 1996). Apresentando uma etapa relativamente completa do 
processo de treinamento, com duração em média de três a seis semanas. 
Garantindo uma dinamização das cargas, uma composição racional dos métodos de 
preparação, a correspondência entre os fatores da ação pedagógica e das medidas de 
recuperação, além de atingir a continuidade do desenvolvimento das diversas qualidades e 
capacidades (PLATONOV, 2008). 
Segundo Navarro (1996), o termo Macrociclo é utilizado para descrever um longo ciclo de 
treinamento com duração em média de 3 a 12 meses. A formação, manutenção e perda 
temporária da forma esportiva devem estar rigorosamente determinadas dentro de um 
planejamento do treinamento (ZAKHAROV, 1992). 
Matveev (1965) propõe que a periodização deve ter como objetivo principal, alcançar um 
alto nível de desempenho e "forma atlética" em um determinado momento. Para atingir esse 
objetivo, Matveev sugeriu que o programa de treinamento deve ser organizado para que o 
desenvolvimento de habilidades e habilidades biomotoras, além dos traços psicológicos 
progridam de forma lógica e sequencial e picos antes da concorrência. 
Nos dias de hoje, a periodização é imprescindível no processo de treinamento dos atletas, 
sendo indispensável e fundamental, para alcançar os objetivos traçados, em qualquer 
modalidade esportiva. 
 
26 
 
5. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Trata-se de um estudo de revisão integrativa de literatura, realizado nas bases de dados 
multidisciplinares e nas bases específicas da área de saúde no período de março de 2017 a 
agosto de 2017. 
 
 
5.1 Bases de Dados consultadas: 
As bases de dados usadas foram: 
- Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/ PubMed); 
- Scientific Electronic Library Online (SciELO); 
 
 
5.2 Critérios de inclusão 
- Artigos científicos de revistas indexadas em inglês, e português que abrangem o 
período de 1999 a 2017; 
- Artigos que descrevam ou mencionem o tema abordado; preparação física e dança. 
 
 
5.3 Critérios de exclusão 
 
- Artigos científicos que não sejam em português ou inglês 
- Estudos realizados com animais 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
5.4 Estratégia de busca 
 
O principal descritor utilizado foi dança a partir dos Descritores em Ciências da Saúde – 
DeCS ,Mesh database/PubMed. No entanto, outros descritores foram usados, como: 
treinamento físico, dance therapy, dancesport, psychomotor performance, athletic 
performance, physical conditioning,human e aerobic capacity 
 
Estes termos foram associados com o seguinte descritor: ‘treinamento’’ 
 
Na estratégia de busca utilizada na base de dados PubMed, os descritores utilizados foram 
‘’Dance therapy" OR "Dancesport’’ AND "Psychomotor Performance" OR "Athletic 
Performance" OR "Physical Conditioning, Human" OR “aerobic capacity” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
6. RESULTADOS 
 
Foram encontrados 375 (total de artigos considerando todas as bases de dados) artigos 
científicos, sendo 35 na Scielo e 342 na PUBMED. 
Retirados os artigos que não foram aceitos para esta revisão, foram escolhidos 4 (Todd 
Wattson et al, 2017, Ana Paula et al, 2016, Silva et al, 1999 e Angioi et al, 2012.) O processo 
de seleção é representado na figura abaixo. 
 
Fluxograma 
 
 
 
 
 
 
Estudos identificados através das 
buscas nas bases de dados: PubMed 
e Scielo (n= 375) 
 
Artigos mantidos após avaliação dos resumos 
e títulos (n=237) 
 
Artigos restantes após avaliação dos objetivos 
relacionado à Dança (n= 40) 
Artigos mantidos por conter os 
critérios da elegibilidade 
relacionados preparação física na 
Dança (n=4) 
Artigos Incluídos na revisão sistemática (n=1) 
id
en
ti
fi
ca
çã
o
 
av
al
ia
çã
o
 
E
le
g
ib
il
id
ad
e 
In
cl
u
íd
o
s 
Artigos excluídos após avaliação 
dos resumos e títulos (n=138) 
 
 
 
29 
Procedência 
(base de dados) 
Autores Título Periódico Descrição do estudo 
Objetivos Métodos Resultados 
 
 
 
 
 
 
 
PubMed 
 
 
Todd Watson, Jessica 
Graning, Sue McPherso, 
Elizabeth Carter, Joshuah 
Edwards, Isaac Melcher, 
Taylor Burgess, et al. 
2017. 
 
Dance, Balance and CORE 
Muscle Performance 
Measures are improved 
following a 9-week CORE 
stabilization Training 
Program among competitive 
collegiate dancers. 
The International Journal 
of Sports Physical 
Therapy, Volume 12, 
Number 1 February 2017 
Este estudo examinou o impacto 
de um programa de estabilização 
do CORE de nove semanas sobre 
índices de desempenho da dança, 
medidas de equilíbrio e 
desempenho muscular do CORE 
em dançarinos colegiais 
competitivos. 
24 membros da equipe de 
dança feminina (idade = 19,7 
+ 1,1 anos, altura = 164,3 + 
5,3 cm, peso 60,3 + 6,2 kg, 
IMC = 22,5 + 3,0) 
participaram. 
Melhorias estatisticamente 
significativas no equilíbrio de uma 
única perna no alcance anterior e no 
alcance anterior bilateral para o 
SEBT (p  ≤ 0.01), número de piruetas 
(p = 0,011) e todas as medidas de força 
(p ≤0,05), exceto o aumento do salto de 
uma única perna 
 
 
 
 
Procedência 
(base de dados) 
Autores Título Periódico Descrição do estudo 
Objetivos Métodos Resultados 
 
 
 
 
 
 
 
 
Scielo 
 
 
 
 
ZUCCOLOTTO, 
Ana Paula et al. 
(2016) 
Efeito do treinamento de 
força com resistência 
elástica sobre o 
desempenho da flexão de 
quadril em bailarinas 
clássicas. 
Rev. bras. educ. fís. Esporte. 
2016, vol.30, n.4, pp.893-901. 
Avaliar os efeitos de seis 
semanas de treinamento de força 
com resistência elástica sobre 
variáveis cinéticas e cinemáticas 
em bailarinas clássicas. 
Aulas de “ballet” clássico 
por pelo menos cinco anos, 
contemplar um volume de 
treinamento entre 6 e 15 
horas semanais nos últimos 
seis meses, ter idade entre 
15 a 22 anos e ser do sexo 
feminino. 
Os achados mostram que o treinamento de 
força com resistência elástica gera aumentos 
no torque (bem como no tempo de sustentação 
de flexão de quadril em bailarinas clássicas. 
O grupo intervenção aumentou de torque três 
vezes mais ao grupo controle (grupo 
intervenção = 38,47% e grupo controle = 
13,13%). Incrementos de 125,25% para o 
tempo de sustentação foram observadas 
somente para o grupo intervenção. 
http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=ZUCCOLOTTO,+ANA+PAULA
http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=ZUCCOLOTTO,+ANA+PAULA
 
30 
Procedência 
(base de dados) 
Autores Título Periódico Descrição do estudo 
Objetivos Métodos Resultados 
 
 
 
Scielo 
 
 
 
 
 
Silva et al. (1999) Perfil de aptidão 
cardiorrespiratória e metabólica 
em bailarinos profissionais. 
 
 
Rev Bras Med 
Esporte vol.5 no.3 , 1999 
 
Analisar aspectos 
cardiorrespiratórios e metabólicos e 
as alterações provocadas pelo 
treinamento específico de dança 
N = 16 bailarinos (8 mulheres e 8 
homens) 18,2 ± 3,8 anos e 26,2 ± 4,5 
anos, respectivamente. 
A rotina de treino da dança não gera 
estímulo suficiente para aprimorar a 
aptidão cardiorrespiratória e 
metabólica dos bailarinos, 
necessitando de treinos extras. 
Grupo de balé vs. o grupo controle 
masculino: VO2 máx. – 46 ± 4 vs. 
43 ± 6mlO2.kg.-1min-1; FC máx. – 
194 ± 12 vs. 202 ± 11bpm; VE máx. 
– 112 ± 16 vs. 123 ± 18L.min-1; 
VO2- LA – 35 ± 4 vs. 26 ± 4mlO2 
.kg.-1min-1 (p < 0,01); FC-LA – 
169 ± 18 vs. 163 ± 15 bpm. 
Grupo de balé vs. grupo controle 
feminino: VO2 máx. – 39 ± 6 vs. 35 
± 6mlO2.kg.-1min-1; FC máx. – 
197 ± 10 vs. 201 ± 6bpm; VE máx. 
– 72 ± 9 vs. 81 ± 6L.min-1; VO2-
LA – 26 ± 4 vs. 27 ± 4mlO2.kg.-
1min-1; FC-LA – 164 ± 10 vs. 176 
± 17bpm. 
 
 
 
Procedência 
(base de dados) 
Autores Título Periódico Descrição do estudo 
Objetivos Métodos Resultados 
 
 
 
Pubmed 
 
 
 
 
 
Angioi M, Metsios 
G, Twitchett 
EA, Koutedakis 
Y, Wyon M. (2012) 
Efeitos do treinamento 
suplementar em 
parâmetros de aptidão e 
competência estética na 
dança contemporânea: um 
ensaio controlado 
randomizado. 
Med Probl Perform 
Art. 2012 Mar;27(1):3-
8. 
Analisar os efeitos de um treinamento 
circuitado em bailarinas envolvidas com 
dança contemporânea 
24 mulheres envolvidas em 
dança contemporânea (idade 27 
± 5,9 anos, altura 165,3 ± 4,8 cm, 
peso 59,2 ± 7,6 kg) foram 
recrutadas e aleatoriamente 
atribuídas a um exercício (n = 
12) ou a um grupo controle (n = 
12). 
 
Aumentos significativos para o grupo 
de condicionamento no poder muscular 
do corpo inferior (11%), endurance 
muscular do corpo superior (22%), 
aptidão aeróbica (11%) e competência 
estética (12%) (p <0,05) 
 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Angioi%20M%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22543316
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Metsios%20G%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22543316
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Metsios%20G%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22543316
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Twitchett%20EA%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22543316
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Twitchett%20EA%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22543316
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Koutedakis%20Y%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22543316
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Koutedakis%20Y%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22543316
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Wyon%20M%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22543316
31 
 
7. DISCUSSÃO 
 
No presente estudo, o foco está nas estratégias de treinamento que desenvolvam e 
melhores as qualidades físicas de um(a) bailarino(a), através dos estudos encontrados, 
podemos ter um embasamento e parâmetros à serem seguidos e comparados, estipulando uma 
melhor prescrição de acordo com as necessidades do indivíduo. No primeiro artigo 
pesquisado, de caráter longitudinal, onde, o clínico por meio de videoconferência, dirigiu e 
monitorou o programa de treinamento, visando o desempenho muscular do CORE dentro da 
dança. Antecedendo a execução do programa e pós-teste, o TrA foi complementado com a 
manobra de aderência abdominal (ADIM), juntamente à imagens de Ultra-Som (USI) (TrA) 
foi completado usando a manobra de aderência abdominal (ADIM), incluindo imagens de 
ultra-som (USI), verificação e comentários do instrutor.O programa, que foi feito em 24 bailarinas, colegiais e que competem, teve duração de 
9 semanas, analisando pirouettes, equilíbrio em uma única perna no passé e relevé e SEBT 
(teste de equilíbrio de excursão estelar) e apresentando melhora significativa em aspectos 
diversos, como: desempenho, equilíbrio e de membros inferiores. E impacto imediato no 
aumento da ativação do músculo Transverso Abdominal após a primeira sessão de 
treinamento, podendo considerar um método eficaz de rápido resultado na educação para 
dançarinos, sobre utilizar o CORE no momento da execução de um dado movimento. 
 
Além de melhorar resistência muscular do tronco (extensora e flexora) do abdômen e 
ponte lateral, força abdutora de quadril e saltos simples, utilizando apenas uma perna como 
base. Tendo concordância com o estudo de Hoppes et al (2016) além de preverem que o 
CORE aumentaria o desempenho em equilíbrio dinâmico. 
O único aspecto que não teve tanta mudança, porém, continuou sendo significativo, foi 
em relação ao número de pirouttes (giro) onde os autores explicam que pode ser devido ao 
gesto motor específico do movimento, onde a variação de musculaturas utilizadas pode ter 
tido menor efeito quanto aos outros, apontando o TrA (Tranverso Abdominal) como músculo 
mais complexo para ser utilizado na hora da execução do movimento e por não conseguirem 
monitorar a ativação do TrA nesse dado movimento. 
 Os resultados seguem a mesma linha de outros estudos apontados no artigo, como o de 
McPherson S L, Watson T (2014) onde mostrou efeitos imediatos na ativação do TrA em 
32 
adultos saudáveis, treinamento de duração de 5 meses onde o indivíduo, ficava na posição 
supina. 
 O pós treino dos dançarinos mostrou que não ativavam adequadamente ou por 
completo o TrA. Talvez por não trabalharem ou enfatizar um treinamento dessa musculatura 
no processo de aprendizagem ou gesto motor, do movimento proposto. 
 Alguns estudos utilizaram formas diferentes de treinamento, Sandrey e Mitzel, em seu 
estudo chegaram a conclusão de que 30 minutos por treinamento durante 6 semanas, teve 
melhora significativa em todas as direções do SEBT. Angioi et al ultilizaram exercícios 
específicos e sem ativação do TrA em bailarinas contemporâneas. 
 Ainda é necessário mais aprofundamento sobre o assunto, o número pequenos de 
artigos, diferentes estratégias de planejamento (tempo de treinamento) e por limitar à 
bailarinas colegiais, praticantes de Jazz e Ballet, onde os resultados só podem ser relevantes 
pra esses dados estilos. Impossibilitando uma conclusão final sobre a ativação do CORE na 
dança, pois, não se sabe ao certo se o grau de ativação significativo pode ser alcançado apenas 
pelos movimentos existentes e repetitivos contidos na dança, ou, pela conscientização no 
momento em que é feito um treinamento focado no TrA através do ADIM. 
O estudo trás uma nova linhagem, que, possibilita ter melhor conhecimento sobre o 
papel do CORE em praticantes, competidores e profissionais da dança. 
No segundo artigo estudado, os pontos principais encontrados foram que o 
treinamento de força com resistência elástica aumentou o torque isométrico avaliado na flexão 
de quadril comparado ao método usando no Ballet, também foi capaz de incrementar e 
promover maior tempo de sustentação da máxima amplitude de flexão de quadril, quando 
comparado ao treino convencional do Ballet e não promoveu mudanças nas amplitudes 
avaliadas. 
Estudos feitos fora do ambiente da dança, nesse caso, a dança clássica apresentaram 
resultados em que o treinamento com materiais elásticos podem ser eficientes para qualquer 
tipo de população. Cronin et al. Em seu estudo obteve como resultado, aumentos 
significativos nos valores para força máxima, potência média e pico de potência para ambos 
os treinamentos. Collado JC et al (2008) mostrou efetividade no ganho de massa magra em 
pessoas sedentárias de meia idade e Zion AS et al (2013), na implementação de força 
dinâmica e na mobilidade em pessoas acima de 60 anos. Andersen LL (2010) e outros autores 
33 
observaram aumentos dos níveis de ativação muscular parecidos entre o treinamento com 
peso livre e treinamento com tubo elástico em mulheres de 26 a 55 anos. 
Em outros estudos que obtiveram ganhos superiores na força, implantando algum tipo 
de material elástico junto ao treinamento de força com pesos livres ou máquinas Melo MO et 
al (2013) e Andersen CE et al (2008), obtendo como resultado, maior aumento da força 
máxima isométrica dos extensores de joelho no grupo intervenção nos ângulos 10º e 30º da 
flexão de joelho. 
Wallace et al. (2006) também encontraram ganhos maiores de torque muscular devido 
ao uso do elástico relacionado ao treinamento de pesos livres. 
Agrupando todos os resultados, incluindo os deste estudo, que chegaram ao aumento 
significativo de 125,25% levando em conta os 12 e 15 segundos de sustentação da amplitude 
da flexão de quadril, contribuindo para as performances e apresentações, parece que os 
autores se mostram convergentes na opinião sobre o uso de elástico como possível estratégia 
de treinamento, atingindo às expectativas quanto ao treinamento complementar às aulas de 
dança e partindo do ponto de vista que os bailarinos e bailarinas necessitam da força muscular 
para garantirem a perfeição na execução do movimento e na manutenção postural, são 
estratégias que podem facilitar e ajudar de maneira satisfatória os resultados futuros, podendo 
incrementar o uso de materiais elásticos nos treinamentos ligados à dança. 
No terceiro artigo estudado, o objetivo principal era verificar alterações 
cardiorrespiratórias e metabólicas a partir das rotinas de treinamentos específicos da dança, 
em bailarinos profissionais. Onde a bradicardia de repouso no homem não foi verificada. O 
treinamento específico da dança pode ser caracterizado por exercícios intermitentes, e não 
gerou estímulos satisfatórios para desenvolvimento do aumento da capacidade aeróbia. 
Ramos et al. (1995) estudaram os efeitos do treinamento aeróbio junto da realização de 
sequências coreografias de quatro e oito minutos de duração em bailarinas. Momento em que 
os autores se convergem e confirmam os resultados achados de Schantz & Astrand (1984) 
sobre a tamanha importância do treinamento aeróbio para a melhoria do desempenho físico 
das bailarinas. 
No estudo de Ramos et al (1995) foram feitas medições das concentrações de ácido 
lático sanguíneo e demonstraram valores significativamente diminuídos no pré e pós 
34 
treinamento aeróbio de coreografias que tinham duração de quatro e oito minutos, 
respectivamente. 
Concluíram que três sessões por semana de TF aeróbio, durante oito semanas a 95% 
do LA, tiveram eficiência no aumento da transição metabólica das bailarinas. O aumento do 
limiar aeróbico (LA) promoveu uma diminuição da sobrecarga cardíaca no momento em que 
se tem a execução das coreografias, a melhora do LA promoveu a redução do ácido lático 
sanguíneo na coreografia mais longa, onde teve duração de oito minutos. As diferentes 
respostas cardiovasculares verificadas nas coreografias com duração quatro e oito minutos de 
duração, pré e pós TF aeróbio, indicam que a sobrecarga cardíaca é dependente do tempo de 
exercício. 
O aprimoramento do metabolismo aeróbio em bailarinas é essencial, pois está 
relacionado ao melhor desempenho físico necessário para suportar treinamentos e 
coreografias mais longas e complexas. 
Podendo concluir que apenas as aulas, não geram adaptações necessárias para a 
melhora da capacidade cardiorrespiratória de um(a) bailarino(a), necessitando de um trabalho 
complementar, por conta da demanda que é muito alta, convergindo com as ideias de outros 
autores Silva et al. (1999) indicando que, por ser uma atividade intermitente, tais exercícios 
não melhoram a função cardiorrespiratória. 
 Manuela Angioi et al (2012) tiveram como objetivo foi examinar os efeitosde 
treinamento circuitado de 6 semanas (TC) e vibração (WBV) em parâmetros de fitness e 
competência estética (CA) em dançarinos contemporâneos. Tendo como principal resultado o 
condicionamento, de modo complementar. O treinamento aumentou significativamente a 
força muscular dos membros inferiores, membros superiores, resistência muscular e aptidão 
aeróbica, consequentemente aumento na competência estética dos dançarinos. Autores se 
convergem no tipo de exercício que a dança é considerada, nesse caso, intermitente, citando 
Wyon (2005) onde a aptidão aerobica também é de profunda importância, além dos outros 
tipos de treinamento. Luo J et al (2005) revelou-se que o treinamento circuitado tem papel 
mais eficiente no aprimoramento da aptidão cardiorrespiratória. 
 
 Cardinale M et al (2003) ressalta que o treinamento (WBV) aumenta a força e as 
capacidades de energia e desempenho de membros inferiores no ballet e na dança 
contemporanea, Ramaiguere P et al (1993) explica que o estímulo provoca contrações 
35 
concêntricas e excêntricas, potencializando o estímulo dos neurônios motores na ativações 
reflexas, juntamente com o recrutamento aumentado. 
 
 Os artigos apresentaram dados importantes, convergindo em diversos aspectos, 
tendo como ideia principal a melhora das capacidades físicas do bailarino, diante de 
estratégias que possibilitem tais adaptações e aprimoramentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
8. CONCLUSÃO 
 
Acredita-se na relevância e importância de elevar o campo da dança na área científica, 
tendo como propósito investigar se a preparação física está diretamente ligada à melhora das 
capacidades de um(a) bailarino(a) possibilitando novos caminhos de atuação e periodizações, 
visando treinamento especializado, não esquecendo de levar em conta toda a individualidade e 
especificidade que demanda os estilos propostos, um dos grandes problemas é a escassez de 
embasamento científico e da falta de iniciação na criação de novos estudos que analisem tal 
proposta. 
Nesse sentido, observa-se na literatura vigente uma carência de estudos que se 
propuseram a identificar quais seriam as melhores estratégias de treinamento, visando a 
melhor proporção entre volume/intensidade nos diversos estilos da dança e estratégias que 
podem ser adotadas em aulas, sobretudo street dance, jazz e ballet clássico, os quais são 
estilos bastante conhecidos e praticados mundialmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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