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Doenças autoimunes

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Doenças autoimunes 
IMUNOLOGIA CLÍNICA 
 
 
 
 
 
 
DIABETES MELLITUS TIPO 1 
 
O diabetes mellitus tipo 1, também chamado de 
diabetes mellitus dependente de insulina, é 
caracterizado pela deficiência grave de insulina 
decorrente da destruição das células  
pancreáticas por um mecanismo 
imunomediado. 
 
Caracteriza-se clinicamente por início súbito, 
perda de peso, sede, poliúria e letargia. Com a 
queda na produção de insulina, ocorre a 
produção de cetonas, que podem ser 
detectadas na urina, no sangue e na respiração, 
podendo levar o paciente à cetoacidose e coma 
hiperosmolar, que são situações de 
emergência. O diabetes tipo I ocorre 
geralmente em crianças e adultos jovens. 
 
Fatores associados à predisposição ao Diabetes 
do tipo I: 
 
 Fatores genéticos: 
 Variações na molécula de HLA da classe II 
que afeta o reconhecimento pelos 
receptores de células T ou altera a forma 
de apresentação do antígeno, podendo 
levar a uma reatividade imunológica 
anormal. 
 Fatores ambientais: infecções virais. 
DOENÇAS AUTOIMUNES DA TIREOIDE 
 
A Tireoide é controlada pelo hormônio 
estimulante da tireoide (TSH), que a estimula a 
produzir e liberar os hormônios T3 e T4. O nível 
de TSH apresenta correlação negativa com a 
concentração desses hormônios. No 
hipertireoidismo, em que os níveis hormonais 
de T3 e T4 se encontram altos, o nível de TSH 
diminui. Já no hipotireoidismo, que se 
caracteriza por baixas concentrações séricas de 
T3 e T4, o THS está elevado. 
 
As doenças autoimunes da tireoide 
caracterizam-se pela presença de 
autoanticorpos IgG contra a tireoglobulina 
(Tg), a tireoperoxidase e, mais especificamente 
para o caso da doença de Graves, os anticorpos 
contra os receptores de TSH. 
 
 
Doença de Graves (Hipertireoidismo) 
 
Caracteriza-se por um estado hipermetabólico 
da tireoide com níveis elevados de T3 e T4 
livres, por um mecanismo imunomediado. 
 
A doença de Graves é mais comum em 
mulheres do que em homens e intercala 
períodos de remissão e de exacerbação. Entre 
os anticorpos que podem ser encontrados no 
plasma do paciente, destacam-se: anti-
tireoperoxidase, antitireoglobulina e o anti-
receptor de TSH. 
 
Dentre os achados clínicos, estão: 
 
 Hipertireoidismo: 
 Manifesta-se principalmente com 
palpitações, pulso rápido, fadiga, 
fraqueza muscular, perda de peso com 
bom apetite, diarreia, intolerância ao 
calor, pele quente, transpiração 
excessiva, instabilidade emocional, 
alterações menstruais e tremor fino nas 
mãos. 
 Oftalmopatia infiltrativa com exoftalmia: 
 Consiste em protrusão do globo ocular, 
edema periorbital e retração da pálpebra, 
resultando em um olhar característico. 
 Hipertrofia e hiperplasia do parênquima 
tireoidiano: 
 Resultam em aumento difuso da tireoide 
(bócio). 
 
 
Tireoidite de Hashimoto 
(Hipotireoidismo) 
 
Caracteriza-se por uma insuficiência gradativa 
da tireoide decorrente da destruição da 
arquitetura folicular normal, com intensa 
infiltração linfocitária e fibrose, característica 
de uma reação autoimune e celular. Também é 
mais comum entre mulheres. 
 
Manifestações clínicas principais: fadiga, 
letargia, intolerância ao frio, bradicardia, 
irregularidade menstrual, constipação, 
aumento de peso, pele seca, edema, reflexo 
lento, diminuição da capacidade de 
concentração e depressão. Ocorre um aumento 
indolor e difuso da tireoide, que pode variar de 
não palpável até duas a três vezes o seu 
tamanho normal. 
Laboratorialmente, os níveis de T3 e T4 estão 
abaixo do normal e o TSH se eleva como 
mecanismo de compensação. 
 
 
ESCLEROSE MÚLTIPLA 
 
A esclerose múltipla é uma doença 
desmielinizante com episódios de ataque 
neurológico, lesões da substância branca, 
intercalados por períodos de remissão de 
duração variável e de novos ataques em 
espaços distintos, com a formação de novas 
lesões. O curso da doença é imprevisível. 
 
 Aspectos clínicos: 
 Sinais e sintomas característicos: 
acometimento visual, ataxia, fadiga, 
incontinência urinária e paralisia dos 
membros superiores e inferiores. 
 Após o episodio inicial, a reminielização 
ocorre em parte, o que confere melhora 
clínica do paciente. Entretanto, a doença 
intercala períodos de remissão e de 
novos ataques, acometendo outras áreas 
do SNC. 
 Patogênese: 
 Acredita-se que o evento inicial seja a 
quebra da barreira hematoencefálica, 
seguida de infiltração de células 
mononucleares, constituída 
principalmente de células T 
autorreativas. Estas reconhecem e 
atacam os componentes da mielina, 
resultando em rápida destruição da 
substancia branca. 
 
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO 
 
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma 
doença autoimune que afeta diversos órgãos, 
com manifestações multiformes e 
comportamento clínico variável. Do ponto de 
vista clínico, é uma doença imprevisível, 
remitente e recorrente, de início súbito ou 
insidioso que pode envolver qualquer órgão. 
Entretanto, ela afeta principalmente pele, rins, 
articulações e coração. Sob o aspecto 
imunológico, a doença está associada a uma 
grande variedade de autoanticorpos, incluindo 
anticorpos antinucleares. Predomina no sexo 
feminino. 
 
 
ARTRITE REUMATOIDE 
 
A artrite reumatoide (AR) é uma doença 
inflamatória crônica sistêmica, que afeta 
muitos tecidos, atacando principalmente as 
articulações. Ela causa sinovite proliferativa 
não purulenta que frequentemente progride 
para destruir a cartilagem articular e o tecido 
ósseo subjacente, com resultante artrite 
incapacitante. 
 
 Patogenia: 
 A AR é uma doença autoimune que 
envolve interações com fatores 
genéticos, ambientais e imunológicos. As 
alterações patológicas são causadas 
principalmente por inflamação mediada 
por citocinas, com as células TCD4 sendo 
a principal fonte das citocinas. 
 
O curso clínico da AR é altamente variável. Na 
maioria dos pacientes, ela segue um curso 
crônico, de natureza remitente-recorrente. 
 
Como outras doenças autoimunes, a AR é uma 
doença na qual fatores genéticos e ambientais 
contribuem para a interrupção da tolerância a 
autoantígenos. 
 
Quando um envolvimento extra-articular se 
desenvolve, por exemplo da pele, coração, 
vasos sanguíneos, músculos e pulmões, a AR 
pode se assemelhar a ao lúpus ou ao 
escleroderma. 
 
 
Principais processos envolvidos na patogenia da 
artrite reumatoide.

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