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03/08/2021 1 P R O F . M E S T R E : F E L I P E R A F A E L G O M E S B E A T O E - M A I L : F E L I P E R G B E A T O @ H O T M A I L . C O M FÍSICA III DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS • LT1 (Trabalho 1) – 5 pontos • AV1 (Prova 1) – 20 pontos • LT2 (Trabalho 2) – 5 pontos • AV2 (Prova 2) – 20 pontos • LT3 (Trabalho 3) – 5 pontos • AV3 (Prova 3) – 10 pontos • AV4 (Prova 2) – 25 pontos 2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • FUNDAMENTOS DE FISICA 1 - 9ED – Halliday • FÍSICA CONCEITUAL – 9ED – Paul G. Hewtt 3 O ÁTOMO E MOLÉCULAS O que é um átomo? Átomo é o nome dado ao formador da matéria (tudo aquilo que ocupa espaço e possui massa). Esse nome foi proposto pelos filósofos gregos Demócrito e Leucipo. O que é uma molécula? Molécula é um conjunto de átomos, iguais ou diferentes, unidos por ligações químicas. 4 03/08/2021 2 TABELA PERIÓDICA 5 O ÁTOMO 6 MODELOS ATÔMICOS A teoria atômica foi reforçada pelo conceito de que prótons e nêutrons são feitos de unidades ainda menores chamados quarks. Os próprios quarks são, por sua vez feita de cordas vibrantes de energia. A teoria da composição do átomo continua a ser uma aventura contínua e emocionante. 7 CONCEITOS BÁSICOS DE ELETROSTÁTICA 8 Toda a matéria que conhecemos é formada por moléculas; Toda molécula é formada de átomos; Os átomos são compostos por três tipos de partículas elementares: prótons (+), nêutrons e elétrons (-). 03/08/2021 3 CONCEITOS BÁSICOS DE ELETROSTÁTICA • A Camada de Valência é a última camada de distribuição eletrônica de um átomo. 9 CARGAS ELÉTRICAS 10 Um corpo carregado positivamente, tem falta de elétrons; Um corpo carregado negativamente, tem excesso de elétrons; Um corpo neutro tem a mesma quantidade de prótons e elétrons. QUANTIDADE DE CARGA DE UM CORPO 11 Os corpos podem estar carregados, para determinar a carga deles, basta calcular por meio: Onde: Q = quantidade de carga de um corpo; n = número de elétrons ou prótons; e = Carga elementar de prova. (Prótons e elétrons) 𝑒 = ±1,6𝑥10 𝐶 𝑄 = 𝑛. 𝑒 ELETRIZAÇÃO • A única modificação que um átomo pode sofrer sem que haja reações de alta liberação e/ou absorção de energia é a perda ou ganho de elétrons. • Por isso, um corpo é chamado neutro se ele tiver número igual de prótons e de elétrons, fazendo com que a carga elétrica sobre o corpo seja nula. • Pela mesma analogia podemos definir corpos eletrizados positivamente e negativamente. 12 03/08/2021 4 ELETRIZAÇÃO • Um corpo eletrizado negativamente tem maior número de elétrons do que de prótons, fazendo com que a carga elétrica sobre o corpo seja negativa. • Um corpo eletrizado positivamente tem maior número de prótons do que de elétrons, fazendo com que a carga elétrica sobre o corpo seja positiva. 13 ELETRIZAÇÃO 14 Fique atento: É comum haver confusão sobre corpos positivamente carregados, principalmente, já que é plausível de se pensar que para que o corpo tenha carga elétrica positiva ele deva receber carga elétrica positiva, ou seja, ganhar prótons. Quando na verdade um corpo está positivamente carregado se ele perder elétrons, ficando com menos carga elétrica negativa. Para que durante os cálculos você não se confunda, lembre que a física vista a nível de ensino médio estuda apenas reações elementares e cotidianas, como o movimento de elétrons. As reações onde as partículas intranucleares (nêutrons e prótons) podem ser modificadas são estudadas na parte da ciência conhecida como Física Nuclear. ELETRIZAÇÃO • Eletrizar um corpo significa basicamente tornar diferente o número de prótons e de elétrons (adicionando ou reduzindo o número de elétrons). • Podemos definir a carga elétrica de um corpo (Q) pela relação: 15 Onde: Q = quantidade de carga de um corpo; n = número de elétrons ou prótons; e = Carga elementar de prova. (Prótons e elétrons) 𝑒 = ±1,6𝑥10 𝐶 𝑄 = 𝑛. 𝑒 TIPOS DE ELETRIZAÇÃO 16 Ocorre quando atritamos dois corpos de substâncias diferentes (ou não), inicialmente neutros, e haverá transferência de eletros de um corpo para o outro, de tal forma que um corpo fique eletrizado positivamente (cedeu elétrons), e outro corpo fique eletrizado negativamente (ganhou elétrons). 03/08/2021 5 TIPOS DE ELETRIZAÇÃO 17 A eletrização por atrito é mais forte quando é feita por corpos isolantes, pois os elétrons permanecem nas regiões atritadas. TIPOS DE ELETRIZAÇÃO 18 A esfera A esta eletrizada positivamente e todos os seus pontos possuem potencial elétrico negativo, ao contrario da esfera B que está neutra e seu potencial elétrico é nulo. Portanto existe diferença de potencial entre as esferas. Quando encostamos as duas esferas, a diferença de potencial elétrico (Q) que existe entre elas, faz com que os elétrons da esfera negativamente carregada(A) passem espontaneamente para a esfera neutra de menor potencial. TIPOS DE ELETRIZAÇÃO 19 𝑸𝑨 𝑹𝑨 = 𝑸𝑩′ 𝑹𝑩 Para corpos esféricos. Para esferas iguais. 𝑸𝑨 = 𝑸𝑩 OBS: Após contato, os corpos tem mesmo sinal de carga. TIPOS DE ELETRIZAÇÃO 20 Aterramento: corpo ligado por um condutor ao solo, planeta Terra. A terra será por teoria: Esfera condutora; Potencial igual a zero; Raio infinito. 03/08/2021 6 EXERCÍCIO 1 21 Na eletrosfera de um átomo de magnésio temos 12 elétrons. Qual a carga elétrica de sua eletrosfera? RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 1 22 Na eletrosfera de um átomo de magnésio temos 12 elétrons. Qual a carga elétrica de sua eletrosfera? 𝑄 = 𝑛. 𝑒 𝑄 = 12.1,6𝑥10 𝑄 = 19,2𝑥10 C 23 EXERCÍCIO 2 (PUC–SP) Duas esferas A e B, metálicas e idênticas, estão carregadas com cargas respectivamente iguais a 16 µC e 4 µC. Uma terceira esfera, C, metálica e idêntica às anteriores, está inicialmente descarregada. Coloca- se C em contato com A. Em seguida, esse contato é desfeito e a esfera C é colocada em contato com B. Supondo que não haja troca de cargas elétricas com o meio exterior, a carga final de C é de: A) 8 µC B) 6 µC C) 4 µC D) 3 µC E) nula 24 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 2 03/08/2021 7 25 ELETRIZAÇÃO E APLICAÇÕES A atração e repulsão entre corpos eletricamente carregados têm muitas aplicações industriais. PRINCÍPIO DA ELETROSTÁTICA 26 Princípio da atração e repulsão. OBS: Corpos neutros também podem sofrer atração eletrostática. 2 Nêutrons não interagem. PRINCÍPIO DA ELETROSTÁTICA 27 Conservação de cargas. O QUE É UM FÓTON? • Partículas que compõem a luz. • Pacotes de energia. • Energia: E = energia (J ou eV); h = constante de Planck; f = frequência (Hz); C = velocidade de luz no vácuo (3x108 m/s) ʎ = Comprimento de onda. 28 𝑣 = λ𝑓 c = λ𝑓 𝑓= 03/08/2021 8 FÓTON E ELÉTRONS 29 CONDUTORES E ISOLANTES 30 Os materiais podem ser classificados de acordo com a facilidade com a qual as cargas elétricas se movem no seu interior. Depende do número de elétrons em sua banda de valência. Isolantes mais de 3 elétrons e condutores (Portadores Livres) menos de 3 elétrons; Os semicondutores, como o silício e o germânio possuem propriedades elétricas intermediárias entre as dos condutores e as dos não condutores; Os supercondutores são condutores perfeitos, materiais nos quais as cargas se movem sem encontrar nenhuma resistência. ESTRUTURA DE BANDAS 31 ISOLANTE, CONDUTOR, SEMICONDUTOR E SEMIMETAL 32 03/08/2021 9 ISOLANTE, CONDUTOR, SEMICONDUTOR E SEMIMETAL 33 34 COULOMB Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) foi um físico francês conhecido pela formulação matemática da lei de Coulomb. A lei de Coulomb estabelece que a força de atração, ou repulsão, entre duas partículas carregadas é diretamente proporcional ao módulo de suas cargas e inversamente proporcional à distância que as separa. 35 FORÇA ELÉTRICA – LEI DE COULOMB 36 FORÇA ELÉTRICA – LEI DE COULOMB A lei que permite calcular as forças exercidas (atração ou repulsão) por partículas carregadas. Onde: ȓ = é um vetor unitário na direção da reta que liga as duas partículas; F = força elétrica (N); K = constante 8,99𝑥10 (N.m²/C²); 𝑸𝟏𝒆 𝑸𝟐 = Corpos ou cargas carregados(C); d = distância entre as cargas (m); 𝜺𝟎 = 8,85𝑥10 Permissividade elétrica do meio (Vácuo). 𝐹 = 𝑘. 𝑄 𝑄 𝑑 ȓ 𝑘 = = 8,99𝑥10 03/08/2021 10 37 FORÇA ELÉTRICA – LEI DE COULOMB Sistemas de múltiplas cargas. 𝐹 = 𝑘. 𝑄 𝑄 𝑑 ȓ Pegar de duas em duas cargas: 𝐹 = 𝐹 + 𝐹 38 2° LEI DE NEWTON – VETORES FORÇA Sentidos e direções iguais Sentidos e direções diferentes Formando ângulo de 90° Formando ângulo qualquer Lei dos Cossenos 𝐹 ² = 𝐹 ² + 𝐹 ² 𝐹 = 𝐹 + 𝐹 𝐹 = 𝐹 − 𝐹 39 EXERCÍCIO 3 (UNIFESP-SP) Duas partículas de cargas elétricas. Q = 4,0 × 10-16 C e q‚ = 6,0 × 10-16 C estão separadas no vácuo por uma distância de 3,0.10-9m. Sendo k = 9,0.109 N.m²/C², a intensidade da força de interação entre elas, em newtons, é de: 40 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 3 03/08/2021 11 41 EXERCÍCIO 4 (UEL-PR) Duas cargas iguais de 2.10-6C, se repelem no vácuo com uma força de 0,1N. Sabendo-se que a constante elétrica do vácuo é 9,0.109 N.m²/C², a distância entre as cargas, em metros, é de: 42 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 4 Como a partícula 1, “sabe” da existência da partícula 2? Definição: podemos definir o campo elétrico em um espaço que identifica ponto nas proximidades de um objeto carregado eletricamente. 43 CAMPO ELÉTRICO (E) 44 CAMPO ELÉTRICO (E) Para fins de cálculo, Então o campo elétrico (E), é a razão da força elétrica (F) pelo módulo da carga (q). 𝐹 = 𝑞𝑑𝐸 03/08/2021 12 45 LINHAS DE CAMPO ELÉTRICO O cientista inglês Michael Faraday, que introduziu a ideia de campos elétricos no século XIX, imaginava que o espaço nas vizinhanças de um corpo eletricamente carregado era ocupado por linhas de força. 46 LINHAS DE CAMPO ELÉTRICO Cargas isoladas Sentido do campo elétrico 47 CAMPO ELÉTRICO PRODUZIDO POR UMA CARGA PONTUAL O sentido de F é para longe da carga pontual se q for positiva e na direção da carga pontual se q for negativa. 𝐹 = 𝑘. 𝑞 𝑞 𝑟 ȓ 𝑘 = = 8,99𝑥10 𝐸 = 1 4𝜋𝜀 . 𝑞 𝑟 ȓ𝐹 = 𝑞𝑑𝐸 48 CAMPO ELÉTRICO PRODUZIDO POR VARIAS CARGAS PONTUAIS Lembrando que o campo é vetorial, seria uma somatória de vetores. 𝐸 = 1 4𝜋𝜀 . 𝑞 𝑑 ȓ 𝐸 = 𝐸 + 𝐸 + 𝐸 … 03/08/2021 13 49 CAMPO ELÉTRICO DE UMA ESFERA 𝐸 = 𝑘 . 𝑞 𝑟 ȓ Não importa a carga assumida pela esfera, seu centro terá campo elétrico nulo. 50 EXERCÍCIO 5 (UNIFESP-SP) Duas partículas de cargas elétricas Q = 4,0×10-16C e q‚ = 6,0×10-16C estão separadas no vácuo por uma distância de 3,0.10-9m. Sendo k = 9,0x109 N.m2/C2, a intensidade da força de interação entre elas, em newtons, é de: 51 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 5 52 EXERCÍCIO 6 (UFJF) Duas esferas igualmente carregadas, no vácuo, repelem-se mutuamente quando separadas a uma certa distância. Triplicando a distância entre as esferas, a força de repulsão entre elas torna-se: a) 3 vezes menor b) 6 vezes menor c) 9 vezes menor d) 12 vezes menor e) 9 vezes maior. 03/08/2021 14 53 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 6 54 BLINDAGEM ELETROSTÁTICA Não importa a carga assumida e nem o formato do corpo fechado, desde que seja metálico, seu centro terá campo elétrico nulo. 55 RIGIDEZ DIELÉTRICA – PODER DAS PONTAS A rigidez dielétrica de um certo material é um valor limite de campo elétrico aplicado sobre a espessura do material (kV/cm), sendo que, a partir deste valor, os átomos que compõem o material se ionizam e o material dielétrico deixa de funcionar como um isolante. 56 RIGIDEZ DIELÉTRICA – PODER DAS PONTAS O "Efeito Corona" é um fenômeno observado próximo de pontas de um condutor onde ocorrem descargas elétricas. Isto ocorre devido à grande concentração de cargas elétricas na ponta, tornando o campo elétrico muito intenso. Com isto ocorrerá atração para a ponta de íons de sinal contrário às cargas da ponta e repulsão de íons de mesmo sinal. Os íons atraídos provocam descarga da ponta. 03/08/2021 15 57 RIGIDEZ DIELÉTRICA – PODER DAS PONTAS PARA RAIOS 58 ATERRAMENTO ELÉTRICO 59 O “terra” é um conector que possui valor igual a zero Volt absoluto, ou seja, seu valor não se altera, diferentemente do neutro. Dessa forma, ele é o responsável por eliminar a “sujeira” elétrica dos componentes, pois toda carga eletrostática acumulada neles é descarregada para a terra. ATERRAMENTO ELÉTRICO 60 Para-raios são hastes metálicas pontiagudas feitas de cobre, alumínio ou aço. Costumam ser posicionados em lugares elevados, como no alto dos edifícios, a fim de proteger-lhes dos possíveis danos causados por raios. Os para-raios são conectados à Terra por fios condutores, que oferecem um caminho de baixa resistência para as descargas elétricas atmosféricas (raios). O objetivo do para-raios, entretanto, não é o de atrair os raios para si, mas o de oferecer um caminho pelo qual eles possam atravessar, de modo a produzir a menor quantidade de danos possível. 03/08/2021 16 61 RUPTURA DIELÉTRICA E CENTELHAMENTO Quando o módulo do campo elétrico no ar excede um valor crítico Ec, o ar sofre uma ruptura dielétrica, processo no qual o campo arranca elétrons de átomos do ar. Com isso, o ar se torna um condutor de corrente elétrica, já que os elétrons arrancados são postos em movimento pelo campo. Ao se moverem, esses elétrons colidem com outros átomos do ar, fazendo com que emitam luz. 62 EXERCÍCIO 7 Duas esferas metálicas contendo as cargas Q e 2Q estão separadas pela distância de 1,0 m. Podemos dizer que, a meia distância entre as esferas, o campo elétrico gerado por: a) ambas as esferas é igual. b) uma esfera é 1/2 do campo gerado pela outra esfera. c) uma esfera é 1/3 do campo gerado pela outra esfera. d) uma esfera é 1/4 do campo gerado pela outra esfera. e) ambas as esferas é igual a zero. 63 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 7 64 LEI DE GAUSS Conceitos Básicos Área – é um conceito matemático que pode ser definida como quantidade de espaço bidimensional, ou seja, de superfície. (SI – m²); Vazão – é o volume de determinado fluido que passa por uma determinada seção de um conduto livre ou forçado, por uma unidade de tempo. (SI – m³/s); Fluxo elétrico – é o ato ou efeito de fluir (movimentar) de um material em um sentido de modo contínuo. 03/08/2021 17 65 LEI DE GAUSS A lei de Gauss é válida para qualquer situação, com campo uniforme, ou não, e para qualquer tipo de superfície fechada, também denominada superfície Gaussiana. Isso é sempre possível quando a distribuição de cargas apresenta alta simetria. Existem três tipos de simetrias que facilitam o uso da lei de Gauss • Simetria planar; • Simetria cilíndrica ou axial; • Simetria esférica 66 LEI DE GAUSS Podemos também usar a lei de Gauss no sentido inverso: se conhecemos o campo elétrico em uma superfície gaussiana, podemos determinar a carga total envolvida pela superfície. Entretanto, para calcular o valor da carga, precisamos calcular a quantidade decampo elétrico que é interceptada pela superfície gaussiana 67 EQUAÇÕES DE MAXWELL 68 EQUAÇÕES DE MAXWELL Equação da eletricidade. Utilizando o conceito de fluxo por cargas elétricas Ф . https://www.youtube.com/watch?v=liitVYRt9-U 03/08/2021 18 69 FLUXO ELÉTRICO (Ф) Ф = 𝐸 . cosθ . 𝐴Ф = 𝐸. 𝑑𝐴 (SI – Webber W) Ф = V. cosθ . 𝐴 CORRENTE ELÉTRICA 70 Corrente elétrica é o movimento ordenado de cargas elétricas (elétrons). 𝑖= 𝐴𝑚𝑝𝑒𝑟= André Marie Ampère Físico e Matemático francês (1775/1836), teve varias contribuições com a ciência, uma delas foi o movimento de elétrons nos materiais, do qual foi o primeiro a publicar um trabalho significativo da corrente elétrica. EXERCÍCIO 8 71 (U.E. Londrina-PR) – Pela secção reta de um condutor de eletricidade passam 12,0 C a cada minuto. Nesse condutor, a intensidade da corrente elétrica, em ampères, é igual a: a) 0,08 b) 0,20 c) 5,00 d) 7,20 e) 120 RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO 8 72 𝐴𝑚𝑝𝑒𝑟= 𝐼 = 𝑄 𝑡 𝐼 = 12 60 𝐼 = 0,2 𝐴 Resposta letra C 03/08/2021 19 EXERCÍCIO 9 73 Quando temos uma carga elétrica descrita por uma função dependente do tempo, podemos obter a corrente elétrica por meio de uma derivada. Suponha que uma dasplacas de um capacitor elétrico se descarrega de acordo com a seguinte expressão: q(t) = 3.10−4 x e−0,5t . Marque a alternativa que indica a intensidade da corrente elétrica gerada no instante t = 4s: a) 10μA. b) 15μA. c) 20μA. d) 25μA. e) 30μA. RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO 9 74 Primeiro, iremos derivar a parte que tem o tempo "e-0,5.t", o resultado da derivada e "-0,5.e-0,5.t". Logo após, basta substituir na formula ficando: 3.10-4 . -0,5.e-0,5.4(pois t=4 na questão) = -20.10-6A. Como não existe corrente negativa, logo se trata de um modulo, ficando o resultado final como 20.10-6A. Resposta letra C 𝑖= CORRENTE ELÉTRICA CONTÍNUA 75 A corrente elétrica contínua é aquela na qual os elétrons são forçados a deslocar-se em sentido único. CORRENTE ELÉTRICA ALTERNADA 76 A corrente elétrica alternada, o sentido do movimento dos elétrons é periodicamente invertido devido à uma inversão na polaridade do potencial que é aplicado ao condutor. Nesse tipo de corrente elétrica, os elétrons permanecem oscilando em torno da mesma posição, isso faz com que haja menos perdas de energia em razão do efeito Joule, transformação de energia elétrica em energia térmica. No Brasil, a frequência de oscilação da corrente elétrica alternada é de 60 Hz, isto é, os elétrons no interior dos fios movem-se em vai e vem cerca de 60 vezes por segundo. 03/08/2021 20 CORRENTE ELÉTRICA ALTERNADA 77 DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO 78 Alessandro Giuseppe Antônio Anastásio Volta (1745/1827), na pequena cidade de Como, próxima de Milão, na Itália. A pilha elétrica, em 1800. DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO 79 A diferença de potencial (d.d.p.), também chamada de tensão, é definida como o trabalho necessário para que uma carga se desloque de um ponto A para um ponto B, quando imersa em um campo elétrico. Para entendermos a d.d.p, relembremos o seguinte: todo corpo que está eletrizado, recebeu ou cedeu elétrons. Como a carga de um elétron é representada por (-) o corpo que recebeu elétrons fica carregado negativamente (denominado de íon negativo ou ânion), já o corpo que cedeu elétrons ou perdeu fica carregado positivamente, pois o mesmo tem falta de elétrons, denominado de íon positivo ou cátion. Portanto esse desequilíbrio de cargas entre dois corpos revela que ambos têm um potencial elétrico diferente, ou seja, existe uma diferença de potencial elétrica. DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO 80 𝑼 = 𝒅𝑽 𝑩 𝑨 𝑬𝒑 = 𝑼. 𝒒 03/08/2021 21 EXERCÍCIO 10 81 Calcule a tensão U de uma bateria industrial que tem a seguinte diferença nos seus polos 𝑈 = ∫ 4𝑣 𝑑𝑣. RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 10 82 Calcule a tensão U de uma bateria industrial que tem a seguinte diferença nos seus polos 𝑈 = ∫ 4𝑣 𝑑𝑣. 𝑈 = 4𝑣 𝑑𝑣 𝑈 = 4𝑣 4 𝑈 = (𝑣 ) − (𝑣 ) 𝑈 = 16𝑉 POTÊNCIA ELÉTRICA 83 Potência elétrica é definida como a rapidez com que um trabalho é realizado. Ou seja, é a medida do trabalho realizado por uma unidade de tempo. A unidade de potência no sistema internacional de medidas é o watt (W), em homenagem ao matemático e engenheiro James Watts que aprimorou a máquina à vapor. No caso dos equipamentos elétricos, a potência indica a quantidade de energia elétrica que foi transformada em outro tipo de energia por unidade de tempo. 𝑷 = 𝒊 𝒅𝑽 𝑩 𝑨 𝑷 = 𝑼 𝒅𝒒 𝒅𝒕 POTÊNCIA ELÉTRICA 84 Por exemplo, uma lâmpada incandescente que em 1 segundo transforma 100 joule de energia elétrica em energia térmica e luminosa terá uma potência elétrica de 100 W. 03/08/2021 22 RESISTORES ELÉTRICOS 85 Georg Simon Ohm Georg Simon Ohm (1787 - 1854) foi um físico e matemático alemão que definiu o novo conceito de resistência elétrica. Sua formulação matemática é conhecida como “As Leis de Ohm". SI RESISTORES ELÉTRICOS 86 Resistência elétrica é a capacidade de um corpo qualquer se opor à passagem de corrente elétrica mesmo quando existe uma diferença de potencial aplicada. 1° LEI DE OHM 87 A Primeira Lei de Ohm postula que um condutor ôhmico (resistência constante) mantido à temperatura constante, a intensidade (i) de corrente elétrica será proporcional à diferença de potencial (ddp) aplicada entre suas extremidades. I: intensidade da corrente elétrica, medida em Ampére (A). RESISTÊNCIAS NÃO ÔHMICAS 88 03/08/2021 23 VOLTANDO EM POTÊNCIA ELÉTRICA 89 Tensão x corrente Resistência x corrente E quando estiver falando de Tensão e Resistência? DEMONSTRAÇÃO DE EQUAÇÕES 90 𝑷 = 𝑼. 𝒊 𝑼 = 𝑹. 𝒊 Isola o U depois o i 𝑷 = 𝑹. 𝒊. 𝒊 𝑷 = 𝑹. 𝒊² 𝑷 = 𝑼. 𝑼 𝑹 𝑷 = 𝑼. 𝒊 𝑷 = 𝑼² 𝑹 𝑷 = 𝑼. 𝒊 (VUNESP) Os valores nominais de uma lâmpada incandescente, usada em uma lanterna, são: 6,0 V; 20 mA. Isso significa que a resistência elétrica do seu filamento é de: a) 150 Ω, sempre, com a lâmpada acesa ou apagada. b) 300 Ω, sempre, com a lâmpada acesa ou apagada. c) 300 Ω com a lâmpada acesa e tem um valor bem maior quando apagada. d) 300 Ω com a lâmpada acesa e tem um valor bem menor quando apagada. e) 600 Ω com a lâmpada acesa e tem um valor bem maior quando apagada. 91 EXERCÍCIO 11 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 11 92 𝑹 = 𝑼 𝒊 𝑼 = 𝑹. 𝒊 𝑹 = 𝟔 𝟐𝟎𝒙𝟏𝟎 𝟑 𝑹 = 𝟔 𝟐𝒙𝟏𝟎 𝟐 𝑹 = 𝟑𝒙𝟏𝟎𝟐 𝑹 = 𝟑𝟎𝟎 𝒐𝒉𝒎𝒔 03/08/2021 24 Determine a corrente elétrica que flui por um resistor de 1 kΩ quando ele é submetido a uma ddp de 200 V. 93 EXERCÍCIO 12 Determine a corrente elétrica que flui por um resistor de 1 kΩ quando ele é submetido a uma ddp de 200 V. 94 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 12 𝑖 = 𝑉 𝑅 𝑖 = 200 1000 𝑖 = 0,2𝐴 Um aquecedor elétrico ligado ao setor com 220V consome 1,1A de intensidade de corrente. Qual o valor da resistência do aquecedor? 95 EXERCÍCIO 13 Um aquecedor elétrico ligado ao setor com 220V consome 1,1A de intensidade de corrente. Qual o valor da resistência do aquecedor? 96 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 13 𝑅 = 𝑉 𝑖 𝑅 = 220 1,1 𝑅 = 200Ω 03/08/2021 25 "A resistência ( R ) de um condutor homogêneo de secção transversal constante é diretamente proporcional ao seu comprimento e é inversamente proporcional à área de sua secção transversal”. 97 2° LEI DE OHM Um cabo feito de liga de cobre possui área de secção transversal correspondente a 10 mm2. Sabendo que a resistividade da liga de cobre é de 2,1 x 10-2 Ω .mm2/m, determine a resistência para 5 m desse fio. 98 EXERCÍCIO 14 Um cabo feito de liga de cobre possui área de secção transversal correspondente a 10 mm2. Sabendo que a resistividade da liga de cobre é de 2,1 x 10-2 Ω .mm2/m, determine a resistência para 5 m desse fio. 99 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 14 (UNIFESP) Você constrói três resistências elétricas, RA, RB e RC, com fios de mesmo comprimento e com as seguintes características: • I. O fio de RA tem resistividade 1,0·10–6 Ω·m e diâmetro de 0,50 mm. • II. O fio de RB tem resistividade 1,2·10–6 Ω·m e diâmetro de 0,50 mm. • III. O fio de RC tem resistividade 1,5·10–6 Ω·m e diâmetro de 0,40 mm. Pode-se afirmar que: a) RA > RB > RC. b) RB > RA > RC. c) RB > RC > RA. d) RC > RA > RB. e) RC > RB > RA. 100 EXERCÍCIO 15 03/08/2021 26 (UNIFESP) Você constrói três resistências elétricas, RA, RB e RC, com fios de mesmo comprimento e com as seguintes características: • I. O fio de RA tem resistividade 1,0·10–6 Ω·m e diâmetro de 0,50 mm. • II. O fio de RB tem resistividade 1,2·10–6 Ω·m e diâmetro de 0,50 mm. • III. O fio de RC tem resistividade 1,5·10–6 Ω·m e diâmetro de 0,40 mm. Pode-se afirmar que: a) RA > RB > RC. b) RB > RA > RC. c) RB > RC > RA. d) RC > RA > RB. e) RC > RB > RA. 101 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 15 (Mack) Um fio A tem resistência elétrica igual a duas vezes a resistência elétrica de outro fio B. Sabe-se que o fio A tem o dobro do comprimento do fio B e sua secção transversal tem raio igual à metade do raio da secção transversal do fio B.A relação pA / pB entre a resistividade do material do fio A e a resistividade do material do fio B é: • a) 0,25 • b) 0,50 • c) 0,75 • d) 1,25 • e) 1,50 EXERCÍCIO 16 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 16 RA = 2RB LA = 2LB rA = 2rB 𝑝𝐴 𝑝𝐵 = 𝑅 𝐴 𝑙 𝑅 𝐴 𝐿𝑝𝐴 𝑝𝐵 = 2𝑅 𝐴 2𝐿 𝑅 4𝐴 𝐿 𝑝𝐴 𝑝𝐵 = 1 4 = . 104 PROBLEMA ENCONTRADO - TEMPERATURA 03/08/2021 27 EFEITO JOULE 105 Os resistores são dispositivos elétricos que ao serem percorridos por uma corrente, transformam energia elétrica em energia térmica. Esse fenômeno é chamado de efeito Joule e neste caso dizemos que o resistor dissipa a energia elétrica. Aquecedores, chuveiros elétricos, secadores de cabelo, lâmpadas incandescentes, ferros de passar roupa são exemplos de equipamentos que utilizam esse efeito. 106 A corrente elétrica é resultado de movimentação de elétrons livres, como já vimos. Ao existir corrente elétrica as partículas que estão em movimento acabam colidindo com as outras partes do condutor que se encontra em repouso, causando uma excitação que por sua vez irá gerar um efeito de aquecimento. A este efeito dá-se o nome efeito Joule. Q = calor em física 2 (não é carga) EFEITO JOULE QUEM CRIOU O CHUVEIRO ELÉTRICO? 107 1940, por um paulista chamado Francisco Canho 108 EFEITO JOULE - APLICAÇÕES 03/08/2021 28 109 TIPOS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA RESISTÊNCIA ELÉTRICA CERÂMICA 111 Em vários circuitos elétricos é muito comum a associação de resistores. Isso é feito quando se deseja obter valor de resistência equivalente do que aquele que é fornecido por um resistor apenas. Os resistores podem ser associados de três maneiras básicas que são: associação em série, associação em paralelo e associação mista. 112 ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES 03/08/2021 29 Esse é o tipo de associação onde os resistores são ligados um em seguida do outro, de modo a serem percorridos pela mesma corrente elétrica. Veja, no esquema abaixo, como fica a associação de alguns resistores em série: 113 ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE Req = R1 + R2 + R3 114 ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE Req = R1 + R2 + R3 OBS: É importante destacar que a resistência equivalente desse tipo de circuito será sempre maior que o valor de apenas um resistor. 115 ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE UT = U1 + U2 + U3 A diferença de potencial (ddp) total aplicada entre os pontos A e B é igual a soma das ddps de cada resistor, ou seja: OBS: A Tensão é proporcional a resistência, por isso a divisão nem sempre é igual. 116 ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE iT = i1 = i2 = i3 ... A corrente elétrica (i) total aplicada entre os pontos A e B de uma fonte é igual em cada resistor, ou seja, a mesma para qualquer ponto em serie: 03/08/2021 30 Calcule a resistência equivalente do circuito, e depois diga qual a corrente que passa pelo resistor de 10 ohms. 117 EXERCÍCIO 17 Calcule a resistência equivalente do circuito, e depois diga qual a corrente que passa pelo resistor de 10 ohms. 118 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 17 (UE – MT) A diferença de potencial entre os extremos de uma associação em série de dois resistores de resistências 10Ω e 100 Ω é 220V. Qual é a diferença de potencial entre os extremos do resistor de 10 Ω? 119 EXERCÍCIO 18 V (UE – MT) A diferença de potencial entre os extremos de uma associação em série de dois resistores de resistências 10Ω e 100 Ω é 220V. Qual é a diferença de potencial entre os extremos do resistor de 10 Ω? 120 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 18 V 03/08/2021 31 Nesse tipo de associação os resistores são ligados um do lado do outro, de forma que todos os resistores ficam submetidos à mesma diferença de potencial, veja como fica o esquema de um circuito com associação de resistores em paralelo: 121 ASSOCIAÇÃO EM PARALELO ou O valor da resistência equivalente desse tipo de circuito elétrico é sempre menor do que o valor de qualquer uma das resistências que compõem o circuito. 122 ASSOCIAÇÃO EM PARALELO A corrente elétrica total que circula por este tipo de circuito é igual à soma da corrente elétrica que atravessa cada um dos resistores, ou seja: 123 ASSOCIAÇÃO EM PARALELO i = i1 + i2 + i3 ... OBS: A corrente elétrica é proporcional a resistência, por isso a divisão nem sempre é igual. A tensão (ddp) total aplicada entre os pontos A e B de cada resistor é o mesmo. 124 ASSOCIAÇÃO EM PARALELO UT = U1 = U2 = U3 ... 03/08/2021 32 125 COMPARAÇÃO SERIE E PARALELO UT = U1 = U2 = U3 ... • Serie • Paralelo i = i1 + i2 + i3 ... Req = R1 + R2 + R3 UT = U1 + U2 + U3 iT = i1 = i2 = i3 ... Calcule a resistência equivalente do circuito a seguir, e se circular uma corrente de 2 A, qual seria a tensão de alimentação do circuito? 126 EXERCÍCIO 19 Calcule a resistência equivalente do circuito a seguir, e se circular uma corrente de 2 A, qual seria a tensão de alimentação do circuito? 127 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 19 Calcule a resistência equivalente, a corrente total e a corrente em cada resistor. 128 EXERCÍCIO 20 03/08/2021 33 Calcule a resistência equivalente, a corrente total e a corrente em cada resistor. 129 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 20 V = R.i É o tipo de associação que há a mistura de associação em série e em paralelo, assim como mostra o esquema abaixo: Para descobrir a resistência equivalente desse tipo de associação deve-se considerar os tipos de associação de forma separada, bem como suas características. 130 ASSOCIAÇÃO EM MISTA • Uma forma que facilita a resolução de circuitos mistos, é começar sempre no lado oposto a fonte. • Redesenhar o circuito facilita, para ver se esta em paralelo ou série. Imagine que a fonte (ddp) é plugada nos pontos A e B. 131 ASSOCIAÇÃO EM MISTA Calcule a resistência equivalente do circuito abaixo: 132 EXERCÍCIO 21 03/08/2021 34 Calcule a resistência equivalente do circuito abaixo: 133 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 21 Calcule a resistência equivalente do circuito abaixo e determine a tensão que alimenta o circuito do ponto AB, se a corrente total for de 3,2 A. 134 EXERCÍCIO 22 Calcule a resistência equivalente do circuito abaixo e determine a tensão que alimenta o circuito do ponto AB, se a corrente total for de 3,2 A. 135 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 22 136 ASSOCIAÇÃO DE FONTES 03/08/2021 35 LEIS DE KIRCHHOFF As Leis de Kirchhoff são utilizadas para encontrar as intensidades das correntes em circuitos elétricos que não podem ser reduzidos a circuitos simples. Constituídas por um conjunto de regras, elas foram concebidas em 1845 pelo físico alemão Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887), quando ele era estudante na Universidade de Königsberg. 137 LEIS DE KIRCHHOFF 138 1° LEI DE KIRCHHOFF A 1ª Lei de Kirchhoff é chamada de Lei dos Nós, que se aplica aos pontos do circuito onde a corrente elétrica se divide. Ou seja, nos pontos de conexão entre três ou mais condutores (nós). Exemplo: Esta lei é consequência da conservação da carga elétrica, cuja soma algébrica das cargas existentes em um sistema fechado permanece constante. i1 + i2 = i3 + i4 2° LEI DE KIRCHHOFF Esta lei é chamada de Lei das Malhas, sendo aplicada aos caminhos fechados de um circuito, os quais são chamados de malhas. 140 03/08/2021 36 2° LEI DE KIRCHHOFF • A Lei das Malhas é uma consequência da conservação da energia. Ela indica que quando percorremos uma malha em um dado sentido, a soma algébrica das diferenças de potencial (ddp ou tensão) é igual a zero. • Para aplicar a Lei das Malhas, devemos convencionar o sentido que iremos percorrer o circuito. • A tensão poderá ser positiva ou negativa, de acordo com o sentido que arbitramos para a corrente e para percorrer o circuito. • Para isso, vamos considerar que o valor da ddp em um resistor é dado por R . i, sendo positivo se o sentido da corrente for o mesmo do sentido do percurso, e negativo se for no sentido contrário. 141 2° LEI DE KIRCHHOFF 142Aplicando a lei das malhas para esse trecho do circuito, teremos: UAB + UBE + UEF + UFA = 0 Qual o valor de I0? EXERCÍCIO 23 Qual o valor de I0? RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 23 03/08/2021 37 A corrente i do circuito abaixo é: EXERCÍCIO 24 A corrente i do circuito abaixo é: RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 24 As correntes i1; i2 e i3 do circuito abaixo são: EXERCÍCIO 25 As correntes i1; i2 e i3 do circuito abaixo são: RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 25 03/08/2021 38 CAPACITORES Existem capacitoresde diversos formatos e capacitâncias. Todos compartilham algo em comum: • são formados por dois terminais separados por algum material dielétrico. • Quando ligados a uma ddp, um campo elétrico forma-se entre suas placas, fazendo com que os capacitores acumulem cargas em seus terminais, uma vez que o dielétrico em seu interior dificulta a passagem das cargas elétricas através das placas. MATERIAL DIELÉTRICO Denomina-se de dielétrico o material que dificulta a passagem da corrente elétrica. Diferente do resistor, ele tem um limite de carga que suporta antes de conduzir. Nesse tipo de material, os elétrons em fluxo ordenado têm seu movimento impedido. Perceba que a definição de dielétrico é exatamente a mesma para isolante elétrico. MATERIAL DIELÉTRICO Os dielétricos cumprem a importante função de proteger um indivíduo do contato direto com um possível condutor energizado. São utilizados como equipamentos de proteção individual (EPI) em diversas atividades. Outra função desses materiais é a composição de estruturas de capacitores, permitindo maior aproximação das placas que compõem o dispositivo. Como exemplos de materiais dielétricos, podemos citar a madeira seca, água pura, vidro, plástico, borracha, cerâmica, ar etc. CAPACITORES Este equipamento é capaz de armazenar energia potencial elétrica durante um intervalo de tempo, ele é construído utilizando um campo elétrico uniforme. Um capacitor é composto por duas peças condutoras, chamadas armaduras e um material isolante com propriedades específicas chamado dielétrico. 03/08/2021 39 CAPACITORES A capacitância ou capacidade eletrostática de um capacitor representada pela letra C é característica de cada capacitor, sendo definida como a razão entre a carga Q (medida em coulomb “C” no SI) armazenada no capacitor e a diferença de potencial U (medida em volt “V”, no SI) entre as armaduras positiva e negativa, ou seja: C = capacitância (F); Q = quantidade de carga (C); U = diferença de potencial (V); CAPACITORES CAPACITORES ELETROLÍTICO Capacitor polarizado CAPACITORES 03/08/2021 40 EXERCÍCIO 26 Um capacitor consegue armazenar cargas de até 1 nC para uma diferença de potencial entre suas placas de 1 mV. Indique, entre as alternativas abaixo, o módulo da capacitância desse dispositivo: RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 26 EXERCÍCIO 27 A respeito da capacitância e da energia potencial elétrica armazenada em um capacitor, julgue os itens a seguir: I – A capacitância é diretamente proporcional à permissividade elétrica do meio onde está o capacitor. II – Quanto maior a distância entre as placas de um capacitor, maior será sua capacitância. III – A energia potencial elétrica armazenada em um capacitor não depende da capacitância, mas apenas da diferença de potencial estabelecida entre as placas de um capacitor. IV – Os desfibriladores são exemplos de aplicação do estudo de capacitores. V – A área das placas paralelas que compõem o capacitor é diretamente proporcional à capacitância. Está correto o que se afirma em: RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 27 03/08/2021 41 ENERGIA ARMAZENADA EM UM CAPACITOR À medida que o capacitor é carregado por cargas, ele acumula energia potencial elétrica. A expressão matemática utilizada para calcular a quantidade de energia armazenada pelo capacitor é a seguinte: Como chegar nessa equação?? CAMPO ELÉTRICO DE UM CAPACITO Quando um capacitor plano encontra-se ligado a um gerador, ele fica eletrizado e, entre suas armaduras, estabelece-se um campo elétrico uniforme, como pode ser visto na figura. A expressão matemática utilizada para calcular a intensidade desse campo é dada por: E = campo elétrico (N/C); U = diferença de potencial (V); d = distância (m). EXERCÍCIO 28 (Unimontes-MG–2007/Adaptado) O gráfico mostra a evolução da carga armazenada em função da tensão elétrica em um capacitor sendo carregado por uma bateria. A energia armazenada e a capacitância do capacitor são RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 28 03/08/2021 42 ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES A associação de capacitores tem como função armazenar energia elétrica para ser utilizada com uma finalidade específica. Pode acontecer de três modos: em série, paralela e mista. ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE Na associação de capacitores em série, as placas que constituem os capacitores são ligadas entre si da seguinte forma: A placa negativa do capacitor liga-se à placa positiva de outro capacitor e assim sucessivamente. Isso faz com que todos os capacitores tenham a mesma carga de associação, ou seja, Q = constante. ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE OBS: É importante destacar que a capacitor equivalente desse tipo de circuito será sempre menor que o valor de qualquer capacitor envolvido. Através da seguinte fórmula é possível determinar a capacitância da associação de capacitores em série: EXERCÍCIO 29 Os quatro capacitores, representados na figura abaixo, são idênticos entre si. Q1 e Q2 são respectivamente, as cargas elétricas positivas totais acumuladas em 1 e 2. Todos os capacitores estão carregados. As diferenças de potencial elétrico entre os terminais de cada circuito são iguais. Em qual das seguintes alternativas a relação Q1 e Q2 está correta? a) Q1 = (3/2) Q2 b) Q1 = (2/3) Q2 c) Q1 = Q2 d) Q1 = (Q2)/3 e) Q1 = 3(Q2) 03/08/2021 43 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 29 EXERCÍCIO 30 Na associação de capacitores em paralelo as placas negativas dos capacitores são ligadas entre si. Da mesma forma, as placas positivas também são ligadas entre elas. É por isso, que esse tipo de associação recebe o nome de associação paralela. Neste caso, todos os capacitores têm a mesma ddp (diferença de potencial elétrico), ou seja, V = constante. RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 30 ASSOCIAÇÃO EM PARALELO O valor do capacitor equivalente desse tipo de circuito elétrico é sempre maior do que o valor de qualquer um dos capacitores que compõem o circuito. Para calcular a associação de capacitores em paralelo, somamos as suas capacitância usando para tanto a fórmula: Ceq = C1 + C2 + C3... + Cn 03/08/2021 44 EXERCÍCIO 31 Dois capacitores cujas capacitâncias respectivas são de 3 pF e 4 pF são associados em paralelo. Determine a capacitância equivalente do conjunto. RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 31 ASSOCIAÇÃO EM MISTA Na associação de capacitores mista são encontrados capacitores ligados em série ou de forma paralela. Deve-se respeitar a ordem como foi estudado em resistores. EXERCÍCIO 32 Dados três capacitores, cada um como uma capacitância c, qual capacitância equivalente a uma associação entre eles se ela for: a) Todos em série; b) Todos em paralelo; c) Dois capacitores série em paralelo com um sozinho 03/08/2021 45 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 32 EXERCÍCIO 33 (AFA-2003) Considere a associação da figura abaixo: As cargas, em 𝜇C, de cada capacitor C1, C2 e C3 são, respectivamente: a) 200, 400 e 600. b) 200, 300 e 400. c) 600, 400 e 200. d) 600, 200 e 400 RESOLUÇÃO EXERCÍCIO 33 MAGNETISMO Acredita-se que as primeiras observações do fenômeno foram realizadas pelos gregos em uma cidade da Ásia denominada Magnésia. Observaram que nessa região existia uma grande quantidade de uma “pedra” que tinha uma propriedade de atrair ou repelir outros materiais. Hoje conhecido como imãs naturais, são constituído por óxido de ferro. 03/08/2021 46 IMÃ Certos corpos têm a propriedade de atrair ou repelir os materiais ferrosos (Veja mais a frente em classificação de materiais) Todo ímã apresenta duas regiões distintas, em que a influência magnética se manifesta com maior intensidade. Essas regiões são chamadas de polos do ímã. Esses polos possuem comportamentos diferentes na presença de outros ímãs, e são denominados Norte (N) e Sul (S). IMÃ A diferente natureza dos polos de um ímã, já posta em evidência devido à sua orientação particular, evidencia-se mais ainda quando se notam as ações que os polos de um ímã exercem sobre os polos de outro ímã. Aproximando-se do polo norte de um ímã o polo sul de outro ímã, nota-se uma atração. A partir da figura acima, podemos enunciar a lei da força magnética: Polos da mesmanatureza se repelem e de naturezas diferentes se atraem. IMÃ Os polos de um ímã são inseparáveis. Não é possível partir um ímã em duas partes para separar o polo norte do polo sul. Serrando-se um imã transversalmente, obtêm-se dois novos imãs completos, isto é, surgem na secção de corte polos contrários aos das respectivas extremidades. Quando partimos ao meio um ímã em barra, obtemos dois novos ímãs. Quando aquecemos um ímã ele perde suas propriedades magnéticas. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS Na natureza, existem alguns materiais que, na presença de um campo magnético, apresentam forças atrativas ou repulsivas entre eles. Esses materiais são classificados em ferromagnéticos, antiferromagnético, ferrimagnético, paramagnéticos e diamagnéticos. Paramagnéticos - São materiais que possuem elétrons desemparelhados e que, na presença de um campo magnético, alinham-se, fazendo surgir um ímã que tem a capacidade de provocar um leve aumento na intensidade do valor do campo magnético em um ponto qualquer. Esses materiais são fracamente atraídos pelos ímãs. São materiais paramagnéticos: o alumínio, o magnésio, o sulfato de cobre etc. 03/08/2021 47 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS Diamagnéticos - São materiais que, se colocados na presença de um campo magnético, têm seus ímãs elementares orientados no sentido contrário ao sentido do campo magnético aplicado. Em razão desse comportamento, esse tipo de material não é atraído por imãs. São exemplos: mercúrio, ouro, bismuto, chumbo, prata etc. Ferromagnéticos - quando esses materiais são submetidos a um campo magnético externo, adquirem campo magnético no mesmo sentido do campo ao qual foram submetidos, que permanece quando o material é removido. É como se possuíssem uma memória magnética. Eles são fortemente atraídos pelos imãs, e esse comportamento é observado em poucas substâncias, entre elas estão: ferro, níquel, cobalto e alguns de seus compostos. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS Antiferromagnético - os domínios magnéticos estejam alinhados na mesma direção, mas em sentidos contrários e aos pares, o momento magnético resultante total será nulo. Os materiais antiferromagnéticos não apresentam grande magnetização ou ela é muito fraca para ser percebida. Os materiais antiferromagnéticos são geralmente cerâmicas produzidas por meio dos metais de transição. Alguns exemplos de materiais antiferromagnéticos são: MnO (Óxido de Manganês), MnF2 (Fluoreto de Manganês), FeO (Óxido de Ferro), NiO (Óxido de Níquel) e CoO (Óxido de Cobalto). CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS Ferrimagnético - estão permanentemente com as suas propriedades magnéticas, qualquer que seja o campo magnético que lhes é aplicado. Um exemplo de um íman desta natureza é a magnetite, um minério que contém iões de ferro e de oxigénio na sua constituição. Os materiais do tipo ferrimagnético têm na sua constituição iões com momentos de dipolo magnético de sentido oposto, mas de diferentes valores, o que faz com que não se anulem. Isto faz com que exista sempre uma magnetismo espontâneo. HANS CHRISTIAN OERSTED (1777-1851) Nasceu em Rudkobing, na Dinamarca. Seus estudos foram extremamente importantes porque abriram caminho para o desenvolvimento do Eletromagnetismo. Em 1820, Oersted realizou um experimento que marcou o início dos estudos da íntima relação entre eletricidade e magnetismo. A experiência realizada pelo cientista abriu caminho para o desenvolvimento do eletromagnetismo, ramo da Física que se dedica à compreensão de fenômenos de natureza elétrica e magnética. 03/08/2021 48 EXPERIMENTO DE OERSTED Oersted posicionou uma bússola próximo a um circuito elétrico simples e percebeu que a agulha imantada da bússola sofria deflexões quando existia corrente elétrica no circuito. Se a corrente era interrompida, a agulha voltava à sua posição normal, apontando sempre para o norte geográfico. A única explicação possível para a deflexão sofrida pela agulha imantada era a presença de um campo magnético que concorria com o campo magnético terrestre. Assim, Oersted concluiu que cargas elétricas em movimento geravam campo magnético. EXPERIMENTO DE OERSTED EXPERIMENTO DE OERSTED Oersted posicionou uma bússola próximo a um circuito elétrico simples e percebeu que a agulha imantada da bússola sofria deflexões quando existia corrente elétrica no circuito. Se a corrente era interrompida, a agulha voltava à sua posição normal, apontando sempre para o norte geográfico. A única explicação possível para a deflexão sofrida pela agulha imantada era a presença de um campo magnético que concorria com o campo magnético terrestre. Assim, Oersted concluiu que cargas elétricas em movimento geravam campo magnético. CAMPO MAGNÉTICO Campo Magnético é a concentração de magnetismo que é criado em torno de uma carga magnética num determinado espaço. É o ímã que cria o campo magnético, da mesma forma como é a carga elétrica e a massa que, respectivamente, criam os campos elétrico e gravitacional. Isso pode ser mostrado através da imagem de um vetor, um ímã, que é representado pelo vetor B. As linhas de indução partem dos vetores de indução magnética e dirigem-se do polo norte para o polo sul. 03/08/2021 49 NIKOLA TESLA (1856 – 1943) Nikola Tesla (1856-1943) foi um inventor, austro-húngaro, nascido em Smiljan (Império Austro-húngaro), na atual Croácia, que deixou importantes contribuições para o desenvolvimento das tecnologias mais importantes dos últimos séculos, como da transmissão via rádio, da robótica, do controle remoto, do radar, da física teórica e nuclear e da ciência computacional. LINHAS DO CAMPO MAGNÉTICO As Linhas de Força do Campo Magnético (Linhas de Fluxo) são linhas imaginárias que representam a direção e a força do Campo Magnético. Vão do Polo Norte para o Polo Sul, no exterior do imã , e do Polo Sul para o Polo Norte, no interior do imã. FORÇA MAGNÉTICA SOBRE PARTÍCULAS CARREGADAS A força magnética pode ser tanto atrativa quanto repulsiva e surge em corpos eletricamente carregados e que se encontram em movimento em relação a algum campo magnético exterior. Essa força é sempre perpendicular aos vetores de velocidade do corpo e de campo magnético. F = Força magnética (N); B = Campo magnético (T); q = Carga liquida (C); V = Velocidade da partícula (m/s). FORÇA MAGNÉTICA SOBRE CONDUTORES RETILÍNEOS Se um fio condutor retilíneo, assim como um fio, estiver sendo percorrido por uma corrente elétrica em uma região onde há campo magnético externo, ele sofrerá a ação de uma força magnética. Podemos calcular a intensidade dessa força magnética utilizando a equação a seguir: F = Força magnética (N); B = Campo magnético (T); L = Comprimento do condutor (m); i = Corrente elétrica (A) 03/08/2021 50 REGRA DA MÃO DIREITA MOVIMENTO CIRCULAR DE UM CAMPO MAGNÉTICO Sabemos que uma carga elétrica quando lançada em uma região de campo magnético uniforme pode descrever diversos tipos de movimento. Esses diferentes tipos de movimento surgem em razão da direção da velocidade da carga quando entra na região de campo magnético. MOVIMENTO CIRCULAR DE UM CAMPO MAGNÉTICO Lembramos que quando a carga entra no campo magnético formando um ângulo de 0º ou 180º não sofre a ação da força magnética, portanto ela descreve um movimento retilíneo uniforme. Porém, quando a carga penetra no campo magnético perpendicularmente, isto é, formando um ângulo de 90º em relação às linhas de campo magnético, a partícula fica sujeita a uma força centrípeta, portanto, a carga passa a descrever um movimento circular uniforme no interior do campo magnético. MOVIMENTO CIRCULAR DE UM CAMPO MAGNÉTICO Como a força magnética que age sobre a carga assume o papel da força centrípeta, temos: Fmag = Fc 03/08/2021 51 REGRA DA MÃO ENVOLVENTE 4 πx10-7
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