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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA BACHAREL ALINE PAOLA CARDOSO DE MARQUES Aula Prática I - Preparação física geral SÃO PAULO 2021 ALINE PAOLA CARDOSO DE MARQUES RA: 8141292 Aula Prática I - Preparação física geral Trabalho dissertativo apresentado no curso de graduação em Educação Física Bacharel no Centro Universitário Claretiano, na disciplina de Preparação Física Geral para obtenção de nota. Orientador: Professor Mestre Sérvio Antonio Bucioli SÃO PAULO 2021 Princípios científicos do treinamento Para que um treinamento seja positivo é preciso levar em consideração os princípios específicos biológicos, psicológicos e pedagógicos dos alunos/atletas. Os mesmos nos dão os fundamentos para obter maiores rendimentos de habilidades e performance na modalidade treinada. Para um treinamento eficaz é necessário saber transmitir o conhecimento científico para o dia a dia de trabalho. Princípio da individualidade biológica É o princípio que conduz os demais princípios do treinamento, pois todos os indivíduos são singulares, portanto cada treinamento deve ser individualizado para obter maior desempenho em suas adaptações fisiológicas específicas, levando também em consideração o seu modo de vida, não somente a prática dos exercícios, como também a alimentação, em alguns casos a suplementação e o descanso de cada pessoa. A carga genética ou “dom genético” (genótipo), da mesma forma se faz de extrema importância para o resultado que se quer alcançar, sendo o indivíduo único, é certo de que o mesmo seja predisposto para certas capacidades e modalidades, e em outras apresente maiores dificuldades para conseguir alcançá-las. A predisposição genética que o indivíduo possua associado com um treinamento apropriado, certamente a obtenção do alto desempenho será atingida. Princípio de adaptação Todos os indivíduos são adaptáveis e saber fazer as adaptações que são necessárias para o alcance da performance esperada para a modalidade realizada é de extrema importância. Sempre que nosso corpo recebe estímulos, sejam biológicos, térmicos, emocionais e físicos, nosso sistema provoca uma reação de compensação ou adaptação para a aquisição de equilíbrio (homeostase). Cada estímulo diferente gera uma reação ao organismo do indivíduo que pode ser definida como: estímulo débeis “fracos” (onde não geram consequências para o organismo); estímulos médios (onde geram excitação ao organismo); estímulos médios para fortes (onde geram adaptações para o organismo) e estímulos muito fortes (onde geram danos ao organismo). Em um treinamento quando o organismo não se adapta ao estímulo enviado, pode haver alterações onde ocasionam estresse ao mesmo. As alterações principais de estresse ao organismo humano são o estresse físico (metabólicas), o estresse bioquímico (fisiológicas) e o estresse mental (psicológicas). No organismo há três fases de adaptações que devem ser observadas no treinamento, na qual é nomeada de Síndrome Geral de Adaptação (SGA), onde a primeira é o alarme ou choque (composta por dores que geram baixa momentânea no rendimento do treinamento como exemplo o início de treino, mudança de treino ou cargas, etc.), a segunda é a resistência ou adaptação (onde a adaptação do estímulo é estabelecida gerando alta no rendimento do treinamento) e a terceira é a exaustão ou o cansaço (quando o organismo não reage aos estímulos que podem estar sendo excessivos, causando perda de rendimento que podem acarretar lesões passageiras ou permanentes). Para gerar uma adaptação positiva, a curva de compensação é ascendente, onde é gerado o estímulo, ocasionando a diminuição de resistência, após a recuperação aplica-se novo estímulo que gera a super-compensação e o organismo se adapta, não causando desequilíbrio a homeostase. Temos também a adaptação nula, na qual possuímos perda do período sensível, onde mesmo não causando danos ao organismo, não temos aumento de rendimento. Já na adaptação negativa, é aplicado o estímulo e não é gerada a super-compensação. Quanto mais o indivíduo treina, maior é a dificuldade de adaptação, isso se dá por que quando é aplicado o estímulo temos o período de catabolismo, após, o período de anabolismo, para assim gerar a super-compensação. Sempre após o descanso e o novo estímulo deve ser gerada a super-compensação, para que o treinamento seja com adaptação positiva. Quando há um período de recuperação alto a adaptação é nula, assim como com períodos curtos de recuperação a adaptação é negativa. Princípio da sobrecarga O organismo humano, assim como nas adaptações, quando é aplicada uma nova carga no treinamento (um novo estímulo), ele tende a procurar o equilíbrio. Temos a sobrecarga física e psicológica. Na sobrecarga física a carga de volume ocorre no aumento do número de repetições dos movimentos; acréscimo da carga semanal de treinamento e acréscimo do número de horas do treinamento. Já a sobrecarga na intensidade acontece no aumento da velocidade dos movimentos; diminuição do tempo de repouso e também a dificuldade dos movimentos executados. Na sobrecarga psicológica a carga de volume se dá no aumento do treinamento mental, assim como no aumento dedicado ao relaxamento. Na carga de intensidade sucedem técnicas de motivação e ativação e treinamento sob condições estressantes. Princípio da interdependência volume intensidade O princípio da interdependência volume intensidade está interligado ao principio da sobrecarga, pois quando há um aumento nas cargas do treinamento, há aumento no desenvolvimento do indivíduo. Quando o treinamento é intensificado na carga de volume (séries, distância percorrida, exercícios, frequência semanal, repetições, tempo de treino), a carga de intensidade (carga nos ergométricos, velocidade de deslocamento, peso “quilagem, inclinação, tonelagem”) deve ser diminuída, assim também quando a carga de volume for diminuída, a carga de intensidade deverá ser reforçada. Princípio da continuidade Princípio ligado ao princípio de adaptação, pois para que haja adaptações no organismo, a continuidade de treinamentos planejados e subseqüentes deve ser duradoura para que não haja perda de estímulos e de seu potencial. A continuidade no treinamento traz benefícios para atletas de alto rendimento ou para indivíduos que praticam atividades físicas por lazer e é importante para aspectos psicológicos e fisiológicos, sendo que todos os treinamentos anteriores estão ligados para a obtenção de sucesso no treinamento. Princípio da especificidade Onde o treinamento é potencializado nos requisitos que a modalidade praticada mais necessita para que tenha um total desempenho sobre ela, levando em consideração os aspectos fisiológicos, qualidades físicas, coordenações psicomotoras, segmentos corporais, sistemas de treinamento, sistemas biomecânicos, no qual provoquem adaptações específicas. Princípio da variabilidade É também nomeado como princípio da generalidade, onde o treinamento global do indivíduo é o que lhe trará mais benefícios. Quanto mais variados os estímulos do treinamento, maior a probabilidade de gerar uma melhor performance. Quanto maior a diversidade com responsabilidade e eficiência de exercícios, menor a chance do treinamento se tornar monótono e desestimulante, além de poder ocasionar em novas técnicas táticas e novos treinamentos inovadores. Princípio da saúde Todo o treinamento, seja em atletas de alto rendimento, seja em indivíduos que praticam esportes por lazer, devem ser voltados ao objetivo maior da prática da atividade física que é a obtenção de saúde. O acompanhamento multidisciplinar composto por nutricionistas, médicos, profissionais de educação física, deve estarpresente no sentido de orientar os treinamentos dos atletas para a obtenção de melhores resultados que prezem o bem estar físico, psíquico e nutricional dos praticantes de qualquer modalidade, visando a aquisição e manutenção da saúde. Referencias Bibliográficas: CLARETIANO TV. WEB AULA - Preparação Física Geral. 2019. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=cJ43gT9sKJI>. Acesso em: 17 ago 2021.
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