Alquimia e Iniciação

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PODCAST ABRAGNOSE 
 
Academia Brasileira de Gnose 
Curitiba/PR e São Paulo/SP – Brasil – Ano LIV da Era de Aquário 
 
Helen Sarto de Mello – Presidente da Academia Brasileira de Gnose 
Karl Bunn – Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil 
Ricardo Bianca de Mello – Coordenador de Instrução 
 
© Direitos autorais desta edição: Academia Brasileira de Gnose (ABRAGNOSE): 
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ALQUIMIA E INICIAÇÃO 
14.04.2015 
Por Karl Bunn 
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Bem-vindos ao PODCAST desta noite. 
Já dissemos que no começo a pedra é negra. O alquimista precisa então descer ao mundo 
soterrado para arrancar a luz das trevas. 
O mundo soterrado corresponde ao nosso subconsciente ou inferno atômico. É ali, na 
escuridão ou no negrume da pedra, que se esconde a brancura imaculada da luz. 
Esta primeira etapa corresponde à fase da PUTREFAÇÃO. Em determinado momento, a 
pedra negra se desfaz e, gradativamente, torna-se branca. 
Durante o processo iniciático, a pedra bruta se purifica, se adorna de amarelo e vermelho, e 
passa por inúmeras transformações. 
Uma das maiores leis alquímicas diz: 'É preciso cozer, recozer e tornar a cozer, até que 
surja a criança alquímica, o FILHO DA ALQUIMIA'. 
Muitas são as cores que se formam na pedra em elaboração até que ela venha a 
resplandecer. 
Haverá um momento em que a pedra se torna cinza, após haver adquirido a cor branca. 
Essa cor cinzenta, após concluída a etapa do albedo (o branco), corresponde à formação da 
cinza no fundo do vaso. Essa cinza é o sal alquímico. 
Porém, o Rei Coroado (ou a Rainha Coroada) com o diadema vermelho somente aparecerá 
depois das sete destilações dentro do recipiente. 
Isso corresponde à sétima Iniciação Maior. 
A NOVA GNOSE ensina de forma clara, simples e direta que é necessário praticar 
ALQUIMIA SEXUAL para que a PEDRA FILOSOFAL se torne branca e resplandeça. 
Para tanto, o alquimista nunca deve paralisar ou interromper os seus trabalhos na FORJA 
ÍGNEA. 
O enxofre alquímico alegoriza o FOGO SAGRADO que no Oriente é conhecido como 
KUNDALINI. 
KUNDALINI, uma vez despertado, sobe lentamente pelas 33 câmaras da coluna vertebral, 
segundo os méritos do coração. 
Os tenebrosos atacam o alquimista impiedosamente, noite e dia, sem parar. A conquista de 
cada vértebra ou de cada grau alquímico custa muito ao alquimista. 
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Por isso, nunca deve o alquimista desistir ou interromper seu trabalho. 
É preciso entender claramente o ritmo do trabalho na FORJA ARDENTE. No começo, 
cada trabalho deve ser de curta duração e também realizado com intervalos maiores. Uma 
prática semanal curta é o bastante. 
Com o passar do tempo, pode-se ampliar para duas práticas semanais. Mais tarde, para três 
vezes por semana - porém sempre mantendo o regime de práticas curtas. 
Se o aspirante da alquimia compreender a importância do ritmo e da intensidade, logo 
aprenderá a seguir seu próprio compasso, e as instalações de seu laboratório não sofrerão 
nenhum dano ou prejuízo. 
Mas, se for indisciplinado e descuidado, tanto o forno quanto o recipiente sofrerão danos, 
que podem ser gravíssimos, a ponto de ter que recomeçar do zero... 
Sete destilações temos que fazer no forno de nosso laboratório até que apareçam o Rei ou a 
Rainha Coroados com o diadema vermelho, vivo símbolo dos Devas do Fogo. 
Ao longo de todo o trabalho, o alquimista é assaltado pelos moradores do submundo. Os 
guardiões das trevas inferiores lutam ferozmente para impedir que o alquimista se apodere 
do ouro e dos tesouros ali enterrados. 
Em outras palavras: não é fácil liberar as gemas de consciência aprisionadas em nossos 
defeitos psicológicos. 
A PRIMEIRA INICIAÇÃO MAIOR se dá com a transmutação do primeiro metal em ouro. 
Para que isso ocorra, primeiro temos que obter ou elaborar os ELIXIRES BRANCO E 
VERMELHO. 
Em linguagem simples, essa afirmação metafórica quer dizer: Para transformar o primeiro 
metal em ouro precisamos trabalhar com os poderes da árvore da vida - nosso próprio 
Espírito - e com os poderes da árvore da ciência do bem e do mal - que é a força sexual. 
Não é possível elaborar ouro alquímico sem a presença desses dois elixires. 
A alquimia não é uma ciência ateísta e materialista. Tampouco brotará ouro em nossa terra 
filosofal se desperdiçarmos continuamente as águas da vida. 
Uma vez que passemos a respeitar o mandamento divino de não comer do fruto da árvore 
que está no centro do Jardim do Éden, formaremos a base pétrea para fazer ouro. 
A transformação do primeiro metal alquímico em ouro corresponde à PRIMEIRA 
INICIAÇÃO DE FOGO. 
A seguir, o alquimista trabalhará para transformar seu segundo metal em ouro, sempre 
projetando os dois elixires sobre esse corpo. 
A palavra 'projetar' quer dizer 'reter'. Não se pode 'projetar' algo dentro de si mesmo se não 
houver nada para ser projetado. Portanto, as águas mercuriais precisam ser retidas ou 
mantidas no recipiente (o corpo) sem jamais derramá-las. 
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No começo, o fogo do forninho pode ser lento e suave. Com o tempo, deve ser 
intensificado para obter a transmutação perfeita. 
Mediante o processo de sucessivas transformações metálicas, os quatro corpos de pecado, 
feitos com a carne de Adão, são substituídos por quatro corpos celestes que servem de 
templo ao imortal Espírito Triúno: Atman-Buddhi-Manas. 
Resumidamente: 
1. Do corpo físico o alquimista extrai o CORPO DA LIBERAÇÃO. 
2. Do corpo etérico o alquimista extrai o CORPO DE OURO que penetra e se mescla 
com o corpo físico. 
3. Do corpo astral o alquimista elabora a CRIANÇA ALQUÍMICA. 
4. Do corpo mental o alquimista extrai a MENTE CRISTIFICADA. 
Dessa forma, os quatro metais básicos (os quatro corpos inferiores) são transformados em 
ouro pela projeção dos elixires branco e vermelho - que são as duas árvores do Paraíso 
Edênico. 
Todos os deuses que vivem no nirvana possuem esses corpos transmutados em ouro puro. 
Quando um desses deuses desce a este mundo para realizar alguma missão, projetam 
outros corpos por hipóstase. 
Hipóstase quer dizer literalmente 'substância'. Mas podemos entender como sendo 'a 
personalidade humana do Mestre que vive no Nirvana'. 
Os grandes boddhisattwas de compaixão, além desses quatro corpos de ouro, possuem 
também os outros três corpos espirituais (Atman-Buddhi-Manas) totalmente transmutados, 
fato esse que os fazem seguir unidos ao UNO, ao PAI, à LEI, mesmo quando perdem seus 
corpos inferiores. 
Como tem sido dito, 'sete são os metais a serem transformados em ouro puro'. A 
transmutação do quinto metal - ou corpo causal - dá ao alquimista a VONTADE-CRISTO. 
O sexto corpo, ao ser transformado em ouro, dá ao alquimista a CONSCIÊNCIA-CRISTO. 
E a transformação do sétimo corpo, mediante o trabalho alquímico, dá a união com o Pai 
Celeste. 
Portanto, de forma permanente, ao longo de todo o trabalho, 'é preciso cozer, recozer e 
tornar a cozer nossos metais interiores e jamais se cansar disso'. 
O recipiente ou Vaso Hermético, precisa permanecer totalmente vedado o tempo todo para 
evitar a perda da matéria-prima da Grande Obra. 
No trabalho alquímico as substâncias espirituais se tornam corpóreas e as substâncias 
corpóreas se tornam espirituais. 
ESTE É O GRANDE MÁXIMODA ALQUIMIA. 
ESTE É O SAGRADO MAGISTÉRIO DO FOGO. 
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Até aqui nossas palavras desta noite. 
Voltaremos em seguida para responder as perguntas e comentar as questões que nos forem 
apresentadas. 
Muito obrigado. 
PAZ INVERENCIAL. 
 
Karl Bunn 
Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil 
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