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1_MA Organização da educação básica (1)

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Organização da 
Educação Básica 
 
 
Prof. Janderson Lacerda Teixeira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
BLOCO 1: CONCEITOS INTRODUTÓRIOS E 
BREVE HISTÓRICO EDUCACIONAL.................................................................................. 3 
BLOCO 2: AS ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL: 
DA EDUCAÇÃO INFANTIL À EJA...................................................................................... 10 
BLOCO 3: LEGISLAÇÃO E 
POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL........................................................... 15 
BLOCO 4. O SISTEMA EDUCACIONAL E SUAS PRÁTICAS................................................ 24 
BLOCO 5: A ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
NO ESPAÇO ESCOLAR..................................................................................................... 29 
BLOCO 6: A EDUCAÇÃO BÁSICA NO SÉCULO XXI.......................................................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
BLOCO 1: CONCEITOS INTRODUTÓRIOS E BREVE HISTÓRICO EDUCACIONAL 
 
Apresentação 
A disciplina Organização da Educação Básica se propõe a analisar a estrutura normativa 
e o funcionamento da Educação Básica brasileira, pois esse conhecimento se apresenta 
como fundamental para os futuros professores, em razão da sua prática em sala de aula 
se pautar em um conjunto de dispositivos legais. Assim, neste bloco, você entrará em 
contato com uma série de informações que o(a) orientarão no caminho da compreensão 
desse arcabouço normativo que subjaz a educação em nosso país. 
 
1.1 O que é Educação Básica? 
O que você compreende por Educação? E qual é o papel da Educação Básica? 
Essas questões são importantíssimas para iniciarmos um estudo aprofundado a respeito 
da Organização da Educação brasileira. 
Podemos compreender a educação como um processo duplo. Isto é, por um lado, 
podemos entendê-la como um instrumento de dominação de classe e reprodução das 
relações sociais e, por outro, como uma atividade que possibilita a emancipação do 
sujeito e a transformação do mundo e das suas relações sociais, através da sua 
intervenção na sociedade. Além disso, a Educação Básica cumpre diversos papéis 
relevantes a qualquer corpo social. 
Podemos, ainda, destacar neste texto, ao menos, dois aspectos importantes que 
envolvem a educação: 
1. Formação para o exercício da cidadania; 
2. Capacidade de fornecer meios para que os estudantes progridam em estudos 
posteriores, sejam eles no ensino superior ou em outras modalidades educativas. 
Diante dessas informações, imagino que você, caro(a) aluno(a) deve estar 
questionando, mas o que é Educação Básica? 
Educação Básica é o primeiro nível do ensino escolar no Brasil e é compreendida em três 
etapas: educação infantil (para crianças com até cinco anos), ensino fundamental (para 
alunos de seis a 14 anos) e o ensino médio (para alunos de 15 a 17 anos). 
 
 
 
4 
 
Por fim, é importante mencionar que da Educação Infantil ao Ensino Médio todos devem 
ter acesso a essa educação básica que contribuirá para a formação cidadã dos 
indivíduos, além de fornecer mecanismos para que os estudantes progridam em seus 
estudos. 
 
1.2 Educação: da Primeira República à Era Vargas 
Caro(a) aluno(a), 
A partir de agora, estudaremos a Educação Básica desde a Primeira República até a Era 
Vargas. Preparados? 
 
1.2.1 A Primeira República: 1889 a 1930 
Com a Proclamação da República no ano de 1889, o Brasil adotou um sistema de 
governo federativo, em que vários Estados se reúnem para formar uma nação, cada um 
conservando sua autonomia. Esse regime é denominado de federalismo. No 
federalismo, o poder é dividido entre o presidente e os governos estaduais, deixando, 
portanto, de ser centralizado em apenas uma pessoa como no período imperial. Com 
essa mudança de regime político, uma nova Constituição foi criada, sendo promulgada 
no ano de 1891. 
 
Principais Características da Primeira República 
1. Constituição de 1891: Federalismo: Autonomia aos Estados; Regime Presidencialista: 
Eleição do Chefe do Executivo (Presidente) para mandatos de 4 anos. 
2. Práticas Políticas: Coronelismo e Clientelismo: Voto de Cabresto e Voto em troca de 
favores; Política do café com Leite: União das Oligarquias de São Paulo (produtor de 
café) e Minas Gerais (produtor de leite). 
3. Linha do tempo: 1889-1898: Consolidação da Primeira República; 1898-1921: 
Institucionalização da política oligárquica; 1921-1930: Decadência e fim da Primeira 
República. 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1.2.1.1 Educação na Primeira República 
Para facilitarmos sua compreensão, explicitaremos este importante tópico em quatro 
pontos: 
 Ponto 1: a Constituição de 1891 estabeleceu a descentralização do ensino, 
atribuindo à União a responsabilidade pela educação superior e secundária e, 
por seu turno, coube aos estados oferecer a educação elementar e a profissional. 
Dessa forma, foi reforçada uma perspectiva elitista na educação, na medida em 
que a etapa elementar acabou por receber uma menor atenção por parte dos 
governos estaduais, enquanto a secundária, por seu caráter preliminar, 
permaneceu restrita às elites que não dependiam da oferta educacional pública 
na etapa elementar, o que também permitiu a esse grupo ascender ao ensino 
superior. 
 Ponto 2: na década de 1920, com a expansão do processo de industrialização e 
urbanização, a nova burguesia urbana passou a exigir maior acesso à educação, 
sem que isso significasse a superação dos valores de uma educação acadêmica e 
elitista. Por outro lado, a classe operária começava a exigir um mínimo de 
educação, estabelecendo assim uma pressão para a expansão da oferta de 
ensino. 
 Ponto 3: Na década de 1920, surgiram diversos Movimentos Artísticos e Culturais 
que fomentaram a luta por educação e cultura para todos. Como exemplo, 
podemos citar a Semana de Arte Moderna de 1922 que, ao reunir representantes 
da literatura, artes plásticas e da música, propôs uma renovação nos valores 
artísticos nacionais, ainda muito marcados pela influência europeia. Na 
educação, intelectuais e educadores realizaram debates e apresentaram planos 
de reforma que buscavam superar o atraso brasileiro. 
 Ponto 4: Nas primeiras décadas da República no Brasil, poucos avanços foram 
notados, pois o caráter elitista presente no campo educacional persistiu. 
Entretanto, o surgimento de novos atores no cenário político nacional estimulou 
o desenvolvimento de propostas educacionais voltadas ao atendimento das 
demandas apresentadas por eles. Mesmo que essas propostas não tenham se 
efetivado, as sementes de uma nova escola começaram a ser plantadas. 
 
 
 
6 
 
 
1.2.2 Era Vargas 
A Era Vargas (1930-1945) foi o período em que o Brasil foi governado por Getúlio 
Dornelles Vargas. Teve como fases de Governo: 
 1: Governo Provisório (1930-1934). 
 2: Governo Constitucional (1934-1937). 
 3: Estado Novo (1937-1945). 
 
1.2.2.1 A Educação na Era Vargas 
Em 1930, é criado o Ministério da Educação e Saúde, órgão responsável pelo 
planejamento das reformas educacionais em âmbito nacional. 
Em 1931, é implantada a Reforma Francisco Campos, que organizou de forma efetiva o 
ensino secundário e superior no Brasil. A partir dessa reforma, o ensino secundário 
passou a ter dois ciclos: Fundamental (composto por cinco anos) e Complementar 
(composto por dois anos com objetivo de preparar os estudantes para o Ensino 
Superior). 
Em 1932, é lançado o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. O movimento de 
reforma educacional, iniciado na década de 1920, recebeu impulso com a atuação 
efetiva de Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira e Lourenço Filho. Esses autores 
desenvolveram uma série de propostas para a melhoria da educação. O documento 
considerava dever do Estado tornar a educação obrigatória, pública, gratuita e laica. 
Em 1942, são desenvolvidas as Leis Orgânicas doEnsino que mudaram certas áreas do 
ensino no Brasil e tiveram como grande contribuição a criação do SENAI (Serviço 
Nacional de Aprendizagem Industrial), com foco no ensino profissionalizante. 
De 1937 a 1945, o ministro da Educação, Gustavo Capanema, realizou uma série de 
reformas no ensino através de decretos-leis, que deram origem às Leis Orgânicas do 
Ensino, que mencionamos no parágrafo anterior. A partir delas, o curso secundário foi 
novamente reorganizado, passando a ser composto pelo Ginásio, de quatro anos, e o 
Colegial, de três anos, dividido em clássico e científico. 
Em 1945, Getúlio Vargas é deposto, após longos 15 anos à frente do Governo Federal. 
 
 
 
 
7 
 
É importante saber 
É preciso destacar que a política nacional para a Educação na Primeira República (1889-
1930) ou na Era Vargas (1930-1945), destinava-se ao ensino secundário e superior, 
enquanto o ensino primário (atualmente denominado de Ensino Fundamental – Anos 
Iniciais – 1o. ao 5o. ano) permanecia sob responsabilidade dos estados. 
Independentemente de o regime apresentar uma maior ou menor centralização do 
poder, os projetos educacionais prestavam-se às elites do país. 
 
1.3 A Educação na Ditadura Militar: de 1964 a 1985 
Juntos, neste tópico sobre a Educação na era da Ditadura Militar, vamos compreender 
o período da Ditadura Militar no Brasil, entender o impacto que ela gerou no Sistema 
Educacional Brasileiro, analisando o seu contexto político e histórico. 
Para entendermos as mudanças que a Ditadura Militar provocou na Educação Brasileira, 
é preciso entender o cenário político da época. Vamos lá, então. Estão preparados? 
Em 1961, o presidente Jânio Quadros renuncia e seu vice, João Goulart, o Jango, assume 
a presidência do Brasil e, desde a sua posse, os conservadores do país tentavam tirá-lo 
do poder por considerá-lo politicamente posicionado à esquerda. 
Na noite de 31 de março de 1964, Goulart sofre um golpe de Estado. Esse golpe marcou 
o início da Ditadura Militar no Brasil. Com a implantação do regime militar, diversos 
políticos tiveram seus mandatos cassados. E no dia 9 de abril daquele mesmo ano, foi 
decretado o Ato Institucional no. 1, que depôs João Goulart. Dessa forma, o Marechal 
Castelo Branco foi empossado presidente, sem votos. 
A ditadura fez uso da violência para silenciar a oposição, fortaleceu o poder Executivo 
em detrimento do Legislativo. E, assim, estabeleceu prisões políticas, perseguiu, 
torturou e aniquilou opositores. Um clima de profunda tensão tomou conta da 
sociedade brasileira. 
Assim como a sociedade, a Educação também sofreu impactos significativos. Vamos 
entender o que essa mudança política proporcionou para a educação brasileira? 
Você provavelmente já ouviu as frases: “A educação era boa na ditadura!”, “Os 
professores eram respeitados!”. Será que isso realmente acontecia? Vamos analisar os 
acontecimentos? 
 
 
 
8 
 
Uma das primeiras intervenções nas escolas foi a retirada do ensino de Filosofia. Se 
considerarmos que a Filosofia fortalece a autonomia do pensamento e quebra 
paradigmas, podemos compreender as intenções do Regime Militar com a Educação. 
Não seria interessante para o governo formar jovens capazes de contestá-lo. A retirada 
dessa disciplina resultou na criação de outra, que se tornou obrigatória no ensino 
primário e secundário: a Educação Moral e Cívica, que possuía muito mais um caráter 
doutrinador que educativo. 
Os militares também realizaram alterações na legislação educacional, ou seja, na LDB 
(Lei de Diretrizes e Bases, de 1961). Aos poucos, o regime preparou o terreno para a 
imposição das Leis no. 5.540/1968 e no. 5.692/1971. Assim, deixou a educação com 
caráter tecnicista, focada na modelagem do aluno para o desenvolvimento e produção 
econômica, sem valorizar as habilidades e as preferências individuais. 
Outra questão que causou forte impacto na educação foi a extinção do projeto de 
alfabetização “De Pé no Chão Também se Aprende a Ler”, encabeçado por Paulo Freire, 
que a partir de um método próprio, alfabetizava trabalhadores rurais em um período de 
45 dias. Esse programa foi substituído pelo programa MOBRAL (Movimento Brasileiro 
de Alfabetização), que teve pouca eficácia na erradicação do analfabetismo brasileiro. 
Já com relação ao ensino superior, a reforma efetuada foi inspirada no modelo 
universidade-empresa, responsável pela departamentalização das universidades e, mais 
uma vez, vinculando a educação ao mercado de trabalho, visando apenas à eficácia 
econômica que a formação teria para a sociedade, dificultando a união entre ensino e 
pesquisa. 
Com todas essas transformações na educação, o governo viu a necessidade de controlar 
e censurar os dizeres e atuação dos docentes. Assim, qualquer docente que se opunha 
ao militarismo era perseguido, preso, torturado e exilado. 
Toda a repressão começou a ter fim em meados de 1984, quando os brasileiros 
começaram a exigir o fim da ditadura e o poder militar já estava bastante enfraquecido 
ao passo que a economia do país se encontrava quebrada. 
O povo foi às ruas, porém a votação no congresso não aprovou as Eleições Diretas 
naquele ano. Mas os militares acataram a decisão de eleger o próximo presidente por 
 
 
 
9 
 
meio do voto indireto, que seria realizado por um Colégio Eleitoral, composto por 
deputados e senadores. 
Só em 1985, Tancredo Neves é eleito pelo Colégio, colocando fim à ditadura. E em 1989, 
os brasileiros, através das eleições diretas, elegeram, democraticamente, Fernando 
Collor como presidente da República. 
Chegamos ao final deste tópico. Contextualizamos o período de ditadura militar para 
compreendermos sua influência no tocante à educação, que é fundamental para 
entendermos o processo de evolução do sistema educacional brasileiro, que após ter 
passado por censuras e repressões, chegou ao que temos hoje, a incessante busca por 
uma educação democrática que forme cidadãos críticos, reflexivos e atuantes para o 
desenvolvimento social do nosso país. 
Esperamos ter contribuído para seu entendimento e processo de formação. 
 
Conclusão do Bloco 1 
Nesse primeiro bloco, explicitamos o que significa Educação Básica e qual seu papel em 
nossa sociedade. Além disso, estudamos, em linhas gerais, a educação no Brasil, da 
Primeira República, passando pela Era Vargas, até o período de Ditadura Militar. Nosso 
intuito foi realizar um recorte histórico para permitir a você observar os equívocos 
cometidos pelo Estado brasileiro, que nos deixou uma herança problemática na medida 
em que a educação nesse período não foi voltada ao atendimento das camadas 
populares. 
 
Referências 
ARANHA, M. L. A. História da educação. São Paulo: Moderna, 1989. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 
DF: Senado Federal, 1988. 
BRASIL. Ministério da Educação. História. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/institucional/historia?id=2> . Acesso em: 29 jul. 2018. 
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LDB). Lei no. 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 26 jul. 2018. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument
 
 
 
10 
 
______. Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da 
educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1996. 
______. Ministério da Educação. Resolução no. 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa 
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf>. Acesso em: 
30 jul. 2018. 
SAVIANI, D. A nova lei da educação: LDB – Trajetória, limites e perspectivas. 7. ed. 
Campinas: Autores Associados,2001. 
 
BLOCO 2: AS ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL: DA EDUCAÇÃO INFANTIL À 
EJA 
 
Apresentação 
De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), a Educação Básica é 
constituída por: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Essa primeira 
etapa da educação brasileira é obrigatória. Isto é, crianças, a partir dos 4 (quatro) anos 
até jovens de 17 (dezessete) anos devem estar matriculados em uma escola, seja 
pública, – nesse caso, o ensino deve ser ofertado gratuitamente –, ou privada. Caberá 
ao Estado oferecer Educação de Jovens e Adultos àqueles que não conseguiram ter 
acesso à Educação Básica independentemente do motivo. 
Com relação à Educação Profissional Técnica de Nível Médio, ela também é encontrada 
na Educação Básica e sua oferta se dá através de Cursos Técnicos, de Formação Inicial e 
Continuada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2.1 Educação Infantil 
A partir de agora, abordaremos de forma detalhada cada uma das etapas da Educação 
Básica brasileira. Preparados? Esperamos que sim! 
 
2.1.1 O que é Educação Infantil? 
De acordo com o artigo 29 da LDB, 
a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e tem como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança até cinco anos, considerando os aspectos 
físico, psicológico, intelectual e social e completando a ação da família e da 
comunidade. (BRASIL, 1996) 
 
2.1.2 Como deve ser organizada a Educação Infantil? 
O artigo 30 da LDB destaca que a Educação Infantil é oferecida em dois níveis: 
I. Creches para crianças até três anos de idade; 
II. Pré-escolas, para crianças de quatro a cinco anos de idade. (BRASIL, 1996) 
 
2.1.3 Quem tem direito à Educação Infantil? 
A educação infantil é um direito humano e social de todas as crianças até seis anos 
de idade, sem distinção decorrente de origem geográfica, caracteres do fenótipo 
(cor da pele, traços de rosto e cabelo), de etnia, nacionalidade, sexo, de deficiência 
física ou mental, de nível socioeconômico ou classe social. Também não está 
atrelada à situação trabalhista dos pais nem ao nível de instrução, religião, opinião 
política ou orientação sexual. (BRASIL, 2013) 
 
2.2 Ensino Fundamental 
2.2.1 O que é Ensino Fundamental? 
O Ensino Fundamental é uma das etapas da Educação Básica no Brasil. Segundo o 
artigo 32 da LDB, ele deve ser obrigatório e gratuito nas escolas públicas, com 
duração de 9 anos, iniciando-se aos 6 anos de idade. (BRASIL, 1996). 
 
2.2.2 Como deve ser organizado o Ensino Fundamental? 
Desde 2006, a duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8 anos, passou a 
ser de 9 anos. O Ensino Fundamental passou então a ser dividido da seguinte maneira: 
 
 
 
12 
 
 Anos Iniciais: compreende do 1o. ao 5o. ano, sendo que a criança ingressa no 1o. 
ano aos 6 anos de idade. 
 Anos Finais: compreende do 6o. ao 9o. ano. 
 
2.3 Ensino Médio 
2.3.1 O que é Ensino Médio? 
O Ensino Médio, conforme o artigo 35 da LDB, é a etapa final da Educação Básica, com 
duração mínima de três anos, e também se constitui em etapa obrigatória da educação. 
 
2.3.2 Quais são os objetivos do Ensino Médio? 
De acordo com o artigo 35 da LDB, os principais objetivos do Ensino Médio são: 
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino 
Fundamental, tendo em vista o prosseguimento dos estudos; 
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, de modo a ser 
capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou 
aperfeiçoamento posteriores; 
 III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, sua formação ética e o 
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico (BRASIL, 1996). 
 
2.3.3 O que é a Lei/Reforma do Ensino Médio? 
A Reforma do Ensino Médio (Lei do Ensino Médio) é uma mudança na estrutura do 
sistema atual do Ensino Médio. A nova estrutura terá uma parte que será comum e 
obrigatória a todas as escolas (Base Nacional Comum Curricular) e outra parte flexível. 
 
 
Saiba Mais 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é uma “referência nacional comum e 
obrigatória para a elaboração dos seus currículos e propostas pedagógicas“. Iremos 
estudá-la com mais detalhes no Bloco 3 desta disciplina. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
2.3.3.1 O que pode mudar no Ensino Médio? 
• Alteração na carga horária: de 800 horas para 1.800 horas. 
• As disciplinas obrigatórias nos 3 anos de Ensino Médio serão língua portuguesa e 
matemática. O restante do tempo será dedicado ao aprofundamento acadêmico 
nas áreas eletivas ou a cursos técnicos, a seguir: 
• I – linguagens e suas tecnologias; 
• II – matemática e suas tecnologias; 
• III – ciências da natureza e suas tecnologias; 
• IV – ciências humanas e sociais aplicadas; 
• V – formação técnica e profissional. 
 
2.3.3.2 Quando a lei do Ensino Médio entrará em vigor? 
A partir da publicação da BNCC, os sistemas de ensino terão o ano letivo seguinte para 
estabelecer o cronograma de implantação das principais alterações na Lei e iniciar o 
processo de implementação a partir do segundo ano letivo. 
 
2.3.3.3 O que falta para isso acontecer? 
Como órgão normativo do Sistema Nacional de Educação, cabe ao CNE (Conselho 
Nacional de Educação) fazer a apreciação da proposta da BNCC – Ensino Médio, 
elaborada pelo MEC, produzir um parecer e um projeto de resolução que, uma vez 
homologados pelo Ministro da Educação, se transformarão em norma nacional. 
 
2.4 Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional Técnica de Nível Médio 
2.4.1 EJA (Educação de Jovens e Adultos) 
Para assegurar o direito à educação para aqueles que não puderam concluir os seus 
estudos na idade própria, está assegurada, na Lei de Diretrizes e Bases, a Educação de 
Jovens e Adultos (EJA), uma modalidade de ensino prevista nos artigos 37 e 38 da LDB. 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2.4.1.1 Principais Características da EJA 
A Educação de Jovens e Adultos deve ser ofertada gratuitamente aos que não puderam 
efetuar os estudos na idade regular. De acordo com o art. 37 da LDB, a EJA deve 
considerar as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de 
trabalho, mediante cursos e exames. Além disso, essa modalidade de educação deverá 
articular-se, preferencialmente, com a educação profissional. 
 
2.4.2 Educação Profissional Técnica de Nível Médio 
A Educação Profissional Técnica de Nível Médio apresenta como objetivo o preparo para 
o exercício de uma profissão. A Educação Profissional pode ser oferecida enquanto o 
aluno realiza os seus estudos no Ensino Médio, ou após a sua conclusão. 
 
2.4.2.1 Principais características da Educação Profissional 
Segundo a LDB no Art. 36-B: 
A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida nas seguintes 
formas: 
I – articulada com o ensino médio; 
II – subsequente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio. 
(BRASIL, 1996) 
 
Saiba Mais 
A expansão do Ensino Técnico de Nível Médio é fundamental para o Brasil. Nesta 
entrevista, o Prof. Gilberto Alvarez apresenta alguns caminhos para que essa 
modalidade de ensino seja mais valorizada pelo Estado brasileiro e pelos jovens 
estudantes. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Pak5jVQkpuw 
Publicado em: 12 set. 2016. 
Acesso em: 27 set. 2018. 
 
Conclusão do Bloco 2 
Neste segundo Bloco, nosso principal objetivo foi apresentar cada uma das etapas da 
Educação Básica brasileira, bem como sua organização e fundamentação na legislação 
 
 
 
15 
 
vigente. Contudo, é possível perceber que a educação é um campo de disputa 
ideológica. Isso fica evidente ao estudarmos as reformas propostas pelo atual governo 
ao Ensino Médio. Diante desse fato, é nosso dever lutar por uma educação de qualidade 
para todos e não apenas para atender aos anseios de uma classe dominante. 
 
Referências 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativado Brasil. Brasília, 
DF: Senado Federal, 1988. 
BRASIL. Ministério da Educação. História. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/institucional/historia?id=2> . Acesso em: 29 jul. 2018. 
BRASIL. Ministério da Educação. Dúvidas mais frequentes sobre Educação Infantil. 
Jan. 2013. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=81
69-duvidas-mais-frequentes-relacao-educacao-infantil-pdf&category_slug=junho-
2011-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 27 set. 2018. 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Lei no. 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em 29 jul. 2018. 
 
BLOCO 3: LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL 
 
Apresentação 
Conhecer a legislação e a organização das políticas públicas de nosso país é muito 
importante, pois só assim teremos condições de exigir os nossos direitos. A Educação 
Básica, segundo a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional, é um direito irrevogável de qualquer cidadão. A partir de agora, caberá a todos 
nós, professores e alunos, zelarmos pelo cumprimento dessas leis. 
 
 
 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument
 
 
 
16 
 
3.1 A LDB 
Você já leu e ouviu diversas vezes neste curso a sigla LDB – que significa Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional. Mas por que falamos tantas vezes sobre essa legislação? 
Vamos tentar compreender esse assunto? 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) é a legislação que regulamenta o 
sistema educacional (público ou privado) do Brasil (da educação básica ao ensino 
superior). No entanto, para compreendermos como se organiza a educação básica e o 
ensino superior em nosso país, é imprescindível a leitura da Constituição Federal de 
1988. 
A Constituição de 1988, no capítulo III, seção I, artigos 205 a 214, define como a 
educação brasileira se organizará, estabelecendo os direitos e deveres dos cidadãos, 
assim como as responsabilidades das esferas do poder público federal, estadual, 
municipal e do Distrito Federal. Portanto, para compreendermos melhor a LDB é 
necessário estudarmos a Constituição. 
 
3.1.1 A Trajetória da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 
A primeira LDB foi promulgada em 1961 (LDB 4024/61). A Lei foi aprovada após a 
Constituição Federal de 1946 definir a educação como direito de todos e o ensino 
primário como obrigatório e gratuito nas escolas públicas. A elaboração da LDB foi 
iniciada em 1947, porém só em 20 de dezembro de 1961 ela foi aprovada. 
Em 1968, após o Golpe Militar de 1964, a LDB através da Lei 5.540/68 sofreu diversas 
alterações no tocante ao Ensino Superior. Por esse motivo, a lei foi denominada de 
Reforma do Ensino Superior. Já os ensinos primário e médio foram reformados pela Lei 
5.692/71, que alterou a sua nomenclatura para Primeiro e Segundo graus. As reformas 
sofreram inúmeras críticas por seu caráter autoritário e burocrático e encontraram 
resistências no âmbito da política educacional dando origem a várias iniciativas para 
combater as medidas. 
A queda do Regime Militar em 1986 e a elaboração da Constituição Federal de 1988 
viabilizaram a nova LDB de 1996. 
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) reafirma o direito à educação, 
garantido pela Constituição Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres 
 
 
 
17 
 
do Estado em relação à educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em 
regime de colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
(BRASIL, 1996) 
 
3.1.2 Estrutura da Lei de Diretrizes e Bases 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional possui nove títulos, que abordam 
diferentes quesitos da organização da educação brasileira. Veja a seguir o nome de cada 
um desses títulos: 
1 Da Educação; 
2 Dos Princípios e Fins da Educação Nacional – Artigos, 2o. e 3o.; 
3 Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino – Artigos 8o. ao 67; 
4 Do Direito à Educação e do Dever do Estado – Artigos 4o ao 7o; 
5 Da Organização da Educação Nacional – Artigos 8o. ao 20; 
6 Dos Profissionais da Educação – Artigos 61 ao 67; 
7 Dos Recursos Financeiros – Artigos 68 a 77; 
8 Das Disposições Gerais – Artigos 78 a 86; 
9 Das Disposições Transitórias – 87 a 92. 
 
3.1.3 A Educação é um direito! 
Quando pensamos nos direitos que nós, cidadãos brasileiros, possuímos, uma sensação 
de descrença nos toma conta, pois é comum falarmos que eles sempre são 
desrespeitados. É compreensível essa forma de pensamento, pois o Estado brasileiro, 
ao longo da sua existência, se notabilizou, e se notabiliza, em desrespeitar os direitos 
que cada um de nós possui. Entretanto, essa atitude perpassa também pela falta de 
conhecimento que temos da legislação, fato que devemos compreender dentro de um 
contexto histórico em que a educação era algo destinado às elites, o que criava um 
círculo vicioso, pois, à medida que não temos acesso à educação, não temos acesso a 
uma série de conhecimentos que nos permitiriam ter um maior esclarecimento sobre 
nossos próprios direitos e as formas de reivindicá-los. Assim, conhecer a Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional não é apenas uma forma de nós, profissionais da 
educação, nos prepararmos para o exercício da docência, mas é, acima de tudo, uma 
 
 
 
18 
 
atitude necessária na luta para que os nossos direitos, os de nossos alunos, enfim, de 
toda a sociedade sejam respeitados. A educação básica, dos 4 aos 17 anos, conforme 
exposto no artigo 4o. da LDB e no artigo 208 da Constituição Federal de 1988, é um 
direito público subjetivo que, quando não atendido pelo poder público, os agentes 
poderão responder criminalmente. 
 
Saiba Mais 
O relator da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no. 9.394, de 1996) foi o 
Senador Darcy Ribeiro. Intelectual nascido em Montes Claros, foi professor de várias 
universidades no Brasil, e um dos fundadores da Universidade de Brasília. Durante o 
governo de João Goulart, ocupou o cargo de Ministro da Educação e quando ocorreu o 
golpe militar em 1964, foi obrigado a se exilar, retornando ao Brasil em 1976. 
 
3.2 Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais: DCNs e PCNs 
3.2.1 Os documentos norteadores da Educação 
Atualmente, os documentos que norteiam a educação básica são a Lei no. 9.394, que 
estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Básica e o Plano Nacional de Educação, aprovado pelo 
Congresso Nacional em 26 de junho de 2014. 
 
3.2.2 O que são as Diretrizes Curriculares Nacionais? 
As Diretrizes Curriculares Nacionais são normas obrigatórias que regulamentam o 
planejamento curricular das escolas. Ou seja, as Diretrizes Curriculares Nacionais 
estabelecem o currículo e os conteúdos mínimos que deverão ser ministrados em todas 
as escolas. 
Os currículos e seus conteúdos mínimos, de acordo com o artigo 210 da Constituição 
Federal de 1988 e com o artigo 9o. da Lei no. 9.131/1995, terão seu norte estabelecido 
através das chamadas Diretrizes Curriculares Nacionais. Estas apresentarão como foro 
de deliberação a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. A Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional também estabelece, no artigo 9o., inciso IV, 
como será organizado o currículo. De acordo com esse artigo, a União incumbir-se-á de: 
 
 
 
19 
 
IV – estabelecer, em colaboração com os estados, o Distrito Federal e os municípios, 
competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino 
médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a 
assegurar formaçãobásica comum. (BRASIL, 1996) 
 
O vídeo, a seguir, explicita o que são as Diretrizes Curriculares Nacionais e apresenta sua 
relevância para o cenário educacional do Brasil: 
 
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=9SIqUvnkAJA. Publicado em: 27 ago. 2017. 
Acesso em: 27 set. 2018. 
 
3.2.3 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil articulam-se às Diretrizes 
Curriculares Nacionais da Educação Básica e reúnem princípios, fundamentos e 
procedimentos definidos pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de 
Educação, para orientar as políticas públicas e a elaboração, o planejamento, a execução 
e a avaliação de propostas pedagógicas e curriculares de Educação Infantil. Além das 
exigências dessas diretrizes, devem também ser observadas a legislação estadual e 
municipal atinentes ao assunto, bem como as normas do respectivo sistema (BRASIL, 
2010). 
O vídeo a seguir explica de maneira sucinta as Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Educação Infantil. 
 
Diretrizes Curriculares Nacionais Para a Educação Infantil. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=OsMPfZc5--8. Publicado em: 30 set. 2012. Acesso 
em: 27 set. 2018. 
 
3.2.4 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos 
articulam-se com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica e 
reúnem princípios, fundamentos e procedimentos definidos pelo Conselho Nacional de 
 
 
 
20 
 
Educação (CNE), para orientar as políticas públicas educacionais e a elaboração, a 
implementação e a avaliação das orientações curriculares nacionais, das propostas 
curriculares dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, e dos projetos político-
pedagógicos das escolas. Essas Diretrizes Curriculares Nacionais aplicam-se a todas as 
modalidades do Ensino Fundamental previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB), bem como à Educação do Campo, à Educação Escolar Indígena e à 
Educação Escolar Quilombola (BRASIL, 2010). 
O vídeo a seguir apresenta uma entrevista com o Prof. César Callegari (membro do 
Conselho Nacional de Educação) que faz uso da palavra para explicar as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. 
 
Entrevista com César Calegari. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=pVc1tIjrsRo. Publicado em: 9 mar. 2011. Acesso 
em: 27 set. 2018. 
 
3.2.5 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio articulam-se com as Diretrizes 
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica e reúnem princípios, fundamentos 
e procedimentos, definidos pelo Conselho Nacional de Educação, para orientar as 
políticas públicas educacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios na elaboração, no planejamento, na implementação e na avaliação das 
propostas curriculares das unidades escolares públicas e particulares que oferecem o 
Ensino Médio (BRASIL, 2013). 
 
Fique atento: Com a ampliação da obrigatoriedade do Ensino Médio, foi necessário 
realizar alterações nas Diretrizes Curriculares Nacionais destinadas a essa etapa da 
Educação Básica, fato que também observamos com relação ao Ensino Fundamental. 
Além desse fato, a alteração se apresentou como necessária em função de que novas 
exigências educacionais foram criadas a partir das transformações na sociedade e no 
mercado de trabalho. 
 
 
 
 
21 
 
 
 
3.2.6 Os Parâmetros Curriculares Nacionais 
3.2.6.1 O que são Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)? 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), criados pelo Ministério da Educação (MEC) 
entre os anos de 1997 a 1999, são referências para os Ensinos Fundamental e Médio de 
todo o país. 
 
3.2.6.2 Qual é o objetivo dos PCNs? 
O objetivo dos PCNs é garantir que todos os alunos, em território nacional, possam 
usufruir de um conjunto de conhecimentos, ofertados pelas escolas. 
 
Fique atento 
Os PCNs não são regras disponibilizadas pelo MEC para as escolas e professores, mas 
sim, parâmetros e diretrizes que servem como base para a educação brasileira, 
portanto, pressupõe-se que serão adaptados às peculiaridades locais. 
 
3.3 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
É um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de 
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas 
e modalidades da Educação Básica. 
 
3.3.1 Quais são os objetivos da BNCC? 
Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no. 
9.394/1996), a Base deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino das 
Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de todas as escolas 
públicas e privadas de Educação Infantil e Ensino Fundamental de todo o Brasil. 
A Base estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que 
todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Orientada pelos 
princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares 
Nacionais da Educação Básica, a Base soma-se aos propósitos que direcionam a 
 
 
 
22 
 
educação brasileira para a formação humana integral e para a construção de 
uma sociedade justa, democrática e inclusiva. (BRASIL, s/d) 
3.3.2 Como a BNCC deve ser construída? 
A BNCC está sendo construída em um processo colaborativo e democrático, 
liderado pelo Ministério da Educação (MEC), que foi iniciado em 2015. A primeira 
versão do documento passou por uma consulta pública (entre setembro de 2015 e 
março 2016), quando recebeu mais de 12 milhões de contribuições. 
A segunda versão foi analisada por gestores, professores e alunos de todos os 
estados, em seminários organizados pela União dos Dirigentes Municipais de 
Educação (Undime) e pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). 
Mais de 9 mil recomendações foram sistematizadas. A partir delas, o 
MEC finalizou a terceira e última versão, que seguirá para um parecer do Conselho 
Nacional de Educação (CNE), para, então, ser homologada. (GUIMARÃES; SEMIS, 
2017) 
 
Entrevista com o Prof. Herbert Schützer 
Com objetivo de discutir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), convidamos o Prof. 
Herbert Schützer, especialista em Políticas Públicas, para explicitar essa importante 
proposta para a Educação Básica brasileira. Realizamos uma breve entrevista com as 
seguintes questões: 
 
1. Nós sabemos que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de 
caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens 
essenciais que todos os alunos devem desenvolver. No entanto, muitas pessoas 
acreditam que a BNCC é o currículo escolar. Isso é verdade? Ou há um equívoco nessa 
ideia? Como podemos explicar a Base Nacional Comum Curricular para os nossos 
alunos? 
2. Eu tenho acompanhado muitos debates sobre a BNCC e há diversas críticas em relação 
ao documento. Por quê? O Brasil não precisa dessa Base Nacional Comum Curricular? 
3. E com relação à Educação Básica, a BNCC contemplará todas as etapas? Como isso 
ficou organizado? E já pensando no Ensino Fundamental, nós tivemos alguma mudança 
significativa sobre a alfabetização, por exemplo? 
 
 
 
23 
 
4. Vamos pensar um pouco mais nas possíveis mudanças que a BNCC proporcionará à 
Educação. O MEC (Ministério da Educação) fiscalizará se a Base está sendo, 
efetivamente, cumprida nas escolas? Como isso funcionará? 
5. Por fim, professor, gostaria que você explicasse por que nossos alunos precisam 
conhecer a BNCC? 
A entrevista seguiu um caráter informal, porém instrutivo. O Prof. Herbert 
brilhantemente destacou a importância de uma Base Nacional Comum Curricular para a 
Educação Básica, porém fez críticas aoprocesso de construção do documento. Para ele, 
a falta de diálogo com a população prejudicou a elaboração da Base. Por fim, explicou 
que a BNCC não é um currículo oficial que deve ser seguido pelas escolas, mas sim, como 
o próprio nome sugere, é uma base para a elaboração de novos currículos. 
Você pode acompanhar a entrevista na íntegra acessando o link do Programa: “Com a 
Palavra”. 
 
Conclusão do Bloco 3: 
Observamos, ao longo desse terceiro bloco, como está organizada a Educação Básica, 
segundo a Constituição de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e a partir 
de documentos (Diretrizes Curriculares Nacionais e Base Nacional Comum Curricular), 
destacando, mais uma vez, o fato de que a educação é um direito de todos. 
 
Referências 
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução no. 7, de 14 de dezembro de 2010. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf> . Acesso em 
30 jul. 2018. 
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: < 
basenacionalcomum.mec.gov.br>. s/d. Acesso em 30 jul. 2018. 
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizes-
educacao-basica-2013-pdf/file>. Brasília: MEC, 2013. Acesso em: 28 set. 2018. 
 
 
 
24 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Resoluções CEB 2010. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/observatorio-da-educacao/30000-uncategorised/14906-
resolucoes-ceb-2010>. Acesso em: 28 set. 2018. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 
DF: Senado Federal, 1988. 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Lei no. 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em 26 jul. 2018. 
GUIMARÃES, C.; SEMIS, L. 32 respostas sobre a Base Nacional Curricular. Nova Escola. 2 
mar. 2017. 
 
BLOCO 4. O SISTEMA EDUCACIONAL E SUAS PRÁTICAS 
 
Apresentação 
O que é um sistema? Ao realizarmos nosso estudo sobre a forma como está organizada 
a educação em nosso país, se faz necessário refletirmos sobre as responsabilidades de 
cada uma das instituições e dos profissionais envolvidos nesse processo. Agora, vamos 
analisar alguns conceitos importantes para entendermos a estrutura e a organização da 
educação brasileira. 
 
4.1 O que é Sistema Educacional? 
Como você já sabe o que é a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e como 
se organizam as etapas da educação básica brasileira, ficará mais fácil para compreender 
o que é Sistema Educacional. Preparado? Então, vamos juntos! 
 
4.1.1 O que é Sistema? 
Antes de explicitarmos o que é Sistema Educacional, apresentaremos a definição do 
termo sistema. Para Saviani (2001, p. 80), “sistema é a unidade de vários elementos 
intencionalmente reunidos de modo a formar um conjunto coerente e operante”. 
Vivemos em um mundo de sistemas em que a política, a economia, a religião, a 
educação, a cultura etc., representam a pluralidade de elementos que, combinados e 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument
 
 
 
25 
 
inter-relacionados, compõem o maior dos sistemas, ou seja, a sociedade. Para a teoria 
sistêmica, tecnicamente, a sociedade é denominada de macrossistema e suas partes 
constitutivas são denominadas de subsistemas. 
 
4.1.2 A escola faz parte do sistema? 
Todos nós passamos pela escola. Nossa matrícula aconteceu em uma determinada 
idade, superamos etapas, realizamos avaliações e recebemos uma certificação e, agora, 
estamos habilitados a prosseguir nossos estudos no ensino superior. Todas essas etapas 
pela qual passamos estão devidamente organizadas em um sistema, que é o escolar. 
 
4.1.3 Mas, afinal, o que é um sistema Educacional? 
O sistema educacional é o mais amplo de todos os sistemas existentes, pois abarca 
processos de ensinar e de aprender que têm raiz na família, na escola (Educação Básica), 
nos partidos políticos, na mídia, nas relações interpessoais, nas associações das mais 
diferentes naturezas. Portanto, o processo educativo não se restringe à oferta da 
educação escolar, pois é um processo que antecede a matrícula e continua após a 
conclusão da educação básica ou superior. 
 
4.1.4 Como é estruturado o sistema educacional? 
Toda estrutura sistêmica exige um conjunto de regras normalizadoras. Isto é, a base 
normativa do macrossistema educacional vem traduzida na Constituição Federal de 
1988. Nessa mesma linha de compreensão, evidenciamos a educação em sua 
composição formal (Educação Básica obrigatória) e apresentamos como base de 
sustentação normativa a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). 
 
4.2 Modos de Organização da Educação no Brasil 
Acompanhemos agora modos de organização educacional no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
4.2.1 Educação Informal 
A educação Informal parte de processos espontâneos. Normalmente, acontece em 
espaços de possibilidades educativas no decorrer da vida das pessoas. Em outras 
palavras, é a educação transmitida pelos pais na família, no convívio com amigos, clubes, 
teatros, livros, revistas etc. (GOHN, 2001) 
 
4.2.2 A Educação Não Formal 
O processo ensino-aprendizagem que se estrutura nesse modelo sistêmico de educação 
não requer um currículo oficial ou a posse de um diploma de licenciado, porém o 
processo de aprendizagem se estrutura efetivamente a partir da intencionalidade das 
ações. A educação não formal apresenta grande influência na vida dos sujeitos, pois ela 
acontece dentro de relações estruturadas, como, por exemplo, em uma igreja, em um 
sindicato, um museu, clube etc. (GOHN, 2001). Exemplos: nas igrejas, o catecismo (Igreja 
Católica) e a Escola Bíblica Dominical (Igrejas Evangélicas ou Protestantes) pertencem a 
esse processo de Educação Não Formal; nos 
Clubes, há as aulas de capoeira, futebol, artesanatos etc. 
 
4.2.3 Educação Formal 
A educação formal é construída em espaços escolares públicos ou privados que 
compõem a educação básica e obrigatória do Brasil. O processo de ensino-
aprendizagem dentro do universo formal da educação é organizado de maneira 
sistematizada a partir das legislações educacionais e de documentos específicos, tais 
como: currículo, disciplinas, metodologias, objetivos, avaliação e planejamento. Essa 
organização é fundamental para que a intencionalidade das ações pedagógicas sejam 
concretizadas na prática docente e, ao mesmo tempo, para que se obtenha um grau de 
ensino e de aprendizagem desejável ao sujeito principal do processo – o aluno. Os 
valores e ideias transmitidas pela instituição escolar sofrem mudanças de acordo com 
as transformações que ocorrem na sociedade, pois a preparação das novas gerações 
responde aos interesses socialmente estabelecidos em cada contexto histórico (GOHN, 
2001). 
 
 
 
27 
 
Ao final da trajetória escolar, depois de cumpridas todas as exigências estabelecidas em 
lei, é emitido um certificado de conclusão, no caso da Educação Básica, ou Diploma, no 
Ensino Superior. A partir da emissão desses documentos, válidos nacionalmente, o seu 
portador passa a gozar dos direitos assegurados pela lei, podendo continuar seus 
estudos em uma nova etapa, caso tenha concluído o ensino médio, ou exercer uma 
profissão, caso possua o diploma de ensino superior. O corpo normativo de sustentação 
desse sistema é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 
 
4.2.4 Sistema de Ensino 
O sistema de ensino compreende todas as etapas e modalidades realizadas pelo aluno 
ao longo da sua trajetória formativa, na Educação Básica e no Ensino Superior. A Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu artigo 23 (BRASIL, 1996), define que o 
sistemade ensino pode ter uma composição múltipla, ou seja: 
[...] organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular 
de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência 
e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse 
do processo de aprendizagem assim o recomendar. (BRASIL, 1996) 
 
O artigo 23 demonstra as diferentes possibilidades de organização das escolas públicas 
e privadas. Fica, então, evidente para nós que o sistema de ensino caracteriza-se por 
uma rede de escolas que possuem vinculação com as diferentes estruturas nos poderes 
federal, estadual e municipal. Essa estrutura é representada pela esfera administrativa 
do ensino e pela esfera normativa. 
 
4.3 Escola Cidadã 
Segundo Paulo Freire, “a escola cidadã é aquela que se assume como um centro de 
direitos e um centro de deveres. É a escola que viabiliza a cidadania de quem está nela 
e de quem vem a ela”. 
A escola cidadã é uma escola coerente com a liberdade e com seu discurso formador e 
libertador. É uma escola que valoriza os saberes dos alunos e propõe-se a fomentar a 
construção da consciência crítica dos educandos para liberdade. É uma escola que 
 
 
 
28 
 
promove o diálogo e que abomina o autoritarismo. A escola cidadã vive a experiência 
tensa da democracia. 
O vídeo, a seguir, apresenta um depoimento do Prof. Paulo Freire a respeito da 
necessidade de construirmos uma Escola Cidadã. 
A escola cidadã por Paulo Freire: Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=ZC1ruqUnX7I. Publicado em: 6 nov. 2011. Acesso 
em: 27 set. 2018. 
 
Conclusão do Bloco 4 
Ainda estamos distantes de alcançarmos as condições apresentadas nesse bloco para 
que o sistema escolar brasileiro funcione de maneira adequada. Essas dificuldades 
resultam, em grande parte, de equívocos nas políticas educacionais empreendidas no 
Brasil. A verdade é que o Sistema Educacional encontra, nas sociedades capitalistas, 
fortes obstáculos sociais ao desempenho do papel de direito instrumental. Isto é, aos 
capitalistas convém que os trabalhadores disponham da instrução mínima necessária à 
sua integração no “mercado de trabalho mecanizado”, mas os empresários sempre 
temem que o acesso ao conhecimento científico, cultura e educação básica de qualidade 
propicie aos trabalhadores armas intelectuais que eles possam usar na luta contra a 
dominação de classes sociais. 
Por fim, devemos fomentar a luta para que o Sistema Educacional funcione 
efetivamente. 
 
Referências 
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução no. 7, de 14 de dezembro de 2010. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf>. Acesso em: 
30 jul. 2018. 
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-nacional-comum-
curricular-bncc>. Acesso em: 30 jul. 2018. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF: Senado Federal, 1988. 
 
 
 
29 
 
GOHN, M. G. Educação não formal e o educador social. São Paulo, Cortez, 2010. 
 _____________________. Educação não-formal e cultura política: impactos sobre o 
associativismo do terceiro setor. 2. ed. São Paulo, Cortez, 2001. 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Lei no. 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 26 jul. 2018 
SAVIANI, D. A nova lei da educação: LDB – Trajetória, limites e perspectivas. 7. ed. 
Campinas: Autores Associados, 2001. 
 
BLOCO 5: A ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO ESPAÇO ESCOLAR 
 
Apresentação 
Já discutimos que a escola faz parte da Educação Básica, pois é nesse espaço (Escola) 
que as etapas da Educação (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio) são 
cumpridas. Ao mesmo tempo, compreendemos a Escola como espaço de educação 
formal, ou seja, ela é uma instituição socialmente definida para transmitir 
conhecimentos e valores às futuras gerações. Entretanto, para cumprir bem seu papel 
social, ela precisa de uma organização que garanta sua eficiência. 
Neste bloco, dedicaremos tempo para discutir a organização da Educação Básica no 
espaço escolar. Para tanto, será necessário compreendermos como a escola brasileira 
deve funcionar. 
 
5.1 Projeto Político-Pedagógico (PPP) 
5.1.1 O que é o Projeto Político-Pedagógico (PPP)? 
O Projeto Político Pedagógico (PPP) trata-se de um documento que reflete a proposta 
educacional da Unidade Escolar. 
Toda escola tem objetivos e sonhos que deseja alcançar. O conjunto dessas 
aspirações, bem como os caminhos para concretizá-las, é o que dá formato ao 
denominado Projeto Político-Pedagógico (PPP). (LOPES, 2010) 
 
 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument
 
 
 
30 
 
5.1.2 Como surgiu o PPP? 
O Projeto Político-Pedagógico nasceu após a Constituição de 1988, para dar autonomia 
às escolas na elaboração de sua própria identidade. 
O que diz a LDB a respeito do Projeto Político-Pedagógico? 
Segundo o art. 12 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no. 
9.394/1996), 
Os estabelecimentos de ensino respeitando as normas comuns e as do seu sistema 
de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica. 
(BRASIL, 1996) 
 
A LDB, também, determina em seu art. 13, que é responsabilidade dos estabelecimentos 
de ensino (Escolas) garantir a participação dos profissionais da educação na elaboração 
do projeto pedagógico da escola. Ainda de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional, os estabelecimentos de ensino devem articular-se com as famílias e 
a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola. Isto é, o PPP 
deve ser construído com a participação de todos (BRASIL, 1996). 
 
5.1.3 Quais são os objetivos do PPP? 
São eles: construção coletiva de uma Escola Cidadã; democratização e descentralização 
das decisões pedagógicas; planejamento das ações pedagógicas; e construção coletiva 
da Identidade da Escola. 
 
5.2 A experiência dos conselhos escolares 
5.2.1 O que são Conselhos Escolares? 
Os Conselhos são órgãos colegiados compostos por representantes da comunidade 
escolar e local. 
 
5.2.2 Quais são as atribuições do Conselho Escolar? 
Cabe ao conselho zelar pela manutenção da escola e monitorar as ações dos 
dirigentes escolares a fim de assegurar a qualidade do ensino. Eles têm funções 
deliberativas, consultivas e mobilizadoras, fundamentais para a gestão democrática 
das escolas públicas. [...] por exemplo: fiscalizar a aplicação dos recursos destinados 
 
 
 
31 
 
à escola e discutir o projeto pedagógico com a direção e os professores. (BRASIL, 
s/d) 
 
5.2.3 Quem pode participar do Conselho Escolar? 
Os conselhos escolares são constituídos por pais, representantes de alunos, 
professores, funcionários, membros da comunidade e diretores de escola. Cada 
escola deve estabelecer regras transparentes e democráticas de eleição dos 
membros do conselho. (BRASIL, s/d) 
 
5.3 A participação da comunidade na escola 
Após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, 
cabe a cada escola elaborar sua proposta pedagógica de modo tal que precisa ouvir 
todos os interessados no sucesso da educação e tendo a consciência de que cada aluno 
precisa para crescer como estudante e cidadão. 
 
5.3.1 Quais são os caminhos para a participação da comunidade na escola? 
São eles: PPP (Projeto Político Pedagógico) e Conselhos Escolares. 
 
5.3.2 O direito à Educação 
De acordo com Constituição de 1988: 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada coma colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988) 
 
5.3.3 O direito dos Indígenas à Educação 
De acordo com a LDB de 1996: 
Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de 
fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas integrados 
de ensino e pesquisas, para oferta de Educação escolar bilíngue e intercultural aos 
povos indígenas, com os seguintes objetivos: I - proporcionar aos índios, suas 
comunidades e povos, a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação 
de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências; II - garantir aos 
 
 
 
32 
 
índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, conhecimentos 
técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não 
índias. (BRASIL, 1996). 
 
5.3.4 A Escola do Campo, também, é um direito! 
De acordo com o Decreto Presidencial no. 7352/10: 
A Política de Educação do Campo destina-se à ampliação e qualificação da oferta 
de educação básica e superior às populações do meio rural, e é desenvolvida pela 
União em regime de colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
de acordo com as diretrizes e metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação. 
(BRASIL, 2010) 
 
Conclusão do Bloco 5: 
Como vimos a Educação é um direito constitucional que pertence a todos os cidadãos 
brasileiros. Esse direito inicia-se no acesso e permanência à Educação Básica, mas, 
também está ancorado na participação de todos para a construção de uma escola plural. 
Isto é, a organização da Educação Básica no espaço escolar se dá a partir de documentos, 
como, por exemplo, o PPP que viabiliza a participação direta da população no seio das 
escolas. Essa participação que, também, pode estar associada aos Conselhos Escolares, 
será fundamental para alicerçarmos a educação nas perspectivas democráticas 
defendidas pela Constituição de 1988. 
 
Referências 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 
DF: Senado Federal, 1988. 
______. Lei de Diretrizes e Bases. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece 
as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1996. 
______.Ministério da Educação. Conselhos Escolares. s/d. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/32663> . Acesso em: 31 jul. 2018. 
BRASIL. Educação no Campo. Decreto no. 7.352, de 4 de novembro de 2010. Brasília, 
2010. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/docman/marco-2012-pdf/10199-8-
decreto-7352-de4-de-novembro-de-2010/file>. Acesso em: 28 set. 2018. 
 
 
 
33 
 
LOPES, N. O que é projeto político-pedagógico. Gestão Escolar. 1 dez. 2010. Disponível 
em:<https://gestaoescolar.org.br/conteudo/560/o-que-e-o-projeto-politico-
pedagogico-ppp>. Acesso em: 28 set. 2018. 
 
BLOCO 6: A EDUCAÇÃO BÁSICA NO SÉCULO XXI 
 
Apresentação 
Seja bem-vindo ao último Bloco deste curso! 
Ao analisarmos a trajetória histórica da Educação Básica brasileira, identificamos uma 
série de conquistas, como, por exemplo: a democratização do acesso e a efetivação de 
condições para a permanência dos alunos na escola. Contudo, reconhecemos que 
precisamos progredir ainda mais. 
Partindo dessa ideia, utilizaremos este último bloco para discutir e refletir sobre o futuro 
da Educação Básica no Brasil. O que pensa atualmente o Estado brasileiro para a 
Educação? Quais são suas propostas? Vamos descobrir? 
 
6.1 Planejamento Educacional no Brasil atual 
O que pensa atualmente o Brasil para a Educação? 
As legislações e documentos construídos de forma democrática pelo Estado brasileiro 
expressam o pensamento para a Educação Básica de nosso país. Vamos conhecer quais 
são esses documentos? 
 Constituição Federal: 1988 
 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB): 1996 
 1o. Plano Nacional de Educação (PNE): 2001-2010 
 Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE): 2008 
 2o. Plano Nacional de Educação (PNE): 2014 
 Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
 
O que diz a Constituição Federal sobre a Educação? 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
 
 
 
34 
 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o 
saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino; 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, 
planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e 
títulos, aos das redes públicas; 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade; 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar 
pública, nos termos de lei federal. (BRASIL, 1988) 
 
Fique atento: 
Foi a Constituição de 1988 que tornou possível a elaboração da nova LDB (Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional) promulgada em 1996. A partir dessa LDB é que 
uma série de medidas foi viabilizada para a democratização e melhoria da qualidade da 
Educação Básica brasileira. 
 
6.2 Os desafios para uma Escola de Qualidade 
Com o objetivo de promover um debate a respeito do planejamento educacional 
brasileiro, convidamos o Prof. Fernando Roberto Campos para uma entrevista. Fernando 
Campos é professor da Universidade Santo Amaro há 22 anos. É graduado em Ciências 
Sociais pela Universidade de São Paulo, e Mestre e Doutor em Educação: História, 
Política e Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). 
Durante a breve entrevista, fizemos os seguintes questionamentos ao Professor: 
1. Vivemos um momento conturbado do ponto de vista da política nacional. Isso é 
prejudicial para as políticas educacionais? Qual é o cenário atual da Educação no Brasil? 
2. Em 2014, foi aprovado o novo PNE (Plano Nacional de Educação) que estabeleceu 20 
metas para o campo educacional brasileiro. Como ficará o cumprimento dessas metas 
diante da crise econômica e política que vivemos? 
 
 
 
35 
 
3. De acordo com dados recentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico (OCDE), apenas 2,4% dos jovens no Brasil almejavam a carreira docente. O 
que o senhor pensa a respeito disso? 
4. Ainda pensando em jovens, a Reforma do Ensino Médio, nos moldes em que foi 
proposta pelo Governo Federal, pode diminuir a evasão escolar? O que senhor acha 
dessa Reforma? Ela é suficiente para atender as principais demandas da educação 
brasileira? 
5. O senhor acredita que é possível alcançarmos uma educação pública e de qualidade 
para todos? Existe algum caminho para isso? 
O bate-papo descontraído não reduziu a importância dos temas abordados nas 
questões. O Prof. Fernando Campos, com brilhantismo, pontuou algumas críticas em 
relação às Políticas Públicas educacionais do Brasil e, ao mesmo tempo, apresentou 
possíveis caminhos para efetivarmos uma Educação Pública e de qualidade para todos. 
 
6.3 O que é PDE? 
O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) foi um conjunto de programas 
que visaram melhorar a educação no Brasil, em todas as suas etapas. Lançado 
em 2007, tinha um prazo de quinze anos para ser completado, mas acabou 
descontinuado antes desse prazo. Apesar disso, muitos dos programas e 
iniciativas criados por ele se mantiveram, como a TV Escola e o Sinaes, no ensino 
superior. (TODOS PELA EDUCAÇÃO, 2018) 
 
6.4 Plano Nacional de Educação (PNE) 
No dia 26 de junho de 2014, o Congresso Federal sancionou o Segundo Plano 
Nacional de Educação (PNE) da história do Brasil. O PNE é uma lei ordinária, prevista 
na Constituição Federal,que estabelece diretrizes, metas e estratégias de 
concretização no campo da educação. O Plano possui 20 metas para a Educação que 
devem ser cumpridas até o ano de 2024 (BRASIL, 2014). 
 
6.4.1 Quais são os objetivos do PNE? 
O principal objetivo do PNE é o cumprimento das 20 metas para Educação. As metas 
estão relacionadas à ampliação do acesso à Educação Básica brasileira; aumento da 
 
 
 
36 
 
qualidade da Educação; valorização dos professores com medidas que vão da 
formação ao salário dos docentes. 
Para conhecer as 20 metas para a Educação, acesse o link 
http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne (Acesso em: 27 set. 2018). 
 
Conclusão do Bloco 6 
Conforme já mencionamos ao longo desse curso, ainda estamos distantes de 
alcançarmos as condições necessárias para que o sistema escolar brasileiro funcione de 
maneira adequada. Todavia, precisamos reconhecer que a Constituição Federal de 1988, 
tão ferida nos últimos anos, abriu dezenas de portas para vivenciarmos o sonho de uma 
Educação Básica com qualidade para todos. 
Resta-nos prosseguir na luta para que o idealizado na Carta Magna brasileira e, 
posteriormente, estruturado em uma gama de documentos que organizam e 
fundamentam nosso Sistema Escolar seja efetivamente respeitado e cumprido. 
 
Referências 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 
DF: Senado Federal, 1988. 
BRASIL. Ministério da Educação. Planejando a próxima década: conhecendo as 20 
metas do Plano Nacional de Educação. 2014. Disponível em: 
<http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>. Acesso em 
03 ago. 2018. 
CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (CONED), 2. Plano Nacional de Educação: a 
proposta da sociedade brasileira. Belo Horizonte (MG), 9 nov. 1997. 
TODOS PELA EDUCAÇÃO. Saiba o que foi e como funcionou o Plano de 
Desenvolvimento da Educação. 5 mar. 2018. Disponível em: 
<https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/saiba-o-que-e-e-como-funciona-o-
plano-de-desenvolvimento-da-educacao/>. Acesso em: 28 set. 2018.

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