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Legislação 
Médica 
 
Juliana Vieira 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
3 
 
Ora aquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou 
pensamos (...) 
Eférsios 3:20 
Sumário 
 
Processos Médicos e Responsabilidade Civil e Penal do Médico .................................................................... 5 
Dos direitos e dos deveres do paciente e do médico ....................................................................................... 6 
Trabalho – Conselho Regional de Medicina.................................................................................................... 7 
Pré-inscrição Médico Online .......................................................................................................................... 7 
História ......................................................................................................................................................... 7 
Carimbo e anuidade ...................................................................................................................................... 7 
Requerimentos de transferência .................................................................................................................... 8 
Inscrição secundária ...................................................................................................................................... 8 
Cotransformação .......................................................................................................................................... 8 
Solicitação de cancelamento de CRM ............................................................................................................ 9 
Mudança de nome ........................................................................................................................................ 9 
Registro de Especialidade .............................................................................................................................. 9 
Vídeo relacionado a ética médica ................................................................................................................... 9 
Sigilo médico ............................................................................................................................................... 10 
Termo de consentimento livre e esclarecido – TCLE .................................................................................... 10 
Introdução .................................................................................................................................................. 10 
Normas ....................................................................................................................................................... 10 
Elementos fundamentais do TCLE .............................................................................................................. 11 
Modelos ...................................................................................................................................................... 12 
Publicação .................................................................................................................................................. 12 
Atendimento Às Vítimas de Violência Sexual (Decreto 7.958/2013) ........................................................... 12 
Introdução .................................................................................................................................................. 12 
Direitos básicos ........................................................................................................................................... 13 
O decreto .................................................................................................................................................... 13 
Sigilo médico ................................................................................................................................................. 14 
Introdução .................................................................................................................................................. 14 
Quando se pode quebrar o sigilo? ................................................................................................................ 15 
Outras situações ......................................................................................................................................... 15 
Documentos médicos .................................................................................................................................... 17 
Introdução .................................................................................................................................................. 17 
Declaração de comparecimento .................................................................................................................. 17 
Atestado médico ......................................................................................................................................... 17 
Prontuário médico ....................................................................................................................................... 18 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
4 
 
CAT ............................................................................................................................................................. 18 
Há 2 documentos – prova ..................................................................................................................... 18 
Introdução .................................................................................................................................................. 18 
Recusar a trabalhar / realizar atos ............................................................................................................... 19 
Tratamento de paciente .............................................................................................................................. 19 
Relação Médico-Paciente e familiares ......................................................................................................... 20 
Introdução .................................................................................................................................................. 20 
Código de Ética – capítulo V ........................................................................................................................ 20 
Revisão para a prova ..................................................................................................................................... 21 
Telemedicina na pandemia de CoronaVírus ................................................................................................. 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
5 
 
 
 
 
 
 
Legislação Médica 
Profº: Elba 
Acadêmica: Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 
Processos Médicos e Responsabilidade Civil e Penal do Médico 
Introdução 
Durante muitos séculos, a função do profissional de medicina esteve revestida de caráter religioso e mágico, 
atribuindo-se aos desígnios de Deus a saúde e a morte. 
 - Não havia o curso “Medicina” ou algo parecido, mas somente alguém que recebia uma atribuição por 
conseguir melhorar a saúde de indivíduos da sociedade. 
 - Antigamente: a pessoa não era curada → a culpa era de Deus. 
 a pessoa era curada → a glória era de Deus. 
 # Sempre era atribuído a um Deus, e o “médico” era alguém com um dom para curar se Deus permitisse. 
 - Não cabia falar em responsabilizaro médico, que apenas participada de um ritual. 
 
No final do século passado, e início deste: 
 - O médico, era visto como médico de família, amigo e conselheiro, figura de uma relação social que não 
admitia dúvida sobre a qualidade de seus serviços, e menos ainda, a litigância sobre eles. 
 # Era uma relação pessoal, de forma que não se pensava que o “médico” causaria mal algum ao seu 
“paciente”. 
 - O ato médico se resumia na relação entre uma confiança (do cliente) e uma consciência (do médico). 
 
Hoje em dia 
 - As relações sociais se massificara, distanciando o médico do seu paciente. 
 - A própria denominação dos sujeitos da relação foi alterada, passando para usuário e prestador de serviços, 
tudo visto sob a óptica de uma sociedade de consumo, cada vez mais consciente de seus direitos, reais ou 
fictícios, e mais exigente quanto aos resultados. 
 - Ao mudar a relação, se mudou o cuidado, a atenção, o reconhecimento, a compaixão pelo paciente. Isso 
facilita que problemas, muitas vezes relacionados a negligência ocorram. 
 # Exemplo: caso de 2 meninos em uma mesma sala de cirurgia → um para amputação e outro para cirurgia 
de retina → foi feito o procedimento errado (não foi feita a checagem dos pacientes) → todos foram 
punidos, todos tem culpa. 
 # Exemplo: médico faz cirurgia, deixa a sala e deixa o residente suturar → paciente tem infarto agudo (não 
relacionado a cirurgia) → médico responde. 
 - Por ser usuário e prestador → aumentou-se o número de processos contra médicos e profissionais da 
saúde. 
 # Como no nosso país muitos indivíduos têm menor poder aquisitivo e menor nível escolar → fácil de 
manipular → é necessário informar a população, mas nem tudo é digno de processar. 
 
O desenvolvimento da ciência determinou o aumento dos recursos colocados à disposição do profissional. 
 - Com os novos recursos, cresceram as oportunidades de ação, e consequentemente, os riscos. 
 - Exemplo: paciente com RM → aparece um tumor → prepara para a cirurgia, abre o paciente e não tem 
tumor → faz outra RM → não tem tumor → médico é processado → não foi erro dele, sim da RM → as vezes 
o nome da pessoa está errado (trocando relatório, por exemplo) devido a falha no setor administrativo → 
médico não é punido. 
 
No Brasil há 2 processos: 
 - Pelo CFM. 
 - Pela polícia civil. 
 
Eficácia: caracteriza a medicina moderna. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
6 
 
 - Os médicos contemporâneos não se contentam somente em prevenir ou tratar as doenças, mas se 
propõem a: 
 # Superar a deficiência de uma função natural. 
 # Substituir esta função. 
 # Modificar características naturais do sujeito. 
Cirurgia de alteração de gênero / mudança de sexo. 
 - Um bom médico é aquele que se coloca no lugar do outro. 
 # Coopera para restabelecer a relação médico / paciente. 
 
Mesmo com disponibilidade da alta tecnologia para o diagnóstico e tratamento de doença que atinge o 
homem, a relação do paciente com o médico ainda encontra obstáculos dificílimos de serem ultrapassados 
pelos clientes, que atingidos por condutas errôneas destes profissionais, ficam muitas vezes sem o devido 
amparo para tentar reparar a lesão que suportou. 
 
Dos direitos e dos deveres do paciente e do médico 
Não são todos os direitos nem todos os deveres que estão pré-determinados, mas há coisas que estão 
surgindo → CFM e CRM faz análise da justiça e da punição judicial. 
 - Maioria está pré-determinada. 
 
Direito do paciente 
1. Recorrer ao judiciário, pleiteando a reparação de quaisquer danos que lhe tenham sido culposamente 
infligidos por obra do médico. 
Médico pode se proteger e recorrer também, caso o paciente minta sobre não ter reações alérgicas 
a algo, entre outros. 
 
2. Obter todas as informações sobre seu caso, em letra legível, e cópias de sua documentação médica: 
prontuários, exames laboratoriais, raios X, anotações de enfermagem, laudos diversos, avaliações 
psicológicas, etc. 
Exemplo: acompanhante do paciente (pode ser alguém contratado, filho, primo, amigo, tanto faz, 
é acompanhante) → pede o prontuário do paciente → não é porque é parente que tem acesso ao prontuário 
(paciente pode ter dados que não quer que a família saiba). 
Não cabe a nenhum plano de saúde ou instituição limitar o número de pedidos de exames ou qual 
exame pedir → caso a médica peça um exame a mais do que o combinado (o que ela tem que fazer) → cabe 
ao paciente ir atrás do exame → se o plano cobrar / achar ruim com o médico, o plano é processado. 
 
3. Em caso de recusa do médico ao fornecimento dos dados, o habeas data é o remédio jurídico eficaz para 
compelir o profissional a conceder tais informações. 
Habeas data: liberação dos dados que o médico tem do paciente. 
Forma que a justiça tem para fazer o médico entregar o prontuário ao paciente. 
O médico deve olhar se a acompanhante está autorizada pelo paciente a receber o prontuário por 
vontade expressa → se sim, deve falar para o setor administrativo. 
Paciente não quer que os familiares saibam da doença → paciente está consciente → médico não 
pode dar o prontuário, exceto se os familiares apresentarem ordem judicial (mas nenhum juiz faz isso) → 
juiz nomeia um perito (qualquer médico ou acadêmico de medicina) para avaliar. 
O único jeito que se pode negar um prontuário é quando o médico percebe que entregar o 
prontuário pode causar mal, gerar um problema maior, para o indivíduo / paciente → se deve enrolar o 
Questão de prova de residência 
1. Todo médico pode sim sofrer um processo por paciente, mas nenhum médico é punido se não for 
comprovado que o dano, o qual o paciente está reclamando, foi causado por uma ação deste médico. 
2. Prontuário: é do paciente, mas é direito do médico guardar pelo menos uma cópia dele (guarde o 
prontuário por pelo menos 5 anos). Você DEVE entregar ao paciente, mas sempre se resguarde. 
3. Aluno de medicina pode ser nomeado perito judicial → ocorre em casos mais simples, com respostas 
simples (sim ou não), confirmando de quem é o exame, se o resultado de um exame de gravidez, por 
exemplo, é compatível com gravidez. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
7 
 
paciente e pedir ele para ir com alguém e documentar → se ele não for com alguém no outro dia → 
documente que entregou como solicitado o documento para o paciente. 
 
Trabalho – Conselho Regional de Medicina 
Pré-inscrição Médico Online 
Apresentação: projeção do site. 
Link: https://sistemas.cfm.org.br/preinscricao/mg 
 
Criado para agilizar. 
 - É uma forma de evitar que se burle o sistema. 
 
Documentação (original e cópia) a ser apresentada pessoalmente na Sede ou em uma das Delegacias 
Regionais: 
 - RG e CPF; 
 - Certificado Militar com prova de quitação (apresentação após formatura em Medicina); 
 - Diploma ou Certidão de Colação de Grau; 
 # Médicos formados no exterior: a cópia da tradução juramentada do diploma. 
 - 03 (três) fotografias coloridas, tamanho 3x4, tiradas de frente, contra fundo branco, com roupas não 
brancas, sem reflexos ou sombras, olhos abertos, sem óculos ou item de chapelaria. 
 # Não pode ser foto sorrindo ou com cenho franzido → fisiologia neutra. 
 # Não pode esconder manchas, alterações, perfurações, deformação ou correção. 
 # Foto não pode ser de baixa qualidade de impressão ou impressa em papel comum. 
 - Título de Eleitor 
 
Ter em mãos os documentos necessários ao preenchimento do formulário. 
 
Comprovante de residência (emitido há, no máximo, 90 dias). 
 
Faça contato com o Conselho Regional de Medicina do seu estado para identificar o local de 
comparecimento para a efetivação da inscrição. 
 
No ato da inscrição, na sede do Conselho, o médico deverá comparecer usando roupas em tons entre médio 
a escuro, para a captura de imagem para a confecção do cartão de identidade médica – CRM Digital. 
 - Caso o seu conselho o oriente a entregar fotos, observe os requisitos: fotografia tirada de frente, contra 
fundo branco, comroupas não brancas, sem reflexos ou sombras, olhos abertos, sem óculos ou item de 
chapelaria. 
 
História 
No início, todos poderiam ser médicos, independente de ter estudo ou não. 
 
1890: estado criou lei que toda profissão poderia ser exercida se não ferisse o estado, as pessoas ou a 
segurança. 
 
1900: sindicato médico. 
 - JK implementou a fiscalização da medicina. 
 - Os médicos começaram a se reunir e fazer congressos para ressaltar a importância da fiscalização → 
médicos mais velhos achavam “picuinha”. 
 
Lei sobre fiscalização privatizada 
 - Medo de privatizar e ao erro virasse uma sociedade protetora dos médicos, e não de análise realmente da 
ação do médico. 
 - Acreditavam que se fosse estatal haveria menos corrupção. 
 
Principal: antes não havia um conselho → percebeu-se que havia necessidade de normas. 
 
Carimbo e anuidade 
Tem controle eletrônico 
 - Nome. 
 - CRM: número pessoal, não muda. 
 # É o número do conselho no qual você se inscreveu. 
https://sistemas.cfm.org.br/preinscricao/mg
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
8 
 
 - Número do controle do carimbo: é o principal 
 # Não permite a fraude. 
 
Perda – residência 
 - Boletim de ocorrência. 
 - Empresa cadastrada para fazer novo número do carimbo → o objeto carimbo sumiu e não pode ter mais 
esse número, pois não existe. 
 # Ter mais de um carimbo → pode dar problema em caso de roubo, caso você esqueça e use um segundo 
carimbo. 
 → um acaba, joga fora e começa a usar outro → alguém pega o carimbo no lixo 
→ usa o carimbo para fins ilegais. 
 - Enquanto não faz o outro: assinatura + número do CRM. 
 
Tabela de anuidade: 750 reais. 
 - Em janeiro tem desconto: 712 reais. 
 - Em julho: você paga somente pelos meses que você irá usar. 
 
Requerimentos de transferência 
Médico vai ao CRM de origem dele → requisita →CRM do estado dele é cancelado, e ele só tem o do outro 
estado. 
 
Critérios 
 - Ter pago a anuidade. 
 - Não pode ser diretor de uma equipe clínica. 
 - Vários documentos. 
 
Pode pedir por faz, email ou correio ao CRM de origem → CRM manda ao CRM de destino → médico deve 
ir ao CRM de destino em 45 dias ou até 31 de dezembro. 
 - Altera as vezes. 
 
Inscrição secundária 
Pode-se ter várias inscrições, mas se necessita estar quite em cada lugar que se atua. 
 - Se deve pagar anuidade em cada estado que está atuando. 
 - Médico não pode estar respondendo a processos éticos. 
 - Há prazos de inscrições. 
 # Nova inscrição: 30 dias. 
 - Requisitos para se preencher: varia com o lugar. 
 
Cotransformação 
Situação: Médica inscrita em MG (inscrição primária) e quer ser ativa no Espírito Santo (secundária) e quer 
fazer com que a inscrição secundária seja revertida em primária. 
Questão de prova de residência 
Transferência X inscrição secundária x cotransformação 
 - Inscrição secundária: já tem uma inscrição e se quer outra ou outras em outro estado. 
 # Se paga quantas anuidades for necessária. 
 # Geralmente se troco o número do CRM, pois tem o de Minas e tem o de outro estado. 
 - Transferência: você não quer mais atuar em um estado e transfere para qualquer outro estado que se 
quer atuar. 
 # Ainda se pagar uma anuidade, pois só se tem um CRM 
 - Cotransformação 
 # Não quer mais ficar em MG (primário) e quer apenas ficar no secundário, transformando o 
secundário em primário. 
 # Questão de residência → médico, diretor clínico em hospital em MG, pede cancelamento da 
inscrição do CRM-MG porque está mudando para outro estado → não pode. 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
9 
 
 - Não pode ter processos, não pode ser responsável / ter cargos no estado primário, entre outros. 
 - Certificado de regularidade: enviado do primário para o secundário. 
 Mostra que se está quite com todas as dependências e cargos. 
 - Requerimento de mudança: pode ser feito em unidades físicas do CRM-MG ou por email. 
 
Solicitação de cancelamento de CRM 
Médico passa de ativo para inativo → deixa de arcar com as habilidades, mas tem que arcar com as dívidas 
anteriores. 
 
Não pode exercer atos médicos na jurisdição. 
 
Pode ser feito por 
 - Solicitação: inválido, mudança para exterior, em caso de óbito ou extravio da carteira de médico (roubo). 
 - Projeto administrativo: processo no qual se perde o CRM por meio da lei. 
 
Óbito 
 - Certidão de óbito (original e cópia) e a carteira do médico. 
 # Família recebe novamente depois para guardar. 
 # Geralmente quem avisa sobre isso é algum amigo médico, não o médico que morreu. 
 - Deve explicar a família que deve ser cancelando o seu número do CRM para que, ao morrer, não façam 
um carimbo falso e usem esse como se fosse você. 
 - Único jeito do conselho perdoar a dívida do médico ao CRM. 
 # Acabou a dívida, pois ele não pode cobrar de outra pessoa → o CRM é vinculado somente a você. 
 
Mudança de nome 
Ao formar se tem a célula de identidade médica, sendo que se querer mudar de nome, deve ir a uma 
delegacia regional ou sede do CR, apresentar certidão de nascimento ou casamento. 
 - Mulheres é mais comum, pois muitas querem alterar o nome. 
 
Se há mudança de nacionalidade se deve solicitar requerer na sede do CRM no setor de registro médico ou 
na delegacia, e levar comprovantes que você é nacional dos países para qual você está indo. 
 
Registro de Especialidade 
Requerer pelo correio ou pessoalmente 
 - Correio: requerimento preenchido e assinado, cópia autenticado da residencial ou título de especialista e 
a carteira do médico. 
 - Pessoalmente: não precisa assinar ou imprimir o requerimento, não precisa de uma cópia autentificada, 
levar a carteira médica, entre outros. 
 
Vídeo relacionado a ética médica 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=mu_4M7isS-M 
Senhora, 85 anos, em consulta ginecológica. 
 - A médica filma a paciente expondo sua vida pessoal, mesmo após a paciente falar que não gostaria de ser 
filmada. 
 - Pensando como médico: errado, causou dano e não teve sigilo. Além disso, quebra vários códigos de ética 
e moral. 
 # A paciente poderia ter Alzheimer, demência frontotemporal, entre outros → até o médico fazer 
diagnóstico podem ser percebidas pequenas alterações comportamenwwdtais. 
 - Pensando como vítima (imagine se fosse sua parente): constrangimentos, tristeza, entre outros. 
 
Conselho Regional de Medicina 
 - Aqueles que conhecem a médica (independente de ser um contato íntimo ou não, positivo ou negativo) 
devem se declarar “não apto a julgar aquele caso”. 
 # Não é mal visto, pelo contrário, se agradece a honestidade para evitar um julgamento errôneo. 
 - Argumentos a favor 
 # Ela pode ter gravado por fins acadêmicos → é inválido 
 # Ela pode ter gravado para pedir opinião de outros médicos, e eles foram os que quebraram o sigilo. 
https://www.youtube.com/watch?v=mu_4M7isS-M
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
10 
 
 - Argumentos contra 
 # Sigilo médico → nada está acima disso. 
 Se não há consentimento da paciente, e ela tiver discernimento, não há nada que passa acima disso. 
 
 
 
 
Julgamento 
 - O advogado afirmou que foi a secretária que fez a filmagem para enviar ao geriatra, mas foi o filho de 10 
anos que enviou para o grupo da família. 
 - Advogado reverte a situação para que fosse percebido que o neto estava tirando proveito da idosa. 
 # Ministério público retirou o direito do filho de receber o dinheiro. 
 - CRM puniu a médica, pois ela é responsável por tudo que ocorre sob a supervisão dela, pois ela era a 
responsável naquele momento. 
 # Médica foi advertida. 
 
Sigilo médico 
Tem aparo legal, ou seja, normas e regras que falam o que pode e não pode ser feito. 
 
Termo de consentimento livre e esclarecido – TCLE 
Introdução 
TCLE → Termo de Consentimento Livre e Esclarecido OU 
 Termo de Compromisso Livre e Esclarecido 
 
Termo que o médico e paciente assinam mostrandoque estão de acordo um com o outro. 
 
Normas 
O TCLE é um documento que informa e esclarece o sujeito da pesquisa de maneira que ele possa tomar sua 
decisão de forma justa e sem constrangimentos sobre a sua participação em um projeto de pesquisa. 
 - Tem que envolver uma explicação. 
 # Exemplo: “Você tem que tomar esse comprimido” → isso é informar 
 # Exemplo: “Você tem que tomar esse comprimido, porque ele vai melhorar sua dor de cabeça e você vai 
conseguir dormir melhor” → Isso é informar e esclarecer. 
 - A decisão é do paciente, menos em momentos em que o indivíduo está em risco (urgência e emergência), 
não entende a gravidade da situação (terapêutica, mas ele pode escolher não tratar), entre outros. 
 
É uma proteção legal e moral do pesquisador e do pesquisado, visto ambos estarem assumindo 
responsabilidade. 
 - Questão de prova: significa que o médico assume responsabilidade perante o paciente e vice versa → a 
responsabilidade é mútua. 
 - Ambos têm direitos e deveres. 
 
Deve conter, de forma didática e bem resumida, as informações mais importantes do protocolo de pesquisa. 
 - Varia de acordo com o grau de instrução do paciente. 
 - Deve falar do mais importante da pesquisa e do tratamento, não sendo necessário explicar tudo, apenas 
o principal e o que o paciente tem dúvida ou medo. 
 # Pode ser necessário desenhar. 
 - Exemplo: colocar no termo que caso haja necessidade pode-se colocar stent, pode ocorrer um transplante 
cardíaco → deve colocar tudo, para não dizer que foi feito algo que não havia sido combinado. 
 
Deve estar escrito em forma de convite e em linguagem acessível aos sujeitos daquela pesquisa. 
 - Deve estar de acordo com o nível de conhecimento do paciente. 
 # O comitê de ética, o conselho ou o juiz podem entender que não havia como o paciente estar de acordo, 
pois ele não entende. 
 
Não tente esconder possíveis riscos e desconfortos. 
 - Exemplo: você sabe que na bula fala que ao tomar um medicamento de 4h/4h pode ocorrer diarreia → 
você não conta → paciente tem diarreia em ônibus → você é culpado. 
 
Apresente seu projeto indicando tudo o que poderá constranger ou trazer prejuízo ao sujeito da pesquisa. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
11 
 
 - Exemplo: pacientes com câncer de mama → deve explicar que a queda de cabelo pode ocorrer com o 
tratamento, assim como os outros possíveis sinais e sintomas. 
 
Não use o estilo cientifico, a não ser que sua amostra seja composta de universitários. 
 - Amostra de universitários quer dizer qualquer pessoa inscrita em uma universidade → correto seria 
universitários do mesmo curso → ainda assim não é totalmente correto, porque há discrepância de 
conhecimento. 
 
Em alguns casos não há como aplicar um TCLE, coo no caso de dados arquivados, como por exemplo, 
prontuários, onde é impossível localizarem-se os pacientes, ou quando será usado um procedimento em que 
não seria ético identificar os participantes de qualquer forma. 
 - Exemplo: em qualquer caso, sem exceção, se pode fazer o TCLE → FALSO. 
 # Quantas pessoas faleceram de dengue grave no hospital Risoleta Neves, de jan de 2010 a dez de 2015 
→ como chamar as pessoas para assinar o termo? → não tem como → há como fazer pesquisas de 
prontuário → o hospital passa → é mais fácil fazer pesquisas nesse sentido. 
 
Todo projeto de pesquisa que necessita do uso dados se faz o TCLE resumido 
 - Ao se mandar o projeto pro comitê avaliar, SEMPRE se deve enviar o TCLE em conjunto. 
 
O TCLE é um documento único, com 2 vias, e deve ser sempre apresentado isoladamente do projeto, da 
maneira como será entre ao participante da pesquisa. 
 - 1ª via: fica com o médico. 
 - 2ª via: fica com o paciente. 
 - O TCLE pode ter mais de 2 vias, mas não deixa de ser um documento único (as vias são “apenas cópias”, 
mas o documento original é apenas um). 
 - O médico pode colocar o TCLE e anexá-lo ao prontuário físico e eletrônico? → Pode. 
 → O eletrônico é criado 
previamente, com os dados do paciente + você anexa o TCLE eletrônico, paciente assina → você imprime a 
Via do Paciente, o paciente assina e o médico também → paciente pode afirmar que não tem e te processar 
por erro médico → o eletrônico não tem assinaturas, médico fica sem via. 
 → médico pode entregar o papel de protocolo falando que o paciente assinou o TCLE, que 
tem a assinatura do paciente também → paciente pode falar que não entendeu e o que ele recebeu foi o 
prontuário. 
 → médico tira foto do TCLE assinado pelo paciente → há juízes que não aceitam fotos. 
 → médico scaneia → juízes aceitam. 
 
Médicos de má fé 
 - TCLE com assinatura do paciente na segunda página → médico pode alterar a primeira e afirmar que o 
paciente que sabia do que seria / poderia ser feito. 
 - Há médicos que se recusam a dar a via do paciente. 
 
Falta de maldade médica 
 - Médico faz dois documentos, escrito a mesma coisa, porém ele escreveu de forma diferente → o conselho 
entende que um deles é falso → se prova que ambos são originais → médico agiu errado na elaboração do 
TCLE. 
 # OBS: termo errado não prova que o médico agiu errado. 
 
Elementos fundamentais do TCLE 
CAI NA PROVA E EM CONCURSO 
 
1. Título da pesquisa OU qual é o tratamento 
2. Identificação da Instituição na qual a pesquisa se realiza 
3. De informar os objetivos da pesquisa 
4. Deve conter a metodologia da pesquisa de forma clara e concisa, sobretudo ressaltando a forma de 
participação do sujeito. 
5. Deve informar que a participação é voluntária 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
12 
 
6. Deve informar que o sujeito pode se retirar da pesquisa a qualquer momento e sem qualquer tipo de 
prejuízo a sua pessoa 
7. Deve conter claramente os riscos e benefícios (ressalte-se que não há pesquisa envolvendo seres 
humano com risco zero) 
8. Identificação do pesquisador (com endereço institucional, telefone convencional) 
9. Deve ter campo para consentimento pós informação com campo para assinatura ou impressão 
dactiloscópica, no qual o sujeito declara estar ciente e de acordo com a pesquisa 
10. Deve mencionar que o TCLE é emitido em duas vias assinadas pelo sujeito e pelo pesquisador. 
11. Deve conter endereço do CEP/UFAM com telefone. 
 
Item 9 → Se tem acompanhante → peça ele para assinar para testemunha. 
 Se não tem acompanhante → chame alguém, fale com ele o que foi passado para o paciente, leia 
o TCLE, para ele → peça ele para assinar. 
 Queimados, trabalhadores de lavoura e há pessoas que tem a digital que altera com o tempo → o 
Ministério dá um papel sobre ausência da digital. 
 
Item 11 → UFAM → Universidade com o modelo mais simples de TCLE. 
 - OBS: Anexado no final da apostila da matéria de Legislação Médica. 
 
Obs: se pode pagar a passagem do paciente, pois é você quem precisa dele. 
 
Modelos 
Modelo de TCLE não aprovado 
 - Constituintes: nome, idade, endereço → podem estar presentes, só não podem estar na publicação. 
 - Eu, paciente ___________________ estou ciente que sou obrigada → não será aceito. 
 
Modelo de TCLE aprovado 
 - Constituintes: nome, idade, endereço 
 - Ao setor de recursos humanos → se com os trabalhadores de um lugar 
 - Ao setor de arquivos da instituição → se for trabalhar com prontuários. 
 # Você se compromete a não perder os prontuários, a manter o sigilo dos mesmos, entre outros. 
 - Quando não tem como ter acesso ao paciente → TCLE “os autores [...]” OU “os médicos solicitam 
dispensa de TCLE por impossibilidade de alcance / falecimento total dos pacientes / devido a impossibilidade 
de localização do (s) paciente (s)”. 
 
Publicação 
Na publicação fica 
 - 33 mulheres, com idade entre 15 e 65 anos(etc). 
 - Se relato de caso: mulher, 22 anos, acadêmica de medicina (etc). 
 
Atendimento Às Vítimas de Violência Sexual (Decreto 7.958/2013) 
Introdução 
Integra o atendimento às vítimas de violência sexual realizado por profissionais da segurança pública e do 
SUS. 
 
Se há vestígio do crime, se aumenta a qualidade da prova pericial → passo decisivo no combate à 
impunidade (ex.: coletar esperma, anotar localizações das lesões e sua temporalidade). 
 
Objetivos da Iniciativa / da criação do decreto 
 - Desburocratizar o atendimento. 
 - Humanizar o atendimento. 
 - Agilizar a emissão de laudos periciais (aumentar a probabilidade de se chegar a um suspeito real). 
 - Preparar os hospitais para coletar os indícios. 
 - Treinar as equipes de saúde para atender meninas/mulheres vítimas de violência sexual. 
 
Deve ocorrer a capacitação dos profissionais do SUS pelos peritos do IML para coleta, guarda e transporte 
de vestígios coletados no exame clinico, e posterior encaminhamento da vítima, nos casos previstos em lei, 
aos órgãos de segurança pública e do sistema de justiça. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
13 
 
 - Assim se fortalece a Rede de Núcleos de Prevenção de Violência e Promoção da Saúde. 
 
Direitos básicos 
Toda mulher, adolescente e criança entre 10/12 anos de idade (ou que já menstruou), vítima de violência 
sexual atendida nos estabelecimentos de saúde de referência, recebe anticoncepção de urgência para 
prevenir gravidez resultante do estupro, além de terapia antirretroviral e vacinas para evitar DSTs e 
HIV/Aids. 
 
O atendimento humanizado perpassa os princípios de respeito à dignidade da pessoa, não discriminação, 
sigilo e privacidade. Esse atendimento envolve: 
 - Disponibilização de espaço para escuta qualificado e privacidade durante o atendimento, para propiciar 
ambiente de confiança e respeito à vítima. 
 - Informação previa a vítima, assegurada sua compreensão sobre o que será realizado em cada etapa do 
atendimento e a importância das condutas medicas, multiprofissionais e policiais, respeitada sua decisão 
sobre a realização de qualquer procedimento. 
 - Identificação e orientação às vítimas sobre a existência de serviços de referência para atendimento às 
vítimas de violência e de unidades do sistema de garantia de direitos. 
 # Obs.: existe o direito de ir do hospital para delegacia sem pagar e vice-versa (ambulância ou carro da 
polícia. 
 - Disponibilização do transporte à vítima até o serviço de referência. 
 - O médico não tem como afirmar que alguém foi vítima de estupro, consegue afirmar que houve conjunção 
carnal → o papel do médico é relatar. 
 
Obs.: até 14 anos (mesmo com consentimento), é crime de estupro (independente da presença de 
penetração), assim deve ser notificado + comunicação ao conselho tutelar. 
 vítima de estupro pode ter a gravidez interrompida. 
 vítima não é obrigada a realizar o exame, nem a realizar o B.O.. 
 
O decreto 
Art. 1 º 
 - Este Decreto estabelece diretrizes para o atendimento humanizado às vítimas de violência sexual pelos 
profissionais da área de segurança pública e da rede de atendimento do Sistema Único de Saúde- SUS, e as 
competências do Ministério da Justiça e do Ministério da Saúde para sua implementação 
 
Art. 2º 
 - O atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança pública e da rede de 
atendimento do SUS observará as seguintes diretrizes 
I - acolhimento em serviços de referência; 
II - atendimento humanizado, observados os princípios do respeito da dignidade da pessoa, da não 
discriminação, do sigilo e da privacidade; 
III - disponibilização de espaço de escuta qualificado e privacidade durante o atendimento, para 
propiciar ambiente de confiança e respeito à vítima; 
IV - informação prévia à vítima, assegurada sua compreensão sobre o que será realizado em cada 
etapa do atendimento e a importância das condutas médicas, multiprofissionais e policiais, respeitada sua 
decisão sobre a realização de qualquer procedimento; 
V - identificação e orientação às vítimas sobre a existência de serviços de referência para 
atendimento às vítimas de violência e de unidades do sistema de garantia de direitos; 
VI - divulgação de informações sobre a existência de serviços de referência para atendimento de 
vítimas de violência sexual; 
VII - disponibilização de transporte à vítima de violência sexual até os serviços de referência; e 
VIII - promoção de capacitação de profissionais de segurança pública e da rede de atendimento do 
SUS para atender vítimas de violência sexual de forma humanizada, garantindo a idoneidade e o 
rastreamento dos vestígios coletados. 
 
Art. 3º 
 - Para os fins deste Decreto, considera-se serviço de referência o serviço qualificado para oferecer atendi- 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
14 
 
mento às vítimas de violência sexual, observados os níveis de assistência e os diferentes profissionais que 
atuarão em cada unidade de atendimento, segundo normas técnicas e protocolos adotados pelo Ministério 
da Saúde e pelo Ministério da Justiça. 
 
Art. 4º 
 - O atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais da rede do SUS compreenderá os 
seguintes procedimentos: 
I - acolhimento, anamnese e realização de exames clínicos e laboratoriais; 
II - preenchimento de prontuário com as seguintes informações: 
 a) data e hora do atendimento; 
 b) história clínica detalhada, com dados sobre a violência sofrida; 
 c) exame físico completo, inclusive o exame ginecológico, se for necessário (+ habilidade 
técnica); 
 d) descrição minuciosa das lesões, com indicação da temporalidade e localização específica; 
 e) descrição minuciosa de vestígios e de outros achados no exame; 
 f) identificação dos profissionais que atenderam a vítima; 
III - preenchimento do Termo de Relato Circunstanciado e Termo de Consentimento Informado, 
assinado pela vítima ou responsável legal; 
IV - coleta de vestígios para, assegurada a cadeia de custódia, encaminhamento à perícia oficial, com 
a cópia do Termo de Consentimento Informado; 
V - assistência farmacêutica e de outros insumos e acompanhamento multiprofissional, de acordo 
com a necessidade; 
VI - preenchimento da Ficha de Notificação Compulsória de violência doméstica, sexual e outras 
violências; e 
VII - orientação à vítima ou ao seu responsável a respeito de seus direitos e sobre a existência de 
serviços de referência para atendimento às vítimas de violência sexual 
 - § 1º A coleta, identificação, descrição e guarda dos vestígios observarão regras e diretrizes técnicas 
estabelecidas pelo Ministério da Justiça e pelo Ministério da Saúde. 
 - § 2º A rede de atendimento ao SUS deve garantir a idoneidade e o rastreamento dos vestígios coletados; 
 
Art. 5º 
 - Ao Ministério da Justiça compete: 
I - apoiar a criação de ambiente humanizado para atendimento de vítimas de violência sexual nos 
órgãos de perícia médico-legal; e 
II - promover capacitação de: 
 a) peritos médicos-legistas para atendimento humanizado na coleta de vestígios em vítimas de 
violência sexual; 
 b) profissionais e gestores de saúde do SUS para atendimento humanizado de vítimas de 
violência sexual, no tocante à coleta, guarda e transporte dos vestígios coletados no exame clínico e o 
posterior encaminhamento do material coletado para a perícia oficial; e 
 c) profissionais de segurança pública, em especial os que atuam nas delegacias especializadas no 
atendimento a mulher, crianças e adolescentes, para atendimento humanizado e encaminhamento das 
vítimas aos serviços de referência e a unidades do sistema de garantia de direitos 
 
Art. 6º 
 - Ao Ministério da Saúde compete: 
I - apoiar a estruturação e as ações para o atendimento humanizado às vítimas de violência sexual 
no âmbito da rede do SUS; 
II - capacitar os profissionais e gestores de saúde do SUS para atendimento humanizado;e 
III - realizar ações de educação permanente em saúde dirigidas a profissionais, gestores de saúde e 
população em geral sobre prevenção da violência sexual, organização e humanização do atendimento às 
vítimas de violência sexual 
 
Sigilo médico 
Introdução 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
15 
 
Os médicos têm que cumprir determinações obrigatórias, e o sigilo é obrigatório. 
 
Se tomamos conhecimento de algo que o paciente nos conta em consulta, ou se alguma outra pessoa te 
conta algo por você ser médico, você não pode relevar. 
Quando se pode quebrar o sigilo? 
Há 3 exceções para a quebra do sigilo médico 
 - Motivo justo 
 # Suicídio. 
 É comum adolescentes irem a UBS e relatarem que querem cometer o ato. 
 # Adolescentes e relações sexuais → não consentida → tem que revelar. 
 → consentida → tem discernimento? Se não, tem que quebrar o sigilo. 
 → relacionamento abusivo → quebra sigilo. 
 # Idoso sofrendo maus tratos: deve fazer pelo menos a notificação. 
 # Paciente positivo para Corona Vírus → continua vivendo em comunidade, está colocando em risco a 
saúde de outras pessoas → você falou com a pessoa, chamou atenção, e ela não seguiu as recomendações 
→ se pode falar com a família ou se pode comunicar as entidades que estão tomando conta da doença 
(quebra de sigilo). 
 # Idosos em doença terminal: se ela não quer fazer um procedimento e não quer que a família saiba, é 
direito do paciente. 
Se deve tentar conversar com o paciente para mostrar que o procedimento é bom → se perceber 
que o paciente está perdendo o discernimento / sem discernimento → se deve falar com o responsável → 
se não há responsável → médico pode tomar decisão. 
 # Qualquer paciente com perda de discernimento → responsável é a família e na ausência dessa, o 
médico → é motivo justo (ela pode escolher o tratamento que não é o melhor para a saúde dela no 
momento) e dever legal (tem que tomar a decisão de forma racional, então se procura outra pessoa) ao 
mesmo tempo. 
 Se o paciente tiver com discernimento → não quer tratar o câncer / doença → médico não pode 
quebrar o sigilo → paciente morre e família recorre, dizendo que médico sabia e não tratou → deve ser 
mostrado o TCLE (tem clínicas que pedem o paciente para assinar semanalmente os termos de 
compromisso quando o tratamento é longo; alguns pacientes não fazem o tratamento, sendo importante 
fazer o termo para garantir a conduta médica). 
 
 - Dever legal 
 # O novo código de ética é clara → se o paciente cometer um crime, e a liberdade dele está em risco 
(investigação em andamento; o caso pode mudar, caso você revele essa informação) → médico não pode 
quebrar o sigilo. 
Não ligue para a polícia (se resguarde pelo sigilo, não coloque sua vida em risco), fale para um órgão 
competente, e faça com que ele tome a providência. 
 Em caso de estupro de criança, se pode comunicar → faça a quebra de sigilo via um setor de 
assistência social ou ligue para o conselho e fale o que você ficou sabendo. 
 X A criança está no seu consultório → ligue para o conselho tutelar. 
 # Paciente bate em sua mulher: contou na consulta → não pode comunicar, a não ser, que se haja risco 
de morte. 
 
 - Conhecimento por escrito do paciente. 
 # Autorização do paciente permite: exemplo, Neymar → ele permitiu e os raios-X foram divulgados, entre 
outros. 
 # Se você falar “a minha paciente está com cancer, descrever todo o caso, sem falar o nome”, não é 
quebrar sigilo. Se você falar “a minha paciente está com câncer, ela é apresentadora de tv, que tem um 
papagaio”, é quebra de sigilo (isso é identificar a paciente. 
 
Outras situações 
Empresas seguradouras 
 - Como a pessoa morreu? Você não pode prestar esclarecimentos sobre isso. 
 # Não é papel da seguradoura, é papel do atestado de óbito. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
16 
 
 - Se há indício que houve crime, que se matou para receber o seguro → questão judicial policial, sendo que 
o médico não pode prestar informações as empresas ou preencher formulários. 
 - Se a família pede que o médico faça um papel afirmando que não foi suicídio, ou ateste que tenha sido 
problema cardiovascular (confirmado que realmente foi) → se pode fazer isso → alguns seguros não liberam 
o dinheiro nesse caso, mas o importante é que não foi o seguro que pediu, mas sim a família. 
 
Secretária de médicos 
 - Também tem que guardar o sigilo. 
 
Cirurgia plástica / procedimentos em geral 
 - O médico não pode revelar o preço de procedimentos realizados em pacientes. 
 - Médico não pode postar em redes sociais o preço de procedimentos. 
 - Pessoa vai e pergunta quanto que foi para quem já fez → 20 mil → pessoa vai ao médico para marcar, 
pergunta quanto é a mesma cirurgia → médico fala 30 mil → paciente diz “mas você não cobrou 20 mil da 
fulana?” → médico não pode falar quando que cobrou (é quebra de sigilo). 
 # Paciente tem que ter consciência e falar “pra mim foi esse preço, mas pode ter mudado”. 
 - O médico não tem que prestar conta da mudança de valor: materiais ficam mais caros, a técnica é melhor, 
entre outros. 
 
 
Questão de prova de residência 
Paciente HIV positivo → se notifica (tem que notificar toda vez, contribuindo para os dados 
epidemiológicos) → se faz recomendações. 
 - HIV é polêmico. 
 
Se o paciente está cumprindo as recomendações → não se pode divulgar, não se pode quebrar o sigilo, 
pois ele não está colocando em risco outra pessoa. 
 
Se o paciente está colocando em risco outras vidas, se pode sim quebrar o sigilo. 
 - Em casos de marido e mulher, pode ser feita busca ativa e avisar o cônjuge → “nós falamos com ele, 
ele não está tomando precauções e está tendo relações sexuais desprotegidas. 
 
Se pode fazer o TCLE para garantir que o paciente não vai mentir depois, dizendo que cumpria as regras. 
 - Se deve buscar uma testemunha nesses casos, para assinar também, vendo você orientando o 
paciente na hora. 
 - Se deve também pedir o cônjuge para testemunhar → se ele mentir e falar que já sabia → médico não 
quebrou o sigilo, estava querendo se resguardar. 
 # O ideal é pedir que na próxima consulta (após diagnóstico), vá os dois (casal), ambos entrem em 
consultório, e deixar tudo escrito no prontuário. 
 
 
Medicina do trabalho 
 - Descobre que o funcionário tem doença que não interfere no trabalho → não se pode revelar, mesmo 
se alguém perguntar (mesmo se for o dirigente da instituição). 
 # Exceção: doença põe em risco a saúde do empregado, de outros empregados ou até de uma 
comunidade inteira. 
 # Exemplo: professor infectado pelo Covid-19 – exame positivo. 
 trabalhador de mina → problema causado por um dos minérios (algo diretamente 
relacionado as atividades desenvolvidas) → fala com o funcionário que ele tem que solicitar trabalhar 
em outro lugar → ele não fala → deve revelar a instituição, pois o trabalhador está em risco → quebra 
de sigilo por motivo justo. 
 
 
Gravidez 
 - Não tem exceção, nada que permita quebrar o sigilo. 
 - Não se pode exigir de ninguém, quando se vai contratar essa pessoa, exame de gravidez. 
 - E se for um cargo de risco? Não pode! Paciente fica em cargo mais tranquilo e, quando retorna, assume 
o cargo. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
17 
 
Documentos médicos 
Introdução 
Regulamentação por CFM, lei brasileira e regimentos. 
 
Temos que emitir 2 documentos quando o paciente pede ou quando a gente achar que ele necessita: 
 1. Declaração de comparecimentos 
 2. Atestado médico 
 
Declaração de comparecimento 
Horário 
 - Período que ele chegou (espera) até o período que ele saiu da consulta. 
 - Deslocamento não conta, paciente tem que informar ao empregador. 
 
Deve fornecer ao paciente 
 - Não pode negar. 
 
Abonamento de falta no trabalho 
 - Aempresa não tem obrigação de abonar falta se paciente foi em consulta → geralmente ou abona ou 
então pega do banco de horas. 
 
Durante o período de gestação: 
 - Grávida: direito de faltar 6 vezes durante a gestação → não precisa de atestado (falta justificada) 
 - Pai pode faltar 2 dias para acompanhar a mulher → você dá a declaração, mas não regula, o paciente é 
que tem que saber quantas faltas teve. 
 
Parentalidade 
 - O pai e a mãe podem faltar uma vez por semestre para levar uma criança até 6 anos ao médico. 
 
Há hierarquia na definição da palavra do médico 
 - Os peritos, que dão laudos estão acima. 
 - O médico pode ligar para um outro médico para confirmar o histórico da doença, entre outros. 
 - O médico do trabalho pode negar um atestado dado por algum médico. 
 
Atestado médico 
Não se pode atestar 
 - Para vantagem pessoal. 
 
O CID só pode colocar com autorização por escrito do paciente. 
 - Anote no prontuário a autorização, para que não se perca e não tenha como falsificar. 
 - Pode-se ter uma declaração pronta, com o CID, e com um texto de autorização, sendo que o paciente 
assina no final. 
 - Se paciente processar o médico, pois o amigo dele ficou sabendo da doença → médico pode falar “você 
autorizou o CID no atestado e eu te entreguei, para quem você entregou, é responsabilidade sua”. 
 
Com o CID é mais difícil o médico do trabalho questionar o vínculo da doença com o cargo que ele exerce. 
 
Até 15 dias, quem paga o salário é o empregador 
 - Em um período de 2 meses, se o paciente sair de licença, pela mesma doença, e somarem-se 15 dias → o 
INSS paga, não o empregador. 
 # Exemplo: paciente tira 5 dias → passa mal pela mesma doença após voltar a trabalhar → passara mal 
novamente e retira mais 10 dias → INSS paga. 
 
Após 15 dias, quem paga é o INSS. 
 - INSS: aposentadoria quando doenças crônicas → aposentadoria por invalidez. 
 
Data 
 - Não se pode dar um atestado para o dia seguinte. 
 - Se pode dar um atestado para os dias anteriores: você conhece o paciente, e sabe que ele tem uma doença 
e essa realmente pode ter o incapacitado. 
 # Deve colocar o histórico da doença no prontuário → “medicamento para o tratamento o qual o paciente 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
18 
 
está fazendo pode causar diarreia incapacitante como efeito adverso”. 
 
Prontuário médico 
É do paciente, você apenas registra e guarda. 
 - Todos profissionais que trabalham no local devem ter o sigilo profissional (por trabalhar com o médco). 
 
Paciente pediu? Tem que dar. 
 - Registrar no prontuário a data que ele pediu a cópia e pedir para ele assinar. 
 
Geralmente pede quando tem processo no INSS, ou o processo jurídico na empresa, ou quando ele quer 
passar sua opinião para ter outra opinião de outro médico. 
 
Único caso em que é obrigatório que se tenha o carimbo 
 - Entorpecentes e psicotrópicos → Receita amarela. 
 - A farmácia pode recusar a receita se achar que o nome não está completo / legível, assim como o número 
do CRM. 
 
CAT 
CAT = Comunicação de Acidente do Trabalho 
Tem formulário, com uma parte da empresa e uma parte ao médico 
 - Médico não responde pelo paciente, em relação a veracidade da informação que o paciente te conta. 
 # No prontuário coloca “Paciente relata que caiu e ficou com debilidade” (queda, perda de dedo / 
membros, machucou o olho) → atestado → empresa descobre que não aconteceu desse jeito, ele nem foi 
no trabalho → Médico não responde, pois o paciente mentiu. 
 
Há 2 documentos – prova 
 1. Relatório Médico 
 Médicos em geral fazem isso. 
 Deve-se colocar tudo que se fez com o médico até então → primeira consulta, exames, retorno, etc. 
 2. Laudo médico 
Elaborado pelo: judicial, de INSS ou policial → por autoridade. 
É conclusão que se chega após análise das informações. 
 
Direitos médicos 
Introdução 
É direito do médico exercer a medicina sem nenhum tipo de discriminação, nem por questões religiosas, 
nem por etnia, sexo, cor de pelo, orientação sexual. 
 
Discriminação por sexo 
 - Muito frequente, até os dias atuais, porém está diminuindo pela crescente predominância de mulheres no 
mercado de trabalho. 
Questão de prova de residência 
Juiz te nomeia como perito de um caso, sendo que você percebe que é de um paciente seu. 
 - Você não pode ser perito nesse caso → avisa que não pode atuar nesse caso, por ser médico do 
paciente. 
 - Parece que você vai proteger o paciente, e sua visão realmente pode ser mudada, por saber quem é. 
 
Você em seu consultório e pede exame → convenio não cobre → pode dar pedido no SUS? Não pode 
dar ele no formulário do SUS, pois ele está em outro local (seu consultório). 
 
Atestar óbito 
 - Não se pode atestar sem ter visto 
 - Não se pode atestar óbito de paciente que não seja seu OU se você não for o plantonista no qual ele 
morreu. 
 - Pessoa morreu dentro do SAMU por passar mal súbito em casa → encaminhar para o IML é melhor 
(não obrigatório), pois não se sabe se o mal súbito foi provocado pela própria pessoa ou terceiros. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
19 
 
 - Exemplo: seleciona-se médico para duas vagas, ortopedista, graduação em medicina valida no Brasil, 
credenciado em ortopedia no Brasil, tem que ser homem → isso é uma discriminação por sexo. 
 
Discriminação por orientação sexual 
 - Qualquer tipo de fala, em profissão nenhuma. 
 - Quem denunciou permanece anônimo 
 
É direito do médico que tem uma deficiência/doença exercer sua profissão. 
 - É necessário perceber se isso limita. 
 
O médico deve estabelecer uma remuneração justa. 
 - A associação medica tem uma tabela de quanto devem cobrar pode cada procedimento. 
 
Recusar a trabalhar / realizar atos 
Quando pode recusar? 
 - Quando não tem condição digna para trabalhar naquele lugar e pode prejudicar o seu atendimento → 
você pode sim recusar a fazer um procedimento. 
 # Se não tem luva para mexer na ferida de um paciente eu posso recusar a fazer esse procedimento → 
respaldado pelo código de ética. 
Nesse caso você vai justificar, entregar essa justificativa ao seu superior, que você parou de realizar 
esse procedimento. 
 - Em caso de greve parcial → não ter condições de realizar alguns procedimento → você vai deixar de fazer 
procedimentos porque não tem como realiza-los. 
 # Os outros procedimentos que são possíveis de fazer serão realizados. 
 - Em caso de greve total → você não realiza nada. 
 - Quando for contra a lei. 
 # Exemplo: aborto em situações diferentes de → mulher engravidou por estupro, se anencefalia OU para 
salvar a vida de uma mulher em uma situação de emergência. 
 
Se o ato é contrário a sua consciência você não é obrigado a realizar aquele ato. 
 - Ex: Elba está grávida, sofreu um acidente na Cristiano Machado → depois de todos os meios para salvar a 
vida da paciente grávida, a única maneira de a salvar é interromper a gravidez dada a hemorragia → tem 
que fazer. 
 - Isso é diferente de → vou no médico e falo que quero interromper a minha gravidez → minha médica 
disse que é contrária a interromper a gravidez, por motivos pessoais → não agiu errado. 
 # Profissionais médicos sérios que são treinados para interrromper o aborto nessas situações. 
 
Tratamento de paciente 
O Código permite que o médico interne seu paciente ou assista seu paciente em qualquer hospital, seja 
público ou privado. 
 - Paciente está internada em um hospital público, e eu queria pedir a opinião da minha medica particular 
→ médico vai ao hospital e vê tudo que está acontecendo, podendo sim discutir com o médico, alterar a 
prescrição, a dosagem, sem muita burocracia. 
 # Não ficar chateado se um paciente pedir para ouvir a opinião de outro médico. Isso mostra maturidade 
do médico de ouvir a outra opinião. 
 
Pré-natal da paciente X feito pela Unimed 
 - Eu não sou credenciada na maternidade Otaviano neves, não pertencendo ao quadro do Otaviano → meu 
convênio me permite ter o neném na Otavianoneves, mas eu não sou médica lá, ai eu ligo na maternidade 
e vejo se posso realizar o parto. 
 # Exemplo: até 18:00 as salas de parto são fixas, ai posso fazer o parto depois das 18. Isso depende da 
instituição, das regras que são impostas lá. 
 # Hospital público tem taxa? É mais tranquilo dos médicos aceitaram outras opiniões. 
 
Ética 
Fake News 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
20 
 
 - Se você veiculou uma notícia falsa discriminando um médico você vai ter que reparar isso, é desagravo 
público → deve ser feito um pedido de desculpas público por algo que tenha sido ofendido. 
 - Alunos podem sofrer sanções do conselho. 
 
Relação Médico-Paciente e familiares 
Introdução 
Algumas coisas são óbvias, por se tratarem de respeito ao próximo, sendo que o Código de Ética não existiria 
em um mundo perfeito e justo. 
 
Não pode desrespeitar a opinião do paciente. 
 - Se deve passar todas as opções permitidas por lei, exceto em caso de urgência e emergência, na qual o 
médico, para salvar a vida do paciente, pode tomar uma decisão sem consentimento desse (se ele se 
encontra desacordado, em caso iminente de morte). 
 
Código de Ética – capítulo V 
É vedado ao médico: 
Art. 31. Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a 
execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte. 
 
Art. 32. Deixar de usar todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento, cientificamente 
reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente. 
 - Sempre buscar proteger o paciente → é o mínimo que um médico deve fazer. 
 
Art. 33. Deixar de atender paciente que procure seus cuidados profissionais em casos de urgência ou 
emergência, quando não haja outro médico ou serviço médico em condições de fazê-lo. 
 - Ou seja, se não TEM, você deve atender. 
 
Art. 34. Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, 
salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a 
seu representante legal. 
 - Se você acha que esse paciente não está preparado para receber esse diagnóstico você tem que ter 
cuidado, avaliando o risco de suicídio e depressão ao receber o diagnóstico. 
 - Faça perguntas a paciente em como ela se sentiria em relação a doenças, se for positivo ou negativo, entre 
outros. 
 # A grande maioria das pessoas lida bem com um diagnóstico ruim. 
 
Art. 35. Exagerar a gravidade do diagnóstico ou do prognóstico, complicar a terapêutica ou exceder-se no 
número de visitas, consultas ou quaisquer outros procedimentos médicos → óbvio. 
 
Art. 36. Abandonar paciente sob seus cuidados. 
 § 1° Ocorrendo fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o 
pleno desempenho profissional, o médico tem o direito de renunciar ao atendimento, desde que comunique 
previamente ao paciente ou a seu representante legal, assegurando-se da continuidade dos cuidados e 
fornecendo todas as informações necessárias ao médico que lhe suceder. 
§ 2° Salvo por motivo justo, comunicado ao paciente ou aos seus familiares, o médico não 
abandonará o paciente por ser este portador de moléstia crônica ou incurável e continuará a assisti-lo ainda 
que para cuidados paliativos. 
 - Proibido que o médico exceda o número de visitar desnecessários: agendar consultas demais de formas 
desnecessários. 
 - Se você acha que pode ferir os preceitos éticos encaminhar esse paciente para outro médico X saber 
quando é realmente necessário. 
 # Paciente que se apaixona pelo médico ou vice-versa. 
 # Paciente e médico que brigam. 
 - Se deve dar continuidade ao tratamento, passando para outro médico → protocolo. 
 
Art. 37. Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em casos 
de urgência ou emergência e impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo 
imediatamente após cessar o impedimento. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
21 
 
Parágrafo único. O atendimento médico a distância, nos moldes da telemedicina ou de outro 
método, dar-se-á sob regulamentação do Conselho Federal de Medicina. 
 - OBS: COVID também pode passar tratamento sem exame direito, exceção apenas na pandemia. . 
 
Art. 38. Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais. 
 - Envolve explicar ao paciente, antes todo o exame físico que você vai fazer, desde que você explique tudo. 
 
Art. 39 Opor-se à realização de junta médica ou segunda opinião solicitada pelo paciente ou por seu 
representante legal. 
 - Paciente tem direito, sendo que não se pode negar essa a ele → não leve para o lado pessoal. 
 
Art. 40. Aproveitar-se de situações decorrentes da relação médico-paciente para obter vantagem física, 
emocional, financeira ou de qualquer outra natureza. 
 - “Te passo à frente na fila se você me der 5 mil reais a mais OU se você sair comigo” → proibido. 
 - Proibido, é diferente de horonário. 
 # Remuneração do médico não deve ser vantagem, sim pagamento honesto. 
 
Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal. 
Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os 
cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, 
levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu 
representante legal. 
 
Art. 42. Desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre método contraceptivo, devendo 
sempre esclarecê-lo sobre indicação, segurança, reversibilidade e risco de cada método. 
 - Se a pessoa está com dor e você sabe que dipirona não vai resolver a situação → procedimento 
desnecessário não pode. 
 - Médico que não aceita métodos contraceptivos por motivos religiosos, se os métodos são cientificamente 
aceitos, você vai ter que sim avisar dessa forma de prevenção para o seu paciente e não pode ir contra ele, 
caso ela o escolha → o médico não pode influenciar a decisão do paciente. 
 - Aborto na urgência e emergência – você é o único médico → aborto natural tem que fazer curetagem, 
pode ter complicações se não fazer. 
 → mulher grávida com hemorragia, sofreu 
um acidente e aborto salvaria sua vida → tem que fazer. 
 → feto anencéfalo e gravidez de estupro→ 
não tem que fazer, se não for urgência e emergência, se pode encaminhar a paciente. 
 - Gestante de 8 meses sofre acidente, tem que salvar a mãe ou o neném → primeiro tenta salvar os dois, se 
você sabe que retirar o bebe tem chance de salvar a vida dela, retira o neném e cuida da mãe. 
 # OBS: Retirar o neném não é mata-lo, ele só vai nascer pré-termo, tendo mais riscos de complicações, 
mas com vida. 
 
Revisão para a prova 
Relatório médico: médicos em geral 
 - Compareceu ao médico. 
 
Laudo médico: elaborado por autoridade 
 - Conclusões que as autoridades médicas chegam em cima de um caso. 
 - Policiar, judiciário, INSS. 
 
Não se pode ser perito em caso de alguém que já foi seu paciente. 
 - Você atende ao chamado do juiz, mas diz que não pode atuar devido a relação prévia com o réu, ou quem 
está sendo avaliado. 
 
Carimbo 
 - Só é obrigatório quando você vai prescrever entorpecentes e psicotrópicos → receita amarela. 
 
Expedição de documento médico 
 - Somente se você realmente atendeu ao paciente. 
 - Se não o atendeu e alega doença irreal → documento falso, é errado. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
22 
 
Receituário / formulário 
 - Não pode usar formulário nenhum, de nenhuma instituição se você atende o paciente em outra 
instituição. 
 - O convênio não cobre um exame, mas vocêtambém é médico do SUS → você está atendendo esse 
paciente no seu consultório particular? Se sim, você só pode usar o formulário do seu consultório. 
 
Atestado de óbito 
 - É proibido atestar um óbito sem verificar → só pode atestar o óbito se você for o médico desse paciente 
ou o plantonista dele → é preferível que o medico do SAMU encaminhe para o IML. 
 
Sigilo 
 - Todos profissionais que trabalham com você devem manter sigilo → sigilo profissional. 
 - Pode quebrar o sigilo por motivo justo, dever legal ou com consentimento do paciente. 
 # O consentimento do paciente deve ser escrito. 
 # O motivo justo pode ser por colocar terceiros em risco. 
 
Publicidade 
 - Não pode exibir paciente. Não pode exibir imagem, mesmo com a autorização do paciente. 
 - Cirurgião plástico tem um álbum com antes e depois, e vai mostrar para um paciente → Isso não pode 
acontecer, pois parte do corpo do paciente é paciente também. 
 - Nos meios de comunicação você está totalmente proibido de mostrar antes e depois. 
 
Medicina do trabalho 
 - Você é médico da empresa e descobre que um dos pacientes tem sífilis → não pode contar isso pro 
empregador. 
 - Paciente possui uma doença por causa da atividade → tem que deixar no relatório, como médico da 
empresa pedir afastamento desse paciente → paciente não se afasta por medo de ser mandado embora → 
avisa a empresa e ela deve afastar esse paciente ou muda-la. 
 - Gravidez não pode ser revelada, mas a grávida é doméstica e está passando por uma gravidez de alto 
risco, mas tenho que quebrar o sigilo por motivo justo. 
 # Não pode solicitar exame de teste de gravidez, você não pode pedir atestado para verificar se está 
grávida. A lei proíbe que você discrimine essa mulher. 
 
Seguradora de vida 
 - Laudo médico com IAM → seguradora quer o relatório do médico com detalhes da pessoa morreu → a 
seguradora está errada e tem que focar no laudo médico → justiça pode chamar um perito para verificar. 
 # Médicos não podem prestar informação nenhuma às seguradoras. 
 
Perito 
 - O perito que o juiz nomeia é alguém gabaritado nessa área. A pessoa entende toda a história que está ali. 
 - O perito é obrigado a manter o sigilo, representando a justiça no caso. 
 
Documentos médicos 
 - Não pode expedir documento medico sem ter expedido o ato profissional. 
 - Não pode atestar nada como forma de obter uma vantagem 
 - Não pode usar formulário de uma instituição para outra. 
 # Está sem formulário da instituição em que trabalha? folha A4 (código não exige papel timbrado), colocar 
o nome legível completo e o CRM. 
 # O que pode acontecer é o farmacêutico em algumas insituições reclamar. 
 - O conselho regional de medicina quando pega esse prontuário também é obrigado ao sigilo. 
 - O prontuário tem que ser feito de forma legível, outras pessoas vão precisar Ler e entender. 
 - O médico pode usar o prontuário como defesa. 
 - O bom prontuário é aquele que contém todos os dados do paciente, história clínica, profissionais 
envolvidos, prescrições. 
 # No código de ética você tem que elaborar o sumario de alta e entrega-lo. Tem medico que fala para os 
profissionais da enfermagem dar a alta (o que não pode ocorrer). 
 
Telemedicina na pandemia de CoronaVírus 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
23 
 
A telemedicina não é somente para instituições privadas, também vale para o SUS e para o privado. 
 - Autorizado somente durante a pandemia. 
Atendimento à saúde usando tecnologia de informação. 
 
A telemedicina existe desde que um médico liga para o outro, medico-medico, para consultar algo sobre um 
paciente. 
 
O que mudou foi a liberação para um atendimento inicial, entre medico-paciente. 
 - O que não é para diagnóstico final. 
 
Sabemos que vamos pecar no atendimento, vamos fazer esse atendimento inicial, não tem como fazermos 
um diagnóstico final na teleconsulta, onde você pode saber dos meus sintomas, onde vamos poder 
conversar sobre os sinais que eu tenho, se tive contato com alguma pessoa contaminada. 
 - Se deve dizer ao paciente as limitações da consulta a distância. 
 - Pode dar atestada / receita. 
 
Essa conversa, permite que o médico abra um diagnóstico inicial. 
 - Ou seja, a telemedicina é um diagnóstico apenas inicial. 
 
O atendimento da telemedicina precisa ter prontuário, tem que preencher toda vez que você atender o 
paciente. 
 - Colocar, data, hora do atendimento. 
 - O médico tem que descrever qual foi a tecnologia que ele usou para o atendimento. 
 - Depois que você fez o prontuário, você não pode o alterar, com uma necessidade de proteção do 
prontuário. 
 - Existe uma coisa que são certificados de chaves (infraestrutura de chave pública brasileira) → é o seu 
certificado digital, pois os médicos vão poder prescrever receitas, dar atestado médico a distância. 
 
Prova 1ª etapa - EAD 
1ª questão 
A legislação médica é clara ao definir os Direitos dos Médicos. Assinale a alternativa que corresponde a um 
direito do médico, protegido pela legislação vigente → Decidir, exceto em determinadas circunstâncias, 
levando em consideração sua experiência e capacidade profissional, o tempo a ser dedicado ao paciente 
sem permitir que o acúmulo de encargos ou de consultas venha prejudicar seu trabalho. 
 
Não correspondem a direito do médico pela legislação vigente → É direito do médico com deficiência ou 
com doença, nos limites de suas capacidades e da segurança dos pacientes, exercer a profissão sem ser 
discriminado. 
 → É vedado ao médico, requerer 
desagravo público ao Conselho Regional de Medicina quando atingido no exercício de sua profissão. 
 → É vedado ao médico, recusar-se a 
realizar atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência 
 → Indicar o procedimento adequado ao 
paciente, observadas as práticas cientificamente reconhecidas e respeitada a legislação vigente, exceto em 
pacientes sem discernimento. 
 
2ª questão 
De acordo com a legislação vigente, referente ao tema “ENSINO E PESQUISA MÉDICA”, assinale a 
alternativa que corresponde a uma conduta CORRETA a ser praticada por um médico → Manter 
independência profissional e científica em relação a financiadores de pesquisa médica, sendo vedado 
satisfazer interesse comercial ou obter vantagens pessoais. 
 
Incorretas → Publicar em seu nome trabalho científico do qual não tenha participado; atribuir a si mesmo 
autoria exclusiva de trabalho realizado por seus subordinados ou outros profissionais, mesmo quando 
executados sob sua orientação, bem como omitir do artigo científico o nome de quem dele tenha 
participado. 
 → Realizar pesquisa médica em sujeitos que sejam direta ou indiretamente dependentes ou 
subordinados ao pesquisador. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
24 
 
 → Praticar a medicina, no exercício da docência, sem o consentimento do paciente ou de seu 
representante legal, sem zelar por sua dignidade e privacidade ou discriminando aqueles que negarem o 
consentimento solicitado. 
 → Manter vínculo de qualquer natureza com pesquisas médicas em seres humanos que usem 
placebo de maneira isolada em experimentos, quando houver método profilático ou terapêutico eficaz. 
 
3ª questão 
Com relação ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, assinale a alternativa correta → Os 
médicos só poderão exercer legalmente a medicina, em qualquer de seus ramos ou especialidades, após o 
prévio registro de seus títulos, diplomas, certificados ou cartas no Ministério da Educação e Cultura e de sua 
inscriçãono Conselho Regional de Medicina, sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade 
 
Incorreta → O cancelamento de inscrição é o procedimento administrativo legal pelo qual o Conselho 
Regional passa um profissional da condição de INATIVO para a condição de ATIVO 
 → São duas as modalidades de Inscrição no CRM: primária, e transferência 
 → Anuidades anteriores devidas são isentadas no ato do cancelamento, devendo ser quitadas 
para evitar a inscrição em Dívida Ativa e cobrança dos débitos 
 → O cancelamento da inscrição poderá ser concedido a médico que estiver respondendo a 
procedimento administrativo, sindicância ou processo ético-profissional 
 
4ª questão 
Assinale a alternativa que corresponde a conduta CORRETA de um médico, em relação ao SIGILO 
PROFISSIONAL → Salvo quando a não revelação de um segredo profissional possa acarretar dano ao 
paciente criança ou adolescente, o médico é proibido de revelar sigilo profissional relacionado a paciente 
criança ou adolescente, desde que estes tenham capacidade de discernimento.. 
 
Incorreta → Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame médico de trabalhadores, 
inclusive por exigência dos dirigentes de empresas ou de instituições, salvo se o silêncio puser em risco a 
saúde dos empregados ou da comunidade. 
 → Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por 
motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. 
 → Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou imagens que os tornem 
reconhecíveis em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos em meios de comunicação 
em geral, mesmo com autorização do paciente. 
 → Prestar informações a empresas seguradoras sobre as circunstâncias da morte do paciente sob 
seus cuidados, além das contidas na declaração de óbito, salvo por expresso consentimento do seu 
representante legal. 
 
5ª questão 
Em relação aos Documentos Médicos, conforme determinação do Conselho Federal de Medicina, é 
CORRETO afirmar que é permitido ao médico → Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando 
assistência, quando houver indícios de morte violenta. 
 
Incorreta → Atestar como forma de obter vantagem. 
 → Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja 
tendencioso ou que não corresponda à verdade. 
 → Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado 
assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em caso de 
necropsia e verificação médico-legal. 
 → Usar formulários institucionais para atestar, prescrever e solicitar exames ou procedimentos 
fora da instituição a que pertençam tais formulários. 
 
6ª questão 
Redija um texto abordando “internação de pacientes e obrigatoriedade de vínculo empregatício do médico 
no local da internação”. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
25 
 
O paciente tem o direito a um médico responsável por ele durante sua internação, de acordo com o artigo 
13º da resolução nº 2.077/14 do CFM. Sendo assim para que um médico seja responsável pela sua internação, 
assistência e acompanhamento durante todo o período que ele estiver no hospital (até a alta), assim se deve 
permitir que um médico não tenha vínculo no local faça a internação, mas como ele pode não estar presente 
em todos momentos para avaliar o paciente e trata-lo da forma esperada e pacientes internados tendem a 
ter o tratamento melhor monitorado quando o médico que o acompanha o conhece, evitando erros de 
medicação, de confusão sobre comorbidades e riscos que envolvem o paciente, se deve passar o quadrado 
para outro médico institucinoal. Pensando nisso, quando há necessidade de internação, o paciente passa a 
ser responsabilidade de um médico da instituição sobreaviso (artigo 13º), e apesar das intercorrências dele 
poderem ser atendidas por médicos plantonistas, ou seja, nem sempre institucionais, o médico responsável 
deverá ser imediatamente avisado dessa, havendo responsabilidade compartilhada, a fim de um melhor 
tratamento e prognóstico do paciente. 
 
Comentário → Com base no Código de Ética Médica, redigir um texto sobre internação de pacientes e 
obrigatoriedade de vínculo empregatício do médico no local da internação. Nesta questão será avaliado: 
Elaborar o texto com base no Código de Ética Médica (inciso VI do Capítulo II), abordando: 
a) Direito do médico: Internar e assistir seus pacientes em hospitais ainda que não faça parte do seu corpo 
clínico. 
b) Hospitais podem ser privados e públicos, e ter caráter filantrópico ou não. 
c) Médicos sem vínculo com os hospitais, para internar e assistir seus pacientes devem respeitar as normas 
técnicas aprovadas pelo Conselho Regional de Medicina da pertinente jurisdição. 
d) Se o médico apenas utiliza o hospital para internar e assistir seus pacientes (médico sem vínculo com a 
instituição), o hospital somente responde quando a responsabilidade do fato ocorrido for do hospital, caso 
contrário, o hospital não responde. 
 
7ª questão 
Uma criança de 3 anos de idade, mora com seus pais na casa da avó materna. Neste momento ela foi trazida 
ao Setor de Emergência, pois sofreu uma queda e bateu a cabeça no chão, de acordo com relato de sua mãe. 
A criança teve crise convulsiva. A mãe informou que a menina nunca apresentou doenças crônicas, e nunca 
foi internada anteriormente. Ao examinar a criança, o médico observou manchas roxas no couro cabeludo 
e nas pernas, em diferentes fases de evolução. Para esclarecer o diagnóstico, o médico solicitou alguns 
exames, inclusive tomografia computadorizada de crânio e radiografia das pernas. A tomografia evidencia 
acúmulo de sangue entre cérebro e crânio. A radiografia demonstra fraturas atuais e fraturas consolidadas 
(calcificadas). 
 
Diante do exposto, supondo que você fosse o médico, qual sua conduta? 
 - Se deve fazer a notificação a Vara da Infância e Juventude da região, avisando os da gravidade e quadro 
da situação, de forma que a criança não deve revitimizada à sua moradia, por haver risco de vida. Sendo 
assim, para a proteção da criança, esse deve ficar sob proteção da instituição hospitalar internada. Deve ser 
feito um relatório da equipe multiprofissional e preenchimento da ficha de notificação de casos suspeitos 
ou confirmados de violências e acidentes. 
 
Comentário pós correção → Código de Ética de Medicina (capítulo III, Art.1º.): é vedado ao médico “causar 
dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência” . 
CEM Capítulo IV, Artigo 25: “é vedado ao médico deixar de denunciar prática de tortura ou de 
procedimentos degradantes, desumanos ou cruéis, praticá-las, bem como ser conivente com quem as 
realize ou fornecer meios, instrumentos, substâncias ou conhecimentos que as facilitem”. Assim, o médico 
tem a responsabilidade de comunicar casos de violência, assim como denunciar casos de suspeita ou 
confirmação. De acordo com o Art.73 do capítulo IX do CEM, “é vedado ao médico revelar fato de que tenha 
conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou 
consentimento, por escrito, do paciente”. 
 
Ensino e pesquisa médica 
Introdução 
Ensino e pesquisa médica: CEM 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
26 
 
 - Capítulo 12, Artigo 99 a 110 
 
É vedado ao médico: 
 - Art. 99. Participar de qualquer tipo de experiência envolvendo seres humanos com fins bélicos, políticos, 
étnicos, eugênicos ou outros que atentem contra a dignidade humana. 
 # Não pode desenvolver um medicamento para matar o seu humano ou ferí-lo de qualquer forma→ óbvio. 
 # Médico não pode fazer proapganda incitando a esterilização cirúrgica → isso equivale a genocídio. 
 
 - Art. 100.

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