Buscar

EDUCAÇÃO-PSICOMOTORA-NECESSIDADES-ESPECIAIS-I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
EDUCAÇÃO PSICOMOTORA, NECESSIDADES ESPECIAIS I 
1 
 
 
 
FACUMINAS 
 
A história do Instituto FACUMINAS, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACUMINAS, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A FACUMINAS tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
Sumário 
 
FACUMINAS ............................................................................................................... 1 
Sumário .................................................................................................................... 2 
Introdução .................................................................................................................. 4 
Distúrbios e alterações psicomotoras .................................................................... 6 
Distúrbios psicomotores ......................................................................................................... 6 
 Instabilidade psicomotora ........................................................................................... 7 
 Debilidade psicomotora ............................................................................................... 7 
 Inibição psicomotora ................................................................................................... 8 
 Lateralidade cruzada .................................................................................................... 8 
 Imperícias ..................................................................................................................... 8 
 ........................................................................................................................................... 9 
Quadros nos quais podem surgir alterações psicomotoras ................................................... 9 
 Estupor (ou acinesia) ................................................................................................... 9 
 Agitação e Inibição Psicomotora ................................................................................. 9 
 Maneirismos .............................................................................................................. 10 
 Ecopraxia .................................................................................................................... 10 
 Estereotipias .............................................................................................................. 10 
 Negativismo ............................................................................................................... 10 
 Obediência automática .............................................................................................. 11 
 Catalepsia, Pseudo-Flexibilidade Cérea ..................................................................... 11 
 Extravagâncias cinéticas ............................................................................................ 11 
Educação Psicomotora ........................................................................................... 12 
3 
 
 
Inclusão e Psicomotricidade .................................................................................. 15 
Portadores de deficiência intelectual .................................................................... 17 
Aplicação da BPM ao jovem adulto portador de necessidades especiais ......... 22 
Trabalho psicomotor com portadores de paralisia cerebral ............................... 26 
Referências .............................................................................................................. 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
Enquanto ciência, a Psicomotricidade está relacionada ao processo de 
maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas, 
sendo, deste modo, sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o 
intelecto e o afeto. 
Nunca é demais frisarmos tais entendimentos, uma vez que nosso olhar se dá 
em torno dos benefícios oferecidos pelo trabalho psicomotor, certo? 
Serão dois cadernos para trabalharmos a educação e reeducação psicomotora 
e reflexões sobre sua aplicação em portadores de necessidades especiais. Nesse 
primeiro momento veremos alterações e distúrbios psicomotores que levam à 
educação/reeducação psicomotora. No próximo caderno veremos uma bateria de 
exames e atividades para a educação/reeducação psicomotora e aplicação em outros 
portadores de necessidades especiais. 
A educação psicomotora surge com Pierre Vayer e Le Boulch. Para eles, a 
educação psicomotora é uma ação pedagógica e psicológica que utiliza os meios da 
educação física com o fim de normalizar ou melhorar o comportamento da criança, ou 
seja, a educação física era um meio de se trabalhar a psicomotricidade no contexto 
educacional com o intuito, a priori, de promover na criança inadaptada uma educação 
motriz (coordenação, equilíbrio etc.) e psicomotriz (memória e consciência). 
Le Boulch (1983) propõe uma educação baseada no desenvolvimento de 
qualidades dos indivíduos, proporcionando uma relação melhor com seu meio, a 
psicocinética. Atualmente, a educação psicomotora vem sendo enfatizada em 
instituições escolares e pré-escolares, clubes, espaços de recreação etc. Através de 
variadas estratégias, os trabalhos multiplicam-se promovendo uma revisão da noção 
de infância e da práxis educativa. 
5 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Possibilidades da educação psicomotora 
 
A Educação Psicomotora pode ser entendida como uma metodologia de 
ensino que instrumentaliza o movimento humano enquanto meio pedagógico para 
favorecer o desenvolvimento da criança. 
É através da Educação Psicomotora que a criança descobre suas 
possibilidades cinestésicas, expressando-se com seu corpo e em seu corpo, com os 
movimentos iguais aos que fazem com a escrita e a leitura. 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
Distúrbios e alterações psicomotoras 
É acertado dizermos que nas relações psicomotoras podemos observar um 
estado de vontade do ser humano, o que é correspondido pela execução dos 
movimentos, os quais podem ser voluntários ou involuntários, ainda subdivididos em 
inatos e adquiridos, chamados de automatismos elementares. 
Os inatos são aqueles que nascem conosco e são representados pelos reflexos, 
que são respostas caracterizadas pela invariabilidade qualitativa de sua produção e 
execução. Estes reflexos podem ser agonistas, antagonistas ou deflexos (alternantes) 
que são mais hierarquizados que os reflexos puros, permitindo certo grau de 
variabilidade, conforme a adaptabilidade individual. Refere-se a necessidades 
orgânicas. Influindo nestas respostas temos os instintos, responsável pela auto 
conservação individual. No homem ele é misturado com o afeto produzindo tendências 
ou inclinações (LOUREIRO FILHO, 2002). 
Os automatismos adquiridos são os reflexos condicionados, que ocorrem 
devido a aprendizagem e nos forma hábitos, que, quando bons, nos poupam tempoe 
esforço, porém se exagerados, eliminam nossa criatividade e nos deixam embotados. 
Os hábitos podem ser passivos (adaptação biológica ao seu ecossistema) ou ativos 
(comer, andar, tocar instrumentos, etc..). Os reflexos condicionados são produzidos 
desde as primeiras semanas de vida. Esses reflexos condicionados geralmente 
começam como uma atividade voluntária e depois, por já estarem aprendidos, são 
mecanizados (LOUREIRO FILHO, 2002). 
Antes de vermos os quadros nos quais podemos encontrar alterações de 
psicomotricidade, é importante sabermos que qualquer distúrbio psicomotor tem 
ligação com problemas que envolvem o indivíduo em sua totalidade. 
 
Distúrbios psicomotores 
Distúrbios psicomotores e afetivos estão intimamente associados, razão 
porque o diagnóstico não é fácil de ser feito. Os sintomas mais comuns desses 
7 
 
 
distúrbios estão associados à área do ritmo, da atenção, do comportamento, esquema 
corporal, orientação espacial e temporal, lateralidade e retardos. 
Esses distúrbios podem ser classificados em quatro grupos, segundo Grünspun 
(1999 apud JOSÉ; COELHO, 2002): 
 Instabilidade psicomotora 
É o tipo mais complexo e causa uma série de transtornos pelas reações que o 
portador apresenta, com o predomínio de uma atividade muscular contínua e 
incessante. Essas crianças revelam: 
a) Instabilidade emocional e intelectual; 
b) Falta de atenção e concentração; 
c) Atividade muscular contínua (não terminam tarefas iniciadas); 
d) Falta de coordenação geral e coordenação motora fina; 
e) Hiperatividade e equilíbrio prejudicado; 
f) Deficiência na formulação de conceitos e no processo de percepção 
(discriminação de tamanho, figura-fundo, orientação espaço-temporal); 
g) Alteração da palavra e da comunicação (atraso na linguagem e distúrbios da 
palavra); 
h) Alterações emocionais (são impulsivas, explosivas, sensíveis, frustram-se com 
facilidade, destruidoras); 
i) Alterações do sono (terror noturno, movimentos enquanto dormem); 
j) Alterações no processo do pensamento abstrato; 
k) Dificuldades de escolaridade (leitura, escrita, aritmética, lentidão nas tarefas, 
dificuldade de copiar da lousa, entre outras manifestações. 
 
 Debilidade psicomotora 
A debilidade psicomotora é caracterizada por PARATONIA, ou seja, limitação 
nas quatro extremidades do corpo (ou apenas em duas) – “deselegância” ao correr – 
8 
 
 
limitações e rigidez nas mãos e nas pernas; e SINCINESIA – Participação de 
músculos em movimentos aos quais eles não são necessários – descontinuidade de 
gestos; imprecisão nos movimentos dos braços e das pernas; dificuldade de realizar 
os movimentos finos dos dedos, etc. 
 
 Inibição psicomotora 
Além das características da DEBILIDADE PSICOMOTORA, neste caso a 
ansiedade é presença constante – a criança apresenta sobrancelha franzida; cabeça 
baixa; problemas de coordenação motora; distúrbios de conduta, dentre outros. 
 
 Lateralidade cruzada 
A maioria dos autores acredita que existe no cérebro um hemisfério 
predominante responsável pela lateralidade do indivíduo – desta maneira, de acordo 
com a ordem enviada pelo cérebro dominante, teremos o destro ou o canhoto. No 
entanto, segundo José e Coelho (2002), além da dominância da mão, existe também 
a do pé, do olho, do ouvido. 
Quando essas dominâncias não se apresentam do mesmo lado diz-se que o 
indivíduo tem lateralidade cruzada – os distúrbios psicomotores são evidentes e 
resultam em deformação do esquema corporal. São algumas das formas mais comuns 
desse distúrbio: mão direita dominante X olho esquerdo dominante; mão direita 
dominante X pé esquerdo dominante e o inverso. Geralmente essas crianças 
apresentam alto índice de fadiga; quedas frequentes; coordenação pobre; atenção 
instável; problemas de linguagem (dislalias, língua enrolada…). 
 
 Imperícias 
É um distúrbio de menor gravidade no qual a criança apresenta inteligência 
normal, apesar de uma certa frustração pela dificuldade de realizar certas tarefas que 
exijam apurada habilidade manual. Apresentam dificuldades na coordenação motora 
9 
 
 
fina; quebra constante de objetos; letra irregular; movimentos rígidos; alto índice de 
fadiga (GRÜNSPUN, 1999 apud JOSÉ; COELHO, 2002). 
 
Quadros nos quais podem surgir alterações psicomotoras 
 
Pois bem, quando há alterações de psicomotricidade, podemos encontrar os 
quadros abaixo: 
 
 Estupor (ou acinesia) 
É a perda da atividade espontânea englobando simultaneamente, a fala, a 
mímica, os gestos, a marcha etc... Vem e vai bruscamente em crises de agitação 
psicomotora. É o caso do estupor catatônico (nos esquizofrênicos) e o depressivo (na 
depressão). 
 
 Agitação e Inibição Psicomotora 
São graus de determinado estado psicomotor. Quando há pequeno aumento 
ou diminuição dos movimentos são designados como inquietação e lentificação 
psicomotoras, respectivamente. Quando são alterações mais acentuadas, 
representam a agitação e inibição motora, propriamente ditos. Podem ocorrer 
alterações da psicomotricidade em indivíduos normais, como por exemplo, após 
experimentar forte tensão emocional ou preocupações que levam a vontade de andar 
ou levam a imobilidade. A agitação patológica pode ocorrer com caráter uniforme e 
estruturado como na mania, ou desordenadamente e de forma improdutiva como na 
catatonia esquizofrênica, epilepsia e psicoses infecciosas e tóxicas (como no delirium 
tremens). A inibição ocorre, por exemplo, na depressão, estupor, estados confusionais 
e amenciais. Um grau ainda mais elevado de agitação é o furor, que se caracteriza 
por uma extrema agitação necessitando intervenção imediata para impedir danos aos 
outros ou ao próprio paciente. 
 
10 
 
 
 Maneirismos 
Os maneirismos correm em esquizofrênicos, oligofrênicos e histéricos, e são 
caracterizados por gestos artificiais, ou linguagem e escrita rebuscada, com uso de 
preciosismo verbal, floreados estilísticos e caligráficos, etc. 
 
 Ecopraxia 
A Ecopraxia também ocorre em esquizofrênicos, oligofrênicos e histéricos 
(principalmente nos primeiros), onde há imitação de um comportamento, sem 
propósito (gestos, atitudes etc.). Pode haver ecolalia (sons), ecomimia (mímica) e 
ecografia (escrita). 
 
 Estereotipias 
As estereotipias são as características do catatonismo onde há repetição 
automática de movimentos, frases e palavras (verbigeração), ou busca de posições e 
atitudes, sem nenhum propósito. As estereotipias cinéticas são confundidas com os 
tiques nervosos, porém esses são elementares, de fundo neurótico. É mais difícil de 
distingui-las dos cerimoniais compulsivos, porém estes são atos complicados que 
servem para aliviar a tensão nervosa da pessoa que a realiza. Alguns acham que as 
estereotipias cinéticas são atos que eram compreensíveis e motivados, que perderam 
sua causa. 
 
 Negativismo 
Negativismo é a oposição ativa ou passiva às solicitações externas. Na passiva 
a pessoa simplesmente deixa de fazer o que se pede sendo característico o mutismo 
e a sitiofobia (medo de se comprometer, de ser internado, de ser envenenado). Na 
ativa, a pessoa faz tudo ao contrário do que se pediu, e às vezes quando desistimos, 
eles o fazem sendo isso a “reação de último momento”. O negativismo verbal pode se 
apresentar na forma das pararespostas (ou seja, o paciente entende a pergunta do 
entrevistador, porém não responde algo compatível com a pergunta, e sim algo “ao 
11 
 
 
lado”, ou próximo). O negativismo faz parte da série catatônica e representa ação 
imotivada e não deliberada. 
 
 Obediência automática 
Obediência Automática que é o oposto ao negativismo, onde o paciente tem 
extrema sugestionabilidade e faz tudo o que é mandado. Ocorre na esquizofrenia e 
quadros demenciais. 
 
 Catalepsia, Pseudo-Flexibilidade Cérea 
Catalepsia, Pseudo-Flexibilidade Cérea ocorre devido a hipertonia do tônus 
postural. Ocorre na histeria, esquizofreniae parkinsonismo. A flexibilidade cérea é a 
conservação de uma posição, ocorrendo no parkinsonismo, enquanto que nos 
esquizofrênicos e histéricos há pseudo-flexibilidade cérea, devido a influência de 
fatores psicogênicos. 
 
 Extravagâncias cinéticas 
As extravagâncias cinéticas são comuns da conduta esquizofrênica. Pode ser 
descrito como a perda da gracilidade, ou seja, da naturalidade, espontaneidade, 
proporcionalidade dos gestos e atitudes; como a rigidez facial (o pregueamento da 
testa em “M” é característico da catatonia); paratimias (a mímica não está em 
concordância com o pensamento verbalizado); focinho catatônico (protusão 
permanente dos lábios); interceptações cinéticas (interrupção brusca de um gesto 
apenas esboçado), etc. (LOUREIRO FILHO, 2002). 
 
Por fim, sobre os atos voluntários, também chamados de volitivos, relacionados 
e dependentes da inteligência e do afeto, eles acontecem em quatro etapas, sendo as 
seguintes: 
1. Intenção ou propósito – inclinações e tendência que fazem com que surja 
interesse em determinado objeto; 
12 
 
 
2. Deliberação – onde ponderamos os motivos (razões intelectuais) e os móveis 
(atração ou repulsão, vindas do plano afetivo); 
3. Decisão – demarca o começo da ação, inibindo os móveis e motivos vencidos; 
4. Execução – há os movimentos físicos (LOUREIRO FILHO, 2002). 
 
Educação Psicomotora 
 
Geralmente a educação psicomotora é dirigida às crianças consideradas 
“normais”, atuando como parte integrante da educação básica durante a fase pré-
escolar e escolar. 
Inúmeros autores interessam-se pela corrente educativa da Psicomotricidade. 
Destacam-se entre eles o professor Jean Le Boulch, que na segunda metade da 
década de 1960, buscando o reconhecimento dos valores da educação psicomotora 
influenciou na decisão ministerial de incluí-Ia nos cursos primários da França. 
13 
 
 
 
Figura 2 - Educação psicomotora 
 
A Educação Psicomotora vem sendo enfatizada em várias instituições 
escolares e em outras que fazem trabalhos relacionados à recreação infantil. Através 
de uma série de atividades, principalmente exercícios e jogos, procura promover o 
completo desenvolvimento físico, mental, afetivo e social, evitando, segundo Lapierre 
e Aucouturier (1988), as desviações, demasiado neuróticas da personalidade. 
De acordo com Piaget (1977), a ação psicomotora é considerada como 
precursora do pensamento representativo e do desenvolvimento cognitivo. Ele ainda 
afirma que a interação da criança em ações motoras, visuais, táteis e auditivas sobre 
os objetivos do seu meio é essencial para o desenvolvimento integral. A atividade 
sensório-motora é importante para o desenvolvimento de conceitos espaciais e na 
habilidade de utilizar termos linguísticos. Contudo o jogo tem papel fundamental para 
14 
 
 
o desenvolvimento fisio-motor, devendo ser aproveitado num trabalho integrado com 
outras áreas do desenvolvimento. Assim pode-se dizer que o desenvolvimento motor 
não acontece pela padronização das ações, mas sim: pela complexidade, diversidade, 
variabilidade, constância e consistência dos jogos a serem trabalhados. 
Os argumentos usados para justificar a educação psicomotora na educação 
colocam em evidência seu papel na prevenção das dificuldades escolares. Mas antes 
de tudo deve ser uma experiência ativa de confrontamento com o meio. Portanto os 
exercícios corporais e as atividades despertadoras visam especialmente assegurar o 
desenvolvimento harmonioso dos componentes corporais, afetivo e intelectual, 
objetivando a conquista de uma relativa autonomia. A conscientização e domínio do 
corpo, a apropriação do esquema corporal, a coordenação psicomotora, as noções de 
tempo-espaço são objetivos importantes que precisam ser trabalhados antes do 
aprendizado da escrita e leitura (BORGES; RUBIO, 2013). 
Ao profissional que atua no campo da Educação Psicomotora cabe, a partir de 
uma busca constante do conhecimento das necessidades e interesses das crianças, 
propor experiências que produzam a adequada estimulação e que venham ampliar o 
vivido corporal, que é o responsável pelos inúmeros esquemas que serão transferidos 
às situações vivenciadas no futuro. Deve-se acrescentar que a falta de adequada 
estimulação no decorrer da infância pode produzir inúmeras perturbações 
psicomotoras. 
Qualquer que seja a experiência proposta e o método adotado, o educador 
deverá levar em consideração as funções psicomotoras (coordenações globais, lateral 
idade, equilíbrio etc.) que pretende reforçar nas crianças com as quais está 
trabalhando. 
Mesmo levando em conta que, em qualquer exercício ou atividade proposta, 
uma função psicomotora sempre se encontra associada a outras, ele deverá estar 
consciente do que, exatamente, está almejando. 
O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação 
de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando 
oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre 
seu corpo. Através dessas atividades lúdicas a criança desenvolve suas aptidões 
perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor (ROSSI, 2011). 
15 
 
 
 
Inclusão e Psicomotricidade 
Enquanto a educação socializa e permite conhecer cada etapa do mundo com 
finalidade de reunir conhecimento e potenciais de cada um de nós para se tornar um 
ser, a inclusão, acesso de pessoas com deficiência à educação e demais espaços 
sociais é um direito de todos, portanto, nada mais pertinente do que lançarmos 
algumas reflexões acerca dessa relação inclusão/psicomotricidade. 
Vamos fazer um recorte no tempo e nos situarmos no período pós Segunda 
Guerra Mundial (1945) quando, de fato, aconteceram algumas atitudes positivas em 
relação às Pessoas com Deficiências, onde iniciaram-se primeiramente seus 
atendimentos em hospitais, programas de reabilitação dirigidos aos lesionados das 
guerras como possibilidade para reintegrá-los ao mundo. (RECHINELI; PORTO; 
MOREIRA,2008). A importância desses fatos é para que hoje possamos olhar essas 
pessoas com outros olhares, dar oportunidades e acreditar no seu desempenho, 
potencialidades e habilidades que vai além de suas limitações, seu desenvolvimento 
e crescimento na sociedade. 
Mas focando na criança, o ato mental se desenvolve a partir do ato motor na 
medida em que o ato motor é responsável por propiciar as interações do sujeito com 
o meio. A psicomotricidade, com suas contribuições no estudo do homem em 
movimento e sua relação consigo, nos proporciona resultados satisfatórios nas 
dificuldades apresentadas no processo de ensino aprendizagem, possibilitando a 
criança o desenvolvimento motor, afetivo e de relacionamento, além de preparar as 
crianças para aprendizagem futuras, favorecendo consideravelmente a alfabetização 
e prevenindo distúrbio de aprendizagem. (WALLON apud BESSA, 2011, p.123). 
A educação psicomotora deve abarcar todos os alunos, promover a inclusão 
de maneira efetiva e sendo a Psicomotricidade uma ciência da saúde e da educação 
que independente das diversas escolas, psicológica, condutista, evolutista, genética 
etc., ela visa à representação e a expressão motora, através da utilização psíquica e 
mental do indivíduo. E é a partir daí que a Psicomotricidade adquire sua especificidade 
e autonomia, ao se diferenciar de outras disciplinas trazendo alternativas para as 
16 
 
 
pessoas com deficiências, utilizando atividades lúdicas através do corpo de maneira 
eficiente e prazerosa, apesar das possíveis limitações e dificuldades. 
Sendo educação infantil a primeira experiência de educação escolar vivenciada 
pela criança, é de fundamental importância que esse processo educativo esteja 
voltado para seu desenvolvimento integral, evidenciando suas características 
cognitivas, sócio afetiva e psicomotora. 
 
Figura 3 - Inclusão escolar 
O ponto de partida e de chegada deuma prática está na ação e estas se 
traduzem na intenção educativa de ampliar a capacidade do aluno em relação a: 
expressar-se através de múltiplas linguagens posicionar-se diante da informação, 
interagir de forma crítica e ativa com meio físico social. 
Busca-se alcançar com a educação psicomotora: a criança brincar com o objeto 
e entre si, expressar-se com o corpo, construir-se no tempo e no espaço. 
Nas atividades lúdicas extraclasse experiências corporais são vivenciadas 
brincadeiras, jogos, danças que exploram lateralidade, agilidade, atenção, memória, 
coordenação motora global, equilíbrio e percepção espaço-temporal. 
Os resultados obtidos relacionam se as descobertas que as crianças fazem 
com seu próprio corpo, do corpo dos outros e do meio que estão inseridos, a 
17 
 
 
capacidade de execução de movimento, a construção de novos conceitos prevenindo 
assim dificuldades de aprendizagem e preparando os educandos para as etapas 
seguintes. 
Seja um aluno com deficiência mental, motora, auditiva, visual ou outras, eles 
também têm direito à educação motora, devendo ser estimulado de forma adequada 
e partindo sempre do princípio básico: a consciência corporal. Para que assim possa 
ter todas as oportunidades necessárias que um indivíduo precisa para construir o 
conhecimento. 
Assim o trabalho da psicomotricidade vai além da motricidade, existindo uma 
preocupação maior com os sentimentos da criança, na criação do vínculo afetivo entre 
professor e aluno, como também na formação geral (emocional, psicológica, moral e 
intelectual) do aluno (SILVA, 2011). 
 
 
Portadores de deficiência intelectual 
 
Populações com necessidades especiais, neste caso a deficiência intelectual, 
são compostas de indivíduos cujas características físicas, mentais e/ou emocionais 
interferem no seu desenvolvimento e/ou desempenho ótimos (TRITSCHLER, 2003). 
No geral, uma pessoa portadora de uma deficiência, isto é, de uma diminuição 
de adaptabilidade provocada por uma perda, de caráter permanente, de certa(s) 
capacidade(s), apresenta diferentes características quanto ao desenvolvimento do 
seu esquema corporal, da organização espacial, do equilíbrio, da agilidade e da força, 
entre outras, que podem ser consideradas, em certos casos, patológicas, isto é, 
desenvolvendo-se com particularidades e sequências distintas do desenvolvimento 
considerado “normal”, e noutros simplesmente atrasadas, isto é, quando se verifica 
uma evolução em tudo semelhante ao desenvolvimento normal, mas defasada em 
relação à idade cronológica (GORLA; ARAÚJO; CARMINATO, 2004). 
No Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSM-5), a deficiência 
intelectual (DI) está inserida no que denominam de transtornos do 
18 
 
 
neurodesenvolvimento. Esta condição se caracteriza por déficits em capacidades 
mentais genéricas e resulta em prejuízo no funcionamento adaptativo. Como 
consequência, há comprometimento na independência pessoal, participação social e 
funcionamento acadêmico e profissional. 
Do ponto de vista legal, indivíduos com DI devem estar incluídos no ensino 
regular e, paralelamente, têm o direito assegurado de participar de atividades 
complementares em Salas de Recursos Multifuncionais (SRM). Como regra, estas 
devem ter profissionais especializados que saibam lidar não só com as necessidades 
dos alunos, mas também que sejam capazes de utilizar procedimentos, equipamentos 
e materiais específicos, de modo a complementar ou suplementar as atividades 
desenvolvidas na sala regular (BRASIL, 2006). 
Nós sabemos há muito tempo que a motricidade é imprescindível para o acesso 
aos processos superiores de pensamento. Mediante a ação, o indivíduo se relaciona 
com seu ambiente (físico e social) e nesta relação desenvolve, entre outras coisas, 
capacidades perceptivas, estruturação espaço temporal, capacidade de simbolização 
e regulação da própria ação. Psicomotricidade, então, é essencial no contexto escolar 
(RODRIGUES et al, 2018). 
Como indivíduos com DI apresentam déficit concomitante em funções motoras 
e intelectuais, há necessidade primeiramente de se identificar o perfil psicomotor 
destes indivíduos, de modo que se possa elaborar programa interventivo adequado 
às suas necessidades. 
Algumas crianças encontram dificuldades em habilidades motoras tais como 
escrever, desenhar, manipular e construir, ao passo que outras têm dificuldades em 
recreação, jogos de correr, saltar, saltitar, arremessar, no equilíbrio, nas orientações 
espaciais e temporais, na lateralidade, nos esportes e até dificuldades na locomoção 
e nas atividades da vida diária Influências genéticas e ambientais têm sido 
consideradas por autores como Krebs (1997), Pereira, Sobral e Silva (1997), Gallahue 
e Ozmun (2001), entre outros, cuja preocupação se centra no atual estilo de vida das 
pessoas, sejam elas normais ou deficientes, e nas consequências que a falta de 
oportunidades de exploração dos movimentos naturais pode causar. 
Uma vez que a coordenação corporal é um dos componentes importantes no 
desenvolvimento da criança, Gorla, Araújo e Carminato (2004) desenvolveram um 
19 
 
 
estudo objetivando analisar esta coordenação à luz do teste chamado teste salto 
monopedal (SM) que faz parte da bateria de testes de coordenação motora para 
crianças KTK, de Kiphard e Schilling (1974), em pessoas portadoras de deficiência 
intelectual. 
O referido estudo veio reforçar as preocupações, que sempre estiveram 
presentes ao longo de vários anos trabalhando com população especial, mais 
precisamente com a deficiência mental, quanto às dúvidas por parte de alguns 
profissionais sobre a importância de avaliar a referida população. 
Outro fator importante que analisaram, também pela pouca informação, foi o 
desconhecimento dos instrumentos avaliativos por parte de alguns profissionais, 
levando-os a indagar se efetivamente as baterias de testes usuais estão disponíveis 
para a população com deficiência mental. 
Ao mesmo tempo em que as informações são relativamente escassas, nota-se 
um grande problema quando se observa na literatura a compilação ou utilização de 
testes padronizados aplicados com populações que não apresentam características 
de deficiência mental, o que pode levar a uma preocupação de caráter metodológico 
para algumas variáveis apresentadas pelas pessoas portadoras de deficiência mental. 
As análises e as ponderações feitas pelos pesquisadores acima levaram à 
conclusão de que o assunto avaliação e intervenção é relevante, devendo ser 
estimulado na educação especial, pois certamente haveria benefícios às pessoas com 
deficiência mental e ao próprio profissional no desenvolvimento de seus 
planejamentos. 
Dada a diversidade de suas dificuldades, ponderam que não foi fácil identificar 
com precisão as medidas dentro do Programa de Educação Física Orientado para 
melhorar as habilidades motoras das pessoas com deficiência mental, bem como que 
tipos de testes deveriam ser aplicados. 
Observaram que os resultados das avaliações no pós-teste foram significativos 
para ambas as pernas – esquerda e direita –, o que demonstra uma interferência das 
atividades desenvolvidas durante o Programa de Educação Física Orientado. 
20 
 
 
Entretanto, alguns sujeitos não tiveram rendimento satisfatório no pós-teste, 
indicando uma necessidade de mais tempo para as intervenções e análises mais 
profundas sobre outros comportamentos. 
Levando-se em conta estas limitações, e para que haja aquisição ou melhora 
da coordenação corporal no teste salto monopedal entre pessoas portadoras de 
deficiência mental, torna-se necessário observar alguns princípios gerais, tais como: 
 Estímulo tanto quantitativo como qualitativo das atividades motoras; 
 Elaboração de atividades adaptadas às dificuldades específicas dos sujeitos; 
 Redução da influência dos problemas de comportamento (ansiedade, por 
exemplo) nas habilidades motoras; Redução da influência das dificuldades no tocante às habilidades motoras 
sobre outras funções tais como a motivação; 
 Estimulação do desenvolvimento perceptivo-motor. 
Os autores ainda ponderaram ser necessário também estimular e desenvolver 
estudos dentro desse tópico geral, como, por exemplo: a verificação de quais os tipos 
de tarefas motoras planificadas, e de quais testes correspondam a tipos específicos 
de tarefas de habilidades da vida cotidiana; estudos sobre populações de crianças 
com problemas específicos, uma vez que são diferentes em níveis e graus de 
deficiência, tentando associar estes aos comportamentos adaptativos e não apenas e 
simplesmente à deficiência mental. 
Recomendaram ao final da pesquisa, também para futuros estudos 
semelhantes, que haja avaliações antropométricas em conjunto com a testagem, pois 
o peso corporal pode ter sido um fator de interferência nos resultados, não tendo sido, 
contudo, controlada esta variável. 
Em trabalho mais recente, Rodrigues et al (2018) avaliaram o perfil psicomotor 
de 15 escolares do ensino fundamental, em uma escola pública, com diagnóstico de 
DI, usando as seguintes variáveis: a) frequência (ou não) em sala de recursos 
multifuncional (SRM); b) classificação da DI; c) idade; c) raça/cor; d) série escolar. 
21 
 
 
Para avaliação do perfil psicomotor foram utilizados os seguintes instrumentos: 
Teste de Proficiência Motora de Bruininks-Oseretsky (BOT-2), versão breve; 
Avaliação Psicomotora 
Os dados obtidos mostraram que a maioria dos sujeitos apresentou 
desempenho “muito abaixo do esperado” em todos os subtestes que compõem o 
BOT-2. Do mesmo modo, desempenho inferior à idade cronológica foi identificado na 
Avaliação Psicomotora. Não foram encontradas diferenças estatisticamente 
significativas nos subtestes do BOT-2 quando se analisou frequência (ou não) em 
SRM, gênero e raça/cor. Contrariamente, melhor desempenho em algumas 
habilidades psicomotoras foi encontrado em função da idade, série escolar e 
classificação da DI. 
As autoras discutem a relação entre desenvolvimento psicomotor e 
aprendizagem e chamam a atenção para a necessidade de se utilizar os pressupostos 
da Psicomotricidade no contexto escolar, principalmente na SRM. Com isso, pode-se 
auxiliar as crianças com deficiência intelectual a maximizar as suas potencialidades e, 
como resultado, possibilitar melhora no seu desenvolvimento global (cognitivo, afetivo, 
social). 
Ambos os trabalhos apresentados deixam claro a importância de se conhecer 
a criança, os déficits, as avaliações, a SEM e como o trabalho psicomotor contribui 
para melhorar a aprendizagem e a interação social desses sujeitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
Aplicação da BPM ao jovem adulto portador de 
necessidades especiais 
Falar de avaliação é um assunto complexo por si só, por tratar-se de um 
processo multifacetado, em que valores e perspectivas estão o tempo todo 
confrontando-se. Contudo, é ainda mais complexo pensar, falar e avaliar pessoas com 
necessidades educativas especiais. 
Em parte, o aumento do grau de complexidade por nós atribuído à avaliação 
de pessoas com necessidades educativas especiais deve-se às dificuldades inerentes 
à própria condição de deficiência (FUMES; MARQUES, 2011). 
Na deficiência intelectual comumente nos deparamos com sujeitos que 
apresentam curta atenção, dificuldade de entender e seguir solicitações complicadas, 
desmotivados intrinsecamente para a avaliação, com pobre capacidade de 
memorização, e assim por diante, conforme nos aponta Lavay (1992 apud FUMES; 
MARQUES, 2011). 
Por outro lado, Lunt (1994) vislumbra também existir uma crise na avaliação 
psico-educacional dos grupos minoritários, desencadeada, sobretudo, pelos 
resultados discriminatórios e limitantes produzidos pelos modelos de avaliação 
tradicionais disponíveis. 
Quando nos voltamos para a avaliação na área da Atividade Física Adaptada, 
em particular, de jovens adultos portadores de deficiência mental, constatamos que 
ainda predominam os modelos de avaliação tradicional. 
Neste universo, a Bateria Psicomotora (BPM) de Fonseca (1992) apresenta 
aspectos diferenciadores que a coloca em um outro patamar, diferente daquele 
destinado às escalas ou baterias de avaliação convencionais. Um dos aspectos 
principais que a diferencia das demais é que ela não se restringe à mera aplicação de 
situações-problemas para avaliar o perfil psicomotor de um sujeito, mas considera 
também como alvo da avaliação as manifestações ocorridas ao longo do processo de 
23 
 
 
avaliação do sujeito, bem como procura complementar estes resultados com 
informações mesológicas e biomédicas do sujeito. 
Semelhantemente à avaliação dinâmica, a BPM orienta-se para o 
estabelecimento de um “perfil intra-individual em termos de futuro, de propensibilidade 
à modificabilidade psicomotora” (FONSECA, 1992) e não apenas em estabelecer um 
rótulo calcado em aspectos quantitativos. Perspectivamos ser possível identificar 
capacidades psicomotoras efetivas através da mesma. 
A elaboração da BPM resultou da experiência do autor com crianças com 
dificuldades de aprendizagem e é considerada, por este, como uma oportunidade de 
estudar a psicomotricidade atípica e tendo sido aplicada em casos de deficiência 
auditiva, visual, sócio-emocional e em gerontos. 
Fonseca (1976), na obra “Um contributo para a gênese da psicomotricidade”, 
onde a BPM é apresentada em uma versão anterior, que continha maior número de 
tarefas e não tinha explicitamente as unidades funcionais de Luria permeando sua 
organização, considera como indicado e aplicável a BPM a casos de debilidade e 
deficiência motora, debilidade mental, crianças psicóticas, com instabilidade, inibição, 
impulsividade, e, na reinserção profissional. 
Ponderando sobre as possibilidades apresentadas por tal instrumento de 
avaliação, Fumes e Marques (2011) propuseram uma pesquisa tendo como objetivos 
levantar o perfil psicomotor de jovens adultos portadores de deficiência mental (pdm) 
através da Bateria Psicomotora de Vítor da Fonseca (1992) e analisar a aplicabilidade 
da referida bateria para esta clientela. 
Vejam a metodologia aplicada e os resultados obtidos por eles: 
A amostra foi composta por 10 jovens adultos considerados como portadores 
de deficiência mental, matriculados em uma Instituição e também participantes de 
atividades psicomotoras, de caráter extracurricular, na Faculdade de Ciências do 
Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto durante o ano letivo de 
1997/1998. A faixa etária compreendida foi dos 18 aos 31 anos de idade (cronológica) 
e os níveis de deficiência mental variavam entre o leve e o moderado. As etiologias 
da deficiência mental eram, em sua maioria, desconhecidas ou inespecíficas, sendo 
02 sujeitos (20% do total da amostra) portadores da Trissomia 21. Na escola recebiam 
24 
 
 
aulas de escolaridade e outras atividades complementares, de cunho pedagógico, 
profissionalizante ou terapêutico. 
Os sujeitos foram avaliados individualmente através da BPM de Fonseca, no 
próprio centro educacional onde estavam matriculados, após alguns contatos 
informais com a avaliadora durante as atividades psicomotoras realizadas na 
FCDEF/UP e no próprio Centro. O instrumento de coleta de dados utilizado, a BPM, 
estruturava-se sobre as 03 unidades funcionais de Luria da organização do sistema 
nervoso do homem, sendo composta ao todo por 07 subfatores psicomotores, 
distribuídos por aquelas unidades funcionais. As unidades funcionais de Luria estão 
assim categorizadas: 1ª unidade – regulação tônica de alerta e dos estados mentais; 
2ª unidade – recepção, análise e armazenamento de informação; e, 3ª unidade – 
programação, regulação e verificação de atividade. Os fatores psicomotores da BPM 
ligados à 1ª unidade funcional são a tonicidade e a equilibração; os fatores 
psicomotores lateralização,noção do corpo e estruturação espaço-temporal 
correlacionam-se com a 2ª unidade funcional; e, os fatores praxia fina e praxia global 
com a 3ª unidade funcional de Luria. 
Fonseca (1992) considera que o perfil, resultante da BPM, torna-se mais 
preciso se juntamente aos dados obtidos pela BPM houver a complementação com 
os dados biomédicos (condições de desenvolvimento pré, peri, pós-natais) e dados 
mesológicos (características do ambiente familiar imediato). Neste caso, o perfil 
psicomotor dos sujeitos foi resultante da aplicação da BPM, das observações dos 
comportamentos e atitudes ocorridos durante a realização da mesma, nas atividades 
de Educação Física ocorridas na FCDEF e das informações obtidas informalmente 
junto ao professor sobre o desenvolvimento escolar do sujeito. 
Os resultados da avaliação psicomotora de cada sujeito foram anotados em 
ficha individual, proposta por Fonseca (1992) para este fim. O desempenho dos 
sujeitos para cada tarefa podia receber cotações entre 1 e 4 pontos, conforme os 
critérios de cada uma das tarefas. De forma geral, a cotação 1 foi atribuída para o 
desempenho fraco ou a não realização da tarefa, 2 para o desempenho satisfatório, 3 
para o bom e 4 para o desempenho excelente. 
A partir dos resultados de cada tarefa foi encontrado o resultado médio e, assim, 
atribuída a cotação final para o subfator que elas pertenciam. Do somatório da 
25 
 
 
pontuação conseguida nos 07 subfatores da BPM foi estabelecido o perfil psicomotor 
do indivíduo, que apresentava a seguinte distribuição: para aqueles sujeitos que 
obtivessem entre 27-28 pontos na BPM, seu perfil psicomotor era considerado como 
sendo superior; de 22-26 pontos correspondia a um perfil psicomotor bom; 14-21 
pontos a um perfil psicomotor normal; enquanto de 09-13 pontos representava o perfil 
psicomotor dispráxico; e, 07-08 pontos a um perfil psicomotor deficitário. 
Os escores encontrados em cada tarefa foram utilizados para a determinação 
do índice de discriminação e de dificuldade da mesma, os quais foram calculados 
empregando os resultados dos 30% superior da amostra e dos 30% inferior da 
amostra, considerando o resultado final no subfator em que a tarefa em questão 
pertencia. Foram determinados os índices de discriminação e de dificuldade de todas 
as tarefas de todos os subfatores. O índice de discriminação refere-se a diferença de 
proporção de respostas corretas entre os melhores e os piores resultados. 
Safrit e Wood (1989 citados pelos pesquisadores) indicam que máxima 
discriminação de um teste acontece quando um índice de dificuldade é de 50%. Já o 
índice de dificuldade de um teste é a porcentagem de respostas corretas entre os 
sujeitos que responderam corretamente à questão ou a tarefa. 
Os comportamentos e atitudes apresentados durante a avaliação e que não 
eram alvos dos critérios da bateria foram anotados e utilizados, de modo 
complementar, na análise qualitativa da aplicabilidade da BPM para sujeitos 
portadores de deficiência mental. 
A BPM de Fonseca (1992) mostrou ser útil e aplicável para avaliar o nível real 
dos subfatores psicomotores de jovens adultos portadores de deficiência mental, 
sendo possível elaborar um perfil psicomotor destes e definir suas principais 
capacidades psicomotoras. 
O critério utilizado para analisar a aplicabilidade da BPM, que foi o índice de 
discriminação e de dificuldade, bem como elementos de caráter qualitativos obtidos 
durante a aplicação da bateria e das observações do sujeito, revelaram a necessidade 
de exclusão de algumas tarefas que não atingiram o índice de discriminação e de 
dificuldade pré-estabelecidos. 
26 
 
 
No caso dos subfatores estruturação espaço-temporal e praxia fina, estes 
foram excluídos na íntegra, ao passo, que algumas tarefas de outros subfatores 
demonstraram ser necessário adaptá-las quando estas forem utilizadas na avaliação 
psicomotora de pessoas pdm. Todavia, a proposição de uma adaptação da BPM para 
esta população não foi o objetivo nesse momento. 
Um aspecto decisivo da BPM e que deveria ser alvo de estudos posteriores, 
que pretendam sua adaptação, concerne ao seu tempo de aplicação. Como já 
indicado, a bateria revelou ser demasiada longa e cansativa para utilização em 
sujeitos pdm (FUMES; MARQUES, 2011). 
 
Trabalho psicomotor com portadores de paralisia cerebral 
Segundo Souza e Ferraretto (2001), a Paralisia Cerebral foi descrita pela 
primeira vez em 1843 por um ortopedista inglês chamado William John Litle como uma 
rigidez espástica. O termo “Paralisia Cerebral” foi introduzido por Freud para 
diferenciá-la da Paralisia Infantil causado pelo vírus da Poliomielite. 
A Paralisia Cerebral (PC), é um termo utilizado para descrever uma condição 
de ser, ou um estado de Saúde, que podemos afirmar ser contínua, instável e 
irreversível, uma deficiência física adquirida, um dano cerebral ou no sistema nervoso 
central (SNC) que leva o sujeito a ter certa dificuldade ou descontrole muscular, 
impedindo-o de executar certos movimentos com maior perfeição, afetando 
diretamente a coordenação motora e a postura corporal de seus portadores, como se 
fosse uma “confusão” de envio de mensagem entre o estímulo do cérebro e a resposta 
do músculo (COLETTA et al, 2005). 
Para Bobath e Bobath (1978), a PC, é uma sequela de uma agressão 
encefálica, que se caracteriza por um transtorno persistente, do tono, da postura e do 
movimento do sujeito, uma agressão não progressiva, mas geralmente mutável, 
quando nos referimos as suas sequelas. Em muitos casos a inteligência do portador 
é normal, a não ser que a lesão tenha afetado áreas responsáveis pelo pensamento 
ou pela memória. Portanto, um portador de Paralisia Cerebral não pode ser 
classificado, exclusivamente, como um portador de deficiência mental. 
27 
 
 
Machado (1981) enfatiza que o sistema nervoso dá vida de relação a todas 
as partes do corpo, relacionando o organismo com o meio, os quais são conduzidos 
do cérebro por neurônios sensitivo através da medula ou tronco encefálico a todos os 
receptores do corpo, portanto, a coordenação de todos os movimentos do corpo é 
feita pelo cérebro, e no caso do portador de Paralisia Cerebral, esses estímulos foram 
de alguma forma bloqueados, causando aos seus portadores sequelas, como 
ausência de coordenação motora, dificuldades na fala, em alguns casos paraplegias, 
tetraplégicas, e assim sucessivamente. 
Acredita-se que estímulos ao SNC, aplicados de formas coerentes 
apresentam resultados satisfatórios, onde as células nervosas (neurônios) vizinhas a 
da lesão, acabam por se adaptar e assumirem, em partes, a função da célula afetada. 
Marchean et al (1996, p. 171) cita que através de um estudo derivado de uma 
lesão central do córtex, onde região afetada foi a da coordenação fina do sujeito, mais 
precisamente nos dedos, e após estímulos sensoriais: “a função do tecido destruído 
foi assimilado pelo tecido nervoso vizinho intacto à custa de uma assimilação da 
sensibilidade...”. Dessa forma podemos dizer que através de estímulos adequados, 
pode-se ao menos minimizar sequelas motoras em portadores de Paralisia Cerebral 
(PC). 
Coletta et al (2005) realizaram um estudo com pessoas portadoras de PC, 
com idade cronológica entre 8 e 18 anos, matriculados em uma escola de Educação 
Especial, pontuando que a relevância do estudo está em proporcionar uma 
contribuição aos portadores de PC e especialmente, aos profissionais de Educação 
Física que trabalham com essa população, ampliando o conhecimento sobre causas, 
lesão e o comprometimento motor. 
Mais uma vez, partiram da premissa que o desenvolvimento completo do 
sujeito se dá por aspectos motores, cognitivos, psicológicos e neurológicos e tendo 
como base, o BPM (Bateria Psicomotora) idealizada por Fonseca (1992), procurou-se 
identificar a influência do equilíbrio, da tonicidade, da lateralização, da noção do corpo 
e daspraxias global e fina no resultado motor final, utilizando-se de uma abordagem 
transversal para analisar as alterações psicomotoras em portadores de Paralisia 
Cerebral utilizando como instrumento o teste BPM (Bateria Psicomotora) de Vitor da 
Fonseca. 
28 
 
 
De acordo com os resultados, puderam verificar que as tarefas de execução 
voluntária, tiveram respostas imperfeitas ou incompletas, sendo realizadas com 
dificuldade. Conforme Fonseca (1992), a pessoa com síndrome cerebral pode falhar 
em muitas tarefas da bateria. Encontraram maior dificuldade na realização das tarefas 
de equilíbrio, de praxia fina e global, pois a própria lesão cerebral já é caracterizada 
pelo encurtamento e atrofia dos flexores dificultando a noção de respostas motoras 
dos sujeitos. 
De acordo com o escore final, a média dos avaliados foi boa, mas com 
dificuldades na realização e com falta de controle. O teste não pode ser utilizado como 
identificação de um possível déficit da lesão cerebral, mas somente como um fator 
que indica uma disfunção psicomotora da aprendizagem e na coordenação motora. 
Os resultados mostraram a área onde o sujeito tem um maior 
comprometimento ou atraso psicomotor, e reconhecendo a extensão do problema, o 
profissional saberá onde trabalhar e como aplicar o estímulo ao portador de PC, bem 
como fazer um desenvolvimento global de sua coordenação motora. 
O sujeito com PC depende em grande parte de um estímulo externo para 
conseguir desenvolver sua coordenação motora. A Educação Física desenvolve um 
papel importante nessa estruturação motora oferecendo recursos para tais estímulos. 
Os autores perceberam que a BPM pode ser utilizada como forma de 
identificação das capacidades motoras e psicomotoras, desde que utilizada como uma 
avaliação individual, pois a lesão cerebral determina a diferenciação dos afetados. 
Inferem que deve-se considerar a importância de estudos nessa área, pois a 
coordenação motora influencia diretamente no desenvolvimento global da criança, 
como o falar, o caminhar, o físico, mental e o social, fatores importantes para um bom 
relacionamento dentro da sociedade. 
 
Anote aí: 
 
 Os aspectos psicomotores interferem na aprendizagem escolar dos alunos, 
embora poucos professores saibam realmente a verdadeira importância sobre 
29 
 
 
o desenvolvimento desses pressupostos psicomotores, principalmente na 
Educação Infantil. 
 Levar uma proposta de educação psicomotora para a Educação Infantil 
contribui sobremaneira para o desenvolvimento de uma postura adequada para 
a aprendizagem da criança com caráter preventivo em relação ao seu 
desenvolvimento integral nas várias etapas de crescimento. 
 Na pequena infância, o ato mental se desenvolve no ato motor, ou seja, a 
criança pensa quando está realizando a ação e isso faz com que o movimento 
do corpo ganhe um papel de destaque nas fases iniciais do desenvolvimento 
infantil. 
 A criança ao ingressar na escola, independentemente da idade em que se 
encontra, traz consigo saberes sobre os movimentos que realiza com o seu 
corpo, os quais são apropriados e construídos nos diferentes espaços e 
relações em que vive (GARANHANI, 2008). Desse modo, a escola poderá 
sistematizar e ampliar o conhecimento da criança sobre o seu movimentar 
(SANTA CLARA; FINCK, 2012). 
 Educação pelo movimento, educação física transformadora, educação 
psicomotora! Não importa num primeiro momento qual das definições é a mais 
correta. Importa compreendermos que os objetivos da proposta sejam claros, 
levando em consideração o desenvolvimento pessoal e as questões sociais 
que envolvem os sujeitos do trabalho. 
 A escola é um ambiente onde a criança tem oportunidades de exteriorizar as 
necessidades corporais, e se torna mais específico e importante quando 
enfocamos as crianças com deficiência. 
 Para as crianças com deficiência, a psicomotricidade é muito importante, pois 
contribui para que as mesmas aprendam a fazer novas vivências, ajudando-as 
a compreender e vivenciar o mundo que as cercas, organizando-se 
internamente, o que envolve todos os movimentos corporais: imagem corporal, 
esquema corporal, e consciência corporal (PEREIRA, 2014). 
 
 
30 
 
 
 
 
Referências 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais - DSM-5. Porto Alegre: Artmed; 2014. 
 
BESSA.V.H. Teorias da Aprendizagem. Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2011 
 
BOBATH, K.; BOBATH, B. O desenvolvimento motor nos diferentes tipos de 
paralisia cerebral. São Paulo: Manole, 1978. 
 
BORGES, M. F.; RUBIO, J. A. S. A Educação Psicomotora como instrumento no 
Processo de Aprendizagem (2013). Disponível em: 
http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes/pdf/v4-n1-2013/M_Fernanda.pdf 
 
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial. Série Livro. Brasília: 
MEC/SEESP; 2006. 
 
COLETTA, D. D. et al. Avaliação psicomotora em pessoas portadoras de paralisia 
cerebral da APAE de Toledo/Pr (2005). Disponível em://www.efdeportes.com/ 
 
FONSECA, V. da. Contributo para o Estudo da Génese da Psicomotricidade. 
Lisboa, Editorial Notícias, 1976. 
 
FONSECA, V. da. Manual de Observação Psicomotora: significação 
psiconeurológica dos fatores psicomotores. Lisboa: Editorial Notícias, 1992. 
31 
 
 
 
FUMES, N. L. F.; MARQUES, U. S. M. Avaliação psicomotora em jovens adultos 
portadores de deficiência mental (2011). Disponível em: 
http://www.motricidade.com/index.php/repositorio-aberto/43-necessidades-
especiais/1244-avaliacao-psicomotora-em-jovens-adultos-portadores-de-deficiencia-
mental 
 
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: 
bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo, Phorte Editora, 2001. 
 
GARANHANI, M. C. A Educação física na Educação infantil: uma proposta em 
construção. In: FILHO, N.F. A; SHNEIDER, O. (Org). Educação Física para a 
Educação Infantil conhecimentos e especificidades. Aracaju: Editora UFS, 2008. 
 
GORLA, J, I.; ARAÚJO, P. F. de; CARMINATO, R. A. Desempenho psicomotor em 
portadores de deficiência mental: avaliação e intervenção. Rev. Bras. Cienc. 
Esporte, Campinas, v. 25, n. 3, p. 133-147, maio 2004. 
 
JOSÉ, E. A.; COELHO, M. T. Problemas de aprendizagem. São Paulo: Ática, 2002. 
 
KREBS, R. J. Teorias dos sistemas ecológicos: um paradigma para o 
desenvolvimento infantil. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Centro 
de Educação Física e Desportos, 1997. 
 
LAPIERRE, A.; AUCOUTURIER, B. A Simbologia do Movimento. Porto Alegre, 1988. 
 
LE BOULCH, J. A educação psicomotora: a psicocinética na idade escolar. Porto 
Alegre: Artes Médicas, 1983. 
32 
 
 
 
LOUREIRO FILHO, G. Psicomotricidade. Apontamentos de aula. Departamento de 
Psiquiatria. Florianópolis: UFSC, 2002. 
 
LUNT, Ingrid. A prática da avaliação. In: H. DANIELS (Org.). Vygotsky em foco: 
pressupostos e desdobramentos. Campinas: Papirus, 1994. 
 
MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro: Ed. Atheneu, 1981. 
 
MARCHEAN Q. I. et al. Tópicos em Fonoaudiologia - Vol. III. São Paulo: Ed. Lovise, 
1996. 
 
PEREIRA, M. S. Educação Psicomotora (2014). Disponível em: 
http://marciasolange2013.blogspot.com/2014/07/educacao-psicomotora-
atualmente.html 
 
PEREIRA, V. R.; SOBRAL, F.; SILVA, M. J. C. Privação ambiental e insuficiências 
no controlo motor e aprendizagem. Pesquisa inédita. Material não publicado, cedido 
pelo primeiro autor. Coimbra: Universidade de Coimbra, Portugal, 1997. 
 
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1977. 
 
RECHINELI, A., PORTO, E. T.; MOREIRA, W. W. Corpos deficientes, eficientes e 
diferentes: uma visão a partir da educação física. vol.14 no.2 Marília Maio/Aug. 2008. 
 
33 
 
 
RODRIGUES, S. D. et al. Perfil psicomotor de escolares com deficiência 
intelectual: por que avaliar? (2018). Disponível em: 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v35n106/03.pdf 
 
ROSSI,F. S. Considerações sobre a Psicomotricidade na Educação Infantil 
(2011). Disponível em: 
http://site.ufvjm.edu.br/revistamultidisciplinar/files/2011/09/Considera%C3%A7%C3%
B5es-sobre-a-Psicomotricidade-na-Educa%C3%A7%C3%A3o-Infantil.pdf 
 
SANTA CLARA, C. A. W. de; FINCK, S. C. M. A educação psicomotora e a prática 
pedagógica dos professores da educação infantil: interlocuções e discussões 
necessárias (2012). Disponível em: 
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/201
0/330 
 
SILVA, A. C. G. da. Inclusão: a psicomotricidade como auxílio na educação (2011). 
Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd159/a-psicomotricidade-na-
educacao.htm 
 
SOUZA, A.M.C de; FERRARETO, I. Paralisia Cerebral, aspectos Práticos. São 
Paulo: Memnon, 2001 (ABPC). 
 
TRITSCHLER, K. Medida e avaliação em educação física e esportes de Barrow & 
McGee. 5 ed. Barueri: Manole, 2003.

Outros materiais