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TCE-MG
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS. 
ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EBITDA. CUSTO DE OPORTUNIDADE, EVA, DEMAIS INDICADORES DE MERCADO
Livro Eletrônico
DANIEL NEGREIROS
Formado em Engenharia Mecânica pela Univer-
sidade de Brasília, com ênfase em Engenharia 
Generalista pela Escola Central de Paris, França, 
além de pós-graduado em Gestão em Controla-
doria Governamental e também Auditoria Finan-
ceira pela Universidade de Brasília. Aprovado 
em alguns dos melhores concursos públicos do 
Brasil, atualmente ocupa o cargo de Auditor Fe-
deral de Controle Externo do Tribunal de Contas 
da União, no qual trabalhou 6 anos na área de 
auditoria de instituições financeiras e hoje atua 
como assessor do Ministro Bruno Dantas. Minis-
trou aulas particulares de Matemática e Física 
para o ensino médio durante 7 anos, além de 
ter atuado como professor de Raciocínio Lógico 
entre 2008 e 2012. Atualmente leciona Contabi-
lidade Geral Básica e Avançada, além de Análise 
das Demonstrações Contábeis e Contabilidade 
de Custos em cursos preparatórios para concur-
sos em Brasília-DF e Porto Alegre-RS.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EBITDA. Custo de Oportunidade, EVA, demais Indicadores de Mercado
Prof. Daniel Negreiros
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SUMÁRIO
Custo de Oportunidade ................................................................................4
EVA® – Economic Value Added .....................................................................9
MVA – Market Value Added ........................................................................17
EBITDA – Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization .........19
Demais Indicadores de Mercado .................................................................25
Índice Preço/Lucro (Quociente P/L) .............................................................26
Dividend Yield, Yield to Cost e Dividend Payout .............................................27
Market to Book Equity (Price/Book) .............................................................29
Análise da Qualidade do Lucro Líquido .........................................................32
Resumo ...................................................................................................38
Questões de Concurso ...............................................................................44
Gabarito ..................................................................................................51
Gabarito Comentado .................................................................................52
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EBITDA. Custo de Oportunidade, EVA, demais Indicadores de Mercado
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Olá, querido(a) aluno(a)! Estamos aqui em mais um encontro para nos familia-
rizarmos ainda mais com esta matéria tão maravilhosa: a Análise das Demons-
trações Contábeis de Empresas.
E, após a aula de hoje, você estará pronto(a) para acertar qualquer questão 
sobre Custo de Oportunidade, EVA®, EBITDA e outros indicadores de mer-
cado, além de estar apto(a) a argumentar a respeito da análise da qualidade do 
lucro líquido.
Obss.:� custo de oportunidade, EVA® (Economic Value Added), e EBITDA (Earning 
Before Interest, Taxes, Depreciation e Amortization).
Custo de Oportunidade
Custo de oportunidade é o benefício perdido por causa da melhor alternativa 
abandonada quando se toma qualquer decisão1. Tomemos como exemplo um clube 
de futebol que se vê diante da possibilidade de contratar dois dos melhores jogado-
res da atualidade, nada mais nada menos do que Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.
1 MARTINS, 2012.
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Ao pensar na escolha de contratar o argentino, o presidente do clube provavel-
mente irá avaliar o quanto perderá por não contratar o português; pode ser que, 
em certas características, Messi seja melhor, porém, sob outro prisma, Cristiano 
Ronaldo pode levar vantagem nessa comparação. Dessa forma, o preço pago (cus-
to de oportunidade) de contratar o Messi é postergar o prazer de contar com o ta-
lento do “CR7”, ou abdicar completamente dele.
Impende ressaltar que essas escolhas, mais especificamente no âmbito das 
decisões de investimento (prisma econômico), precisam estar alinhadas quanto ao 
grau de risco envolvido para poder haver a comparação.
Assim, custo de oportunidade é quanto a empresa sacrificou em termos de 
remuneração por ter aplicado seus recursos numa alternativa em vez de outra. 
Normalmente esse tipo de comparação tende a ser um pouco difícil, em função do 
problema do risco. Os graus de risco de um e outro empreendimento costumam 
ser bastante diferentes e, por isso, a comparação entre os retornos pode não ter 
muito sentido.
Um exemplo disso é você, que possui uma quantia de dinheiro para investimen-
to, se ver diante da possibilidade de se tornar acionista de uma empresa, da qual 
receberá os dividendos de acordo com o lucro auferido por ela2. O custo de opor-
2 Ver artigos 201 a 205 da Lei n. 6.404/1976, que tratam da distribuição de dividendos nas sociedades anônimas.
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tunidade dessa decisão é o que você ganharia caso decidisse, em vez de investir 
na empresa, depositar seu dinheiro em algum outro investimento que, ao seu ver, 
tivesse aproximadamente o mesmo grau de risco (títulos do tesouro, poupança, 
fundos de renda fixa, fundos de DI, fundos de ações, bolsa de valores etc.).
Percebemos que esse conceito depende sobremaneira da sua percepção do risco 
envolvido nas duas opções (chamamos de “apetite” ou “aversão” ao risco). Por esse 
motivo, a primeira conclusão a que chegamos é a de que o custo de oportunida-
de pode ser considerado “pessoal e intransferível”.
Nas palavras do mestre Eliseu Martins3, o custo de oportunidade é algo fan-
tástico, não só válido no mundo econômico e não privativo do homem, mas, sim, 
característica de todo ser que toma decisão. É totalmente intuitivo, banal até, mas 
muito relevante!
Ainda, esse custo de oportunidade é formado basicamente por três compo-
nentes: (a) o juro, representante da remuneração decorrente exclusivamente4 do 
fato tempo; (b) o risco, que representa o “delta” que se adiciona ao fator juro por 
estarmos diante de qualquer opção que não seja aquela do risco “zero”; (c) a in-
flação, quando se está diante de valores nominais.
3 MARTINS, 2012.4 A ausência de risco, aqui, significa que estamos diante do menor risco possível na economia.
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Diante da perspectiva desses três componentes do custo de oportunidade, vi-
mos que cada negócio e cada empresa, até do mesmo ramo, têm seu risco próprio. 
Ainda, dentro da própria empresa, podem existir riscos diferentes nas várias ativi-
dades que ela desenvolve. Sendo assim, a segunda conclusão a respeito do custo 
de oportunidade é a de que não existe um algoritmo certo para a sua elaboração, 
a despeito do que veremos a seguir quando discorrermos sobre o indicador EVA®5:
Assim, é preciso entender da empresa, do ramo de negócio, de seus potenciais, 
de suas oportunidades, do tipo de seus riscos (inclusive de gestão, das suas pessoas 
chaves etc.)6. A terceira conclusão, portanto, é a de que o cenário administrativo 
(análise do ambiente) do momento da tomada de decisão dará o respaldo necessário 
para o processo decisório e para a consequente obtenção do custo de oportunidade.
5 Uma das maneiras sugeridas para o cálculo do custo de oportunidade do capital próprio é o modelo CAPM 
(Capital Assets Pricing Model ou Modelo de Precificação de Ativos de Capital), que será mencionado dentro 
do assunto EVA®.
6 MARTINS, 2012.
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Em suma, o ideal é fazer a comparação com um investimento cujo risco seja 
semelhante ao do objeto explorado pela empresa. Outra opção é utilizar o retorno 
que seria obtido em um investimento de risco zero, que, no caso do Brasil, seria o 
investimento em títulos do Governo Federal ou em caderneta de poupança. A título 
de informação, em nível mundial, o investimento considerado de risco zero são os 
títulos do tesouro americano (US Treasury Bonds).
Em um cálculo simples, supondo que o retorno do capital próprio de uma em-
presa seja de 15% ao ano e que o investimento alternativo renderia 10% ao ano, 
então o rendimento real do negócio foi de apenas 5%7. Se o patrimônio líquido da 
empresa fosse, por exemplo, de R$ 100.000, o lucro líquido contábil de R$ 15.000, 
após a dedução do custo de oportunidade do capital, ficaria reduzido a R$ 5.000, 
pois a aplicação alternativa teria gerado R$ 10.000.
7 Lembre-se do mantra: “qualquer empresa que se preze tem como objetivo remunerar o acionista acima do 
seu custo de oportunidade”.
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Nota-se, assim, que, dependendo da rentabilidade do PL e do custo de oportu-
nidade do capital, o resultado econômico real da empresa pode ser inexistente ou 
mesmo negativo, ainda que o resultado contábil seja positivo.
Diante disso, surgiu o conceito de Valor Econômico Agregado ou Economic 
Value Added (EVA®), definido a seguir.
EVA® – Economic Value Added
O EVA® (Economic Value Added), ou valor econômico agregado, é a princi-
pal metodologia usada para mensurar a criação de valor das empresas. Enquanto 
o fluxo de caixa descontado8 é utilizado preponderantemente para fins externos e 
para análise de investimentos, o EVA® é muito usado para fins internos, sendo a 
principal metodologia para análise de desempenho e gestão de valor9.
O EVA® é uma marca registrada e explorada pela Stern Stewart & Co10 e, segun-
do Stewart11, é a medida que contabiliza de forma apropriada todas as complexas 
transações envolvidas na criação de valor. É computado tomando-se a diferença 
entre a taxa de retorno sobre o capital r e o custo de capital c. É receita residual, 
ou os lucros operacionais menos o custo do capital. Tendo-o como uma medida de 
desempenho, uma empresa é, com efeito, cobrada pelos seus investidores pelo uso 
de capital mediante uma linha de crédito que paga juros a uma taxa c.
Assim, em consonância com o principal objetivo dos administradores, perce-
bemos que o EVA® introduz o conceito de criação de valor para o acionista, uma 
vez que os outros indicadores não o fazem. Essa criação de valor está intimamen-
8 FCD (Fluxo de Caixa Descontado): método de avaliação de investimentos, não é objeto desse curso.
9 MARTELANC, 2005.
10 Veja em www.sternstewart.com.
11 STEWART, 2005.
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te ligada ao incremento dos benefícios econômicos em relação ao retorno exigido 
pelos proprietários de capital. Ou seja, uma empresa só cria valor quando há lucro 
superior à remuneração mínima esperada pelos acionistas; caso contrário, dizemos 
que há destruição de valor.
A fórmula do EVA® indica a sua essência, ou seja, sinaliza se ela é capaz de 
arcar com todas as suas despesas, remunerar o capital próprio e gerar ou não re-
sultados positivos:
O NOPAT, já visto na aula 3, refere-se ao retorno operacional sobre os ativos, 
ou lucro operacional após o IR (e antes das despesas financeiras), e C% é o custo 
percentual do capital total (próprio e de terceiros). Esquematicamente, temos:
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O NOPAT significa Net Operating Profit After Taxes, ou lucro operacional lí-
quido depois de impostos. Representa o lucro gerado pelas operações da empresa, 
medindo a produtividade do capital empregado, independentemente do método 
de financiamento. O único fluxo não caixa que é subtraído do NOPAT é a despesa 
de depreciação. De fato, a sigla N de net diz respeito ao lucro operacional líquido 
de depreciação. Esta é subtraída do NOPAT por ser uma despesa verdadeiramente 
econômica; os ativos consumidos no negócio devem ser repostos antes de os in-
vestidores atingirem um retorno de seus investimentos.
O NOPAT retrata melhor a realidade do resultado de uma empresa do que o 
EBITDA, que veremos a seguir, pois o NOPAT já subtrai o imposto sobre a renda. 
Se a empresa deu lucro, ela certamentenão poderá contar com essa parte do re-
sultado, e o NOPAT também irá subtrair a depreciação, principalmente em empre-
sas que dependem de máquinas e equipamentos, pois a depreciação irá considerar 
o valor econômico necessário para a reposição do bem.
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Já o percentual do custo do capital investido pode ser calculado utilizando-se a 
fórmula do WACC (Custo Médio Ponderado de Capital ou Weighted Average Capital 
Cost). De forma sucinta, ele denota o retorno mínimo que a empresa espera obter 
considerando a captação por capital próprio e de terceiros:
O termo (1-T) está ali para indicar que o custo do capital de terceiros é líquido 
de impostos. Esse custo é definido quando decisão de financiamento por parte da 
empresa e é facilmente encontrado nas demonstrações contábeis apresentadas 
(equivale ao custo da dívida (CD), vista na aula 2).
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Já o custo do capital próprio é um custo que não se obtém diretamente das 
demonstrações contábeis da empresa. E é justamente a inclusão desse custo que 
torna o EVA® um indicador responsável por consertar um velho erro contábil, o de 
nunca considerar como despesa o custo do capital dos sócios12.
Existem alguns conceitos e fórmulas utilizados para o cálculo do custo do capital 
próprio. Entre eles, destaca-se o CAPM (Capital Asset Pricing Model ou Modelo de 
Precificação de Ativos de Capital), que envolve conceitos de risco, retorno e sen-
sibilidade do ativo em relação ao mercado. Por não ser objeto das provas de con-
curso envolvendo Análise das Demonstrações Contábeis, seus detalhes não serão 
abordados nesse curso13.
Levando em consideração que a legislação contábil brasileira já inclui o custo do 
capital de terceiros (despesas financeiras), alguns autores sugerem a alteração na 
fórmula do EVA® apresentada a seguir:
Na fórmula, o LOLAI é o lucro operacional líquido de acordo com a Lei n. 
6.404/1976, descontando os impostos, e o CCP% é o custo do capital próprio (em 
percentagem), ou se preferirmos, o produto de CCP% pelo PL é o custo de oportu-
nidade do capital próprio.
12 MARTINS, 2012.
13 Para um melhor entendimento do assunto referente ao CAPM, sugerimos a leitura do capítulo referente na 
obra “Princípios de Administração Financeira” (ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN, B. D. Princípios 
de Administração Financeira. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2002).
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Simplificando, o EVA® (chamado também de lucro econômico residual) é o que 
sobra do lucro contábil quando subtraímos o custo de todo o capital utilizado para 
gerá-lo, tanto de terceiros (juros passivos ou despesas financeiras) quanto próprio 
(custo de oportunidade do capital próprio). O lucro contábil da fórmula (com algu-
mas adaptações) é o lucro operacional da DRE (que já computa os juros passivos) 
deduzido os impostos sobre a renda.
Outra expressão para o EVA® envolve o retorno sobre o ativo, estudado tam-
bém na aula 3:
Aqui, o termo “ROI – WACC” pode ser chamado de Retorno Residual sobre o 
Ativo (RROI), e o investimento equivale ao Ativo Total menos o Passivo de Fun-
cionamento (não oneroso), ou simplesmente, Ativo Operacional14.
Conforme lição do professor Alexandre Assaf Neto15, na formação do EVA®, tor-
na-se bastante nítida a identificação das estratégias financeiras relacionadas pela 
empresa: operacional (1), investimentos (2) e financiamento (3). A figura seguinte 
demonstra esse desempenho por meio de um diagrama básico de índices.
14 Não se preocupe muito com esses ajustes na hora da prova, o que as bancas mais cobram de EVA é o con-
ceito que está por trás do indicador.
15 ASSAF NETO, 2010.
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Concluindo, em suma o EVA® é um indicador que demonstra a criação ou des-
truição de valor e, de acordo com o mestre Assaf, representa o custo de oportu-
nidade do capital aplicado por credores e acionistas como forma de compensar o 
risco assumido no negócio.
1s (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2016) O valor econômico agregado, que representa o 
lucro residual de uma empresa, apresentará valor positivo quando o lucro operacio-
nal líquido depois dos impostos for maior que o custo médio ponderado de capital.
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Anuladas
A justificativa para a anulação do item foi: “a redação do item prejudicou seu jul-
gamento objetivo”. O gabarito preliminar era “certo”, e, em uma na análise super-
ficial, realmente a afirmação está em linha com a definição do EVA®, que é “apeli-
dado” de lucro residual.
Todavia, quando a banca fala “[...] o lucro operacional líquido depois dos impostos 
for maior que o custo médio ponderado de capital”, ela está efetuando uma compa-
ração entre um elemento percentual (custo médio ponderado de capital – WACC) e 
um elemento medido em unidades monetárias (lucro operacional líquido depois dos 
impostos, que é o NOPAT).
Como sabemos, o EVA® é o que sobra do NOPAT (lucro operacional ajustado) quan-
do subtraído do custo total de capital (investimento X WACC):
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2s (CESPE/ANATEL/ESPECIALISTA/2014) Acercada avaliação de projetos de inves-
timento, julgue o item subsequente.
O valor econômico adicionado é um sistema que se baseia no conceito de lucro 
residual.
Certos
Como já vimos, em consonância com o principal objetivo dos administradores, sa-
bemos que o EVA® introduz o conceito de criação de valor para o acionista, uma vez 
que os outros indicadores não o fazem. Essa criação de valor está intimamente ligada 
ao incremento dos benefícios econômicos em relação ao retorno exigido pelos pro-
prietários de capital. Ou seja, uma empresa só cria valor quando há lucro superior à 
remuneração mínima esperada pelos acionistas; caso contrário, dizemos que há des-
truição de valor. Por isso, é “apelidado” de lucro residual, como afirmou a questão.
MVA – Market Value Added
O Market Value Added (MVA), ou Valor de Mercado adicionado, é um valor que 
indica o quanto o acionista está “mais rico ou mais pobre”, mantidas as projeções 
das condições de lucratividade. Ou seja, a medida do MVA revela o valor da empre-
sa que excede ao capital investido ou a riqueza gerada pelo investimento realizado.
De forma simplista, o MVA nada mais é do que o valor presente líquido dos 
fluxos futuros de todos os EVAs. Ou seja, para que o MVA seja positivo, não é 
suficiente que os EVAs sejam positivos ao longo do tempo; eles precisam crescer 
com o tempo. Se o EVA® aumenta com o tempo, significa que o desempenho do 
investimento melhorou, e o contrário também é válido.
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O MVA é também chamado de Goodwill, uma vez que reflete o preço que um 
investidor pagaria por uma empresa a mais do que ele gastaria na hipótese de 
construí-la na atual estrutura de investimento16.
Assim, a fórmula do MVA pode ser assim descrita:
Podemos representar o capital investido pelo Patrimônio Líquido Contábil. É me-
lhor, todavia, que seja representado pelo valor de mercado em data anterior à do 
MV, isto é, na data de aquisição do ativo, da ação etc.17
Se o MVA é um valor que mostra quanto o acionista está mais rico ou pobre, o 
EVA® explica o porquê. Assim, utilizando-nos dos conceitos de Administração Finan-
ceira e nos pautando da essência do MVA, podemos estabelecer a expressão que 
denota o valor presente do fluxo futuro de EVAs por meio da seguinte expressão18:
16 ASSAF NETO, 2010.
17 MARTELANC, PASIN, CAVALCANTE, 2005.
18 Utilizamos o método do valor presente líquido do fluxo de EVA em perpetuidade.
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Esquematicamente, temos:
EBITDA – Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and 
Amortization
Com o objetivo de se conseguir comparabilidade entre resultados mensurados 
em diversos países, devido à globalização nas últimas décadas, surgiu a necessida-
de de medidas gerenciais que ressaltem melhor as estratégias financeiras e vanta-
gens competitivas empreendidas19.
Nesse contexto, surgiu o indicador de mercado conhecido pela sigla EBITDA 
(Earning Before Interest, Taxes, Depreciation/Depletion and Amortization), 
em português traduzido pela sigla LAJIDA (lucro antes dos juros, impostos sobre o 
lucro, depreciações/exaustões e amortizações).
19 ASSAF NETO, 2010.
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Mas o que vem a ser esse indicador? Por que deduzimos as parcelas menciona-
das para chegarmos a um resultado para fins gerenciais e de comparação?
Para responder a essa pergunta, suponhamos que um empreendedor novato 
queira abrir um novo negócio: uma empresa que comercializa sapatos. Ao abrir 
essa empresa, esse novo empresário provavelmente tem uma visão “lúdica” do seu 
negócio e, assim, espera obter seus resultados por meio das vendas de sapatos, 
sem se “preocupar” muito com os outros fatores que fatalmente irão influenciar o 
seu negócio.
À medida que o negócio avança e ganha maior porte, o empreendedor começa a 
perceber que há alguns empecilhos na gestão, e o seu lucro efetivo será menor do 
que a simples diferença entre o preço de venda e o preço de compra dos sapatos.
Por exemplo, ele percebe que terá de recorrer a recursos de terceiros para gerir 
o seu capital e, por isso, terá de pagar juros (despesas financeiras). Além disso, 
descobre que, para comercializar o seu produto dentro da legalidade, terá de pagar 
os impostos exigidos pelo governo.
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São dois tipos de despesa com os quais o inexperiente empreendedor não espe-
rava ter de arcar, pois, apesar de serem indispensáveis à consecução dos objetivos 
empresariais, fogem do ponto central do negócio, que é comprar e vender sapatos.
Além disso, ele se dá conta de que, em alguns anos, terá de reformar ou subs-
tituir os equipamentos destinados à manutenção de suas atividades. Para isso, 
deve respeitar as leis relacionadas com a contabilização da depreciação desses 
equipamentos, com o fito de registrar a perda de valor desses bens devido ao uso 
ou obsolescência. Veja que se trata também de um instituto relacionado com a ati-
vidade empresarial, porém sem ligação direta com o objeto do negócio de comprar 
e vender sapatos.
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Dessa forma, ao levarmos em consideração esses três institutos – juros, impos-
tos (sobre o lucro) e depreciação –, chegamos realmente a um número até certo 
ponto “irreal”, “romântico”, pois não retrata a realidade. Todavia, ele retrata o que 
a empresa obteve de resultado com o seu negócio propriamente dito, ou seja, com-
prar e vender sapatos. Alguns autores equivalem o EBITDA ao conceito de fluxo de 
caixa operacional, mas, como se está no regime de competência, parte das receitas 
pode não ter sido recebida, assim como parte das despesas pode ainda não ter sido 
paga.Assim, é melhor conceituá-lo como um indicador que revela o potencial da 
empresa para a geração de caixa operacional.
Esse indicador serve, por exemplo, para auferir se a redução (ou aumento) do 
lucro da empresa em um determinado período se deve ao negócio propriamente 
dito ou não. Suponhamos que essa empresa teve seu lucro reduzido de $ 20.000 
em X1 para $ 13.000 em X2 e ínfimos $ 7.000 em X3.
A primeira reação do empresário é achar que “comprar e vender sapatos” não é 
mais um bom negócio. Todavia, antes de chegar a essa conclusão, calculou o EBIT-
DA para os exercícios em referência e percebeu que os valores ($ 24.000 em X1, $ 
25.000 em X2 e $ 23.500 em X3) indicaram que o negócio em si não perdeu a sua 
capacidade geradora de renda. Ao analisar mais a fundo, percebeu que as taxas de 
juros da economia apresentaram um comportamento crescente e, para agravar a 
situação, o governo adotou uma política tributária mais agressiva, resultando em 
maiores impostos para a empresa. Viu, então, os motivos reais da queda no resul-
tado da sua empresa, otimizando seu processo decisório para os anos futuros.
Por esse motivo, o EBITDA serve, por exemplo, de parâmetro para as insti-
tuições financeiras no processo de concessão de crédito para as empresas; além 
disso, pode ser usado por investidores em meio ao processo de decisão a respeito 
de investir ou não naquela entidade.
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Todavia, não informa nada a respeito da qualidade dos lucros. Podemos nos 
deparar com duas empresas de mesmo EBITDA, mas uma delas possui grande 
volume de imobilizados com vida útil curtíssima (bancos, por exemplo, possuem 
muitos computadores), o que vai demandar desembolsos de parte desse EBITDA 
no curto prazo. Já a outra tem um parque industrial cuja vida útil é muito longa 
(usina geradora de energia elétrica, por exemplo), com desembolsos previstos para 
o longo prazo. Para esses casos, o uso do EBITDA não tem significado algum e a 
conclusão é que somente devemos usar esse indicador para empresas com carac-
terísticas fortemente relacionadas20.
Ademais, conforme sua proposta de se tornar um indicador globalizado, permite 
uma maior comparabilidade entre empresas do mesmo ramo (isso é essencial) e 
de países diferentes, justamente pelo fato de não considerar os juros, impostos e 
depreciação (que diferem de país para país, segundo cada legislação e conjuntura 
político-econômica).
Alguns autores tecem críticas a respeito do EBITDA, dentre as quais se destacam21:
1) o EBITDA é mensurado antes do imposto de renda, enquanto que o caixa 
disponível para pagar dividendos ou recompra de ações, depois do imposto de ren-
da, poderia ser excluído das despesas desembolsáveis apenas o IR diferido;
2) o EBITDA não considera as outras receitas e despesas (antes chamadas de 
não operacionais), tais como ganhos ou perdas na alienação de bens do ativo fixo;
3) o EBITDA não mensura a necessidade de reinvestimentos em bens do ativo 
permanente;
4) o EBITDA ignora as variações do capital de giro.
20 MARTINS, 2012.
21 MATARAZZO, 2010.
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Por fim, outro aspecto relevante reclamado pelos doutrinadores se relaciona à 
falta de regulamentação do cálculo desse indicador no Brasil, o que diminui a sua 
confiabilidade no mercado. Para mitigar essa lacuna, em 2012, a Comissão de Va-
lores Mobiliários divulgou a Instrução Normativa n. 572/2012, a fim de esclarecer 
e compreender melhor esse indicador e sua relação com a contabilidade brasileira. 
Entrou em vigor para as informações contábeis divulgadas a partir de 01/01/2013, 
incluindo as divulgações sobre esses indicadores feitas nas demonstrações contá-
beis encerradas em 31 de dezembro de 2012, devidamente suportadas por traba-
lho de verificação dos auditores22.
Alguns indicadores de desempenho surgiram com o advento do EBITDA, como, 
por exemplo, aquele que mede a capacidade da empresa em remunerar, em termos 
de caixa, seus credores com os recursos gerados pelas aplicações em seus ativos 
operacionais:
Assaf Neto23 sugere, nas empresas em que há uma alta necessidade de reinves-
timento periódico, muitas vezes superior à depreciação (o que é bastante comum 
atualmente), que desse indicador sejam deduzidas essas necessidades de reinves-
timento (denominadas Capex, ou Capital Expenditures) previstas para o período:
22 MARTINS, 2014.
23 ASSAF NETO, 2010.
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Por fim, existe ainda um indicador de desempenho operacional dado pela fórmula:
3s (CESPE/TCU/AUFC/2013) O EBITDA (earnings before interest, tax, depreciation 
and amortization) é um indicador que se aproxima do fluxo de caixa operacional e 
possibilita a comparação de empresas a fim de subsidiar as decisões de investimento.
Certos
O EBITDA é uma medida essencialmente operacional, desconsidera os efeitos dos 
resultados financeiros, revelando o potencial da empresa para a geração de caixa 
operacional, ou seja, é um indicador que se aproxima do fluxo de caixa operacional e 
possibilita a comparação de empresas a fim de subsidiar as decisões de investimento.
O EBITDA é um indicador relevante e importante, mas o conhecimento e compre-
ensão das suas limitações leva ao fato de que, nas análises e avaliações de empre-
sas, a utilização de outros indicadores tradicionais esteja também presente.
Demais Indicadores de Mercado
A seguir, apresento alguns indicadores de mercado, menos cobrados em prova, 
mas que possuem sua importância na análise da situação de uma empresa.
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Índice Preço/Lucro (Quociente P/L)
O índice preço/lucro de uma ação (também conhecido por múltiplo de lucros 
ou P/L) constitui-se em um dos quocientes mais tradicionais do processo de análi-
se de ações, sendo bastante utilizado pelos investidores. É calculado pela relação 
entre o preço de aquisição do título (valor de mercado da ação) e seu lucro unitário 
periódico (lucro por ação).
Pode-se dizer que é um índice usado para medir quão baratos ou caros os pre-
ços das ações estão. É provavelmente o mais consistente indicador de ressalva 
quantoao otimismo excessivo no mercado. Serve também como um marcador de 
problemas e de oportunidades de negócio. Relacionando o preço e os lucros por 
ação de uma companhia, pode-se analisar a avaliação de mercado das ações de 
companhias relativa à riqueza que a companhia está criando realmente.
Teoricamente, o índice P/L indica o número de anos que um investidor tarda-
ria em recuperar o capital investido. Entretanto, o índice é estático indicando que 
o resultado é válido somente para períodos futuros. Os valores considerados em 
sua forma de cálculo assumem, normalmente, contínuas variações no tempo, as 
quais deverão ser incorporadas em sua apuração, permitindo tornar o índice mais 
adequado às decisões envolvendo ações. O P/L não leva em consideração o risco 
inerente ao investimento.
O preço de mercado de uma ação, independentemente do prazo do investimen-
to, é determinado pelos dividendos futuros esperados. O valor do patrimônio líqui-
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Preço
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do de uma empresa passa, assim, a ser representado pelo valor presente de seus 
dividendos futuros projetados na perpetuidade24. O modelo de avaliação de ações 
leva em consideração o fluxo de dividendos, e não o de lucros. Essa opção se baseia 
na expectativa dos investidores ao selecionarem as ações a serem adquiridas no 
recebimento de dividendos e não de lucros.
Dividend Yield, Yield to Cost e Dividend Payout
O índice dividend yield ou dividend-price ratio ou ainda rentabilidade do 
dividendo mede a rentabilidade dos dividendos pagos por uma empresa em rela-
ção ao preço atual de suas ações.
O dividend yield tem uma variação chamada Yield on Cost (rentabilidade 
sobre o custo, em tradução livre), que é bastante parecido, mas, em vez de utilizar 
o preço atual da ação no mercado para calculá-lo, usa o preço pago pela ação no 
momento da compra.
Ao passo que o dividend yield tende a não chegar a patamares muito ele-
vados, pois altos retornos tendem a atrair novos investidores, que, por sua vez, 
fazem com que os preços da ação subam. Já o yield to cost pode chegar a pata-
mares elevados, sobretudo para investidores de longo prazo25.
Por fim, o dividend payout representa o quanto do lucro líquido da empresa é 
distribuído aos seus acionistas:
24 Envolve conceitos básicos de matemática financeira.
25 https://www.sunoresearch.com.br/artigos/dividendos/
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Interpretando o dividend payout, podemos concluir que:
I – quando o indicador é alto, significa que a empresa reinveste menos re-
cursos nela mesma para crescimento, uma vez que paga parcela maior de seus 
ganhos aos acionistas. Esse tipo de empresa tende a atrair investidores que pre-
ferem a garantia de um fluxo estável de renda com alto potencial de crescimento 
no preço das ações;
II – quando o indicador é baixo, significa que a empresa está reinvestindo mais 
recursos em seu crescimento, em detrimento da remuneração dos acionistas. Por 
esse motivo, a empresa provavelmente será capaz de gerar maiores níveis de ga-
nhos de capital para os investidores no futuro. Portanto, esses tipos de empresas 
tendem a atrair investidores que estão mais interessados em lucros potenciais de-
correntes de um aumento significativo no preço das ações e menos interessados 
em receitas de dividendos.
Em complemento ao dividend payout, está o retention ratio (ou quociente 
de retenção de lucros), que representa a porção dos lucros que não são distribuí-
dos, mas guardados para futuros investimentos em expansão.
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Market to Book Equity (Price/Book)
O Price/Book (também conhecido como Market to Book Equity, ME/BE) é a ra-
zão entre o valor de mercado de uma ação (ou de um conjunto de ações/uma em-
presa) e o valor patrimonial da ação (chamado de valor de livro ou valor contábil) 
expresso em seus relatórios contábeis. Assim, o indicador denota como o mercado 
está valorizando as ações de uma empresa em relação aos seus dados contábeis:
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Quando essa proporção é maior do que um, significa que o mercado valoriza de-
terminada empresa mais do que está registrado/calculado nos seus livros e/ou re-
latórios contábeis, ou seja, o mercado está reconhecendo algo que não está sendo 
registrado/captado pela contabilidade (ou que está sendo feito apenas parcialmen-
te). E quando essa proporção é menor que 1 (um), significa que o mercado valoriza 
determinada empresa por menos do que está registrado em seus livros contábeis, 
ou seja, o mercado não está reconhecendo, total ou parcialmente, valores que a 
contabilidade está registrando em seus livros26.
De acordo com Gilio27, essa diferença está principalmente em três elementos: 
investimentos em marcas, que grande parte é contabilizada como despesa; inves-
timentos em Pesquisa & Desenvolvimento, contabilizados como ativo, quando per-
mitido, ou como despesa; investimento em capital humano. Esses elementos não 
capturados pela contabilidade, somados ao goodwill, geram valor para a empresa 
e são muito valorizados pelo mercado.
Desse modo, é evidente que a diferença entre valor de mercado e valor contábil 
tem crescido a cada dia devido a muitas variáveis que a contabilidade ainda não con-
segue captar, seja por suas dificuldades de identificação, definição ou mensuração.
4s (CESPE/TCU/AUFC/2013) O índice preço/lucro, também chamado de múltiplo de 
lucros, mostra quanto os investidores estão dispostos a pagar por unidade mone-
tária de lucro gerado pela empresa.
26 Dimitri Pinheiro de Sant’Anna; Luiz Cláudio Louzada; Edson Queiroz; Bruno Pérez Ferreira. Valor de mercado 
e valor contábil e sua relação com os resultados anormais no mercado de capitais no Brasil. Revista de Con-
tabilidade e Organizações 23 (2015) 3-13 (www.rco.usp.br).
27 GILIO, Luciano. Análise da capacidade explicativa de informações contábeis para o índice Market to Book de empre-
sas listadas no Ibovespa. In: CONGRESSO USP – CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 10, 2010, São Paulo.
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Certos
Como vimos, pode-se dizer que o múltiplo de lucros é um índice usado para medir 
quão baratos ou caros os preços das ações estão. É provavelmente o mais con-
sistente indicador de ressalva quanto ao otimismo excessivo no mercado. Serve 
também como um marcador de problemas e de oportunidades de negócio. Rela-
cionando o preço e os lucros por ação de uma companhia, pode-se analisar a ava-
liação de mercado das ações de companhias relativa à riqueza que a companhia 
está criando realmente.
5s (CESPE/TCU/AUFC/2013) O índice dividend yield mede a rentabilidade dos divi-
dendos pagos por uma empresa em relação ao preço de suas ações.
Certos
Como acabamos de ver, o índice dividend yield mede realmente a rentabilidade dos 
dividendos pagos por uma empresa em relação ao preço de suas ações. Esse índice 
traz o benefício de poder comparar a rentabilidade dos dividendos entre empresas.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Preço
http://pt.wikipedia.org/wiki/Otimismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia
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Análise da Qualidade do Lucro Líquido
A definição de qualidade do lucro contábil é, em si, um tema controverso. Muitas 
são as abordagens e interpretações. A avaliação qualitativa de algo pressupõe que 
se compare o objeto avaliado com referências previamente estabelecidas, de modo 
explícito ou implícito, na mente de quem avalia ou em um sistema informático.
Sendo bem objetivo e simplório, há dois critérios básicos para se aferir a qua-
lidade do lucro líquido de uma empresa: o referente ao prazo de realização das 
receitas e despesas e o relativo à natureza do item de resultado, se opera-
cional ou não operacional.
Pelo primeiro critério, a qualidade de lucro líquido pode ser aferida mediante a 
comparação entre a DFC e a DRE. O raciocínio básico é o seguinte: o lucro líquido 
da DRE é o lucro econômico, apurado segundo o regime de competência; o da DFC 
é o lucro financeiro, obtido pelo regime de caixa. A empresa pode ter um bom lucro 
econômico, mas um resultado financeiro ruim. Nesse caso, a entidade não disporá 
de recursos financeiros para movimentar o seu negócio. O lucro líquido do exercício 
será de má qualidade, por não ter sido recebido financeiramente. E quanto maior o 
prazo para recebimento desse lucro (verificado no Balanço Patrimonial), pior a sua 
qualidade. O ideal, assim, é tentar receber o lucro econômico o mais rápido possível.
Por outro lado, várias despesas que compõem o resultado do exercício podem ser 
para pagamento a longo prazo, o que é bom para a empresa. A DFC evidencia aque-
las que já foram pagas; o Balanço, as que serão pagas no curto ou no longo prazo. 
Por meio da análise conjunta das demonstrações, é possível verificar se as despesas 
e receitas representam um resultado de boa ou má qualidade para a empresa.
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Outra análise possível é à relativa à natureza do elemento de resultado, se ope-
racional ou não operacional (segundo critério). O lucro líquido de boa qualidade é o 
operacional, que é periódico; o de má qualidade é o não operacional, que é espo-
rádico, eventual.
As receitas e despesas podem surgir no curso das atividades usuais ou não 
usuais da entidade. Essa distinção é relevante na avaliação da capacidade que a 
entidade tem de gerar caixa ou equivalentes de caixa no futuro. Por exemplo, re-
ceitas oriundas de atividades eventuais (não operacionais), como a venda de um 
investimento de longo prazo ou a alienação de um ativo permanente, normalmente 
não se repetem numa base regular, não devendo ser consideradas na avaliação da 
capacidade financeira da empresa.
Vale destacar também que uma receita, ainda que operacional, pode não ser 
realizada financeiramente, isto é, representar um item que só será recebido após 
o término do exercício seguinte ou quando da alienação de um elemento patrimo-
nial (art. 197 da Lei n. 6.404/1976); por exemplo, os que resultam de vendas a 
receber no longo prazo ou do reconhecimento da equivalência patrimonial. Quando 
esses valores compõem o resultado, devem ser identificados, para subsidiar uma 
adequada tomada de decisões. Esse raciocínio tem por base o primeiro critério de 
qualidade do lucro líquido (prazo de realização).
Também as despesas podem surgir no curso das atividades ordinárias da entida-
de (despesas operacionais) ou representar parcelas eventuais (não operacionais). 
As despesas ordinárias incluem, por exemplo, o custo das vendas, os salários e as 
depreciações. Outros itens não são oriundos das atividades ordinárias da entidade, 
como os que resultam de sinistros (ex.: perdas de estoques por incêndio ou inun-
dação) ou os que decorrem da alienação de ativos permanentes.
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Assim como ocorre com as receitas, as despesas, embora operacionais, também 
podem incluir parcelas não realizadas, por exemplo, as que surgem de compras a 
pagar no longo prazo ou de atualizações monetárias ou cambiais de empréstimos a 
pagar. É o enfoque do prazo de realização do item (primeiro critério).
Tanto as parcelas não operacionais como as operacionais de longo prazo devem 
ser identificadas na DRE, pois afetam a qualidade do lucro líquido e, portanto, sua 
segregação é importante para a tomada de decisões econômicas e a avaliação fi-
nanceira da empresa.
Em resumo, a qualidade do lucro líquido pode ser aferida sob dois enfoques:
Considerações a respeito da Qualidade do Lucro
O lucro como indicador do desempenho de uma empresa, utilizado para ba-
lizar o processo de tomada de decisão por parte dos agentes econômicos, con-
substancia-se como uma das principais preocupações das informações contábeis 
divulgadas aos usuários. Certamente, a origem do conceito de lucro está na teoria 
econômica, mas compete à contabilidade mensurá-lo. No entanto, sua mensura-
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ção sempre foi controversa e, não raramente, encontram-se na literatura austeras 
inferências voltadas à real capacidade de a contabilidade mensurar o resultado das 
operações das entidades28.
Uma das preocupações dos analistas contábeis consiste em saber se a empresa 
continuará operando de forma saudável, com liquidez e rentabilidade satisfatórias, 
e quais as perspectivas para o futuro de acordo com o ocorrido no passado. Por-
tanto, uma característica da informação contábil diz respeito a seu valor preditivo 
ou à capacidade de se fazer, por meio de sua leitura, projeções para o futuro próxi-
mo. Entretanto, dependendo da forma como é apresentada a informação, pode ter 
maior ou menor valor preditivo.
Indubitavelmente, esses critérios levam em conta o fato de que a contabilidade 
brasileira trabalha sob o regime de competência, ou seja, as receitas e despesas 
são reconhecidas quando ganhas e incorridas, respectivamente, sem que haja a 
necessidade do recebimento ou desembolso de caixa. Ainda, esse regime incorpora 
a ideia de que certas despesas, mesmo que já incorridas, só devem ser reconheci-
das quando efetivadas as receitas. Assim, o regime de competência e a confronta-
ção das receitas com as despesas favorecem alocações arbitrárias (sob a discricio-
nariedade do gestor) ao período de apuração do lucro.
Por esse motivo, uma abordagem objetiva da qualidade do lucro contábil pode ser 
obtida por meio da sua comparação com o fluxo de caixa, uma vez que este repro-
duz um retrato sem distorções da realidade da empresa, sendo o lucro uma “mera” 
opinião e o fluxo de caixa, um fato. Assim, o caixa também pode ser considerado um 
parâmetro para aferição da qualidade do lucro contábil. A correlação entre o lucro e 
o caixa, analisada historicamente, pode revelar a distância do lucro contábil para o 
referencial da objetividade, o caixa, que permeia o próprio sistema contábil29.
28 COLAUTO E BEUREN, 2004.
29 HENDRIKSEN E VAN BREDA, 1999.
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A diferença entre o lucro líquido e o fluxo de caixa operacional líquido é conheci-
da como accruals (acumulações). Portanto, accruals seriam todas aquelas contas 
de resultado que entraram no cômputo do lucro, mas que não implicam necessá-
ria movimentação de disponibilidades, ou as alocações feitas ao lucro que não se 
transformaram em dinheiro no período corrente.
Nada de errado existe no registro de accruals; na verdade, o intuito é mensurar 
o lucro no seu sentido econômico, aquele que representa acréscimo efetivo na ri-
queza patrimonial da unidade econômica, independente da movimentação financei-
ra. O problema está no fato de o gestor discricionariamente aumentar ou diminuir 
esses accruals com o objetivo de influenciar o lucro.
Assim, o fluxo de caixa das atividades operacionais tem como um de seus 
objetivos a representação aproximada do lucro da empresa pelo regime de cai-
xa30. Essa diferença temporal entre o fluxo operacional e o lucro contábil tende a 
diminuir à medida que aumenta o horizonte temporal observado para a apuração 
do desempenho, tendendo a zero quando considerada toda a vida da empresa 
ou do empreendimento.
Ou seja, a diferença entre a “contabilidade pelo regime de caixa” e a “contabili-
dade pelo regime de competência” reside no aspecto temporal de reconhecimento 
de receitas e despesas. A longo prazo, os dois regimes proporcionam o mesmo 
resultado. Entretanto, no curto prazo, o processo de reconhecimento de receitas 
e despesas tem disparidades. Perante esse fato, o “gerenciamento” de resultados 
contábeis nada mais é que outra maneira de tratar a diferença existente entre os 
dois sistemas. O diagrama a seguir ilustra o que acabamos de discutir:
30 Alguns autores como Lustosa e Santos (2005) não concordam completamente com essa abordagem, uma 
vez que nem todas as transações que passam pelo lucro contábil permeiam também pelo fluxo de caixa 
operacional. Todavia, consideramos essa uma aproximação bastante razoável da realidade das empresas 
comerciais, mesmo com suas imperfeições.
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Assim sendo, podemos dizer que a análise da qualidade do lucro líquido apurado 
na DRE pode e deve ser complementada com a análise do fluxo de caixa (princi-
palmente o operacional) das empresas, uma vez que apenas o lucro econômico 
(regime de competência) não é capaz de assegurar a liquidez do negócio e a real 
qualidade do lucro.
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RESUMO
• Custo de oportunidade é o benefício perdido por causa da melhor alterna-
tiva abandonada quando se toma qualquer decisão; impende ressaltar que 
essas escolhas, mais especificamente no âmbito das decisões de investimen-
to (prisma econômico), precisam estar alinhadas quanto ao grau de risco 
envolvido para poder haver a comparação. Assim, custo de oportunidade é 
quanto a empresa sacrificou em termos de remuneração por ter aplicado seus 
recursos numa alternativa em vez de outra.
• Os três componentes básicos do custo de oportunidade são.: o juro, 
representante da remuneração decorrente exclusivamente31 do fato tempo; 
(b) o risco, que representa o “delta” que se adiciona ao fator juro por es-
tarmos diante de qualquer opção que não seja aquela do risco “zero”; (c) a 
inflação, quando se está diante de valores nominais.
• O custo de oportunidade possui ainda três características básicas: (i) pode ser 
considerado pessoal e intransferível; (ii) não possui um algoritmo para seu 
cálculo; (iii) a análise do ambiente do momento da tomada de decisão dará o 
respaldo necessário para a obtenção desse custo.
31 A ausência de risco, aqui, significa que estamos diante do menor risco possível na economia.
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• o Economic Value Added (EVA®) introduz o conceito de criação de valor 
para o acionista, uma vez que os outros indicadores não o fazem. Essa cria-ção de valor está intimamente ligada ao incremento dos benefícios econômi-
cos em relação ao retorno exigido pelos proprietários de capital. Ou seja, uma 
empresa só cria valor quando há lucro superior à remuneração mínima es-
perada pelos acionistas; caso contrário, dizemos que há destruição de valor.
• Simplificando, o EVA® (chamado também de lucro econômico residual) é o 
que sobra do lucro contábil quando subtraímos o custo de todo o capital utili-
zado para gerá-lo, tanto de terceiros (juros passivos ou despesas financeiras) 
quanto próprio (custo de oportunidade do capital próprio). O lucro contábil 
da fórmula (com algumas adaptações) é o lucro operacional da DRE (que já 
computa os juros passivos) deduzido os impostos sobre a renda.
• O Market Value Added (MVA), ou valor de mercado adicionado, é um valor 
que indica o quanto o acionista está “mais rico ou mais pobre”, mantidas as 
projeções das condições de lucratividade. Ou seja, a medida do MVA revela 
o valor da empresa que excede ao capital investido ou a riqueza gerada pelo 
investimento realizado.
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• De forma simplista, o MVA nada mais é do que o valor presente líquido dos 
fluxos futuros de todos os EVAs.
• O EBITDA (Earning Before Interest, Taxes, Depreciation/Depletion 
and Amortization) surgiu basicamente pela necessidade de se conseguir 
comparabilidade entre resultados mensurados em diversos países, devido à 
globalização nas últimas décadas.
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• A obtenção do EBITDA 
segue basicamente a se-
quência mostrada no es-
quema ao lado: 
• Alguns indicadores de desempenho surgiram com o advento do EBITDA, 
como, por exemplo, aquele que mede a capacidade da empresa em remune-
rar, em termos de caixa, seus credores com os recursos gerados pelas aplica-
ções em seus ativos operacionais, entre outros:
• Demais indicadores de mercado:
• 
• 
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• 
• A definição de qualidade do lucro contábil é, em si, um tema controverso. 
Muitas são as abordagens e interpretações. A avaliação qualitativa de algo 
pressupõe que se compare o objeto avaliado com referências previamente 
estabelecidas, de modo explícito ou implícito, na mente de quem avalia ou em 
um sistema informático.
• Sendo bem objetivo e simplório, há dois critérios básicos para se aferir a qua-
lidade do lucro líquido de uma empresa: o referente ao prazo de realização 
das receitas e despesas e o relativo à natureza do item de resultado, se 
operacional ou não operacional.
• Uma abordagem objetiva da qualidade do lucro contábil pode ser obtida por 
meio da sua comparação com o fluxo de caixa, uma vez que este reproduz um 
retrato sem distorções da realidade da empresa, sendo o lucro uma “mera” 
opinião e o fluxo de caixa, um fato. Assim, o caixa também pode ser conside-
rado um parâmetro para aferição da qualidade do lucro contábil.
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• A diferença entre o lucro líquido e o fluxo de caixa operacional líquido é 
conhecida como accruals (acumulações). Portanto, accruals seriam todas 
aquelas contas de resultado que entraram no cômputo do lucro, mas que não 
implicam necessária movimentação de disponibilidades, ou as alocações fei-
tas ao lucro que não se transformaram em dinheiro no período corrente.
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QUESTÕES DE CONCURSO
1s (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/CONTABILIDADE/2016) Em relação ao impacto de fa-
tos contábeis nos indicadores econômico-financeiros de uma entidade, julgue o 
item a seguir.
Um aumento no custo de captação de uma empresa implica uma redução no seu 
lucro residual.
2s (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/CONTABILIDADE/2016) Tendo em vista que, na ava-
liação de uma empresa, além dos dados econômicos e financeiros que integram 
as demonstrações contábeis, outras informações de mercado e informações não 
financeiras devem ser levadas em conta, julgue o item seguinte.
Entre os indicadores adicionais, o índice preço/lucro não é divulgado pela empresa, 
e sim fornecido pelo mercado; o indicador Market to Book efetua um comparativo 
entre o valor de mercado e o valor patrimonial da empresa.
3s (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/CONTABILIDADE/2016) Tendo em vista que, na ava-
liação de uma empresa, além dos dados econômicos e financeiros que integram 
as demonstrações contábeis, outras informações de mercado e informações não 
financeiras devem ser levadas em conta, julgue o item seguinte.
O indicador EBTIDA ignora variáveis importantes, tais como a qualidade de cré-
dito da empresa, os impostos incidentes sobre o lucro e as necessidades de 
reinvestimentos.
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4s (CESPE/AFPS/AUDITOR FISCAL/2002) Uma empresa pode ter um bom desem-
penho econômico, mas um resultado financeiro ruim. Neste caso, talvez a entidade 
não disponha de recursos financeiros para movimentar o seu negócio. O lucro líqui-
do do exercício será de má qualidade, por não ter sido recebido financeiramente.
5s (CESPE/AFPS/AUDITOR FISCAL/2002) O lucro líquido de boa qualidade é o que 
foi recebido ou será recebido no curto prazo. Quanto maior o prazo de recebimento 
do lucro econômico, pior a sua qualidade.
6s (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016)Com relação a retorno sobre investimentos e a 
estrutura de capitais, julgue o item subsecutivo.
Considere a diferença entre retorno sobre investimento e custo médio ponderado 
de capital das várias fontes de financiamento utilizadas por determinada empresa. 
É correto afirmar que quando essa diferença for positiva, a empresa será capaz de 
agregar valor, já que, nesse caso, o retorno gerado será superior ao custo de capital.
7s (ESAF/ANAC/ESPECIALISTA/2016) WACC (Weighted Average Cost of Capital), ou 
custo médio ponderado de capital, é uma metodologia adotada para a determinação 
do custo de capital de uma empresa, baseando-se na ponderação dos custos de capta-
ção, internos, por meio dos acionistas, e externos, por meio de captações no mercado.
Sobre o custo de capital de uma empresa, é correto afirmar que:
a) não é afetada pelas políticas tributárias
b) é sensível ao nível de taxas de juros praticada no mercado
c) é indiferente à política de distribuição de dividendos da empresa
d) deve ser maximizado, para que se maximize a agregação e valor ao acionista
e) independe da política de investimentos da empresa.
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8s (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/CONTÁBEIS/2014) Uma companhia que financia o 
seu ativo com 40% de capital de terceiros e capta esse dinheiro no mercado à taxa 
de 12% informou que a taxa remuneratória esperada pelos acionistas é de 16%, e 
que a carga conjunta de Imposto de Renda e CSLL é de 30%.
No contexto das informações, o custo médio ponderado do capital total utilizado 
por essa companhia, em percentual, é de:
a) 9,80%
b) 10,08%
c) 12,96%
d) 14,40%
e) 19,60%
9s (CESPE/TCU/AUFC/2008) Considerando-se que os custos de oportunidade não 
são evidenciados pelos sistemas contábeis convencionais, é correto afirmar que o 
tempo de espera de um usuário dos serviços públicos em uma fila de atendimento 
de uma repartição é um exemplo desse tipo de custo para o contribuinte que deixa 
de auferir uma renda que o exercício de sua atividade profissional lhe proporciona-
ria durante o tempo perdido na fila.
10s (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/AUDITORIA/2014) A companhia F de capital fecha-
do e grande porte apresentou as seguintes informações, em milhares de reais, 
quando do encerramento das contas de resultado do exercício social, retiradas das 
respectivas contas do razão para apuração contábil do resultado (ARE), em 31 de 
dezembro de 2016.
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Custo das mercadorias vendidas 2.600
Despesa de depreciação 60
Despesas com vendas 240
Despesas financeiras 175
Despesas administrativas e gerais 300
Imposto de renda e CSLL (do exercício) 37
Vendas líquidas 4.000
Considerando as informações recebidas, a lei societária para a elaboração da de-
monstração do resultado do exercício de 2016 e procedimentos técnico-conceituais 
de análise de balanço, o EBITDA, em 31/12/2016, em milhares de reais, é:
a) 860
b) 800
c) 740
d) 685
e) 625
11s (CESPE/TJES/ANALISTA JUD./2011) EBITDA constitui medida de desempenho 
operacional que considera as receitas operacionais líquidas com o acréscimo das 
depreciações e amortizações. Trata-se, pois, de um lucro calculado antes das des-
pesas financeiras e dos tributos incidentes sobre o resultado. Assim, para efeito 
de avaliação do desempenho operacional, excluem-se o impacto das imobilizações 
(pela exclusão das depreciações e amortizações) e os efeitos da estrutura de capi-
tal (pela exclusão das despesas financeiras).
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12s (CESPE/MTE/CONTADOR/2014) O EBITDA, além de ser um índice de lucrativi-
dade, é um indicador de geração monetária efetiva de caixa por meio de atividades 
operacionais.
13s (CESPE/TCDF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2014) O EBITDA é um indi-
cador associado ao conceito de fluxo de caixa operacional das empresas.
14s (CESPE/TCU/AUFC/2015) O EBITDA representa a geração de caixa operacional 
da empresa, ou seja, o montante de recursos gerados pela empresa apenas em 
suas atividades operacionais, após a subtração do efeito financeiro e de impostos.
15s (IADES/CEITEC S.A./ANALISTA ADM/2016) O Valor Econômico Agregado (EVA), 
calculado pela diferença entre o lucro operacional e o custo de capital, é uma ferra-
menta utilizada para medir a riqueza criada pela empresa para os respectivos acio-
nistas. Considere que as informações a seguir foram extraídas das demonstrações 
financeiras de uma empresa hipotética.
Lucro operacional: $ 385.000
Capital de terceiros: $ 341.600
Capital próprio: $ 512.400
Custo de capital de terceiros: 10%
Custo de capital próprio: 15%
Com base no exposto, é correto afirmar que a riqueza criada pela empresa, medida 
pelo indicador de desempenho EVA, totalizou:
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a) $ 43.400
b) $ 127.000
c) $ 170.800
d) $ 273.980
e) $ 469.000
16s (CESGRANRIO/PETROBRAS/PROFISSIONAL JR./CONTÁBEIS/2015) O valor 
econômico agregado (EVA na sigla em inglês) ou valor econômico adicionado é uma 
medida de criação de valor identificada com o desempenho operacional da empresa 
que indica se tal empresa está criando ou destruindo valor.
Nesse contexto, admita que uma companhia com capital fixo de R$ 10.000.000,00 
e capital de giro de R$ 5.000.000,00, estrutura de capitais que contempla 40% de 
capital de terceiros, remunerado a uma taxa bruta de 8% ao ano, tenha apurado 
um resultado operacional (lucro líquido) de R$ 1.800.000,00, já deduzido da taxa 
conjunta de Imposto de Renda e CSLL de 30%.
Sabendo que os seus acionistas têm uma expectativa de remuneração mínima de 
12%, para seus investimentos, o valor econômico agregado por essa companhia, 
em reais, é
a) $ 240.000
b) $ 336.000
c) $ 384.000
d) $ 760.000
e) $ 856.000
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