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atividades - Teoria da historia e historiografia

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1. 
O século XIX foi definidor para a formação do mundo contemporâneo e das ciências sociais. Diversos acontecimentos mudaram a face do planeta e moldaram o mundo para uma nova realidade até então impensada.
Diante disso, pode-se afirmar que os elementos redefinidores característicos dessa época foram:
Resposta correta.
D. 
a unificação da Alemanha e da Itália e a Guerra Franco-Prussiana.
2. 
A noção de ciência positiva, de Auguste Comte, foi crucial para a consolidação da História como conhecimento científico. Também chamada de Positivismo, essa vertente foi extremamente importante para a sistematização das ciências sociais, como a Sociologia e a Antropologia.
Nesse sentido, tal vertente afirmava que:
Resposta correta.
A. 
a ciência deveria ser, acima de tudo, a investigação do real, feita a partir de observação, experimentação, comparação e classificação como métodos, buscando estudar as leis.
3. 
Além do Positivismo de Comte, a Escola Metódica Francesa teve muita influência do historicismo alemão. Essa corrente científica teve Leopold Von Ranke como seu principal expoente, e o periódico Historische Zeitschriftcomo principal veículo, valorizando princípios como veracidade, autenticidade e formas de análise da informação.
Nesse cenário, pode-se afirmar que os principais motivos da influência alemã na historiografia francesa foram:
Resposta correta.
E. 
a derrota da França na Guerra Franco-Prussiana e o desejo de aperfeiçoar as ciências e demais saberes no país, por meio do aprendizado com os alemães.
4. 
A principal busca da Escola Metódica era fazer uma história científica, em oposição à história romântica – modelo até então vigente na época –, que estava mais ligada à literatura do que à ciência.
É correto afirmar que essa busca por modelos científicos de análise histórica resultou em um modelo historiográfico que:
Resposta correta.
B. 
privilegiava as fontes primárias como matéria-prima do trabalho do historiador, buscando fazer uma história com uma narrativa objetiva e neutra, privilegiando o documento e os métodos de análise como forma de comprovação.
5. 
Tanto no final do século XIX quanto após a Primeira Guerra Mundial, começaram a surgir críticas à Escola Metódica, que eram provenientes de diferentes áreas do conhecimento, como cientistas sociais, que viam falhas no modelo científico da história metódica desde o início do século XX, e novos historiadores, que vinham com um novo modelo, a partir da década de 1920.
Tais críticas acusavam o modelo analítico, afirmando que:
Resposta correta.
A. 
seu caráter político e o modelo nacionalista foram corresponsáveis por toda a tragédia da Primeira Guerra Mundial.
1. 
Em 1906, François Simiand sistematizou em seu livro Método histórico e ciência social várias críticas à História que já vinham desde fins do século XIX. Basicamente, eram uma crítica ao personalismo (preocupação com grandes nomes) e à busca pelas origens dentro dos trabalhos produzidos pelos historiadores da época. Como a proposta de História Total de Febvre e Bloch servia como resposta a essas críticas?
Resposta correta.
B. 
Preocupando-se, por exemplo, com grandes estruturas de crença e fazendo uma História que privilegiava mais o funcionamento da sociedade do que se preocupava com biografias ou grandes fatos, tentando fazer uma espécie de Psicologia Social.
2. 
Ao assumir o comando dos Annales, em 1946, Fernand Braudel veio com uma nova proposta de se analisar a História a partir de grandes intervalos de tempo e estabelecendo diálogos com a geografia, a estatística e a economia. Um bom exemplo é a sua obra O Mediterrâneo e o mundo na época de Filipe II​​​​​​​, na qual ele quebra com paradigmas construindo uma história sobre o mar Mediterrâneo focada no século XVI, mas fazendo conexões até com o século XX. Essa nova abordagem foi uma resposta às críticas de Lévi-Strauss que diziam:
Resposta correta.
E. 
que a História era "prisioneira do acontecimento", sendo, por isso, impossível de se conhecer grandes leis que explicassem o funcionamento da sociedade.
3. 
As manifestações de maio de 1968 representaram um grande impacto na História e nas ciências sociais. A união entre universitários e trabalhadores na França e as diversas manifestações no planeta sinalizaram uma virada de paradigma para a História. Esses acontecimentos demonstraram uma necessidade de:  
Resposta correta.
B. 
os historiadores se apropriarem da antropologia e outras ciências sociais para compreender como funcionava a perspectiva e os valores das classes subalternas.
4. 
A década de 1960 também foi famosa em revelar para o mundo os pensadores da New Left Review. Formada por importantes intelectuais de esquerda da Inglaterra e com uma proposta de também ter um olhar diferenciado para as classes populares, a New Left Review nasceu de um acontecimento traumático quando esses intelectuais se desligaram do Partido Comunista inglês e se uniram para criar a revista. Qual foi esse acontecimento? 
Você acertou!
C. 
A invasão de Praga pela URSS.
5. 
Apesar de o tocante à questão do engajamento político e da influência da teoria marxista serem diametralmente diferentes, a historiografia da Nova Esquerda Inglesa e da Nova História da Terceira Geração dos Annalestinha uma importância. Além de cronologicamente contemporâneas, as duas correntes eram:
Resposta correta.
A. 
a busca da compreensão das classes subalternas, ainda que por meio e razões diferentes.
1. 
A discussão sobre se a história é uma ciência, ou não, remonta há séculos. E ela não se encerrará tão cedo, devido à natureza peculiar do trabalho do historiador e de seu objeto de estudo que é o passado. Portanto, os historiadores sempre devem estar prontos para confrontar essa problemática, de forma a se obter avanços sobre o tema. Muitos historiadores utilizam um argumento específico para comprovar a cientificidade da pesquisa histórica, que era justamente algo que faltava na perspectiva historiográfica de Leopold von Ranke. Qual seria esse elemento principal que torna a história uma ciência?
Você acertou!
B. 
As teorias da história, pois é a partir delas que o historiador pode produzir o conhecimento histórico.
2. 
Em seu ofício, o historiador deve estar atento para não se tornar apenas um compilador de fatos, os quais ele busca constatar a veracidade ou não. Nesse sentido, é necessário que, ao entrar em contato com o seu objeto de estudo, ou seja, as suas fontes, o historiador esteja disponível para pensar sobre elas. Essa reflexão, que é feita a partir de seu método e da teoria escolhida para o entendimento do objeto, será fundamental para que o historiador possa escrever seu texto e proceder com a comunicação dos resultados. De que forma isso deve ser feito de maneira que o processo inteiro adquira sentido?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Elaborar hipóteses sobre os seus objetos, de forma a criar um processo racional e com sentido.
3. 
O século XIX foi um século de grandes transformações. A Revolução Industrial fez com que um novo mundo surgisse, com aumento da população urbana, novas classes sociais, conquista de novos territórios por parte dos europeus em busca de matérias-primas e novos mercados. Dessa forma, toda a sociedade europeia foi afetada em maior ou menor grau. Os avanços científicos do período também tiveram forte impacto no imaginário social e na produção intelectual. O Positivismo foi uma doutrina fortemente influenciada pelas novidades desse contexto histórico. Por sua vez, o Positivismo também influenciou a produção historiográfica do século XIX. Quais são as principais influências do Positivismo sobre os historiadores do século XIX?
Resposta correta.
C. 
O paradigma de que o historiador deve se apresentar absolutamente objetivo perante as suas fontes, bem como a defesa de uma total separação entre sujeito e objeto.
4. 
A chamada “terceira geração” da Escola de Annales, surgida na década de 1960, diversificou enormemente os temas de pesquisa dos historiadores. Ao passarem do “porão ao sótão”, isto é, da historiografia materialista para uma história cultural,historiadores como Philippe Ariès descobriram como é importante levarmos em consideração o contexto histórico para descobrirmos as sensibilidades de uma determinada época e como elas são diferentes de outros tempos. Da mesma forma, Jean Delumeau, em trabalho monumental, estudou os medos das pessoas através de vários séculos, demonstrando uma grande variação entre eles. Ariès descobriu que na Idade Média não havia a ideia de infância, com as crianças sendo vistas como adultos em miniatura. Que tipo de conexão Ariès fez para sustentar a sua descoberta?
Resposta correta.
E. 
O autor estabeleceu conexões entre fatos naturais ( a infância ) e sociais ( o modo que a sociedade lidava com essa fase da vida ).
5. 
Lucien Febvre afirmou certa vez que o anacronismo, para o historiador, é o "pecado dos pecados", isto é, o erro mais grave que se pode cometer no estudo e na escrita da história. No âmbito da história, o anacronismo pode ser entendido como o uso de conceitos que fazem sentido na época do historiador, mas que se apresentam completamente estranhos à época sobre a qual o pesquisador dedica a sua investigação. Também poder ser compreendido como o uso de termos que na atualidade têm um determinado sentido e na época estudada não existiam ou tinham sentido diverso. Tendo em vista o exposto, como o historiador pode evitar o anacronismo?
Você acertou!
E. 
Tendo domínio do contexto histórico estudado e dos conceitos utilizados.
1. 
A história, como ciência particular, apresenta importantes desafios tanto para aqueles que produzem conhecimento histórico quanto para os professores que ensinam a disciplina na educação básica. Na verdade, de acordo com a Didática da História, essa distinção não deveria ocorrer com a história enquanto ciência, devendo se aproximar da história como disciplina escolar. Tendo em vista o exposto, qual é a principal razão para a aproximação da história acadêmica da história escolar?
Resposta correta.
E. 
A história, ao ser ensinada, tem em vista produzir conhecimento histórico que responda questões cotidianas em busca de orientações para a vida e para ações visando ao futuro.
2. 
De acordo com Rüsen (2014), a experiência do passado, ao ser interpretada e atualizada como história, faz com que venha a existir no ser humano a formação histórica de sentido. Portanto, ao adquirir essa competência interpretativa do passado, o ser humano se torna historicamente consciente, tornando-se capaz de, a partir da experiência do passado, orientar-se e motivar-se em relação ao presente e ao futuro, resultantes do aprendizado histórico. Sabendo que a consciência histórica humana pode ser construída no seio das instituições culturais, para em seguida interpretar e elaborar o passado e, finalmente, emergir no aprendizado atualizado como história, quais são os três modos de atuação da consciência histórica humana?
Resposta correta.
C. 
Funcional, reflexivo e pragmático.
3. 
A consciência histórica é um fenômeno que apresenta relação direta com a identidade, pois sem ela não poderíamos perceber quem somos de fato no tempo e no espaço. Portanto, essa dimensão identitária vai emergir justamente no âmbito das memórias partilhadas historicamente. Assim, surge o sentimento de identidade, que tem a ver também com as relações de alteridade, isto é, na confrontação com o outro, a identidade se torna mais visível, mais bem definida. Desta maneira, não somente o indivíduo expressa a sua própria identidade, mas expressa, igualmente, uma identidade social, sendo ambas fruto de longos processos históricos e sociais.
A partir disso, qual é a relação entre identidade e função social da história?​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
É na junção de aprendizado histórico e identidade que se pode chegar à cidadania.
4. 
A memória pode se apresentar em duas formas principais. A primeira delas diz respeito a um fenômeno psicológico e individual, significando o ato de reter informações ou, então, da rememoração de fatos ocorridos há pouco ou há muito tempo. A memória também pode ser social, significando, com isto, as memórias partilhadas por uma determinada formação social no espaço e no tempo. Na história, a memória tem um papel importante, que é o de ajudar na criação de identidade e consciência histórica. Nesse sentido, Pierre Nora (1993) salienta o conceito de "lugares de memória", que é fundamental para entendermos essas relações.
Quais são os aspectos coexistentes de lugares de memória aos quais o autor se refere?​​​​​​​
Você acertou!
D. 
Material, simbólico e funcional.
5. 
O aprendizado histórico surge como uma das expressões da consciência histórica, sendo um dos processos essenciais da sociabilidade e individualidade humana. Ao ser experienciado e interpretado, o passado determina de que forma o presente será compreendido e a partir daí as formas às quais a antecipação do futuro poderá assumir. Eis aí a grande importância que ganha o ensino de história, havendo a necessidade de formação sólida dos professores, de modo que eles possam estabelecer pontes entre os seus alunos e as suas identidades.
Como ocorre esse processo?​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
A partir da experiência do passado, este é interpretado, tornando o presente inteligível e conferindo-lhe expectativas para o futuro.
1. 
As questões relativas à objetividade e à subjetividade na História talvez sejam um dos pontos mais sensíveis da disciplina. Adam Sachff, em sua obra História e Verdade, discutiu sobre essas relações, dialogando com seus limites na historiografia. A respeito das discussões entre objetividade e subjetividade na historiografia moderna, assinale a alternativa correta:
Você acertou!
B. 
O fato histórico em si é dotado de uma objetividade, pois existe independente da vontade do historiador.
2. 
A Escola Metódica organizou-se a partir do Positivismo e representa a corrente historiográfica francesa, a partir da qual a História afirmou-se enquanto ciência. Como se trata da afirmação da História como ciência, os pressupostos historiográficos estão conciliados com os do Positivismo de Augusto Comte. Sobre tais pressupostos, marque a alternativa correta:
Resposta correta.
A. 
Compreendia a História enquanto suscetível às Leis Gerais, tal como as Ciências Naturais.
3. 
“A partir da segunda metade do século XIX, a posição intermediária ocupada pela ciência histórica – entre a especulação filosófica e a explicação causal das ciências naturais – levou historiadores, filósofos, filólogos e sociólogos a investigarem e ressaltarem a especificidade metodológica das ciências humanas. (...) Para Droysen, a história lida costumeiramente com fenômenos que não se deixam entender de maneira determinista. A tarefa do historiador seria, portanto, reconstruir eventos e decifrar significados do passado que se tornaram pouco ou nada evidentes ao olhar contemporâneo.”
ASSIS, Arthur. A teoria da história de Jörn Rüsen: uma introdução. Goiânia: Editora UFG, 2010. p. 8.
As noções sobre a subjetividade do historiador talvez tenham sido um dos principais fatores que influenciaram historiadores contemporâneos e estiveram presentes desde a organização da História como disciplina. Sobre o Historicismo alemão, pode-se afirmar que:
Resposta correta.
D. 
Utilizou-se da hermenêutica no trato com as fontes textuais.
4. 
"À primeira vista, a 'lei dos três estados' apresenta-se como uma teoria do conhecimento; considerando-a de mais perto, revela-se também como uma filosofia da história. Com efeito, ao passo que Hegel encara a marcha do Espírito segundo os três tempos da dialética, Comte imagina a progressão do espírito humano por etapa, segundo o ritmo igualmente ternário, mas diferente na sua essência dos três estados."
BOURDÉ, Guy; MARTIN, Hervé. As Escolas Históricas. Lisboa: Europa-América,1990. p. 53.
A "lei dos três estados" refere-se à maneira que o Positivismo explicava as etapas pelas quais as sociedades humanas passavam no tempo. Tal concepção foi influenciada por qual outra corrente filosófica ou histórica?
Resposta correta.
B. 
Iluminismo.
5. 
As chamadas "Escolas Históricas"do século XIX, que marcaram a sua organização enquanto disciplina nas universidades europeias, foram influenciadas por movimentos filosóficos, estéticos e intelectuais. Assinale a alternativa correta quanto às influências sofridas pela historiografia do século XIX quanto à organização dos seus pressupostos teóricos:
Resposta correta.
C. 
O Romantismo influenciou o movimento historicista no que tange à subjetividade do pesquisador.
1. 
As discussões sobre o tempo histórico propostas por Fernand Braudel, membro da segunda geração da Escola dos Annales, promoveram transformações na forma como os historiadores entendiam a dimensão de diferentes tempos e sua relação com o ritmo vivenciado em diferentes temporalidades. A influência dessa concepção pode ser entendida na seguinte afirmativa:
Resposta correta.
B. 
A existência de três percepções sobre a passagem do tempo numa mesma temporalidade a partir da curta, média e longa duração.
2. 
O tempo não é apenas um dado físico e natural. As distintas leituras sobre a concepção de tempo e em como elas sofreram variações atestam a diversidade na maneira como o tempo foi visto ao longo da história. Desde autores gregos até a contemporaneidade, o tempo foi objeto de estudo de filósofos, historiadores e físicos. Sobre a dimensão do tempo cronológico, marque a alternativa correta​​​​​​​:
Resposta correta.
E. 
A dificuldade em compreender o tempo de forma objetiva impeliu o uso de acepções que tangenciaram seu vocábulo.
3. 
O historiador francês Marc Bloch, integrante do movimento da Escola dos Annales, foi responsável por importantes contribuições no campo da Teoria da História e na forma como os historiadores compreendem o tempo. Dentre os escritos de Bloch sobre o tempo histórico, podemos destacar:​​
Resposta correta.
A. 
Os tempos passado, presente e futuro estão interligados e influenciam-se mutuamente.
4. 
"Diz-se algumas vezes: "A história é a ciência do passado". É [no meu modo de ver] falar errado. 
[Pois, em primeiro lugar,] a própria idéia de que o passado, enquanto tal, possa ser objeto de ciência é absurda. Como, sem uma decantação prévia, poderíamos fazer, de fenômenos que não têm outra característica comum a não ser não terem sido contemporâneos, matéria de conhecimento racional? Será possível imaginar, em contrapartida, uma ciência total do Universo, em seu estado presente?"(BLOCH, 2001)
Em sua obra Apologia da História ou Ofício do Historiador, Marc Bloch faz uma série de reflexões a respeito do fazer historiográfico, dentre elas a discussão do objeto de estudo da disciplina e sua relação com o tempo. Sobre a Ciência Histórica e o tempo, pode-se afirmar que:
Resposta correta.
C. 
A disciplina organiza seus currículos a partir das relações entre tempo histórico e tempo cronológico.
5. 
"Outro exemplo: o papa Gregório XIII resolveu proceder a uma revisão do calendário juliano, porque, no correr dos séculos, o equinócio da primavera, do qual, no ano de 325, o concílio de Niceia fizera depender a festa de Páscoa, havia-se deslocado paulatinamente de 21 para 11 de março. Uma bula papal suprimiu dez dias do ano de 1552, decidindo que o dia seguinte a 4 de outubro seria 15 de outubro, e não 5. Essa reforma gregoriana da reforma do antigo calendário romano feita por Julio César constituiu, até hoje, a última tentativa de estabelecer um sistema de calendário em que o ano social não se desviasse demais, no correr dos séculos, do “ano natural”, isto é, do tempo que o Sol — considerado em sua relação com homens espectadores e centros de referência — leva para retornar a um ponto do céu escolhido por eles como ponto de partida." (ELIAS,1998)
Sobre as relações entre tempo histórico e tempo cronológico, é possível afirmar que:​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Fora do tempo, não é possível explicar os fenômenos sociais.
1. 
Quando falamos em modernidade para a História, o consenso mais comum é a divisão clássica e tradicional dos períodos históricos, tais como: Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea. Nesse sentido, qual o conceito de modernidade na perspectiva sociológica?​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
Define-se a um período que se estende até os dias atuais, porque a sua conceitualização revela-se na complexidade do desmanche dos laços da tradição e da religião.
2. 
Como afirma Habermas (2002), o conceito de modernização refere-se a um conjunto de processos cumulativos e de reforço mútuo: formação de capital e mobilização de recursos; desenvolvimento das forças produtivas e aumento da produtividade do trabalho; estabelecimento do poder político centralizado e formação de identidades nacionais; expansão dos direitos de participação política, das formas urbanas de vida e da formação escolar formal; e secularização de valores e normas. Diante disso, escolha a alternativa que se relaciona a essa citação:​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
A modernidade constitui-se a partir da pretensão de rejeitar a tradição, submetendo tudo ao exame crítico da razão e à experimentação, embora essa mesma tradição tenha persistido em muitas esferas da vida.
3. 
A modernidade enquanto momento histórico caracteriza-se pela antitradição, pela derrubada das convenções, dos costumes e das crenças, pela saída dos particularismos e entrada no universalismo,    ou ainda pela entrada da idade da razão. Muitas combinações do moderno e do tradicional podem ainda ser encontradas nos cenários sociais concretos. Diante do exposto, escolha a alternativa que apresenta a ideia da antitradição e pela derrubada das convenções​​​​​​​.
Você acertou!
C. 
A ideia de antitradição e pela derrubada das convenções se deu principalmente no âmbito religioso, em que o próprio papel da Igreja alterou-se diante dos novos contextos de mundo que se inauguravam.
4. 
Leia o texto e, a seguir, assinale a alternativa correta:
''No século XIX não é mais o poder despótico dos reis que tem que ser derrubado, é essa nova instância onipotente, a força da necessidade histórica, que se levanta para determinar o curso dos acontecimentos. Contrariando a ideia humanista da Iluminação que postulava o poder glorioso da razão humana, o que anuncia a filosofia de Hegel é um novo Absoluto: do Bon Plaisir do rei ao Ukase inelutável da lei histórica – um processo imanente e irrevogável que os novos profetas procuraram interpretar e predizer como autênticos sacerdotes do mistério divino''. (PENNA, 2016).
Levando-se em consideração os principais acontecimentos que caracterizam o século XIX, é possível dizer que Meira Penna em “derrubar a força da necessidade histórica” faz referência:
Resposta correta.
C. 
à concepção de tempo revolucionário, nascida com a Revolução Francesa e que se disseminou no século XIX.
5. 
Conforme Kant, se o projeto de uma história universal é mais do que simplesmente uma questão de opinião para o uso teórico da razão, ou seja, se pretende ser considerado um conhecimento, o qual, por sua vez, precisa articular e organizar o conhecimento histórico-empírico, então, nesse caso, a história universal precisa respeitar as condições do sistema crítico-transcendental, pois, a história universal que tem, em certo sentido, é um fio condutor a priori. Em sua Crítica da Razão Pura, Kant define o conhecimento a priori como aquele que:​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Pode ser obtido independentemente de qualquer acontecimento empírico.
1. 
A ideia de pós-modernismo surgiu pela primeira vez no mundo hispânico, na década de 1930, uma geração antes de seu aparecimento na Inglaterra ou nos EUA. Porém, coube ao filósofo francês Jean-François Lyotard, com a publicação de A Condição Pós-Moderna (1979), a expansão do uso do conceito. Em sua origem, pós-modernismo significava a perda da historicidade e o fim da grande narrativa - o que no campo estético significou o fim de uma tradição de mudança e ruptura, o apagamento da fronteira entre alta cultura e cultura de massa e a prática da apropriação e da citação de obras do passado (LIMA, 2004). É uma característica importante do pós-modernismo:
Resposta correta.
B. 
A dissoluçãode limites rígidos entre os fenômenos culturais, produzindo uma nova visão e orientação social.
2. 
A religião continua como uma utilidade para muitos, crescendo dentro das igrejas, como apoio diante das dificuldades da vida e, em grande medida, a religião funciona como um dos tipos de autoajuda, longe de uma preocupação maior com os mistérios da existência e da morte. Bauman, no seu livro O mal-estar da pós-modernidade, aponta que na pós-modernidade a definição de religião importa em um exercício de:
Resposta correta.
C. 
Supremacia do transcendental sobre as tendências históricas.
3. 
Pós-modernidade, alta-modernidade, modernização reflexiva, modernidade líquida, são algumas categorias utilizadas, no âmbito das ciências sociais, como referência ao processo intenso de mudanças sociais, políticas, culturais e estéticas, que começou a espalhar-se mundialmente a partir da segunda metade do século XX. O que significou esse conjunto de mudanças?
Resposta correta.
E. 
O surgimento de novas agendas sociais e políticas, caracterizadas por preocupações ecológicas e pelo fortalecimento dos movimentos sociais.
4. 
O estruturalismo nasce na linguística, sobretudo a partir dos estudos de Ferdinand de Saussure, que concebeu a língua como um sistema ou conjunto autônomo e unitário de signos. Ao longo do século XX, a análise estrutural foi ampliada, sendo aplicada a outros campos do saber; incluindo a antropologia e a sociologia. Em termos gerais, com o termo estrutura, os estruturalistas definem:
Resposta correta.
D. 
Uma totalidade ordenada e organizada, a partir da combinatória de elementos.
5. 
A geração atual está vivenciando uma revolução tecnológica digital, que acaba por gerar uma nova cultura, com novos tipos de trocas, novos espaços e tempos e novas posturas diante dessas transformações, resultando no que é chamado de Cibercultura (Lévy, 1999). A integração das redes de informação e do espaço virtual ao espaço geográfico corrobora para o conceito de:
Resposta correta.
B. 
Ciberespaço.
1. 
Durante o desenvolvimento da filosofia positivista, houve uma verdadeira transformação do pensamento científico no interior das ciências humanas. O positivismo tornou-se muito influente sobre estas, principalmente sobre a história, trazendo a fé inabalável no progresso científico e o rigor metódico para o trabalho do historiador.
Qual das características apresentadas a seguir comprova isso?
Você acertou!
B. 
Lei dos três estados.
2. 
Leopold von Ranke foi um dos historiadores mais influenciados pelo positivismo. Frequentemente é visto como um "revolucionário" da historiografia, porém, alguns autores consideram que Ranke fez uma "contrarrevolução" no método histórico, já que posicionou-se contra os campos de estudo abertos pelos historiadores iluministas. Dessa forma, é possível compreender os recortes realizados pelo autor e sua predisposição em valorizar determinadas áreas do conhecimento histórico em detrimento de outras.
A partir disso, qual campo da história foi privilegiado por Ranke?
Você acertou!
D. 
História política.
3. 
Edmund Burke é tido como o criador da ideologia conservadora, em fins do século XVIII. Seus escritos foram uma reação às grandes transformações pelas quais a Europa passava naquele momento, sobretudo em decorrência do processo revolucionário na França. Burke posicionou-se contra os direitos naturais, defendidos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, por considerá-los incorretos.
Nessa questão dos direitos naturais, que equívoco metodólogico Burke comete?
Resposta correta.
A. 
Naturaliza algo que é histórico.
4. 
A ideologia conservadora de Burke fica muito clara nos posicionamentos que o autor assume perante as Revoluções Americana (1776) e Francesa (1789). Em relação a esta última, Burke considerava um movimento de "homens de letras", que não tinham apreço pela tradição e que valorizavam somente aquilo que era novidade. O que evidência a divergência com o autor, já que este defendia a tradição.
Em relação à Revolução Americana, qual foi o motivo para que Burke a apoiasse?
Resposta correta.
C. 
Burke considerava a Revolução Americana uma revolta de colonos que lutavam pela preservação de sua cultura.
5. 
Wilhelm Dilthey foi um dos nomes mais importantes da corrente de pensamento chamada historicismo. Essa corrente, por um lado,  aproxima-se do positivismo, devido a seu entendimento de que a pesquisa histórica deve se resumir à coleta e à compilação de fatos históricos, caracterizando um objetivismo histórico, por outro lado, afasta-se do positivismo.
Qual característica comprova essa última afirmação?
Você acertou!
A. 
Dilthey considerava as ciências humanas como interpretativas.
1. 
Em termos de desenvolvimento da ciência histórica, o historicismo foi apenas uma das correntes filosóficas surgidas ao longo do século XIX. Contudo, ela ocupou papel de destaque na filosofia, na história e na teoria social entre os séculos XIX e XX. Isso se deve, em boa parte, pela obra do pensador Wilhelm Dilthey, vinculado ao chamado historicismo epistemológico, tornando-se este a maior expressão do historicismo em fins do século XIX. No entanto, o historicismo epistemológico se dividiu em duas correntes, muitas vezes com perspectivas opostas. Qual é a diferença básica entre as duas?
Resposta correta.
A. 
O historicismo de Dilthey era subjetivista e o da Escola de Baden era objetivista.
2. 
Wilhelm Dilthey, grande expoente do chamado historicismo epistemológico, posicionou-se de maneira clara em relação à Escola de Baden (de Windelband e Rickert). Isso se deve ao entendimento subjetivista de Dilthey acerca do método a ser utilizado nas ciências humanas em oposição à "recaída" no positivismo da Escola de Baden. Sendo assim, por qual razão Dilthey colocava a vida humana no centro do devir histórico?
Resposta correta.
D. 
Via na compreensão a forma explicativa da experiência vivida.
3. 
A partir do século XVI, as ciências passaram por uma verdadeira revolução. Nomes como os de Copérnico, Galileu Galilei e Newton, mesmo trabalhando no âmbito das ciências naturais, tiveram grande influência sobre os cientistas sociais e filósofos do século seguinte. Foi o momento em que o obscurantismo medieval dava lugar à razão, agora entendida como um valor universal, tornando o homem a medida de todas as coisas. Qual é a razão dessa influência?
Resposta correta.
B. 
Com o avanço das ciências naturais, novas questões em relação ao ser humano foram suscitadas.
4. 
O século XIX foi o século das grandes transformações, com o surgimento de ideologias que atuam sobre a sociedade até os dias de hoje. O liberalismo, o conservadorismo e o socialismo são exemplos dessas ideologias que combatem umas às outras, determinando os rumos da política. Cada uma delas apresenta soluções diferentes para as questões sociais, influenciando, assim, o surgimento de novas correntes no âmbito das ciências humanas. As ciências sociais já passaram por diversos paradigmas, sendo os principais deles o funcionalista, o interpretativo, o humanista radical, o estruturalista radical e o da globalização. De uma maneira ou de outra, todos eles também influenciaram o desenvolvimento da história como ramo do conhecimento. Ao observar os seus pressupostos, quais deles apresentam pretensões de transformação da realidade?
Você acertou!
C. 
Humanista radical e estruturalista radical.
5. 
O historicismo surge na virada do século XVIII para o XIX, estendendo a sua influência até o século XX. Contudo, o seu desenrolar não se deu sem sobressaltos e contradições, fato que o tornou uma corrente de pensamento complexa e cheia de nuances. Assim sendo, podemos classificar o historicismo em duas grandes vertentes distintas: a romântica e a epistemológica. Qual é o seu principal ponto de discordância?
Resposta correta.
A. 
A subjetividade.
1. 
Ao longo do tempo, ao analisar diferentes produções historiográficas, acaba-se por identificar diferenças substanciais entre umas e outras. Portanto, conclui-se a existência de fatores (que podem ser identificados) que atuam sobrea escrita da História. Considere a seguinte afirmação: o estudo da História da historiografia demonstra que a escrita da História revela mais sobre seu tempo do que sobre seu objeto. Por que isso ocorre?
Resposta correta.
B. 
Pela influência das condições materiais, culturais, sociais e ideológicas.
2. 
Nas últimas décadas, diversas transformações nas ciências humanas impactaram o ofício do historiador, que passou a utilizar categorias e conceitos oriundos de áreas como a Psicanálise, a Linguística e a Antropologia. Assim, qual a importância do simbólico e das representações da pesquisa histórica?
Resposta correta.
D. 
Compreender os modos de sentir e o imaginário do período estudado.
3. 
Ao longo dos séculos, as formas da narrativa histórica passaram por transformações oriundas das formações sociais nas quais estavam inseridas. Dessa forma, é possível determinar a correspondência entre a escrita da História e o período histórico. Portanto, assinale a alternativa que contém as formas de narrativa correspondentes, respectivamente, às idades Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. ​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
Mitológica, hagiográfica, nacional e científica.
4. 
Uma das mais importantes tendências historiográficas dos últimos tempos é a história do corpo, a qual afirma que as diferentes visões do corpo podem ajudar na melhor compreensão das sociedades ao longo do tempo. Dessa forma, é possível compreender as relações do imaginário de uma sociedade utilizando um elemento concreto como o corpo humano. Como a concepção do corpo revela a articulação com outros elementos constitutivos de uma sociedade? 
Resposta correta.
A. 
Pela maneira como uma sociedade concebe o corpo aprendemos sobre seus discursos dominantes.
5. 
Atualmente, a interdisciplinaridade é uma característica das ciências humanas. A partir da segunda metade do século passado, a Antropologia, a Etnologia, a Psicologia e a Linguística passaram a exercer forte influência sobre o ofício do historiador. Quais os mais importantes conceitos que essas áreas do conhecimento levaram para a História?
Resposta correta.
D. 
A representação e o simbólico.
1. 
A relação entre filosofia e história é de continuidade. Assim, tudo que se mantém no curso da história depende de manter um sentido contínuo, ainda que se altere. Isso não significa dizer que a filosofia se preocupe em manter um sentido sem ruptura ou suplementação, mas que sua história se construiu dessa maneira. Ou seja, tanto a filosofia participa da continuidade e mudança histórica como a história alimenta a filosofia. Assim, pensar filosoficamente é se inserir em uma tradição histórica e historicamente filosófica. Do aspecto da história, assinale a alternativa correta.
Resposta correta.
B. 
A filosofia traz à história a reflexão acerca dos fatos, trazendo-lhe sentido.
2. 
O conceito de formação é muito caro à educação. Desde os gregos, inclusive no período anterior à vigência da filosofia e dos mitos, a formação era motivo de preocupação. Nesse período, a educação era voltada aos valores, às virtudes contidas na narrativa mítica. Portanto, tal conceito, do ponto de vista histórico, assinala a própria possibilidade de conhecimento, pois os saberes são acumulados. E do ponto de vista filosófico? Assinale a alternativa correta.
Resposta correta.
C. 
A formação do indivíduo depende também da filosofia, pois a história deve ser pensada por um sujeito reflexivo.
3. 
Apesar de a formação ser pensada desde os primórdios, desde o período mítico grego, essa preocupação é retomada após a Idade Média. Ou seja, durante a Idade Média a educação ficava restrita a quem seguia a carreira religiosa e alguns membros da nobreza. Após esse período, na Idade Moderna, o conceito de Bildung é pensado no sentido de uma formação voltada à racionalidade, à autonomia e ao espírito. Assim, a formação do indivíduo era relacionada à elevação do espiríto, muitas vezes por meio da arte, e à autonomia exercitada pela racionalidade. Posteriormente, o conceito de Bildung é apropriado pela cultura alemã, só que seu sentido muda. Assinale a alternativa correta.
Resposta correta.
D. 
Na tradição alemã, o conceito de Bildung assume um caráter racionalista.
4. 
A relação entre história e filosofia é quase originária. Isso significa dizer que, em seu surgimento, a filosofia já se faz histórica e vice-versa. Desse modo, a história da filosofia revela o próprio caráter histórico do pensamento. Como poderia se pensar a educação, a transformação do mundo, sem a superação de paradigmas? Ou, ainda, sem contar com a experiência dos erros como humanidade? Dito de outro modo, afinal, como poderia o homem saber sobre si e o mundo sem a memória do que já foi? Nesse contexto, é correto afirmar que:
Resposta correta.
A. 
a história da filosofia permite à filosofia se redefinir constantemente.
5. 
A filosofia contemporânea tem como escopo a própria contemporaneidade. Ou seja, a filosofia contemporânea se propõe a pensar a atualidade, ainda que em sua originalidade temporal. Necessariamente, o pensamento atual tem uma relação com a história do pensamento. Por outro lado, na atualidade, convive-se com fenômenos naturais (aquecimento global), tecnológicos (digitalização da vida), comportamentais (relações sociais mediadas por máquinas) nunca vistos antes. Nesse contexto, é correto afirmar que:
Resposta correta.
D. 
a filosofia contemporânea é pensada a partir de toda a história da filosofia, ou seja, é um giro constante entre presente e passado.
1. 
A Nova História Cultural (NHC) não é apenas a gradual constituição de um novo repertório conceitual, mas também o deslocamento para novas abordagens. As aberturas apontam na direção de um aumento cada vez maior da percepção da complexidade pertinente aos aspectos culturais. Conforme Burke (2008), a Nova História Cultural (NHC) é hoje um novo paradigma de pesquisa e sua ascensão é conhecida como “teoria cultural”.
Por que o autor afirma que a NHC é um novo paradigma de pesquisa?
Resposta correta.
B. 
Justamente por causa da aproximação com as outras áreas do conhecimento e com o desenvolvimento da micro-história, chamando atenção para as especificidades locais.
2. 
Inicialmente, a Escola de Annales tinha os seus interesses e foco de investigação voltados para as perspectivas de uma história social e econômica, o que acabava contradizendo as teorias da história tradicional baseada nos feitos dos grandes heróis nacionais.
Diante disso, qual é a relação entre a Escola de Annales e a Nova História Cultural?
Resposta correta.
D. 
A terceira geração da Escola de Annales, caracterizada por pesquisas históricas sistematizadas em assuntos advindos da cultura, possibilitou a base de surgimento da Nova História Cultural.
3. 
Conforme Barros (2011), todo objeto historiográfico se entretece no cruzamento não de um, mas de alguns campos históricos que ajudam a constituí-lo. É nesse sentido que se revela a importância de compreender como se dá as noções de “prática” e de “representação” na vertente historiográfica da Nova História Cultural.
Diante do exposto, como podemos definir as noções “prática” e “representação”?
Você acertou!
C. 
As “práticas” e as “representações” são sempre resultantes de determinadas motivações e necessidades sociais, elas têm um caráter de complementariedade, porque, por meio delas, podemos examinar tanto os objetos culturais como os sujeitos produtores e receptores de cultura.
4. 
A Nova História Cultural percebe a cultura ou a diversidade das formações culturais como um processo que pode ser analisado na esfera da relação interativa entre os sujeitos e os objetos culturais, sendo que, tanto os objetos culturais são criados pelas práticas e representações como os sujeitos receptores e produtores de culturas que fazem parte integrante dos dois elementos.
Diante do exposto, escolha a alternativa que mais se relaciona com essa afirmação​​​​​​​:
Resposta correta.
A. 
Todo objeto historiográfico se entretece na relação interativa e no cruzamento não de um, mas de alguns processos e campos históricosque ajudam a constituí-lo.
5. 
A narrativa na História Cultural, antes ligada à visão tradicional, volta para dar voz às pessoas comuns, histórias de vida, narrativas culturais, suas estruturas e versões que interferem sobre a percepção do leitor. O desafio é fazer isso sem dar à história um enredo triunfalista e enfatizar a crítica e o conflito de visões e de sentido de cada narrativa.
Diante disso, qual é o teórico com a sua respectiva linha de pesquisa que corresponde a essa afirmação?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Mikhail Bakhtin – conceitos de carnavalização e subversão, penetração da alta cultura pela baixa e as muitas vozes de um texto polifônico.
1. 
Considerando os usos que a história faz do conceito de imaginação, percebe-se que este adquiriu grande relevância na construção do objeto do historiador. Dessa forma, a imaginação auxilia a compreender as sutis diferenças nas relações que o leitor estabelece com o texto histórico e com o texto ficcional. Nesse sentido, quais as funções relativas à imaginação que a história enfatiza no estudo de uma determinada sociedade no tempo e na sua escrita?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Imaginário, simbólico e representação.
2. 
De acordo com a perspectiva marxista da história, são as condições materiais de uma sociedade que determinam as representações que ela faz de si mesma, portanto, a sua forma de imaginar o mundo e de descrevê-lo. No caminho contrário, os historiadores vinculados à história cultural atribuem, em geral, grande importância ao imaginário, à imaginação e às ideias. Para eles, são as representações que os seres humanos elaboram que têm papel importante na forma que uma sociedade produz e dissemina suas ideias. No entanto, na escrita da história, existem regras que determinam o que é ficção e o que é realidade. Como essas regras operam?
Resposta correta.
C. 
Na delimitação precisa do campo onde ocorre o jogo da imaginação, fazendo com que o texto histórico não perca sua ligação com o real. 
3. 
Quando se tratam das análises a respeito das diferentes formas de escrita da história, ganha destaque o fato de que estas encontram-se condicionadas por diversos fatores. O contexto social, de maneira ampla, é determinante na forma e no conteúdo do texto histórico. Da mesma maneira, as percepções inerentes ao tempo histórico no qual essa narrativa é realizada também ocupam papel importante em sua elaboração. Portanto, tanto a disciplina quanto a escrita da história e o seu leitor são afetados por três aspectos principais. Quais são esses aspectos que atuam na construção da narrativa histórica?
Resposta correta.
B. 
As práticas sociais, o lugar social e a instituição.
4. 
A ideia de representação tem suas origens ainda na antiguidade, sobretudo entre os romanos. Inicialmente, significava tornar presente aquilo que está ausente, ou seja, fazer presente, manifestar, tornar a apresentar. A partir do trabalho de Durkheim é que o conceito de representação assume certo protagonismo nos estudos sociais e históricos. Em seus estudos sobre as religiões totêmicas, Durkheim criou a ideia de representações coletivas, de onde surgiria o conhecimento. Com Bourdieu e Chartier, somos apresentados às representações sociais, que dispõem sobre as lutas simbólicas na sociedade para o primeiro e sobre os códigos sociais para o segundo. Já a representação histórica, conforme Michel de Certeau (2000), está relacionada à natureza do que produz o historiador quando faz história. Existem duas concepções principais em torno da representação no fazer histórico. Quais são elas?
Resposta correta.
C. 
Construcionismo e documentalismo.
5. 
A narrativa histórica tem especificidades que a diferenciam da narrativa literária. O historiador, ao construir seu texto, deve atentar para os elementos que se encontram presentes, que podem ser acessados por ele durante sua pesquisa e posterior escrita. Esses elementos são a bibliografia, as fontes, os fatos, as datas, os nomes, enfim, os vestígios que sobreviveram ao passado e chegaram até o momento em que o historiador escreve. Contudo, os elementos ausentes têm tanta importância para a escrita da história quanto os presentes. Os silêncios das fontes, aquilo que não foi dito ou então que foi recalcado, apresentam grande utilidade para o historiador. Por que o elemento ausente é importante para a escrita da história?
Você acertou!
A. 
O autor pode "presentificar" o ausente para o seu leitor, elaborando hipóteses explicativas sobre esses "vazios".
1. 
Ao definir uma tipologia da consciência histórica, Jörn Rüsen organizou-a em quatro tipos distintos: tradicional, exemplar, crítica e genética. De acordo com seu pensamento, é a partir delas que o ser humano irá desenvolver argumentações para sua vida prática. 
Considerando os pressupostos teóricos, assinale a alternativa abaixo que corresponde à teoria de Rüssen sobre a consciência histórica e sua compreensão acerca da experiência do tempo e do raciocínio moral.
Resposta correta.
E. 
A Consciência Genética, em relação à experiência do tempo, admite transformações dos modelos culturais e de vida alheios em outros próprios e aceitáveis. Já em relação com o raciocínio moral, a mudança temporal  se converte em um elemento decisivo para a validade dos valores morais.
2. 
A noção de patrimônio pode ser percebida como uma forma de compreender como as sociedades relacionam-se com o seu passado, sendo possível entender esses aspectos por meio da sua preservação ou destruição.
Atualmente, o conceito de patrimônio engloba desde a preservação de bens materiais até os patrimônios intangíveis. Entretanto, sua concepção foi cunhada dentro de um contexto específico.
Em relação à conjuntura sociopolítica em que esse termo surgiu, podemos afirmar que:
Resposta correta.
B. 
O surgimento de um modelo burguês de Estado-Nação após a Revolução Francesa, além de provocar transformações políticas e sociais, contribuiu também para a ampliação do entendimento do “patrimônio", trazendo para a discussão a necessidade de preservação do bem público.
3. 
A educação patrimonial e suas manifestações no espaço escolar podem refletir os embates e debates na sociedade em relação ao passado, perpassando elementos que articulam o saber histórico, o saber histórico escolar e a cultura histórica de uma sociedade.
​​​​​​​Nesse sentido, a discussão em torno da questão patrimonial no Brasil se deu por volta da primeira metade do século XX.
Sobre os fatores que contribuíram para acentuar esses debates, pode-se inferir que:
Resposta correta.
A. 
O movimento modernista propôs a criação de vários projetos em relação ao patrimônio e influenciou o novo modelo de política nacional proposto pelo Estado Novo, durante o governo do presidente Getúlio Vargas.
4. 
O revisionismo histórico é uma ferramente utilizada para (re)escrever e alterar visões consideradas consagradas pela historiografia e pela memória coletiva. Seu uso faz parte do ofício do historiador, tornando-se necessário quando o aparato teórico e metodológico é revisto pelos historiadores. Entretanto, seu uso é amplamente debatido e criticado no meio acadêmico quando é associado a formas de expressão do negacionismo histórico.
Qual alternativa abaixo reflete o debate e problemáticas atuais desse contexto?
Resposta correta.
E. 
O revisionismo é aliado do negacionismo, correndo risco de silenciar e falsificar o conhecimento sobre o passado, servindo a propósitos políticos e ideológicos que geralmente refletem o posicionamento de grupos dominantes.
5. 
O espaço escolar é um local privilegiado para o contato de grupos sociais com interesses distintos, organizados por meio de uma prática inclusiva e democrática. O saber histórico escolar revela as relações de forças presentes nessa sociedade e materializa as disputas de memórias.​​​​​​
Dessa forma, como o conhecimento histórico relaciona-se com essa questão?
Resposta correta.
A. 
O conhecimento histórico, produzido no âmbito acadêmico e apropriado pelo conhecimento histórico escolar, deve demonstrar as formas de consciência histórica naqual os indivíduos estão inseridos e refletir a representatividade dos grupos sociais e políticos.
1. 
Didática é uma palavra que, etimologicamente, significa arte de ensinar. Ao longo do tempo, foi se delineando um campo chamado didática geral, que englobava os métodos, princípios e técnicas de ensino. Sobre a didática, são feitas as seguintes afirmações:
I. Didática e pedagogia são termos que podem ser utilizados como sinônimos, e ambos se referem à educação e à prática docente.
II. A definição de didática é estanque e não sofreu modificações ao longo do tempo.
III. Um dos problemas identificados nas concepções clássicas de didática é o desprezo pelas aprendizagens históricas que ocorrem fora dos espaços formais de aprendizado.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
Resposta correta.
D. 
Apenas a I e a III.
2. 
A perspectiva alemã da didática da história, principalmente as contribuições de Jörn Rüsen, possibilitou uma modificação significativa no campo do ensino e da aprendizagem históricos. Quanto à concepção de didática da história para esse autor alemão, assinale a alternativa correta.
Resposta correta.
A. 
Para Rüsen, a didática da história é um campo muito próximo à teoria da história, pois os fenômenos de ensino e aprendizagem envolvem o conhecimento histórico para além dos espaços escolares, e a teoria da história tem uma função didática de orientação, como uma teoria do aprendizado histórico.
3. 
Os processos de ensino e aprendizagem de história foram ressignificados a partir dos questionamentos desenvolvidos por diferentes teóricos alemães, que procuravam responder às necessidades conjunturais da década de 1960 na Alemanha, em que a ciência histórica e seu ensino sofriam uma crise de legitimidade. Nesse contexto, leia as seguintes citações de obras de Jörn Rüsen:
“[A consciência histórica é] a suma das operações mentais com as quais os homens interpretam sua experiência da evolução temporal de seu mundo e de si mesmos, de forma tal que possam orientar, intencionalmente, sua vida prática no tempo” (RÜSEN, 2010, p. 57).
“O aprendizado histórico deve ser organizado de modo que as suas diferentes formas sejam abordadas, praticadas e articuladas em uma relação consistente e dinâmica de desenvolvimento. Nesse processo, têm importância não apenas os fatores cognitivos, mas nele também devem ser considerados os componentes estéticos e políticos da consciência da história e da cultura histórica como pré-requisitos, condições e determinações essenciais dos objetivos do aprendizado histórico” (RÜSEN apud SCHMIDT et al., 2010, p. 48).
​​​​​​​Ambas as citações explicitam uma premissa do pensamento de Rüsen, que é:
Você acertou!
B. 
a ideia de que o aprendizado histórico ocorre em múltiplos espaços e em interação com outras leituras sobre a história, evidências de múltiplas culturas históricas.
4. 
Nos últimos anos, alguns pesquisadores, influenciados pelas concepções de Rüsen e por suas práticas docentes, passaram a conceber a didática da história como uma subárea da história, em função das respostas para as especificidades do processo de aprendizagem, que podem ser encontradas na teoria da história. Sobre essa aproximação, leia as seguintes afirmações, assinalando V, para verdadeiro, ou F, para falso:
(  ) A aproximação da didática da história à teoria da história se deu em detrimento das concepções pedagógicas sobre didática menos específicas e que não levavam em consideração o aprendizado da história realizado em espaços não formais.
(  ) Conceber a didática da história como uma subárea da história significa ultrapassar uma compreensão do ensino de história como mera transferência de conteúdos de um saber erudito (acadêmico) para um saber escolar, ou seja, realizar a transposição didática.
(  ) A didática da história sob a perspectiva alemã, ao aproximar-se da história, pode dedicar-se ao seu fim último, que é aprimorar as formas e os métodos de ensino de história, já que o aprendizado é algo que ocorre de maneira espontânea.
(  ) A partir da aproximação entre a didática e a teoria da história, torna-se possível problematizar as diferentes formas com que a sociedade se relaciona com seu passado e sua história, configurando culturas e consciências históricas distintas.
Verifica-se que a ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Resposta correta.
D. 
V – V – F – V.
5. 
Ao se ampliar a compreensão sobre os espaços em que ocorrem o aprendizado histórico e sua inter-relação com a cultura e a consciência históricas, houve um ganho significativo para as pesquisas dentro da área do ensino e aprendizagem históricos. Das alternativas a seguir, assinale aquela que apresenta a modificação ocorrida nesse campo de investigação.
Resposta correta.
A. 
Os espaços formais e não formais de aprendizado passaram a ser concebidos como “laboratórios”, e os docentes como professores-pesquisadores, a partir de uma ressignificação entre o saber erudito e o saber escolar.

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