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Microbiologia da Pele

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Microbiologia da pele
Estrutura e funções da pele
· Maior órgão do corpo humano (2m2) e compõe quase ⅙ do peso corporal 
· Envolve o corpo determinando seu limite com o meio externo
· Funções: proteção, defesa inata, regulação térmica, controle do fluxo sanguineo, funções sensoriais (calor, frio, pressão, dor e tato)
· 3 camadas: epiderme, derme e hipoderme 
· Epiderme: parte mais fina e externa, diversas camadas de cels epiteliais.
· stratum corneum: camada mais externa da epiderme, cels epiteliais mortas + queratina
· derme: parte mais espessa e interna, tec conectivo.
· Glândulas sudoríparas e sebácea, folículos pilosos - pontos onde os microrganismos podem penetrar na pele
· Proteção da pele integra: umidade limitada, ph ácido, temperatura (<T ótima para patógenos), salinidade (suor), lisozimas, defensinas, exceções (sebo e ureia), microbiota residente
Microbiota normal da pele
· Inóspita para a maioria dos microrganismos, porém alguns conseguem se estabelecer
· Microorganismos resistentes ao ressecamento e alta concentração de sal
· Sebo → ácido graxo = inibição do crescimento de outros microrganismos
· Áreas de maior umidade (axilas, região entre as pernas): maior população de microrganismos
· Há cerca de 10^3 a 10^4 microorganismos/cm2 de pele (menor quantidade de biomassa quando comparada com outras regiões) - superfície da pele e folículos pilosos
· Cocos gram positivos: staphylococcus (predomina o S. epidermidis) e Micrococcus
· Bacilos gram positivos: difteróides: Propionibacterium e Peptococcus (anaeróbios, vivem no folículo piloso), corynebacterium (aeróbios)
· Folículo: Propionibacterium acnes - produz ácido propiônico → ph baixo da pele (entre 3 e 5)
· Candida albicans (levedura) também é um membro da microbiota normal da pele em alguns indivíduos 
· Malassezia (levedura): capaz de crescer em secreções oleosas da pele
 Virus presentes: bacteriofagos.
quais seriam os pontos fracos através dos quais os micróbios podem penetrar na pele intacta e alcançar os tecidos mais profundos? folículos pilosos e glândulas.
as bactérias da pele tem maior probabilidade de ser gram-positivas ou gram negativas? gram positivas → As gram positivas toleram concentrações mais altas de cloreto de sódio.
Doenças microbianas da pele
principais patógenos: Staphylococcus e Streptococcus (direita)
STAPHYLOCOCCUS
· bactérias gram +
· forma esférica - cocos
· arranjo: agrupamentos irregulares como cacho de uva
· imóveis 
· não formadora de endósporos
· colônias com ou sem pigmentos (pigmentos carotenóides → torna resistente aos raios UV)
· mesófilos (18 a 40°C)
· aerobios e anaerobios facultativos
· halotolerantes (7-10% de NaCl)
· ** catalase positivos (diferenciação entre Staphylococcus e Streptococcus) (enzima que converte: 2H2O2 → 2H2O + O2)
· coagulase negativo ou positivo (produção da enzima coagulase)
· Teste de coagulase: diferenciação de espécies Staphylococcus - S. aureus é positivo
1. S. AUREUS
· patógeno mais importante do gênero
· nasofaringe humana - Em 20% dos indivíduos nasofaringe normal. 60% nasofaringe: transitório.
· colônias amarelo-ouro
· coagulase positivos
· possui vários fatores de virulência e estratégias de evasão do sistema imune. ex: 
· cápsula e camada mucóide: impede fagocitose
· proteína A: inibe o Ac produzido contra a bactéria.
Toxinas
· citotoxinas (maioria das cepas) - lise de membranas celulares
· toxinas esfoliativas (- de 5% das cepas) → síndrome da pele escaldada
· enterotoxinas (30 a 50% das cepas) - termoestáveis e resistentes a ação das enzimas digestivas. ex.: enterotoxina A → intoxicação alimentar
· Toxina da síndrome do choque tóxico (TSST-1)- produzido em 90% das cepas. Superantígeno: leva uma resposta imune muito intensa (muita liberação de citocinas)
Enzimas líticas
· coagulase: converte fibrinogênio em fibrina
· lipases: hidrólise de lipídios - sobrevivência dos estafilococos nas áreas sebáceas do corpo
· disseminação bacteriana:
· hialuronidase: hidrólise do ácido hialurônico no TC
· fibrinolisina: dissolve coágulos de fibrina
· nuclease: hidrólise do dna - diminui a viscosidade
Doenças:
· Invasão direta e destruição tecidual - infecções cutâneas piogênicas (impetigos, furúnculos, carbúnculos, foliculite), endocardite, pneumonia
· Foliculite: infecção e inflamação do folículo piloso decorrente de obstrução (espinhas ou pelo encravado)
· Furúnculo: extensão da foliculite, tipo de abscesso, pus e tecido inflamado, nódulos elevados, grandes e doloridos. Tratamento: drenagem de pus. 
· Carbúnculo: furúnculos que coalescem e se estendem para o tecido subcutâneo mais profundo, múltiplos pontos de drenagem. Causam febre e calafrios.
· mediadas por toxinas - síndrome da pele escaldada, intoxicação alimentar e síndrome do choque tóxico
· Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócica
· toxina esfoliativa: aparecimento abrupto de um eritema perioral (vermelhidão e inflamação) que se espalha pelo corpo em 2 dias.
· descamação da epiderme devido à ação da toxina
· epitélio: intacto novamente após 7-10 dias (ação do Ac contra a toxina)
· não deixa cicatriz (camada superior da pele é descamada)
· neonatos, crianças e adultos imunocomprometidos.
· não é contagiosa.
· Impetigo Bolhoso
· toxina A (localizada no sitio de infecção)
· forma localizada da SPEE
· formação de bolhas superficiais na pele com presença de microrganismos
· altamente contagiosa e dolorosa
· impetigo do neonato
· os sintomas resultam da resposta do hospedeiro à infecção
· as lesões se rompem e formam crostas de coloração clara (cor de mel)
· Síndrome do Choque Tóxico
· Ação sistêmica provocada por linhagens produtoras da toxina da síndrome do choque tóxico 1 (TSST-1): superantígeno
· sintomas: febre alta, vômito, hipotensão e eritema difuso com descamação da pele.
· destruição das cels endoteliais → hipotensão e morte por falência múltipla de órgãos (5% dos casos)
2. STREPTOCOCCUS
· bactérias gram +
· forma esférica - cocos
· arranjo: dispostos em pares (diplococos) ou em cadeias
· maioria anaeróbios facultativos
· fermentam carboidratos → produção de ácido lático
· exigências nutricionais complexas (sangue ou soro para isolamento)
· catalase-negativos
Classificação Taxonômica
· Padrão hemolítico em ágar-sangue (estreptolisinas)
· a- hemolítico: parcial; maioria das amostras isoladas de animais → halo escuro, esverdeado
· B- hemolítico: completa; maioria patogênicos (frequentemente associado a doenças humanas) → halo bem claro em volta da colônia
· Y- hemolítico: não hemolíticos
· Classificação exclusiva para os B-hemolíticos
· Rebeca Lancefield, 1933 = Classificação de Lancefield (classificação sorológica: A a W)
· características antigênicas do Carboidrato C da parede celular
· grupos A,B, C, F, G - importância médica.
S. B-hemolíticos do grupo A
a. S. pyogenes 
· proteína M, cápsula - antifagocitárias
· Proteína F + ácido Lipoteicóico → facilita a adesão celular.
· toxinas: 
· exotoxina A piogênica (superantígeno) → síndrome do choque tóxico
· exotoxina B → fascite necrosante
· estreptolisina S → hemolisina
· estreptolisina O → inativada pelo oxigênio
· estreptoquinase
· toxina eritrogênica → escarlatina
· Infecções cutâneas:
· Piodermatite estreptocócica (impetigo)
· infecção purulenta localizada nas camadas superficiais da pele, principalmente, em crianças
· causada após lesões por trauma, contato direto, altamente transmissível. 
· Erisipela
· erythros - vermelho; pella - pele
· infecção aguda da pele (derme)
· pele apresenta erupções formadas por placas avermelhadas e de bordas elevadas e bem demarcadas
· pacientes apresentam dor localizada, inflamação, aumento dos linfonodos e sinais sistêmicos
· A doença pode progredir e causar a destruição de tecidos locais ou até mesmo atingir a corrente sanguínea, causando sepse.
· crianças e idosos.
· Celulite
· Infecção aguda da pele e tecidos subcutâneos mais profundos
· sinais de inflamação local e sistêmica
· associada a traumatismos, queimaduras, feridas e incisões cirúrgicas
· identificação precisa do microrganismo é importante - diferentes microrganismospodem ser responsáveis por quadros de celulite
· Fascite Necrosante (gangrena estreptocócica)
· infecção na camada profunda do tecido subcutâneo, com necrose extensa, destruição do músculo e tecido adiposo
· bactéria é introduzida no tecido através de uma ruptura na pele (corte, trauma, queimadura, cirurgia)
· toxicidade (exotoxina B), choque sistêmico e falência múltipla de órgãos
· alta taxa de mortalidade (>50%)
· antibioticoterapia + procedimento cirúrgico (desbridamento do tecido infectado)
· Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócica
· inflamação de tecido no sítio da infecção, dor e sintomas inespecíficos (febre, calafrios, mal-estar)
· maioria apresentam bacteremia e muitos tem fasciite necrosante, choque e falência múltipla de órgãos → morte (40%)
· exotoxina A piogênica
· grupo de risco: imunocomprometidos
 PSEUDOMONAS AERUGINOSA
· bacilos gram negativos, aeróbios, presentes no solo e em fontes de água.
· patógeno oportunista
· fatores de virulência:
· adesinas
· toxinas e enzimas
· endotoxina - lipídio A → sintomas sistêmicos
· exotoxina A - envolvida no choque séptico.
· elastase e proteases
· causa 10-20% das infecções hospitalares → resistência aos antimicrobianos
· biofilme: cateteres ou aparelhos médicos
· infecção em pacientes com queimaduras → pus de coloração azul-esverdeada (piocianina)
· dermatite por Pseudomonas - doença autolimitada (piscinas, saunas, banheiras)
· água quente: abertura dos folículos pilosos → porta de entrada

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