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DEFESA LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I PRÁTICA I I) Caracterização Física de Partículas De suma importância o conhecimento físico e morfológico das partículas, visto que elas existem em diversas formas e tamanhos. Uma partícula por menor que seja, é de especial interesse para a Engenharia. Conhecer a massa de uma partícula possibilita, o desenvolvimento de processos e equipamentos que operem com fluxo contendo estas partículas. a) Picnometria Líquida: * Determinação do diâmetro de partícula; * Determinação da massa específica real da partícula. b) Paquimetria: c) Peneiramento: d) Proveta: e) Stokes: a) Picnometria Líquida Calibração do Picnômentro Pesou-se o picnômetro vazio. Encheu-se ele com água (solvente). Pesou-se o picnômetro com a água para saber o volume real do picnômetro. O volume real foi calculado a partir do volume da água, onde esse volume é calculado por: v= m/d. Ensaio Tem que secar bem o picnômetro. Após então, 1/3 do volume do picnometro foi preenchido com partículas. Foi pesado o picnometro com as partículas, depois disso foi preenchido com o solvente especifico para cada partícula e pesado novamente. Então teremos as massas das amostras. Para achar a massa do solvente, foi pego a massa da (amostra+ solvente+ picnometro) - massa do picnometro com amostra. Então massa do solvente/ d solvente que conhecido = volume do solvente. Para calcular a massa da amostra: m (amostra + pic) – massa pic Para achar o volume da amostra: Volume do solvente – volume do pic real. Para achar o d da amostra é só calcular: m amostra / v amostra. Para calcular o diâmetro equivalente das partículas, utilizamos a equação: deq.= (Vtp.6/ Pi.Numero de partículas)^(1/3). Paquimetria Foi utilizado um paquímetro analítico. Para cada amostra foi medida de forma diferente. Arroz, milho de pipoca e soja: altura, comprimento e diâmetro circular. (esferoide) Polietileno AD e porcelana: diâmetro e altura. (Cilindro) Polietileno BD: Diâmetro maior e menor. (esferoide oblato) Poliuretano e Vidro: Diâmetro. (Esfera) Pedregulhos: aproximado a geometria deum cubo. (Cubo) Foi calculado volume e área de cada partícula, utilizando uma geometria que mais se aproximava do formato de cada amostra. Após foi calculado o deq e esfericidade. Peneiramento Pesamos todas as peneiras Tyler que seriam utilizadas. Passamos cada amostra, por todas as peneiras, ai foi pesado cada peneira com as amostras que ficaram retidas. A partir disso calculamos a massa retida = (m amostra + peneira) – (m peneira). Depois foi calculado Xi =(massa retida / m total). Após xi/di, onde di é o diâmetro médio da abertura da peneira. Após foi calculado o diâmetro de Sauter que 1/ somatório de xi/di. Proveta Pesamos a proveta vazia, foi preenchida com amostra até atingir 20 mL. Foi calculado a massa da amostra que é a (massa da proveta + amostra) – ( massa da proveta vazia). Então a partir disso, calculamos a massa especifica bulk da amostra ( m amostra / volume da proveta (20mL)). Para a porosidade: 1 – massa especifica bulk / massa especifica real, calculada pela picnometria. Stokes Foi utilizado polietileno BD e porcelana. Tinhamos duas provetas de 1L, uma preenchida com glicerina e a outra com óleo. Inserimos a amostra de polietileno BD na proveta contendo óleo e porcelana na proveta contendo glicerina. Cronometramos o tempo a partir de um ponto inicial até um ponto final. Com essa prática, calculamos a velocidade terminal: delta Z/ tempo; e a esferidade. K1: fator de correção. Foi calculado a partir de Massarani. Elutriação Pesamos aproximadamente 5g de terra diatomácea, foi colocado dentro do tubo do elutriador. Ajustou-se a bomba de acordo com a primeira vazão. Ligou-se a bomba e esperou-se até encher o tubo do elutriador, quando caiu a primeira gota no funil com papel filtro, começou-se a cronometrar o tempo de 15 minutos. A cada 4 min retirou-se em torno de 10 ml da mistura numa proveta, num intervalo de tempo, para saber a vazão real. Para as demais vazões foram cronometradas num tempo de 10 minutos, e a cada 3 minutos eram retiradas as alíquotas numa proveta e cronometrado o tempo. Na ultima vazão o tempo foi de 15 minutos também, pois ainda restavam muitas partículas no tubo do elutriador e porque a bomba estava com um pequeno erro de ajuste e a vazão da bomba estava muito distante da vazão real (vazão que estava sendo medida). A cada vazão retirou-se o papel filtro com as partículas arrastadas naquele tempo estimado e pesou-se as mesmas quando ainda estavam úmidas. Foram colocados todos os papeis filtros na estufa para secagem e no dia seguinte pesou-se as amostras secas. Ajuste das variáveis do processo: aplicou-se 5 vazões diferentes (15, 25, 35. 75 e 115 mL/min) nas bombas e realizou-se o procedimento de elutriação para cada uma delas. Durante o processo conferiu-se tal vazão por meio de teste de proveta (volume pelo tempo). As partículas foram então arrastadas e ao deixar o elutriador caíram diretamente sobre um funil que continha um filtro de papel que retia as partículas de terra diatomácea; O kitassato, estava ligado a uma bomba de vácuo cuja finalidade é acelerar a filtração; Com o término da elutriação o filtro de papel foi devidamente retirado e levado para a secagem; Pesou se o filtro de papel com as particulas de terra diatomácea seco. De acordo com o diâmetro de Stokes, constata-se que quanto maior a vazão, maior a velocidade de arraste e maior é o diâmetro das partículas arrastadas. Observa-se através dos valores obtidos Utilizou-se o gráfico de Perry porque a geometria das partículas foi considerada esférica. Levando em cosideração que os valores de CD/Re são maiores que os fornecidos pela Tabela 5-22* ou estão entre os dois últimos valores da mesma, constata-se que o número de Reynolds é menor que 1, estando assim em conformidade com o Regime de Stokes. Nota-se também que os diâmetros de Sauter, Mássico e Volumar estão de acordo com a faixa dos diâmetros de Stokes encontrados. Através da eficiência individual observa-se que ao aplicar as vazões de 35 e 75 mL/min obteve-se uma eficiência maior. No entanto, ao aplicar a maior vazão, de 115 mL/min, a eficiência diminuiu. Tal fato deve- se à maior parte das partículas de terra diatomácea possuírem diâmetro entre 33,24 e 48,53 μm, também confirmados pelos diâmetros Mássico e Volumar, o que significa que as vazões para esses diâmetros (35 e 75 mL/min) são mais adequadas para o arraste deste material. A eficiência global indica que aproximadamente 20% da massa inicial do material permaneceu no elutriador , concluindo-se que o material que não foi arrastado possuía um diâmetro maior que 59,26 μm . Através da eficiência individual observa-se que ao aplicar as vazões de 35 e 75 mL/min obteve-se uma eficiência maior. No entanto, ao aplicar a maior vazão, de 115 mL/min, a eficiência diminuiu. Tal fato deve-se à maior parte das partículas de terra diatomácea possuírem diâmetro entre 33,24 e 48,53 μm, também confirmados pelos diâmetros Mássico e Volumar, o que significa que as vazões para esses diâmetros (35 e 75 mL/min) são mais adequadas para o arraste deste material. Transporte Pneumático Iniciou-se o experimento com a abertura da válvula relacionada à câmara de poeira, enquanto que a do ciclone permaneceu fechada, o que possibilitou o processo de separação de partículas somente pelo primeiro módulo. As partículas de PEAD foram inseridas no tubo de alimentação e acionou-se o soprador. Para cada variação na vazão de fluxo de ar, foi feita a leitura da ∆P nos manômetros. O experimento foi realizado até que todas as partículas fossem separadas. Realizada a separação de partículas via câmara de poeira, abriu-se a válvula relacionada ao ciclone tipo Lapple e fechou-se a da câmara. Desta forma, repetiu-seo procedimento descrito anteriormente, alterando o módulo para o ciclone. Com o intuito de calcular as vazões utilizou-se a Equação 1, fornecida pelo fabricante do módulo. As velocidades, para o ciclone tipo Lapple e para a câmara de poeira, foram calculadas através da Equação 2. A queda de pressão na saída dos sistemas de retenção de partículas, foi obtida a partir da Equação 3. O diâmetro da menor partícula coletada na câmara de poeira foi calculado por meio da Equação 4. Para a obtenção do fator de correção de Massarani (K), presente na Equação 4, utilizou-se a Equação 5. O valor da esfericidade (∅) foi retirado do ensaio de paquimetria para caracterização de partículas realizada anteriormente. Para o cálculo do diâmetro de corte Dc2 do ciclone, referente às partículas com 50% de chance de separar, utilizou-se a Equação6. A eficiência do ciclone foi calculada através da Equação7. O diâmetro de corte e a eficiência para o ciclone tipo Lapple, de acordo com cada vazão aplicada, são apresentados na Tabela 1. De acordo com Cremasco, as partículas com diâmetros superiores ao de corte são coletadas no underflow, enquanto que as partículas com diâmetros inferiores ao de corte são arrastadas para o overflow. A partir da Tabela 1 constata-se que com o aumento da vazão o diâmetro de corte diminui, sendo que o maior diâmetro obtido ainda é muito menor que o diâmetro de Sauter, o que confirma que todas as partículas foram coletadas. A eficiência de 100% pode ser explicada pelo fato desta depender da distribuição granulométrica das partículas, e desta forma, quanto menor o diâmetro de corte, maior a eficiência. A queda de pressão (P) em função da variação de vazão para o ciclone e para a câmara de poeira é apresentada na Figura 2. A Figura 2 apresenta um comportamento crescente da queda de pressão em relação ao aumento da vazão. Segundo Foust (2012), tal fato deve-se as partículas terem entrado nos equipamentos com uma velocidade maior, carregando assim uma maior energia cinética, que é perdida na forma de pressão no momento em que as partículas são coletadas. Através da Figura 2 observa-se que para vazões semelhantes, a queda de pressão foi maior para o ciclone, constatando-se que este equipamento é o menos adequado para a mistura sólido-gás utilizada. Contudo, sabe-se que tanto a câmara de poeira quanto o ciclone são equipamentos mais adequados para a separação de partículas menores que as utilizadas no experimento (Foust, 2012). Ressalta-se que a mistura em questão poderia ser separada aplicando-se uma operação unitária mais simples e viável.
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