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Resposta Imunológica contra Fungos

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Gabriella R Oliveira – Imunologia – 4º período
Resposta Imunológica contra Fungos
· Material complementar 
· Capítulo 16 – Imunidade aos Microrganismos, Abbas Abul K. Imunologia celular e molecular 
Teorização IV:
1. Qual a condição clínica mais relevante para predisposição à infecções fúngicas?
= As infecções fúngicas estão associadas a condições clínicas reconhecidas como micose. Morbidade e mortalidade associada a infecções nos seres humanos, isso tudo vinculado: aumento da imunossupressão na população em geral, aumento de pacientes com AIDS, pacientes transplantados, aumento dos pacientes com doenças de base, cirúrgico e em quimioterapia, tumores metastáticos, medula óssea
2. Qual parâmetro laboratorial que demonstra esta condição?
= Neutropenia sendo um achado laboratorial extremamente significante que poderá favorecer infecções fúngicas sistêmicas reconhecidas como fungemia. Geralmente essa condição de neutropenia vai estar associada ou a supressão da RI ou a comprometimento da medula óssea, este comprometimento da medula óssea pode estar associado a tumores no caso de leucemia e ou infecções fúngicas em que o próprio fungo pode acometer a medula óssea e favorecer o estado de imunossupressão.
3. Quais os mecanismos da RI inata e adquirida frente a infecções fúngicas?
= No tocante a resposta imune inata, os principais mediadores contra os fungos são os neutrófilos, macrófagos e ILCs. Logo, os pacientes com neutropenia são muito suscetíveis às infecções fúngicas oportunistas. Nesse sentido, macrófagos e células dendríticas percebem os organismos fúngicos através dos TLRs e receptores do tipo lectina, chamados dectinas, que reconhecem β-glucanas na superfície dos fungos. Ademais, esses liberam citocinas que recrutam e ativam neutrófilos diretamente ou via ativação de ILCs residentes teciduais. Sendo que, os neutrófilos provavelmente liberam substâncias fungicidas, como as espécies reativas de oxigênio e as enzimas lisossômicas, e fagocitam os fungos para o killing intracelular. Já na resposta imune adquirida, a mediada por células é o principal mecanismo da imunidade adaptativa contra as infecções por fungos intracelulares. Além disso, os fungos intracelulares também podem ser controlados em parte por células ILC1 que expressam T-bet, enquanto os fungos extracelulares podem ativar respostas de ILC3, e muitos fungos extracelulares deflagram fortes respostas Th17, que são dirigidas, em parte, pela ativação de células dendríticas pela ligação de glicanas fúngicas à dectina-1. As células dendríticas ativadas por meio desse receptor de lectina produzem citocinas Th17-indutoras, como IL-1, IL-6 e IL-23. As células Th17 estimulam inflamação, enquanto os neutrófilos recrutados e monócitos destroem os fungos.
4. Qual a associação entre aumento das infecções fúngicas e o aumento de indivíduos imussuprimidos?
= A relação existe devido ao fato de que a imunidade comprometida, como ocorre em indivíduos imunossuprimidos, é o fator mais importante que pode desencadear infecções fúngicas clinicamente significativas. E nos últimos anos tem aumentado o número de imunossuprimidos, o que explica o aumento das infecções fúngicas.
5. Quais os principais grupos de pacientes propícios a imunossupressão?
= Pacientes infectados pelo HIV, pacientes em terapia para o câncer disseminado e a rejeição de transplantes.
6. Qual a evidência que demonstra a importância da RI frente a infecções fúngicas?
= A destruição dos fungos, pelos fagócitos, a partir da secreção de óxido nítrico e de outros componentes celulares.
7. Como a resposta inflamatória é iniciada na RI inata quando do reconhecimento dos fungos?
= Células dendríticas e macrófagos reconhecem as glucanas fúngicas e liberam citocinas que estimulam células linfoides inatas (ILC3s) residentes nos tecidos a liberarem citocinas, principalmente IL-17, as quais recrutam neutrófilos e induzem produção de peptídeos antimicrobianos que protegem contra a infecção, ademais, as citocinas também podem recrutar diretamente neutrófilos. Ainda, as células dendríticas também estimulam a diferenciação de células T CD4+ antígeno fúngico-específicas naive em células Th17 nos linfonodos drenantes, e as células Th17 migram de volta para o sítio de infecção. Logo, o GM-CSF produzido pelas ILCs (e, talvez, pelas células Th17) podem contribuir para o recrutamento de neutrófilos.
8. Onde se encontra PAMPs e PRRs?
= Os PAMPs (Padrões Moleculares Associados a Patógenos) são encontrados nas células fúngicas, sendo responsáveis por disparar a resposta inflamatória, pelos PRRs (Receptor de Reconhecimento de Padrões) presentes na célula hospedeira
9. De que maneira os fungos conseguem driblar a RI inata?
= Cepas virulentas de Cryptococcus neoformans inibem a produção de citocinas, como TNF e IL-12, pelos macrófagos e estimulam a produção de IL-10, inibindo assim a ativação dessas células.
10. Qual o papel exercido por IFN-γ nas infecções fúngicas? Esta citocina faz parte de qual subgrupo de células T?
= É a principal citocina ativadora de macrófagos e exerce funções críticas na imunidade natural e na imunidade adquirida mediada por células contra microrganismos intracelulares. Advinda de células NK, Th1, TCD8+ e atua nas células B e T, células NK e macrófagos, bem como inibe a produção de IL-4 pelas células Th2. Atua na coordenação da ativação dos fagócitos nós sítios de infecção. Th1.
11. Há evidências de infecções fúngicas progressivas quando da supressão de IFN-γ?
= Sim, a imunidade comprometida é o fator predisponente mais importante para as infecções fúngicas significativas clinicamente. A deficiência de neutrófilos como resultado de dano ou supressão da medula óssea com frequência está associada a estas infecções, pois os principais mediadores da imunidade inata contra fungos são os neutrófilos, macrofágos e ILCs. Os pacientes com neutropenia são extremamente suscetíveis a infecção fúngicas oportunista. O IFN gama medeia o recrutamento de neutrófilos e macrófagos.

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