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Sistema Endócrino

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Gabriella R Oliveira – Anatomia – 4º período 
 
Sistema Endócrino 
As glândulas endócrinas, ou glândulas sem ducto 
ou glândulas de secreção interna, estão 
representadas por órgãos relativamente pouco 
volumosos e localizados em regiões diversas do 
corpo. Por não possuírem ducto ou ductos 
excretores, as glândulas endócrinas lançam seus 
respectivos produtos de secreção, hormônios ou 
substâncias químicas sintetizadas parcialmente 
ou totalmente por elas próprias, diretamente na 
corrente sanguínea. Este fato atesta a 
solidariedade fisiológica que existe entre elas, 
mas, por outro lado, não há nenhuma conexão 
estrutural demonstrável entre estes órgãos. 
Portanto, não se poderia falar de um sistema 
endócrino anatómico. Isto não exclui, todavia, o 
fato de que cada glândula endócrina se 
desenvolve em íntima relação com um sistema 
orgânico específico. 
Glândulas Endócrinas. 
Os hormônios são os mensageiros químicos 
produzidos nas glândulas endócrinas cuja função, 
em última análise, é a homeostase, a manutenção 
de um meio interno sadio para fazer frente a um 
ambiente externo mutável e, por vezes, agressivo. 
Ademais, foram identificados agrupamentos 
celulares e numerosas outras células 
disseminadas por todo o corpo capazes de 
secretar e conter hormônios. Há várias outras vias 
pelas quais um hormônio pode ser transportado 
até a estrutura que constitui o seu alvo, além do 
seu lançamento na corrente sanguínea pelas 
glândulas endócrinas. 
 
Embora existam vários hormônios secretados por 
um ou outro tipo celular, as principais estruturas 
que foram classificadas como glândulas 
endócrinas são: 
• glândula pineal; 
• órgão subcomissural; 
• glândula hipófise; 
• glândula tireóide; 
• glândulas paratireóides; 
• timo; 
• glândulas supra-renais; 
• ilhotas pancreáticas; 
• ovários; 
• testículos. 
Glândula Pineal 
É um órgão mediano, ímpar, que se localiza numa 
depressão entre os colículos superiores, abaixo do 
esplênio do corpo caloso. No adulto, apresenta 
áreas calcificadas que permitem sua visualização 
radiológica. Trata-se de um órgão neuroendócrino 
relacionado com a regulação de um biorritmo, o 
ritmo do sistema endócrino. Além disso, nos 
mamíferos, tem ação inibidora sobre as gônadas. 
A glândula pineal contém melatonina, sintetizada 
a partir da serotonina, que é abundante. 
Órgão Subcomissural 
É assim denominado por estar localizado abaixo 
da comissura posterior do cérebro. Sua secreção é 
lançada no líquido cerebrospinal. O órgão 
subcomissural interfere na homeostase hídrica e 
no equilíbrio salino, tendo sido considerado, 
inclusive, como regulador da sede. 
Glândula Hipófise 
É um corpo ovóide, cuja principal porção está 
situada na fossa hipofisal do osso esfenóide onde, 
geralmente, permanece após a remoção do 
cérebro. Faz parte do hipotálamo e está ligada ao 
hipotálamo por uma haste, o infundíbulo, que 
atravessa uma pequena abertura no diafragma 
da sela. O diafragma é uma lâmina da dura-
máter que forma o teto da sela turca do osso 
esfenoide. Duas partes são reconhecidas na 
hipófise: a adenohipófise (lobo anterior) e a 
neurohipófise (lobo posterior). A adenohipófise é 
côncava posteriormente (a neurohipófise encaixa-
se nessa concavidade) e compreende uma parte 
distal, que é a maior delas; uma parte tuberal e 
uma parte intermédia. A parte tuberal é uma 
extensão superior da parte intermédia ao longo 
do infundíbulo. A parte distal está localizada 
anteriormente à fenda intraglandular. A situação 
particular da hipófise e suas relações são 
particularmente importantes sob o ponto de vista 
clínico. Tumores da hipófise não podem crescer 
nos sentidos anterior, posterior e inferior, já que a 
Gabriella R Oliveira – Anatomia – 4º período 
 
hipófise está situada numa loja óssea. Assim, suas 
relações superiores com o quiasma óptico e com 
os tratos ópticos fazem com que estas estruturas 
se tornem vulneráveis na expansão dos tumores 
da hipófise que podem causar, como causam, 
com frequência, sintomas visuais. A neurohipófise 
secreta dois hormônios: a oxitocina e a 
vasopressina. A oxitocina exerce efeito sobre os 
músculos lisos, interfere na lactação e causa a 
contração da musculatura uterina. É utilizada em 
obstetrícia para provocar contrações do útero. A 
vasopressina é um hormônio antidiurético que 
atua sobre os túbulos renais, para ajudar na 
reabsorção da água. 
 
A ausência do hormônio causa uma doença, o 
diabetes insipidus, na qual o fluxo urinário se 
apresenta grandemente aumentado. A parte 
distal do lobo anterior (adenohipófise) afeta o 
crescimento (por intermédio de seu hormônio 
somatotrófico, ou do crescimento), e o 
metabolismo dos carboidratos, pela sua ação 
sobre o córtex da supra-renal por meio da 
produção do hormônio adenocorticotrófico. O 
excesso do hormônio somatotrófico, antes da 
puberdade, produz o gigantismo, e sua 
deficiência, o nanismo. Possui controle sobre o 
metabolismo através do hormônio tireotrópico, 
que regula a glândula tireóide. Além disso, produz 
hormônios gonadotróficos: um, o hormônio 
estimulante do folículo (HEF), e o outro, o 
hormônio luteinizante (HECI, hormônio 
estimulante das células intersticiais), que agem 
sobre os ovários e sobre os testículos. O lobo 
anterior estimula também a secreção das 
glândulas mamárias, através do hormônio 
lactogênico. Ainda não se descobriu, entretanto, o 
que estimula a hipófise. Tem-se a hipótese de que 
os produtos das outras glândulas endócrinas ajam 
sobre ela diretamente, ou indiretamente, por meio 
de suas influências sobre o hipotálamo. 
Glândula Tireóide 
Situa-se no plano mediano do pescoço, 
abraçando parte da traquéia e da laringe. Tem a 
forma de um H ou de um U, apresentando dois 
lobos, direito e esquerdo, unidos por uma fita 
variável de tecido glandular, o istmo. Do istmo, 
eventualmente, sobe um prolongamento em 
forma de cone, o lobo piramidal. A glândula varia 
de forma e tamanho, e, em geral, é um pouco 
maior nas mulheres do que nos homens da 
mesma idade. Com o ultrassom, podem-se 
avaliar as dimensões e o volume da glândula 
tireóide, o que tem importância para o 
diagnóstico e o tratamento de doenças que a 
afetam. A principal função da glândula tireóide é a 
regulação do metabolismo basal que envolve 
todas as partes do corpo, além de estar associada 
ao fenômeno do crescimento. As células da 
glândula tireóide captam o iodo na corrente 
sanguínea, onde ele está combinado com 
proteína, formando o iodeto de proteína. Este é 
armazenado no colóide dos folículos como 
tireoglobulina. Durante a secreção, enzimas 
proteolíticas fracionam a tireoglobulina 
armazenada, liberando o hormônio tiroxina. A 
tiroxina penetra novamente nas células, dirige-se 
à sua extremidade oposta e é liberada na 
corrente sanguínea. Esse processo é estimulado 
pelo hormônio tireotrópico liberado pela parte 
distal da hipófise. O excesso de hormônio leva à 
tireotoxicose; a insuficiência, na infância, leva ao 
cretinismo, e, no adulto, ao mixedema. A falta de 
iodo faz aumentar o volume da glândula tireóide, 
resultando em bócio. Quando o tratamento clínico 
não dá resultados, a cirurgia, tireodectomia 
parcial, se faz necessária. A não ser em casos de 
tumores malignos, não se retira cirurgicamente 
toda a glândula, pois resultaria em mixedema. Na 
cirurgia, é preciso ter cuidado extremo na 
ligadura da artéria tireóide inferior, devido à 
proximidade do nervo laríngeo recorrente, fator 
de risco nesta cirurgia. Lesão do n. laríngeo 
recorrente prejudica a emissão da voz. 
Glândulas Paratireóides 
Estão situadas, geralmente, na metade medial da 
face posterior de cada lobo da glândula tireóide. 
Seu número varia de dois a seis e cada uma delas 
mede no máximo 6 mm de comprimento. São 
glândulas essenciais à vida porque regulam o 
metabolismo do cálcio. 
Timo 
Trata-se de um órgão linfóide,bilateralmente 
simétrico, bem desenvolvido até a adolescência, 
mas, no adulto, reduzido a uma massa fibro-
adiposa, de tecido conjuntivo amplamente 
infiltrado por tecido adiposo. Na infância, ele pode 
ser identificado radiologicamente no medias tino 
superior. Orgão ativo na linfocitogênese e nas 
funções de imunidade, o timo tem grande 
importância na infância. Ele é a sede de formação 
dos linfócitos T, cuja maturação é regulada por 
hormônios, como a timopoietina e a timosina, 
Gabriella R Oliveira – Anatomia – 4º período 
 
produzidos pelas células epiteliais tímicas. Alguns 
autores, entretanto, não consideram o timo como 
uma glândula endócrina. 
Glândulas Supra-renais 
São bilaterais e estão localizadas sobre a parte 
medial do pólo superior dos rins onde podem ser 
facilmente visualizadas. Sua porção central é a 
medula, correspondente a 90% da massa 
glandular, e a periférica é o córtex, que 
corresponde a 10%. O córtex secreta hormônios 
esteróides derivados do colesterol, como o 
cortisol, a córtico-esterona e a aldosterona, e os 
andrógenos, como dehidroepiandrosterona e o 
seu sulfato, sendo essencial à vida. O cortisol e a 
córtico-esterona são glicocórticoesteróides e 
regulam o metabolismo dos glicídios. Os córtico-
esteróides são ativos na resposta inflamatória, no 
crescimento do corpo e na reação imunitária. A 
aldosterona regula o equilíbrio hídrico e eletrolítico 
do corpo e é o principal hormônio 
mineralocorticóide. Os hormônios 
mineralocorticóides são influenciados pelo teor de 
angiotensina II no sangue, a qual, por sua vez, é 
regulada pelas células justaglomerulares do rim, 
sensíveis às variações de volemia e à pressão 
sanguínea. A medula das glândulas supra-renais 
faz parte do contingente cromafínico do corpo e, 
assim, secreta as catecolaminas, norefinefrina e 
epinefrina. Assemelha-se, funcionalmente, à parte 
simpática da divisão autônoma do SN. É essa 
estrutura que, em momentos de pressão e 
estresse, secreta adrenalina e noradrenalina, 
lançandoas na corrente sanguínea. O córtex 
supra-renal está sob o controle parcial do lobo 
anterior da hipófise. A remoção da hipófise não 
prejudica a parte da glândula supra-renal que 
controla o equilíbrio eletrolítico, mas afeta 
definitivamente a parte que controla o 
metabolismo dos glicídios. 
Ilhotas Pancreáticas 
O pâncreas é uma glândula mista. A parte 
endócrina corresponde às ilhotas pancreáticas 
(de Langerhans) , microscópicas, disseminadas na 
porção exócrina. Os lóbulos pancreáticos 
apresentam uma alta percentagem de células que 
secretam enzimas para a digestão e que os 
armazenam como grânulos de zimogênio, e 
pequena percentagem de células dos ductos 
intralobulares. O tecido endócrino, representado 
pela ilhotas pancreáticas, participa dos lóbulos. 
Estas ilhotas acham-se disseminadas pelo 
pâncreas e são constituídas por três tipos de 
células: alfa, beta e delta. As células alfa 
produzem o glucagon, que aumenta o nível da 
glicose sanguínea. As células beta produzem 
insulina, essencial para uma adequada utilização 
de glicídios. A falta de insulina acarreta uma 
utilização incompleta de glicídios, resultando em 
um elevado nível de glicose no sangue e no 
aparecimento de glicose na urina (glicosúria). Não 
se conhece a função da células delta. 
Ovários 
os ovários, a partir da puberdade, estão sob a 
influência dos hormônios gonado tróficos da 
hipófise, produzindo estrogênio e progesterona. 
Estes hormônios desenvolvem o endométrio 
uterino até um estágio aprop riado para receber o 
ovo em desenvolvimento. Além disso, influenciam 
também outras estruturas do organismo, como a 
hipófise, provavelmente através do hipotálamo, e 
as mamas. Sua ação também se faz sentir no 
desenvolvimento de células sanguíneas e dos 
caracteres sexuais secundários gerais, como o 
contorno do corpo, a voz e a distribuição de pêlos. 
Testículos 
Trata de um órgão par, contidos na bolsa escrotal. 
São as gônadas masculinas, como os ovários são 
as gônadas femininas. Além de produzir 
espermatozóides, o testículo produz a 
testosterona, um hormônio que mantém os 
órgãos genitais acessórios (próstata, glândulas 
seminais e bulbo-uretrais) e possui um efeito 
sobre os caracteres sexuais secundários 
masculinos: crescimento de pelos púbicos, 
axilares e faciais; aumento da laringe (o que 
produz alteração no timbre da voz) e dos seios 
paranasais; e crescimento do esqueleto. A 
secreção da testosterona está sob controle do 
hormônio luteinizante (hormônio estimulante das 
células interesticiais) produzido pela hipófise.

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