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Intervenções de enfermagem à pessoa com distúrbios endócrinos Substância química não nutriente capaz de conduzir determinada informação entre uma ou mais células Os hormônios são classificados em proteínas ou polipeptídicos.; aminicos derivados da tirosina.; esteroides sintetizados a partir do colesterol. - Feedback Negativo: algum aspecto da ação hormonal inibe direta ou indiretamente qualquer secreção adicional desse hormônio (autolimitante). - Feedback Positivo: provoca maior secreção do hormônio (auto-aumentativo). A diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizado por níveis aumentados de glicose no sangue (hiperglicemia), em decorrência de defeitos na secreção ou na ação da insulina, ou ambas As principais classificações do diabetes são: diabetes melito do tipo 1, diabetes melito do tipo 2, diabetes gestacional, diabetes autoimune latente do adulto (LADA) e diabetes associado a outras condições ou síndromes. O pré-diabetes é classificado como comprometimento da tolerância à glicose (CTG) ou comprometimento da glicose em jejum (CGJ), e refere-se a uma condição em que os níveis de glicemia estão entre valores normais e aqueles considerados diagnósticos de diabetes. A insulina é um hormônio secretado pelas células beta, as quais constituem um dos quatro tipos de células das ilhotas de Langerhans no pâncreas. A insulina é um hormônio anabólico ou de armazenamento. Quando uma pessoa ingere uma refeição, a secreção de insulina aumenta e induz o movimento da glicose do sangue para o músculo, o fígado e as células adiposas. Nessas células, a insulina exerce as seguintes ações: - Transporta e metaboliza a glicose para a produção de energia - Estimula o armazenamento de glicose no fígado e no músculo (na forma de glicogênio) - Sinaliza o fígado para interromper a liberação de glicose - Intensifica o armazenamento de lipídios dietéticos no tecido adiposo - Acelera o transporte de aminoácidos (derivados da proteína da dieta) para dentro das células - Inibe a degradação da glicose armazenada, da proteína e dos lipídios. Durante os períodos de jejum (entre as refeições e durante a noite), o pâncreas libera continuamente uma pequena quantidade de insulina (insulina basal); outro hormônio pancreático, denominado glucagon (secretado pelas células alfa das ilhotas de Langerhans), é liberado quando os níveis de glicemia diminuem, o que estimula o fígado a liberar a glicose armazenada. A insulina e o glucagon em conjunto mantêm um nível constante de glicose no sangue ao estimular a liberação de glicose pelo fígado.. O diabetes melito do tipo 1 afeta cerca de 5% dos adultos com a doença. Caracteriza-se pela destruição das células beta do pâncreas. Os indivíduos não herdam o diabetes melito do tipo 1 propriamente dito, mas apresentam predisposição ou tendência genética a seu desenvolvimento. A destruição das células beta leva a uma diminuição na produção de insulina, produção aumentada de glicose pelo fígado e hiperglicemia em jejum. Além disso, a glicose derivada do alimento não pode ser armazenada no fígado e, em vez disso, permanece na corrente sanguínea e contribui para a hiperglicemia pós-prandial (depois das refeições). Se a concentração de glicose no sangue ultrapassar o limiar renal para a glicose, que costuma ser de 180 a 200 mg/dℓ (9,9 a 11,1 mmol/ℓ), os rins podem não reabsorver toda a glicose filtrada; a glicose aparece então na urina (glicosúria). Quando a glicose em excesso é excretada na urina, é acompanhada de perda excessiva de líquidos e eletrólitos. Esse processo é denominado diurese osmótica. Como a insulina geralmente inibe a glicogenólise (degradação da glicose armazenada) e a gliconeogênese (produção de nova glicose a partir de aminoácidos e outros substratos), esses processos ocorrem de maneira descontrolada em indivíduos com déficit de insulina e contribuem ainda mais para a hiperglicemia. Além disso, ocorre degradação das gorduras, resultando em produção aumentada de corpos cetônicos; a cetona é uma substância altamente ácida formada quando o fígado degrada os ácidos graxos livres na ausência de insulina. O diabetes melito do tipo 2 afeta cerca de 95% dos adultos com a doença. Os dois principais problemas relacionados com a insulina no diabetes melito do tipo 2 são a resistência à insulina e o comprometimento de sua secreção. A resistência à insulina refere-se a uma diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina. Em geral, a insulina liga-se a receptores especiais sobre as superfícies das células e desencadeia uma série de reações envolvidas no metabolismo da glicose. No diabetes melito do tipo 2, essas reações intracelulares estão diminuídas, tornando a insulina menos efetiva na estimulação da captação de glicose pelos tecidos e na regulação de sua liberação pelo fígado. Para superar a resistência à insulina e evitar o acúmulo de glicose no sangue, quantidades aumentadas de insulina precisam ser secretadas para manter o nível de glicose dentro de um valor normal e ligeiramente elevado. Se as células beta não forem capazes de acompanhar a demanda aumentada de insulina, o nível de glicose passa a ser maior, e observa-se o desenvolvimento de diabetes melito do tipo 2. A resistência à insulina também pode levar ao desenvolvimento da síndrome metabólica, que consiste em um conjunto de sintomas, incluindo hipertensão, hipercolesterolemia, obesidade abdominal e outras anormalidades. Apesar da secreção comprometida de insulina que caracteriza o diabetes melito do tipo 2, a insulina presente é suficiente para evitar a degradação dos lipídios e a produção concomitante de corpos cetônicos. Por conseguinte, a CAD não costuma ocorrer no diabetes melito do tipo 2. Contudo, o diabetes melito do tipo 2 descontrolado pode levar a outro problema agudo – a síndrome hiperosmolar hiperglicêmica (SHH). Como o diabetes melito do tipo 2 está associado a uma intolerância lenta e progressiva à glicose, o seu início pode passar despercebido durante muitos anos. Se o paciente tiver sintomas, eles frequentemente são leves e podem incluir fadiga, irritabilidade, poliúria, polidipsia, cicatrização deficiente de feridas da pele, infecções vaginais ou visão turva (se os níveis de glicose estiverem muito altos). • História familiar de diabetes (p. ex., pais ou irmãos portadores de diabetes); • Obesidade (i. e., ≥ 20% acima do peso corporal desejado ou índice de massa corporal ≥ 30 kg/m2); • Raça/etnicidade (p. ex., afrodescendentes, hispânicos, indígenas, asiáticos, nativos das ilhas do Pacífico); • Idade igual ou superior a 45 anos; • Comprometimento da glicose em jejum ou da tolerância à glicose previamente identificado; • Hipertensão arterial (≥ 140/90 mmHg); • Nível de colesterol das lipoproteínas de alta densidade (HDL) ≤ 35 mg/dℓ (0,90 mmol/ℓ) e/ou nível de triglicerídios ≥ 250 mg/dℓ (2,8 mmol/ℓ); • História de diabetes gestacional ou parto de recém- nascido com mais de 4 kg. No diabetes, as manifestações clínicas clássicas incluem os “três Ps”: poliúria, polidipsia e polifagia. A poliúria (aumento da micção) e a polidipsia (sede aumentada) ocorrem em consequência da perda excessiva de líquidos associada à diurese osmótica. Os pacientes também apresentam polifagia (aumento do apetite) em consequência do estado catabólico induzido pelo déficit de insulina e pela degradação das proteínas e lipídios (Grossman & Porth, 2014). Outros sintomas incluem fadiga e fraqueza, alterações súbitas da visão, formigamento ou dormência das mãos ou dos pés, pele seca, lesões cutâneas ou feridas de cicatrização lenta e infecções recorrentes. O início do diabetes melito do tipo 1 também pode estar associado a uma súbita perda de peso ou náuseas, vômitos ou dor abdominal, se houver desenvolvimento de CAD. O critério básico para o diagnóstico de diabetesconsiste em um nível de glicemia anormalmente elevado. Podem ser utilizados os níveis de glicose plasmática em jejum (GPJ) (determinação do nível de glicemia realizada no laboratório após jejum de pelo menos 8 horas), glicose plasmática aleatória e nível de glicose em 2 horas após a administração de glicose (2 horas após uma carga de glicose) - Sulfonilureias (Clorpropamid, Glibenclamida [...]); - Metiglinidas (Repaglinida e Nateglinida); - Biguanidas (Metformina); - Inibidores da alfaglicosidase (Acarbose); Glitazonas (Pioglitazona); (Inibidores da DPP-IV) Gliptinas (Sitagliptina, Vildagliptina, [...]); Mimético e Análogo do GLP-1 (Exenatida e Liraglutida); • Tipo 1 O uso da insulina é imprescindível no tratamento do DM1 e deve ser instituído assim que o diagnóstico for realizado. • Tipo 2 Os esquemas de insulina variam de uma a quatro injeções por dia. Em geral, há uma combinação de insulina de ação curta e insulina de ação mais longa. A meta de todos os esquemas de insulina, exceto o mais simples de uma injeção, consiste em reproduzir esse padrão normal de secreção de insulina em resposta à ingestão de alimento e padrões de atividade. Existem duas abordagens gerais para a terapia com insulina: a convencional e a intensiva • Avaliar e registrar o nível de consciência no decorrer do dia; • Verificar glicemia capilar com hemoglicoteste; • Orientar e supervisionar exercícios físicos; • Orientar e supervisionar a dieta; • Verificar a presença de edemas e lesões em membros inferiores; • Pesar diariamente; • Incentivar e orientar quanto à necessidade de uma ingestão hídrica adequada; • Atenção na administração de insulina e hipoglicemiantes de acordo com prescrição; • Realizar rodízio na administração de insulina; • Atenção rigorosa aos pés e riscos à traumas cutâneos. O pé diabético define-se como a entidade clínica de base etiopatogenia neuropática, induzida pela hiperglicemia sustentada, em que, com ou sem coexistência de doença arterial periférica (DAP), e com prévio traumatismo desencadeante, se produz ulceração do pé. Existem dois tipos, o neuropático, em cerca de 65% dos casos, e o neuro-isquêmico, em 35% dos casos. A ulceração do pé diabético está associada à doença vascular periférica e neuropatia periférica, frequentemente em combinação. O pé neuropático apresenta-se dois a três graus mais quente que a temperatura ambiente, com amplo pulso pedioso e veias do pé e pernas túrgidas, mesmo quando o doente é observado deitado. Apresenta um fluxo sanguíneo rápido e o sangue colhido nas veias distendidas tem teor elevado de oxigênio. Esse estado ocorre por causa da abertura de irreversíveis “shunts” arterio-venosos por perda de função nas pequenas fibras do sistema nervoso autônomo. O pé neuropático tem irrigação com débito superior ao normal e que é esta hiperperfusão a responsável pelo aparecimento do pé de Charcot. Todas as fibras nervosas, quer as grossas fibras mielínicas somáticas quer as do sistema nervoso autónomo, são atingidas mas em tempos diferentes. As pequenas fibras amielínicas do sistema simpático degeneram primeiro, provavelmente anos antes da degenerescência axonal e desmielinização das grandes fibras somáticas. Da lesão nervosa periférica derivam dois quadros, que podem ser consecutivos ou sobrepostos, o do “pé quente e túrgido” e o do “pé insensível e deformado”. O primeiro reflete a abertura dos “shunts” arteriovenosos por perda da função simpática; o segundo revela diretamente o efeito da perda da função somática sensitiva e motora. A patologia significativa do pé isquêmico diabético resulta sempre da doença arterial obstrutiva dos grandes vasos da coxa e perna e não da microangiopatia no pé. A responsável pela patogênese desse pé é a aterosclerose, tendo como consequência direta a diminuição da perfusão arterial. Todas as três alterações vasculares periféricas que se observam na diabetes têm efeito máximo no pé: a abertura dos “shunts” arterio-venosos, a mediocalcinose e a aterosclerose. As duas primeiras derivam da neuropatia, residem no pé e originam hiperemia por aumento do fluxo, a terceira é independente da neuropatia, situa-se fora do pé e ocasiona isquemia por obliteração. A última, é a causa isolada do pé isquêmico. • Acompanhar periodicamente e educar o diabético desde o diagnóstico do Diabetes Melito; • Identificar e classificar o Pé em Risco (PROTOCOLO OFICIAL DO SISTEMA); • Treinamento em técnicas podológicas básicas; • Tratar corretamente as lesões iniciais; • Primeiras ações para alívio da pressão plantar; • Encaminhar precocemente as lesões com evolução desfavorável e os pacientes com suspeita de isquemia em MMII. • Acesso imediato e manutenção/intensificação das orientações; • Intervenção precoce nas lesões com possibilidade de cirurgia ambulatorial; • Cuidados e orientações de Fisioterapia/Terapia Ocupacional; • Confecção de plantigrafias/órteses e próteses; • Internação semi-eletiva ou eletiva dos casos terciários; • Apoio psicológico principalmente nas mutilações maiores; • Necessidade do acompanhamento da equipe de Enfermagem e curativos especiais. • Acesso imediato nos casos de emergência; • Intervenção precoces (cirurgias, arteriografias, angioplastias); • Intervenções e medicações apropriadas; • Cirurgias ortopédicas de alívio de pressão; • Apoio psicológico principalmente nas mutilações maiores; • Necessidade do acompanhamento da equipe de Enfermagem e curativos especiais. • Fraqueza • Emagrecimento • Aumento de triglicerídeos plasmáticos • Hálito cetônico • Poliúria, polifagia, polidpsia, glicosúria • Náuseas e vômitos • Desidratação • Diminuição da ação da insulina • Aumento dos hormônios contra-reguladores (glucagon, catecolaminas, cortisol e hormônio do crescimento), • Neoglicogênese, geração de ceto-ácidos, e diminuição da utilização de glicose pelos tecidos periféricos; • Sintomas decorrem principalmente do distúrbio hidreletrolítico e ácido básico. • Sede excessiva e desidratação, visão turva. • Aumento do apetite, poliúria, polidipsia e emagrecimento. • Fadiga, fraqueza, tontura e sensação de boca seca. • Estupor e coma, hiperventilação, sintomas de sepse, sepse grave e choque. Paciente instável: aquele que apresenta > 2 das seguintes alterações: • Temperatura > 38º ou < 36ºC. • FR < 8 ou > 30/min ou pCO2 < 32mmHg. • SatO2 < 90% apesar da administração de O2. • FC < 40 ou > 130 / min. • PA sistólica < 90 mmHg. • Débito urinário < 50 mL em 4 hr. • Confusão mental, desorientação não existente previamente, convulsão. • Dor torácica isquêmica. A CAD é causada pela ausência de insulina ou pela sua presença em quantidade acentuadamente inadequada. Esse déficit de insulina disponível resulta em distúrbios no metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios. As três principais características clínicas da CAD são as seguintes: Hiperglicemia; Desidratação e perda de eletrólitos; Acidose. Na ausência de insulina, a quantidade de glicose que penetra nas células é reduzida, e tanto a produção quanto a liberação de glicose pelo fígado (gliconeogênese) aumentam, levando à hiperglicemia. Em uma tentativa de livrar o organismo do excesso de glicose, os rins a excretam juntamente com água e eletrólitos (p. ex., sódio, potássio). Essa diurese osmótica, que se caracteriza por micção excessiva (poliúria), leva à desidratação e à perda acentuada de eletrólitos. Os pacientes com CAD grave podem perder até 6,5 ℓ de água e até 400 a 500 mEq de sódio, potássio e cloreto, cada um, durante um período de 24 horas. Outro efeito do déficit de insulina é a degradação dos lipídios (lipólise) em ácidos graxos livres e glicerol. Os ácidos graxos livres são convertidos em corpos cetônicos pelo fígado. Os corpos cetônicossão ácidos, e o seu acúmulo na circulação devido à falta de insulina leva ao desenvolvimento de acidose metabólica. As três principais causas de CAD consistem em diminuição ou omissão da dose de insulina, doença ou infecção e diabetes melito não diagnosticado e não tratado. A hiperglicemia da CAD leva a poliúria, polidipsia (sede aumentada) e fadiga pronunciada. Além disso, o paciente pode experimentar visão turva, fraqueza e cefaleia. Os pacientes com depleção acentuada do volume intravascular podem exibir hipotensão ortostática (queda da pressão arterial sistólica de 20 mmHg ou mais com a mudança da posição reclinada para a posição ortostática). A depleção de volume também pode levar à hipotensão franca, com pulso rápido e fraco. A cetose e a acidose da CAD levam a sinais/sintomas gastrintestinais, tais como anorexia, náuseas, vômitos e dor abdominal. O paciente pode ter hálito cetônico (odor de frutas), que ocorre com os níveis elevados de cetona. Além disso, pode ocorrer hiperventilação (com respiração muito profunda, mas não laboriosa). A respiração de Kussmaull representa a tentativa do organismo de diminuir a acidose, contrapondo-se ao efeito do acúmulo das cetonas. Além disso, o estado mental varia amplamente na CAD. O paciente pode estar alerta, letárgico ou comatoso. As evidências de cetoacidose refletem-se nos baixos níveis séricos de bicarbonato (0 a 15 mEq/ℓ) e no pH baixo (6,8 a 7,3). A pressão parcial de dióxido de carbono baixa (PCO2 de 10 a 30 mmHg) reflete a compensação respiratória (respirações de Kussmaull) para a acidose metabólica. O acúmulo de corpos cetônicos (o que precipita a acidose) reflete-se nas determinações das cetonas no sangue e na urina. .A acidose que ocorre na CAD é revertida com insulina, que inibe a degradação dos lipídios, interrompendo, assim, a produção de cetonas e o acúmulo de ácido. Além de resolver a hiperglicemia, o manejo da CAD tem por objetivo corrigir a desidratação, a perda de eletrólitos e a acidose antes de corrigir a hiperglicemia com insulina. Nos pacientes desidratados, a reidratação é importante para manter a perfusão tecidual. Além disso, a reposição de líquido aumenta a excreção do excesso de glicose pelos rins. O paciente pode necessitar de até 6 a 10 ℓ de soluções por via IV para repor as perdas hídricas causadas por poliúria, hiperventilação, diarreia e vômitos. • Acesso venoso (2 calibrosos); • Instituir ressuscitação com Soro Fisiológico; • Suporte ventilatório? • SNG • SVD ( COMA) • Uso de bicarbonato restrito • Identificar causa • Adicionar KCl • Continuar insulinoterapia até reversão de cetose. A SHH é um distúrbio metabólico do diabetes melito do tipo 2, que resulta de um déficit relativo de insulina desencadeado por uma doença que aumenta as demandas de insulina. Trata-se de uma condição grave, em que predominam a hiperosmolaridade e a hiperglicemia, com alterações do sensório. A hiperglicemia persistente provoca diurese osmótica, que resulta em perda de água e eletrólitos. Para manter o equilíbrio osmótico, a água desloca-se do espaço de líquido intracelular para o espaço extracelular. Em decorrência da glicosúria e da desidratação, ocorrem hipernatremia e aumento da osmolaridade O quadro clínico da SHH é de hipotensão, desidratação profunda (mucosas secas, turgor cutâneo deficiente), taquicardia e sinais neurológicos variáveis (p. ex., alteração da consciência, convulsões, hemiparesia). A avaliação diagnóstica inclui uma variedade de exames laboratoriais, tais como nível de glicemia, eletrólitos, ureia, hemograma completo, osmolalidade sérica e gasometria arterial. O nível de glicemia é habitualmente de 600 a 1.200 mg/dℓ, e a osmolalidade ultrapassa 320 mOsm/kg. Abordagem global ao tratamento da SHH assemelha-se àquela da CAD: reposição hídrica, correção dos desequilíbrios eletrolíticos (potássio) e administração de insulina, antibioticoterapia empirica de terceira geração em pacientes febris. A hipoglicemia refere-se a um baixo nível (hipo) de glicose no sangue (glicemia) e ocorre quando a glicose no sangue cai para menos de 70 mg/dℓ (3,7 mmol/ℓ). Ocorre hipoglicemia grave quando os níveis de glicose são de 40 mg/dℓ (2,5 mmol/ℓ).. A hipoglicemia pode ocorrer quando há excesso de insulina ou agentes hipoglicemiantes orais, uma quantidade muito pequena de alimento ou atividade física excessiva As manifestações clínicas da hipoglicemia podem ser agrupadas em duas categorias: sintomas adrenérgicos e sintomas do sistema nervoso central (SNC). Na hipoglicemia leve, à medida que o nível de glicemia cai, o sistema nervoso simpático é estimulado, resultando em um surto de epinefrina e norepinefrina. Isso provoca sintomas como sudorese, tremor, taquicardia, palpitação, nervosismo e fome. Na hipoglicemia moderada, a queda do nível de glicemia priva as células cerebrais do combustível necessário para o seu funcionamento. Os sinais de comprometimento da função do SNC podem incluir incapacidade de se concentrar, cefaleia, tonturas, confusão, lapsos de memória, dormência dos lábios e da língua, fala arrastada, coordenação comprometida, alterações emocionais, comportamento irracional ou combativo, visão dupla e sonolência. Pode ocorrer qualquer combinação desses sintomas (além dos sintomas adrenérgicos) na hipoglicemia moderada. Na hipoglicemia grave, a função do SNC está tão comprometida, a ponto de o paciente precisar da assistência de outra pessoa para o tratamento. Os sintomas podem incluir comportamento desorientado, convulsões, dificuldade em despertar do sono ou perda da consciência. - Infusão de glicose hipertônica (50%); - Glucagon 0,5 a 1 mg EV, SC ou IM.; - Correção das causas básicas. ANOTAÇÕES: ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ____________________________________________________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________
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