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APOSTILA-DIREITO-E-RELAÇÕES-INTERNACIONAIS

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1 
 
 
 
DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
1 
 
 
 
Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA ................................... Erro! Indicador não definido. 
INTRODUÇÃO..........................................................................................3 
HISTÓRICO..............................................................................................4 
FONTES...................................................................................................5 
DESENVOLVIMENTO E TRATADOS.....................................................10 
COSTUMES E PRINCÍPIOS...................................................................15 
RELAÇÕES INTERNACIONAIS.............................................................31 
REFERÊNCIAS.......................................................................................34 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Há um vínculo estreito entre o corpo jurídico que conforma o conjunto do 
que se conhece como ‘direitos humanos’ e o panorama das relações 
internacionais. 
Prova disso é, por um lado, que o referido corpo jurídico tem a sua 
origem intimamente ligada ao fenômeno jus- filosófico, qual quer ser uma 
realidade supranacional já desde a famosa Declaração Universal dos Direitos do 
Homem e do Cidadão em 1789. 
E por outro lado, que, na verdade, a aplicação eficaz no seio dos Estados 
do conjunto dos direitos fundamentais, o qual todas as constituições se 
preocuparam em explicitar desde o século XVIII, só será possível após a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, impulsionada pela 
Organização das Nações Unidas. 
Quando, então, se criam mecanismos de proteção internacional, seja 
mediante a ratificação de tratados, seja mediante a instalação de tribunais de 
caráter supraestatal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
HISTÓRICO 
 
O surgimento do Direito Internacional como disciplina se deu a partir do 
século XVII, mas na prática já existia desde a antiguidade, como por exemplo o 
tratado atinente a fronteira comum entre Lagash e Umma – cidades da 
Mesopotâmia e o firmado entre Ramsés II do Egito e Hatusi III dos hititas, no 
século XIII a.C., denominado de Tratado de Kadesh (em razão da batalha ali 
firmada). 
O DIP regula as relações públicas exteriores dos sujeitos de DIP (os 
Estados, incluindo a Santa Sé, e as Organizações Internacionais) O Direito 
Internacional Público na sua versão clássica admite apenas os Estados e as 
Organizações Internacionais como sujeitos. 
 Contudo Blocos Regionais também podem firmar tratados como é o 
caso do Mercosul em decorrência do art. 34 do Protocolo de Ouro Preto. Além 
disso, indivíduos e pessoas jurídicas têm capacidade postulatória. 
Por exemplo, indivíduos podem acionar a Comissão Interamericana de 
Direitos Humanos CIDH da Organização dos Estados Americanos OEA. 
Também na CIJ indivíduos podem postular e serem julgados como no 
caso, Guengueng et al. v. Senegal, no qual indivíduos torturados durante a 
administração do Habré em Chade acionaram o Senegal que alegava não ter 
jurisdição sobre o caso. Empresas também podem ter capacidade postulatória 
reconhecida como acontece nas ferramentas de solução de controvérsias 
previstas no Tratado Norte-americano de Livre Comércio NAFTA. 
 
 
 
 
5 
 
 
FONTES 
 
 
 
As fontes de DIP são estabelecidas no artigo 38 do Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça (principal órgão jurisdicional da Organização das 
Nações Unidas, também denominado Tribunal Internacional de Haia) 
Artigo 38 
1. A Corte, cuja função seja decidir conforme o direito internacional as 
controvérsias que sejam submetidas, deverão aplicar; 
2. as convenções internacionais, sejam gerais ou particulares, que 
estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; 
3. o costume internacional como prova de uma prática geralmente aceita 
como direito; 
4. os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas; 
5. as decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de maior 
competência das diversas nações, como meio auxiliar para a determinação das 
regras de direito, sem prejuízo do disposto no Artigo 59. 
6 
 
 
6. A presente disposição não restringe a faculdade da Corte para decidir 
um litígio ex aequo et bono, se convier às partes. São as fontes de DIP: os 
tratados, os costumes e os princípios gerais de direito 
A jurisprudência, doutrina e a equidade são meios de integração do 
direito. Alguns doutrinadores incluem entre as fontes os atos unilaterais e as 
decisões das organizações internacionais. 
Exemplo de ato unilateral que produz efeito no âmbito internacional são 
as leis de limite de mar territorial, de zona econômica exclusiva, que estabeleça 
o regime de administração dos portos e que proceda a franquia de águas 
interiores à navegação estrangeira. 
No que se refere à equidade, sua utilização somente poderá ocorrer caso 
as partes envolvidas no litígio concordem com sua aplicação, ou seja, se for 
“certo” e “bom” (“ex aequo et bono”) para a justiça do caso concreto e convier às 
partes. 
Fontes em espécie: 
Convenções internacionais: a principal e mais concreta fonte, com forte 
carga de segurança jurídica. Sem denominação específica, eis a razão de 
poderem ser denominadas como tratados, convenções, acordos, pactos etc. São 
elaborados de forma democrática, com a participação de todos os Estados, 
disciplinam matérias variadas e dão maior segurança, pois exigem a forma 
escrita. 
Costumes internacionais: segunda grande fonte. Há uma atual tendência 
de codificação das normas internacionais. Foi a primeira a aparecer, é, nessa 
linha, fonte-base anterior a todo Direito das Gentes. Nessa linha, para que um 
determinado comportamento omissivo ou comissivo configure costume 
internacional, fonte em sentido técnico, deve cumular dois elementos, quais 
sejam: 
1 – O material ou objetivo (“prova de uma prática geral”); e 
2 – O psicológico, subjetivo ou espiritual (“aceita como sendo o direito”), 
a "opinio juris". Caso configure regra aceita como sendo o direito, é uma fonte 
jurídica, cujo descumprimento é passível de sanção internacional. Resta 
7 
 
 
cristalino que sua conceituação faz emergir a ideia de uma prática constante, 
geral, uniforme e vinculativa. 
Dica importante: quem alega um costume tem o ônus de prová-lo. 
Princípios gerais do Direito: apesar de difícil identificação são fontes 
autônomas. A própria "pacta sunt servanda", a boa-fé e outras são exemplos. O 
Direito moderno passa a depender cada vez mais dos princípios. São 
modernamente classificados como fontes secundárias do Direito das Gentes. O 
fato de estarem previstos em tratados não tira sua característica de princípios. 
Novas fontes: 
Com exceçãoda equidade, as novas fontes do Direito das Gentes (ou 
Internacional) não estão previstas no rol art. 38 do Estatuto da CIJ. 
Analogia e equidade: são soluções eficientes para enfrentar o problema 
da falta de norma. Podem ser colocadas como formas de complementação do 
sistema jurídico. Analogia: é a aplicação a determinada situação de fato de uma 
norma jurídica feita para ser aplicada a um caso parecido ou semelhante. 
Equidade: ocorre nos casos em que a norma não existe ou nos casos em que 
ela existe, mas não é eficaz para solucionar coerentemente o caso "sub judice". 
OBS.: art. 38, § 2º, do Estatuto da CIJ – a aplicação da equidade (ex 
aequo et bono) pela CIJ depende de anuência expressa dos Estados envolvidos 
em um litígio. 
Atos unilaterais dos Estados: consistem em manifestação de vontade 
unilateral e inequívoca, formulada com a intenção de produzir efeitos jurídicos, 
com o conhecimento expresso dos demais integrantes da sociedade 
internacional. 
Decisões das organizações internacionais (OI): atos emanados das OI 
na sua condição de sujeitos de direito internacional, na qualidade de pessoa 
jurídica, ou seja, seus atos precisam ser internacionais, não meramente internos. 
Decisões unilaterais "externa coporis". 
8 
 
 
“Jus cogens”: é norma rígida, o oposto de "soft law". Estão previstas na 
Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, de 1969, em seus arts. 53 e 64. 
São imperativas e inderrogáveis, opondo-se ao "jus dispositivm". 
 Ainda que não haja hierarquia entre as fontes até aqui estudadas, há 
que se reconhecer que "jus cogens" é a exceção, estando acima de todas as 
outras. Versam normalmente sobre matérias atinentes à proteção aos direitos 
humanos, como a própria Declaração Universal de 1948. 
“Soft law”: direito flexível ou direito plástico, oposto de "jus cogens". Para 
alguns, ainda é cedo para considerá-lo fonte. Surgiu no século XX com o Direito 
Internacional do Meio Ambiente. 
Preveem um programa de ação para os Estados relativamente à 
determinada conduta em matéria ambiental ou econômica. 
 
9 
 
 
 
 
10 
 
 
DESENVOLVIMENTO E TRATADOS 
 
Tratado é todo acordo formal e escrito, celebrado entre Estados e/ou 
organizações internacionais, que busca produzir efeitos numa ordem jurídica de 
direito internacional. 
11 
 
 
Tratado é todo acordo formal e escrito, celebrado entre Estados e/ou 
organizações internacionais, que busca produzir efeitos numa ordem jurídica de 
direito internacional. 
Sendo acordo, pressupõe manifestação de vontade bilateral ou 
multilateral. 
Formal, pois tem procedimento específico na sua elaboração, o qual 
pode decorrer de uma conferência internacional ou de um quadro normativo de 
uma organização internacional. 
Quadro normativo de uma organização internacional, que tem as suas 
regras, apresenta um processo legislativo já previsto, que vai estabelecer como 
se elabora uma convenção. Ex.: convenção da ONU sobre determinado assunto. 
Conferência é termo usado para indicar qualquer reunião. Mas, no caso, 
tem caráter “ad hoc” (tem um sentido determinado no tempo; é elaborado para 
aquele momento). Ex.: conferência para elaborar convenção sobre lixo atômico. 
Uma vez aprovada a convenção, extingue-se a conferência. 
Uma conferência pode durar anos. Engloba todo o processo de 
elaboração: a reunião de embaixadores, troca de notas diplomáticas, reuniões 
de funcionários/diplomatas. São negociações feitas no decorrer dos anos, até se 
chegar a um projeto de convenção. Nesse ponto já existe um texto elaborado, o 
qual, em uma “conferência” de três dias, como se notícia nos jornais, os 
representantes se reúnem apenas para assiná-lo ou para acertar uma emenda 
ou outra. É escrito, pois um tratado só é valido se dessa forma for. 
SOFT LAW = não cria direitos e obrigações internacionais 
Contratos (alguma das partes não tem direito de convenção) Ordem de 
Malta e indivíduos são exemplos de sujeitos de DIP que não possuem direito de 
convenção. 
MOU = Não é tratado = porque se não tiver animus contrahendi = será 
memorando de entendimento = MOU = Gentlements agreement) = criam 
condições/confiança para que as partes no futuro elaborem o Hard Law 
(enrijeçam as obrigações) 
12 
 
 
DEFINICAO MENOS ABRANGENTE = CONVENCAO DE VIENA DE 
1969 = Sobre o direito dos tratados = art. 2, parag. 1 alínea a = definir um tratado 
= acordos internacionais celebrados por escrito entre Estados e regidos pelo DI 
quer constem de um instrumento único, quer constem de dois ou mais 
instrumento conexos, qualquer que seja a sua denominação especifica = só 
esses tratados serão regulados pelas normas dessa convenção. 
NÃO SE APLICA A CONVENCAO se o tratado não for escrito, mas isso 
não afasta a aplicabilidade do acordo = Art. 3, caput e alínea a = O fato da 
presente convenção não disciplinar acordos não concluídos por escrito não 
prejudicara a eficácia jurídica desses acordos. 
CONDICOES DE VALIDADE DOS TRATADOS 
1. CAPACIDADE DAS PARTES CONTRATANTES = direito de 
convenção Contratos (alguma das partes não tem direito de convenção) Ordem 
de Malta e indivíduos são exemplos de sujeitos de DIP que não possuem direito 
de convenção. 
Para Nguyen Ouoc Dinh (jurista francês de origem vietnamita autor de um 
dos clássicos do Direito Internacional Público) = entende que capacidade das 
partes não é condição de validade, mas sim condição de existência 
ANULABILIDADE = ANFECHTIGKEIT = ex nunc 
2. HABILITAÇÃO DOS AGENTES SIGNATÁRIOS = representantes de 
um Estado = art. 7 e 8 da Convenção de Viena de 1969 sobre direitos dos 
tratados = uma pessoa poderá ser considerada representante de um estado para 
a prática de quaisquer atos relativos a conclusão de um ato se apresentar plenos 
poderes para tal = há certas pessoas que devido as funções que exercem no 
seu estado que estão dispensadas da apresentação de plenos poderes = 
CHEFE DE ESTADO, CHEFE DE GOVERNO E MINISTRO DAS RELACOES 
EXTERIORES (só esses 3) o chefe de missão diplomática só pode praticar um 
ato sem os plenos poderes = chefe de missão diplomática e representante do 
estado numa organização podem apenas adotar tratado (não para aderir) 
Se ato não for feito por habilitado = não produz efeitos jurídicos = ato 
inválido= existe o acordo, mas não é valido = mas pode ser confirmado pelo 
13 
 
 
estado futuramente por alguém habilitado produzindo efeitos ex tunc (retroativos) 
desde a data de assinatura pela pessoa sem poderes. 
ANULABILIDADE = ANFECHTIGKEIT = ex nunc 
3. OBJETO LÍCITO E POSSÍVEL = factível materialmente possível = tem 
de estar de acordo as normas imperativas de direito internacional geral art. 53 e 
64 = se não estiver de acordo com a não agressão a proibição da pirataria do 
genocídio do apartheid = tratado será nulo. Art. 30 parágrafo 4 = tratado 
contrariar tratados antigos. NULIDADE = NULLIGKEIT = ex tunc 
4. CONSENTIMENTO MÚTUO = vontade dos sujeitos de DIP deve ser 
livremente manifestada = se houver algum vicio na manifestação de um tratado 
pode haver a invalidade do tratado, se bilateral, ou saída do pais que houve vicio 
do consentimento de uma parte se o tratado for multilateral = erro, fraude, dolo, 
corrupção ou coação do representante do estado, atuação do próprio estado pela 
ameaça ou uso da força (art. 48 a 52) 
HIPÓTESE DA RATIFICAÇÃO IMPERFEITA = se estado desrespeitando 
direito interno formal de importância fundamental = estado pode requerer 
invalidade posterior do ato de adesão ou do próprio tratado se bilateral = exemplo 
se o congresso não for ouvido antes do Brasil assumir direitos e obrigações = só 
coação militar = coação econômica ou política não vale como invalidade 
NULIDADE = NULLIGKEIT = ex tunc 
EM DIREITO INTERNACIONAL = MESMO EM CASO DE NULIDADE = 
ATOS PRATICADOS DE BOA FE = CONTINUAM VALIDOS = isso diminui muito 
a diferença entre anulabilidade e nulidade em direito internacional 
FASES1. NEGOCIACAO 
2. ADOCAO do texto do tratado só consentir com o texto negociado não 
é ato que manifesta vontade obrigatória 
3. AUTENTICACAO = não pode mais mudar o texto do tratado = texto 
definitivo 
14 
 
 
4. ASSINATURA = manifesta consentimento definitivo se não for exigida 
ratificação (no caso do BRA se não houver obrigação nova e não criar direitos e 
obrigações não precisa de ratificação do congresso) 
5. RATIFICACAO = manifesta consentimento definitivo (art. 11) TERMOS 
TÉCNICOS DA CONVENÇÃO DE VIENA (não existe estado signatário) 
1. ESTADO NEGOCIADOR (participou das negociações) 
2. ESTADO CONTRATANTE 3. ESTADO PARTE (para qual o estado é 
válido) 
PRINCIPIO DO ESTOPPEL ART 45 = Estado não pode invocar uma 
causa de anulabilidade, de extinção ou de suspensão de um tratado se após 
tomar conhecimento dos fatos tiver aceitado expressamente que o tratado é 
válido ou continua em execução ou em virtude de sua conduta, deva ser 
considerado como tendo concordado que o tratado é valido, ou continua em 
execução, conforme o caso. 
 
COSTUMES E PRINCÍPIOS 
Costume internacional = definição deve espelhar o reconhecimento 
generalizado por parte dos Estados e demais sujeitos de DIP de uma 
determinada prática como sendo obrigatória. Quais são os elementos 
constitutivos de um costume: elemento material: consuetudo/usum e necessária 
uma prática reiterada de comportamento elemento psicológico ou subjetivo: 
opinio juris convicção certeza por parte dos estados e demais sujeitos de DIP de 
que a prática em questão e obrigatória. 
Características do elemento material: DURACAO UNIFORMIDADE 
GENERALIDADE (diferente de unanimidade). 
“Artigo 38.º 
1 – O Tribunal, cuja função é decidir em conformidade com o direito 
internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: 
15 
 
 
a) As convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que 
estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; 
b) O costume internacional como prova de uma prática geral aceite como 
direito; 
c) Os princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas; 
d) Com ressalva das disposições do artigo 59 as decisões judiciais e a 
doutrina dos publicistas mais qualificados das diferentes nações como meio 
auxiliar para a determinação das regras de direito. 
2 – A presente disposição não prejudicará a faculdade do Tribunal (*) de 
decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes assim convierem.” 
A doutrina é unânime ao dizer que o art. 38ª do ECIJ é o diploma que 
regulamenta as fontes do Direito Internacional, no entanto, é também de 
percepção geral que existem problemas com o fato de adotar a letra do Estatuto 
de uma Corte, ainda que da Corte Internacional de Justiça – CIJ, para definir 
quais são as fontes de Direito Internacional. 
Diz o professor Jorge Bacelar Gouveia que a adoção do art. 38ª do ETIJ 
está longe de ser a solução perfeita para a determinação das fontes de Direito 
Internacional, porque em si comporta deficiências como o fato de algumas das 
fontes não são certamente fontes de Direito, sua formulação contém erros 
técnicos, seu carácter exaustivo deixa de fora outras fontes relevantes, e por fim 
e mais importante o fato de não ter valor vinculativo internacional. 
Em seu “O Conceito de Direito”, Hart, quando trata do Direito 
Internacional, lança mão de questionar se seria o Direito Internacional um direito, 
e faz uma averiguação detalhada desta questão, mas não deixa de afirmar que 
a ausência de um poder legislativo internacional, de tribunais com jurisdição 
obrigatória, diz ainda que a ausência destas instituições impede que o Direito 
Internacional especifique suas fontes de direito e que estabeleça regras de 
identificação de seus institutos normativos. 
Segundo o Prof. Valério Mazzuoli, a Convenção da Haia, de 1907, foi 
que primeiro indicou o rol de fontes do DIP, ao estabelecer em seu art. 7º: 
16 
 
 
“Art. 7º– Se a questão de direito a resolver estiver prevista por uma 
convenção em vigor entre o beligerante captor e a Potência de que for parte do 
litígio, ou cujo nacional for parte dele, o Tribunal decidirá conforme as 
estipulações da mencionada convenção. Na falta dessas estipulações, o 
Tribunal aplicará as regras do Direito Internacional. Se não existirem regras 
internacionalmente conhecidas, o Tribunal decidirá de acordo com os princípios 
gerais de direito e da equidade.” 
Como podemos ver, a diferença é que os princípios gerais de direito 
aparecem logo a seguir a convenção em vigor. Em verdade, existe discussão 
doutrinária a respeito da hierarquia das fontes de Direito Internacional, e a maior 
parte crê não haver uma disposição taxativa, tampouco hierárquica: a 
jurisprudência tem demonstrado ao longo dos anos, que as fontes de Direito 
Internacional interagem dinâmica e constantemente, de acordo com o momento 
e lugar, razão pela qual, o artigo não deve ser lido estaticamente. Bem, se toda 
lei internacional, de uma forma ou de outra, deriva do consentimento do Estado, 
não deve haver uma hierarquia entre as fontes de direito internacional: se, em 
princípio elas (as leis internacionais) têm o mesmo caráter obrigatório não há 
que se falar em hierarquia. 
No entanto, o Prof. Eduardo Correia Baptista é correligionário da tese de 
que existe sim, hierarquia de fontes em DIP, e alega, nomeadamente que o ius 
cogens (de que trataremos a seguir), ocupa o topo da lista. A explicação decorre 
de que a hierarquia é caracterizada pela incapacidade de os atos decorrentes de 
fonte inferior revogarem os decorrentes de fonte superior, e cita como exemplo, 
a superioridade hierárquica do costume frente aos tratados. Diz ainda que a 
flexibilidade abre portas ao subjetivismo. 
Aliás, tendo em vista as características tão peculiares do Direito 
Internacional, assim como defende Jorge Miranda, mas com as reservas de 
Accioly, entendemos que se houvesse ordem, em primeiro lugar deveriam vir os 
princípios gerais de Direito Internacional. 
Princípios e os Princípios Gerais de Direito Internacional 
Princípio é sinônimo de início. A questão dos princípios se impõe no 
estudo de quaisquer dos ramos do direito, uma vez que, como ensina J.J. Gomes 
17 
 
 
Canotilho “a questão metodológica da concretização de normas é indissociável 
da filosofia hermenêutica e da teoria da extrinsecação-realização do direito”. Em 
outras palavras, os princípios são a via primeira de interpretação do direito. 
De maneira muito suscinta, e ainda sob o ensinar de Canotilho, o 
processo metodológico que se utiliza para diferenciar uma regra de um princípio 
é o de reconhecer que as regras se adaptam aos modelos tradicionais de 
interpretação, já os princípios apontam para os modelos de concretização e de 
ponderação. 
A recente produção massiva de normas afeta o sistema jurídico, 
entorpece a justiça e enfraquece a segurança jurídica. Os princípios são 
condensadores do direito, uma vez que, como disse São Tomás de Aquino, sem 
entender seus princípios não é possível entender a mais elementar de suas 
instituições. 
As leis tem por objetivo regular uma situação específica, a vida 
elementar do mundo jurídico em uma relação determinada, por exemplo, um 
contrato, o direito de propriedade, a alíquota do imposto sobre a renda, o regime 
de casamento, a pena aplicável ao homicida, entre outras muitas situações, sob 
a égide de um direito que evolui também diariamente; no entanto, cada uma 
dessas situações estão regulamentadas sobre os vários princípios gerais do 
direito, que organizam essas normas, que dão sentido e alcance à cada uma 
delas. Os princípios nos quais estão baseadas estas normas as transcendem, e 
tem como fim profícuo articular com o sistema jurídico, bem como protegê-las de 
eventual lacuna. Os princípios expressam sempre uma ordem de valores. 
Violar um princípio, segundo o Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello,é 
muito mais grave do que transgredir uma norma, e continua: 
“… a desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento 
obrigatório, mas a todo um sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade e 
inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio violado, porque representa insurgência 
contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais…”. 
Há quem defenda que o sistema romano-germânico (da qual se 
assemelha o sistema do Direito Internacional) é superior aos demais sistemas 
jurídicos históricos, não pela perfeição da lei ou a qualidade de seus legisladores, 
18 
 
 
mas pelo fato de que os juristas deste sistemas foram os primeiros a interpretar 
a jurisprudência segundo princípios. 
Os princípios carregam em si funções integrativas e interpretativas do 
direito, como critério auxiliar de decisão e por vezes, de fundamentação de uma 
decisão. O significado e o alcance de uma norma jurídica em determinado 
contexto, devem ser amparados pela lógica de seu sistema, que é definido por 
seus princípios. 
O Direito Internacional é um fenômeno tão complexo, que vai além do 
fato e da regra de que pode ser aplicado num determinado lugar e num 
determinado momento; dizer dos princípios em Direito Internacional é dizer do 
sentido de buscar solução para o problema da pluralidade de fontes e sistemas. 
No entender de Jonas E.M. Machado, os princípios têm a função de 
estabelecer os limites do diálogo jurídico-interpretativo-internacional, a fim de 
garantir a unidade substancial entre o direito interno e o direito internacional. 
Os princípios que regem as Nações Unidas são aqueles dispostos no 
art. da Carta das Nações Unidas, e são eles: 
As Nações Unidas agem de acordo com os seguintes princípios: 
– A Organização se baseia no princípio da igualdade soberana de todos 
seus membros; 
– Todos os membros se obrigam a cumprir de boa-fé os compromissos 
da Carta; 
– Todos deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios 
pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça 
internacionais; 
– Todos deverão abster-se em suas relações internacionais de recorrer 
à ameaça ou ao emprego da força contra outros Estados; 
– Todos deverão dar assistência às Nações Unidas em qualquer medida 
que a Organização tomar em conformidade com os preceitos da Carta, 
abstendo-se de prestar auxílio a qualquer Estado contra o qual as Nações 
Unidas agirem de modo preventivo ou coercitivo; 
19 
 
 
– Cabe às Nações Unidas fazer com que os Estados que não são 
membros da Organização ajam de acordo com esses princípios em tudo quanto 
for necessário à manutenção da paz e da segurança internacionais; 
– Nenhum preceito da Carta autoriza as Nações Unidas a intervir em 
assuntos que são essencialmente da alçada nacional de cada país. 
Como dito, são princípios inscritos na Carta das Nações Unidas e visam 
orientar as ações da ONU com relação a seus membros (a expressão parece 
redundante) e a seus membros entre si. Não são princípios gerais de Direito. 
No que diz respeito aos princípios gerais de direito na legislação 
internacional, o já visto art. 38º do ECIJ assim o coloca: 
“c) Os princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações 
civilizadas;” 
Como se vê do texto do artigo, são os princípios fonte de direito em 
Direito Internacional. Vale dizer que, no que diz respeito ao comando do art. 38, 
os princípios consagrados pela doutrina como princípios de Direito Internacional 
são os princípios gerais do direito reconhecidos pelos Estados litigantes, que, 
por óbvio guarda em si a possibilidade de múltiplas interpretações, pelo que, 
bastava anunciar princípios gerais do direito. Aliás, para que fosse o bastante, 
seria também necessário dizer quais princípios, o que ficou por fazer. Não 
enumerar, ou indicar os princípios gerais de direito que sejam àqueles indicados 
ao Direito Internacional não só falta à Corte Internacional de Justiça para o 
sentido de suas decisões, faltou também ao Tribunal Penal Internacional, que 
em seu art. 21, prescreve: 
“Artigo 21.º Direito aplicável 
1. – O Tribunal aplicará: 
a) Em primeiro lugar, o presente Estatuto, os elementos constitutivos do 
crime e o Regulamento Processual; 
b) Em segundo lugar, se for o caso, os tratados e os princípios e normas 
de direito internacional aplicáveis, incluindo os princípios estabelecidos no direito 
internacional dos conflitos armados; 
20 
 
 
c) Na falta destes, os princípios gerais do direito que o Tribunal retire do 
direito interno dos diferentes sistemas jurídicos existentes, incluindo, se for o 
caso, o direito interno dos Estados que exerceriam normalmente a sua jurisdição 
relativamente ao crime, sempre que esses princípios não sejam incompatíveis 
com o presente Estatuto, com o direito internacional nem com as normas e 
padrões internacionalmente reconhecidos. 
2. – O Tribunal poderá aplicar princípios e normas de direito tal como já 
tenham sido por si interpretados em decisões anteriores. 
3 – A aplicação e interpretação do direito, nos termos do presente artigo, 
deverá ser compatível com os direitos humanos internacionalmente 
reconhecidos, sem discriminação alguma baseada em motivos tais como o sexo, 
tal como definido no n.º 3 do artigo 7.º, a idade, a raça, a cor, a religião ou o 
credo, a opinião política ou outra, a origem nacional, étnica ou social, a situação 
económica, o nascimento ou outra condição.” grifo nosso 
Havemos de acrescentar uma questão de vital importância: qual é a 
função dos princípios como fonte de DIP? A função mais óbvia dos princípios em 
DIP é a de orientar a interpretação das normas convencionais e consuetudinárias 
e suprir eventuais lacunas que existam no Direito positivo. Para o presente 
trabalho, nosso esforço se traduz na tentativa de demonstração de que, ainda 
que não haja lacuna, as decisões internacionais devem basear-se no sentido de 
utilidade do sistema, que está de todo, demonstrado através dos princípios, 
como veremos no Capítulo III. 
 O reconhecimento de uma lacuna legislativa no que diz respeito à 
definição dos princípios gerais de Direito Internacional foi tal que a Assembleia 
Geral das Nações Unidas, adotou em 1970 a Declaração Relativa aos Princípios 
do Direito Internacional Regendo as Relações Amistosas e Cooperação entre os 
Estados Conforme a Carta da ONU, que chegou ao consenso com relação aos 
seguintes princípios: 
a) Proibição do uso ameaça da força; 
b) Solução pacífica de controvérsias; 
c) Não intervenção nos assuntos internos dos Estados; 
21 
 
 
d) Dever de cooperação internacional; 
e) Igualdade de Direitos e Autodeterminação dos Povos; 
f) Igualdade soberana dos Estados; 
g) Boa-fé no cumprimento das obrigações internacionais. 
São, portanto, estes os princípios gerais de Direito Internacional. No 
entanto, a Declaração não constitui emenda à Carta das Nações Unidas, não 
tem caráter de tratado e não vincula os Estados, como bem pautado na sessão 
do Comitê Especial que elaborou a Carta, uma vez que um relatório da 
Assembleia não pode criar regras obrigatórias de direito internacional. 
Talvez por isso, algumas obras, sequer mencionam a Declaração, seja 
como fonte de direito internacional, seja como aliado interpretativo à CIJ. Em seu 
Princípios de Direito Internacional Público, Ian Brownlie dedica-se aos 
“Princípios Gerais de Direito na prática dos tribunais”, e aos “Princípios gerais do 
Direito Internacional”, e diz que são, exemplificativamente: princípio do 
consentimento, reciprocidade, igualdade dos Estados, carácter definitivo das 
decisões arbitrais e das resoluções de litígios, validade jurídica dos acordos, boa-
fé, jurisdição interna e liberdade dos mares. Não há qualquer menção à 
Declaração Relativa aos Princípios do Direito Internacional Regendo as 
Relações Amistosas e Cooperação entre os Estados Conforme a Carta da ONU.Ao tratar dos princípios, Lênio Streck faz uma definição muito parecida 
com a conclusão de Hart: 
“Os princípios gerais do Direito adquirem um significado apenas quando considerados 
em conjunto com o restante do sistema jurídico: daí a necessidade de pressupô-lo como uma 
totalidade. No mínimo os princípios gerais, em seus mais variados conteúdos, podem servir – e 
têm servido cotidianamente – como um topo hermenêutico.” 
Significa dizer que não há sistema jurídico, seja interno ou internacional, 
que não seja modelado por princípios, sob pena de, não incorporando princípios, 
não ser possível interpretá-lo; não sendo possível interpretá-lo, tampouco será 
possível aplicá-lo. 
 
22 
 
 
Princípio da segurança jurídica 
Sobre a segurança, cumpre dizer que é das necessidades básicas do 
ser humano, é consagrado que o homem prefere segurança à liberdade, haja 
vista que essa foi uma das principais razões para a vida em sociedade. Já a 
segurança jurídica implica na garantia de efetivação de direitos declarados pelo 
Estado. 
Para a defesa do argumento de que o Princípio da Segurança Jurídica é 
mais do que um princípio, porque contém nele a razão de ser do Estado 
Democrático de Direito, não nos caberá fazer um estudo histórico evolutivo, mas 
situar o conceito: a expressão Estado de Direito, como conhecemos, é fruto das 
Revoluções Americana e Francesa, que consistia, basicamente na limitação do 
arbítrio dos detentores do poder a partir de princípios como o da legalidade, da 
liberdade e da igualdade. É o nascer do anseio pelo reconhecimento do Estado 
à dignidade humana, o início das teorias do Estado do Bem Estar Social, as 
reações pelo socialismo, comunismo. E mais, o Estado de Direito passa a ser 
associado com a democracia política. 
A Comunidade Internacional, através dos Estados que a compõe, tal 
seja, as Nações Unidas, tem o Estado de Direito como seu primado e a 
democracia se apresenta como valor a ser perseguido. Muito embora a Carta 
das Nações Unidas não traga em seu teor o termo “Democracia”, o Pacto 
Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos sinaliza os fundamentos jurídicos 
e os princípios da democracia, notadamente em consonância com o direito 
internacional, tais como: 
– A liberdade de expressão (Artigo 19); 
– O direito de reunião pacífica (Artigo 21); 
– O direito de se associar livremente com outros (Artigo 22); 
– O direito de tomar parte na direção dos negócios políticos, diretamente 
ou por intermédio de representantes livremente eleitos, bem como o direito de 
votar e ser eleito, em eleições periódicas, honestas, por sufrágio universal e 
igual e por escrutínio secreto, assegurando a livre expressão da vontade dos 
eleitores (Artigo 25); 
23 
 
 
O último relatório publicado pela Freedom House, instituição dedicada à 
vigilância da liberdade e da democracia no mundo, indica que atualmente, de 
193 países considerados, 118 são considerados como livres (democracia 
eleitoral), o restante, é parcialmente livre ou não livre. 
Em a Lei dos Povos, John Rawl defende idêntica concepção ao afirmar 
que sociedades de democracia constitucional tendem a ser mais seguros que 
sociedades não democráticas. Afirma também que muito embora sociedades 
democráticas tenham entrado em guerra, nenhuma das mais famosas guerras 
da história ocorreu entre povos democráticos e liberais estáveis. 
E o que o garante o Estado Democrático de Direito? É a Constituição. 
Aliás, o grande cerne das constituições do século XX é a organização do poder 
político, que, segundo o Prof. Jorge Miranda, “não se cuida apenas de realizar 
até ao fim, de qualquer forma e em qualquer momento, a vontade popular, cuida-
se também de sujeitar a vontade popular à soberania do Direito e portanto, antes 
de mais nada, da própria Constituição.” 
Sobre o Estado de Direito e a democracia, nos ensina Jorge Reis Novais 
que a tensão instalada entre o Estado de Direito, garantidor dos direitos 
individuais, e da Democracia, na apreciação coletiva desses direitos, é a que 
fornece a junção ideal para o Estado Democrático de Direito. Ainda antes, o 
mesmo Jorge Reis Novais escreveu: 
“Tal como o temos visto caracterizar, o Estado de Direito da nossa época é, por 
definição, social e democrático, pelo que, em rigor, seria desnecessária, por sua pleonástica, a 
referida adjetivação. Todavia a sua utilidade reside na transparência com que elucida as 
dimensões essenciais de uma compreensão atualizada do velho ideal de limitação jurídica do 
Estado com vista à garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos. De fato, ela surge 
imediatamente a confluência, no mesmo princípio estruturante da ordem constitucional, de três 
elementos que poderíamos sintetizar por: a segurança jurídica que resulta da proteção dos 
direitos fundamentais, a obrigação social de confirmação da sociedade por parte do Estado e a 
autodeterminação democrática.” 
Assim, o Princípio da Segurança Jurídica também é comumente citado 
na doutrina portuguesa como Princípio da Confiança, deriva de norma insculpida 
na Constituição e implica na certeza do direito. 
Diz Canotilho: 
24 
 
 
“Estes dois princípios – segurança jurídica e proteção da confiança – andam 
estreitamente associados a ponto de alguns dos autores considerarem o princípio da proteção 
da confiança como um subprincípio ou como uma dimensão específica da segurança jurídica. 
Em geral considera-se que a segurança jurídica está conexionada como elementos objetivos da 
ordem jurídica – garantia de estabilidade jurídica, segurança de orientação e realização do direito 
– enquanto a proteção da confiança se prende mais com as componentes subjetivas da 
segurança, designadamente a calculabilidade e a previsibilidade dos indivíduos em relação aos 
efeitos jurídicos dos atos dos poderes públicos.” 
Contrariamente, para Carlos Blanco de Morais, o princípio da segurança 
jurídica e o princípio da confiança são coisas distintas; para ele inclusive, o 
princípio da segurança jurídica não pode sequer ser chamado princípio, já que é 
um princípio sobre princípios, que “logra iluminar corolários como o da proibição 
da retroatividade de normas oneradas, proporcionalidade ou da confiança”. 
A divergência não é só acerca da denominação, uma vez que como 
podemos ver na referida obra, há uma defesa da dissociação dos termos 
segurança e justiça, bem como da desconstrução dos principais corolários da 
segurança jurídica, como por exemplo, a positividade do direito, a publicidade, a 
durabilidade, a existência de regras de soluções de conflitos informativos, a 
clareza e a não retroatividade de normas. Não deixamos de considerar esses 
argumentos, no entanto, não conseguimos identificar no argumento do autor em 
que pese o argumento de outros doutrinadores, se existe uma fundamental 
diferença entre o princípio da confiança e o da segurança jurídica em termos 
práticos. 
Antônio Cortês assinala que embora a segurança seja um valor jurídico 
secundário, que tem seu valor em função de um valor concreto, é certo dizer que 
sem a garantia desses valores não há Direito efetivo, razão pela qual poderíamos 
até falar de um princípio geral de efetividade dos direitos que implica 
instrumentalmente, a existência de garantias objetivas. 
Embora os textos constitucionais não mencionem expressamente 
“segurança jurídica”, tampouco “proteção da confiança”, adotamos a 
terminologia “princípio da segurança jurídica". 
É, portanto, o Princípio da Segurança Jurídica o corolário do Estado 
Democrático de Direito, porque dele deriva o fato de que todos os atos que 
25 
 
 
derivam do Estado, quer sejam eles da esfera administrativa, legislativa ou 
judiciária devem estar baseados num fundamento de legalidade, no caso, na 
Constituição. As intervenções do Estado na vida daqueles que lhe são 
subordinados (cidadãos) obedece a um quadro de limitações, qual seja, o 
respeito pelos direitose liberdades individuais, que são seus pressupostos, mas 
vai além, imputa aos Estados as obrigações do diploma que lhe confere status. 
Concordamos com o posicionamento do Prof. Jorge Reis Novais, que 
também explicitou opinião neste sentido: 
“Mesmo que a Constituição não institua expressamente um princípio da segurança 
jurídica e da proteção da confiança, ele é, seguramente, um princípio essencial na Constituição 
material do Estado de Direito, imprescindível como é, aos particulares, para a necessária 
estabilidade, autonomia e segurança na organização dos seus próprios planos de vida. De resto, 
a luta pela Constituição e pelo Estado de Direito era também, desde os primórdios das revoluções 
liberais, uma luta pela segurança jurídica no sentido de um projeto de organização racional do 
Estado e da sua atuação que mantivesse a esfera dos particulares, nomeadamente no domínio 
da sua atividade económica, ao abrigo das arbitrariedades típicas de um exercício ilimitados dos 
poderes de autoridade que caracteriza o Estado absoluto.” 
Assim, vemos que a segurança jurídica é uma condição do próprio 
direito, porque visa estabilizar a ordem jurídica para que esta seja efetiva e 
garanta a justiça, já que os elementos centrais da segurança jurídica são os 
valores de confiança, de calculabilidade e de cognoscibilidade sobre as normas 
ou sobre os fatos da vida. 
O Princípio da Segurança Jurídica é, portanto, mais do que um Princípio 
e que deve vigorar em Direito Internacional. A ideia vem exatamente do que diz 
respeito à soberania (que veremos mais adiante): a figura de um Estado se 
manifesta na escolha de sua forma de governo, na criação de suas leis, na 
garantia de execução de seus preceitos, na subsunção de sua autoridade aos 
seus nacionais, pelo uso que faz das competências que essas leis lhe conferem, 
de sua identidade, de seu relacionamento interestatal. Esse é justamente o 
critério de legitimação exigido pelo DIP para a aceitação de um Estado. Ousamos 
prosseguir e afirmar que o Estado reconhecido pelo Direito Internacional Público 
carrega em si não só a figura do Estado Democrático de Direito, mas da figura 
do Estado Democrático de Direitos Humanos. 
26 
 
 
Nesta linha de pensamento, podemos localizar o Princípio da Segurança 
Jurídica insculpido nos arts. 2°, 6°, 12°, entre outros, da Declaração dos Direitos 
do Homem e do Cidadão, de 1789, na Declaração Universal dos Direitos do 
Homem, de 1948, no Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e 
Culturais, de 1966, entre muitos outros, embora seu fundamento deva permear 
todos os sistemas jurídicos. 
O que queremos dizer é que, embora a expressão Segurança Jurídica 
não figure em nenhuma doutrina no que diz respeito à sua inclusão como 
princípio de DIP (exceto por referência, como demonstrado no parágrafo 
anterior), é o elo que une o DIP de seus principais atores, que são os Estados. 
Vale dizer com essa afirmação, que o que tem feito o DIP ao longo do 
seu período de evolução é induzir (ou eleger) entre seus atores e sujeitos, o 
Estado Democrático de Direito como modelo ideal de responsabilidade, a 
soberania então, como veremos a seguir, é mais do que uma liberdade, é uma 
responsabilidade. 
A ideia encontra algum respaldo na obra de Jónatas E. M. Machado, que 
anuncia: 
“… parece verificar-se uma tendência internacional no sentido de afirmação do modelo 
de “Estado de direito, democracia e direitos humanos”, como princípio de direito internacional. 
Alguma doutrina considera que, partindo da afirmação do indivíduo como unidade primária e 
sujeito por excelência do direito internacional, a qualidade de Estado de direito democrático de 
direitos fundamentais deveria ser considerada pela comunidade internacional, como critério de 
legitimação da própria existência de um Estado enquanto tal. Neste sentido aponta a concepção 
de soberania como responsabilidade.” 
Nesta mesma linha de pensamento, a Comissão Interamericana de 
Direitos Humanos reiterou a intrínseca relação entre a democracia e o respeito 
aos direitos humanos na publicação do Relatório “Derecho a la verdad em 
América”. Diz o relatório de maneira clara e inequívoca que a democracia 
representativa é a forma de organização política adotada pelos Estados 
membros da OEA, bem como, que a CADH estabelece como princípios que a 
organização política dos Estados membros tenha como base o exercício efetivo 
da democracia, bem como elege a democracia como condição indispensável 
para a estabilidade, a paz e o desenvolvimento da região. 
27 
 
 
No Brasil, o princípio da segurança jurídica tem seu expoente processual 
na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, tendo em vista que, 
como destacado no voto na ministra Carmen Lúcia na ADPF 101/DF: 
“… é plausível admitir que o Tribunal deverá conhecer da arguição de descumprimento 
toda vez que o princípio da segurança jurídica restar seriamente ameaçado, especialmente em 
razão de conflitos de interpretação ou de incongruências hermenêuticas causadas pelo modelo 
pluralista de jurisdição constitucional, desde que presentes os demais pressupostos de 
admissibilidade.” 
 Sob uma outra vertente, Radbruch desenvolveu uma Fórmula que 
consiste em três ingredientes que compõe para ele, a ideia de direito: a justiça, 
finalidade e a segurança jurídica. 
A princípio nos compete expor a hierarquia desses valores, uma vez que, 
embora haja antagonismos latentes entre eles, esses antagonismos precisam 
ser resolvidos antes que avancemos. 
A primeira contradição é aquela entre a justiça e a finalidade: se a justiça 
é a base do fundamento de direito, e a base da justiça é a igualdade, a igualdade 
é uma abstração que se afasta do individual, e a finalidade, por sua vez, exige 
que se individualize tanto quando possível, ou seja, se o bem do povo é o que 
interessa, significa dizer que só o fim importa, e essa ideia contradiz a ideia de 
justiça. 
A segunda contradição consiste em, se o direito positivo deve ser 
cumprido incondicionalmente ao custo de sacrificar os demais valores: em nome 
da segurança jurídica, a própria justiça estaria degenerada. Quanto a segurança 
jurídica, diz Radbruch, esta exige a positividade do direito, e, uma vez 
estabelecido, aspira a impor-se com uma incondicional validade e 
obrigatoriedade, independentemente de sua justiça ou mesmo de sua exata 
apropriação a quaisquer fins. 
Mesmo diante desses antagonismos, Radbruch, em síntese, diz que 
esses valores devem complementar-se mutuamente, e que portanto, a justiça 
está, ou deve estar, acima do fim, e deve anteceder o postulado da segurança 
jurídica, e se não é possível fixar uma utilidade com validade universal, essa 
adequação não deve ceder, sob nenhum pretexto à arbitrariedade. 
28 
 
 
 
RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
Poder é a capacidade de fazer algo sem impedimentos. Em política, o 
poder é uma relação social em que um ator individual ou coletivo exerce 
comando com probabilidade de sucesso sobre outros atores, que podem ou não 
resistir. Portanto, o poder de uns encontra limite no poder dos demais. 
Os instrumentos e mecanismos de poder constituem um gradiente que 
vai da coerção e da dissuasão até a aquiescência e o consenso voluntário, 
passando pela autoridade. Em relações internacionais, o poder é 
predominantemente negativo, ou seja, é a capacidade de impor limites ao 
comportamento dos outros. Por exemplo, ser capaz de se defender contra a 
agressão e a conquista militar, ou dissuadir um país de usar armas nucleares 
por medo da retaliação nuclear. 
Por sua vez, segundo a definição sintética da Convenção de Montevidéu 
sobre os Direitos e Obrigações dos Estados (1933), três requisitos materiais e 
um subjetivo definem a personalidade jurídica internacional deste tipo de ator 
coletivo. Um Estado é composto por um território, uma população e um sistema 
de governo capaz de exercer a soberania sobreo território e conduzir relações 
internacionais com outros estados. 
O quarto elemento, de natureza, subjetiva, é o seu reconhecimento e 
aceitação por parte dos demais estados. Em 2015, existiam 195 estados 
independentes reconhecidos no mundo, sendo 193 membros da Organização 
das Nações Unidas e dois com status de observadores. Os Estados existentes 
são muito diferentes em relação ao grau em que cada requisito está presente, 
bem como nas proporções de território, população e capacidades que cada um 
concentra. Existem estados tão extensos territorialmente como a Federação 
Russa (17.075.400 km2), ou ainda menores do que a Holanda (42.508 km2). Tão 
populosos como a Indonésia 2 (255.461.700 habitantes), ou tão escassamente 
povoados como o Qatar (972 mil habitantes). 
Reconhecidos por todos, ou contestados por muitos, mais ou menos 
ricos, poderosos e desiguais. Ainda assim, com a exceção da Antártida, nenhum 
29 
 
 
outro território significativo do planeta terra está isento das pretensões de 
soberania dos diversos estados (terra nullis). As relações internacionais são 
constituídas pelos fluxos produzidos pelos humanos que atravessam as 
fronteiras entre os estados e os espaços comuns (a Antártida, os oceanos, o 
espaço sideral etc.). 
Fluxos materiais e imateriais, legais e ilegais, que abrangem relações de 
poder, trocas comerciais, turismo, finanças, esportes, notícias, cultura, 
conhecimentos, infraestrutura, tráfico de drogas, pessoas, armas etc. Neste 
sentido, as Relações Internacionais são o campo de estudos interdisciplinar que 
analisa tais fluxos. Um dos fluxos importantes que caracterizam as relações 
internacionais são os relacionamentos formais e informais, regulares ou 
esporádicos, que os estados desenvolvem entre si por meio da diplomacia. 
O instituto moderno da diplomacia envolve a acreditação de 
representantes oficiais (embaixadores e outros funcionários) de uns estados em 
outros e também junto às organizações internacionais para promover as 
relações pacíficas e os canais de diálogo (Convenção de Viena, de 1961). 
A diplomacia é, neste sentido, uma dimensão da política externa dos 
países com funções de negociação, representação e informação lícita. Desde 
1961, há uma explícita separação no Direito Internacional Público entre as 
atividades de inteligência e de diplomacia, sendo vedado aos diplomatas a 
espionagem e o controle de fontes humanas nos Estados em que são 
acreditados. Arbitragens, mediações, conferências e negociações são exemplos 
de instrumentos diplomáticos. Um dos resultados possíveis da atividade 
diplomática é a formação de regimes internacionais. 
Considero a definição formulada por Stephen Krasner (1983) a mais 
adequada: “Princípios, normas, regras e procedimentos de tomada de decisão 
explícitos e implícitos em torno dos quais convergem as expectativas dos atores 
em uma dada área das relações internacionais”. Regimes são formados visando 
a coordenação de comportamentos em relação a um tema ou problema. Podem 
ser mais ou menos efetivos e legítimos. São exemplos de regimes internacionais 
a Convenção sobre a Proibição de Armas Biológicas, as instituições financeiras 
do sistema de Bretton Woods, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre 
30 
 
 
a Mudança do Clima e a Organização para a Cooperação de Xangai. Finalmente, 
por ordem internacional entenda-se aqui qualquer distribuição de poder entre os 
atores em um determinado período histórico. 
Além da distribuição de poder (polaridade) e dos níveis de conflito 
(polarização), também são elementos importantes para caracterizar uma ordem 
internacional a sua configuração institucional e seu contexto (social, econômico, 
tecnológico e ambiental). Por exemplo, entendo que a ordem internacional 
contemporânea é caracterizada por uma distribuição tripolar de poder (Estados 
Unidos, China e Rússia), com crescente polarização entre as grandes potências 
e seus aliados regionais. A ordem internacional contemporânea é a mais 
institucionalizada desde o início da modernidade, mas ainda assim é 
predominantemente anárquica (ausência de governo mundial). 
Seu contexto é marcado por quatro grandes transições globais 
(demográfica, climática, energética e tecnológica) que estão modificando as 
condições sob as quais todos os atores interagem. Neste sentido, a ordem 
internacional atual é instável e tende a se reequilibrar sob novas bases até 2050. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
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