Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IMPORTÂNCIA DO ISOLAMENTO Trabalho com cultura bacteriana de forma individualizada. Quando coletamos uma amostra clínica com suspeita de infecção bacteriana, essa amostra pode estar contaminada com outras bactérias que podem não estar relacionados com a infecção. Por isso o isolamento, para fazer testes de detecção. Crescimento em caldo Isolamento primário – 1° meio de cultura que é utilizado para inocular a amostra que foi coletado e esse isolamento varia de acordo com o objetivo/bactéria que estamos procurando. Existem bactérias que chamos de bactérias fastidiosas que possui uma exigência nutricional complexa, são bactérias competitivas, quando a isolam precisa-se de um meio de cultura pré enriquecido para tentar a estimulação/multiplicação dessa bactéria fastidiosa e tentar inibir o crescimento de outras bactérias que não são de interesse naquele momento. Também pode usar meios bastante enriquecidos para estas bactérias competitivas, pois esses nutrientes que vão ajudar na recuperação dessas bactérias “mais sensíveis”. Antigamente se usava bastante meios líquidos e dificultava muito o isolamento em cultura pura, de um único microrganismo, porque nos caldos não se tem muita distinção de aspecto do crescimento das colônias bacterianas, podendo observar desde uma turvação à formação de sedimentos, ou um crescimento na superfície do caldo sobre que pode observar a formação de flóculos que ficam dispersos na coluna desse meio líquido. Então, com o uso dos meios sólidos as placas, os mesmos tubos de ensaios contendo meios de culturas sólidos com presença do Àgar, consegue fazer a diferenciação bem visível, pelas características das colônias e também o uso de algumas técnicas para chegar na identificação dessas colônias, na recuperação ou no isolamento dessas colônias bacterianas. Como são essas técnicas e como são usadas? Temos 3 técnicas que podem ser usadas para a inoculação da amostra em um meio de cultura sólido. 1. Esgotamento por estrias – a mais usada não só para bactérias, mas também para fungos, usa-se alça de platina, um instrumento metálico que é reutilizável, tem uma haste metálica com a parte final revestida por isolante para que se possa segurar ali e não se queimar, e na outra ponta um fio metálico com a ponta arredondada onde vai ficar depositado o fragmento essa amostra. Existem também alças de platina descartáveis, tem uma grande vantagem por ser calibrada, ou seja, tem volume fixo, podendo ser usada em análise quantitativa já que depois fará uma conta para extrapolar o crescimento do n° de colônias com o volume que foi aferido com essa alça calibrada. Vai ser dado em microlitros e transfere-se para mililitros, essa transferência precisa dividir por x1000. • Flambagem – momento importante para a ealização desse método. A flambagem é método de esterilização, feito na chama do bico de Bunsen: - Passa a ponta da alça primeiro pela chama redutora e depois pela chama oxidante para ele evitar a formação dos aerossóis, a alça depois fica próxima ao redor desse bico de Bunsen, mas não encosta essa alça nem no bico e nem na bancada, tem que manter suspensa. Depois coleta o fragmento da amostra. Após coletar um fragmento da amostra, encosta a pontinha da alça de platina na placa, próximo a borda, e com movimentos fortes em zig zague até chegar ao meio da placa. Quando chega no centro da placa, leva novamente a alça para o bico de Bunsen para flambagem e depois novamente esfrega na placa, puxando pelas estrias e novamente em zig zague, leva até o centro da placa (quadrante lateral). Depois a placa é encubada e observará o crescimento, no 3° grupo, a formação das colônias isoladas. • As colônias são junções de milhares de células que levam à formação desses pontos visíveis na placa, a olho nu. A partir dessas colônias, iremos caracterizá-las. • Estriamento em quadrantes – ou estriamento composto, porque existe um processo de formar divisões, tendo a flambagem entre as divisões/quadrantes. • 4 grupos de estrias com flambagem da alça de platina entre elas, e puxando as últimas estrias e afasta do grupo anterior. Tem que ocupar toda a superfície da placa. • Estriamento simples – não feito flambagem, é estriamento contínuo do início ao fim. Faz- se em um material com n° de células bacterianas pequenas. Por exemplo, pegando o grupo 1 da placa e indo até a outra ponta final, em zigue zague. Pode semear mais de uma amostra na placa: 2. Semeadura em superfície (Spread plate) - o A semeadura é feita com movimentos circulares/uniforme, logo depois espalhamos esse 0,1ml por toda a superfície da placa, para que, usando a placa for encubada e ter o crescimento das colônias, as colônias não terão aspectos concentrados no início e depois dispersos, e sim, estarão distribuídas uniformemente em toda a placa. É mais utilizado em testes quantitativos, importante para a microbiologia de alimentos. inóculo previamente diluído, é espalhado na superfície do ágar com auxílio da alça de Drigalsky Essa alça tem a opção descartável, de vidro e de metal. Sua diferença com a alça de platina, é que sua superfície de contato é bem maior, em forma de L, e sua inoculação é através do deposito de um pequeno volume na superfície do meio de cultura. Usa-se uma micro pepeta, uma amostra em suspensão líquida (se fosse sólida teríamos que preparar uma suspensão antes), e deposita no centro da placa 0,1ml dessa suspensão líquida. 3. Vazamento em Placa (Pour Plate) – não usa meio de cultura pronto, e sim, usa-se uma placa vazia e estéril. Depositará nesta placa, um volume múltiplo de 10: 0,1 ou 1ml com auxílio de uma pepeta. Transfere da suspensão esse volume que estabelecemos, e logo em seguida acrescenta-se um meio de cultura favorável para o tal objetivo de estudo, o isolamento da bactéria. sólido e por último coloca a placa na estufa para aguardar o crescimento das colônias. Esse método o crescimento de colônias pode ser na superfície e ou dentro do no meio de cultura, e essas colônias que crescem dentro do meio de cultura, são bactérias anaeróbias (podem ser facultativas, presença ou ausência de O2, ou anaeróbias estritas). • Diluição seriada – a partir do inóculo de diluição da amostra. Proporção 1:10. Diluições escolhidas para contagem devem ter no mínimo 2- 30 colônias e no máximo 200 – 300 colônias. Cada passagem de tubo, dilui-se 10x a suspensão da diluição anterior. O cálculo é feito em relação ao inóculo original, ou seja, o ultimo tubo está 1.000.000x em relação ao inóculo original, o primeiro. Conforme vai diluindo, reduz o n° de células daquela suspensão por ml. Com as diluições sendo feitas, incubamos cada placa e observar as progressões. CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE COLÔNIAS BACTERIANAS CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS EM RELAÇÃO AO OXIGÊNIO exemplos de gasosa atmosférica ideal para diferentes grupos microbianos: 1. Aeróbio estrito – só cresce na presença do oxigênio atmosférico; 2. Anaeróbio estrito – só cresce na ausência do oxigênio atmosférico, somente CO2; O volume que a placa comporta é de 20 - 25 ml, e o meio de cultura tem que está aquecido a 45° C, para que o àgar esteja liquido para homogeneizar depois o meio de cultura junto com o inóculo da amostra. Essa homogeneização são movimentos em 8 da placa, na superfície da bancada, girando. Conforme a temperatura do ambiente abaixa, ele se torna 3. Anaeróbio facultativo – cresce tanto na presença quanto na ausência de O2 (quando há presença de oxigênio, a multiplicação de células é muito maior por conta da carga de ATP que é gerada na respiração aeróbia); 4. Microaerófilo – cresce na presença de 5% dooxigênio (aeróbios estritos na faixa dos 19%); 5. Anaeróbio aerotolerante – bactéria que cresce em condições anaerobiose, mas tolera a presença do O2. ISOLAMENTO DE BACTÉRIAS AERÓBIAS Como é feito incubação de bactérias aeróbias. Placas posicionadas com a tampa para baixo para evitar a formação da água de condensação que pode contaminar as superfícies do meio de cultura. O crescimento é acompanhando ao longo dos dias, algumas formam colônias em um dia. ISOLAMENTO DE BACTÉRIAS ANAERÓBIAS – TÉCNICA GASPAK Para geração de CO2 que é usado para bactérias anaeróbias. É um sistema comercial, um envelope que serve para gerar Hidrogênio e CO2. Esse envelope vem dentro de uma embalagem de alumínio, fechado, é colocado dentro de uma jarra de acrílico, onde na jarra terá um suporte de aço inoxidável, onde irão empilhar a placa de Petri para isolamento de uma bactéria anaeróbia. Quando abrimos essa extremidade desse envelope, o contato com o ar faz com que os reagentes que estão na composição, gerem CO2 e Hidrogênio. Essa reação é catalisada pelo paládio (C) e nisso, o H vai se ligar ao O que está dentro da jarra e formar água. E o CO2 é o gás que precisamos para isolar a bactéria anaeróbia, por isso mantem-se jarra vedada. Tem uma fita indicadora de anaerobiose que pode ser colocada dentro dessa jarra, muda de cor a medida que o ambiente se torna reduzido. A) Cultura bacteriana B) Placas de ágar C) Câmara do catalisador paládio D) Tampa E) Parafuso de fixação F) Junta de vedação de borracha G) Fita indicadora de anaerobiose H) Envelope GasPak Precisa-se de estufa para ajustar a temperatura ideal para a bactéria que pretende isolar. Ex.: Micobactéria que causa a tuberculose, sua temp. ideal é 37°C.
Compartilhar