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Agulhas, fios e suturas Fios de sutura Fios absorvíveis: perdem cerca de 50% de sua força tênsil em 4 semanas. ● Categute: tempo de absorção (simples: 8 dias; cromados: 20 dias), usado em suturas gastrintestinais, ligadura de vasos no subcutâneo, cirurgias ginecológicas e urológicas; ● Ácido poliglicólico (DEXON): absorção (60 a 90 dias), sutura de músculos, fáscias; ● Ácido poligaláctico (VYCRIL): absorção (60 dias), usado em cirurgias gastrintestinais, urológicas, ginecológicas e oftalmológicas; ● Polidioxanona (PDS): absorção (180 dias), usado em sutura de tendões, cápsulas articulares e fechamento da parede abdominal. Fios inabsorvíveis: perdem sua força tênsil em tempo variável. ● Poliéster: suturas de tendões, aponeuroses e vasos, requer um mínimo de 5 nós; ● Nýlon: suturas de pele, absorção (2 anos); ● Polipropileno (PROLENE): sutura vascular. Fios orgânicos: geram maior reação de corpo estranho, porém são fios geralmente de menor custo. Fios minerais: são os que produzem menor reação. São de difícil manuseio e sua presença e inextensibilidade podem causar lesões. Fios sintéticos: possuem características intermediárias entre orgânico e mineral. Fios monofilamentares: possuem menor capilaridade e deslizam com menos fricção. Possuem tendência à memória. Menor risco infeccioso. Fios multifilamentares: podem ser torcidos, trançados ou trançados revestidos, não usados em tecidos já infectados. Propriedade dos fios: configuração, manuseabilidade, força de tênsil, reação tecidual. Agulhas Retas: reconstrução de vísceras ocas, tendões, nervos e suturas intradérmicas. Circulares: têm curvatura relacionada à fração de um círculo. Sua ponta pode ser triangular (cortante, facilitam a técnica cirúrgica em tecidos resistentes), redonda ou espatulada. Suturas e nós cirúrgicos Suturas Todas as suturas promovem em maior ou menor grau três efeitos básicos nos tecidos vivos onde são aplicadas: síntese (aproximação); recobrimento das estruturas em planos anatômicos abaixo dessa; hemostasia da sutura. Técnica de sutura O sentido da sutura deve ser escolhido para que a mão não dominante do cirurgião (mão auxiliar) exerça sua função sem prejudicar a técnica. Em suturas longitudinais (cirurgião destro), da direita para a esquerda ou de cima para baixo, por exemplo. Suturas básicas R Y C M U Suturas separadas Suturas contínuas Ponto contínuo simples (chuleio): confecção de pontos simples, seriados e sem interrupção. O nó é realizado no início e no final da sutura. Ponto contínuo ancorado: realizado da mesma forma que a sutura simples contínua, porém com o cruzamento do fio entre os nós. Ponto em U horizontal (barra grega ou colchoeiro): a entrada e saída dos fios são realizadas lado a lado, de forma contínua. Sutura em bolsa: aplicada com o intuito de inversão das bordas e de seu conteúdo. Realizada por sutura circunferencial, transfixando os planos parcialmente e espaçada entre 0,3 e 0,5 cm. Reparar e manter folga no fio em 0/360º e 180º permite que, ao realizar o nó cirúrgico, o auxiliar possa invaginar através de pinça o seu conteúdo. Ponto em U horizontal interno (intradérmico): a passagem do fio contra lateral deve ser realizada no mesmo nível do término da passagem imediatamente anterior. O fio deve ser cruzado. O fio pode ser exteriorizado, com ou sem nó externo, nas duas extremidades. Qual sutura utilizar Pele Ponto simples. Ponto em chuleio simples (barra grega). Ponto intradérmico. Ponto Donatti. Ponto de guilles (hemi-donatti). Tecidos profundos Ponto em X. Ponto em U. Ponto simples invertido. Ponto contínuo. Sutura Donatti Sutura em X Sutura simples Ponto simples comum e invertido