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UNIVERSIDADE CEUMA 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
ANA CLEYDE, EMILLY RAYANNE, ERICA CECÍLIA, KALLYNE RODRIGUES, MARIA EDUARDA DE SOUSA, PEDRO GARCIA, RAFISA PEREIRA. 
 
 
PROJETO DE INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL COM PROFISSIONAIS DE 
ENFERMAGEM QUE ATUAM NA LINHA DE FRENTE DO COMBATE À COVID-19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO LUÍS– MA 
2021 
 	 
ANA CLEYDE, EMILLY RAYANNE, ERICA CECÍLIA, KALLYNE RODRIGUES, MARIA EDUARDA DE SOUSA, PEDRO CALIOPE, RAFISA PEREIRA. 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL COM PROFISSIONAIS DE 
ENFERMAGEM QUE ATUAM NA LINHA DE FRENTE DO COMBATE À COVID-19 
 
 
 
Projeto de Intervenção Psicossocial da disciplina de Psicologia Social e Comunitária, turma do 3° período, turno matutino do Curso de Psicologia da Universidade Ceuma. 
 
Professora Ana Flavia Moura.
 
 
 
SÃO LUÍS– MA 
2021 
 
Sumário
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 4 
1.1 Embasamento Teórico ................................................................................................................... 5 
1.2 Justificativa ................................................................................................................................ 6 
2. OBJETIVOS ................................................................................................................................ 7 
2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................................... 7 
Objetivos Específicos ....................................................................................................................... 7 
3. METODOLOGIA ........................................................................................................................ 8 
4. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS ........................................................................................ 10 
5. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 11 
 
 
 
 	 
 
RESUMO
 O presente trabalho visa apresentar um projeto de intervenção psicossocial associado a um dos principais hospitais do estado do Maranhão, Hospital de Clinicas Integradas (HCI), feito com profissionais da área de enfermagem que atuam na linha de frente do combate à COVID-19. No contexto atual em que estamos vivendo, causado pela pandemia do novo coronavírus, a enfermagem vem desempenhando um papel fundamental na prestação de cuidados aos infectados pelo vírus, visto que são os profissionais que passam maior tempo com os infectados, envolvidos no atendimento e tratamento destes, assim, estes profissionais estão sujeitos a uma maior exaustão física e psíquica. A grande sobrecarga no ambiente de trabalho por estarem atuando na linha de frente, muitas vezes acarreta em uma desestabilização dos seus sentimentos em conexão com sua estrutura cognitiva, ou seja, uma dificuldade em estabelecer tudo que está sendo vivenciado. Em vista disso, este trabalho tem como objetivo identificar de que forma a pandemia pode influenciar na saúde mental destes profissionais e a partir disso elaborar um plano de ação tendo em vista, a redução de fatores que aumentem o estresse e ansiedade no ambiente de trabalho, proporcionar apoio psicossocial e ressignificar sua forma de cuidar. A metodologia adotada para a intervenção foi a pesquisa-ação pela perspectiva psicossocial de Kurt Lewin, foi feita uma revisão de literatura utilizando artigos indexados no LILACS e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), após isso, o planejamento de uma intervenção para implementação e monitoramento, propondo práticas integrativas que possam amenizar os impactos psicológicos e sociais sobre estes profissionais durante a crise da COVID-19.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO. 
 A crise sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19) que perpassa mais de 180 países, teve início no Brasil em 26 de fevereiro de 2020, desde então vem ganhando proporções catastróficas, totalizando mais de 16.000.000 de casos confirmados no país até junho de 2021, e mais de 400.000 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde. Tudo isso tem gerado uma grande demanda física e psicológica em toda a população, no caso dos profissionais da saúde que estão atuando na linha de frente do combate à doença essa demanda é ainda mais delicada, os enfermeiros são descritos como uma das categorias mais afetadas já que estão trabalhando diretamente com os pacientes da COVID-19, correndo grande risco de infecção, além de ter que lidar com hospitais sobrecarregados e elevado números de mortes. O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), destaca que os principais sentimentos declarados pelos enfermeiros são ansiedade, medo, ambivalência, depressão e exaustão. Diante deste cenário, ganha destaque a preocupação com a saúde mental e sofrimento emocional destes profissionais, surgindo a necessidade de serviços estruturados visando a prevenção, promoção e proteção de sua saúde mental. 
 	 
1.1 EMBASAMENTO TEORICO. 
 
 A Organização Mundial da Saúde (OMS), define saúde mental como ‘’o estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza suas capacidades, pode fazer face ao estresse normal da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera e contribuir para a comunidade em que se insere’’. Neste caso, saúde mental vai além da ausência de doenças e está intimamente ligada com a qualidade de vida e a capacidade de contribuição para comunidade. 
 
Em relação ao momento atual, o sistema de saúde brasileiro não se encontrava preparado para tal situação, a infraestrutura inadequada, falta de equipamentos de proteção individual e a alteração na carga horaria, acarretaram em uma vulnerabilidade maior para os profissionais da área de saúde. Segundo Brooks, 
 
 [...] A pandemia gera inúmeras sequelas, principalmente, no sistema de saúde, visto que os profissionais de saúde são expostos a longas jornadas de trabalho, cansaço físico e emocional, fatores estes que contribuem para o adoecimento mental dos mesmos. (Brooks, et al., 2020) 
 
Como sabemos, os enfermeiros são os responsáveis pelo atendimento mais direto do paciente, pela realização de exames preliminares, monitoramento do quadro de saúde e acompanhamento da recuperação, estando mais expostos ao contágio, contribuindo para uma maior condição estressora. 
 
Ainda de acordo com a Organização Mundial de Saúde, os profissionais de enfermagem pressionados com essa situação apresentam altos riscos de adoecimento, provocando problemas na saúde mental, aumentando os casos da Sindrome de Burnot, além de gerar estresse e ansiedade, demonstrando a necessidade de uma equipe multidisciplinar para que, com o trabalho em conjunto se torne possível um trabalho mais eficiente e saudável. 
Para Petzold, et al. (2020), o apoio social, a comunicação, distribuição clara de tarefas e a utilização de ajuda psicossocial e psicológica, são medidas particularmente mais importantes na redução do estresse emocional ao qual os profissionais de saúde estão submetidos. 
Brooks, et al. (2020) reforça a necessidade de medidas para reduzir as implicações psicológicas no seguinte trecho: 
Medidas adotadas para reduzir as implicações da pandemia não podem ser desprezadas neste momento, se isso ocorre geram-se lacunas importantes no enfrentamento de desdobramentos negativos associados à doença, sobretudo porque as implicações psicológicas podem ser mais duradouras e permanentes que a própria COVID-19. (Brooks, et al.,2020). 
 
 
1.2 JUSTIFICATIVA. 
Como resposta as questões e necessidades já expostas na introdução e reforçando que a psicologia comunitária tem como um dos seus principais objetivos desenvolver atividades que promovam o bem-estar individual e coletivo, este projeto foi idealizado para promover uma rede de apoio psicológico mas também social aos profissionais de enfermagem. Contemplando a importância do cuidado com a saúde mental e apresentandosugestões para lidar com o desgaste emocional, auxiliando de acordo com as demandas que forem identificadas e apresentadas pelos participantes. 
 
 
 
2. OBJETIVO GERAL. 
Identificar os principais efeitos psicológicos da pandemia COVID-19 nos profissionais de enfermagem, observar o funcionamento da instituição e a partir disso, elaborar um plano de cuidado amplo de acordo com as necessidades destes profissionais. 
 
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS. 
 
· Abrir um espaço de acolhimento aos profissionais de enfermagem. 
 
· Prevenir que o sofrimento psíquico desse momento venha causar alguma psicopatologia. 
 
· Proporcionar ambientes que sejam de fato cuidadores, organizar um espaço de trabalho acolhedor que por si mesmo já proporcione acolhimento. 
 	 
3. METODOLOGIA. 
 
Local: 
Hospital de Clínicas Integradas (HCI) São luís- MA 
 
Participantes: 
Temos a estimativa de trabalhar com 20 Profissionais de enfermagem da instituição. 
 
Duração e Período: 
A intervenção tem um período estimado de quatro meses, acontecerá no turno matutino, quatro vezes na semana (segunda-feira, quinta-feira, sexta-feira e sábado), e cada encontro terá a duração média de 01:30 hora. 
 
Procedimentos: 
 
Apresentação e integração do grupo: 
Neste primeiro momento, será feita a apresentação dos participantes e interventores, o estabelecimento de um contrato de trabalho e o esclarecimento dos objetivos a serem alcançados com o projeto. Em seguida, uma avaliação prévia para verificar o nível de estresse dos participantes e, por fim, um diálogo em conjunto para observação das expectativas e esclarecimento de dúvidas. Nos encontros iniciais haverá o conhecimento do funcionamento da instituição, recolha de dados e informações que auxiliem no proposito do projeto, conversas com a equipe, e observações. Posteriormente a apresentação do planejamento e implementação deste. 
 Atividades a serem desenvolvidas: 
· Terapia comunitária, grupos de apoio emocional e psicológico presencialmente e também por meio das plataformas digitais, um momento de escuta sobre sentimentos e expectativas, mobilizando recursos internos necessários para momento de estresse. Um momento também para troca de experiências, reflexão e acolhimento. 
 
· Horários intercalados para os enfermeiros, alternando entre a área de COVID19 e as outras áreas de menor impacto do hospital, objetivando que a estabilidade psíquica do profissional seja mais duradoura. 
 
· Organizar um espaço onde estes profissionais possam fazer um ‘’microintervalo’’ (uma atividade breve que ajude a quebrar a monotonia de tarefas que provoque desgaste mental) durante a jornada de trabalho. Um espaço reservado para que possam ser feitas pequenas pausas, sendo ambientalizado com frases de músicas, poesias e piadas em post-its e cartazes. Mesmo sem a presença de um profissional de saúde mental diretamente neste local, se faz importante para que o trabalhador se sinta cuidado. 
 
· Reuniões via Google Meet, duas vezes por semana com a equipe, garantindo comunicação de boa qualidade e atualizações confiáveis que possam reduzir as incertezas e estresse, proporcionando uma sensação de certo controle. 
 
· Ginastica Laboral, exercícios de curta duração com técnicas de respiração e alongamento, visando reduzir a sensação de esgotamento ao final do dia e combater doenças ocupacionais. Essa técnica seria feita no ínicio de todos os encontros presenciais. 
 
· Encaminhamento para atendimento psicológico individual caso seja necessário 
 
· Ao fim de cada mês seria feito um teste para verificar o nível de estresse desses profissionais até o término do projeto. 
 
4. RECURSOS HUMANOS. 
Discriminação social: 	Quantidade: 
 Psicólogo .............................................. 2 
 Estagiário de psicologia ........................ 4 
 Terapeuta ocupacional ........................... 1 
 
 
4.1 RECURSOS MATERIAIS. 
 	 
 
MATERIAIS: 	QUANTIDADE: 
	 
Questionários para avaliação 
	 
 100 
	 
Cartazes 
	 
 08 
	 
Post-its 
	 
 400 
 
Outros materiais: álcool em gel, máscaras PFF2, canetas. 
 Também é necessário que todos tenham acesso ao Google Meet para realização das reuniões. 
 
 
 
 	 
5. REFERÊNCIAS. 
 
BARBOSA, D. et al. Fatores de estresse nos profissionais de enfermagem no combate à pandemia da COVID-19. Rio de Janeiro: Com. Ciências Saúde, 2020. 
BROOKS,S.K. et al. The psychological impact of quarantine and how to reduce it: rapid review of the evidence. The Lancet, 2020. 
FIOCRUZ. Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Pandemia COVID-19: Cartilha para gestores. Brasília: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 2020. 
HORTA, R.L. et al. Estresse e a saúde mental de profissionais da linha de frente da COVID-19 em hospital geral. Rio de Janeiro, Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 2020. 
HUMEREZ, DC de, Ohl RIB, Silva MCN da. Saúde mental dos profissionais de enfermagem do Brasil no contexto da pandemia Covid-19: ação do Conselho Federal de Enfermagem. Cogitare enfermagem, 2020. 
SCHMIDT, Beatriz. et al. Impactos na Saúde Mental e Intervenções Psicológicas Diante da Pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19). Campinas: Revista Estudos de Psicologia, 2020.