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Legítima Defesa

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Legítima Defesa 
 
 
Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente 
dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a 
direito seu ou de outrem. 
Requisitos 
a) Reação a uma agressão atual ou iminente 
e injusta; 
b) Defesa de um direito próprio ou alheio; 
c) Moderação no emprego dos meios necessários 
à repulsa. 
d) Elemento subjetivo. 
Agressão 
Ato humano que lesa ou põe em perigo um direito. 
Só as pessoas humanas, portanto, praticam 
agressões. 
Injusta é a agressão contrária ao ordenamento 
jurídico. Não se exige que a agressão injusta seja 
necessariamente um crime (a legítima defesa pode 
ser exercida para a proteção da posse ou contra 
furto de uso, o dano culposo etc.). 
A injustiça da agressão deve ser aferida de forma 
objetiva, independentemente da capacidade do 
agente (ébrios habituais, menores de 18 anos). 
Provocação 
Pode ou não ser uma agressão, dependendo da 
sua intensidade e conforme as circunstâncias (a 
injúria de certa gravidade pode ser considerada, 
mas se a provocação constituir uma mera 
brincadeira, não autoriza a legítima defesa. 
Desafio, duelo, convite para briga = quem aceita, 
não age em legítima defesa. 
Agressão iminente - está prestes a ocorrer. 
Agressão futura - se a agressão é futura, inexiste 
legítima defesa. 
Agressão passada - não haverá legítima defesa, 
mas vingança. 
 
 
Legítima defesa da honra em princípio, todos os 
direitos são suscetíveis de legítima defesa, tais 
como a vida, a liberdade, a integridade física, o 
patrimônio, a honra etc., bastando que esteja 
tutelado pela ordem jurídica. O que se discute 
não é a possibilidade da legítima defesa da 
honra e sim a proporcionalidade entre a ofensa 
e a intensidade da repulsa. 
Nessa medida, não poderá, por exemplo, o 
ofendido, em defesa da honra, matar o agressor, 
ante a manifesta ausência de moderação. 
Adultério não justifica matar o cônjuge adúltero, 
não apenas pela falta de moderação, mas 
também devido ao fato de que a honra é um 
atributo de ordem personalíssima, não podendo 
ser considerada ultrajada por um ato imputável 
a terceiro, mesmo que seja a esposa ou o marido 
do adúltero. 
Meios necessários são os menos lesivos 
colocados à disposição do agente no momento 
em que sofre a agressão (pedaço de 
pau/emprego de arma de fogo). 
Moderação é o emprego dos meios necessários 
dentro do limite razoável para conter a 
agressão (o número exagerado de golpes revela 
imoderação por parte do agente). A 
imoderação enseja excesso, que é a 
intensificação desnecessária de uma ação 
inicialmente justificada. 
Excesso doloso ou consciente ocorre quando o 
agente, ao se defender de uma injusta agressão, 
emprega meio que sabe ser desnecessário ou 
mesmo tendo consciência da 
desproporcionalidade, atua com imoderação. 
Excesso culposo ou inconsciente ocorre quando 
o agente, diante do temor, aturdimento ou 
emoção provocada pela agressão injusta, 
acaba por deixar a posição de defesa e partir 
para um verdadeiro ataque, após ter dominado 
o seu agressor. 
Material por: Cecília 
 
 Legítima defesa contra agressão acobertada por 
qualquer outra causa de exclusão da culpabilidade, 
a pessoa que está suportando um ataque 
injustificável tem o direito de se defender, 
independentemente de o agressor ter condições de 
conhecer o caráter criminoso do fato. 
Legítima defesa real contra legítima defesa putativa 
Na legítima defesa putativa o agente pensa que 
está defendendo-se, mas, na verdade, acaba 
praticando um ataque injusto. Configura um ataque, 
porque nesse caso a legítima defesa só existe na 
cabeça do agente. Há, portanto, uma agressão 
injusta. Legítima defesa putativa existe quando o 
agente, supondo por erro que está sendo agredido, 
repele a suposta agressão. 
Legítima defesa putativa contra legítima defesa 
putativa 
É o que ocorre quando dois neuróticos inimigos se 
encontram, um pensando que o outro vai matá-lo. 
Ambos acabam partindo para o ataque, supondo a 
legítima defesa. Objetivamente, os dois fatos são 
ilícitos. A legítima defesa putativa, quando derivada 
de erro de tipo, exclui o dolo e, às vezes, também a 
culpa. 
Legítima defesa real contra legítima defesa subjetiva 
A legítima defesa subjetiva é o excesso por erro de 
tipo escusável/inevitável. Após se defender de 
agressão inicial, o agente começa a se exceder, 
pensando ainda estar sob o influxo do ataque. Na 
sua mente, ele ainda está defendendo-se, mas 
objetivamente já deixou a posição de defesa e 
passou ao ataque. Cabe legítima defesa. 
Situação teórica, porque na prática aquele que deu 
causa aos acontecimentos jamais poderá invocar a 
legítima defesa, mesmo contra o excesso. Exemplo: 
estuprador que, levando a pior, começa a ser 
esfaqueado pela moça que atacara. 
Legítima defesa putativa contra legítima defesa real 
O fato será ilícito, pois objetivamente injusto, mas 
dependendo do erro que levou à equivocada 
suposição, poderá haver exclusão de dolo e culpa 
(erro de tipo escusável). Hipótese possível na legítima 
defesa putativa de terceiro. Exemplo: “A” presencia 
seu amigo brigando e, para defendê-lo, agride seu 
opoente. Mas o amigo era o agressor e o terceiro se 
defendia. 
Legítima defesa real contra legítima defesa culposa 
 
O que importa é a injustiça objetiva da 
agressão. Na legítima defesa real contra 
legítima defesa putativa por erro de tipo 
inescusável/evitável, há agressão injusta 
decorrente de culpa na apreciação da 
situação de fato. Contra esse ataque culposo 
cabe legítima defesa real. 
Legítima defesa recíproca 
Não é possível falar-se em legítima defesa 
recíproca. Um dos contendores ou ambos está 
agindo ilicitamente. Poderá haver a absolvição 
de ambos, se por falta de provas não se apurar 
qual deles tomou a iniciativa. 
Não-cabimento da legítima defesa 
a) Legítima defesa real contra legítima defesa 
real; 
b) Legítima defesa real contra estado de 
necessidade real; 
c) Legítima defesa real contra exercício regular 
de direito; 
d) Legítima defesa real contra estrito 
cumprimento do dever legal. Nesses casos não 
há agressão injusta. 
Resumo sobre Legítima Defesa 
A legítima defesa como forma de excludente de 
ilicitude pode ser usada quando o ofendido 
usando moderadamente dos meios necessários 
repele injusta agressão, atual ou iminente, a 
direito seu ou de outrem. Estudar o presente 
instituto em todos os seus nuances à tarefa do 
presente estudo monográfico. 
Não apenas isso, mas também todos os 
aspectos que se referem ao excesso da legítima 
defesa, a legitima defesa putativa, também 
chamada de imaginária e o erro sobre as 
excludentes de ilicitude são os aspectos de 
maior relevância a ser estudado. 
 Não se pode esquecer que foram usadas as 
melhores jurisprudências e as doutrinas mais 
atuais acerca do assunto, sempre enfocando os 
entendimentos mais divergentes. 
Ciente de que a legitima defesa é uma das 
causas de excludente de ilicitude, o defensor 
deve agir de acordo com o princípio da 
proporcionalidade e respeitar os limites 
explícitos na legislação, mesmo sendo eles, 
ainda questionáveis.

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