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Preparo Cavitário e Restauração de Cavidades Classe I

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• Material restaurador 
→ Função 
→ Adequada resistência a abrasão 
→ Boa adaptação marginal 
→ Biocompatibilidade 
→ Cor natural dos dentes 
Quais são os objetivos quando trabalhamos com resina composta e com qualquer outro material? Primeiramente, 
não devemos pensar em estética, não é o primeiro ponto. Devemos restabelecer inicialmente função, então isso 
é o mais importante quando pensamos em um procedimento restaurador, apesar de hoje em dia todo mundo 
querer estética, mas o material também tem quer ser resistente, no caso da resina principalmente resistência à 
abrasão, tem que ter também uma boa adaptação marginal, tem que ser biocompativel e hoje, por conta da 
questão cultural tem que se priorizado um pouco da estética também. 
 
 
 
 
• Restauração adesiva direta 
• Princípio da máxima preservação dos tecidos 
• Preservação cristais, vertentes de esmalte sem suporte. 
Os princípios gerais do preparo cavitário são formas de contorno, resistência, retenção, conveniência. 
Antigamente, pensava-se em extensão para preservação e com o surgimento dos sistemas adesivos agora 
temos como fazer a máxima preservação. 
Com o surgimento desses sistemas iremos unir toda a estrutura e iremos preservar mais, então não 
precisamos remover mais, então não precisamos remover toda a estrutura, porque trabalhamos com uma 
restauração adesiva e iremos tentar preservar as cristas, as vertentes de esmalte sem suporte, então iremos 
preservar o máximo que der. 
 
 
• Classe I e II 
• Superfícies livres 
• Dentes posteriores fraturados 
• Substituição de restaurações antigas 
• Restauração de dentes com ampla lesão de cárie 
Preparo Cavitário e Restauração de Cavidades Classe I 
• Fechamento de pequenos diastemas 
Podemos trabalhar em classe I e II, em superfície livre, dentes posteriores fraturados (devemos ter cuidado 
com a fratura, pois fraturas muito extensa as vezes não conseguimos restaurar de forma direta, podemos 
utilizar a restauração de resina indireta também, a direta, podemos utilizar a restauração de resina indireta 
também, a direta é aquela que fazemos logo após remoção do tecido cariado, já a indireta é aquela que 
precisamos moldar, ou mandamos para um lab.), substituir restaurações antigas (podemos estar substituindo 
preferencialmente um amálgama defeituoso, não é sugerido para ninguém trocar o amálgama se ele estiver 
bom, só por conta de estética, pois sabemos que amalgama assim como a resina tem suas vantagens assim 
como a resina tem algumas desvantagens, então devemos ter cuidado ao fazer isso, não é aconselhável mexer 
em uma restauração se ela estiver funcionando de forma adequada) nos permite fazer restauração de dentes 
como ampla lesão de cárie e permite o fechamento de pequenos diastemas (não da para fechar grandes 
diastemas em dente posterior com resina). 
 
 
• Envolvimento estético 
• Possibilidade de isolamento absoluto 
• Paciente com boa higiene bucal 
• Pacientes de baixo risco à carie 
• Presença de esmalte nas margens cavitarias (preferencialmente) 
• Possibilidade de manutenção das cúspides 
• Possibilidade de controles periódicos 
 
 
• Dentes antagonistas com restaurações cerâmicas 
• Extensão da área a ser restaurações maior do que a metade da distância intercuspidea 
• Envolvimento de uma ou mais cúspides no preparo 
• Estresse oclusal excessivo 
• Pacientes com alto risco à carie 
• Quando for impossível o emprego do isolamento absoluto 
Tem situações onde não podemos utilizar resina como, quando temos uma cerâmica em um dente antagonista, a 
dureza da cerâmica é em torno de 500, a dureza do dente é acerca de 300 e pouco, já a resina é em torno de 
100, o que vai acontecer com essa resina é o desgaste, uma abrasão do material, e para escolher o que colocar 
no local deveremos analisar, dependendo do tamanho talvez devamos utilizar uma outra porcelana, ou então, se já 
tiver um metal devemos deixar o metal, não devemos tirar essa restauração de amalgama para substituir. 
Quando maior a extensão, a abertura, pior vai ser a longevidade desse material em relação a manutenção da 
anatomia, ele vai desgastar mais facilmente, podemos quando já estiver envolvendo uma ou mais cúspides é melhor 
trabalharmos com outros materiais como a própria cerâmica. 
Estresse oclusal excessivo acaba fraturando 
E como foi falado anteriormente, paciente com alto risco à carie. O certo é adequamos primeiro, colocarmos 
provisório e depois fazer a troca por resina, é a estética, é resolvermos a situação do paciente, tirar ele do alto 
risco e deixar ele como baixo risco. 
Quando não for possível a realização do isolamento absoluto. 
 
 
• Forma de contorno 
• Forma de resistência 
• Forma de retenção 
• Forma de conveniência 
• Remoção de dentina cariada remanescente 
• Acabamento das paredes de esmalte 
• Limpeza da cavidade 
 
 
“Mínima intervenção – Máxima conservação” 
Na questão do contorno devemos ter mínima intervenção e máxima conservação. Hoje, ate para amalgama 
vemos na literatura, que devemos fazer a mínima intervenção. Existem livros que dizem que devemos remover 
o tecido cariado e permitir que o menor calcador entre, então em tudo, ate mesmo em amálgama devemos 
fazer a mínima intervenção. 
 
 
• Fatores determinantes 
→ Relacionado com a propagação da cárie 
o Envolvimento do esmalte cariado friável 
o Preservação das estruturas de reforço não comprometidas pela cárie. 
Quem vai definir o contorno é a cárie, a extensão que ela vai ter; iremos basicamente remover só o esmalte 
cariado e friável e iremos preservar estruturas de reforço que principalmente não estejam comprometidas por 
essa cárie. 
 
 
• Relacionado ao dente 
→ Preservação máxima de estrutura dentária 
→ Remoção de tecido cariado e irreversivelmente comprometido 
Para dar forma de resistência, no caso do amalgama, para o dente ou para a restauração, devemos 
utilizar no mínimo a profundidade de 1,5 mm, ângulos internos arredondados, convergência para a oclusal 
em torno de 70° a 90°, no caso de classe II tem curva reversa. E no caso de resina conseguimos 
resistência para o dente, mantendo o dente, quando mais dente, mais resistente vai ser. 
• Relacionado a restauração 
→ Evitar expor a restauração aos contatos oclusais diretos 
→ Outra coisa, que nem sempre conseguimos é evitar o contato direto, com o dente antagonista, aquela 
região de interface. 
 
 
• Quais resinas compostas utilizar em dentes posteriores? 
→ Macroparticuladas 
→ Microparticuladas 
→ Híbridas ou microhibridas 
→ Nanoparticuladas 
As hibridas e microparticuladas, e nanoparticuladas podem ser usadas em dentes posteriores. As 
microparticuladas não podemos utilizar, porque de certa forma tem menos carga, e o sistema de obtenção 
dessas resinas acaba deixando-a mais fácil de sofrer uma certa fratura. 
 
 
• Não apresentam um bom acabamento de superfície 
• Desgaste da matriz orgânica 
• Baixa resistência ao desgaste oclusal 
A macroparticulada não pode ser utilizada. O tamanho da partícula varia muito, normalmente a partícula era 
mais quartzo, então desgastava facialmente, não tinha tanta resistência como era necessário. 
 
 
• Superfície mais lisa 
• Absorvem maior quantidade de água 
• Frágil união entre particuladas de carga pré-polimerizada e a matriz orgânica 
A microparticulada também não pode ser utilizada. Permite uma superfície mais lisa, mas ela acaba contendo 
mais matriz orgânica absorvendo mais água, e não tem uma união tão forte, e possui uma menor resistência. 
 
 
• Lisura superficial e boa resistência 
• Propriedades físicas e mecânicas variam entre as tradicionais e as hibridas 
Já as hibridas e microhíbridas surgiram para resolver o problema das macros e microparticuladas. Então, elas 
possuem uma lisura superficial boa, principalmente para dente posterior e tem propriedades físicas que 
permitem a utilização em dentes posteriores, e ela vai resistir bem a abrasão a fratura, então da paratrabalharmos tranquilamente. 
 
16. ) 
• Apresentam características mecânicas necessárias as regiões submetidas a altas tensões mastigatórias e 
as características de alto polimento e brilho que se mantem ao longo do tempo. 
• Possuem a nanotecnologia, onde conseguimos colocar bastante carga, obter uma ótima lisura e podemos 
trabalhar bem em dentes posteriores. Então, para dente posterior, nós temos hibridas, microhibridas e 
nanoparticuladas. Existem também diferenças que iremos sentir quando estivermos trabalhando, 
percebemos que conseguimos dar um polimento melhor na nano, de certa forma, em alguns casos a nano 
ainda tem uma resistência a fratura e ao desgaste maior, porque nas nano temos ainda mais cargas do 
que nas outras, elas são mais rígidas e tem um nódulo de elasticidade maior. 
 
 
• Padrão de desgaste → localização e tamanho da restauração 
→ Perda de forma anatômica 
→ Modificação do padrão oclusal 
O desgaste esta muito relacionado com o tamanho da restauração e localização. Quando mais posterior 
for a restauração que estamos fazendo maior o desgaste que iremos ter. quando menor a restauração 
o próprio dente protege aquela estrutura, então temos um desgaste menor, e quanto maior, maior contato 
vai ter com o alimento e com os dentes antagonistas, vai ter maior desgaste também. E o problema clinico 
desse desgaste é que vamos perdendo forma e modificando o padrão oclusal, então o dente superior 
começa a estruir. 
 
 
• Condicionamento ácido / sistemas adesivos → Esmalte e dentina 
Retenção, no amalgama era feito paredes convergentes para oclusal, profundidade maior que a largura. A 
retenção na resina é uma retenção micromecânica e quem define isso é o ácido e o sistema adesivo. Então, 
trabalharmos tanto no esmalte e na dentina. 
• Esmalte 
→ Água 
→ Orgânico 
→ Mineral 
Devemos lembrar da diferença de composição do esmalte e da dentina. Onde no esmalte a maior 
porcentagem é a porção mineral. 
• Dentina 
→ Água 25% 
→ Orgânico 25% 
→ Mineral 50% 
E na dentina é totalmente diferente, pois ela é cheia de túbulos e fibras colágenas. Então, acabamos tendo 
uma retenção melhor em esmalte do que em dentina. 
• Camada Híbrida: Devemos lembrar que a retenção, principalmente em dentina, é graças a formação da 
camada hibrida, então devemos ter cuidado para obter uma camada hibrida adequada, permitindo uma 
infiltração adequada do primer quando aplicado e depois reforçado com o adesivo. Na hora que aplicamos o 
ácido as fibras colágenas ficam no posicionamento e vao ser mantidas pela água, mas se ressecarmos elas 
colabam. Precisamos deixar as fibras colágenas úmidas para não colabarem. 
 
• Margens do preparo preferencialmente em esmalte: Manter as margens do preparo preferencialmente 
em esmalte, mas nem sempre isso é possível, principalmente em casos de classe II, que estão muito 
extensas, temos uma dificuldade de ter esmalte. As vezes temos uma fina camada de dentina, por isso é 
onde normalmente acabamos tendo mais problemas. 
 
• Selamento marginal x microinfiltração: Quando a retenção não é adequada acaba tendo infiltração, e o 
paciente ao beber água ou ingerir outra coisa ele acaba sentindo, ou seja, acaba tendo uma sensibilidade 
pós-operatória, começa a pigmentar porque vai infiltrando e manchando o espaço entre o dente e a 
restauração, e consequentemente com o tempo, acabamos tendo recidiva de carie. E por melhor que esteja 
a restauração se a união não tiver bem feita iremos perder a restauração. 
 
 
• Procedimento prévios realizados durante a execução do preparo cavitário que possibilitam a instrução 
adequada e a inserção do material 
→ É o que vai facilitar a realização do trabalho. Precisamos preservar estruturas, mas tem situações em 
que se preservarmos demais não conseguimos nem restaurar e nem tirar a cárie, então teremos que 
abrir mais. Outra coisa que nos ajuda muito é o isolamento. É a outra forma de conveniência que temos 
que trabalhar. 
• Ângulos internos arredondados 
• Melhor escoamento do sistema adesivo 
→ Espessura uniforme 
→ Também vai nos ajudar um pouco, tanto na resistência quanto na conveniência, permitir que os ângulos 
internos fiquem arredondados. Porque o sistema adesivo vai escoar melhor, se tiver muitas 
irregularidades prejudica a difusão desse sistema adesivo. 
 
 
 
 
• Bisel → NÃO 
→ Em resina em dente anterior fazemos bisel, mas em dente posterior não fazemos. A principal função 
do bisel é estética, ele aumenta a retenção também porque aumenta a área de contato, mas não é o 
correto termo uma fina camada em um dente posterior, pois irá quebrar, pois está em local de contato 
oclusal, dessa forma a restauração vai ficar falhando. 
• Bisel Oclusal 
→ Aumenta a exposição das margens 
→ Borda fina de RC 
→ Aumenta a extensão da abertura V-L 
o Não fazemos bisel porque expomos mais margens, e deixaremos uma borda fina de resina e ainda 
aumentamos a abertura V-L que consequentemente se não tinha contato com o dente antagonista, 
agora consegue ter esse contato. 
• Sem Bisel 
→ Diminuição da fratura marginal 
→ Camada suficiente de RC 
→ Diminuição da infiltração marginal 
o Quando não trabalhamos com o bisel, consequentemente diminuímos as fraturas marginais e também 
diminuímos a infiltração que poderíamos ter porque depois que a fratura vai ter uma infiltração no 
material. 
 
 
• Cavidade rasa/média 
→ Hibridação (Ácido + primer + adesivo) 
→ CIV + AC + primer + adesivo 
• Cavidade profunda 
→ Ca(OH)2 + CJV + AC + primer + adesivo 
Em uma cavidade rasa e média iremos proteger basicamente com a própria dentina, não é necessário 
utilizar um material propriamente dito. Mas o próprio sistema adesivo, ele é um selante de certa forma, 
pois fazer o selamento dos túbulos, ele é um material de proteção como agente de selamento. Em casos 
mais profundos nas medias podemos ver na literatura que utilizam o CIV, ácido, primer e a sequencia 
normal, mas se ele tiver uma boa espessura nem precisa, basicamente é só o sistema adesivo. 
Quando aumenta a profundidade aplicamos o cimento de hidróxido de cálcio, que é só um pontinho no ponto 
mais profundo, pois se colocar muito pode acabar causando prejuízos com o tempo. 
• Cavidade muito profunda 
→ Ca(OH)2 + CIV + AC +primer + adesivo 
• Cavidade com exposição pulpar 
→ Ca(OH)2p. a + Ca(OH)2 + CIV + AC + primer + adesivo 
 
No caso de cavidade muito profunda, se não teve exposição trabalhamos ainda com o cimento de hidróxido 
de cálcio, ionômero e continuamos com o sistema adesivo. Quando terminamos de colocar o ionômero de 
vidro em uma restauração provisória aplicamos verniz, quem vai proteger o ionômero de certa forma da 
sinérese é o material restaurador. E na união, devemos aplicar o ácido sobre esse ionômero para criar 
micro retenções para a resina se unir a ele. Ela não se une quimicamente, a união dela é mecânica. Então, 
aplicamos o ácido como se estivéssemos trabalhando em uma cavidade normal. Só não podemos exagerar 
e ultrapassar os 20 segundos porque senão depois acabamos fragilizando demais o ionômero. 
Não podemos aplicar o hidróxido de cálcio e colocar o ácido sobre ele. Ele é básico e com um ácido vira sal, 
então já começamos a fragilizar esse material. Ele não vai se desmanchar e formar uma lama, mas quando 
formamos esse sal iremos diminuir propriedade mecânicas dele, se colocarmos a resina em cima e 
polimerizarmos ela vai ter a contração e ao contrair pode acabar desprendendo restaurar. A base pode 
ser um forramento, não precisa ter um volume muito grande, pode servir somente para proteger o 
hidróxido de cálcio. 
Quando tem exposição pulpar aplicamos o pó e o cimento de hidróxido de cálcio sobre ele. 
 
 
• Contração de polimerização 
→ Uma das maiores de contorno a contração de polimerização é a utilização da técnica incremental. 
Devemos lembrar que a resina tem várias monômeros e ao polimerizar esses monômeros vão se 
unindo e o espaço é diminuído. Então, só podemos mexer nessa contraçãoquimicamente (onde temos 
o fabricante, muda o monômero, aumenta o peso molecular dele ou alteramos a reatividade dele) ou 
clinicamente temos atitudes que iremos realizar. A direção da contração é para o centro e atualmente 
a contração ocorre em direção a parede que ela está unida, por isso temos que diminuir o número de 
contato. Se colocar tudo de uma vez e polimerizar, iremos acabar tendo contração em todas as 
paredes e ele irá soltar ou irá gerar uma tensão bem grande. 
 
 
 
Uma das maneiras de diminuirmos a contração é fazemos a técnica incremental, porque diminuímos a área 
onde temos a direção da contração. 
 
 
• Contração de polimerização 
→ = redução do volume do material = tensões na interface adesiva 
→ Estresse é > resistência de união = infiltração, mancha mento, cárie secundária 
→ Estresse é < resistência de união = flexão de cúspides, sensibilidade pós-operatória, união em esmalte. 
 
 
• Fase pré-gel: Inicio da reação = tensões de contração gerados são dissipados pela deformação da resina 
das superfícies livres em direção as aderidas 
• Ponto gel: Resina não sofre deformação gerando tensões internas 
• Pós-gel: Toda contração gera estresse 
 
Quando polimerizamos temos a massa de resina, mas ela nessa fase é como se fosse um liquido viscoso, 
líquidos podem alterar as moléculas quimicamente, mesmo sendo viscoso as moléculas se mechem e quando 
vamos polimerizar enquanto ela está na fase de pré-gel que ainda é um liquido viscoso quando está no 
começo da polimerização quando ele está se contraindo, o monômero se meche e ele diminui aquela 
contração, quando ele chega no chamado ponto gel é que polimerizou numa quantidade suficiente que aqueles 
monômeros começam a ficar estéticos não tem como ele compensar a contração. E a partir dessa fase 
ponto gel, temos a fase pós-gel que é uma fase que toda a contração vai ser direcionada para a interface 
de união. 
 
• Alta intensidade de luz 
• Pré-gel curta e pós-gel longa 
• Baixa intensidade de luz 
• Pré-gel longa e pós-gel curta 
 
Iniciamos a nossa reação, colocamos o foto polimerização e nesse momentos as moléculas ainda estão livres, 
os monômeros tem como se mexer nessa fase pré-gel, quando estamos com a resina sem polimerizar ele está 
nessa fase, se não polimerizou não começou, na hora que aplicamos o foto ele começa a liberar radicais livres 
para ter o processo, a canforoquinona se quebra e forma radicais livres e começamos a ter a polimerização, 
mas nesse momento a resina ainda não está solida, esta ainda como se fosse um liquido viscoso, os monômeros 
ainda se mexem para compensar para não contrair na interface, então os componentes podem se mexer 
para ter uma melhor conformidade e evitar a contração na interface, mas depois que vamos polimerizando e 
colocamos mais fótons e mais intensidade de energia na resina ela já deixa de ser um liquido viscoso e vira um 
solido, os monômeros estão todos estáticos, não tem mais como mexer. Não tem mais como compensar aquela 
contração, aí a polimerização vai gerar uma tensão na interface de união. Quando ele não tem mais como se 
mexer, devemos lembrar que a contração é em direção a interface. Então, não tem o que fazer e geramos 
uma tensão nessa interface. E depois que temos de 20% a 30% ele não se mexe mais, já foi dada muita 
polimerização e ele para ele continua contraindo, mas ele não se move mais. Então o vai acontecer é que 
teremos a contração e iremos gerar tensão, mas agora na interface de união. A molécula quando começamos 
colocar na fase pré-gel ela se move para evitar que tenhamos tensão ainda na interface. Quando chegou no 
ponto gel e começamos a fase pós-gel ela já não tem mais como se mexer e a tensão é na direção de contração 
que é na interface, então podemos ter problemas de romper, de infiltrar. 
 
 
 
• Técnica incremental 
→ Também reduz o fator C 
Isso (fases de polimerização) está sendo falado porque os nosso fotopolimerizadores podem aumentar 
a fase de pré-gel ou diminuir a fase pré-gel, e pelo que foi falado é melhor ter uma fase pré-gel maior 
ou menor? Maior. A fase pré-gel é aquela em que as tensões vão ser dissipados por deformação da 
resina das superfícies livres em direções as aderidas, ela encontra-se tentando se mexer. Na fase 
ponto gel ela não se forma mais e toda contração gera tensão e na pós-gel essa contração gera 
estresse na interface de união, então o ideal é que a fase pré-gel seja bem mais longa. 
 
• Fator C (Configuração Cavitário) 
• Este fator se define na relação existente entre a forma do preparo cavitário e a capacidade de alivio das 
tensões provenientes da contração de polimerização e que se expressa pela razão entre a superfície 
aderida pela livre. 
 
 –
• Rápida reação de polimerização 
• Praticamente sem presença de fase pré-gel 
• Maior tensão na interface dente/restauração 
 
 –
• Ex: 20 seg. 250mW/cm2 + 40 seg. 600mW/cm2 
• Prolonga a fase pré-gel reduzindo as tensões provenientes da contração de polimerização. 
 
Na técnica gradual ou em passos ou em degrau, começamos os primeiros segundos com uma intensidade 
bem baixa para permitir que ele comece a polimerizar, mas ainda bem lento. E depois, no final, não podemos 
ter aparelhos do começo ao fim com uma baixa intensidade, porque se não precisaremos de muito tempo 
para aquele material polimerizar. Permitimos que os 20 segundos iniciais sejam só de pré-gel. Existem 
aparelhos que podemos escolher o modo (técnica) que queremos utilizar. Depois de começar com uma 
intensidade mais baixa, e depois o aparelho vai para uma intensidade maior por 40 segundos para ele 
terminar a polimerização e isso prolonga a fase pré-gel e consequentemente já reduz as tensões. 
 
 
Inserção de resina composta – Técnica incremental 
Deveremos trabalhar em incrementos. Diminuindo o fator C, compensamos a questão da contração e ainda 
obtemos a anatomia. É até mais fácil para adquirir a anatomia, além de economizar material e tempo. 
 
 –
• Intensidade aumenta gradativamente 
• Proporciona uma reação de polimerização mais lenta reduzindo as tensões 
 
Temos a técnica que é em rampa. Que a intensidade do aparelho vai subindo gradativamente. E isso, 
conseguimos fazer com o aparelho de técnica uniforme, podemos trabalhar manualmente afastando um 
pouco, se começar muito próximo vai ser muito intenso ter uma fase pré-gel curta e então começamos 
de longe e depois iremos aproximando. Não fica perfeitamente, como quando utilizamos o aparelho ideal, 
mas conseguimos melhorar muito a fase pré-gel. E isso já vai reduzir tensões. 
 
 –
• Rápida ativação inicial em baixa intensidade seguida de um intervalo de alguns minutos, seguida por uma 
segunda ativação com alta intensidade. 
 
É uma técnica onde fazemos a parte interna normalmente, a ultima camada, aquela que vai ter contato 
com o esmalte e vai selar, iremos polimerizar por 3 segundos, depois trabalhamos a anatomia, os ajustes 
e o acabamento, e depois quando terminamos tudo fazemos a fotopolimerização por 40 segundos em 
alta intensidade. Então, isso permite que ela comece, que a fase pré-gel vai atuando e depois polimerizamos 
e damos intensidade de luz para a resina. 
 
 
• Estratificação à mão livre 
• Matriz oclusal de resina acrílica

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