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ESTUDO DE CASO nutrição

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UNIVERSIDADE PAULISTA
KARINA CRISTINA CÂMARA
ESTUDO DE CASO: CLÍNICA
ARARAQUARA
2021
ESTUDO DE CASO 1
Adulto
TMCR, 21 anos, masculino, universitário, sedentário, obeso desde infância.
Exame antropométrico: P atual = 140 kg, A = 1,80m, CC = 148cm, CQ = 110cm.
Refere hábitos intestinais irregulares (2x/semana, com dificuldades), urinário normal e apneia do sono. Nunca fez dieta anteriormente para emagrecer. Foi levado à nutricionista pela mãe e já Exame bioquímico, resistência à insulina e glicemia de jejum = 110 mg/dL, TG = 220 mg/dL e colesterol total = 310mg/dL; PA: 130x90 mmHg.
Aversões alimentares: peixe, feijão (só come no baião), repolho e cebola.
Preferências alimentares: refrigerante, fast-food, salgados fritos e pizza
Alergias alimentares: camarão
História social: estuda à noite (18:40h às 22h), não trabalha durante o dia e gosta de sair para festas de 5ª feira até o fim de semana. Frequenta com regularidade rodízios de massas e carnes.
Bebe uísque e cerveja semanalmente quando sai com amigos (máx: até meia garrafa de uísque e 4 garrafas de 600mL de cerveja). Não fuma.
R24h:(acorda 10h) Desjejum 10h
· Achocolatado com sanduíche misto:
· 1 copo D de leite integral líquido 
· 2 colheres de sopa cheia de Nescau 
· 2 unidades de pão francês, 2 fatias de muçarela e 2 fatias de presunto
Almoço (12h)
Arroz branco, farofa, bife e suco de abacaxi
· 6 colheres de sopa cheia de arroz branco 
· 2 colheres de sopa cheia de farofa
· 3 bifes médios fritos de contrafilé
· 2 copos D de suco de abacaxi + 4 colheres de sopa cheia de açúcar
Jantar (18h) Salgados
· 1 coxinha de frango com catupiry
· 2 folheados de carne de sol
· 2 latas de Coca Cola
Obs.: quando chega da faculdade, às 22h, às vezes come a mesma coisa e nas mesmas quantidades do desjejum.
a) Dê o diagnóstico nutricional, considerando os dados fornecidos, inclusive acusando se há algum exame bioquímico que indicaria alguma patologia existente.
b) Analise criticamente a dieta do paciente, comentando os riscos e agravos que determinados alimentos podem causar na sua saúde de acordo com o estado nutricional atual.
c) Calcule as necessidades (energia e macronutrientes) do paciente e faça o plano dietoterápico.
d) Explique sua conduta nutricional, dê as orientações ao paciente e esclareça os objetivos considerando o tempo de acompanhamento nutricional
Cardápio atual do paciente:
	Refeições
	CHO
	PTN 
	LIP
	Kcal
	Desjejum
	107
	30.9
	22.04
	741
	almoço
	147.7
	102.2
	70.1
	1624
	jantar
	112
	37
	35
	922
	ceia
	107
	30.9
	22.04
	741
Paciente consome aproximadamente 4.028 kcal total por dia 
Exames laboratoriais:
	Exame 
	Resultado 
	
	Glicemia em jejum 
	110 mg/dl
	 Alterada acima
	T. G
	220 mg/ dl
	Alterada acima
	Colesterol total 
	310 mg/ dl
	Muito alto
	P.A
	130/90 mm/hg
	Considerado alto
Avaliação nutricional:
Peso atual = 140 kg
 Altura = 1,80 
C. C = 148 cm
C. Q = 110 cm
 IMC = 43,20 - obesidade grau III
 
Paciente consome muitos alimentos industrializados, como doces, achocolatado e salgados fritos. Tem um estilo de vida bem alterado, com alto consumos de bebidas alcoólicas e poucas horas de sono, e baixo fracionamento de refeições, paciente não consome frutas e legumes.
Paciente apresenta segundo ao IMC, obesidade de grau 3.
E devido ao conjunto de sintomas clínicos e exames laboratoriais alterados, há uma caracterização de um diagnóstico de síndrome metabólica, que está relacionado com a circunferência abdominal excessiva ou seja (≥ 102), o aumento de sua P.A (130/90 mm/hg), resistência aos efeitos da insulina, e por níveis anormais de colesterol. Isso aumenta muito risco de aparecimento de doenças como: doenças cardiovasculares e complicações metabólicas associadas à obesidade.
Seu peso ideal seria 70,3 kg com IMC de 29 a 93,30 kg considerando a faixa de 10% devido as variações individuais.
 
EER= 662-9,53 x 21 + 1 x (15,91 x 93,30 + 539,6 x 1,80) = 2551,62 kcal
Plano alimentar feito com 2352 kcal
Orientações nutricionais 
· Tente consumir três ou mais porções diárias de frutas e verduras, seja em 
· lanches ou como sobremesa
· Procure mastigar bem os alimentos, pois esse processo sinaliza a saciedade, o que evita o consumo exagerado de alimentos
· Busque fazer as refeições diárias em horários semelhantes, em ambientes calmos e compartilhando suas refeições com familiares ou amigos, evitando “beliscar” nos intervalos entre as refeições. Dessa forma se concentrará no que está comendo e terá melhor controle sobre o que está ingerindo, o que favorece o melhor funcionamento do organismo, aumenta a saciedade e, consequentemente, diminui a fome.
· Diminuir o consumo de lanches, pizzas, suco industrializado, refrigerantes, bebidas alcoólicas e alimentos embutidos nos finais de semana. 
· Ingerir bastante água ao longo do dia; 
· Procurar praticar algum exercício físico (com a orientação de um profissional da área) 
· Sentar-se à mesa para realizar as refeições.
· Dê preferência para preparações assadas, cozidas ou grelhadas, evitar alimentos fritos, pois eles absorvem a gordura durante seu preparo e tornam-se mais calóricos.
· Procure usar o mínimo de sal no preparo dos alimentos.
· Prefira temperos naturais como alho, cebola, limão, cebolinha, salsinha, açafrão, orégano, manjericão, cominho entre outros.
· Dê preferência a frutas e verduras, pois são alimentos fonte de compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, como as vitaminas e os minerais, além de ofertarem fibras alimentares que contribuem para o bom funcionamento do intestino. 
ESTUDO DE CASO 02
Idoso
Identificação da paciente 
M. B. C.; Sexo: Feminino; Idade: 69 anos; Nacionalidade: Brasileira; Naturalidade: São Paulo; Estado civil: Viúva; Grau de instrução / escolaridade: Analfabeta; Profissão / ocupação: Dona de casa 
Dados do prontuário
A paciente não soube relatar com exatidão há quanto tempo é diabética e hipertensa. Antecedentes familiares: Mãe com histórico de Patologia: Diabetes, Hipertensão e Obesidade, não recebia tratamentos médicos. Diagnóstico definitivo: Câncer de Endométrio. A paciente encontra-se em tratamento de quimioterapia. Os exames bioquímicos abaixo revelam o estado atual da paciente:
Glicemia jj: 102mg/dL, Hemoglobina glicada: 5,7%, Colesterol total: 222mg/dL, HDL: 42mg/dL, TG: 153mg/dL.
Condições socioeconômicas 
A paciente mora sozinha em casa de alvenaria própria, pequena e simples com luz, água, esgoto encanado, coleta e destino de lixo adequado. Sua filha reside na casa vizinha com marido e neta e, lhe presta toda assistência, não deixando faltar nada na medida do possível. A paciente declara não trabalhar, recebe uma pequena aposentadoria deixada pelo marido e tem ajuda dos filhos. A renda familiar não foi declarada. 
Condições gerais de saúde 
Paciente relata praticar atividade física diária (caminhada) 1 hora por dia. Não fuma, não ingere bebidas alcoólica. Seu apetite é normal, sua “mastigação” é considerada boa, porém faz uso esporádico de prótese, mas não usa por não gostar, apresenta boa deglutição e digestão, o hábito intestinal é normal. Medicamentos utilizados pela paciente: Aradois H® e Diabenese® Condições psicológicas e comportamentais: A paciente encontra-se em estado de ansiedade devido ao tratamento.
Consumo alimentar:
 De acordo com recordatório de 24h a paciente encontra-se consumindo uma média de 2700Kcal. Já de acordo com o questionário de frequência alimentar, os alimentos mais consumidos são pães e bolo, refrigerante e frutas. 
Dados antropométricos
Peso: 87Kg
Altura: 1,62m
Circunferência abdominal: 98cm
Com base no caso acima responda:
a) Qual o diagnóstico nutricional da paciente?
b) Qual o cálculo energético para essa paciente?
c) Que tipo de orientações nutricionais essa paciente deveria receber no dia da consulta?
d) Qual dieta deveria ser adotada para essa paciente? Calcule o cardápio e prescreva a dieta.
Avaliação nutricional:
Peso atual = 87 Kg
 Altura = 1,62 m
C. ab. = 98 cm Risco muito aumentado de DCV
IMC = 33,20 Excesso de peso 
Pesoideal 70,74 kg conforme IMC 27
Paciente apresenta segundo ao IMC de 33,20 excesso de peso, e risco de doença cardiovascular (DCV) segundo a circunferência abdominal.
Medicamentos utilizados pela paciente:
Aradois H: utilizado para o controle da pressão arterial, e prevenção de AVC, retenção de líquidos. Os efeitos adversos podem incluir náuseas, vômitos, cólicas e diarreia.
Diabinese: utilizado para o controle da glicemia e seus efeitos adversos são anemia hemolítica, anemia aplásica,( anemia que se desenvolve como resultado de danos a medula ossea, que ocorre após a exposição de quimioterapia e radioterapia) hiponatremia (níveis de sódio muito baixo), hipoglicemia, redução do apetite, diarreia, vômito, distúrbios gastrointestinais e náuseas.
EER = 354 - 6,91 x 69 + 1,27 x (9,36 x 65,23 + 726 x 1,62) = 2.144
Proteína 110,4 / 87 Kg = 1,26 por kg de peso 
Plano alimentar realizado com 2188 Kcal
 	A necessidade de proteína aumenta nas épocas de doença e estresse. O corpo necessita de quantidades adicionais de proteína para o reparo e a reconstrução dos tecidos afetados pelos tratamentos do câncer, bem como para a manutenção de um sistema imune saudável. Deve-se fornecer uma quantidade adequada de energia ou o corpo irá utilizar a massa corporal magra como fonte de energia
As necessidades proteicas de um paciente com catabolismo podem ser de 1,2 g/kg/dia ou mais. Em geral, as necessidades diárias de proteína em um paciente dessa condição são calculadas utilizando o peso real e não o peso corporal ideal. 
O câncer por ser uma doença catabólica ele consome calorias 
Recomenda –se uma dieta normocalorica, hiperproteica e normoglicídica.
Foi realizado um cardápio normocalorico.
Exames laboratoriais:
	Exame 
	Resultado
	
	Glicemia jejum
	102 mg/dl
	Alterada (acima)
	Hemoglobina glicada
	5,7 mg/ dl
	Dentro do desejável
	Colesterol total
	222 mg/dl
	Alterada (alto)
	HDL
	42 mg/dl
	Dentro do desejável
	TG
	153 mg/dl
	Alterado (acima)
Café da manhã (09:00 horas) 
	Pão integral
	1 porção 
	Grupo 1
	Queijo branco
	1 porção 
	Grupo 2
	Leite 
	1 porção 
	Grupo 2
	café
	
	
	maçã
	1 porção
	Grupo 3
 
Lanche (11:00 horas)
	banana
	1 porção
	grupo3
	aveia
	½ porção 
	Grupo 1
Almoço (13:30 horas)
	Arroz integral cozido
	1 porção
	Grupo 1
	Feijão com caldo
	1 porção
	Grupo 4
	Carne assada
	1 porção
	Grupo 5
	Couve refogada
	1 porção
	Grupo 7
	alface
	½ porção
	Grupo 6
	tomate
	1 porção
	Grupo 6
	Azeite de oliva
	1 porção
	Grupo 8
	Suco de laranja 
	1 ½ porção
	Grupo 3
Lanche da tarde (16:30 horas) 
	Torrada de pão francês
	1 porção 
	Grupo 1
	requeijão
	1 porção
	Grupo 2
	Chá de erva cidreira
	
	
Jantar (19:30 horas)
	Arroz integral cozido
	1 porção
	Grupo 1
	Feijão com caldo
	1 porção
	Grupo 4
	File frango grelhado
	1 porção 
	Grupo 5
	Abobrinha 
	1 porção 
	Grupo 7
	Rúcula 
	1/3 porção
	Grupo 6
	Azeite de oliva
	½ porção
	Grupo 8
	Suco de abacaxi
	2 porções
	Grupo 3
Ceia (21:30 horas)
	Iogurte natural
	1 porção 
	Grupo 2
	morangos
	½ porção 
	Grupo 3
O câncer por ser uma doença catabólica ele consome calorias 
Recomenda –se uma dieta normocalorica, hiperproteica e normoglicídica
Foi realizado um cardápio normocalorico. 
Orientações nutricionais voltadas ao diabetes, a hipertensão e a oncologia.
· Faça uma dieta fracionada, comendo pequenas quantidades, lenta e frequentemente.
· Evite a ingestão de líquidos junto às refeições.
· Evite comer em locais abafados, quentes ou com odores que possam causar náuseas.
· Não tente ingerir seus alimentos preferidos quando sentir náuseas.
· Descanse após refeições, pois a atividade pode retardar a digestão.
· Se a náusea costuma aparecer durante o tratamento, evite comer 1 ou 2h horas antes da quimioterapia ou radioterapia.
· Evite o consumo de carnes gordurosas, escolha as carnes brancas, como frango e peixe na forma grelhada ou assada.
· Evite consumir mais de um carboidrato por refeição.
· Aumente o consumo de líquidos ao longo do dia, preferencialmente água, pois ajudam a manter o metabolismo em constante movimento.
· procure temperar os alimentos com temperos naturais e fáceis de se encontrar, como por exemplo, alho, cebola, orégano, salsinha, etc.
· Cuidado com os alimentos industrializados.
· Confira a composição dos adoçantes.
· Perca peso.
· Aumente o consumo de cálcio, magnésio e potássio.
· Abandone o sal.
· Evite refrigerantes e bebidas muito açucaradas.
Para controlar a ansiedade:
· Pratique atividade físicas;
· Controle a respiração;
· Evite pensamentos negativos;
· Invista em alimentos com triptofano (banana, chocolate); 
· Mantenha o foco de atenção no presente;
· Esteja com quem ama;
· Dedique tempo para se cuidar.
ESTUDO DE CASO 3
Crianças - gêmeos 5 anos
Uma mãe procura a Unidade de Saúde para consultar um pediatra para seus dois filhos gêmeos. M.P de 5 anos e 7 meses do sexo feminino apresenta 16 Kg de peso e estatura de 1,20m. Já C.E.P da mesma idade e sexo masculino, apresenta 23 Kg de peso e 1,16m. Uma das queixas da mãe é que M.P está inapetente e acredita que a mesma deva estar com anemia pois, apresenta-se pouco disposta para as atividades escolares e de diversão.
A mãe descreve abaixo qualitativamente quais são as refeições e alimentos oferecidos e consumidos pelas crianças
Café da manhã: leite com achocolatado, bisnaguinha com margarina e bolo de chocolate 
Lanche da manhã: almoço na escola
Almoço: arroz feijão, carne frita e batata frita (não comem verduras, legume ou frutas 
Lanche da tarde: suco e biscoito recheado
Jantar: miojo e ovo mexido ou igual ao almoço
Ceia: leite com chocolate 
Tendo como base o descrito acima responda as questões objetivas e dissertativas a seguir:
QUESTÃO 1.
De acordo com a avaliação nutricional, utilizando-se as curvas da OMS para crianças e adolescentes de 5 a 19 anos, os gêmeos M.P e C.E.P respectivamente apresentam-se:
a) M.P está com peso e estatura normais e C.E.P apresenta-se com baixo peso e estatura normal para a idade.
b) M.P está com baixo peso e estatura acima do esperado para a idade e C.E.P está normal tanto para o peso quanto para a estatura.
c) M.P está com a estatura acima do esperado para a idade e peso normal e C.E.P apresenta-se obeso e com baixa estatura.
d) M.P está em sobrepeso e com estatura normal para a idade e C.E.P está com peso e estatura normais.
e) Tanto M.P quanto C.E.P estão iguais, normais tanto para peso quanto para a altura.
QUESTÃO 2.
Calculando-se o IMC dos gêmeos M.P e C.E.P encontramos como índice de IMC e classificação de acordo com a curva da OMS:
a) O IMC de M.P é de 11,1 Kg/m2 e sua classificação de acordo com a curva é de eutrofia e o IMC de C.E.P é de 17 Kg/m2 e sua classificação é de sobrepeso.
b) O IMC de M.P é de 15 Kg/m2 e sua classificação de acordo com a curva é de eutrofia e o IMC de C.E.P é de 11 kg/m2 e sua classificação é baixo peso.
c) O IMC de M.P é de 11,1 Kg/m2 e sua classificação é de obesidade e o IMC de C.E.P é de 17 Kg/m2 e sua classificação é de eutrofia.
d) O IMC de M.P é de 13 Kg/m2 e sua classificação de acordo com a curva é de eutrofia e o IMC de C.E.P é de 15 kg/m2 e sua classificação é de baixo peso.
e) O IMC de M.P é de 11,1 Kg/m2 e sua classificação é de baixo peso e o IMC de C.E.P é de 17 Kg/m2 e sua classificação é de sobrepeso.
QUESTÃO 3.
Para observar se os gêmeos apresentam anemia o médico solicitou exames de sangue e observou alguns sinais clínicos. Qual a alternativa correta para o diagnóstico de anemia?
a) Os exames solicitados foram hemograma, uréia e creatinina e os sinais clínicos são pele e boca secas.
b) Os exames solicitados foram hemograma completo, ferritina e transferrina sérica e os sinais clínicos são pálpebras e mucosas esbranquiçadas.
c) Os exames solicitados foram hemograma completo, TGO e TGP e os sinais clínicos são pele seca e fraqueza muscular.
d) Os exames solicitados foram hemograma completo e transferrina sérica e os sinais clínicos são fraqueza e queda de cabelo.
e) Os exames solicitados foram ferritina e transferrina sérica e os sinais clínicos são fraquezae boca seca.
QUESTÃO 4.
Calcule qual o valor calórico deve ser ingerido pelos gêmeos
EER (menino) = 88, 5 – 61,9 x 5+1.1 x (26,7 x 23+903 x 1,16) +20 = 1626,73
EER (menina) =153,3 – 30,8 x 5 + 1.1 x (10 x 16 + 934 x 1,20) + 20 = 1428,18
QUESTÃO 5.
Analise qualitativamente a dieta ingerida pelos gêmeos e aponte quais modificações devem ser realizadas e as indique em orientações nutricionais
· Substituir o achocolatado no leite por cacau, alguma fruta (fazer uma vitamina) sempre que possível.
· Substituir a “bisnaguinha” por um pão de fabricação caseira.
· Não comer dois alimentos fontes de carboidrato na mesma refeição (por exemplo, no café da manhã, ao invés de comer pão e o bolo, consumir apenas uma dessas opções e adicionar uma fruta). 
· Incluir aos poucos legumes e verduras nas refeições, apresentando a criança opções coloridas para chamar a atenção. 
· Evitar alimentos fritos, preferir grelhados e assados. 
· Evitar o consumo de alimentos embutidos (como linguiça, salsicha), macarrão instantâneo, bolachas recheadas, salgadinhos, sucos de caixinha e refrigerantes, balas e doces em geral. 
· Aumentar o consumo de água. 
· Sentar-se à mesa para realizar as refeições. 
· Dar preferência para alimentos integrais sempre que possível. 
· Evitar períodos muito longos sem se alimentar (o ideal é que sejam feitas 6 refeições diárias em um intervalo de 2 a 3 horas.
· Adicionar cenoura/beterraba ralada no arroz 
· Oferecer suco de frutas 
ESTUDO DE CASO 04 
gestante
P.M.S. procurou o posto de saúde em 20/08/2021 para realizar teste de gravidez. Após a confirmação a mesma iniciou o pré-natal.
Dados da paciente:
Peso pré-gestacional= 63 Kg
Idade= 22 anos
Estatura=1,54m
Peso Atual= 60 Kg 72
A gestante refere pirose e ânsia ao acordar e dificuldade para ingerir alimentos sólidos.
De acordo com os dados acima...
a) Calcule o IMC pré-gestacional e descreva qual seria o ganho de peso ideal para a paciente no primeiro trimestre e segundo e terceiro trimestres.
IMC = 26,58 Pré obeso
A paciente está com sobrepeso.
Ganho de peso no primeiro trimestre é de 0,9 Kg
Ganho de peso no segundo e terceiro trimestre é de 0,3 Kg por semana 
No final da gestação ter um ganho de peso de 7,0 a 11,5 kg 
b) Calcule em qual semana gestacional está a paciente
Inicial 20/08/2021 4 ° semana 
Hoje 16 semanas não completas
c) Calcule o IMC atual da gestante
Peso atual: 60 Kg, IMC = 25,29 
Peso atual 
d) Classifique o estado nutricional da gestante de acordo com o gráfico de Atalah
IMC de 25,29 Adequado
e) Determine quantos kilos mais a gestante deverá ganhar até o final do período gestacional
11,5-16,0 = 27,5 
Até o final do período pré-gestacional ela deverá ganhar 27,5 kg
f) Determine qual seria a faixa de peso ideal para a gestante manter-se em eutrófica de acordo com a tabela de IMC por idade gestacional
Está dentro da faixa de adequado
g) Proponha um cardápio e dê orientações nutricionais para minimizar os efeitos colaterais sentidos pela gestante
TEE = 448 - 7,95 x 22 + 1 x (11,4 x 60 + 619 x 1,54) = 1812,16 kcal
Plano alimentar realizado com 1.878 Kcal
Distribuição Percentual de Calorias nas Refeições
	Refeições
	Percentual
	Kcal
	Café da manhã
	23 %
	431
	Lanche 
	4 %
	70
	Almoço
	36 %
	668
	Lanche 
	7 %
	139
	Jantar 
	24 %
	443
	Ceia
	 7 %
	127
	TOTAL
	100 %
	1.878
Distribuição de calorias por refeição
	Refeições
	CHO
	PTN
	LIP
	Kcal
	Café da manhã
	51.61
	19.33
	15.80
	431
	Lanche
	18.60
	0.58
	0.19
	70
	Almoço
	69.87
	40.97
	25.58
	668
	Lanche
	28.95
	3.78
	1.86
	139
	Jantar
	46.07
	36.76
	13.23
	443
	ceia
	15.23
	5.93
	5.32
	127
	TOTAL
	230.33
	107.35
	61.99
	1.878
Desjejum ao acordar
	Bolacha de água e sal
	1/2 Porção
Café da manhã (09:00 horas)
	Pão de forma integral
	1/2 Porção
	Grupo 1
	Queijo minas 
	1 Porção
	Grupo 2
	Leite integral
	1 Porção
	Grupo 2
	Mamão papaia
	1 Porção
	Grupo 3
Lanche da manhã (11:00 horas)
	
	
	
Almoço (13:30 horas)
	Arroz integral
	1 Porção
	Grupo 1
	Feijão com caldo
	1 Porção
	Grupo 4
	Bife de fígado grelhado
	1 Porção
	Grupo 5
	Brócolis cozido
	1 Porção
	Grupo 7
	Couve refogada
	1 Porção
	Grupo 7
	Alface 
	½ Porção
	Grupo 6
	tomate
	½ Porção
	Grupo 6
	azeite
	1 Porção
	Grupo 8
	Suco de laranja
	1 ½ Porção
	Grupo 3
Lanche da tarde (16:30 horas)
	Banana 
	1 Porção 
	Grupo 3
	Aveia 
	½ Porção
	Grupo 1
Jantar (19:30 horas)
	Arroz integral 
	½ Porção
	Grupo 1
	Feijão com caldo
	½ Porção 
	Grupo 4
	Filé de frango grelhado
	1 Porção
	Grupo 5
	Beterraba cozida
	1 Porção
	Grupo 7
	Espinafre cozido
	1 Porção
	Grupo 7
	Rúcula
	1/3 Porção
	Grupo 6
	Cenoura ralada 
	1 Porção
	Grupo 7
	Azeite
	½ Porção
	Grupo 8
	Suco de abacaxi
	1 Porção
	Grupo 3
Ceia (21:30 horas)
	Iogurte integral
	1 Porção
	Grupo 2
	Morangos
	½ Porção
	Grupo 3
 
Estudo de caso 4 – PACIENTE RENAL 
Relato do Caso Clínico Identificação: 
MPJ, 52 anos, feminina, parda, divorciada, natural de Pirapozinho-SP, residente em São Paulo-SP, aposentada (trabalhou em lavanderia de hospital por 20 anos). 
Queixa e duração: inchaço nas pernas e face há 3 dias com diminuição do volume urinário. 
História da moléstia atual: Paciente há 20 dias procurou o Pronto Socorro do Hospital do Servidor Municipal- HSPM com hematúria macroscópica de início súbito. Não apresentava sangramento vaginal e/ou disúria. Foi avaliada pela urologia que indicou cistoscopia ambulatorial. 
Foram realizados exames laboratoriais e constatados alteração em urina tipo I, apresentando leucocitúria e hematúria intensas, apesar da ausência de queixas urinárias infecciosas
Apresenta boa aceitação alimentar, nega nictúria, hábito intestinal diário, nega sangramento via vaginal, menopausa aos 46 anos. 
Antecedentes pessoais: Hipertensão arterial sistêmica(HAS) há 25 anos controlada com Hidroclorotiazida 25mg/d, Anlodipina 5mg/d, Losartan 50mg/d. Nega diabetes mellitus, tabagismo, etilismo, tireoidopatias. 
Exame físico: paciente em bom estado geral, anictérica, acianótica, afebril, orientada, lúcida, eupneica. PA: 140x 70 mmHg FC: 70bpm FR: 16ipm 
Exames bioquímicos: Glicemia: 89mg/dL; uréia: 119mg/dL; creatinina: 4,5 g/dL K: 3,3mEq/L; sódio: 136mEq/L; Hemoglobina: 10,5; Hematócrito:33,6%; urina I: >1 milhão de leucócitos e hemácias. 
Diagnóstico Clínico: Diante deste quadro de edema em membros inferiores e face, anúria e elevação das escórias nitrogenadas a paciente foi diagnosticada com insuficiência renal aguda e iniciada a hemodiálise. 
Exame antropométrico: P atual = 83 kg, A = 1,68m, CC = 91cm.
Refere hábitos intestinais irregulares (2x/semana, com dificuldades), urinário normal e apneia do sono.
Aversões alimentares: peixe, feijão (só come no baião), repolho e cebola.
Preferências alimentares: refrigerante, fast-food, salgados fritos e pizza
Alergias alimentares: camarão
História social: trabalha à noite (18:40h às 22h)
Frequenta com regularidade rodízios de massas e carnes.
Bebe cerveja semanalmente quando sai com amigos (máx: 4 garrafas de 600mL de cerveja). Não fuma.
R24h:
(acorda 10h)
Desjejum 10h
Achocolatado com sanduíche misto
(1 copo D de leite int líq e 2 col s ch de Nescau) + (2 und de pão francês, 2 gq/pão francês, 2
fatias de mussarela e 2 fatias de presunto).
Almoço (12h)
Arroz branco, farofa, bife e suco de abacaxi
(6 col s ch de arroz branco, 2 col s ch de farofa, 3 bifes médios fritos de contra filé, 2 copos D de
suco de abacaxi + 4 col s ch de açúcar)
Jantar (18h)
Salgados (1 coxinha de frango com catupiry, 2 folheados de carne de sol) + 2 latas de Coca Cola
Obs: quando chega do trabalho, às 22h, às vezes come a mesma coisa e nas mesma
quantidades do desjejum.
a) Dê o diagnóstico nutricional, considerando os dados fornecidos, inclusive acusando se há algum exame bioquímico que indicaria alguma patologia existente.
IMC= 83/1,68²= 29,43kg/m² pré obesidade
CC= 91 Risco muito aumentado para doenças cardiovasculares. 
Glicemia: 89mg/dL – valor normal. 
Ureia: 119mg/dL seu aumento está ligado a uma alteração renal que pode ser: 
Elevação renal: glomerulonefrite, nefrosclerose,tuberculose renal, rim policístico, nefropatias malignas, mieloma múltiplo. 
Elevação pós renal: obstrução ureteral por cálculo ou compressão, obstrução prostática. 
valores de referência: 10 a 50mg /dL
creatinina: 4,5 g/dL Seu aumento plasmático indica disfunção renal. 
valores de referência: 0,7 a 1,3mg/dL
Valores aumentados indicam: insuficiência renal aguda ou crônica, doenças musculares, dieta rica em creatinina, tratamento dialítico, cetoacidose diabética, nefrite incipiente, glomerulonefrite crônica, obstrução das vias urinárias por afecções da próstata, bexiga ou ureter ou uso de: AAS, cimetidina ou trimetoprim.  
urina I: >1 milhão de leucócitos e hemácias.  A presença de hemácias indica lesão no trato urinário e os leucócitos aumentados indica presença de infecção. 
Hemoglobina: 10,5 valor diminuído caracteriza anemia. 
Valores de referência para mulheres: 12,0 – 16,0mg/dL
Hematócrito:33,6% valor diminuído caracteriza anemia 
Valores de referência para mulheres: 36 a 47%
K: 3,3mEq/L – valor normal
Sódio: 136mEq/L – valor normal 
Valores de referência: 
sódio, 135 a 145 mEq/L
potássio, 3,5 a 5,0 mEq/L.
	Paciente com insuficiência renal aguda, com base no recordatório alimentar o mesmo adquire de maus hábitos alimentares, e com alguns resultados de exames alterados como consta na tabela acima, proveniente de uma alimentação inadequada e decorrente da IRA.
b) Analise criticamente a dieta do paciente, comentando os riscos e agravos que determinados alimentos podem causar na sua saúde de acordo com o estado nutricional atual.
A dieta da paciente é rica em alimentos ultras processados que possuem muito sódio em sua composição, o que não é adequado nem para o quadro de insuficiência renal e nem para o quadro de hipertensão apresentado. A alimentação deficiente em nutrientes também justifica a anemia apresentada pela paciente. 
O alto consumo de bebidas alcoólicas provocando um aumento nas escorias nitrogenadas prejudicando a função renal e dificultando a melhora da homeostase corporal.
c) Calcule as necessidades (energia e macronutrientes) do paciente e faça o plano dietoterápico.
 
Peso ideal segundo o IMC de 24,9 é de 70,21 
EER peso ideal
EER = 354 – 6,91 x 52 + 1 x (9,36 x 70,21) + 726 x 1,68 = 1871,52
d) Explique sua conduta nutricional, dê as orientações ao paciente e esclareça os objetivos considerando o tempo de acompanhamento nutricional
Dieta hipocalorica, normoglícidica, normoproteica, normolípica, com objetivo de evitar a desnutrição energética e proteica, preservar a massa magra, reduzir a mortalidade, minimizar a inflamação e evitar complicações e distúrbios metabólicos.
ESTUDO DE CASO 5 - ADENOCARCINOMA
Complete o quadro de acordo com as especificações:
	Parâmetro
	Objetivo/indicação
	Limitações ou contraindicações
	Linfocitometria
	Indica as reservas imunológicas momentâneas e as condições do mecanismo de defesa celular do organismo. Avaliação da função imunológica.
	podem sofrer influência de diversos fatores não nutricionais, tais como: infecções, rádio e quimioterapia, doenças auto-imunes, doenças hepáticas e alguns tipos de medicamentos (corticosteróides, imunossupressores).
	Balanço Nitrogenado
	Permite avaliar o grau de equilíbrio nitrogenado, verificando a eficácia da TN, não sendo considerado, portanto um indicador do estado nutricional. É valioso no monitoramento da ingestão de indivíduos que recebem a NPT ou alimentação por sonda enteral.
	Dieta; 
Estado de hidratação; doenças renais; perdas anormais de nitrogênio em decorrência de diarreia, queimaduras extensas.
Imprecisão da coleta das amostras, como perda de urina, erros nos tempos de coleta e coleta de fezes incompleta.
	Proteínas plasmáticas
	É a soma de todas as proteínas presentes, sendo as principais: albumina, a transferrina, a pré-albumina e a proteína transportadora de retinol. Geralmente são produzidas no fígado e podem ser utilizadas como marcadores do estado nutricional proteico/desnutrição.
	Podem estar alteradas nas doenças hepáticas e inflamações, por isso é importante avaliar outros parâmetros.
	Índice Creatinina/altura (ICA)
	É uma medida indireta da massa muscular e do nitrogênio corporal. Utilizado para estimar a massa proteica muscular, sendo um indicador de catabolismo proteico, apresentando correlação positiva entre ICA, área muscular do braço massa corporal magra. É calculado a partir do volume urinário de 24h
	Sexo: as mulheres possuem menos MM do que os homens, logo a excreção é menor.
Idade: com o envelhecimento, ocorre perde de MM, então a excreção é menor.
Dieta onívora: a creatinina que é formada pela creatina dietética não pode ser distinguida da produzida por via endógena. Por esse motivo, para o preparo para o exame, o consumo de carne deve ser suspenso por 24h.
Exercício físico e estresse metabólico;
Imobilização atrofia muscular;
Insuficiência Renal: a excreção urinaria de creatinina diminui com a queda da função renal (TFG);
Coleta inadequada da urina de 24h;
Fármacos.
Analise o caso clínico abaixo e responda as questões a seguir. 
Paciente M.G.S, 38 anos de idade, sexo feminino, branca, casada, não tem filhos. 
HISTÓRIA CLÍNICA: Paciente com diagnóstico de adenocarcinoma hepático, internada na enfermaria de clínica cirúrgica para ressecção do tumor, cirurgia programada para 48 horas após a internação. Relata ser tabagista há 15 anos, 01 maço de cigarros ao dia, nega uso de bebida alcoólica. Nega diabetes, HAS, pai falecido com câncer de fígado. 
EXAME CLÍNICO: Emagrecida, porém, apresenta ascite refratária, com sinais graves de comprometimento neurológico, hipocorada, eupneica, afebril, aceitando parcialmente a dieta prescrita, hábito intestinal normal: 1vez/dia. Com fezes de consistência pastosa Tipo 6 na escala de Bristol. 
INGESTÃO ALIMENTAR: < 2/3 das necessidades nutricionais. Conteúdo proteico: 40g/dia
DADOS ANTROPOMÉTRICOS: Estatura: 1,58 m - Peso habitual: 50Kg - Peso na Admissão hospitalar: 44Kg - IMC: 17,6kg/m² - %PP: 12% (6Kg) em 3 meses com perda acentuada no último mês – Prega cutânea triciptal (PCT): 14mm – hipersensibilidade cutânea: 1.
EXAMES LABORATORIAIS - Proteínas totais: 5,2g/dL - Albumina: 2,0 g/d – Bilirrubina: 3,5mg/dL 
Glicemia e função renal: glicose 74mg/dl / Uréia 19mg/dl / Excreção de Creatinina 17 mg em 24h – Transferrina: 190mg% - Excreção de uréia: 40g em 24h – 
A triagem nutricional foi realizada no primeiro dia de internação. Após a triagem a paciente foi submetida a uma Avaliação Subjetiva Global (ASG) e recebeu escore C. A EMTN foi chamada para atendimento a paciente. 
a) Com base no caso descrito e nas informações técnicas fornecidas, faça o diagnóstico nutricional da paciente, classifique-a pelo Child - Pug e escolha a(s) via(s) de alimentação (oral, enteral, parenteral). Justifique. 
Pela triagem nutricional utilizando a ASG (escore C), paciente está em risco nutricional, apresentando-se gravemente desnutrido com perda de peso grave (>7,5) consequentemente em desnutrição calórico-proteico. 
Conforme Child- Pugh paciente está em grau B (comprometimento funcional significativo) – bilirrubina >3,0mg/dl, albumina <2,8g/dl e presença de ascite refratária.
A via de alimentação seria a Oral, pelo fato do trato gastrintestinal (superior e inferior) estar integro e funcionante.
b) De acordo com o exame clínico quais os principais métodos de avaliação nutricional devem ser utilizados nesta paciente e quais devem ser evitados para classificação do seu estado nutricional? Descreva o método e a razão de usá-lo ou não.
O método a ser evitado é a BIA, pelo fato de a paciente apresentar ascite e o peso corporal está afetado também. Por esse motivo, deve-se utilizar o PCT (adequação da PCT), PCB, PCSE, CB (% de adequação da CB) e CMB (adequação da CMB(%) e assim classificando o estado nutricional) e massa magra pois sofrem menos interferência da retenção hídrica. 
Perde de peso involuntária, perda de massa muscular e de reservas de gordura.
c) Para avaliar as possíveis perdas proteicas desta pacienteserá necessário avaliar o seu balanço nitrogenado (BN) e índice creatinina-altura (ICA). Calcule o BN e o ICA, descreva quantos gramas de nitrogênio (N2) ela está excretando por dia, qual sua % de ICA e classifique-os de acordo com as referências e deve-se calcular o índice prognóstico desta paciente e classificá-la.
BN = 40 / 6,25 – 40 
33,6 + 4 = - 29.6 (> - 15 Depleção grave)
ICA = 17 x 100 / 23 = 73,91 depleção moderada 
d) Indique a via alimentar para o paciente em questão e qual o tipo de dieta esse paciente deve receber.
Essa paciente está ingerindo 67% das necessidades nutricionais e o trato gastrintestinal esta integro e funcionante, portanto a via de alimentação escolhido é a oral. O tipo de dieta seria hipercalórico (30-35kcal/kg/dia), normoproteica (1,2 – 1,5g/kg/dia), normoglicidica e nomolipidica, e conforme diatriz da BRASPEN para pacientes com câncer, quando há uma ingestão inferior a 70% é recomendado a suplementação por via oral.
O BN é calculado por meio da seguinte equação.Ingestão proteica 24 horas (g) ÷ 6,25 – nitrogênio ureico urinário 24 horas (g) + 4 g
	
	 
	
	 
	 
	 
	Classificação 
	Valores BN
	 
	 
	Normal 
	 
	0 ou +
	 
	 
	Depleção leve 
	- 5 a – 10
	 
	 
	Depleção Moderada 
	- 10 a -15
	 
	 
	Depleção Grave 
	> -15 (ex: sepse)
	 
	 
	 
	 
	 
	 
Quadro 4. Interpretação dos valores do Balanço Nitrogenado.
Fonte: BOTTONI, 2002. Pág. 279.
	
	 
	 
	 
	 
	 
	BN Negativo 
	Ingestão < Excreção
	Catabolismo
	 
	 
	BN Positivo 
	Ingestão > Excreção
	Anabolismo
	 
	 
	BN Equilíbrio 
	Ingestão = Excreção
	 ---------
	 
	 
	 
	 
	 
	 
Quadro 5. Classificação do Balanço Nitrogenado.
Fonte: MAICÁ E SCHWEIGERT, 2008. Pág. 10.
ICA% = Creatinina na urina em 24h (mg) x 100
 Creatinina ideal em 24h* (mg)
Fonte: Oliveira (2007). Pág. 141.
*Cr média: Homem = 18 mg/Kg
Mulher = 23 mg/Kg
Fonte: Adaptado de Rosa et al. (2008). Pág. 334. 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	
	80 a 90% 
	Depleção Leve
	 
	 
	60-80% 
	 
	Depleção Moderada
	 
	 
	<60% 
	 
	Depleção Severa
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
Quadro 6. Interpretação do resultado do Índice Creatitina-Altura.
Fonte: KAMIMURA et al., 2009. Pág. 97.
Estudo de caso 6
Homem de 42 anos, portador do vírus da Aids em processo de internação na terapia intensiva há 1 mês, foram observados os seguintes dados antropométricos e de análises bioquímicas.:
Peso: 50kg
Estatura: 1,78m
PCT= 14 mm
	Exame
	resultado
	Valor de referência
	Albumina
	2,6g %
	3,5 a 5
	Transferrina
	190 mg%
	200 a 400 mg/dl
	leucócitos
	4.000
	3.500 a 10.500
	HC
	4 mm
	
a) De acordo com a patologia do paciente acima, quais as possíveis causas que podem estar deteriorando seu estado nutricional? Justifique sua resposta.
AIDS, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) se manifesta após a infecção do organismo humano pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, o HIV
Imunodeficiência: Inabilidade do sistema de defesa do organismo humano para se proteger contra microrganismos invasores, tais como: vírus, bactérias, protozoários, etc
Além de problemas como tuberculoses, toxoplasmose e tumores malignos
O vírus HIV destrói os linfócitos CD4 - células responsáveis pela defesa do organismo -, tornando a pessoa vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas, chamadas assim por surgirem nos momentos em que o sistema imunológico do indivíduo está enfraquecido.
b) Após 2 meses de internação foi realizado um novo hemograma deste paciente. Os resultados estão apresentados abaixo: 
	Exame
	Resultado
	Valor de referência
	Eritrócitos
	3.510.000 mm3
	
	Hemoglobina
	9,6 g/dl
	Baixo 13,5 a 18 g/dl homens
	Hematócrito
	26,00%
	Baixo 39 a 50
	VCM
	98,07 fl
	Pouco acima 80 a 98 fl 
	HCM
	39,95 pg
	Alto 26 a 32 pg
	CHCM
	33,61 %
	Dentro do aceitável 32 a 36
	RDW
	17 %
	alto 11,5 a 15
	
	
	
Observando os índices hematimétricos presentes no hemograma pode-se afirmar que a anemia apresentada por este indivíduo é por deficiência de quais nutrientes? Explique como chegou neste diagnóstico.
Anemia por deficiência de ferro ponto de corte para homens hemoglobina < 13
CHC > 30 e VCM > 94 anemias macrocítica 
Possíveis diagnósticos: deficiência de vitamina B12, deficiência de ácido fólico, defeito na síntese de DNA
c) Calcule o PNI deste paciente e classifique sua % de risco prognóstico.
PNI = 158 – (16,6 x alb) – (0,78 x pct) – (0,2 x t) – (5,8 x hc)
PNI = 158-(16,6 x 2,6) - (0,78 x 14) - (0,2 x 190) - (5,8 x 4) = 42,72 % 
PNI= Risco intermediário 
d) Com base nos achados nutricionais, estime a necessidade energética do paciente, proponha o cardápio alimentar, inclusive com via de consumo e dê orientações nutricionais.
IMC 15,78 Desnutrido
Peso ideal segundo IMC de 21,7 é de 68,75
EER = 662 – 9,53 x 42 + 1 x (15,91 x 68,75 + 539,6 x 1,78) = 2316,04
Dieta hiper proteica, hipercalórica, normoglicidica.
Via de acesso oral e enteral para suplementar a alimentação via oral
Estudo de Caso 7
Um Nutricionista está trabalhando num centro oncológico com vários pacientes realizando quimioterapia e radioterapia. O acompanhamento nutricional no período em que o paciente está fazendo seu tratamento, seja quimioterápico ou radioterápico, é essencial, tanto para o restabelecimento e/ou manutenção do seu estado nutricional como no alívio dos sintomas durante o curso da sua terapêutica.
A presença de desnutrição é muito comum na fase inicial do tratamento, e essa condição agrava os efeitos colaterais que possam ser advindos.
Avalie os sintomas descritos pelos pacientes do centro, e descreva as recomendações nutricionais para cada caso:
Anorexia
· Incentivar refeições pequenas e mais frequente, além de lanches ricos em nutrientes.
· Recomendar a adição de proteínas e energia aos alimentos preferidos.
· Recomendar o uso de suplementos contendo proteínas e energia (por exemplo, whey ou soja em pó, suplementos nutricionais).
· Manter alimentos ricos em nutrientes á disposição e lanchar com frequência.
· Aconselhar aproveitar os momentos em que se sentir melhor.
· Recomendar fazer as refeições e os lanches em uma atmosfera agradável.
· Sugerir ver a alimentação como parte do tratamento.
Fadiga
· Recomendar refeições e lanches pequenos e frequentes.
· Recomendar o consumo de alimentos fáceis de preparar e fáceis de ingerir.
· Aconselhar manter lanches ricos em nutrientes à disposição e lanchar com frequência.
· Sugerir comer quando estiver com melhor apetite.
· Incentivar atividades da vida diária e atividade física, quando possível.
Náuseas e vômitos
· Recomendar a ingestão de refeições e lanches pequenos e mais frequentes.
· Sugerir beber líquidos claros frios ou em temperatura ambiente em pequenas quantidades.
· Aconselhar evitar alimentos com alto teor de gordura, alimentos gordurosos, condimentados ou excessivamente doces.
· Aconselhar evitar alimentos com odores fortes.
· Incentivar o consumo de alimentos brandos, macios e de fácil digestão nos dias programados de tratamento.
· Incentivar a adesão aos medicamentos prescritos para controlar as náuseas.
Alteração de paladar e odor
· Recomendar boas práticas de higiene oral (ex, lavar a boca com frequência, manter a boca limpa)
· Sugerir tentar marinadas e temperos para mascarar sabores estranhos
· Recomendar o uso de utensílios de plástico se o gosto metálico for um problema
· Recomendar o consumo de alimentos em temperaturas mais frias do que alimentos mornos
Mucosite, estomatite, odinofagia, ulcerações na orofaringe
· Recomendar uma boa higiene oral
· Aconselhar evitar bebidas alcoólicas, frutas cítricas, cafeína, tomates, vinagre e pimentas, bem como alimentos secos, grossos ou ásperos
· Recomendar o consumo de alimentos de consistência mais macia e mais úmidos com molhos extras e caldo
· Sugerir o consumo de alimentos em temperatura fria ou ambiente
Xerostomia
· Beber líquidos durante todo o dia, afim de manter a cavidade oral húmida
· Consumir alimentos ácidos para estimular a saliva, se não houver nenhuma afta aberta
· Alternar pedaços de alimentos com goles de líquidos nas refeições· Consumo de alimentos macios e úmidos, com molhos e caldos
· Consumir bastante água 
Saciedade precoce
· Faça de cinco a seis pequenas refeições por dia 
· Se houver momentos do dia em que o apetite é maior aproveite para se alimentar sem restrições
· Consuma petiscos nutricionais, ricos em calorias e proteínas
· Mantenha os alimentos preferidos a mão para beliscar
· Beba líquidos entre as refeições e não durante as refeições
· Escolha bebidas nutritivas, com milkshakes
· se houver perda de paladar adicione condimentos e temperos para o alimento ficar mais atrativo
· Aumentar a densidade calórica dos alimentos e alimentos pesados com excesso de proteína
Diarreia
· Consumir bastante líquidos de hidratação como água, sucos claros, caldos, bebidas esportivas
· Evitar alimentos rico em fibras, como nozes, frutas, vegetais crus e cereais integrais. 
Constipação intestinal
· Aumentar a ingestão de alimentos ricos em fibras, como grãos integrais, frutas e vegetais frescos ou cozidos
· Incentivar o consumo de água no mínimo 2 litros por dia
· Consumo de alimentos que contêm probióticos
ESTUDO DE CASO 14
Dados pessoais e clínicos: Identificação: M.A.T., gênero masculino, branco, 49 anos, natural de São Paulo (SP), casado, pai de uma filha adolescente. É publicitário, porém, atualmente, não está trabalhando. 
Queixa e duração: Passou mal enquanto fazia um “lanche” com amigos na padaria. Admitido no pronto-atendimento com pressão arterial de 180 x 110 mm Hg, queixa de hemiparesia direita e rebaixamento do nível de consciência. Foi submetido a uma tomografia, a qual indicou acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEH) esquerdo. No dia seguinte, realizou-se drenagem de hematoma. Permaneceu treze dias entubado, com necessidade de dieta enteral. Após extubação, foi introduzida dieta via oral, com evolução gradual da consistência. 
Antecedentes pessoais: Hipertensão arterial sistêmica (HAS), com baixa adesão ao tratamento, fibrilação atrial 
Antecedentes familiares: Pai falecido de infarto agudo do miocárdio e mãe portadora de HAS. 
Hábitos de vida: Tabagista e sedentário 
Medicamentos: Parou de tomar ácido acetilsalicílico (antiagregante plaquetário) e cloridrato de amiodarona (antiarrítmico), dos quais fazia uso há 2 anos. Faz uso irregular de captopril, anti-hipertensivo da classe dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA). Durante a internação, passou a tomar todos eles, além de associar mais dois anti-hipertensivos: anlodipino, da classe dos antagonistas do canal de cálcio, e clonidina, inibidor adrenérgico de ação central. 
Dados antropométricos 
Histórico de peso corporal: Peso habitual = 100 kg; Peso atual = 110 kg (medido em cama-balança); Estatura = 180 cm. 
Ao longo da vida e mesmo após a descoberta da HAS, o paciente nunca se preocupou com o peso corporal. 
Avaliação do estado nutricional:   
Índice de massa corporal (IMC) = 34 kg/m2 
Circunferência abdominal = 124 cm 
Circunferência do braço = 32 cm 
Dobra cutânea tricipital = 15 mm (entre percentil 50 e 75*) 
Área muscular do braço (sem osso) = 49,3 cm2 (entre percentil 25 e 50*) 
Área gordurosa do braço = 63,4 cm2 (> percentil 95*) 
Dados bioquímicos e clínicos 
Exames laboratoriais 
Creatinina = 1,54 mg/dL (normal = 0,8 a 1,3 mg/dL) 
Uréia = 44 mg/dL (normal = 15 a 39 mg/dL) 
Potássio = 4,7 mEq/L (normal = 3,5 a 5,0 mEq/L) 
Colesterol total = 220 mg/dL (limítrofe = 200 a 239 mg/dL) 
HDL-C = 32 mg/dL (baixo = < 40 mg/dL) 
LDL-C = 155 mg/dL (limítrofe = 130 a 159 mg/dL) 
Triglicérides = 195 mg/dL (limítrofe = 150 a 200 mg/dL) 
Glicemia = 114 mg/dL (normal = < 100 mg/dL) 
Faça o diagnóstico nutricional e comente os dados bioquímicos deste paciente e descreva orientações nutricionais pertinentes aos achados.
 Diagnóstico nutricional: Paciente se encontra em obesidade grau 1, com hipertensão arterial, com pré-diabetes, risco muito aumentado para doenças cardiovasculares, deposito de gordura na regiao do braço, graus elevados de criatinina e uréia podem indicar uma disfunção renal em fase avançada e níveis baixos de HDL-C e dislipidemia. 
Conduta nutricional:
Peso ideal: 70,3 KG – IMC 21,7 kg/m2
ERR de 70,3kg = 2300 kcal.
Dieta Hipocalórica, normoproteica, normolipidica e normoglicidica. 
Orientações nutricionais:
Peso: Diminuição do peso através de dieta balanceada, alimentos com menor densidade calórica, fracionamento das refeições em seis vezes ao dia.
Hipertensão arterial: Reduzir o peso corporal saudável (IMC de eutrofia),.
Diminuir o Sódio (Na) da dieta, preferir temperos naturais (Alho, Limão, Cebola, Louro, Cebolinha, Mostarda (folha seca), Salsinha, Noz moscada, Canela, Orégano, etc). Evitar embutidos e industrializados.
Evitar o consumo de bebidas alcoolicas.
Praticar atividade física.
Pré-diabetes: Incentivar o consumo de carboidratos de vegetais, frutas, grãos integrais, legumes e produtos lácteos, evitando as fontes de carboidratos que contenham altas concentrações de gorduras, açúcares e sódio.
Evitar doces, refrigerantes e sucos de “caixinha" ou refrescos em pó.
HDL-C: Aumentar o consumo o consumo de ácidos graxos monoinsaturados (Azeite de oliva) e polinsaturados (Peixes, frutos do mar, etc). Evitar gorduras saturadas e trans.
Aumentar o consumo de água.

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