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115 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO Unidade IV 7 EXEMPLOS PRÁTICOS E PRINCIPAIS INSTITUTOS DE PESQUISA A pesquisa de mercado é largamente utilizada pelas organizações se levarmos em consideração os projetos ad hoc contratados junto a institutos de pesquisa, as pesquisas in‑house, os levantamentos de dados secundários e a compra de pesquisas abertas/omnibus. • Pesquisas ad hoc: referem‑se a projetos de pesquisa encomendados junto a fornecedores e são realizados uma única vez, ou seja, não têm projeto de continuidade. Exemplo: os relatórios de pesquisa a seguir que foram encomendados para o autor e tiveram início, meio e fim. • Pesquisas in‑house: são pesquisas feitas com os recursos internos da organização. Exemplo: pesquisa de preço realizada pelos vendedores. • Levantamento de dados secundários: já explicado anteriormente, é a prática contínua de levantar dados disponíveis em várias fontes. Exemplo: pesquisa contínua de ofertas concorrentes em encartes/folhetos feita por varejos, como hipermercados. • Pesquisas abertas/omnibus: são pesquisas feitas por organizações/institutos, sem que haja encomenda (ad hoc), e custeadas pela própria organização/instituto. Quando prontas, são comercializadas abertamente para vários compradores. Exemplo: pesquisa Nielsen de auditoria de varejo e pesquisa Ibope/Kantar de aferição de audiência televisiva. 7.1 Pesquisa de avaliação de produto O relatório a seguir é de uma pesquisa real encomendado por uma rede de lojas de roupas femininas visando avaliar rapidamente a coleção que havia acabado de chegar nas lojas. O campo foi feito em um só dia e o projeto todo levou somente cinco dias entre planejamento, execução e apresentação, mostrando que é possível obter resultados rápidos. O nome da rede, por motivos éticos, não pode ser revelado. Objetivo Esse relatório visa apresentar a avaliação feita pelas clientes das lojas XXX sobre a nova coleção. Além disso, busca entender a penetração do evento junto ao público. 116 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV Os dados levantados foram: • avaliação de fatores da nova coleção; • percepção de preço; • fonte do convite para o evento; • participação de eventos da concorrência. Metodologia Pesquisa estruturada não disfarçada em pontos de venda XXX. O questionário de oito questões foi aprovado pelo cliente antes da aplicação. A coleta de dados ocorreu no dia 8 de março de 2007 em duas lojas da capital. As clientes foram entrevistadas no ambiente da loja. Por se tratar de uma amostra pequena e ligada a um único dia e em poucas lojas, temos uma situação de amostra de conveniência. O processo de amostragem por conveniência significa que o resultado da pesquisa não é representativo da população, sendo basicamente indicativo da realidade. O tamanho da amostra não teve cálculo prévio por se tratar de processo de conveniência. A operação de campo completou 58 questionários. Questionário Questionário estruturado com pré‑codificação das questões fechadas e pós‑codificação das questões abertas. Loja: _____________________ (não perguntar: observe se comprou algo e anote ao lado) 1 comprou 1. Qual sua nota de 0 a 10 para a diversidade das peças de nova coleção? _____________ 2. Qual sua nota de 0 a 10 para a beleza da nova coleção? _____________ 3. Qual sua nota de 0 a 10 para as cores da nova coleção? _____________ 4. Na sua opinião, o preço das peças da nova coleção é adequado às notas que acabou de dar? 2 Sim 3 Não 5. Você recebeu um convite para conhecer a nova coleção? 4 Sim, por telefone 5 Sim, por correio 6 Não 6. Você já recebeu convites para outros coquetéis de lançamento de coleções antes? 7 Sim 8 Não ‑ ENCERRA 7. Para quais lojas você já recebeu convites? (até 3) ______________________________________________ 8. Você já atendeu a outros convites de coquetéis de lançamento antes? 9 Sim 10 Não Figura 42 1 117 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO Resultados Os 58 questionários foram tabulados de modo simples para cada uma das questões. Tabulações cruzadas não são aplicáveis em uma amostra pequena como essa. Porém foi possível cruzar a maioria das variáveis por loja de aplicação do questionário. A questão 7 admitia respostas múltiplas, portanto o total de respostas supera a quantidade de questionários. Nesse caso, a base de 100% é considerada como sendo 58. Comprou algo: Tabela 25 Comprou – total Sim 60,3% Não 39,7% 100,0% Comprou – Loja A Sim 59,4% Não 40,6% 100,0% Comprou – Loja B Sim 61,5% Não 38,5% 100,0% O comportamento em ambas as lojas foi semelhante. Tabela 26 – Avaliação de diversidade das peças, beleza e cores da nova coleção Nota diversidade Total 9,2 Loja A 9,4 Loja B 8,8 Nota beleza Total 9,1 Loja A 9,2 Loja B 8,9 Nota cores Total 9,3 Loja A 9,1 Loja B 9,4 118 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV No geral, a avaliação foi excelente. As cores da nova coleção são o item com notas mais altas. Tabela 27 – Percepção se o preço da nova coleção está adequado às notas que a cliente deu Preço adequado – total Sim 79,3% Não 20,7% 100,0% Preço adequado – Loja A Sim 78,1% Não 21,9% 100,0% Preço adequado – Loja B Sim 80,8% Não 19,2% 100,0% É nítida a aceitação da política de preços da XXX. Tabela 28 – Fonte do convite para o evento Convidado XXX – total Telefone 37,9% Correio 19,0% Passante 43,1% 100% Convidado XXX – Loja A Telefone 43,8% Correio 15,6% Passante 40,6% 100% Convidado XXX – Loja B Telefone 30,8% Correio 23,1% Passante 46,2% 100% A loja B da XXX, provavelmente por estar em shopping de maior movimento, teve grande parte da amostra composta por pessoas que passavam no local e entraram. Em ambas as lojas o convite por telefone provou ser o mais eficiente. 119 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO Tabela 29 – Cliente é alvo de convites de outras lojas Outro convite – total Sim 63,8% Não 36,2% 100,0% Outro convite – Loja A Sim 62,5% Não 37,5% 100,0% Outro convite – Loja B Sim 65,4% Não 34,6% 100,0% A maior parte afirma receber convites de outras lojas também. Tabela 30 – Quais lojas convidaram para coquetel de lançamento (resposta múltipla) Loja convidou Zoomp 37,8% Cori 29,7% Bob Store 18,9% Mob 17,2% Daslu 10,8% Guaraná 10,8% N.Lembra 10,8% Canal 8,1% Le Lis Blanc 8,1% Montag 5,4% Babesh 2,7% Farm 2,7% Forum 2,7% Gregory 2,7% M.Officer 2,7% Shoulder 2,7% Base: 37 respondentes que afirmam terem sido convidados A Zoomp e a Cori foram as duas mais citadas. 120 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV Tabela 31 – Cliente atendeu ao convite e foi ao coquetel Atendeu convite Sim 73,0% Não 27,0% 100,0% Base: 37 respondentes que afirmam terem sido convidados Conclusão A maior parte da amostra mostrou avaliar com altas notas os quesitos pesquisados da nova coleção. Além disso, é fortemente influenciada por convites pelo telefone,demonstrando talvez a importância do contato humano com a cliente. A maior parte é convidada para lançamentos de diversas marcas e também atende a esses convites. Zoomp e Cori foram as mais citadas nesse caso. Observação Esse relatório demonstra uma boa utilização de amostra não probabilística. Não havia necessidade de ter amostra representativa, pois o objetivo era ter rapidamente uma avaliação informal dos produtos sendo lançados. Essa técnica é excelente para pesquisas feitas internamente (in‑house), ou seja, sem contratação de institutos. 7.2 Análise de comportamentos de compra Pesquisa quantitativa ou qualitativa visa entender comportamento de consumo/compra. Análise de comportamentos socioeconômicos – qualitativa Analisar comportamento de compra qualitativamente implica realizar entrevistas em profundidade e/ou focus groups discutindo fatores relativos aos hábitos de compra e consumo. Por ser qualitativa, essa pesquisa não vai trazer dados expressos em percentuais, e sim em expressões e palavra‑chave que podem ser convertidas em conceitos. Imagine uma editora de livros didáticos contratando um projeto de pesquisa com entrevistas em profundidade junto a professores que definem os livros da bibliografia das disciplinas (um exemplo de cliente especificador). O projeto prevê entrevistar docentes responsáveis pelos planos de ensino/conteúdos de disciplinas através de um roteiro contendo: 121 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO Roteiro para pesquisa em profundidade Livros didáticos Experiência do docente Periodicidade de revisão de bibliografia Critérios de seleção Importância da editora Importância de ser impresso ou digital Influência de superiores na escolha Influência de colegas docentes na escolha Influência de alunos na escolha Fontes de consulta Figura 43 – Exemplo de roteiro para pesquisa em profundidade – livros didáticos São agendadas por telefone entrevistas pessoais com 50 docentes responsáveis pelos conteúdos e bibliografias das disciplinas de suas instituições de ensino. O entrevistador cumpre a agenda e vai a cada local marcado para entrevistar o docente. Por se tratar de um entrevista de profundidade, o tempo dispendido é de 40 minutos, em média, sendo que em alguns casos a conversa passa de uma hora. O roteiro da figura anterior é usado como guia da conversa, e logo no início o entrevistador pede autorização para gravar a conversa (registro). Os tópicos são abordados sem necessidade de ordenação e, muitas vezes, um tópico volta a ser discutido sob outra ótica ou exemplo. Após as 50 entrevistas, as conversas gravadas são transcritas, e o texto gerado é analisado. Pontos em comum entre os docentes são sumarizados, bem como pontos discordantes. O roteiro original serve de sumário para ser preenchido pelo analista das transcrições. Análise de comportamentos socioeconômicos – quantitativa Analisar o comportamento de compra quantitativamente significa entrevistar uma população composta pelo público‑alvo, normalmente através de amostras, e obter dados sobre frequência/recência, locais, costumes etc. ligados à compra e consumo. Imagine uma empresa fabricante de bebidas contratando uma pesquisa de hábitos de compra e consumo de vodca. Os resultados esperados envolvem percentuais de locais de compra, como supermercados, casas noturnas etc., locais de consumo, como rua, residência, pontos de encontro com amigos etc., hábitos de mistura, como frutas, energético etc., preferência de marca, preferência de varejo e outros. Outro exemplo mais detalhado, dessa vez do mundo real: uma rede de atacado trabalha com o envio de um jornal de ofertas para o endereço de clientes cadastrados. A população dessa pesquisa foi o cadastro de clientes, e uma amostra de 1.112 clientes foi gerada a partir de um sorteio na base cadastral. Os resultados resumidos do relatório de pesquisa de comportamento estão a seguir: 122 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV Tabela 32 1 – Em quais desses meios o(a) Sr(a). costuma ver ofertas de produtos? Jornal de ofertas enviado para meu endereço 764 69,7% Anúncios de ofertas em TV 480 43,8% Tabloide/folheto disponível nas lojas 460 42,0% E‑mail com ofertas enviados pelas lojas 128 11,7% Anúncios de ofertas em revistas 120 10,9% Anúncios de ofertas em jornais 108 9,9% Encartes/folhetos de ofertas em jornais 100 9,1% Anúncios de ofertas em rádio 100 9,1% Nenhum 40 3,6% TOTAL – resposta múltipla 2.300 n= 1.112 100,0% Tabela 33 2 – O(A) Sr(a). costuma verificar as ofertas no jornal de ofertas antes de fazer suas compras? Sim 596 78,0% Não 168 22,0% TOTAL – resposta única 764 n= 764 100,0% Tabela 34 3 – As ofertas divulgadas no jornal de ofertas fazem o Sr(a). ir às compras mais vezes além do normal? Sim 424 55,8% Não 340 44,7% TOTAL – resposta única 764 n= 764 100,5% Tabela 35 4 – As ofertas divulgadas no jornal de ofertas fazem o(a) Sr(a). comprar algo que não está programado? Sim 552 72,6% Não 212 27,9% TOTAL – resposta única 764 n= 764 100,0% 123 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO Tabela 36 5 – Quais categorias de ofertas (produtos e preços) a seguir o(a) Sr(a). costuma consultar no jornal de ofertas? Limpeza 456 59,7% Carnes e aves 384 50,3% Bebidas 384 50,3% Frios e laticínios 336 44,0% Higiene e perfumaria 336 44,0% Produtos da cesta básica 300 39,3% Mercearia e bomboniere 200 26,2% Eletroeletrônico 192 25,1% Descartáveis 120 15,7% Marcas próprias 120 15,7% Automotivo e ferramentas 80 10,5% Plásticos 64 8,4% Vidros 60 7,9% Metais 36 4,7% TOTAL – resposta múltipla 3.068 n= 764 100,0% Tabela 37 6 – Das categorias de ofertas apresentadas, tem alguma que o(a) Sr(a) acha que deve ser reforçada em termos de produtos e serviços? Produtos da cesta básica 96 12,6% Carnes e aves 92 12,0% Higiene e perfumaria 80 10,5% Bebidas 72 9,4% Eletroeletrônico 64 8,4% Frios e laticínios 60 7,9% Marcas próprias 56 7,3% Limpeza 52 6,8% Mercearia e bomboniere 36 4,7% Automotivo e ferramentas 24 3,1% Descartáveis 16 2,1% Metais 8 1,0% Plásticos 4 0,5% Vidros 4 0,5% TOTAL – resposta múltipla 664 n= 764 100,0% 124 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV Analisando os resultados, podemos perceber que o envio do jornal de ofertas é eficiente: 70% dos clientes cadastrados veem as ofertas no jornal, e destes, 78% costumam verificar as ofertas antes de sair para as compras. Note que o “n” dos quadros muda: na primeira questão o “n” é 1.112, que é a amostra; na segunda questão o “n” é 764, que é o total da amostra que afirma ver as ofertas. Assim, de 70% da amostra que veem as ofertas (764 pessoas), 78% verificam antes de comprar (596 pessoas). A eficiência desse meio de comunicação é confirmada por 56% dos que veem as ofertas e afirmam ir às compras mais vezes além do normal em função delas. Além disso, 73% dos que veem acabam comprando algo a mais do programado! As questões 5 e 6 abordam as categorias de produtos nas ofertas. A questão 5 trata do hábito de consulta e a questão 6 do desejo de mais ofertas, o que permite projetar melhor as edições futuras do jornal de ofertas. Observação Pode‑se observar nas tabelas os números absolutos e relativos. Nesse relatório, optou‑se por apresentar sequencialmenteas tabelas e incluir as análises no final. É um formato válido pois permite leitura rápida do texto, remetendo‑se à tabela quando necessário. 7.3 Determinação de perfil de público Esse relatório de pesquisa real foi encomendado por uma loja de material de construção e acabamentos de São Paulo que, por questões éticas, não pode ser revelado: • período: de 4 a 12 de julho de 2009; • amostra: 279 entrevistas pessoais com clientes em ambiente de loja; • amostragem de conveniência não probabilística. Qualificação dos respondentes As perguntas de qualificação envolvem sexo, idade, estado civil, quantidade de filhos e atividade profissional. 125 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO Questão 1 – sexo Feminino 63,8% Masculino 36,2% Figura 44 – Sexo Tabela 38 Sexo Count Feminino 178 63,8% Masculino 101 36,2% N= 279 100,0% Questão 2 – idade Até 17 2,9% 31 a 40 26,9% 18 a 24 11,5% Mais de 51 16,8% 25 a 30 17,6%41 a 50 24,4% Figura 45 – Faixa etária Tabela 39 Idade Count 18 a 24 32 11,5% 25 a 30 49 17,6% 126 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV 31 a 40 75 26,9% 41 a 50 68 24,4% Até 17 8 2,9% Mais de 51 47 16,8% N= 279 100,0% Mais da metade da amostra tem entre 31 e 50 anos de idade. Ao cruzarmos sexo com idade, percebemos que a preponderância do sexo feminino ocorre em todas as faixas etárias. 30 25 20 15 Po rc en ta ge m 10 5 0 18 a 24 31 a 40 Até 1725 a 30 41 a 50 Mais de 51 Idade Masculino Feminino Figura 46 – Cruzamento sexo x idade Vale lembrar‑se de que, no processo de selecionar o respondente nas lojas, muitas vezes foram abordados casais, e, na maioria das vezes, o homem indicou a mulher para responder a pesquisa. Questão 3 – estado civil Viúvo 2,9 Solteiro 32,6 Sep/divorc. 6,8 Casado 57,7 Figura 47 – Estado civil 127 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO Tabela 40 Estado civil Count Casado 161 57,7% Solteiro 91 32,6% Separado/Divorciado 19 6,8% Viúvo 8 2,9% N= 279 100,0% Questão 4 – quantos filhos Nenhum 40,5% Um 21,9% Dois 20,1% Três 12,5% Quatro ou mais 5,0% Figura 48 Tabela 41 Filhos Count Nenhum 113 40,5% Um 61 21,9% Dois 56 20,1% Três 35 12,5% Quatro ou mais 14 5,0% N= 279 100,0% É interessante notar a preponderância de pessoas sem filhos na amostra. Domicílios sem crianças/ adolescentes têm maior disponibilidade proporcional de recursos para reformas/construção/decoração. 128 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV Questão 5 – qual sua atividade profissional Essa questão é mais adequada do que a tradicional abordagem de profissão ou cargo. A escala nominal desenvolvida permite separar diversas atividades profissionais e abre espaço para uma pergunta sequencial focada no ramo de atividade do cliente. Estudante 5,4%Func. público 9,3% Não trabalha 10,0% Prof. liberal 12,9% Dono de negócio 17,6% Func. emp. privada 44,8% Figura 49 Tabela 42 Atividade profissional Count Funcionário de empresa privada 125 44,8% Dono de negócio 49 17,6% Profissional liberal 36 12,9% Não trabalha 28 10,0% Funcionário público 26 9,3% Estudante 15 5,4% N= 279 100,0% A segunda atividade mais frequente, dono de negócio, inclui autônomos, como pintores, mestre de obras etc. Já profissionais liberais podem incluir arquitetos e designers. Questão 6 – sua profissão tem a ver com construção/reforma? Essa é questão sequencial citada anteriormente, e amarra o ramo de atividade da C&C com a questão padronizada de atividade profissional. 129 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO Tabela 43 Prof. Reforma Count Não 245 87,8% Sim 34 12,2% N= 279 100,0% Tabela 44 Qual profissão? Count Engenheiro 5 14,7% Vendedor 5 14,7% Arquiteto 4 11,8% Design interior 4 11,8% Mestre de obra 4 11,8% Pintor 4 11,8% Eletricista 3 8,8% Comprador 2 5,9% Pedreiro 2 5,9% Paisagista 1 2,9% N= 34 100,0% Os 34 respondentes cuja profissão está relacionada com construção e reforma declararam sua profissão, e os mais frequentes foram engenheiro e vendedor. Ao cruzarmos as duas questões de atividade profissional percebemos que somente funcionários de empresas privadas, donos de negócio e profissionais liberais estão relacionados à atividade de reforma/construção. 50 40 30 Po rc en ta ge m 20 10 0 Do no de ne gó cio Fu nc . e mp . p riv ad a Nã o t rab alh a Est ud an te Fu nc . p úb lico Pro f. l ibe ral Ativ. prof. Sim Não Prof. reforma Figura 50 – Cruzamento atividade profissional x profissão ligada à reforma/construção 130 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV Questão 6 – qual o principal motivo para entrar nessa loja hoje Estou reformando 30,1% Compras p/ casa 25,4% Outro 22,9% Estou construindo 13,6% Pretendo reformar 6,1% Pretendo construir1,8% Figura 51 Tabela 45 Motivo Count Estou reformando 84 30,1% Compras para casa 71 25,4% Outro 64 22,9% Estou construindo 38 13,6% Pretendo reformar 17 6,1% Pretendo construir 5 1,8% N= 279 100,0% O foco maior da amostra é reforma, seguido de compras para a casa. Os 64 respondentes que declararam ser outro motivo foram, então, perguntados qual era. Tabela 46 Outro – qual? Count Comprar chuveiro 12 18,8% Comprar tinta 10 15,6% Pesquisar preços 7 10,9% Acompanhando alguém 4 6,3% Acompanhando um cliente 4 6,3% Comprar decoração 4 6,3% Comprar coisas para banheiro 3 4,7% Comprar lustre 3 4,7% Diversos 17 26,6% N= 64 100,0% 131 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO Tinta e chuveiro são os mais frequentes de outros. É interessante notar que, se fôssemos tabular essas respostas baseadas no total da amostra, teríamos 4,3% e 3,6%, respectivamente. Isso demonstra a importância dessas seções. Lembrete Esse relatório real mostra como contextualizar as informações contidas nas tabelas e nos gráficos para atender ao objetivo proposto. 7.4 Principais fornecedores de pesquisa no Brasil O mercado brasileiro conta com bons fornecedores nacionais e internacionais de serviços de pesquisa. Vamos citar alguns dos principais: 7.4.1 Ipsos Fundada na França em 1975, é a terceira maior empresa de pesquisa e inteligência de mercado do mundo. Conta com 16 mil funcionários em 87 países. Com mais de 700 funcionários, está presente no Brasil desde 1997. Oferece principalmente pesquisas de: • propaganda e comunicação; • fidelização de clientes e funcionários; • entendimento de mercado, marca e inovação; • mídia, conteúdo e tecnologia; • pesquisa social e reputação corporativa. 7.4.2 Ibope/Kantar media Líder de pesquisa de mídia na América Latina, o antigo Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística se associou ao Grupo Kantar anos atrás e formou o Ibope KantarMedia, que tem duas divisões: • consumo, investimento e monitoramento de mídia; • opinião e comportamento. Mais conhecido pela aferição de audiência televisiva (os famosos pontos de audiência da Rede Globo, por exemplo), o Ibope também tem relevância em pesquisas eleitorais e empresariais. 132 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV Os serviços oferecidos são: consumo multimeios; investimento publicitário; fiscalização publicitária; audiência de rádio; audiência de TV; conhecimento da categoria; conhecimento do consumidor; conhecimento da marca; conhecimento do produto; conhecimento de comunicação; conhecimento da opinião pública; conhecimento de varejo; conhecimento de shopping; conhecimento imobiliário; consultoria estatística; e oficina de inteligência. 7.4.3 Datafolha Começou como departamento de pesquisa do jornal Folha de S.Paulo, depois se tornou empresa independente que oferece serviços ao mercado (exceto pesquisas eleitorais, que são exclusividade do jornal). É o único fornecedor de pesquisa do jornal: pesquisas eleitorais; levantamentos estatísticos; esportes; pesquisas de opinião pública; área de mídia; área de mercado; produtos contínuos (painéis); e terceirização de serviços de campo, planejamento, processamento e análises estatísticas. Lembrete O Datafolha é responsável pela pesquisa evolutiva omnibus Top of Mind. 7.4.4 GFK Fundada na Alemanha, é uma das maiores empresas de pesquisa de mercado do mundo, com cerca de 13 mil funcionários, atuando em mais de 100 países. Está presente há alguns anos no Brasil e tenta competir com o Ibope no mercado de aferição de audiência televisiva. Oferece pesquisas de atitudes, percepções e comportamento do consumidor. 8 MODELOS EMERGENTES E POSSIBILIDADES PARA O FUTURO DA PESQUISA DE MERCADO A constante evolução das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) traz avanços interessantes para a prática de pesquisa de mercado. 8.1 Interpretação e categorização de respostas de questões abertas Discutimos anteriormente que o trabalhoso processo de codificação de questões abertas envolve o agrupamento de respostas parecidas em categorias que serão totalizadas. A tecnologia permite substituir o custoso trabalho humano por sistemas que interpretam o sentido da resposta e criam categorias de sentido comum. 133 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO Lembrete Para uma pessoa codificar questões abertas, é preciso a digitação, o ordenamento, a leitura, a interpretação e a categorização de todas as respostas. O processo é bastante sofisticado, pois deve levar em consideração: • O sentido estrito das palavras e expressões. Por exemplo, diante da pergunta: “quais são seus tipos de música preferidos?”, uma resposta: “eu gosto de rock e música clássica” deveria isolar os termos específicos rock e música clássica para classificação/categorização. • O sentido lato (amplo) das palavras e expressões. Por exemplo, diante da pergunta: “quais são seus tipos de música preferidos?”, uma resposta: “adoro Beatles e Chico Buarque” deveria converter os termos Beatles e Chico Buarque para rock e MPB, respectivamente. • O sentido figurativo e interpretativo das palavras e expressões. Por exemplo, diante da pergunta: “quais são seus tipos de música preferidos?”, uma resposta: “ah, eu ouço todo tipo de música, menos ópera”, deveria interpretar a resposta para tabular todas as categorias existentes no banco de dados exceto a categoria ópera. A chave do sistema é aprendizado. Evert et al. (2016) descrevem técnicas do estado da arte em processamento de linguagem natural e machine learning (máquinas que aprendem ou computadores que acumulam aprendizado) voltados para a interpretação de largos blocos de texto com avaliação/interpretação das polaridades associadas. Por exemplo, diante da questão “qual sua opinião sobre a atuação dos EUA na guerra contra o terrorismo?”, como você interpretaria esta resposta: “acho que os gringos só conseguem atingir peixe pequeno. Os figurões escapam mesmo que sanções econômicas junto aos Estados financiadores consigam reduzir sua atuação.”? O tom da resposta é favorável ou desfavorável aos EUA? Ou é neutro? Perceba a complexidade exigida de uma máquina para interpretar! Uma interpretação humana possível é: • Os EUA atuam contra o terrorismo, mas o efeito não é grande. • Somente os soldados são pegos, mas os generais e os executivos que dão as ordens, não. • Sanções econômicas aos Estados que financiam o terrorismo reduzem o apoio que estes dão aos terroristas. 134 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV Somente um sistema com a capacidade de aprender com o tempo aliado a um enorme banco de dados consegue chegar perto dessa interpretação. As técnicas que Evert et al. (2016) descrevem permitem esse tipo de aplicação. 8.2 Cool hunters/Caçadores de tendências Há uma crescente tendência em levantar dados por observação junto a diferentes perfis sociográficos ou tribos. A rápida evolução dos modismos e a consequente velocidade da obsolescência de produtos e serviços impulsionou a criação de uma modelagem de pesquisa de observação denominada cool hunter, que em tradução livre seria o equivalente a caçadores de coisas legais. A adaptação para o português gerou um palatável e compreensível caçador de tendências. Essa metodologia implica ter pesquisadores que realizam observação participante, ou seja, são da mesma tribo e comungam dos mesmos interesses, tendo como tarefa observar e registrar comportamentos emergentes, abandono de produtos, aceitação e rejeição a marcas e seus motivos e outros tópicos. Lima (2015) cita como exemplo a Unilever, que utiliza os serviços de um time interno de antropólogos, sociólogos e cool hunters para detectar tendências a tempo de desenvolver produtos. A caça a tendências não é nova. Popcorn (1991) lançou um livro de importância seminal no início dos anos 1990 chamado Relatório Popcorn, no qual descreve as tendências que se avizinhavam na época. Hoje, mais de um quarto de século depois, as tendências sugeridas por ela se confirmaram com firmeza. Esse livro foi fruto de muito trabalho envolvendo várias metodologias, inclusive a de observação. O modelo emergente dos cool hunters envolve a oferta de serviços de pesquisa de observação participante. Segundo Meirinhos e Osório (2016), a observação participante é um método interativo de coleta de dados que requer a participação ativa do pesquisador, que está observando, nos acontecimentos e nos fenômenos. Por exemplo, um pesquisador de 18 anos de idade participa ativamente de festas, shows e baladas com outras pessoas da mesma faixa etária e gostos semelhantes, e registra fatores para análise posterior. O modelo é utilizado em outras áreas, diferentes de pesquisa de marketing. A área de moda trabalha com esse conceito há tempos. Saiba mais Conheça os caçadores de tendências lendo: SHOR, E., Os novos luxos. Página 22, FGV, n. 59, p. 47‑48, dez. 2011/ jan. 2012. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/ pagina22/article/download/29703/28552>. Acesso em: 17 maio 2017. 135 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO 8.3 Google Trends O Google tem uma ferramenta (<https://trends.google.com.br/trends/>) que apresenta em ordem as palavras e os termos mais pesquisados na ferramenta de busca padrão, ou seja, traz as chamadas matérias em altae, ao clicar em um dos tópicos, abre‑se uma página com os artigos mais relevantes e os gráficos mostrando o interesse no tópico ao longo do tempo. É possível pesquisar em função do estado do Brasil ou de outro país no mundo. Essa ferramenta gratuita apresenta uma tendência crescente das organizações mapearem fatores que contribuem para sua reputação. Exemplo de aplicação Explore <https://trends.google.com.br/trends/> e busque palavras‑chave de assuntos do seu interesse. Veja a relevância de suas bandas preferidas, seu time de futebol, suas marcas favoritas etc. 8.4 Big data Big data é uma expressão relativamente nova: surgiu em 2005 com o Google e rapidamente foi absorvido por empresas e pela academia. É o conjunto de dados estruturados e não estruturados, imenso e complexo, que milhões de aplicativos coletam e armazenam a cada segundo. Por dados estruturados, entenda‑se quaisquer dados que permitam processamento em conjunto: sexo, idade, nome, lugar da multa, volume de vendas, peso do container, preço praticado, valor da ação etc. Por dados não estruturados entenda‑se quaisquer conteúdos que não permitem processamento em conjunto: fotos, imagens, ilustrações, vídeos etc. Claro que não se trata de um único e gigantesco banco de dados. Na verdade, é somatória de todos os bancos de dados existentes! Pense no gigantesco conjunto de dados que o Facebook armazena sobre você: postagens suas; postagens de outros carregadas; likes; e comentários feitos. Não para por aí! Qualquer site ou aplicativo que você acessa a partir do Facebook vai para o seu banco de dados, bem como todas as interações que fizer. Se formos pensar no Google, então o volume de dados se multiplica por mil, por assim dizer. Pesquisas que você faz (palavras‑chave), links clicados, imagens vistas, lugares visualizados no Google Maps, passeios feitos no Street View e muito mais. Acrescente todas as interações digitais que você faz no dia a dia: Waze, sites de notícias, e‑commerces, bancos, sites de comparação de preços, jogos, chats, Skype etc. Veja que tudo, sem 136 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV exceção, captura dados diversos (de navegação, perfil, interesse, localização geográfica, caminho a percorrer/percorrido etc.). Todos esses bancos de dados espalhados na nuvem estão acumulando bilhões de bytes por segundo, e não descansa nunca. Trabalhar o Big data como fonte de dados secundários é tarefa para sistemas computacionais avançados com hardware e software de ponta, certo? Não necessariamente. Há ferramentas gratuitas em distribuição Linux que permitem arranhar pedaços dessa gigantesca montanha de dados. Mas então quem tem acesso a tudo isso? A resposta é óbvia: ninguém. Pode‑se afirmar que os serviços de inteligência das grandes potências conseguem acessar muito mais do que as empresas privadas, mas nem mesmo estes conseguem ter acesso a tudo. Uma vez que o Google é um repositório gigantesco de dados, quaisquer parcerias que ele tenha com outras empresas amplia o volume de possibilidades. Idem para o Facebook. A natureza gigantesca e, em parte, não estruturada dos dados, aliada aos milhões de fontes diferentes, torna a pesquisa de mercado tendo como referência o Big data uma tarefa complicada – mas recompensadora para quem aceita o desafio. Uma das técnicas é o Data Mining, que consiste em algoritmos que ficam minerando dados 24 horas por dia seguindo algum critério, como “localizar todas as mulheres moradoras de Recife acima de 30 anos que demonstraram interesse em maquiagem entre os dias 10 e 12 de dezembro de 2014 e que já viajaram para exterior ao menos duas vezes na vida”. Não há, provavelmente, um banco de dados único que possa trazer respostas para essa pergunta. Porém, combinando o acesso a diversos bancos de dados unidos por alguma chave comum (CPF, por exemplo), é possível obter essa lista. Saiba mais Conheça mais aplicações e tendências do Big data, ao ler: BRETERNITZ, V. J.; SILVA, L. A. Big data: um novo conceito gerando oportunidades e desafios. Revista Eletrônica de Tecnologia e Cultura, v. 2, n. 2, p. 106‑113, 18 out. 2013. MAYER‑SCHONBERGER, V.; CUKIER, K. Big data: como extrair volume, variedade, velocidade e valor da avalanche de informação cotidiana. São Paulo: Elsevier Brasil, 2014. 137 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO 8.5 Possibilidades futuras A pesquisa acadêmica e empresarial atual levanta diversos fatores de análise que certamente irão impactar a atividade mercadológica e, num recorte mais estrito, a pesquisa de mercado. 8.5.1 Comportamento coletivo Essa área de estudo, no que se refere à marketing e à pesquisa de mercado, trata das dinâmicas que levam grupos de pessoas a participar coletivamente, mesmo sem se conhecerem, de ações criadas por outras pessoas ou organizações. A Psicologia é uma ciência que estuda há tempos essas manifestações, mas a sociedade digital ampliou enormemente a capacidade das pessoas (e organizações) de se comportarem a favor ou contra algo. Se pensarmos num nível mais básico, temos os famosos haters da internet. Amaral e Coimbra (2014) definem hater como o sujeito que fala mal dos outros nos espaços de interação e conversação da internet. Basta entramos na seção de comentários de alguma notícia que inevitavelmente teremos posts recheados de raiva e ambiguidade normalmente protegidos pelo anonimato. Sabedores desse fato, há empresas especializadas em gerar a discórdia na internet criando perfis falsos que falam mal de marcas, produtos e afins. Um fabricante de veículos, por exemplo, pode contratar empresas desse tipo para espalhar boatos sobre defeitos de veículos concorrentes ou de elogiar os veículos do contratante. Independentemente da intencionalidade psicológica (ou utilidade estratégica remunerada) do hater, este pode fazer um belo estrago em reputações de pessoas, produtos e marcas. Outra forma de comportamento coletivo incentivado (ou derivado) da internet é o crowdsourcing. Stephen, Zubcsek e Goldenberg (2016) definem crowdsourcing como fonte de informações oriundas de uma multidão, ou seja, pessoas que se unem para conjuntamente resolver problemas, desenvolver produtos e serviços, testar ideias, criar conteúdo e muito mais. Pode parecer equivalente ao cooperativismo, e é, com a adição do elemento internet, que permite que pessoas desconhecidas entre si compartilhem um dos objetivos anteriores. Um exemplo conhecido de crowdsourcing é a Wikipédia. Todos os verbetes dessa enciclopédia digital são de autoria de pessoas, como nós, que querem colaborar com o conhecimento. Uma versão mais aplicada de crowdsourcing é o crowdfunding, que nada mais é que a busca de financiamento (funding) para iniciativas de interesse coletivo através de contribuições pessoais na forma de investimento. Sites como o <www.vakinha.com.br> permitem que qualquer pessoa crie uma campanha de arrecadação de fundos para uma causa qualquer, sendo o próprio site o meio de pagamento/transferência. Causas que variam de ajuda para doentes ou instituições, pessoas que perderam tudo, despesas de casamento e outras são comuns em iniciativas desse tipo. O Facebook também é um canal para divulgar campanhas, dividir o cachê de um artista para tocar em algum lugar, financiar a produção de uma obra artística, como filme, livro ou disco, pagar a fiança de algum colega em apuros e assim por diante. 138 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV Uma das possibilidades da pesquisa de mercado atuar no conceito do comportamento coletivojá está esboçada na forma dos sites de pesquisas remuneradas já discutido anteriormente. O formato atual é simples, mas traz problemas, e uma evolução identificando positivamente o respondente é a alternativa viável. 8.5.2 Eye tracking com pesquisa de observação em ambientes não controlados Eye tracking é uma tecnologia de coleta de dados desenvolvida nos anos 1960 onde uma câmera voltada para os olhos do pesquisado registra as rápidas movimentações e paradas diante de um estímulo visual. O conceito de eye tracking refere‑se a um conjunto de tecnologias que permite medir e registar os movimentos oculares de um indivíduo perante a amostragem de um estímulo em ambiente real ou controlado, determinando, deste modo, em que áreas fixa a sua atenção (volume de fixações visuais gerado), por quanto tempo e que ordem segue na sua exploração visual (existência de eventuais padrões de comportamento visual) (BARRETO, 2012, p. 168). Vários institutos de pesquisa no mundo possuem equipamentos modernos que, em ambiente controlado, como uma sala ou laboratório, registram os movimentos oculares de pessoas expostas a anúncios e conseguem, com isso, melhorar a atenção e o foco em determinadas áreas estratégicas da peça promocional. Porém, os equipamentos para coleta de dados representam um problema, já que os aparelhos são visíveis e é impossível realizar uma pesquisa disfarçada. O desenvolvimento futuro de eye tracking implica câmeras de alta definição espalhadas em ambientes não controlados, como lojas de varejo para que registrem os pontos focais de seus clientes. Imagine poder montar o layout de uma loja otimizando o posicionamento físico de produtos, placas de preços, avisos de promoções etc. baseado no padrão de movimentação e foco dos olhos de clientes. Outra possibilidade é utilizar as câmeras dos smartphones para capturar o movimento dos olhos de seus portadores, a fim de garantir que o anúncio – que está na tela – realmente está sendo visto com atenção. Há ainda um outro modelo, similar ao do smartphone, que utiliza a câmera no alto dos laptops e dos monitores de computador para registro similar. O problema tecnológico esbarra na capacidade de alta definição das câmeras, da localização estratégica delas e da capacidade de processamento do hardware associado. 139 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO Lembrete O YouTube tem um enorme acevo de vídeos demonstrando a técnica e a aplicação do eye tracking em diversas áreas da ciência. 8.5.3 Lógica fuzzy aplicada à pesquisa de mercado O conceito de lógica fuzzy envolve a interpretação de termos vagos e imprecisos, e segundo Lin et al. (2016) o conceito passou a ser desenvolvido na década de 1960. A lógica fuzzy procura interpretar expressões como essas: • A farmácia está a “alguns metros” do posto de gasolina. • A previsão para amanhã na praia é “parcialmente” nublado. • Se eu não emagrecer “alguns” quilos, vou continuar “mal”. No primeiro caso, como uma pesquisa de mercado poderia tabular esse dado? No segundo caso, parcialmente está localizado entre quais limites exatamente? No terceiro caso, de quantos quilos estamos falando e qual o limite entre estar bem e mal? Note que as palavras entre aspas são imprecisas e vagas. São termos fuzzy! Quando, em pesquisa de mercado, surgem termos fuzzy, a tendência é tratá‑los em contagem equivalente. Por exemplo, numa questão aberta, 3% dos respondentes avaliam a praça como suja. Mas é possível que a escala de sujeira deles (e dos outros respondentes que não afirmaram isso) seja muito diversa e não agrupável. Porém, em nome da objetividade e das necessidades de mensurar tudo o que for possível, a pesquisa de mercado começa a ter mecanismos para ir incorporando elementos da lógica fuzzy em sistemas estatísticos. Lin et al. (2016) propõem um modelo estatístico de defuzzification for fuzzy data ou, em tradução livre, desfuzificação de dados fuzzy. Trata‑se de utilizar questionários bidimensionais que requerem que o respondente aponte o peso relativo X para um fator de análise, além de sua adesão (ou grau do sentimento) para o fator Y. Por exemplo: escolha as idades adequadas para: • começar o interesse em se casar (A); • atingir o pico de interesse em se casar (B); 140 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV • idade máxima para o pico de interesse em se casar (C); • idade máxima para o interesse em se casar terminar/esvanecer (D). O modelo estatístico de lógica fuzzy proposto, a partir das respostas dadas, apresenta o gráfico trapezoidal a seguir e permite que o respondente refine sua resposta movendo com o mouse (ou dedo) os pontos A, B, C ou D à vontade. Fica claro que o instrumento de coleta deve necessariamente ser em meio computacional. 10 20 30 40 50 60 IdadeDA B C ‑0,2 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 u(x) De 24 Até 55 34 ‑ 39 Figura 52 – Exemplo de questão utilizando lógica fuzzy (a idade ideal para casamento 34~39) Note que a proposta abre infinitas possibilidades de mensurar termos fuzzy como alto, baixo, caro, barato, sujo, limpo, jovem, velho, saudável, doente, bom, ruim etc. Resumo Nesta unidade começamos apresentando exemplos práticos de relatórios de pesquisa contendo objetivo, metodologia, questionário e análises. Também apresentamos quatro dos maiores institutos de pesquisa do Brasil e os tipos de serviços que prestam. Discutimos também modelos emergentes e possibilidades futuras para a pesquisa de mercado. Os exemplos práticos foram baseados em três experiências vividas no mercado sem citação dos clientes por motivos éticos. O relatório da pesquisa de avaliação de produto apresentado foi o resultado de uma operação de campo rápida e sem representação estatística, mas muito 141 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO eficiente para avaliar uma nova coleção de roupas chegando numa rede de lojas femininas. A pesquisa de comportamento de compra apresentada era voltada para a eficiência de um jornal de ofertas como um impulsionador de compras de um grande atacadista. A terceira pesquisa real apresentada, de perfil de público, foi encomendada por uma loja de material de construção e acabamentos e definiu o perfil demográfico de seus clientes. Os quatro institutos de pesquisa apresentados – Ipsos, Ibope, Datafolha e GFK – estão entre os maiores do mercado brasileiro e oferecem uma larga faixa de serviços de pesquisa, sendo fornecedores naturais de profissionais de marketing, vendas e administração. A discussão de modelos emergentes e possibilidades futuras mostra o que já existe de novo e o que provavelmente será oferecido em breve em termos de tecnologia e metodologia de pesquisa de mercado. Exercícios Questão 1. Uma rede de atacado trabalha com o envio de um jornal de ofertas para o endereço de clientes cadastrados. A população dessa pesquisa foi o cadastro de clientes, e uma amostra de 1.112 clientes foi gerada a partir de um sorteio na base cadastral. Os resultados da tabulação estão a seguir: Em quais desses meios o sr. (a) costuma ver ofertas de produtos? Jornal de ofertas enviado para meu endereço 764 69,7% Anúncios de ofertas em TV 480 43,8% Tabloide/folheto disponível nas lojas 460 42,0% E‑mail com ofertas enviados pelas lojas 128 11,7% Anúncios de ofertas em revistas 120 10,9% Anúncios de ofertas em jornais 108 9,9% Encartes/folhetos de ofertas em jornais 100 9,1% Anúncios de ofertas em rádio 100 9,1% Nenhum 40 3,6% TOTAL2.300 n= 1.112 100,0% A partir do texto e da tabela apresentados, avalie as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas. 142 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Unidade IV I – Essa questão não é de resposta múltipla. Porque II – Ocorreram 2.300 respostas. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: A) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As afirmativas I e II são proposições falsas. Resposta correta: alternativa D. Análise das afirmativas I – Afirmativa incorreta. Justificativa: a tabela mostra que a somatória das respostas foi de 2.300, e o tamanho da amostra é de 1.112. Portanto, os respondentes puderam dar mais de uma resposta para a mesma questão, o que caracteriza uma questão de resposta múltipla. II – Afirmativa correta. Justificativa: a tabela mostra que a somatória das respostas foi de 2.300. Questão 2. Texto 1 – Eye tracking é uma tecnologia de coleta de dados desenvolvida nos anos 1960, onde uma câmera voltada para os olhos do pesquisado registra as rápidas movimentações e paradas diante de um estímulo visual. Vários institutos de pesquisa no mundo possuem equipamentos modernos que, em ambiente controlado, como uma sala ou laboratório, registram os movimentos oculares de pessoas expostas a anúncios e com isso conseguem melhorar a atenção e o foco em determinadas áreas estratégicas da peça promocional. Texto 2 – Um estudo conduzido por pesquisadores da Rice University, em Houston (EUA), mostrou que marcas faciais podem tirar o foco de recrutadores. Cento e setenta e um respondentes ouviram o áudio de uma entrevista de emprego enquanto viam a foto do candidato em uma tela. Uma parte dos participantes viu imagens de pessoas com cicatrizes no queixo ou marcas de nascença. A outra, de pessoas sem qualquer marca facial. Os primeiros não conseguiam tirar os olhos das marcas faciais 143 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 INTELIGÊNCIA DE MARKETING: PESQUISA DE MERCADO durante a entrevista, segundo revelou um sistema de eye tracking, que observa e registra o movimento rápido dos olhos. Os candidatos com cicatrizes também tiveram uma avaliação inferior à dos que não possuíam qualquer marca no rosto (adaptado de http://exame.abril.com.br/carreira/5‑pesquisas‑que‑ provam‑que‑aparencia‑importa‑sim‑para‑a‑carreira/). A partir dos textos apresentados, avalie as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas. I – Eye tracking é um método para fazer pesquisa de observação em ambientes não controlados. Porque II – Registra os movimentos oculares dos pesquisados, ou seja, observa os pontos focais dos participantes. A respeito dessas afirmativas, assinale a opção correta: A) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As afirmativas I e II são proposições falsas. Resposta desta questão na plataforma. 144 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 QUESTIONNAIRE_0001.JPG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/ File:Questionnaire_0001.jpg>. Acesso em: 9 maio 2017. Figura 2 TELEHANDELSHUSET_SARAH_POULSEN_20130307_7F_(8585130041).JPG. Disponível em: <https:// commons.wikimedia.org/wiki/File:Telehandelshuset_Sarah_Poulsen_20130307_7F_(8585130041).jpg>. Acesso em: 9 maio 2017. Figura 3 DICE_2IN1_D6.JPG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Dice_2in1_d6.JPG>. Acesso em: 9 maio 2017. Figura 5 GUSTAV_ADOLF_CLOSS_‑_DIE_SCHIFFE_DES_COLUMBUS_‑_1892.JPG. Disponível em: <https:// commons.wikimedia.org/wiki/File:Gustav_Adolf_Closs_‑_Die_Schiffe_des_Columbus_‑_1892.jpg>. Acesso em: 9 maio 2017. Figura 6 Disponível em: HK_WESTWOOD_WELLCOME_SHOP_INTERIOR_AISLE_CORRIDOR_%E8%B3%BC%E 7%89%A9%E6%89%8B%E6%8E%A8%E8%BB%8A_SHOPPING_CARTS_APRIL‑2012.JPG. <https:// upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/86/HK_Westwood_Wellcome_Shop_interior_aisle_corrid or_%E8%B3%BC%E7%89%A9%E6%89%8B%E6%8E%A8%E8%BB%8A_shopping_carts_April‑2012. jpg>. Acesso em: 9 maio 2017. Figura 8 RORSCHACH_LIKE_INKBLOT.SVG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/ File:Rorschach_like_Inkblot.svg>. Acesso em: 9 maio 2017. Figura 9 OBSERVADORES‑DE‑P%C3%A1SSAROS‑DIQUE‑AVES‑1321539/. Disponível em: <https://pixabay.com/ pt/observadores‑de‑p%C3%A1ssaros‑dique‑aves‑1321539/>. Acesso em: 9 maio 2017. 145 Re vi sã o: A nn a F. - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 1 8/ 05 /1 7 Figura 10 BANCA‑DE‑JORNAIS‑VALPARA%C3%ADSO‑CHILE‑261639/. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/ banca‑de‑jornais‑valpara%C3%ADso‑chile‑261639/>. Acesso em: 9 maio 2017. Figura 11 R%C3%A9GUA_E_COMPASSO.JPG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/ File:R%C3%A9gua_e_compasso.jpg>. Acesso em: 9 maio 2017. Figura 20 ASSITENTE_SOCIAL_ATUANDO_NO_PROJETO_ARQUITETO_DE_FAMILIA.JPG. Disponível em: <https:// commons.wikimedia.org/wiki/File:Assitente_Social_atuando_no_projeto_Arquiteto_de_Familia.JPG>. Acesso em: 9 maio 2017. Figura 28 CALCULADORA_MODELO_TI‑83_MARCA_TEXAS_INSTRUMENTS‑_2014‑07‑04_02‑14.JPG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Calculadora_Modelo_TI‑83_Marca_Texas_ Instruments‑_2014‑07‑04_02‑14.jpg>. Acesso em: 9 maio 2017. Figura 29 SERVI%C3%A7O‑MULHER‑FONE‑DE‑OUVIDO‑AJUDA‑1660847/. Disponível em: <https://pixabay.com/ pt/servi%C3%A7o‑mulher‑fone‑de‑ouvido‑ajuda‑1660847/>. Acesso em: 9 maio 2017. Figura 30 ENTREVISTA‑CONVERSA%C3%A7%C3%A3O‑SESS%C3%A3O‑2071228/. 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