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- -1 ADMINISTRAÇÃO RURAL QUESTÕES AMBIENTAIS E ADMINISTRAÇÃO RURAL Gustavo Bastos Braga - -2 Olá! Você está na unidade . Conheça aqui como o meio ambienteQuestões ambientais e administração rural influencia na gestão de uma organização rural. Como toda empresa rural possui influências edafoclimáticas e como o as mudanças climáticas afetam a gestão dessas organizações para produção de produtos agropecuários. Entenda ainda como funcionam os programas e gestão ambiental e como esses influenciam nas tomadas de decisão. Bem como os conceitos fundamentais para a realizar auditorias ambientais. Aprenda sobre noções sobre qualidade e os programas de gestão de qualidade total. Conheça também as principais certificações ambientais e como as certificações conferidas pela International Standartization Organization (ISO) funcionam na prática e o processo para obtê-las. Bons estudos! - -3 1 Sustentabilidade, meio ambiente e empresas rurais As se diferenciam de , pois seus principais ativos são ouempresas rurais outras organizações seres vivos derivados diretamente deles. Isso faz com que as empresas rurais sejam potencialmente mais suscetíveis ao meio ambiente. Ao mesmo tempo, as atividades agropecuárias impactam de forma significativa o meio ambiente, causando desde erosões até a emissão de gases de efeito estufa. Essa dicotomia traz enormes responsabilidades às empresas rurais, é necessário para que a atividadepreservar seja sustentável. Essa palavra, , tem provocado enormes alterações nas preocupações dossustentabilidade gestores rurais. Vamos aprender mais sobre essa questão. O termo sustentabilidade se origina da palavra sustentável, que tem origem latina e deriva do termo sustentare que, por sua vez, possui significados como cuidar, apoiar, defender e favorecer. O termo sustentabilidade com suas nuances surgiu em 1972, na modernas United Nations Conference on the Human Environment (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano). Essa conferência ocorreu em Estocolmo, na Suécia, e pode ser considerada a primeira vez na história em que chefes de Estado se reuniram para tratar de questões relativas ao meio ambiente. As discussões na conferência, que eram relativas a questões como degradação e poluição ambiental, evoluíram para sedimentar o conceito de .desenvolvimento sustentável Em 1987, a Organização das Nações Unidas, implementou a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e , presidida pela política norueguesa Gro Harlem Brundtland. Nessa comissão, foi criada umaDesenvolvimento declaração universal sobre a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável, que ficou conhecido como , em homenagem a sua presidente. Nesse relatório houve uma definição formal deRelatório Brundtland sustentabilidade, a qual seria um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas. (NAÇÕES UNIDAS BRASIL, [2020], )on-line Essa definição norteou várias discussões sobre questões socioeconômico-ambientais. Sua e singularidade facilitaram a abordagem dessas questões no tempo.abrangência Vinte anos depois, em 1992, houve uma nova conferência para se tratar do meio ambiente e do desenvolvimento em âmbito mundial. Essa conferência, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro, ficou conhecida como ou ECO-92 - -4 . A conferência foi um marco para a história, no que tange à preocupação para manter os Rio-92 recursos de forma que o desenvolvimento da humanidade não os exaurisse de modo irrecuperável.naturais Vários documentos foram ratificados nessa cimeira, o principal deles foi a . Nele foi, colocada aagenda 21 importância de toda a sociedade cooperar para mitigar ou sanar problemas ambientais. Nesse documento, estão os pilares da sustentabilidade. No que diz respeito às empresas rurais, o documento da agenda 21 dedica um tópico ao fortalecimento do . Nesse item, são delineados os relativos àpapel dos agricultores objetivos agricultura: (a) Estimular um processo descentralizado de tomada de decisões por meio da criação e fortalecimento de organizações locais e de aldeias que deleguem poder e responsabilidade aos usuários primários dos recursos naturais. (b) Apoiar e aumentar a capacidade legal da mulher e dos grupos vulneráveis em relação ao acesso, uso e posse da terra. (c) Promover e estimular práticas e tecnologias de agricultura sustentável. (d) Introduzir ou fortalecer políticas que estimulem a auto-suficiência em tecnologias de baixos insumos e baixo consumo de energia, inclusive de práticas autóctones, e mecanismos de fixação de preços que incluam os custos ambientais. (e) Desenvolver um quadro de ação que proporcione incentivos e motivação aos agricultores para que adotem práticas agrícolas eficientes e sustentáveis. (f) Aumentar a participação dos agricultores de ambos os sexos na elaboração e implementação de políticas voltadas a alcançar esses fins, por meio das organizações que os representem. (BRASIL, 1992, )on-line Como se pode ver nesses objetivos, a sustentabilidade não está limitada a questões ambientais, um erro muito comum para aqueles que não abordam o tema. De fato, na agenda 21, no que tange aos proprietários de empresas rurais, as questões sociais e econômicas são apresentadas em .predominância Após a Eco 92, houve outras conferências para tratar do tema ambiental, A , que ocorreu emRio+10 Johanesburgo na África do Sul, em 2002, e a , que teve como palco novamente o Rio de Janeiro, no ano deRio+20 2012. Contudo, essas outras conferências não tiveram o mesmo êxito da Eco 92, praticamente se encerrando sem a assinatura de documentos relevantes para a sustentabilidade como a Agenda 21. E até hoje, apesar de haver exceções como o , em 2015, que se limita a tratar do aquecimento global, não houve outraAcordo de Paris iniciativa de governos mundiais com a mesma importância para a sustentabilidade. - -5 Muito dessa difusão entre países se dá pela .dificuldade de traçar um conceito universal de sustentabilidade Mesmo entre os especialistas, o conceito de sustentável não possui uma única definição na literatura especializada. Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /244286801544f245d9d35827f51a482a Como podemos ver, é possível visualizar pontos pacíficos na explicação do termo. Por exemplo, é comum concordar que a ideia de sustentabilidade está ligada ao uso racional do curto prazo para que os recursos sejam utilizáveis no longo prazo e está ligada para além das dimensões ambientais. Em geral, a sustentabilidade possui : Social, Econômico e Ecológico.três pilares Figura 1 - Dimensões da sustentabilidade Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/244286801544f245d9d35827f51a482a https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/244286801544f245d9d35827f51a482a - -6 #PraCegoVer: a figura apresenta um Diagrama de Venn com três círculos sobrepostos com os termos ecológico, social e econômico. Um projeto que se preocupa com as dimensões econômicas e ecológicas é , um projeto que só vise aviável questões socioeconômicas é , e um empreendimento que se preocupe com o social e com o ecológico é equitativo . Somente podemos dizer que algo é sustentável se forem plenamentesuportável todas as dimensões atendidas. Ou seja, para que haja sustentabilidade deve-se ter em mente as questões sociais, econômicas e ambientais. Sem esses três pilares, não podemos dizer que uma empresa rural é sustentável. Figura 2 - Trocas entre a empresa rural e o meio ambiente Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. #PraCegoVer: a figura apresenta um esquema com empresas consumidor e o meio ambiente. Nele, há setas que representam emissões, produtos,recursos ambientais e reciclagem. Como podemos compreender, ao visualizar a figura, as empresas rurais (ambientais) são utilizadoras de . Por sua vez, essas firmas emitem para natureza. As empresas rurais, também, geram recursos naturais gases para outras empresas e para os consumidores, que por sua vez também tem emissões derivadas asprodutos - -7 transformações ou consumo de produtos agropecuários. E, durante toda a cadeia, podemos os diversosreciclar produtos, reduzindo a necessidade de acessar recursos naturais. Devemos compreender que nenhuma empresa rural está isenta de geração de impacto ambiental, pela essência de sua atividade. Mas podemos, e devemos, procurar o uso racional dos recursos e evitar emissões não necessárias. Assim, e com uma e uma , as empresas ruraisatividade econômica viável responsabilidade social podem ser sustentáveis. - -8 1.1 Programas de gestão ambiental Para que as empresas sejam bem-sucedidas na busca da sustentabilidade, é necessário atuar na gestão ambiental da organização. Mas como podemos definir gestão ambiental? Uma de foi cunhada por Nilsson (1988):definição formal gestão ambiental Gestão ambiental envolve planejamento, organização, e orienta a empresa a alcançar metas [ambientais] especificas, em uma analogia, por exemplo, com o que ocorre com a gestão de qualidade. Um aspecto relevante da gestão ambiental é que sua introdução requer decisões nos níveis mais elevados da administração e, portanto, envia uma clara mensagem à organização de que se trata de um compromisso corporativo. A gestão ambiental pode se tornar também um importante instrumento para as organizações em suas relações com consumidores, o público em geral, companhias de seguro, agências governamentais etc. (NILSSON, 1998, p. 134) Assim sendo, a gestão ambiental atua em uma empresa envolvendo as diversas decisões que impactam direta ou indiretamente o meio ambiente. Os resultados dessas decisões contribuem nas empresas em três esferas: , da e . Essas esferas foram agrupadas por Groenewegen e Vergragt (1991).produtiva inovação estratégica No , a gestão ambiental atua na regulação pública das atividades operacionais, além deâmbito produtivo elaborar as ações ambientais. Na , a gestão ambiental auxilia na produção de novasesfera da inovação tecnologias e acompanha as avaliações das emissões da organização. E, em , a gestão ambientalnível estratégico avalia os potenciais de expansão e restrições ambientais que podem vir a ocorrer. Fique de olho Para que possamos verificar se uma empresa adota os preceitos de uma boa gestão ambiental, frequentemente, ouvimos falar de auditoria ambiental. A auditoria ambiental pode ser compulsória ou não, e nela o auditor verifica se uma empresa adota determinadas atividades para a sua sustentabilidade. Essa auditoria, se tiver acreditação e verificar determinadas normas, pode conferir uma certificação à empresa. - -9 2 Gestão da qualidade Em um , ter qualidade é requisito para se manter no mercado. Assim, a sustentabilidadeambiente competitivo abordada no tópico anterior passa também pela qualidade. Mas o que define a qualidade? Você já refletiu que um mesmo produto pode ser considerado de qualidade por um consumidor e para outro não? No caso de produtos agropecuários, mesmo , que quase não têm diferenciação visível, você pode pensar em qualidade.commodities O termo vem do latim, de um termo criado por Cícero na tradução de textos de Platão, qualidade qualitatem. Esse termo tem como radical que tem relação ao questionamento “Qual?”.qualis Essa questão está no cerne da . Quando você imagina a qualidade de alguma pessoa, por exemplo, aqualidade primeira questão que você indaga é “qual?”. Isso porque qualidade é algo que distingue uma coisa ou pessoa das demais. Sendo assim, um produto de qualidade é aquele que tem uma distinção dos demais, tem um atributo, um predicado que o torna diferenciado. Hoyle (2011, p. 11) explica que “um objetivo estratégico que équalidade é estabelecido para contemplar as necessidades e expectativas de todas as partes interessadas, e portanto equivale aos objetivos corporativos. Assim, podemos dizer, por exemplo, que um café especial, ou um leite enriquecido com minerais é de qualidade, pois tem que os tornam diferentes de maneira positiva. Porém, o conceito de qualidade não sediferenciais restringe a distinções, uma vez que elas podem também ser negativas, às quais comumente chamamos de . Um produto defeituoso seria, assim, o oposto de um produto de qualidade.defeitos Nesse ponto, podemos verificar que a qualidade é , pois o que é um predicado positivo para umrelativa consumidor não é para outro. Portanto, a qualidade também está ligada às expectativas do consumidor mediante um determinado item. Assim, podemos dizer que a qualidade visa atender ou exceder as expectativas dos clientes mediantes a um determinado produto ou serviço. Dessa forma, a qualidade traz diversas a empresa, como:vantagens Aumentar a satisfação e a confiança dos clientes. Aumentar a produtividade. Reduzir os custos internos. Melhorar a imagem e os processos de modo contínuo. Possibilitar acesso mais fácil a novos mercados. - -10 Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /c920360aa30530fbf83b55b73c2bfb7a O tema qualidade em empresas tomou especial importância após a Segunda Guerra Mundial, especialmente no . No contexto histórico, o Japão havia perdido a guerra, com uma população masculina adultaJapão substancialmente reduzida e um país com limitados recursos naturais. As japonesas da épocaindústrias passavam dificuldades em competir com as empresas americanas. Figura 3 - Toyota e a sua importância na qualidade Fonte: MoreISO, iStock, 2020. #PraCegoVer: a imagem contém um emblema da empresa Toyota. Fique de olho Um exemplo da dificuldade encontrada pela indústria japonesa era com relação à indústria automobilística. A Toyota, por exemplo, tinha dificuldades em concorrer com seus pares americanos, como a Ford. Para se esquivar de suas limitações, a Toyota implementou um sistema que não tolerava erros, falhas e retrabalhos, muito comuns em indústrias da época, e, assim, passou a ter um diferencial em relação às outras empresas. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/c920360aa30530fbf83b55b73c2bfb7a https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/c920360aa30530fbf83b55b73c2bfb7a - -11 Nessa época, a qualidade estava ligada à , o que é proposto no Japão é uma mudança deinspeção de produtos paradigma. Os esforços deveriam ser direcionados para a melhoria do processo e redução de erros, não para verificá-los. Assim, espera-se que a empresa não gere produtos defeituosos, eliminando a necessidade de verificação. Desse novo paradigma, podemos destacar o . O termo vem de duas palavras em japonês, que significaKaizen Kai mudança e , que pode ser traduzido como “para melhor”. No Brasil, Kaizen ficou conhecido como “Zen melhoria ”, que nada mais é do que a filosofia de que devemos melhorar continuamente o processo produtivo,contínua eliminando processos desnecessários e reduzindo potenciais erros e falhas. Desse modo, podemos dizer que um lida com o Kaizen todos os dias, deixando seu processo sempre em melhor do que no diagestor da qualidade anterior, e, em longo prazo, aperfeiçoando a sua gestão. Para atingir a tão desejada qualidade, diversos autores se especializaram no tema. Podemos destacar autores que são considerados “ . Dentre eles vamos dissertar um pouco mais sobre Crosby, Deming,gurus” da qualidade Shewhart e Juran. Philip Crosby era americano, e, para ele, a qualidade advinha da prevenção e não da correção de problemas. E cunhou a ideia de “ ”, na qual todos os membros da empresa buscam bons resultados na primeirazero defeitos vez que um item é produzido. Todos devem fazer certo da primeira vez, esse é um compromissopara atingir a qualidade. O guru propõe uma sequência de para implementar um programa de melhoria da14 passos qualidade, quais sejam: Obter o compromisso da alta direção em relação ao programa de qualidade. Criar as equipes de melhoria da qualidade. Criar os indicadores da qualidade. Identificar os custos da não qualidade. Difundir entre os funcionários a consciência da importância da qualidade. Adotar as correções para os problemas identificados na fase quatro. Planejar e desencadear o programa “zero defeitos”, apropriado às necessidades da organização e sua cultura. Formar a mão de obra necessária à implementação do programa de qualidade. Instituir o dia “zero defeitos”, para que todos os integrantes da organização sejam sensibilizados em relação às novas normas de desempenho. Definir objetivos. Eliminar as causas dos erros. Reconhecer publicamente os que se destacam. - -12 Implantar os círculos de qualidade. Reiniciar o ciclo para dar continuidade ao programa. Com esses passos, Crosby acreditava que seria possível chegar ao “defeito zero” e manter a qualidade. William Edwards Deming é um estatístico norte americano se radicou no Japão durante a década de 1950. Uma de suas principais contribuições para o campo da qualidade foi a definição de 14 princípios, coincidentemente o mesmo número de passos de Crosby, auxiliariam a organização a atingir a qualidade. Esses preceitos são baseados nas ideias de Kaizen, e, para Deming, a inspeção não faz a qualidade e a participação dos trabalhadores nos processos decisórios são fundamentais para obter bons resultado. Os são:14 princípios de Deming Estabelecer a constância de finalidade (fixar objetivos estratégicos) para melhorar o produto e o serviço. Adotar uma nova filosofia. Acabar com a dependência da inspeção em massa. Não privilegiar negócios apenas com base no preço. Melhorar continuamente os sistemas de produção e serviço. Instituir treinamento e retreinamento. Instituir liderança. Afastar o medo. Eliminar barreiras entre departamentos. Eliminar slogans, exortação e meta para os empregados. Eliminar cotas numéricas. Eliminar práticas que impeçam a participação na solução de problemas. Implementar programas de formação intensiva. Desenvolver processos ao nível da gestão para, aplicar os 13 pontos anteriores. Além dos 14 pontos, Deming ficou famoso por popularizar nos Estados Unidos o , criado porciclo PDCA Shewhart. outro estatístico americano realizou diversos trabalhos para melhorar aWalter Shewhart padronização nas empresas. Seus trabalhos foram responsáveis por criar o controle estatístico da produção (CEP), além de ser considerado o pai do ciclo PDCA. O ciclo PDCA vem da sigla em inglês de suas etapas, ( , , , ). Nesse ciclo gestor para promover oPlan Do Check Act kaizen, deve planejar, executar, checar e agir na correção de eventuais inconsistências com o planejado. Outro grande guru da qualidade é Joseph M. Juran, que era romeno, mas foi radicado nos Estados Unidos quando era bem jovem. Junto com Deming, foi um dos responsáveis pelo sucesso do ,modelo de qualidade no Japão - -13 onde trabalhou e ministrou aulas. Ele criou a chamada , que se baseia em . O primeiro éran três pontos básicos o , no qual se deve identificar o cliente, determinar suas necessidades e desenvolver o produto eplanejamento os processos para sua elaboração. O segundo é o , no qual se avalia o desempenho e são comparadas acontrole metas estabelecidas, além de atuar-se sobre eventuais distorções identificadas. O terceiro e último ponto é a , que, com base no princípio do kaizen, deve-se criar infraestrutura e identificar estabelecer equipes demelhoria trabalho de se obter a melhoria contínua. Foi Juran que escreveu um dos principais clássicos sobre a aadministração da qualidade o livro , de 1988.Quality Control Handbook O japonês também figura entre os autores expoentes da gestão da qualidade. Ishikawa criou aKarou Ishikawa ideia dos “círculos de qualidade”, equipes pequenas que se reuniam para estudar e elaborar soluções para os problemas que eventualmente surgiam no trabalho. Outra criação relevante de Ishikawa é o diagrama espinha ou . Nele, é colocada um efeito indesejado e são listadas todas as eventuaisde peixe diagrama de Ishikawa causas. Essa ferramenta simples é uma das principais na gestão da qualidade, uma vez que, após identificadas as reais causas do problema, real ou potencial, é possível saná-lo com maior facilidade. Figura 4 - Exemplo do diagrama de Ishikawa Fonte: phoelixDE, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer: a figura mostra um diagrama tipo espinha de peixe. Para fechar os principais autores clássicos da gestão da qualidade, podemos destacar Armand Vallin , americano que fez carreira no setor de qualidade da General Eletric (GE). A principal contribuiçãoFeigenbaun - -14 de Feigenbaum é o , nome de sua principal produção bibliográfica. Nesse sistema,controle total de qualidade estratégico para organização, permite que a qualidade seja o objetivo mor da organização. Uma definição formal sobre controle total da qualidade seria: Um sistema eficiente para a integração do desenvolvimento da qualidade da manutenção da qualidade e dos esforços de melhoramento da qualidade dos diversos grupos numa organização para permitir produtos e serviços mais econômicos que levam em conta a satisfação total do consumidor. (LUCINDA, 2010, p. 15) Esses autores mudaram a gestão da qualidade nas empresas de forma revolucionária. Para fins práticos, um bom gestor da qualidade deve, além de conhecer os teóricos principais, também conhecer suas ferramentas básicas. - -15 2.1 Ferramentas básicas da qualidade Ishikawa dizia que 95% dos problemas de uma organização t~em soluções simples. No Japão surge, além do kaizen, o , que vem dos termos em japonês (erros) e (evitar). Evitar erros e anteverpoka-yoke poka yokeru eventuais falhas é um meio de se promover a qualidade em uma empresa. Para realizar essa tarefa algumas ferramentas triviais auxiliam o administrador. Na gestão da qualidade podemos listar sete ferramentas básicas: diagrama de Pareto, diagrama de Ishikawa, histogramas, folhas de verificação, gráficos de dispersão, fluxogramas e cartas de controle. O baseia-se na ideia de que a maior parte dos efeitos tem um número limitado de causas.diagrama de Pareto Usualmente, dizemos que 20% das causas são responsáveis por 80% dos efeitos. Figura 5 - Relação de Pareto 80-20 Fonte: Jojje, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer: a figura mostra um gráfico de pizza com dois grupos com 80 e 20 por cento, respectivamente. Sendo assim, devemos utilizar o diagrama de Pareto quando é necessário ressaltar a relativa entre vários problemas ou condições, no sentido de: Escolher pontos de partida para a solução de um problema (avaliação de efeitos indesejáveis). Avaliar o progresso (efeitos positivos). Identificar a causa básica de um problema. O , ou espinha de peixe, ou ainda diagrama de causa efeito, sobre o qual já falamosdiagrama de Ishikawa brevemente, é um gráfico simples no qual são listadas todas as possíveis causas de um determinado efeito. É - -16 uma ferramenta de grande utilidade, pois permite que conheçamos os problemas cada vez mais a fundo. Pode ser facilmente aprendida e imediatamente posta em prática por pessoas de qualquer nível dentro da empresa. É útil quando necessita-se , e todas as causas possíveis de um problema ou situaçãoidentificar explorar ressaltar específica. Dessa forma, o diagrama auxilia a focarmos no aperfeiçoamento do processo produtivo. O é uma técnica que consiste em desenhar um fluxo de processo, por intermédio de formasfluxograma geométricas e vetores. Objetiva a representação dos procedimentos, a descrição dospadronizar melhorar métodos e a leitura e entendimento do processo de maneira holística. O fluxograma conta com algunsfacilitar símbolos padronizados para facilitar a sua interpretação. Um losango, por exemplo, expressa uma decisãoa ser tomada, com possíveis caminhos, assim, qualquer pessoa pode visualizar de forma simples e rápida um desenho de um processo, facilitando sua análise e eventual melhoria. Figura 6 - Exemplo do desenho de um fluxograma Fonte: violetkaipa, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer: a figura apresenta um fluxograma genérico simples. O é um gráfico de barras no qual o eixo horizontal, subdividido em vários pequenos intervalos,histograma apresenta os valores assumidos por uma variável de interesse. Para cada um destes intervalos, é construída uma barra vertical, cuja área deve ser proporcional ao número de observações na amostra, cujos valores pertencem ao intervalo correspondente. - -17 Figura 7 - Exemplo de histograma Fonte: Ersin Kurtdal, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer: na figura, é mostrado um gráfico de barras do tipo histograma. Os são ferramentas simples de construir e utilizar. Os pontos são marcados no gráfico àgráficos de controle medida em que estão disponíveis. É comum que seja utilizado em ocorrências como paradas de máquina, produção, refugo, erros de tipografia ou produtividade, já que variam com o tempo. O (CEP) é um sistema de monitoramento da qualidade, com o objetivo decontrole estatístico do processo verificar a presença de causas especiais. A principal ferramenta do CEP são os gráficos de controle, que fornecem um sinal sempre que houver a presença de causas especiais (falhas operacionais), orientando as ações de melhoria. A , por sua vez, é uma ferramenta utilizada para facilitar e organizar o processo de coleta efolha de verificação registro de dados, de forma a otimizar a posterior análise dos dados. Ela só é construída após a definição das categorias (estratos), para estratificação dos dados. Uma folha de verificação bem planejada elimina a necessidade de rearranjo posterior dos dados. Os seus tipos dependem do . As maisobjetivo da coleta de dados empregadas são: Para distribuição de frequência de um item de controle de um processo. Para classificação de defeitos. Para localização de defeitos. Para identificação de causas de defeitos. - -18 Por fim, temos o , que é um gráfico no qual cada ponto representa um par observado degráfico de dispersão valores. Ele revela a direção, a forma e a inclinação do relacionamento entre as variáveis, além de outliers e outros desvios. Os valores da variável preditora aparecem no eixo horizontal do gráfico, e os valores da variável resposta no eixo vertical, de forma que cada par de valores forma um ponto no gráfico. Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /ae81f9aff30227b61c878fe67dd317a0 é isso Aí! Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • compreender como surgiu e o que é o conceito de sustentabilidade; • saber conceitos básicos inerentes à gestão da qualidade; • conhecer os principais “gurus da qualidade” e suas contribuições; • conhecer as ferramentas básicas da qualidade; • saber de que forma utilizar as ferramentas básicas da qualidade. Referências BRASIL. Ministério do meio ambiente. Agenda 21 Global. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 1992. Disponível em: .https://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-global Acesso em: 14 jun. 2020. GROENEWEGEN, P.; VERGRAGT, P. Environmental issues as treats and opportunities for technological innovation. , [ ], v. 3, n. 1, p. 43-55, 1991. Disponível em: Technology Analysis and Strategic Management s.l. . Acesso em: 14 jun. 2020.https://doi.org/10.1080/09537329108524031 HOYLE, D. . Oxford: Butterworth Heinemann, 2001.ISO 900 Quality Systems Handbook JURAN, J.; GODFREY, A. B. . 5. ed. Nova York: McGraw-Hill, 1999.Juran’s Quality handbook LUCINDA, M. A. - Fundamentos e Práticas. Rio de Janeiro: Brasport, 2010.Qualidade NAÇÕES UNIDAS BRASIL. . Organização das Nações Unidas, [2020]. Disponível em: A ONU e o meio ambiente . Acesso em: 14 jun. 2020.https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/ • • • • • https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/ae81f9aff30227b61c878fe67dd317a0 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/ae81f9aff30227b61c878fe67dd317a0 https://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-global https://doi.org/10.1080/09537329108524031 https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/ - -19 NILSSON, W. R. Services instead of products: experiences from energy markets - examples from Sweden. :In MEYER-KRAHMER, F. (Ed.). .Innovation and sustainable development: lessons for innovation policies Heidelberg: Physica-Verlag, 1998. SUAREZ, J. Gerald. : Philip B. Crosby, W. Edwards Deming, Joseph M.Three Experts on Quality Management Juran. Arlington: Total Quality Leadership Office, 1992. Olá! 1 Sustentabilidade, meio ambiente e empresas rurais Assista aí 1.1 Programas de gestão ambiental 2 Gestão da qualidade Assista aí 2.1 Ferramentas básicas da qualidade Assista aí é isso Aí! Referências
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