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exercício TGR- PROCESSO 3

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Em que consiste o princípio da dialeticidade recursal e em que resulta sua não observância? *
O princípio da dialeticidade recursal é basicamente a apresentação de efetivas razões pelas quais a decisão recorrida deve ser alterada ou invalidada, ou seja, é dizer que o recurso deve dialogar com a decisão. Assim, a pessoa que está recorrendo deverá declinar o porquê do pedido de reexame da decisão. Ademais, é importante destacar que as razões do recurso são o elemento indispensável a que o Tribunal, para qual se dirige, possa julgar o mérito do recurso, ponderando-se em confronto como os motivos da decisão recorrida. 
No que concerne a sua não observância, o que acontece é o não conhecimento do recurso. Isto é, quando não se conhece do recurso, o órgão considera que falta algum (ou mais de um) dos requisitos. Assim, é perceptível que o recurso não tem o condão de apenas reafirmar as razões já apresentadas na petição inicial ou na defesa. Ele deve proporcionar uma discussão apresentando argumentos suficientes para descrever o motivo da decisão proferida não ser adequada, devendo assim ser reformada ou invalidada.
Qual a transcendência do dies a quo relativamente aos prazos recursais? *
A priori, o termo inicial onde o prazo processual se inicia é denominado de dies a quo, e o termo final, onde o prazo termina, é denominado dies ad quem. Ultrapassando o dies ad quem ocorre a preclusão temporal, pois findou-se o prazo para a prática dos atos processuais. Desta feita, todos os recursos tem prazos de 15 dias, salvos os embargos de declaração. Contudo, nos Juizados o prazo é de 10 dias, no qual nos Juizados Federais só há recurso em sentença definitiva. 
O julgamento per saltum viola o princípio do juiz natural? Por quê? *
A priori, ressalta-se que o julgamento per saltum não é uma especial modalidade de recurso, diverso dos tantos que povoam o universo processual, mas sim uma especial modalidade de processamento de um recurso, que faz com que este recurso -- a apelação, o agravo --, saltem um grau de jurisdição, que seria um obstáculo ao atingimento do seu objetivo, de buscar o apoio da jurisprudência dominante no tribunal superior. Desta feita, saltasse um grau de jurisdição, ou até mais de um, caso pretenda o recorrente buscar diretamente no Supremo Tribunal Federal o respaldo da sua jurisprudência, para uma sentença a ela afeiçoada.
Por outro lado, o princípio do juiz natural pautado na Carta Magna Brasileira, é referente à existência de juízo adequado para o julgamento de determinada demanda, conforme as regras de fixação de competência, e à proibição de juízos extraordinários ou tribunais de exceção constituídos após os fatos.
Assim, o julgamento per saltum não viola o princípio do juiz natural, pois em questões processuais -- por exemplo, questões de competência, determinação de foro, legitimação das partes -- tudo dependendo da preferência legal, pode-se admitir o salto em um grau de jurisdição. 
Poderia existir apelação de decisão meramente interlocutória? Por quê? *
De início, ressalta-se que a apelação é o recurso tratado pelo disposto nos arts. 1.009 a 1.014 do Código de Processo Civil. Segundo o art. 1.009 é cabível contra a sentença, que é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. É decisão emanada do juiz de primeiro grau de jurisdição. Por intermédio da apelação, se busca obter a reforma total ou parcial da decisão impugnada, ou até sua invalidação.
Desta feita, a grande novidade da lei processual diz respeito à extinção da regra da recorribilidade em separado das decisões interlocutórias. Mediante o disposto no art. 1.009, § 1º, do CPC, as questões resolvidas na fase de conhecimento que não puderam ser impugnadas por meio do recurso do agravo de instrumento, poderão ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta, ou em contrarrazões. 
Assim, ao adotar o sistema da taxatividade das decisões interlocutórias agraváveis, o art. 1.015 do CPC definiu restritamente quais as questões resolvidas durante a marcha processual que autorizam a interposição de agravo de instrumento, relegando para a ocasião do cabimento da apelação a impugnação daquelas não abrangidas por referida norma processual. Portanto, as questões que não ficaram cobertas pela preclusão não restarão irrecorríveis, podendo ser objeto de irresignação quando da interposição da apelação ou do oferecimento das contrarrazões, sendo, pois, irrecorríveis em separado.
De acordo com Humberto Theodoro Júnior, entende-se que a impugnação à decisão interlocutória poderá ocorrer em sede de contrarrazões de eventual apelação interposta pela parte contrária. Sendo que nessa última hipótese, o vencedor manejaria, na verdade, um recurso eventual e subordinado, pois só seria apreciado caso o recurso do vencido fosse provido para reformar a sentença. Ou seja, a impugnação do apelado teria o papel de condicionar o julgamento da pretensão do apelante ao prévio exame das preliminares suscitadas nas contrarrazões da parte vencedora no decisório de primeiro grau. Ademais, é importante ressaltar que a irresignação da parte em contrarrazões deverá se limitar apenas à impugnação de decisões interlocutórias irrecorríveis, não podendo abranger outras questões apreciadas pela sentença que deverão ser objeto de apelação ou recurso adesivo.

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