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PROVA PRATICA FORENSE CIVIL

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FACULDADE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES – FILEM 
	
 
LUÍS EDUARDO MAGALHÃES-BA
2021
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE (...)
MARIA DO BAIRRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da cédula de identidade RG nº XXXXXXXXX-X SSP/XX, inscrita no CPF/MF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na XXXXXXXX, nº XXX, bairro XXXX, CEP: XXXXXXXX, na cidade de XXXXXXXXXXXXXXXXX, com endereço eletrônico não declarado, por seu procurador legalmente constituídos por meio de procuração em anexa no processo vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor: 
AÇÃO INDENIZATÓRIA
contra a loja MAIS BARATO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no cadastro nacional de pessoas jurídicas - CNPJ sob o nº XXXXXXXXXXX, com sede à XXXXXXXX, nº XXX, bairro XXXX, CEP: XXXXXXXX, na cidade de XXXXXXXXXXXXXXXXX, com endereço eletrônico não declarado, o que faz pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
I – DOS FATOS: 
A requerente, efetuou a compra de um aparelho celular da marca Xing Ling geração 10, junto a empresa requerida, pagando o valor à vista de R$ 2.300,00 (dois mil e trezentos reais), conforme Cupom Fiscal anexo.
Passando 30 (trinta) dias da compra, o mesmo passou a apresentar defeitos que impossibilitaram seu uso, de modo que o requerente procurou a loja para solicitar seu reparo ou troca. Ressalte-se que o celular era instrumento de trabalho da mesma, pois, esta é vendedora de queijos e necessita do aparelho para realizar a venda dos produtos.
Ocorre que, chegando ao estabelecimento comercial requerido, o consumidor foi informado de que o objeto comprado não poderia ser trocado e nem os valores gastos ressarcidos. 
II - DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR:
O código de defesa do consumidor em seu art. 3º, ressalta que o Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestações de serviços."
Com esse postulado o Código de Defesa do Consumidor consegue abarcar devem responder por todos os fornecedores – sejam eles pessoas físicas ou jurídicas – ficando evidente que quaisquer espécies de danos porventura causados aos seus tomadores.
Com isso, fica espontâneo o vislumbre da responsabilização da empresa requerida sob a égide da Lei nº 8.078/90, visto que se trata de um fornecedor de produtos que, independentemente de culpa, causou danos efetivos a um de seus consumidores.
III - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA:
Percebe-se, outrossim, que o requerente deve ser beneficiado pela inversão do ônus da prova, pelo que reza o inciso VIII do artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que a narrativa dos fatos encontra respaldo nos documentos anexos, que demonstram a verossimilhança do pedido, conforme disposição legal:
"Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;"
O requerente realmente deve receber a supracitada inversão, visto que se encontra em estado de hipossuficiência, uma vez que disputa a lide com uma empresa de grande porte, que possui maior facilidade em produzir as provas necessárias para a cognição do Excelentíssimo magistrado.
IV – DA RESPONSABILIDADE: 
O art. 18 do código de defesa do consumidor, ressalta que s fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.”
Sendo a responsabilidade pelos vícios de qualidade apresentados por produtos de consumo duráveis é suportada solidariamente pelo comerciante. A responsabilidade solidária, que obriga os diversos níveis de fornecedores a resolver o problema. No caso de protelarem a solução por um dos envolvidos, os outros também podem ser chamados à responsabilidade.
V – DA RESTITUIÇÃO DA QUANTIA PAGA:
O artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, assegura que: 
“§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.”
Desta forma, opta o reclamante por resolver o contrato em perdas e danos, pleiteando a restituição imediata da quantia despendida, corrigida e atualizada monetariamente, com fulcro no disposto no inciso II do § 1º do artigo 18, do diploma consumerista
VI - DO DANO MORAL:
A empresa requerida, ao protelar uma resolução para o problema, seja pelo conserto do aparelho em tempo hábil ou mesmo a restituição da quantia paga, tem trazido toda sorte de transtornos ao requerente que se sentiu lesado e humilhado.
O desgaste imposto ao requerente, como já relatado, é ainda maior pelo fato de ter que procurar o estabelecimento comercial requerido por diversas vezes nas tentativas sempre falhas de solucionar a questão.
Dessa forma, as esferas patrimonial e emocional foram plenamente atingidas, sendo que os efeitos do ato ilícito praticado pela requerida alcançaram a vida íntima do requerente, que viu quebrada a paz, a tranquilidade e a harmonia, lhe originando sequelas que se refletem em sérios danos morais.
O Código de Defesa do Consumidor consagra a matéria em seu artigo 14, dispondo que:
"Art. 14. O fornecedor de serviço responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos". 
Portanto, que o requerente seja indenizado pelo abalo moral em decorrência do ato ilícito, em razão de ter sido vítima de completa e total falha e negligência da demandada, assim como seja indenizado pelo abalo moral em decorrência do ato ilícito.
VI – DOS PEDIDOS: 
Ante o exposto, requer:
a) A citação do requerido, na pessoa do seu representante legal, para comparecer à audiência conciliatória e, querendo, oferecer sua defesa na fase processual oportuna, sob pena de revelia e confissão ficta da matéria de fato, com o consequente julgamento antecipado da lide; 
b) A procedência do pedido, com a condenação do requerido ao ressarcimento imediato das quantias pagas, no valor de R$ R$ 2.300,00 (dois mil e trezentos reais), acrescidas ainda de juros e correção monetária, conforme artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor;
c) Seja o requerido condenada a pagar ao requerente um quantum a título de danos morais, em valor não inferior a 40 (quarenta) salários mínimos, em atenção às condições das partes, principalmente o potencial econômico-social da lesante, a gravidade da lesão, sua repercussão e as circunstâncias fáticas;
d) A condenação do requerido em custas judiciais e honorários advocatícios, no importe de 20%, caso haja recurso.
Dá-se à presente o valor de R$ R$ 2.300,00 (dois mil e trezentos reais).
Local, Data
Adv/OAB

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